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Revista Canavieiros - Novembro de 2010
2

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
3

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
Editorial

4

Expediente:
Conselho Editorial:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
Editora:
Cristiane Barão – MTb 31.814
Jornalista Responsável:
Carla Rossini - MTb 39.788
Projeto gráfico e
Diagramação:
Rafael H. Mermejo
Equipe de redação e fotos:
Carla Rodrigues - MTb 55.115
Marília F. Palaveri
Rafael H. Mermejo
Comercial e Publicidade:
(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
comercial@revistacanavieiros.com.br
atendimento@revistacanavieiros.com.br
Impressão:
São Francisco Gráfica e Editora Ltda
Tiragem:
11.000 exemplares
ISSN:
1982-1530
Foto Capa:
Divulgação/São Martinho
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados
e fornecedores do Sistema Copercana,
Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista
é autorizada, desde que citada a fonte.
Endereço da Redação:
A/C Revista Canavieiros
Rua Dr. Pio Dufles, 532
Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680
Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190)

Diálogo com

A

s cooperativas brasileiras têm pela frente desafios a serem enfrentados. E para isso, o setor espera
ter diálogo com o governo de
Dilma Rousseff, que, durante
a campanha, recebeu da OCB
um documento com a agenda
das cooperativas. Esse é um dos
temas abordados pelo entrevistado deste mês, o presidente da
OCB, Márcio Lopes de Freitas.
A reportagem de capa traz
uma técnica cada vez mais utilizada nas plantações de canade-açúcar, principalmente pelas unidades industriais, que é
o plantio mecânico. Dentre as
suas principais vantagens está o
custo, menor do que no plantio
convencional, mas os benefícios vão além da economia.

o novo governo

O Destaque ficou para as
perspectivas para a safra paulista 2010/11 de amendoim.
Nas últimas cinco safras, a produção paulista tem atingido em
média 200 mil toneladas por
ano, plantadas em duas safras
que somam em média quase 80
mil hectares e produtividade em
torno de 2.600 kg/ha. O artigo
é da pesquisadora do IEA (Instituto de Economia Agrícola),
Renata Martins.

Nas páginas dedicadas à Copercana, o leitor vai encontrar
informações sobre um encontro
que discutiu o Controle Integrado de Pragas em Indústrias de
Alimentos e as novidades sobre
a campanha “Copercana Premiada – Fim de ano com o carro
cheio”. Já em Notícias da Canaoeste, estão as informações
Segundo o assessor de Tec- sobre o ciclo de palestras técninologia Agronômica do Grupo cas que teve início neste mês na
São Martinho, René de Assis cidade de Severínia.
Sordi, os fornecedores de cana
precisam se adaptar a essa nova
As Informações Setoriais,
modalidade de plantio. “É um com o assessor técnico da Cacaminho sem volta”.
naoeste, Oswaldo Alonso e as
informações “Legais” com o
Marcos Fava Neves, profes- advogado Juliano Bortoloti
sor titular de Planejamento na também estão nas páginas deste
FEA/USP em Ribeirão Preto as- mês. O artigo técnico fala sobre
sina o Ponto de Vista deste mês “Acidez natural em caldo de
com o artigo “A valorização do cultivares com ciclo de maturaAgronegócio”.
ção no meio de safra”.

www.revistacanavieiros.com.br
RC

www.twitter.com/canavieiros
Revista Canavieiros - Novembro de 2010
redacao@revistacanavieiros.com.br

Boa leitura!
Conselho Editorial
5

Ano V - Edição 53 - Novembro de 2010

Indices:

Capa - 20
Plantio mecanizado:
um caminho sem volta
Custo menor está entre as
principais vantagens, mas
certificações de sustentabilidade também atraem

06 - Entrevista

E mais:
Circular Consecana
.................página 12
Assuntos Legais
.................página 14

Márcio Lopes de Freitas
Presidente da OCB
Cooperativas querem acesso e interlocução

Safra Canavieira
.................página 14

08 - Ponto de
Vista

Artigo
.................página 15

Marcos Fava Neves
professor titular de Planejamento na FEA/USP em RP
A Valorização do Agronegócio

Etanolduto
.................página 22

10 - Notícias Copercana

Destaque
.................página 24

- Copercana realiza campanha promocional de natal
- Reuniões em Frutal e Paracatu
- Copercana realiza palestra para colaboradores

Informações Setoriais
.................página 26

12 - Notícias Canaoeste
- Canaoeste realiza reuniões técnicas

Artigo Técnico
.................página 28

18 - Notícias Sicoob Cocred
- Balancete Mensal

24 - Destaque

Cultura
.................página 32
- Amendoim: perspectivas para
a safra paulista 2010/11
Renata Martins, pesquisadora do IEA (Instituto de
Economia Agrícola)

Agende-se
.................página 33
Classificados
.................página 34

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
Foto: Divulgação/SistemaOCB

6

Entrevista com:

Márcio Lopes
de Freitas
Carla Rossini

Em documento entregue em
setembro aos candidatos à Presidência da República, entre eles
Dilma Rousseff, eleita para o
cargo, as cooperativas brasileiras
pediram acesso e interlocução
com o novo governo. “Queremos manter uma possibilidade
de diálogo com o Executivo de
alto nível para que possamos
negociar as posições das cooperativas no dia-a-dia”, afirma
o presidente da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Márcio Lopes de Freitas.
Nesta entrevista, Freitas detalha
os principais obstáculos ou desafios – como ele prefere chamar – a serem enfrentados pelas
cooperativas. Entre eles está a
regulamentação tributária.

Cooperativas querem acesso e interlocução
Revista Canavieiros: Quais são os
maiores obstáculos enfrentados pelo
cooperativismo no Brasil?
Márcio Lopes de Freitas: Quando falamos em obstáculos ou desafios,
como eu prefiro chamar, temos de tratar
primeiro os desafios internos e depois os
externos. Dentro dos desafios internos, eu
diria que está uma maior abrangência da
cultura do cooperativismo e da nossa base
cooperativista, pois temos ainda um baixo
nível de cultura cooperativista. Os nossos
cooperados agregam à cooperativa e estão
presentes, mas é por oportunidade e não
por convicção. Estou falando do cooperativismo como um todo e não de cooperativas pontualmente. Outro aspecto que
eu acho muito importante ser trabalhado
internamente é a governança. Temos de
ter modelos nas nossas cooperativas que
garantam por meio de uma boa governança, transparência muito maior nas ações
e o profissionalismo cada vez maior na

“...muita gente acredita que
cooperativa não quer pagar
imposto. Não é isso. Nós não
queremos pagar duas vezes
- pagar como pessoa física,
como cooperado e pagar novamente como cooperativa.”
gestão das cooperativas. Penso que esse
é um processo de exigência dos tempos
modernos. Então temos que trabalhar isso
com muita determinação internamente.
E temos os obstáculos externos. A regulamentação tributária das cooperativas,
de uma definição mais clara, acho que é o
grande gargalo do ato cooperativo. Temos
isso reconhecido na Constituição Federal,
mas não está regulamentado, ou seja, muita gente acredita que cooperativa não quer
pagar imposto. Não é isso. Nós não quere-

Revista Canavieiros - Novembro de 2010

mos pagar duas vezes - pagar como pessoa
física, como cooperado e pagar novamente
como cooperativa. Esse reconhecimento e
um adequado tratamento tributário ao ato
cooperativo ainda são muito tênues e só
funcionam em alguns ramos. Isso precisa
se tornar mais claro, mais tranquilo para
que as cooperativas possam atuar.
Revista Canavieiros: E como trabalhar essas questões?
Freitas: Basicamente, com comunicação. Temos que comunicar educando,
comunicar transferindo informação, pois
falta informação. Somos originários de
uma colonização ibérica, que premiou
o indivíduo em detrimento do coletivo.
Então nós passamos 500 anos dependendo do afago do rei (rei como uma questão simbólica), dependendo do agrado
externo e o rei premiava os amigos individualmente e não coletivo. Isso acabou
se culturando na península ibérica e veio
7
para o Brasil, tanto é que temos um cooperativismo mais desenvolvido nas regiões que tiveram uma colonização fora
da península ibérica, por exemplo, no
Sul, com a presença alemã e italiana e,
em São Paulo, com a presença de outros
países, principalmente com uma cultura
japonesa no início do século passado. As
culturas portuguesa e espanhola prezam
o individualismo mais forte e temos que
trabalhar isso, ter uma mudança de atitudes para uma mudança cultural.
Revista Canavieiros: Qual é a importância das cooperativas no desenvolvimento econômico e social em nosso país?
Freitas: O cooperativismo hoje tem
ainda uma participação pequena dentro
da movimentação econômica brasileira.
Estamos com a participação ao redor de
6% do PIB brasileiro, é a nossa movimentação econômica. Isso ainda é pequeno e poderia crescer um pouco mais,
se compararmos com a nossa abrangência social. Já temos 8 milhões de cooperados no Brasil e se considerarmos que
cada cooperado tem mais 3 familiares,
estamos falando de algo em torno de 32
milhões de brasileiros, que é em torno de
15% da população nacional.
Então o correto seria termos uma participação econômica proporcional ao número de pessoas cooperadas, então ela deixa
a desejar. Mas temos alguns setores que se
destacam, como é o caso do agropecuário.
Hoje eu posso garantir que em torno de
40% de tudo que se movimenta na agricultura brasileira passou por uma cooperativa,
pegando a média dos produtos. Então, de
cada litro de leite, de cada quilo de soja,
de cada quilo de açúcar ou litro de etanol,
40% passa de alguma forma por uma cooperativa. E é interessante e importante destacar que as cooperativas têm aumentado
essa participação ano a ano.
Revista Canavieiros: Existe um ramo
do cooperativismo que é mais desenvolvido em termos econômico e outro que
é mais desenvolvido na parte social, ou
podemos classificar todos iguais?
Freitas: O cooperativismo agropecuário é mais tradicional e é o mais estabilizado, mais reconhecido inclusive e tem
uma participação muito forte, em torno de
45 a 48% do peso das cooperativas brasileiras dentro do setor agropecuário. Temos hoje em torno de 950 mil cooperados

dessas cooperativas, um peso interessante
no ponto de vista econômico. Agora têm
ramos novos surgindo, principalmente o
ramo crédito, que é um “jato que vem decolando” nos últimos anos. As cooperativas de crédito estão com um desempenho
extraordinário, principalmente do ponto
de vista social. Para se ter ideia, batemos
agora no mês de novembro 4,5 milhões de
sócios em cooperativas de crédito e R$ 52
bilhões de ativos totais, de movimentação
financeira. É muito dinheiro, um bom impacto social e um excelente impacto econômico. Essas cooperativas, até o dia 30
de setembro, na média segundo os dados
do Banco Central, já cresceram mais de
20%. Esse é o ramo que mais vem se desenvolvendo. As cooperativas de crédito
nasceram em sua grande maioria rurais e
hoje elas estão presentes nas grandes e pequenas cidades, com praticamente 4.500
postos de atendimento no Brasil. Apenas
o Banco do Brasil tem mais postos de
atendimento do que nossas cooperativas.
Revista Canavieiros: Em 2009, as
cooperativas movimentaram aproximadamente R$ 89 bilhões. Como estão esses números em 2010?
Freitas: Teremos um crescimento que
pode chegar próximo a 10%, mas ainda é
cedo para afirmamos com toda a certeza.
Em 2008 estávamos com a perspectiva
de crescimento e deu aquela travada por
causa da crise econômica mundial no
mês de outubro. Então paramos de fazer
muita expectativa positiva, mas acho que
as cooperativas crescem na sua movimentação bem acima do crescimento do
PIB brasileiro e 2010 é um ano de retomadas importantes. É pelo desempenho
da agricultura e do crédito que podemos
ter segurança de que teremos, no mínimo, esses 10% de crescimento no geral.
Revista Canavieiros: No ano passado, as exportações do cooperativismo registraram uma ligeira queda em comparação com 2008. Por que isso ocorreu?
Como estão as exportações em 2010?
Freitas: Sem dúvida a crise atingiu
as cooperativas no final de 2008, que até
então vinham muito empenhadas e com
mercados expansivos. Na realidade, o volume das exportações se manteve, não caiu
praticamente nada. O que caiu mesmo foi
o faturamento. No entanto, as cooperativas
tiveram que achar outro mercado, tiveram
que inovar, buscar outras alternativas para

não ficar paradas. Agora as coisas voltaram
a um nível de estabilidade, não estão normais, mas as crises nos países compradores principais continuam. A crise européia
e a crise americana continuam muito mais
fortes. Uma vantagem que é interessante é
que as cooperativas têm uma realidade no
mercado interno brasileiro. Saber explorar
esse mercado interno de uma maneira muito coerente é uma alternativa.
Revista Canavieiros: Como líder
cooperativista, na sua opinião, o que
a nova presidente eleita do Brasil deve
fazer para incentivar e desenvolver o
cooperativismo?
Freitas: Nós fizemos uma correspondência para os então candidatos à Presidência da República, inclusive à candidata Dilma Rousseff, no mês de setembro,
quando realizamos um congresso brasileiro. Nessa correspondência, vou resumir
o que pedimos, que foi basicamente duas
palavras, que são: acesso e interlocução,
ou seja, queremos interlocução com o
governo e queremos compromisso com
o cooperativismo. Queremos manter uma
possibilidade de diálogo com o Executivo
de alto nível para que possamos negociar
as posições das cooperativas no dia-a-dia.
No governo Lula, sem dúvida nenhuma, os
oito anos foram excelentes na interlocução,
principalmente no setor do crédito, onde
tivemos uma grande evolução regulatória.
Também tivemos uma boa interlocução na
área agrícola e isso devemos muito ao exministro Roberto Rodrigues, que é um conterrâneo nosso, e que nos abriu portas e nos
garantiu mesmo depois de sua saída, um
canal de comunicação muito interessante.
O que esperamos é que continue com essa
possibilidade porque problemas vão surgir
e obstáculos também. Não podemos nos
esquecer e vale a pena ressaltar que quem
administra o país é o presidente da República, é o Executivo, mas quem delibera as
questões estratégicas é o Congresso Nacional e no Congresso também ampliamos a
nossa rede de representação por meio da
Frente Parlamentar do Cooperativismo. As
cooperativas se dedicaram muito a eleger
pessoas não importando a bandeira partidária, mas que tenham compromissos com o
cooperativismo para formar no Congresso
Nacional, nessa legislatura que se inicia em
fevereiro, uma frente muito comprometida
com a nossa base cooperativista. Isso vai
nos garantir uma trincheira de discussão
muito interessante. RC

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
8

Ponto de Vista

Marcos Fava Neves*
A Valorização do
Agronegócio

O

vencedor das eleições presidenciais não atingiu 50% dos eleitores totais, e a diferença final de
11 milhões de votos foi pequena ante 37
milhões de abstenções nulos e brancos.
As urnas das regiões da agricultura, do
agronegócio e da produção impuseram
forte derrota ao governo, e aí existe uma
importante reflexão para os vencedores,
se humildes forem.

se comportou como poderia nos aspectos
acima citados e foi omisso com relação às
reformas estruturantes, mesmo lastreados
por um cacife de 80% de aprovação.

Pela maioria considerável no Congresso e no Senado, espera-se que o novo
governo realize definitivamente as reformas que o Brasil precisa para ficar mais
competitivo. O país precisa ter velocidade
na questão da infraestrutura para remover
O primeiro discurso da presidente elei- custos das cadeias produtivas brasileiras,
ta foi inspirador.
acertar rapidamente
Falou-se em refor“...Um ministério para a questão das dívima e eficiência do
agregar pequena, média das dos produtores,
Estado, controle
a questão ambiental
da dívida pública,
e grande agricultura, e trabalhista, além
respeito a contrapolítica
pesca, extração, bioe- da câmbio, de juros
tos, fortalecimento
e
que faz
das agências regu- nergia, biodiversidade, nossos agricultores
ladoras, redução
entre outros... Afinal, perderem a já pede tributos, meriquena margem.
tocracia, combate
este ministério repreaos juros e câmsenta um terço do PIB se O agronegócio,
bio, medidas antiestimulado, será
dumping, punição e o país se coloca como um setor que mais
a corruptos e liberreso principal fornecedor rapidamente goverdade de imprensa.
ponderá ao
Intriga esta guinamundial de alimentos” no, gerando exporda em relação aos
tações e renda para
últimos oito anos, onde a presidente eleita ser distribuída nos mais diversos tipos
foi figura central de um governo que não de “bolsas”.

Ao entrar agora na fase de composição
de seus quadros e de planejamento estratégico para as mais diversas áreas, o novo governo que assumirá em janeiro de 2011 terá
que buscar os melhores exemplos mundiais
e perseguir implacavelmente indicadores de
desenvolvimento “classe mundial”.
Na busca de simplificação e reforma
do Estado, como mostrou o discurso inicial da presidente eleita, deve-se incluir a
criação de um super ministério.
Um ministério para agregar pequena,
média e grande agricultura, pesca, extração, bioenergia, biodiversidade, entre
outros. Tudo isto com coordenação única
e uníssona. Afinal, este ministério representa um terço do PIB e o país se coloca
como o principal fornecedor mundial de
alimentos, num mundo que terá demanda
explosiva nos próximos anos.
Prova disso é que a cada hora 22 hectares de terras brasileiras são compradas
por estrangeiros... Portanto, esta valorização do agronegócio será o melhor investimento do novo governo.
RC

*professor titular de Planejamento
na FEA/USP em Ribeirão Preto (www.
favaneves.org), autor de 22 livros publicados
em 5 países e Coordenador Científico do
Markestrat.
(Artigo publicado na Folha de São Paulo,
06/11/10, Caderno Mercados, pag. B15)
Revista Canavieiros - Novembro de 2010
9

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
10

Notícias Copercana

Copercana realiza campanha
promocional de natal
Carla Rossini

Natal está chegando e para comemorar com os seus clientes a Copercana está realizando uma campanha promocional que recebeu o nome de
“Copercana Premiada – Fim de ano com o
carro cheio”, e vai até o dia 10 de janeiro
de 2011. Todos os clientes dos supermercados, postos de combustíveis e lojas de
ferragens e magazines podem participar.
A cada R$ 50,00 em compras nos supermercados e lojas de ferragens e magazine, o consumidor ganha um cupom
para concorrer a prêmios. A regra também vale para os postos de combustíveis.
A única diferença é que os cupons são

adquiridos a cada R$ 30,00 em compras.
De posse do cupom, o cliente já começa a concorrer a milhares de prêmios
instantâneos que podem ser conferidos
na hora. Depois, o consumidor deve
preenchê-lo corretamente com seus dados pessoais (RG/CPF, nome, endereço
e telefone), responder corretamente a
pergunta “Final de ano premiado é na?”
e depositá-lo nas urnas localizadas nos
locais de compra.
Entre os prêmios estão milhares de
vale-compras instantâneos, 15 televisores
de 32’ LCD, três motos zero quilômetro
Honda Fan e dois carros Ford Ka 1.0, tam-

bém zero quilômetro, lotados de compras.
Além disso, nos postos de combustíveis
serão sorteados um ano de abastecimento no valor de R$ 100,00 mensais e nos
supermercados, um ano de compras grátis
no valor de R$ 200,00 mensais.
Ricardo Meloni, gerente do Departamento de Compras da Copercana, explica
que a campanha é um incentivo aos clientes que consomem os produtos e serviços
da cooperativa durante o ano todo. “Essa
campanha tem como objetivo incentivar
os nossos clientes a continuarem realizando suas compras em nossos supermercados, postos e lojas”, disse Meloni. RC

Copercana em parceria com Dupont realizam
reunião em Paracatu
Da redação

As reuniões tem o objetivo de apresentar a cooperativa e transmitir informações técnica

N

o mês de novembro, a Copercana
em parceria com a Dupont, através
do diretor Pedro Esrael Bighetti, realizou reuniões com produtores rurais na cidade de Paracatu. O objetivo da reunião foi
apresentar a cooperativa, e também transmitir informações técnicas aos produtores
sobre uma das novidades da Dupont .

Na ocasião, Pedro Bighetti fez uma explanação sobre a cooperativa e os representantes da Dupont, falaram sobre o controle
de plantas daninhas, entre elas as Ipomeas
e Digitarias (capim – colchão) utilizando
as tecnologias da empresa. O produto apresentado foi o Velpar K® Callisto Box, um
dos últimos lançamentos da Dupont.
Além do diretor da Copercana, também
participaram do encontro o engenheiro
agrônomo, Flávio Guidi e Ricardo Meloni
A reunião aconteceu na sede da Associação dos Irrigadores e contou com a
presença de aproximadamente 50 produtores rurais. RC
Revista Canavieiros - Novembro de 2010

Em Paracatu, o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti
com representantes da Copercana e da empresa Dupont

Representantes
da Dupont
falaram sobre
os benefícios
do novo box da
Dupont, Velpar
K® Callisto
Box eficiente
no combate
ao Capim –
Colchão

Certificado de Autorização Caixa: 5-1287/2010 /
Certificado de Autorização Caixa: 6-1291/2010.

O

Todos os clientes dos supermercados, postos de combustíveis e
lojas de ferragens e magazines podem participar e concorrer a prêmios
11

Copercana realiza palestra para colaboradores
Carla Rodrigues

N

Tema do encontro foi o Controle Integrado de Pragas em Indústrias de Alimentos

o último dia 10 colaboradores
da Uname (Unidade de Grãos
da Copercana) e da CAP
(Agropecuária Industrial Ltda), participaram da palestra sobre “Controle
Integrado de Pragas em Indústrias de
Alimentos”, ministrada pelo gerente
técnico e de marketing da empresa
Bequisa, Arnaldo Cavalcanti de Rezende. O evento foi realizado no auditório da Canaoeste.
O tema abordado é de grande importância para o trabalho realizado
pelos colaboradores, uma vez que este
controle não visa exclusivamente apenas com a aplicação de praguicidas,
mas mediante a interação de outros
mecanismos, que associados ao praguicida, permitem o controle das pragas de forma mais eficaz.
De acordo com Rezende, eventos
desse tipo têm um grande peso na vida
profissional do colaborador, já que ele
tem a oportunidade de ter um contato
direto com o fabricante do produto.
“É de grande relevância a reciclagem dos colaboradores, principalmente quando é feito diretamente com fabricante, que é aquele que
realmente conhece os produtos e os

procedimentos do uso e de controles
de pragas”, explicou.
A supervisora de Processamento de
Secagem (responsável pelo controle
de pragas) da Copercana, Regina Del
Grande Aires, que organizou a palestra, aposta no aprimoramento, capacitação e treinamento de sua equipe. “Esses fatores são decisivos para
mantermos um bom andamento operacional na unidade, prezando sempre
pela melhor qualidade dos produtos
que comercializamos”, disse.

A Bequisa é uma empresa alemã,
do grupo Degesch, e está no Brasil
há 61 anos. Seu foco é a fabricação
de produtos praguicidas nos segmentos da Pós-Colheita (armazenamento de grãos, sementes e produtos
processados – carunchos, etc) e de
Saúde Ambiental (pragas urbanas –
ratos, baratas, formigas, etc). Na região de Sertãozinho, a linha Bequisa
é representada pela empresa Canaã,
parceira da Copercana no fornecimento e orientação técnica de pronto
atendimento. RC

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
12

Notícias Canaoeste

Consecana

A

CIRCULAR Nº 12/10
DATA: 29 de outubro de 2010

Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o
mês de OUTUBRO de 2010. O preço médio do kg de ATR para o mês de OUTUBRO, referente à Safra 2010/2011, é
de R$ 0,3597.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a outubro e acumulados até OUTUBRO, são
apresentados a seguir:

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo
(ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado
externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a outubro e acumulados até
OUTUBRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/10, são os seguintes:

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
13

Canaoeste realiza reuniões técnicas
Carla Rossini

O ciclo de palestras teve início em Severínia com a presença de aproximadamente cem produtores

D

urante o mês de novembro,
o Departamento Técnico da
Canaoeste realizou mais um
ciclo de palestras aos associados. A
primeira reunião foi realizada em
Severínia, em parceria com a Açúcar
Guarani S/A, e contou com a presença de aproximadamente cem produtores rurais.
Na ocasião, duas palestras foram
proferidas: a da professora da Esalq/
USP e pesquisadora do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), Mirian Piedade
Bacchi, que falou sobre o “Levantamento e formação dos preços mensais e da safra de Açúcar e Etanol”
e a da equipe do Departamento Técnico da Canaoeste, que abordou a
“Formação de preço da tonelada de
cana pelo Consecana”.

Para o gerente do Departamento Técnico da Canaoeste, Gustavo Nogueira,
essas reuniões são muito importantes para
esclarecer dúvidas dos associados. “Du-

rante as reuniões temos a oportunidade de
ter um contato direto com os associados e
esclarecer dúvidas sobre safra, mercado e
tecnologias em geral”, disse.RC

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
14

Assuntos Legais

Legalidade do PIS/Cofins sobre
Energia Elétrica Rural.

A

leitora Maria Lucia Meirelles
Vieira, por meio do sítio eletrônico desta revista, enviou a
este colunista uma indagação acerca
da legalidade da cobrança dos tributos
PIS e COFINS sobre a energia elétrica
rural, pois tinha conhecimento de que
alguns proprietários rurais estariam
solicitando judicialmente o ressarcimento do que foi pago em sua conta
de energia elétrica.
Por ser uma matéria de interesse
geral, estaremos aqui dividindo com
os demais leitores da Canavieiros a
resposta já prestada à citada leitora,
conforme abaixo.
Inicialmente, cumpre esclarecer que
o PIS e a CONFINS são tributos incidentes sobre a receita e o faturamento

da empresa e, no caso específico do
serviço de energia elétrica, cuja tarifa
é fixada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), o percentual
do PIS e COFINS era repassado dentro do valor da tarifa, majorando-se
o preço do serviço. Em 2004, porém,
houve uma alteração da legislação que
transformou o PIS e COFINS incidentes sobre a receita e o faturamento da
distribuidora de energia elétrica em
tributos não cumulativos, o que significa que ficou ilegal o seu repasse
aos consumidores, cabendo apenas às
concessionárias suportarem referidos
tributos.
Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), analisando um
Recurso de um consumidor gaúcho
(www.stj.gov.br/portal_stj/publica-

Juliano Bortoloti - Advogado
Departamento Jurídico Canaoeste

cao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.
texto=97226#), decidiu pela impossibilidade de inclusão da cobrança da
PIS/COFINS nas tarifas de energia
elétrica, o que está fomentando, inclusive, as diversas ações judiciais de
consumidores que pretendem serem
ressarcidos pelo pagamento de tais
tributos nos últimos cinco anos. RC

Safra Canavieira

Moagem no Centro-Sul supera 500 milhões de
toneladas em novembro
Da Redação

O

volume de cana-de-açúcar processado pela região Centro-Sul
até o dia 1 de novembro chegou
a 500,88 milhões de toneladas, aumento
de 12,64% em relação ao mesmo período
da safra 2009/2010.
Até o final de outubro, 44 usinas já
haviam encerrado a safra 2010/2011 na
região. Na mesma data no ano anterior,
somente cinco unidades haviam concluído suas atividades. A estimativa da Unica é que até o final deste mês, cerca de
140 usinas finalizem suas operações.
De acordo com dados apurados pelo
CTC (Centro de Tecnologia Canavieira),
a quebra agrícola do canavial colhido em
outubro atingiu 18,41%, valor superior
aos 15,77% observados no mês de setembro. No acumulado desde o início da
safra, a redução da produtividade agrícola já atingiu 5,75%.

ATR - A quantidade de ATR por
tonelada de cana atingiu 145,87 kg
na segunda quinzena de outubro, alta
de 1,70% em relação aos 143,43 kg
obtidos nos primeiros quinze dias do
mês e de 13,56% no comparativo com
igual período de 2009.
Contudo, esta recuperação no valor
do ATR é momentânea. Dados apurados pelo Sistema ATR, vinculado ao
Consecana, já indicam uma queda da
qualidade da matéria-prima a partir
da primeira quinzena de novembro.
Nos primeiros quinze dias do mês,
o ATR cana no Estado de São Paulo alcançou 135,40 kg por tonelada,
contra 142,24 kg registrados no final
de outubro.
No acumulado desde o início desta
safra, a quantidade de ATR por tonelada de matéria-prima foi de 142,42

Revista Canavieiros - Novembro de 2010

kg, aumento de 7,42% em relação ao
mesmo período de 2009.
Mix de produção - Do volume total
de cana processado na última quinzena de outubro, 46,10% destinou-se
à fabricação de açúcar, percentual
superior aos 42,01% registrados na
quinzena anterior. Do início da safra
até 1 de novembro, a proporção destinada para a fabricação de açúcar totalizou 44,94% e, para etanol, 55,06%.
No acumulado desde o início da
safra, a produção de açúcar atingiu
30,54 milhões de toneladas, 23,92%
acima do volume observado na safra
2009/2010 (24,65 milhões de toneladas). Já a produção de etanol aumentou em 18,62% no período, alcançando 22,95 bilhões de litros, sendo 16,63
bilhões de etanol hidratado e 6,32 bilhões de litros de etanol anidro. RC
15

Artigo

Setor açucareiro em recuperação no Brasil
Plinio Nastari

Em fevereiro deste ano o preço mundial do açúcar superou os 30 centavos
de dólar por libra-peso no mercado de
Nova York e, apesar de rapidamente testar os 13 centavos em maio, na
semana passada o contrato futuro de
vencimento mais curto superou os 33
centavos.
Nos últimos dias, os preços sofreram
uma correção, mas ainda permitindo a
geração de margens confortáveis.
O mercado tem oferecido amplas
oportunidades de fixação de preços razoavelmente acima dos custos de produção, com elevada liquidez, e sem os
limites impostos por compradores para
fixações por prazos mais longos, como
ocorreu no ano passado por conta de
limites de crédito para cumprir chamadas de margem em Bolsa.
Os preços tem-se mantido remuneradores por conta de fundamentos

construtivos, pela apreciação das commodities em geral, e pela depreciação
do dólar.
Os fundamentos tem sido influenciados por clima adverso que gerou
redução nas estimativas de produção
da Rússia, União Européia, Brasil, Paquistão, Argentina, África do Sul, Indonésia e Austrália.
Os estoques mundiais continuam
baixos, com a relação estoque-consumo
se mantendo em 10/11 no mesmo nível
do ano anterior, de 33,5%, bem abaixo
dos 44,8% observados em 2007/08.
O superávit mundial, estimado pela
Datagro para 10/11 em apenas 1,8 milhão de toneladas, trás pouco alívio a
um mercado que precisaria injetar mais
de 5 milhões de toneladas para recuperar estoques em grandes países consumidores como Estados Unidos, México, Rússia, Paquistão e Indonésia.
O Brasil vive um bom momento,
pois apesar do impacto adverso causado por um 2010 atipicamente seco,
utilizou toda sua capacidade para aumentar a produção de açúcar em quase 6 milhões de toneladas, ou 18,1%,
Crédito: Niels Andreas

S

uperada a tormenta causada pela
crise financeira de 2008/09, o setor de açúcar e etanol passa por
um dos períodos mais longos de bons
preços, e possibilidade de recuperação
de margens, das últimas décadas.

ao mesmo tempo em que aumentará a
produção de etanol em 4,25 bilhões de
litros, ou 16,6% sobre o ano anterior. A
produção adicional de açúcar foi rapidamente absorvida pelo mercado mundial, quebrando recordes mensais de
exportação que superaram 3,3 milhões
de toneladas.
Nas próximas semanas e meses, a
volatilidade do mercado deve estar relacionada a apostas sobre qual a extensão da entressafra no Brasil, que poderá ou não ser mais longa que o normal
dependendo da velocidade com que forem recuperados os canaviais afetados
pela seca de 2010.
Muita atenção será dada ao tamanho da próxima safra que dependerá
de fatores como falhas na rebrota dos
canaviais, e extensão do programa de
reformas a ser implantado a partir de
janeiro.
Em paralelo, estará sendo monitorado se os atrasos de moagem verificados
nas províncias de Maharashtra e Uttar
Pradesh na Índia serão recuperados antes de voltarem as monções em meados
do ano que vem. RC
Plinio Nastari é presidente da
Datagro Consultoria.

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
16

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
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Revista Canavieiros - Novembro de 2010
18

Notícias Sicoob Cocred

Balancete Mensal

COOP.CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO
INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - OUTUBRO/2010

Valores em Reais

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
19

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
Plantio mecanizado:
um caminho sem volta

Carla Rossini

U

Custo menor está entre as principais vantagens,
mas certificações de sustentabilidade também atraem

ma técnica cada vez mais utilizada nas plantações de cana-de-açúcar, principalmente
pelas unidades industriais, é o plantio
mecânico. Dentre as suas principais
vantagens está o custo, menor do que
no plantio convencional, mas os benefícios vão além da economia.
O assessor de Tecnologia Agronômica do Grupo São Martinho, René
de Assis Sordi, explica que as normas
trabalhistas da NR-31, que estão sendo
aplicadas ao plantio convencional, têm
estimulado a adoção ao plantio mecanizado. “Além disso, esse tipo de plantio tem se adequado às exigências cada
vez maiores das certificações de sustentabilidade do setor”, disse Sordi.
A mecanização desse processo é
inevitável e ganha cada vez mais a
confiança do produtor rural. Quando

chega a hora de plantar, o agricultor
deve ter cautela e muita atenção, pois
qualquer erro pode comprometer parte
de sua produção e, consequentemente,
sua rentabilidade. Segundo o gerente
do Departamento Técnico da Canaoeste, Gustavo Nogueira, é preciso ter
planejamento e conhecimento técnico para efetuar um bom plantio. “As
operações de plantio são fundamentais
para o bom desenvolvimento da planta,
garantindo um canavial sadio e rentável”, alerta Nogueira.
O fornecedor de cana tem que se
preparar para plantar e colher mecanicamente. “É um caminho sem volta”,
afirma Sordi e completa: “as associações têm papel fundamental no treinamento, capacitação e formações de
grupos de prestadores de serviços que
possam adquirir os equipamentos e
máquinas necessárias”.

Revista Canavieiros - Novembro de 2010

Gustavo Nogueira
gerente do Departamento Técnico da Canaoeste

Entre os principais desafios para adotar o plantio mecanizado, o produtor vai
encontrar a adequação e sistematização
da área, já que limita-se a áreas mecanizáveis, com menos de 12 a 15% de declividade. “O treinamento e capacitação

Foto: Divulgação/São Martinho

20
Reportagem de Capa

de operadores, logística de localização de
mudas e aptidão de variedades também
são desafios nessa prática”, explica Sordi
A escolha das variedades também é
importante. Segundo Nogueira, “nem

todas as variedades estão adaptadas ao
plantio mecanizado”. Sordi cita alguns
exemplos: “As variedades mais adaptadas são: CTC2, RB966928, CTC4,
CTC7, RB855453, IACSP95-5000;
num nível intermediário: CTC9,

21

RB855156, CTC20, RB867515; e
como variedades que frequentemente
têm dado problemas: CTC6, SP813250, RB72454. Para todas as variedades deve-se evitar o uso de mudas de
mais de 10 meses de idade”.

Os equipamentos
Na maioria dos casos, “o plantio
mecanizado é feito com mudas picadas
após a colheita mecânica e tais colhedoras são adaptadas, quando se faz o
“emborrachamento” ou proteção dos
principais pontos de atrito, evitando
a danificação das gemas e toletes, que
têm de 25 a 40 cm de comprimento.

As mudas são depositadas em
transbordos para então serem transportadas para a área de plantio. São
necessárias plantadoras de duas linhas, que foram desenvolvidas para
tal, que sulcam, depositam o adubo,
as mudas e, se for necessário, inse-

ticidas, para depois cobrirem, numa
só operação”, explica Sordi, que
também ressalta a importância da
qualificação da mão-de-obra para o
sucesso do plantio, já que as mudas
não podem ter danos significativos
nas gemas e toletes. RC

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
22

Etanolduto

Presidente Lula inaugura Etanolduto em
Ribeirão Preto
Da Redação

O

A obra completa tem custo médio superior a R$ 5,7 bilhões

presidente Luiz Inácio Lula da
Silva iniciou, na manhã do dia
23 de novembro, as obras de
construção do etanolduto que ligará a
região de Ribeirão Preto, maior pólo
produtor de etanol do Brasil, a Paulínia,
maior pólo de refino do estado. A obra
está sendo realizada no Terminal da
Transpetro da cidade e tem custo médio
de R$ 5,7 bilhões.
O presidente estava acompanhado
dos ministros da Secretaria Geral da
Presidência, Luis Dulce (PT), e da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), além
do presidente da Petrobras, José Sérgio
Gabrielli de Azevedo. O presidente da
Copercana, Antonio Eduardo Tonielo e
o diretor Pedro Esrael Bighetti estivaram
presentes no evento.
Lula acompanhou a solda de um trecho da tubulação e, logo depois, descerrou a placa de inauguração do etanolduto. Um público de aproximadamente
300 funcionários da Transpetro, além
de jornalistas e políticos, acompanhou a

Lula acompanhou o primeiro ponto de solda do Etanolduto Ribeirão Preto - Paulínia

cerimônia em que o presidente definiu o
etanolduto como um “momento histórico” no Brasil.
O Sistema Integrado de Transporte de
Etanol da PMCC (Petrobras e Camargo
Corrêa) foi integrado por outros parceiros, como a Copersucar, Cosan, Odebrecht Transport Participações e Uniduto. O

sistema possui 850 km de extensão que
atravessará 45 municípios, ligando as
principais regiões de produção do etanol
dos estados de São Paulo, Minas Gerais,
Goiás e Mato Grosso até a Refinaria de
Paulínia (SP).
O primeiro trecho será Ribeirão Preto – Paulínia com entrega prevista para
agosto de 2012 e terá capacidade instalada de transporte de até 12 milhões de
metros cúbicos de etanol ao ano. No final da obra, a expectativa é transportar
ao menos 21 milhões de metros cúbicos
de etanol por ano através do etanolduto.
Dez mil novos empregos serão criados de forma direta ou indiretamente e
usará mão-de-obra local. A construção
do sistema utilizará dutos já existentes
para não haver novo impacto ambiental.

O diretor da Copercana Lelo Bighetti e o presidente da Copercana
Antônio Eduardo Tonielo participaram do evento
Revista Canavieiros - Novembro de 2010

Presidente Lula ao lado de José Gabrielli,
presidente da Petrobras
23

Para o presidente da UNICA, Marcos Jank, o projeto
chega em um momento importante, pois servirá de estímulo para uma nova e necessária rodada de investimentos
na expansão da produção. “Será também uma demonstração de que estamos prontos não só para agilizar o atendimento ao mercado doméstico como para um crescimento
nas exportações, que pode resultar das atuais discussões
envolvendo tarifas e barreiras não-tarifárias impostas pelos principais mercados consumidores do mundo, a Europa e os Estados Unidos”, disse Jank. RC

Autoridades da Petrobras e da PMCC falaram sobre os benefícios do Etanolduto

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
24

Destaque

Amendoim: perspectivas para a
safra paulista 2010/11
Renata Martins, pesquisadora do IEA (Instituto de Economia Agrícola)

N

Figura 1 - Área e Produção de Amendoim, Estado de São Paulo, 2006 a 2010.

as últimas cinco safras a produção paulista de amendoim
tem atingido em média 200 mil
toneladas por ano, plantadas em duas
safras que somam em média quase 80
mil hectares e produtividade em torno
de 2.600 kg/ha. Particularmente na safra 2009/10, as produtividades médias1
tanto da safra das águas quanto da seca
ficaram abaixo daquela cifra. Assim,
mesmo para uma área plantada próxima
das safras anteriores, os patamares de
produção ficaram abaixo das duas safras
anteriores, em torno de 186 mil toneladas (Figura 1).
Esse cenário que atinge a safra
2009/10 encontra respaldo nas varáveis
externas que afetam a produção agrícola, em especial as climáticas. Além
disso, deve-se considerar a decisão de
investimentos por parte dos produtores.
No período que se estende do plantio à
colheita – setembro a março, os preços
médios mensais recebidos pelos produtores estavam em torno de R$21,502 a
saca de 25 kg, condicionando, assim, o
comportamento da produção das águas e
do plantio e condução da safra da seca,
que registrou produtividade 50% menor
que as médias alcançadas no período de
2006 a 2009.

Fonte: INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA – IEA. Área e produção dos principais produtos
da agropecuária. Banco de Dados, São Paulo: IEA, 2010. Disponível em: <http://ciagri.iea.sp.gov.
br/bancoiea/subjetiva. aspx?cod_sis=1>. Acesso em: 08 nov. 2010.
Figura 2 - Quantidade e Valor Exportado de Amendoim Descascado, Brasil,
Período de Janeiro a Setembro de 2007 e de 2010.

O comportamento dos preços médios
recebidos pelos produtores acompanha
a demanda interna do produto, mas
também sofre influências das condições
externas de mercado, pois boa parte da
produção paulista de amendoim é exportada, principalmente em grão descascado e em óleo bruto. Esses dois
produtos juntos respondem por mais de
90% das exportações vinculadas à cadeia de produção do amendoim. Porém,
o amendoim descascado continua sendo
o carro chefe, respondendo por 60% dos
valores exportados.
A figura 2 apresenta a evolução das
exportações de amendoim descascado
para os nove primeiros meses de cada
ano. Na sequência é possível observar,
por um lado, o aumento constante dos

Fonte: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR.
SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR - SECEX. Sistema de análise das informações de
comércio exterior (ALICE-web). Brasília: SECEX, 2010.
Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>. Acesso em: 9 nov. 2010.

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
25
Figura 3 - Quantidade e Valor Exportado de Óleo Bruto de Amendoim, Brasil, Período de Janeiro a
Setembro de 2007 e de 2010

Fonte: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR.
SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR - SECEX. Sistema de análise das informações de
comércio exterior (ALICE-web). Brasília: SECEX, 2010.
Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>. Acesso em: 9 nov. 2010.

volumes exportados como consequência dos níveis de produção. Por outro,
ao se considerar valores, as resultados
mostram estabilidade a partir de 2008.
Dessa forma, para os mesmos valores
exportam-se maiores volumes com cotações menores evidenciadas pelo comportamento cambial. A mesma dinâmica
pode ser observada nas exportações de
óleo bruto, porém o produto apresenta
cotações superiores ao amendoim descascado o que de certa forma explica o
aumento de volume de óleo exportado
em 2009 (Figura 3).
Ao se considerar os dados de exportação, agrupados por trimestres, do
amendoim descascado, é possível notar
que a cada trimestre os volumes exportados são crescentes, com destaque para
o segundo trimestre de 2009, com 15,8
mil toneladas e o terceiro trimestre de
2010 com 16,6 mil toneladas exportadas; quantidades acima das registras em
2007, em torno de 8 mil toneladas e, em
2008, de 10 mil toneladas. Para o óleo
bruto de amendoim, os volumes trimestrais ficam entre 3 e 8 mil toneladas,
com exceção para o segundo trimestre
de 2009 com 12 mil toneladas.
A ampliação das exportações e o
equilíbrio do destino da produção entre
amendoim descascado e óleo bruto têm

garantido o escoamento da produção e
os níveis de estoque dentro de patamares que oferecem alguma estabilidade
de preços no mercado interno. Tanto que
nos quatro primeiros meses de 2010, os
preços médios recebidos pelos produtores apresentam tendência de alta3, em
torno de 13%, quando comparados com
os preços praticados no mesmo período
de 2009. Cabe destacar que esse período corresponde à entrada da produção
da safra das águas e, portanto, da possibilidade de queda de preços.
A tendência de alta dos preços é
mantida ao longo dos meses inclusive no período de agosto a outubro
de 20104, quando se iniciam o planejamento e o plantio da próxima safra
das águas. Para essa safra os custos de
produção apresentam pequeno aumento
quando comparados à anterior, devido
principalmente aos ajustes nos valores de arrendamento de terras e de alguns insumos utilizados. Dessa forma,
o custo de produção estimado5 para as
variedades rasteiras é de R$2.811,00/ha
e para as variedades eretas em torno de
R$2.545,00/ha.
A dinâmica das safras de amendoim
dos últimos três anos tem apresentado certa estabilidade em relação à área
plantada no Estado de São Paulo, princi-

palmente para o plantio das águas. Nesse
sentido, espera-se que na safra 2010/11
essa tendência seja mantida, mesmo considerando suas características de plantio, atreladas às áreas de renovação de
canaviais e, portanto, às expectativas de
planejamento das usinas produtoras de
açúcar e etanol. A mesma perspectiva
pode ser considerada em relação ao volume de produção, embora as condições
climáticas e de investimentos na produção sejam variáveis fundamentais para
acomodar essa visão. A conjunta de mercado, vinculada ao aumento do consumo
interno de produtos à base de amendoim
e às exportações, principalmente pela
conquista de espaço em países da Europa e da América Latina, torna-se um elemento chave no comportamento da safra
de amendoim paulista. RC
1. CASER, D. V. et al. Previsões
e estimativas das safras agrícolas do
estado de São Paulo, ano agrícola
2009/10, junho de 2010. Informações
Econômicas, São Paulo, v. 40, n. 8, p.
01-18, ago. 2010.
2. INSTITUTO DE ECONOMIA
AGRÍCOLA - IEA. Preços médios
mensais recebidos pelos produtores.
Banco de Dados. São Paulo: IEA,
2010. Disponível em: <http://ciagri.
iea.sp.gov.br/nia1/Precos_Medios.
aspx?cod_sis=2>. Acesso em 09 nov.
2010.
3. ANGELO, J. A. et al.Preços
agropecuários encerram o mês de
maio com alta de 8,66%. Destaques,
São Paulo: IEA, jun. 2010. Disponível
em: <http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=11911>. Acesso
em: 8 nov. 2010.
4. Preços agropecuários encerram o mês de outubro em alta de
2,37%. Destaques, São Paulo: IEA,
nov. 2010 Disponível em: <http://
www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.
php?codTexto=12003>. Acesso em: 10
nov. 2010.
5. Estimativa baseada na metodologia de custos de produção do IEA.
Coeficientes técnicos fornecidos pela
COPLANA e pela COPERCANA e
preços de insumos praticados em
julho de 2010.

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
26

Informações Setoriais

CHUV
AS DE Outubro
e Prognósticos Climáticos

As chuvas do mês de OUTUBRO de 2010 são apresentadas no quadro a seguir.

Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Assessor Técnico Canaoeste

O

A média das observações do mês
de OUTUBRO (102mm) “ficaram”
pouco abaixo da média das normais
climáticas (120mm). Ocorreram chuvas muito superiores às respectivas
médias na Açúcar Guarani e Fazenda Monte Verde (Cajobi/Severínia);
enquanto que, nos demais locais,
foram próximas a (bem) abaixo das
normais climáticas, destacando-se os
menores volumes de chuvas no eixo
C.E.Moreno - Usina S Francisco e
Unesp-Jaboticabal

Mapa 1 acima mostra que já
em meados (14 a 17) de OUTUBRO as condições hídricas
do solo, mesmo após as boas chuvas
no final de setembro e início de outu-

bro, já se mostravam desfavoráveis no
“quadrilátero” Araraquara-Pirassununga-Campinas-Piracicaba e como média
disponibilidade de água do solo no extremo Oeste do Estado.

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 14 a 17 de OUTUBRO de 2010.

Revista Canavieiros - Novembro de 2010

Os Mapas 2 e 3 mostram interessantes semelhanças de Disponibilidade de
Água no Solo aos finais de OUTUBRO
de 2009 e 2010. Pode-se notar a grande
diferença observada pelo “deslocamen-

Mapa 2:- Água Disponível no Sol
27
to” da região de baixa a crítica Disponibilidade de Água no Solo na faixa
Centro-Noroeste (Mapa 2) para a região Centro-Oeste do Estado (Mapa 3).
Enquanto que marcantes semelhanças,
também com baixas a críticas Disponibilidades de Água, foram registradas entre as faixas Centro do Estado para regiões de Piracicaba a Sorocaba e, como as
mais úmidas, nas estreitas faixas Leste e
a região Sul-Sudoeste do Estado.
Para subsidiar planejamentos de
atividades futuras, a CANAOESTE
resume e cita abaixo o prognóstico
climático de consenso entre INMET
(Instituto Nacional de Meteorologia) e
INPE (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais) para os meses de novembro
de 2010 a janeiro de 2011.
• As temperaturas médias poderão
ser próximas a ligeiramente acima das
normais climáticas em toda Região
Centro-Sul do Brasil;
• Quanto às chuvas, para os meses
de novembro a janeiro, com ilustração
no Mapa 4 abaixo, poderão ser próximas das normais climáticas em quase
toda área sucroenergética da Região
Centro-Sul do Brasil, excetuando-se o
Estado do Rio Grande do Sul com pro-

lo ao final de OUTUBRO de 2009.

babilidade de chuvas abaixo das respectivas médias.
• Como referência, as normais climáticas de chuvas para Ribeirão Preto
e municípios vizinhos, pelo Centro de
Cana Apta-IAC, são de 170 mm em novembro, 270 mm em dezembro e 280
mm em janeiro.

renovações de canaviais (baixa produtividade, alta incidência de ervas
daninhas e os impactos da recente
ferrugem alaranjada em variedades
suscetíveis), com vistas às certas e
crescentes demandas por matériaprima na(s) próxima(s) safra(s).
Persistindo dúvidas, consultem os
Técnicos mais próximos ou através do
Fale Conosco CANAOESTE. RC

A SOMAR Meteorologia, a exemplo
do INPE e INMET, também prevê
Mapa 4:- Prognóstico de Consenso entre INMET
que as chuvas ficarão entre próxie INPE para o trimestre novembro 2010 a janeiro 2011.
mas das respectivas médias cliAdaptado pela CANAOESTE
máticas nos meses de novembro
a janeiro, como permite estender
tal previsão para os meses de fevereiro e março em toda região de
abrangência da CANAOESTE.
Quanto às condições climáticas previstas para estes meses
finais e início do próximo ano,
a CANAOESTE recomenda aos
produtores de cana que aproveitem ao máximo os dias e
tempos disponíveis para efetuarem aprimorados tratos culturais, atentarem para as já altas
infestações e ultranecessários
controles das cigarrinhas, generosas adubações e cuidadosas

Mapa 3:- Água Disponível no Solo, 50cm de profundidade, ao final de OUTUBRO de 2010.

RC

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
28

Artigo Técnico

Acidez natural em caldo de cultivares
com ciclo de maturação no meio de
safra, ano agrícola 2008/2009

Hélio Francisco da Silva Neto ; Luiz Carlos Tasso Júnior2; Marcos Omir Marques3; Joana Diniz Rosa da Silva4; Gustavo de Almeida Nogueira5

A

INTRODUÇÃO
avaliação da qualidade do caldo de cana pode ser realizada
por meio da determinação de
sua acidez. Os ácidos presentes no caldo podem ser produzidos pelo próprio
metabolismo da cana, sendo variável
para cada um dos cultivares disponíveis no mercado. Existem três frações
de acidez: acidez fixa (proveniente
do ácido lático), acidez volátil (ácido
acético) e acidez total (somatória das
duas frações anteriores).
Os teores destes ácidos na cana são
influenciados pelas condições ambientais, idade da cultura e o ciclo de maturação. Quando presente em elevados
valores, a acidez interfere diretamente
no processamento industrial. O ácido
lático (acidez fixa) pode inibir o metabolismo das leveduras, reduzindo o
rendimento fermentativo nos processos de produção de etanol (OLIVA
NETO e YOKOYA, 2001). Por sua
vez, o ácido acético (acidez volátil)
promove sabor indesejado, depreciando a qualidade da aguardente.
Além disso, os altos níveis de acidez estão relacionados a fatores prejudiciais à qualidade da cana-de-açúcar.
Um exemplo disso foi o estudo realizado por SILVA NETO et al., (2009)
que constatou aumento da acidez em
cultivares que apresentaram diâmetro de isoporização maior que 50 %
da área do colmo. O armazenamento
de cana, também é caracterizado pelo
aumento dos níveis de acidez e polissacarídeos, além de outras variáveis
(TASSO JÚNIOR et al., 2009).
Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi determinar os níveis de
acidez fixa total e volátil e avaliar o
comportamento de seis cultivares de
cana-de-açúcar durante um período
determinado da safra.

MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado na Fazenda de Ensino e Pesquisa e Produção
(FEPP) da FCAV/UNESP-Jaboticabal.
O delineamento experimental utilizado
foi o inteiramente casualizado em parcelas subdivididas, com 3 repetições.
Os tratamentos principais foram os seis
cultivares de cana com ciclo de maturação no meio de safra (IAC91-1099,
IACSP94-4004, IACSP95-5000, SP813250, CTC 15 e RB855536) e o secundário as 5 épocas de análise (0, 14, 28, 42 e
56 dias após a primeira análise). A época
zero corresponde à primeira avaliação,
quando a cana apresentava 13 meses e
20 dias após o plantio. As parcelas foram

compostas por 5 linhas de cana com 12
metros de comprimento, espaçadas de
1,5 m, totalizando 90 m².
Em cada parcela foram coletados 3
feixes de cana, cada um contendo 10 colmos. Os feixes foram encaminhados para
o Laboratório de Tecnologia de Açúcar
e Etanol da FCAV/UNESP para determinação da acidez: total e volátil. Por diferença, procedeu-se ao cálculo da acidez
fixa de acordo com MARQUES (1998).
Os resultados obtidos foram submetidos
à análise de variância pelo Teste F e as
médias foram comparadas pelo Teste de
Tukey a 5 % de probabilidade.

Tabela 1. Valores médios¹ da acidez total, fixa e volátil presente
no caldo de cana, durante o período analisado (Safra 2008/2009).

1-Médias seguidas de letra iguais, na coluna, para o mesmo atributo, não diferem entre si pelo
teste Tukey a 5% de probabilidade. * e ** - Significativo ao nível de 5 e 1 % de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O cultivar IACSP94-4004 se destacou dos demais por apresentar os menores valores de acidez total e fixa (0,4386
e 0,7590 respectivamente), Tabela 1
(acima). Este resultado é considerado

Revista Canavieiros - Novembro de 2010

como uma característica desejável do
cultivar, indicando menor presença de
ácido lático em seu caldo, favorecendo
metabolismo das leveduras e conseqüentemente aumento do rendimento fermen-
29
tativo durante o processo de produção de etanol (OLIVA NETO e
YOKOYA, 2001).

Figura 1. Comportamento dos cultivares de cana ao longo
do período estudado para os teores de acidez total.

Resultados inversos foram obtidos pelos cultivares CTC 15 e
IAC91-1099. No entanto, mesmo
para estes cultivares os valores encontrados estão abaixo do limite
estabelecido por RIPOLI E RIPOLI (2004). Porém, estes maiores
valores de acidez podem ser relacionados a uma maior formação
de dextrana (TASSO JÚNIOR et
al., 2009) ou elevados diâmetros
isoporizados do colmo (SILVA
NETO et al., 2009) ou outro fator
negativo envolvido no processo.
Os níveis de acidez volátil não
apresentaram grandes variações,
e entre os cultivares de cana o
IAC91-1099 obteve o maior valor e os cultivares RB855536 e
IACSP94-4004 os menores. Tal
resultado nos permite inferir da
menor aptidão do cultivar IAC911099 para a produção de cachaça.

Figura 2. Comportamento dos cultivares de cana ao
longo do período estudado para os teores de acidez fixa.

Ao analisar as épocas constata-se que os valores de acidez
total e fixa aumentaram no decorrer da safra. Comportamento distinto foi observado para a
acidez volátil, sendo que os menores valores coincidiram com
a época de corte recomendada
para estes cultivares.
Os cultivares apresentaram
comportamentos semelhantes para
a acidez total e fixa (Figuras 1 e 2).
Isto é explicado pelo fato de que
a maior fração da acidez total é
formada pela acidez fixa. Quando
comparado os cultivares de cana
entre si, observam-se os diferentes
comportamentos ao longo da safra
(Figura 3). Esta disparidade pode
ocorrer devido às características
genéticas de cada cultivar.

Figura 3. Comportamento dos cultivares de cana ao
longo do período estudado para os teores de acidez volátil.

O cultivar IACSP94-4004 obteve o melhor resultado, apresentando os menores valores de acidez total, fixa e volátil, indicando
sua melhor qualidade de caldo
durante a maior parte do período
analisado.
Revista Canavieiros - Novembro de 2010
30

Artigo Técnico

CONCLUSÃO
Os valores de acidez total e fixa apresentaram tendência de aumento ao longo
do período estudado. O inverso ocorreu
para a acidez volátil.
O melhor desempenho foi obtido pelo
cultivar IACSP94-4004 que apresentou
os menores valores de acidez fixa, total e
volátil, durante a maior parte do período
analisado, o que nos permite inferir de
sua melhor qualidade de caldo, em relação às frações de acidez.
O resultado menos satisfatório foi obtido pelo cultivar IAC91-1099, indicando a necessidade de uma maior atenção
em caldos deste exemplar.

Referências Bibliográficas
MARQUES, M. O. Determinação da acidez total, acidez volátil e cálculo da acidez fixa em caldo de cana-de-açúcar. FCAV/UNESP, Jaboticabal SP. Roteiro de aula
prática, 1998. 3p.
OLIVA NETO, P; YOKOYA, F. Susceptibility of Saccharomyces cerevisiae and
lactic acid bacteria from the alcohol industry to several antimicrobial compounds.
Brazilian Journal of Microbiology, v.32, p.10-14, 2001.
RIPOLI, T. C. C.; RIPOLI, M. L. C. Biomassa de cana-de-açúcar: colheita, energia e ambiente. Piracicaba: Barros & Marques Ed. Eletrônica, 2004. 302 p.
SILVA NETO, H. F.; TASSO JÚNIOR, L. C.; MARQUES, M. O.; CAMILOTTI,
F.; ROMÁN, R. A. A. Algunas características agrotecnológicas de la caña de azúcar.
In: Tecnicaña – Congreso de la Associación Colombiana de Técnicos de la Caña de
Azúcar, 8., Cali. Anais… Cali: Tecnicaña, 2009. p.58-64.
TASSO JÚNIOR, L. C.; SILVA NETO, H. F.; MARQUES, M. O.; NOGUEIRA,
G. A.; ROMÁN, R. A. A.; Calidad química em el almacenamiento de la caña de azúcar. In: In: Tecnicaña – Congreso de la Associación Colombiana de Técnicos de la
Caña de Azúcar, 8., Cali. Anais… Cali: Tecnicaña, 2009. p.771-779. RC

1 - Engenheiro Agrônomo, Doutorando em Produção Vegetal FCAV/UNESP-Jaboticabal, SP. E-mail: heliofsn@hotmail.com
2 - Engenheiro Agrônomo, Pós-Doutorando em Produção Vegetal FCAV/UNESP-Jaboticabal, SP.
3 - Engenheiro Agrônomo, Professor Adjunto - Tecnologia do Açúcar e Álcool FCAV/UNESP- Jaboticabal, SP.
4 - Engenheira Agrônoma, Mestranda em Produção Vegetal FCAV/UNESP-Jaboticabal,SP.
5 - Engenheiro Agrônomo, Gerente do Departamento Técnico – CANAOESTE, Sertãozinho, SP.

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
31

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
32

32

“General Álvaro
Tavares Carmo”

Cana-de-açúcar hidrolisada na
alimentação de bovinos
Mauro Dal Secco de Oliveira

Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português.

“Casamento de sucesso é apaixonar-se muitas
vezes pela mesma pessoa.” Robert Wagner
1) PRESIDENTE OU PRESIDENTA?
Eis a questão atual, mas com a resposta antiga nas Gramáticas.
Prezado amigo leitor a dúvida é sobre a expressão sem ligações com questões políticas.
Conforme o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa(VOLP), 5 edição-últimaeditado pela Academia Brasileira de Letras, pág. 674:
PRESIDENTE adj.s.2g.s.m. (adjetivo e substantivo de dois gêneros e substantivo
masculino)
PRESIDENTA s.f.( substantivo feminino)

N

a presente publicação estão relacionados
assuntos que envolvem os principais fatores relacionados com a técnica da hidrólise da
cana-de-açúcar na alimentação de bovinos.
Procurou-se estabelecer uma abordagem de
fácil acesso a produtores, técnicos e ao público
em geral, de assuntos relacionados com a utilização da cana-de-açúcar hidrolisada com cal virgem ou hidratada para bovinos.
Para tal, com o propósito de transmitir conhecimentos, foram reunidas informações acerca
dos diferentes fatores relacionados com a técnica de hidrólise de cana-de-açúcar, importante
ferramenta que os produtores poderão utilizar, a
fim de melhorar o desempenho dos animais de
forma prática e econômica.
Estamos convictos de que tais informações
servirão de subsídios e evidenciarão novos horizontes a pesquisadores, professores, técnicos
e alunos de ciências agrárias e, principalmente,
a produtores adeptos do uso da cana-de-açúcar
como volumoso na alimentação de bovinos,
principalmente para vacas leiteiras.
Finalmente, temos a certeza de que os leitores,
pela aquisição de novos conhecimentos, estarão
contribuindo para a expansão da bovinocultura
leiteira nacional.
*texto retirado da sinopse do livro
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar a
Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,
nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone :
(16)3946-3300 - Ramal 2016

Exemplos corretos: O Presidente disse...
A Presidenta disse...
A intenção do VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) é deixar para
trás incômodos e entraves sobre possíveis dúvidas a respeito do vernáculo.
Quanto ao uso?
- Ofereço ao público, querido amigo leitor, a tarefa de esclarecer dúvidas sobre a Língua Portuguesa.
2) O casal organiza a nova casa! Gostam da “antiguidade” dos móveis...
Com certeza, um casal moderno e atualizado com o VOLP!
ANTIGUIDADE escrita correta. (sem o uso do trema)
A regra: o trema, segundo o VOLP não existirá mais, com exceção de palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros.
3) Apreciaram o lindo “VÔO” daquele pássaro raro...
...porém não apreciaram a nova regra ortográfica!
Segundo o VOLP: o hiato (é o encontro de dois sons vocálicos, um dos quais pronunciado numa sílaba e o outro na sílaba imediatamente posterior) “oo” deixa de receber
acento nas palavras paroxítonas.
Veja, prezado amigo leitor:
VO - O (oxítona) - correto: VOO
VO - paroxítona (a sílaba tônica é a antepenúltima da direita para a esquerda)
PARA VOCÊ PENSAR:
“Ternura e bondade não sinalizam fraqueza, mas força e disposição.”
Gibran Kahlil
“ A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que se tem inventado
para a divulgação do pensamento”
Carlos De Laet
Dicas e sugestões, entre em contato: renatacs@convex.com.br
* Advogada,Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários
livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
33

Eventos em Dezembro de 2010 / Janeiro 2011
Manejo da Resistência a Produtos
Fitossanitários: Sustentabilidade dos
Sistemas de Produção Agrícola
Empresa Promotora: ESALQ/USP
Tipo de Evento: simpósio
Início do Evento: 01/12/10
Fim do Evento: 03/12/10
Estado: SP
Cidade: Piracicaba
Localização do Evento: Escola Superior de Agricultura
“Luiz de Queiroz”	
Informações e inscrições: www.fealq.org.br / www.gelqesalq.com.br
Telefones: (19) 3417-6604 / (19) 3417-6601
E-mails: cdt@fealq.org.br / gelq2011@esalq.usp.br
Curso de Análise Fundamental e
Introdução à Comercialização de Soja
Empresa Promotora: SAFRAS & Mercado
Tipo de Evento: Curso / Treinamento
Início do Evento: 01/12/2010
Fim do Evento: 08/12/2010
Estado: SP
Cidade: São Paulo
Localização do Evento: Auditório da CMA - Rua Filadeldo de Azevedo, 712 - Vila Nova Conceição
Informações com: SAFRAS & Mercado
Site: www.safras.com.br/cursos/DescritivoCurso.asp?curso=101
Telefone: (51) 3224-7039 / (51) 3224-7039
E-mail: eventos@safras.com.br
Curso de Técnicas de Criação de Insetos
para Programas de Controle Biológico
Empresa Promotora: Fundação de Estudos Agrários Luiz
de Queiroz - FEALQ
Tipo de Evento: Curso / Treinamento
Início do Evento: 06/12/2010
Fim do Evento: 10/12/2010
Estado: SP
Cidade: Piracicaba
Localização do Evento: Anfiteatro do Setor de Entomologia
Informações com: www.fealq.org.br
Telefone: (19) 3417-6604
E-mail: cdt@fealq.org.br

cursos de Inseminação Artificial
em ovinos e caprinos
Empresa Promotora: Top in Life, em parceria com a CRV
Lagoa e a Intervet
Tipo de Evento: Curso / Treinamento
Início do Evento: 08/12/2010
Fim do Evento: 10/12/2010
Estado: SP
Cidade: Jaboticabal
Localização do Evento: sede da Top in Life
Informações com: Top in Life
Site: www.topinlife.com.br
Telefone: 016 3203-7555
E-mail: administracao@topinlife.com.br
Show Safra 2011
Empresa Promotora: Fundação Rio Verde
Tipo de Evento: Dia-de-Campo / Visita Técnica
Início do Evento: 21/01/2011
Fim do Evento: 22/01/2011
Estado: MT
Cidade: Lucas do Rio Verde
Localização do Evento: Fundação Rio Verde - Rod. MT
449, Km 08
Informações com: Rodrigo Pasqualli
Site: www.fundacaorioverde.com.br
Telefone: (65) 3549-1161
E-mail: fundario@terra.com.br
13º Itaipu Rural Show
Empresa Promotora: Cooperativa Regional Itaipu
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 26/01/2011
Fim do Evento: 29/01/2011
Estado: SC
Cidade: Pinhalzinho
Localização do Evento: Centro de Treinamento e Transferência de Tecnologias - BR 282, km 280 (cerca de dois quilômetros a oeste do centro de Pinhalzinho)
Informações com: Cooperativa Regional Itaipu
Site: www.cooperitaipu.com.br
Telefone: (49) 3366-6500
E-mail: itaipu@cooperitaipu.com.br

Revista Canavieiros - Novembro de 2010
34

VENDEM-SE
- 01 Trator TM 150 4*4 mecânico,
ano 2004;
- 01 Trator MF 299 4*4 c/ lamina,
ano 2002;
- 01 Trator MF 297 4*4 c/ lamina e
pá, ano 2000;
- 01 Trator Ford 4630 ano, 1994;
- 01 Trator Ford 4630, ano 1993;
- 01 Trator Ford 4610, ano 1993;
- 01 Trator MF 290, ano 1989;
- 01 Trator MF 275, ano 1988;
- 01 Trato MF 265, ano 1988.
Tratar com Marcelo ou José Carlos
pelo telefone: (16) 3957-1238
VENDEM-SE
- Uniport 2500 4x2, ano 2004;
- Colhedora de soja JD 1450,
ano2004;
- Plantadora de cereais a vácuo Tatu
Cop Suprema 12/12;
- Pá carregadeira W 20, ano 1989;
- 03 Tratores Agrale 7150, ano
2003;
- 02 Batedeiras de amendoim double
master 3 , ano 05;
- 01 Batedeira de amendoim bouble
master 2 , ano03;
- 04 arrancadores de amendoim ;
- 02 plantadoras de amendoim/milho Tatu a vácuo 4 linhas.
Tratar com Guerino Batista Boldrin
pelo telefone: (34) 3411-7132
VENDE-SE
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25 alqueires, divisa com o Rio Velho, a
3,5 km da Rod. Brigadeiro Faria Lima,
km 449,5, com 20 alqueires de cana
própria, pasto e área de preservação;
água em duas divisas - Rios Velho e
afluente; casa com água e luz; barracão
e casa para caseiro.
Tratar com Sérgio pelo telefone:
(16) 8165-2772.
VENDE-SE
- Sítio de 7,2 hectares em
Descalvado(SP), em pastagens, cer-

cado, mangueira, nascente de riacho,
mata averbada, distante l km da vicinal.
Tratar com Clio pelo telefone: (19)
8138-0807
VENDEM-SE
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ano 2006, com 6750 horas, super conservado, equipado com kit freio pneumático e cabina climatizada.
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cabina dupla, quatro portas, branca,
com ar e direção hidráulica.
Tratar com Walter pelos telefones:
(17) 9141-2290 ou (17) 3392-1066.
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- NH 5030/4, ano 98. Valor: R$
30.000,00;
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cana, laranja, eucalipto entre outras.
Valor: R$ 380,00/t.
Tratar com José Paulo Prado (ZPTratores) pelos telefones: (19) 35415318 ou (19) 9154-8674.
VENDE-SE
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estrada Cravinhos/Serra Azul. Bastante aproveitável: 10 alqueires de cana,
com energia. Represa pisc. c/ projeto
implantado, bem arborizado, muitas
frutas e águas abundantes.
Tratar com Humberto pelo telefone:
(16) 9791-7444.
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1997, com 175.000Km, carroceria CAMAQ cana inteira. Único dono, quilometragem original, sem batida ou tombo, comprados na concessionária MB
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Revista Canavieiros - Novembro de 2010

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35

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  • 1. 1 Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 2. 2 Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 3. 3 Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 4. Editorial 4 Expediente: Conselho Editorial: Antonio Eduardo Tonielo Augusto César Strini Paixão Clóvis Aparecido Vanzella Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Manoel Sérgio Sicchieri Oscar Bisson Editora: Cristiane Barão – MTb 31.814 Jornalista Responsável: Carla Rossini - MTb 39.788 Projeto gráfico e Diagramação: Rafael H. Mermejo Equipe de redação e fotos: Carla Rodrigues - MTb 55.115 Marília F. Palaveri Rafael H. Mermejo Comercial e Publicidade: (16) 3946-3311 - Ramal: 2008 comercial@revistacanavieiros.com.br atendimento@revistacanavieiros.com.br Impressão: São Francisco Gráfica e Editora Ltda Tiragem: 11.000 exemplares ISSN: 1982-1530 Foto Capa: Divulgação/São Martinho A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte. Endereço da Redação: A/C Revista Canavieiros Rua Dr. Pio Dufles, 532 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680 Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190) Diálogo com A s cooperativas brasileiras têm pela frente desafios a serem enfrentados. E para isso, o setor espera ter diálogo com o governo de Dilma Rousseff, que, durante a campanha, recebeu da OCB um documento com a agenda das cooperativas. Esse é um dos temas abordados pelo entrevistado deste mês, o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas. A reportagem de capa traz uma técnica cada vez mais utilizada nas plantações de canade-açúcar, principalmente pelas unidades industriais, que é o plantio mecânico. Dentre as suas principais vantagens está o custo, menor do que no plantio convencional, mas os benefícios vão além da economia. o novo governo O Destaque ficou para as perspectivas para a safra paulista 2010/11 de amendoim. Nas últimas cinco safras, a produção paulista tem atingido em média 200 mil toneladas por ano, plantadas em duas safras que somam em média quase 80 mil hectares e produtividade em torno de 2.600 kg/ha. O artigo é da pesquisadora do IEA (Instituto de Economia Agrícola), Renata Martins. Nas páginas dedicadas à Copercana, o leitor vai encontrar informações sobre um encontro que discutiu o Controle Integrado de Pragas em Indústrias de Alimentos e as novidades sobre a campanha “Copercana Premiada – Fim de ano com o carro cheio”. Já em Notícias da Canaoeste, estão as informações Segundo o assessor de Tec- sobre o ciclo de palestras técninologia Agronômica do Grupo cas que teve início neste mês na São Martinho, René de Assis cidade de Severínia. Sordi, os fornecedores de cana precisam se adaptar a essa nova As Informações Setoriais, modalidade de plantio. “É um com o assessor técnico da Cacaminho sem volta”. naoeste, Oswaldo Alonso e as informações “Legais” com o Marcos Fava Neves, profes- advogado Juliano Bortoloti sor titular de Planejamento na também estão nas páginas deste FEA/USP em Ribeirão Preto as- mês. O artigo técnico fala sobre sina o Ponto de Vista deste mês “Acidez natural em caldo de com o artigo “A valorização do cultivares com ciclo de maturaAgronegócio”. ção no meio de safra”. www.revistacanavieiros.com.br RC www.twitter.com/canavieiros Revista Canavieiros - Novembro de 2010 redacao@revistacanavieiros.com.br Boa leitura! Conselho Editorial
  • 5. 5 Ano V - Edição 53 - Novembro de 2010 Indices: Capa - 20 Plantio mecanizado: um caminho sem volta Custo menor está entre as principais vantagens, mas certificações de sustentabilidade também atraem 06 - Entrevista E mais: Circular Consecana .................página 12 Assuntos Legais .................página 14 Márcio Lopes de Freitas Presidente da OCB Cooperativas querem acesso e interlocução Safra Canavieira .................página 14 08 - Ponto de Vista Artigo .................página 15 Marcos Fava Neves professor titular de Planejamento na FEA/USP em RP A Valorização do Agronegócio Etanolduto .................página 22 10 - Notícias Copercana Destaque .................página 24 - Copercana realiza campanha promocional de natal - Reuniões em Frutal e Paracatu - Copercana realiza palestra para colaboradores Informações Setoriais .................página 26 12 - Notícias Canaoeste - Canaoeste realiza reuniões técnicas Artigo Técnico .................página 28 18 - Notícias Sicoob Cocred - Balancete Mensal 24 - Destaque Cultura .................página 32 - Amendoim: perspectivas para a safra paulista 2010/11 Renata Martins, pesquisadora do IEA (Instituto de Economia Agrícola) Agende-se .................página 33 Classificados .................página 34 Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 6. Foto: Divulgação/SistemaOCB 6 Entrevista com: Márcio Lopes de Freitas Carla Rossini Em documento entregue em setembro aos candidatos à Presidência da República, entre eles Dilma Rousseff, eleita para o cargo, as cooperativas brasileiras pediram acesso e interlocução com o novo governo. “Queremos manter uma possibilidade de diálogo com o Executivo de alto nível para que possamos negociar as posições das cooperativas no dia-a-dia”, afirma o presidente da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Márcio Lopes de Freitas. Nesta entrevista, Freitas detalha os principais obstáculos ou desafios – como ele prefere chamar – a serem enfrentados pelas cooperativas. Entre eles está a regulamentação tributária. Cooperativas querem acesso e interlocução Revista Canavieiros: Quais são os maiores obstáculos enfrentados pelo cooperativismo no Brasil? Márcio Lopes de Freitas: Quando falamos em obstáculos ou desafios, como eu prefiro chamar, temos de tratar primeiro os desafios internos e depois os externos. Dentro dos desafios internos, eu diria que está uma maior abrangência da cultura do cooperativismo e da nossa base cooperativista, pois temos ainda um baixo nível de cultura cooperativista. Os nossos cooperados agregam à cooperativa e estão presentes, mas é por oportunidade e não por convicção. Estou falando do cooperativismo como um todo e não de cooperativas pontualmente. Outro aspecto que eu acho muito importante ser trabalhado internamente é a governança. Temos de ter modelos nas nossas cooperativas que garantam por meio de uma boa governança, transparência muito maior nas ações e o profissionalismo cada vez maior na “...muita gente acredita que cooperativa não quer pagar imposto. Não é isso. Nós não queremos pagar duas vezes - pagar como pessoa física, como cooperado e pagar novamente como cooperativa.” gestão das cooperativas. Penso que esse é um processo de exigência dos tempos modernos. Então temos que trabalhar isso com muita determinação internamente. E temos os obstáculos externos. A regulamentação tributária das cooperativas, de uma definição mais clara, acho que é o grande gargalo do ato cooperativo. Temos isso reconhecido na Constituição Federal, mas não está regulamentado, ou seja, muita gente acredita que cooperativa não quer pagar imposto. Não é isso. Nós não quere- Revista Canavieiros - Novembro de 2010 mos pagar duas vezes - pagar como pessoa física, como cooperado e pagar novamente como cooperativa. Esse reconhecimento e um adequado tratamento tributário ao ato cooperativo ainda são muito tênues e só funcionam em alguns ramos. Isso precisa se tornar mais claro, mais tranquilo para que as cooperativas possam atuar. Revista Canavieiros: E como trabalhar essas questões? Freitas: Basicamente, com comunicação. Temos que comunicar educando, comunicar transferindo informação, pois falta informação. Somos originários de uma colonização ibérica, que premiou o indivíduo em detrimento do coletivo. Então nós passamos 500 anos dependendo do afago do rei (rei como uma questão simbólica), dependendo do agrado externo e o rei premiava os amigos individualmente e não coletivo. Isso acabou se culturando na península ibérica e veio
  • 7. 7 para o Brasil, tanto é que temos um cooperativismo mais desenvolvido nas regiões que tiveram uma colonização fora da península ibérica, por exemplo, no Sul, com a presença alemã e italiana e, em São Paulo, com a presença de outros países, principalmente com uma cultura japonesa no início do século passado. As culturas portuguesa e espanhola prezam o individualismo mais forte e temos que trabalhar isso, ter uma mudança de atitudes para uma mudança cultural. Revista Canavieiros: Qual é a importância das cooperativas no desenvolvimento econômico e social em nosso país? Freitas: O cooperativismo hoje tem ainda uma participação pequena dentro da movimentação econômica brasileira. Estamos com a participação ao redor de 6% do PIB brasileiro, é a nossa movimentação econômica. Isso ainda é pequeno e poderia crescer um pouco mais, se compararmos com a nossa abrangência social. Já temos 8 milhões de cooperados no Brasil e se considerarmos que cada cooperado tem mais 3 familiares, estamos falando de algo em torno de 32 milhões de brasileiros, que é em torno de 15% da população nacional. Então o correto seria termos uma participação econômica proporcional ao número de pessoas cooperadas, então ela deixa a desejar. Mas temos alguns setores que se destacam, como é o caso do agropecuário. Hoje eu posso garantir que em torno de 40% de tudo que se movimenta na agricultura brasileira passou por uma cooperativa, pegando a média dos produtos. Então, de cada litro de leite, de cada quilo de soja, de cada quilo de açúcar ou litro de etanol, 40% passa de alguma forma por uma cooperativa. E é interessante e importante destacar que as cooperativas têm aumentado essa participação ano a ano. Revista Canavieiros: Existe um ramo do cooperativismo que é mais desenvolvido em termos econômico e outro que é mais desenvolvido na parte social, ou podemos classificar todos iguais? Freitas: O cooperativismo agropecuário é mais tradicional e é o mais estabilizado, mais reconhecido inclusive e tem uma participação muito forte, em torno de 45 a 48% do peso das cooperativas brasileiras dentro do setor agropecuário. Temos hoje em torno de 950 mil cooperados dessas cooperativas, um peso interessante no ponto de vista econômico. Agora têm ramos novos surgindo, principalmente o ramo crédito, que é um “jato que vem decolando” nos últimos anos. As cooperativas de crédito estão com um desempenho extraordinário, principalmente do ponto de vista social. Para se ter ideia, batemos agora no mês de novembro 4,5 milhões de sócios em cooperativas de crédito e R$ 52 bilhões de ativos totais, de movimentação financeira. É muito dinheiro, um bom impacto social e um excelente impacto econômico. Essas cooperativas, até o dia 30 de setembro, na média segundo os dados do Banco Central, já cresceram mais de 20%. Esse é o ramo que mais vem se desenvolvendo. As cooperativas de crédito nasceram em sua grande maioria rurais e hoje elas estão presentes nas grandes e pequenas cidades, com praticamente 4.500 postos de atendimento no Brasil. Apenas o Banco do Brasil tem mais postos de atendimento do que nossas cooperativas. Revista Canavieiros: Em 2009, as cooperativas movimentaram aproximadamente R$ 89 bilhões. Como estão esses números em 2010? Freitas: Teremos um crescimento que pode chegar próximo a 10%, mas ainda é cedo para afirmamos com toda a certeza. Em 2008 estávamos com a perspectiva de crescimento e deu aquela travada por causa da crise econômica mundial no mês de outubro. Então paramos de fazer muita expectativa positiva, mas acho que as cooperativas crescem na sua movimentação bem acima do crescimento do PIB brasileiro e 2010 é um ano de retomadas importantes. É pelo desempenho da agricultura e do crédito que podemos ter segurança de que teremos, no mínimo, esses 10% de crescimento no geral. Revista Canavieiros: No ano passado, as exportações do cooperativismo registraram uma ligeira queda em comparação com 2008. Por que isso ocorreu? Como estão as exportações em 2010? Freitas: Sem dúvida a crise atingiu as cooperativas no final de 2008, que até então vinham muito empenhadas e com mercados expansivos. Na realidade, o volume das exportações se manteve, não caiu praticamente nada. O que caiu mesmo foi o faturamento. No entanto, as cooperativas tiveram que achar outro mercado, tiveram que inovar, buscar outras alternativas para não ficar paradas. Agora as coisas voltaram a um nível de estabilidade, não estão normais, mas as crises nos países compradores principais continuam. A crise européia e a crise americana continuam muito mais fortes. Uma vantagem que é interessante é que as cooperativas têm uma realidade no mercado interno brasileiro. Saber explorar esse mercado interno de uma maneira muito coerente é uma alternativa. Revista Canavieiros: Como líder cooperativista, na sua opinião, o que a nova presidente eleita do Brasil deve fazer para incentivar e desenvolver o cooperativismo? Freitas: Nós fizemos uma correspondência para os então candidatos à Presidência da República, inclusive à candidata Dilma Rousseff, no mês de setembro, quando realizamos um congresso brasileiro. Nessa correspondência, vou resumir o que pedimos, que foi basicamente duas palavras, que são: acesso e interlocução, ou seja, queremos interlocução com o governo e queremos compromisso com o cooperativismo. Queremos manter uma possibilidade de diálogo com o Executivo de alto nível para que possamos negociar as posições das cooperativas no dia-a-dia. No governo Lula, sem dúvida nenhuma, os oito anos foram excelentes na interlocução, principalmente no setor do crédito, onde tivemos uma grande evolução regulatória. Também tivemos uma boa interlocução na área agrícola e isso devemos muito ao exministro Roberto Rodrigues, que é um conterrâneo nosso, e que nos abriu portas e nos garantiu mesmo depois de sua saída, um canal de comunicação muito interessante. O que esperamos é que continue com essa possibilidade porque problemas vão surgir e obstáculos também. Não podemos nos esquecer e vale a pena ressaltar que quem administra o país é o presidente da República, é o Executivo, mas quem delibera as questões estratégicas é o Congresso Nacional e no Congresso também ampliamos a nossa rede de representação por meio da Frente Parlamentar do Cooperativismo. As cooperativas se dedicaram muito a eleger pessoas não importando a bandeira partidária, mas que tenham compromissos com o cooperativismo para formar no Congresso Nacional, nessa legislatura que se inicia em fevereiro, uma frente muito comprometida com a nossa base cooperativista. Isso vai nos garantir uma trincheira de discussão muito interessante. RC Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 8. 8 Ponto de Vista Marcos Fava Neves* A Valorização do Agronegócio O vencedor das eleições presidenciais não atingiu 50% dos eleitores totais, e a diferença final de 11 milhões de votos foi pequena ante 37 milhões de abstenções nulos e brancos. As urnas das regiões da agricultura, do agronegócio e da produção impuseram forte derrota ao governo, e aí existe uma importante reflexão para os vencedores, se humildes forem. se comportou como poderia nos aspectos acima citados e foi omisso com relação às reformas estruturantes, mesmo lastreados por um cacife de 80% de aprovação. Pela maioria considerável no Congresso e no Senado, espera-se que o novo governo realize definitivamente as reformas que o Brasil precisa para ficar mais competitivo. O país precisa ter velocidade na questão da infraestrutura para remover O primeiro discurso da presidente elei- custos das cadeias produtivas brasileiras, ta foi inspirador. acertar rapidamente Falou-se em refor“...Um ministério para a questão das dívima e eficiência do agregar pequena, média das dos produtores, Estado, controle a questão ambiental da dívida pública, e grande agricultura, e trabalhista, além respeito a contrapolítica pesca, extração, bioe- da câmbio, de juros tos, fortalecimento e que faz das agências regu- nergia, biodiversidade, nossos agricultores ladoras, redução entre outros... Afinal, perderem a já pede tributos, meriquena margem. tocracia, combate este ministério repreaos juros e câmsenta um terço do PIB se O agronegócio, bio, medidas antiestimulado, será dumping, punição e o país se coloca como um setor que mais a corruptos e liberreso principal fornecedor rapidamente goverdade de imprensa. ponderá ao Intriga esta guinamundial de alimentos” no, gerando exporda em relação aos tações e renda para últimos oito anos, onde a presidente eleita ser distribuída nos mais diversos tipos foi figura central de um governo que não de “bolsas”. Ao entrar agora na fase de composição de seus quadros e de planejamento estratégico para as mais diversas áreas, o novo governo que assumirá em janeiro de 2011 terá que buscar os melhores exemplos mundiais e perseguir implacavelmente indicadores de desenvolvimento “classe mundial”. Na busca de simplificação e reforma do Estado, como mostrou o discurso inicial da presidente eleita, deve-se incluir a criação de um super ministério. Um ministério para agregar pequena, média e grande agricultura, pesca, extração, bioenergia, biodiversidade, entre outros. Tudo isto com coordenação única e uníssona. Afinal, este ministério representa um terço do PIB e o país se coloca como o principal fornecedor mundial de alimentos, num mundo que terá demanda explosiva nos próximos anos. Prova disso é que a cada hora 22 hectares de terras brasileiras são compradas por estrangeiros... Portanto, esta valorização do agronegócio será o melhor investimento do novo governo. RC *professor titular de Planejamento na FEA/USP em Ribeirão Preto (www. favaneves.org), autor de 22 livros publicados em 5 países e Coordenador Científico do Markestrat. (Artigo publicado na Folha de São Paulo, 06/11/10, Caderno Mercados, pag. B15) Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 9. 9 Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 10. 10 Notícias Copercana Copercana realiza campanha promocional de natal Carla Rossini Natal está chegando e para comemorar com os seus clientes a Copercana está realizando uma campanha promocional que recebeu o nome de “Copercana Premiada – Fim de ano com o carro cheio”, e vai até o dia 10 de janeiro de 2011. Todos os clientes dos supermercados, postos de combustíveis e lojas de ferragens e magazines podem participar. A cada R$ 50,00 em compras nos supermercados e lojas de ferragens e magazine, o consumidor ganha um cupom para concorrer a prêmios. A regra também vale para os postos de combustíveis. A única diferença é que os cupons são adquiridos a cada R$ 30,00 em compras. De posse do cupom, o cliente já começa a concorrer a milhares de prêmios instantâneos que podem ser conferidos na hora. Depois, o consumidor deve preenchê-lo corretamente com seus dados pessoais (RG/CPF, nome, endereço e telefone), responder corretamente a pergunta “Final de ano premiado é na?” e depositá-lo nas urnas localizadas nos locais de compra. Entre os prêmios estão milhares de vale-compras instantâneos, 15 televisores de 32’ LCD, três motos zero quilômetro Honda Fan e dois carros Ford Ka 1.0, tam- bém zero quilômetro, lotados de compras. Além disso, nos postos de combustíveis serão sorteados um ano de abastecimento no valor de R$ 100,00 mensais e nos supermercados, um ano de compras grátis no valor de R$ 200,00 mensais. Ricardo Meloni, gerente do Departamento de Compras da Copercana, explica que a campanha é um incentivo aos clientes que consomem os produtos e serviços da cooperativa durante o ano todo. “Essa campanha tem como objetivo incentivar os nossos clientes a continuarem realizando suas compras em nossos supermercados, postos e lojas”, disse Meloni. RC Copercana em parceria com Dupont realizam reunião em Paracatu Da redação As reuniões tem o objetivo de apresentar a cooperativa e transmitir informações técnica N o mês de novembro, a Copercana em parceria com a Dupont, através do diretor Pedro Esrael Bighetti, realizou reuniões com produtores rurais na cidade de Paracatu. O objetivo da reunião foi apresentar a cooperativa, e também transmitir informações técnicas aos produtores sobre uma das novidades da Dupont . Na ocasião, Pedro Bighetti fez uma explanação sobre a cooperativa e os representantes da Dupont, falaram sobre o controle de plantas daninhas, entre elas as Ipomeas e Digitarias (capim – colchão) utilizando as tecnologias da empresa. O produto apresentado foi o Velpar K® Callisto Box, um dos últimos lançamentos da Dupont. Além do diretor da Copercana, também participaram do encontro o engenheiro agrônomo, Flávio Guidi e Ricardo Meloni A reunião aconteceu na sede da Associação dos Irrigadores e contou com a presença de aproximadamente 50 produtores rurais. RC Revista Canavieiros - Novembro de 2010 Em Paracatu, o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti com representantes da Copercana e da empresa Dupont Representantes da Dupont falaram sobre os benefícios do novo box da Dupont, Velpar K® Callisto Box eficiente no combate ao Capim – Colchão Certificado de Autorização Caixa: 5-1287/2010 / Certificado de Autorização Caixa: 6-1291/2010. O Todos os clientes dos supermercados, postos de combustíveis e lojas de ferragens e magazines podem participar e concorrer a prêmios
  • 11. 11 Copercana realiza palestra para colaboradores Carla Rodrigues N Tema do encontro foi o Controle Integrado de Pragas em Indústrias de Alimentos o último dia 10 colaboradores da Uname (Unidade de Grãos da Copercana) e da CAP (Agropecuária Industrial Ltda), participaram da palestra sobre “Controle Integrado de Pragas em Indústrias de Alimentos”, ministrada pelo gerente técnico e de marketing da empresa Bequisa, Arnaldo Cavalcanti de Rezende. O evento foi realizado no auditório da Canaoeste. O tema abordado é de grande importância para o trabalho realizado pelos colaboradores, uma vez que este controle não visa exclusivamente apenas com a aplicação de praguicidas, mas mediante a interação de outros mecanismos, que associados ao praguicida, permitem o controle das pragas de forma mais eficaz. De acordo com Rezende, eventos desse tipo têm um grande peso na vida profissional do colaborador, já que ele tem a oportunidade de ter um contato direto com o fabricante do produto. “É de grande relevância a reciclagem dos colaboradores, principalmente quando é feito diretamente com fabricante, que é aquele que realmente conhece os produtos e os procedimentos do uso e de controles de pragas”, explicou. A supervisora de Processamento de Secagem (responsável pelo controle de pragas) da Copercana, Regina Del Grande Aires, que organizou a palestra, aposta no aprimoramento, capacitação e treinamento de sua equipe. “Esses fatores são decisivos para mantermos um bom andamento operacional na unidade, prezando sempre pela melhor qualidade dos produtos que comercializamos”, disse. A Bequisa é uma empresa alemã, do grupo Degesch, e está no Brasil há 61 anos. Seu foco é a fabricação de produtos praguicidas nos segmentos da Pós-Colheita (armazenamento de grãos, sementes e produtos processados – carunchos, etc) e de Saúde Ambiental (pragas urbanas – ratos, baratas, formigas, etc). Na região de Sertãozinho, a linha Bequisa é representada pela empresa Canaã, parceira da Copercana no fornecimento e orientação técnica de pronto atendimento. RC Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 12. 12 Notícias Canaoeste Consecana A CIRCULAR Nº 12/10 DATA: 29 de outubro de 2010 Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de OUTUBRO de 2010. O preço médio do kg de ATR para o mês de OUTUBRO, referente à Safra 2010/2011, é de R$ 0,3597. O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a outubro e acumulados até OUTUBRO, são apresentados a seguir: Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD). Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a outubro e acumulados até OUTUBRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/10, são os seguintes: Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 13. 13 Canaoeste realiza reuniões técnicas Carla Rossini O ciclo de palestras teve início em Severínia com a presença de aproximadamente cem produtores D urante o mês de novembro, o Departamento Técnico da Canaoeste realizou mais um ciclo de palestras aos associados. A primeira reunião foi realizada em Severínia, em parceria com a Açúcar Guarani S/A, e contou com a presença de aproximadamente cem produtores rurais. Na ocasião, duas palestras foram proferidas: a da professora da Esalq/ USP e pesquisadora do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), Mirian Piedade Bacchi, que falou sobre o “Levantamento e formação dos preços mensais e da safra de Açúcar e Etanol” e a da equipe do Departamento Técnico da Canaoeste, que abordou a “Formação de preço da tonelada de cana pelo Consecana”. Para o gerente do Departamento Técnico da Canaoeste, Gustavo Nogueira, essas reuniões são muito importantes para esclarecer dúvidas dos associados. “Du- rante as reuniões temos a oportunidade de ter um contato direto com os associados e esclarecer dúvidas sobre safra, mercado e tecnologias em geral”, disse.RC Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 14. 14 Assuntos Legais Legalidade do PIS/Cofins sobre Energia Elétrica Rural. A leitora Maria Lucia Meirelles Vieira, por meio do sítio eletrônico desta revista, enviou a este colunista uma indagação acerca da legalidade da cobrança dos tributos PIS e COFINS sobre a energia elétrica rural, pois tinha conhecimento de que alguns proprietários rurais estariam solicitando judicialmente o ressarcimento do que foi pago em sua conta de energia elétrica. Por ser uma matéria de interesse geral, estaremos aqui dividindo com os demais leitores da Canavieiros a resposta já prestada à citada leitora, conforme abaixo. Inicialmente, cumpre esclarecer que o PIS e a CONFINS são tributos incidentes sobre a receita e o faturamento da empresa e, no caso específico do serviço de energia elétrica, cuja tarifa é fixada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), o percentual do PIS e COFINS era repassado dentro do valor da tarifa, majorando-se o preço do serviço. Em 2004, porém, houve uma alteração da legislação que transformou o PIS e COFINS incidentes sobre a receita e o faturamento da distribuidora de energia elétrica em tributos não cumulativos, o que significa que ficou ilegal o seu repasse aos consumidores, cabendo apenas às concessionárias suportarem referidos tributos. Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), analisando um Recurso de um consumidor gaúcho (www.stj.gov.br/portal_stj/publica- Juliano Bortoloti - Advogado Departamento Jurídico Canaoeste cao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp. texto=97226#), decidiu pela impossibilidade de inclusão da cobrança da PIS/COFINS nas tarifas de energia elétrica, o que está fomentando, inclusive, as diversas ações judiciais de consumidores que pretendem serem ressarcidos pelo pagamento de tais tributos nos últimos cinco anos. RC Safra Canavieira Moagem no Centro-Sul supera 500 milhões de toneladas em novembro Da Redação O volume de cana-de-açúcar processado pela região Centro-Sul até o dia 1 de novembro chegou a 500,88 milhões de toneladas, aumento de 12,64% em relação ao mesmo período da safra 2009/2010. Até o final de outubro, 44 usinas já haviam encerrado a safra 2010/2011 na região. Na mesma data no ano anterior, somente cinco unidades haviam concluído suas atividades. A estimativa da Unica é que até o final deste mês, cerca de 140 usinas finalizem suas operações. De acordo com dados apurados pelo CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), a quebra agrícola do canavial colhido em outubro atingiu 18,41%, valor superior aos 15,77% observados no mês de setembro. No acumulado desde o início da safra, a redução da produtividade agrícola já atingiu 5,75%. ATR - A quantidade de ATR por tonelada de cana atingiu 145,87 kg na segunda quinzena de outubro, alta de 1,70% em relação aos 143,43 kg obtidos nos primeiros quinze dias do mês e de 13,56% no comparativo com igual período de 2009. Contudo, esta recuperação no valor do ATR é momentânea. Dados apurados pelo Sistema ATR, vinculado ao Consecana, já indicam uma queda da qualidade da matéria-prima a partir da primeira quinzena de novembro. Nos primeiros quinze dias do mês, o ATR cana no Estado de São Paulo alcançou 135,40 kg por tonelada, contra 142,24 kg registrados no final de outubro. No acumulado desde o início desta safra, a quantidade de ATR por tonelada de matéria-prima foi de 142,42 Revista Canavieiros - Novembro de 2010 kg, aumento de 7,42% em relação ao mesmo período de 2009. Mix de produção - Do volume total de cana processado na última quinzena de outubro, 46,10% destinou-se à fabricação de açúcar, percentual superior aos 42,01% registrados na quinzena anterior. Do início da safra até 1 de novembro, a proporção destinada para a fabricação de açúcar totalizou 44,94% e, para etanol, 55,06%. No acumulado desde o início da safra, a produção de açúcar atingiu 30,54 milhões de toneladas, 23,92% acima do volume observado na safra 2009/2010 (24,65 milhões de toneladas). Já a produção de etanol aumentou em 18,62% no período, alcançando 22,95 bilhões de litros, sendo 16,63 bilhões de etanol hidratado e 6,32 bilhões de litros de etanol anidro. RC
  • 15. 15 Artigo Setor açucareiro em recuperação no Brasil Plinio Nastari Em fevereiro deste ano o preço mundial do açúcar superou os 30 centavos de dólar por libra-peso no mercado de Nova York e, apesar de rapidamente testar os 13 centavos em maio, na semana passada o contrato futuro de vencimento mais curto superou os 33 centavos. Nos últimos dias, os preços sofreram uma correção, mas ainda permitindo a geração de margens confortáveis. O mercado tem oferecido amplas oportunidades de fixação de preços razoavelmente acima dos custos de produção, com elevada liquidez, e sem os limites impostos por compradores para fixações por prazos mais longos, como ocorreu no ano passado por conta de limites de crédito para cumprir chamadas de margem em Bolsa. Os preços tem-se mantido remuneradores por conta de fundamentos construtivos, pela apreciação das commodities em geral, e pela depreciação do dólar. Os fundamentos tem sido influenciados por clima adverso que gerou redução nas estimativas de produção da Rússia, União Européia, Brasil, Paquistão, Argentina, África do Sul, Indonésia e Austrália. Os estoques mundiais continuam baixos, com a relação estoque-consumo se mantendo em 10/11 no mesmo nível do ano anterior, de 33,5%, bem abaixo dos 44,8% observados em 2007/08. O superávit mundial, estimado pela Datagro para 10/11 em apenas 1,8 milhão de toneladas, trás pouco alívio a um mercado que precisaria injetar mais de 5 milhões de toneladas para recuperar estoques em grandes países consumidores como Estados Unidos, México, Rússia, Paquistão e Indonésia. O Brasil vive um bom momento, pois apesar do impacto adverso causado por um 2010 atipicamente seco, utilizou toda sua capacidade para aumentar a produção de açúcar em quase 6 milhões de toneladas, ou 18,1%, Crédito: Niels Andreas S uperada a tormenta causada pela crise financeira de 2008/09, o setor de açúcar e etanol passa por um dos períodos mais longos de bons preços, e possibilidade de recuperação de margens, das últimas décadas. ao mesmo tempo em que aumentará a produção de etanol em 4,25 bilhões de litros, ou 16,6% sobre o ano anterior. A produção adicional de açúcar foi rapidamente absorvida pelo mercado mundial, quebrando recordes mensais de exportação que superaram 3,3 milhões de toneladas. Nas próximas semanas e meses, a volatilidade do mercado deve estar relacionada a apostas sobre qual a extensão da entressafra no Brasil, que poderá ou não ser mais longa que o normal dependendo da velocidade com que forem recuperados os canaviais afetados pela seca de 2010. Muita atenção será dada ao tamanho da próxima safra que dependerá de fatores como falhas na rebrota dos canaviais, e extensão do programa de reformas a ser implantado a partir de janeiro. Em paralelo, estará sendo monitorado se os atrasos de moagem verificados nas províncias de Maharashtra e Uttar Pradesh na Índia serão recuperados antes de voltarem as monções em meados do ano que vem. RC Plinio Nastari é presidente da Datagro Consultoria. Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 16. 16 Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 17. 17 Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 18. 18 Notícias Sicoob Cocred Balancete Mensal COOP.CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - OUTUBRO/2010 Valores em Reais Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 19. 19 Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 20. Plantio mecanizado: um caminho sem volta Carla Rossini U Custo menor está entre as principais vantagens, mas certificações de sustentabilidade também atraem ma técnica cada vez mais utilizada nas plantações de cana-de-açúcar, principalmente pelas unidades industriais, é o plantio mecânico. Dentre as suas principais vantagens está o custo, menor do que no plantio convencional, mas os benefícios vão além da economia. O assessor de Tecnologia Agronômica do Grupo São Martinho, René de Assis Sordi, explica que as normas trabalhistas da NR-31, que estão sendo aplicadas ao plantio convencional, têm estimulado a adoção ao plantio mecanizado. “Além disso, esse tipo de plantio tem se adequado às exigências cada vez maiores das certificações de sustentabilidade do setor”, disse Sordi. A mecanização desse processo é inevitável e ganha cada vez mais a confiança do produtor rural. Quando chega a hora de plantar, o agricultor deve ter cautela e muita atenção, pois qualquer erro pode comprometer parte de sua produção e, consequentemente, sua rentabilidade. Segundo o gerente do Departamento Técnico da Canaoeste, Gustavo Nogueira, é preciso ter planejamento e conhecimento técnico para efetuar um bom plantio. “As operações de plantio são fundamentais para o bom desenvolvimento da planta, garantindo um canavial sadio e rentável”, alerta Nogueira. O fornecedor de cana tem que se preparar para plantar e colher mecanicamente. “É um caminho sem volta”, afirma Sordi e completa: “as associações têm papel fundamental no treinamento, capacitação e formações de grupos de prestadores de serviços que possam adquirir os equipamentos e máquinas necessárias”. Revista Canavieiros - Novembro de 2010 Gustavo Nogueira gerente do Departamento Técnico da Canaoeste Entre os principais desafios para adotar o plantio mecanizado, o produtor vai encontrar a adequação e sistematização da área, já que limita-se a áreas mecanizáveis, com menos de 12 a 15% de declividade. “O treinamento e capacitação Foto: Divulgação/São Martinho 20
  • 21. Reportagem de Capa de operadores, logística de localização de mudas e aptidão de variedades também são desafios nessa prática”, explica Sordi A escolha das variedades também é importante. Segundo Nogueira, “nem todas as variedades estão adaptadas ao plantio mecanizado”. Sordi cita alguns exemplos: “As variedades mais adaptadas são: CTC2, RB966928, CTC4, CTC7, RB855453, IACSP95-5000; num nível intermediário: CTC9, 21 RB855156, CTC20, RB867515; e como variedades que frequentemente têm dado problemas: CTC6, SP813250, RB72454. Para todas as variedades deve-se evitar o uso de mudas de mais de 10 meses de idade”. Os equipamentos Na maioria dos casos, “o plantio mecanizado é feito com mudas picadas após a colheita mecânica e tais colhedoras são adaptadas, quando se faz o “emborrachamento” ou proteção dos principais pontos de atrito, evitando a danificação das gemas e toletes, que têm de 25 a 40 cm de comprimento. As mudas são depositadas em transbordos para então serem transportadas para a área de plantio. São necessárias plantadoras de duas linhas, que foram desenvolvidas para tal, que sulcam, depositam o adubo, as mudas e, se for necessário, inse- ticidas, para depois cobrirem, numa só operação”, explica Sordi, que também ressalta a importância da qualificação da mão-de-obra para o sucesso do plantio, já que as mudas não podem ter danos significativos nas gemas e toletes. RC Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 22. 22 Etanolduto Presidente Lula inaugura Etanolduto em Ribeirão Preto Da Redação O A obra completa tem custo médio superior a R$ 5,7 bilhões presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou, na manhã do dia 23 de novembro, as obras de construção do etanolduto que ligará a região de Ribeirão Preto, maior pólo produtor de etanol do Brasil, a Paulínia, maior pólo de refino do estado. A obra está sendo realizada no Terminal da Transpetro da cidade e tem custo médio de R$ 5,7 bilhões. O presidente estava acompanhado dos ministros da Secretaria Geral da Presidência, Luis Dulce (PT), e da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), além do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo. O presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo e o diretor Pedro Esrael Bighetti estivaram presentes no evento. Lula acompanhou a solda de um trecho da tubulação e, logo depois, descerrou a placa de inauguração do etanolduto. Um público de aproximadamente 300 funcionários da Transpetro, além de jornalistas e políticos, acompanhou a Lula acompanhou o primeiro ponto de solda do Etanolduto Ribeirão Preto - Paulínia cerimônia em que o presidente definiu o etanolduto como um “momento histórico” no Brasil. O Sistema Integrado de Transporte de Etanol da PMCC (Petrobras e Camargo Corrêa) foi integrado por outros parceiros, como a Copersucar, Cosan, Odebrecht Transport Participações e Uniduto. O sistema possui 850 km de extensão que atravessará 45 municípios, ligando as principais regiões de produção do etanol dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso até a Refinaria de Paulínia (SP). O primeiro trecho será Ribeirão Preto – Paulínia com entrega prevista para agosto de 2012 e terá capacidade instalada de transporte de até 12 milhões de metros cúbicos de etanol ao ano. No final da obra, a expectativa é transportar ao menos 21 milhões de metros cúbicos de etanol por ano através do etanolduto. Dez mil novos empregos serão criados de forma direta ou indiretamente e usará mão-de-obra local. A construção do sistema utilizará dutos já existentes para não haver novo impacto ambiental. O diretor da Copercana Lelo Bighetti e o presidente da Copercana Antônio Eduardo Tonielo participaram do evento Revista Canavieiros - Novembro de 2010 Presidente Lula ao lado de José Gabrielli, presidente da Petrobras
  • 23. 23 Para o presidente da UNICA, Marcos Jank, o projeto chega em um momento importante, pois servirá de estímulo para uma nova e necessária rodada de investimentos na expansão da produção. “Será também uma demonstração de que estamos prontos não só para agilizar o atendimento ao mercado doméstico como para um crescimento nas exportações, que pode resultar das atuais discussões envolvendo tarifas e barreiras não-tarifárias impostas pelos principais mercados consumidores do mundo, a Europa e os Estados Unidos”, disse Jank. RC Autoridades da Petrobras e da PMCC falaram sobre os benefícios do Etanolduto Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 24. 24 Destaque Amendoim: perspectivas para a safra paulista 2010/11 Renata Martins, pesquisadora do IEA (Instituto de Economia Agrícola) N Figura 1 - Área e Produção de Amendoim, Estado de São Paulo, 2006 a 2010. as últimas cinco safras a produção paulista de amendoim tem atingido em média 200 mil toneladas por ano, plantadas em duas safras que somam em média quase 80 mil hectares e produtividade em torno de 2.600 kg/ha. Particularmente na safra 2009/10, as produtividades médias1 tanto da safra das águas quanto da seca ficaram abaixo daquela cifra. Assim, mesmo para uma área plantada próxima das safras anteriores, os patamares de produção ficaram abaixo das duas safras anteriores, em torno de 186 mil toneladas (Figura 1). Esse cenário que atinge a safra 2009/10 encontra respaldo nas varáveis externas que afetam a produção agrícola, em especial as climáticas. Além disso, deve-se considerar a decisão de investimentos por parte dos produtores. No período que se estende do plantio à colheita – setembro a março, os preços médios mensais recebidos pelos produtores estavam em torno de R$21,502 a saca de 25 kg, condicionando, assim, o comportamento da produção das águas e do plantio e condução da safra da seca, que registrou produtividade 50% menor que as médias alcançadas no período de 2006 a 2009. Fonte: INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA – IEA. Área e produção dos principais produtos da agropecuária. Banco de Dados, São Paulo: IEA, 2010. Disponível em: <http://ciagri.iea.sp.gov. br/bancoiea/subjetiva. aspx?cod_sis=1>. Acesso em: 08 nov. 2010. Figura 2 - Quantidade e Valor Exportado de Amendoim Descascado, Brasil, Período de Janeiro a Setembro de 2007 e de 2010. O comportamento dos preços médios recebidos pelos produtores acompanha a demanda interna do produto, mas também sofre influências das condições externas de mercado, pois boa parte da produção paulista de amendoim é exportada, principalmente em grão descascado e em óleo bruto. Esses dois produtos juntos respondem por mais de 90% das exportações vinculadas à cadeia de produção do amendoim. Porém, o amendoim descascado continua sendo o carro chefe, respondendo por 60% dos valores exportados. A figura 2 apresenta a evolução das exportações de amendoim descascado para os nove primeiros meses de cada ano. Na sequência é possível observar, por um lado, o aumento constante dos Fonte: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR - SECEX. Sistema de análise das informações de comércio exterior (ALICE-web). Brasília: SECEX, 2010. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>. Acesso em: 9 nov. 2010. Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 25. 25 Figura 3 - Quantidade e Valor Exportado de Óleo Bruto de Amendoim, Brasil, Período de Janeiro a Setembro de 2007 e de 2010 Fonte: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR - SECEX. Sistema de análise das informações de comércio exterior (ALICE-web). Brasília: SECEX, 2010. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>. Acesso em: 9 nov. 2010. volumes exportados como consequência dos níveis de produção. Por outro, ao se considerar valores, as resultados mostram estabilidade a partir de 2008. Dessa forma, para os mesmos valores exportam-se maiores volumes com cotações menores evidenciadas pelo comportamento cambial. A mesma dinâmica pode ser observada nas exportações de óleo bruto, porém o produto apresenta cotações superiores ao amendoim descascado o que de certa forma explica o aumento de volume de óleo exportado em 2009 (Figura 3). Ao se considerar os dados de exportação, agrupados por trimestres, do amendoim descascado, é possível notar que a cada trimestre os volumes exportados são crescentes, com destaque para o segundo trimestre de 2009, com 15,8 mil toneladas e o terceiro trimestre de 2010 com 16,6 mil toneladas exportadas; quantidades acima das registras em 2007, em torno de 8 mil toneladas e, em 2008, de 10 mil toneladas. Para o óleo bruto de amendoim, os volumes trimestrais ficam entre 3 e 8 mil toneladas, com exceção para o segundo trimestre de 2009 com 12 mil toneladas. A ampliação das exportações e o equilíbrio do destino da produção entre amendoim descascado e óleo bruto têm garantido o escoamento da produção e os níveis de estoque dentro de patamares que oferecem alguma estabilidade de preços no mercado interno. Tanto que nos quatro primeiros meses de 2010, os preços médios recebidos pelos produtores apresentam tendência de alta3, em torno de 13%, quando comparados com os preços praticados no mesmo período de 2009. Cabe destacar que esse período corresponde à entrada da produção da safra das águas e, portanto, da possibilidade de queda de preços. A tendência de alta dos preços é mantida ao longo dos meses inclusive no período de agosto a outubro de 20104, quando se iniciam o planejamento e o plantio da próxima safra das águas. Para essa safra os custos de produção apresentam pequeno aumento quando comparados à anterior, devido principalmente aos ajustes nos valores de arrendamento de terras e de alguns insumos utilizados. Dessa forma, o custo de produção estimado5 para as variedades rasteiras é de R$2.811,00/ha e para as variedades eretas em torno de R$2.545,00/ha. A dinâmica das safras de amendoim dos últimos três anos tem apresentado certa estabilidade em relação à área plantada no Estado de São Paulo, princi- palmente para o plantio das águas. Nesse sentido, espera-se que na safra 2010/11 essa tendência seja mantida, mesmo considerando suas características de plantio, atreladas às áreas de renovação de canaviais e, portanto, às expectativas de planejamento das usinas produtoras de açúcar e etanol. A mesma perspectiva pode ser considerada em relação ao volume de produção, embora as condições climáticas e de investimentos na produção sejam variáveis fundamentais para acomodar essa visão. A conjunta de mercado, vinculada ao aumento do consumo interno de produtos à base de amendoim e às exportações, principalmente pela conquista de espaço em países da Europa e da América Latina, torna-se um elemento chave no comportamento da safra de amendoim paulista. RC 1. CASER, D. V. et al. Previsões e estimativas das safras agrícolas do estado de São Paulo, ano agrícola 2009/10, junho de 2010. Informações Econômicas, São Paulo, v. 40, n. 8, p. 01-18, ago. 2010. 2. INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA - IEA. Preços médios mensais recebidos pelos produtores. Banco de Dados. São Paulo: IEA, 2010. Disponível em: <http://ciagri. iea.sp.gov.br/nia1/Precos_Medios. aspx?cod_sis=2>. Acesso em 09 nov. 2010. 3. ANGELO, J. A. et al.Preços agropecuários encerram o mês de maio com alta de 8,66%. Destaques, São Paulo: IEA, jun. 2010. Disponível em: <http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=11911>. Acesso em: 8 nov. 2010. 4. Preços agropecuários encerram o mês de outubro em alta de 2,37%. Destaques, São Paulo: IEA, nov. 2010 Disponível em: <http:// www.iea.sp.gov.br/out/verTexto. php?codTexto=12003>. Acesso em: 10 nov. 2010. 5. Estimativa baseada na metodologia de custos de produção do IEA. Coeficientes técnicos fornecidos pela COPLANA e pela COPERCANA e preços de insumos praticados em julho de 2010. Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 26. 26 Informações Setoriais CHUV AS DE Outubro e Prognósticos Climáticos As chuvas do mês de OUTUBRO de 2010 são apresentadas no quadro a seguir. Engº Agrônomo Oswaldo Alonso Assessor Técnico Canaoeste O A média das observações do mês de OUTUBRO (102mm) “ficaram” pouco abaixo da média das normais climáticas (120mm). Ocorreram chuvas muito superiores às respectivas médias na Açúcar Guarani e Fazenda Monte Verde (Cajobi/Severínia); enquanto que, nos demais locais, foram próximas a (bem) abaixo das normais climáticas, destacando-se os menores volumes de chuvas no eixo C.E.Moreno - Usina S Francisco e Unesp-Jaboticabal Mapa 1 acima mostra que já em meados (14 a 17) de OUTUBRO as condições hídricas do solo, mesmo após as boas chuvas no final de setembro e início de outu- bro, já se mostravam desfavoráveis no “quadrilátero” Araraquara-Pirassununga-Campinas-Piracicaba e como média disponibilidade de água do solo no extremo Oeste do Estado. Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 14 a 17 de OUTUBRO de 2010. Revista Canavieiros - Novembro de 2010 Os Mapas 2 e 3 mostram interessantes semelhanças de Disponibilidade de Água no Solo aos finais de OUTUBRO de 2009 e 2010. Pode-se notar a grande diferença observada pelo “deslocamen- Mapa 2:- Água Disponível no Sol
  • 27. 27 to” da região de baixa a crítica Disponibilidade de Água no Solo na faixa Centro-Noroeste (Mapa 2) para a região Centro-Oeste do Estado (Mapa 3). Enquanto que marcantes semelhanças, também com baixas a críticas Disponibilidades de Água, foram registradas entre as faixas Centro do Estado para regiões de Piracicaba a Sorocaba e, como as mais úmidas, nas estreitas faixas Leste e a região Sul-Sudoeste do Estado. Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume e cita abaixo o prognóstico climático de consenso entre INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para os meses de novembro de 2010 a janeiro de 2011. • As temperaturas médias poderão ser próximas a ligeiramente acima das normais climáticas em toda Região Centro-Sul do Brasil; • Quanto às chuvas, para os meses de novembro a janeiro, com ilustração no Mapa 4 abaixo, poderão ser próximas das normais climáticas em quase toda área sucroenergética da Região Centro-Sul do Brasil, excetuando-se o Estado do Rio Grande do Sul com pro- lo ao final de OUTUBRO de 2009. babilidade de chuvas abaixo das respectivas médias. • Como referência, as normais climáticas de chuvas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo Centro de Cana Apta-IAC, são de 170 mm em novembro, 270 mm em dezembro e 280 mm em janeiro. renovações de canaviais (baixa produtividade, alta incidência de ervas daninhas e os impactos da recente ferrugem alaranjada em variedades suscetíveis), com vistas às certas e crescentes demandas por matériaprima na(s) próxima(s) safra(s). Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos mais próximos ou através do Fale Conosco CANAOESTE. RC A SOMAR Meteorologia, a exemplo do INPE e INMET, também prevê Mapa 4:- Prognóstico de Consenso entre INMET que as chuvas ficarão entre próxie INPE para o trimestre novembro 2010 a janeiro 2011. mas das respectivas médias cliAdaptado pela CANAOESTE máticas nos meses de novembro a janeiro, como permite estender tal previsão para os meses de fevereiro e março em toda região de abrangência da CANAOESTE. Quanto às condições climáticas previstas para estes meses finais e início do próximo ano, a CANAOESTE recomenda aos produtores de cana que aproveitem ao máximo os dias e tempos disponíveis para efetuarem aprimorados tratos culturais, atentarem para as já altas infestações e ultranecessários controles das cigarrinhas, generosas adubações e cuidadosas Mapa 3:- Água Disponível no Solo, 50cm de profundidade, ao final de OUTUBRO de 2010. RC Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 28. 28 Artigo Técnico Acidez natural em caldo de cultivares com ciclo de maturação no meio de safra, ano agrícola 2008/2009 Hélio Francisco da Silva Neto ; Luiz Carlos Tasso Júnior2; Marcos Omir Marques3; Joana Diniz Rosa da Silva4; Gustavo de Almeida Nogueira5 A INTRODUÇÃO avaliação da qualidade do caldo de cana pode ser realizada por meio da determinação de sua acidez. Os ácidos presentes no caldo podem ser produzidos pelo próprio metabolismo da cana, sendo variável para cada um dos cultivares disponíveis no mercado. Existem três frações de acidez: acidez fixa (proveniente do ácido lático), acidez volátil (ácido acético) e acidez total (somatória das duas frações anteriores). Os teores destes ácidos na cana são influenciados pelas condições ambientais, idade da cultura e o ciclo de maturação. Quando presente em elevados valores, a acidez interfere diretamente no processamento industrial. O ácido lático (acidez fixa) pode inibir o metabolismo das leveduras, reduzindo o rendimento fermentativo nos processos de produção de etanol (OLIVA NETO e YOKOYA, 2001). Por sua vez, o ácido acético (acidez volátil) promove sabor indesejado, depreciando a qualidade da aguardente. Além disso, os altos níveis de acidez estão relacionados a fatores prejudiciais à qualidade da cana-de-açúcar. Um exemplo disso foi o estudo realizado por SILVA NETO et al., (2009) que constatou aumento da acidez em cultivares que apresentaram diâmetro de isoporização maior que 50 % da área do colmo. O armazenamento de cana, também é caracterizado pelo aumento dos níveis de acidez e polissacarídeos, além de outras variáveis (TASSO JÚNIOR et al., 2009). Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi determinar os níveis de acidez fixa total e volátil e avaliar o comportamento de seis cultivares de cana-de-açúcar durante um período determinado da safra. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado na Fazenda de Ensino e Pesquisa e Produção (FEPP) da FCAV/UNESP-Jaboticabal. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em parcelas subdivididas, com 3 repetições. Os tratamentos principais foram os seis cultivares de cana com ciclo de maturação no meio de safra (IAC91-1099, IACSP94-4004, IACSP95-5000, SP813250, CTC 15 e RB855536) e o secundário as 5 épocas de análise (0, 14, 28, 42 e 56 dias após a primeira análise). A época zero corresponde à primeira avaliação, quando a cana apresentava 13 meses e 20 dias após o plantio. As parcelas foram compostas por 5 linhas de cana com 12 metros de comprimento, espaçadas de 1,5 m, totalizando 90 m². Em cada parcela foram coletados 3 feixes de cana, cada um contendo 10 colmos. Os feixes foram encaminhados para o Laboratório de Tecnologia de Açúcar e Etanol da FCAV/UNESP para determinação da acidez: total e volátil. Por diferença, procedeu-se ao cálculo da acidez fixa de acordo com MARQUES (1998). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo Teste F e as médias foram comparadas pelo Teste de Tukey a 5 % de probabilidade. Tabela 1. Valores médios¹ da acidez total, fixa e volátil presente no caldo de cana, durante o período analisado (Safra 2008/2009). 1-Médias seguidas de letra iguais, na coluna, para o mesmo atributo, não diferem entre si pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. * e ** - Significativo ao nível de 5 e 1 % de probabilidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO O cultivar IACSP94-4004 se destacou dos demais por apresentar os menores valores de acidez total e fixa (0,4386 e 0,7590 respectivamente), Tabela 1 (acima). Este resultado é considerado Revista Canavieiros - Novembro de 2010 como uma característica desejável do cultivar, indicando menor presença de ácido lático em seu caldo, favorecendo metabolismo das leveduras e conseqüentemente aumento do rendimento fermen-
  • 29. 29 tativo durante o processo de produção de etanol (OLIVA NETO e YOKOYA, 2001). Figura 1. Comportamento dos cultivares de cana ao longo do período estudado para os teores de acidez total. Resultados inversos foram obtidos pelos cultivares CTC 15 e IAC91-1099. No entanto, mesmo para estes cultivares os valores encontrados estão abaixo do limite estabelecido por RIPOLI E RIPOLI (2004). Porém, estes maiores valores de acidez podem ser relacionados a uma maior formação de dextrana (TASSO JÚNIOR et al., 2009) ou elevados diâmetros isoporizados do colmo (SILVA NETO et al., 2009) ou outro fator negativo envolvido no processo. Os níveis de acidez volátil não apresentaram grandes variações, e entre os cultivares de cana o IAC91-1099 obteve o maior valor e os cultivares RB855536 e IACSP94-4004 os menores. Tal resultado nos permite inferir da menor aptidão do cultivar IAC911099 para a produção de cachaça. Figura 2. Comportamento dos cultivares de cana ao longo do período estudado para os teores de acidez fixa. Ao analisar as épocas constata-se que os valores de acidez total e fixa aumentaram no decorrer da safra. Comportamento distinto foi observado para a acidez volátil, sendo que os menores valores coincidiram com a época de corte recomendada para estes cultivares. Os cultivares apresentaram comportamentos semelhantes para a acidez total e fixa (Figuras 1 e 2). Isto é explicado pelo fato de que a maior fração da acidez total é formada pela acidez fixa. Quando comparado os cultivares de cana entre si, observam-se os diferentes comportamentos ao longo da safra (Figura 3). Esta disparidade pode ocorrer devido às características genéticas de cada cultivar. Figura 3. Comportamento dos cultivares de cana ao longo do período estudado para os teores de acidez volátil. O cultivar IACSP94-4004 obteve o melhor resultado, apresentando os menores valores de acidez total, fixa e volátil, indicando sua melhor qualidade de caldo durante a maior parte do período analisado. Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 30. 30 Artigo Técnico CONCLUSÃO Os valores de acidez total e fixa apresentaram tendência de aumento ao longo do período estudado. O inverso ocorreu para a acidez volátil. O melhor desempenho foi obtido pelo cultivar IACSP94-4004 que apresentou os menores valores de acidez fixa, total e volátil, durante a maior parte do período analisado, o que nos permite inferir de sua melhor qualidade de caldo, em relação às frações de acidez. O resultado menos satisfatório foi obtido pelo cultivar IAC91-1099, indicando a necessidade de uma maior atenção em caldos deste exemplar. Referências Bibliográficas MARQUES, M. O. Determinação da acidez total, acidez volátil e cálculo da acidez fixa em caldo de cana-de-açúcar. FCAV/UNESP, Jaboticabal SP. Roteiro de aula prática, 1998. 3p. OLIVA NETO, P; YOKOYA, F. Susceptibility of Saccharomyces cerevisiae and lactic acid bacteria from the alcohol industry to several antimicrobial compounds. Brazilian Journal of Microbiology, v.32, p.10-14, 2001. RIPOLI, T. C. C.; RIPOLI, M. L. C. Biomassa de cana-de-açúcar: colheita, energia e ambiente. Piracicaba: Barros & Marques Ed. Eletrônica, 2004. 302 p. SILVA NETO, H. F.; TASSO JÚNIOR, L. C.; MARQUES, M. O.; CAMILOTTI, F.; ROMÁN, R. A. A. Algunas características agrotecnológicas de la caña de azúcar. In: Tecnicaña – Congreso de la Associación Colombiana de Técnicos de la Caña de Azúcar, 8., Cali. Anais… Cali: Tecnicaña, 2009. p.58-64. TASSO JÚNIOR, L. C.; SILVA NETO, H. F.; MARQUES, M. O.; NOGUEIRA, G. A.; ROMÁN, R. A. A.; Calidad química em el almacenamiento de la caña de azúcar. In: In: Tecnicaña – Congreso de la Associación Colombiana de Técnicos de la Caña de Azúcar, 8., Cali. Anais… Cali: Tecnicaña, 2009. p.771-779. RC 1 - Engenheiro Agrônomo, Doutorando em Produção Vegetal FCAV/UNESP-Jaboticabal, SP. E-mail: heliofsn@hotmail.com 2 - Engenheiro Agrônomo, Pós-Doutorando em Produção Vegetal FCAV/UNESP-Jaboticabal, SP. 3 - Engenheiro Agrônomo, Professor Adjunto - Tecnologia do Açúcar e Álcool FCAV/UNESP- Jaboticabal, SP. 4 - Engenheira Agrônoma, Mestranda em Produção Vegetal FCAV/UNESP-Jaboticabal,SP. 5 - Engenheiro Agrônomo, Gerente do Departamento Técnico – CANAOESTE, Sertãozinho, SP. Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 31. 31 Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 32. 32 32 “General Álvaro Tavares Carmo” Cana-de-açúcar hidrolisada na alimentação de bovinos Mauro Dal Secco de Oliveira Cultivando a Língua Portuguesa Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português. “Casamento de sucesso é apaixonar-se muitas vezes pela mesma pessoa.” Robert Wagner 1) PRESIDENTE OU PRESIDENTA? Eis a questão atual, mas com a resposta antiga nas Gramáticas. Prezado amigo leitor a dúvida é sobre a expressão sem ligações com questões políticas. Conforme o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa(VOLP), 5 edição-últimaeditado pela Academia Brasileira de Letras, pág. 674: PRESIDENTE adj.s.2g.s.m. (adjetivo e substantivo de dois gêneros e substantivo masculino) PRESIDENTA s.f.( substantivo feminino) N a presente publicação estão relacionados assuntos que envolvem os principais fatores relacionados com a técnica da hidrólise da cana-de-açúcar na alimentação de bovinos. Procurou-se estabelecer uma abordagem de fácil acesso a produtores, técnicos e ao público em geral, de assuntos relacionados com a utilização da cana-de-açúcar hidrolisada com cal virgem ou hidratada para bovinos. Para tal, com o propósito de transmitir conhecimentos, foram reunidas informações acerca dos diferentes fatores relacionados com a técnica de hidrólise de cana-de-açúcar, importante ferramenta que os produtores poderão utilizar, a fim de melhorar o desempenho dos animais de forma prática e econômica. Estamos convictos de que tais informações servirão de subsídios e evidenciarão novos horizontes a pesquisadores, professores, técnicos e alunos de ciências agrárias e, principalmente, a produtores adeptos do uso da cana-de-açúcar como volumoso na alimentação de bovinos, principalmente para vacas leiteiras. Finalmente, temos a certeza de que os leitores, pela aquisição de novos conhecimentos, estarão contribuindo para a expansão da bovinocultura leiteira nacional. *texto retirado da sinopse do livro Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone : (16)3946-3300 - Ramal 2016 Exemplos corretos: O Presidente disse... A Presidenta disse... A intenção do VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) é deixar para trás incômodos e entraves sobre possíveis dúvidas a respeito do vernáculo. Quanto ao uso? - Ofereço ao público, querido amigo leitor, a tarefa de esclarecer dúvidas sobre a Língua Portuguesa. 2) O casal organiza a nova casa! Gostam da “antiguidade” dos móveis... Com certeza, um casal moderno e atualizado com o VOLP! ANTIGUIDADE escrita correta. (sem o uso do trema) A regra: o trema, segundo o VOLP não existirá mais, com exceção de palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. 3) Apreciaram o lindo “VÔO” daquele pássaro raro... ...porém não apreciaram a nova regra ortográfica! Segundo o VOLP: o hiato (é o encontro de dois sons vocálicos, um dos quais pronunciado numa sílaba e o outro na sílaba imediatamente posterior) “oo” deixa de receber acento nas palavras paroxítonas. Veja, prezado amigo leitor: VO - O (oxítona) - correto: VOO VO - paroxítona (a sílaba tônica é a antepenúltima da direita para a esquerda) PARA VOCÊ PENSAR: “Ternura e bondade não sinalizam fraqueza, mas força e disposição.” Gibran Kahlil “ A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que se tem inventado para a divulgação do pensamento” Carlos De Laet Dicas e sugestões, entre em contato: renatacs@convex.com.br * Advogada,Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria. Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 33. 33 Eventos em Dezembro de 2010 / Janeiro 2011 Manejo da Resistência a Produtos Fitossanitários: Sustentabilidade dos Sistemas de Produção Agrícola Empresa Promotora: ESALQ/USP Tipo de Evento: simpósio Início do Evento: 01/12/10 Fim do Evento: 03/12/10 Estado: SP Cidade: Piracicaba Localização do Evento: Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Informações e inscrições: www.fealq.org.br / www.gelqesalq.com.br Telefones: (19) 3417-6604 / (19) 3417-6601 E-mails: cdt@fealq.org.br / gelq2011@esalq.usp.br Curso de Análise Fundamental e Introdução à Comercialização de Soja Empresa Promotora: SAFRAS & Mercado Tipo de Evento: Curso / Treinamento Início do Evento: 01/12/2010 Fim do Evento: 08/12/2010 Estado: SP Cidade: São Paulo Localização do Evento: Auditório da CMA - Rua Filadeldo de Azevedo, 712 - Vila Nova Conceição Informações com: SAFRAS & Mercado Site: www.safras.com.br/cursos/DescritivoCurso.asp?curso=101 Telefone: (51) 3224-7039 / (51) 3224-7039 E-mail: eventos@safras.com.br Curso de Técnicas de Criação de Insetos para Programas de Controle Biológico Empresa Promotora: Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz - FEALQ Tipo de Evento: Curso / Treinamento Início do Evento: 06/12/2010 Fim do Evento: 10/12/2010 Estado: SP Cidade: Piracicaba Localização do Evento: Anfiteatro do Setor de Entomologia Informações com: www.fealq.org.br Telefone: (19) 3417-6604 E-mail: cdt@fealq.org.br cursos de Inseminação Artificial em ovinos e caprinos Empresa Promotora: Top in Life, em parceria com a CRV Lagoa e a Intervet Tipo de Evento: Curso / Treinamento Início do Evento: 08/12/2010 Fim do Evento: 10/12/2010 Estado: SP Cidade: Jaboticabal Localização do Evento: sede da Top in Life Informações com: Top in Life Site: www.topinlife.com.br Telefone: 016 3203-7555 E-mail: administracao@topinlife.com.br Show Safra 2011 Empresa Promotora: Fundação Rio Verde Tipo de Evento: Dia-de-Campo / Visita Técnica Início do Evento: 21/01/2011 Fim do Evento: 22/01/2011 Estado: MT Cidade: Lucas do Rio Verde Localização do Evento: Fundação Rio Verde - Rod. MT 449, Km 08 Informações com: Rodrigo Pasqualli Site: www.fundacaorioverde.com.br Telefone: (65) 3549-1161 E-mail: fundario@terra.com.br 13º Itaipu Rural Show Empresa Promotora: Cooperativa Regional Itaipu Tipo de Evento: Exposição / Feira Início do Evento: 26/01/2011 Fim do Evento: 29/01/2011 Estado: SC Cidade: Pinhalzinho Localização do Evento: Centro de Treinamento e Transferência de Tecnologias - BR 282, km 280 (cerca de dois quilômetros a oeste do centro de Pinhalzinho) Informações com: Cooperativa Regional Itaipu Site: www.cooperitaipu.com.br Telefone: (49) 3366-6500 E-mail: itaipu@cooperitaipu.com.br Revista Canavieiros - Novembro de 2010
  • 34. 34 VENDEM-SE - 01 Trator TM 150 4*4 mecânico, ano 2004; - 01 Trator MF 299 4*4 c/ lamina, ano 2002; - 01 Trator MF 297 4*4 c/ lamina e pá, ano 2000; - 01 Trator Ford 4630 ano, 1994; - 01 Trator Ford 4630, ano 1993; - 01 Trator Ford 4610, ano 1993; - 01 Trator MF 290, ano 1989; - 01 Trator MF 275, ano 1988; - 01 Trato MF 265, ano 1988. Tratar com Marcelo ou José Carlos pelo telefone: (16) 3957-1238 VENDEM-SE - Uniport 2500 4x2, ano 2004; - Colhedora de soja JD 1450, ano2004; - Plantadora de cereais a vácuo Tatu Cop Suprema 12/12; - Pá carregadeira W 20, ano 1989; - 03 Tratores Agrale 7150, ano 2003; - 02 Batedeiras de amendoim double master 3 , ano 05; - 01 Batedeira de amendoim bouble master 2 , ano03; - 04 arrancadores de amendoim ; - 02 plantadoras de amendoim/milho Tatu a vácuo 4 linhas. Tratar com Guerino Batista Boldrin pelo telefone: (34) 3411-7132 VENDE-SE - Sítio no município de Colômbia, 25 alqueires, divisa com o Rio Velho, a 3,5 km da Rod. Brigadeiro Faria Lima, km 449,5, com 20 alqueires de cana própria, pasto e área de preservação; água em duas divisas - Rios Velho e afluente; casa com água e luz; barracão e casa para caseiro. Tratar com Sérgio pelo telefone: (16) 8165-2772. VENDE-SE - Sítio de 7,2 hectares em Descalvado(SP), em pastagens, cer- cado, mangueira, nascente de riacho, mata averbada, distante l km da vicinal. Tratar com Clio pelo telefone: (19) 8138-0807 VENDEM-SE - Trator Massey Ferguson 680 HD, ano 2006, com 6750 horas, super conservado, equipado com kit freio pneumático e cabina climatizada. - 01 Caminhonete D20 ano 1991, cabina dupla, quatro portas, branca, com ar e direção hidráulica. Tratar com Walter pelos telefones: (17) 9141-2290 ou (17) 3392-1066. VENDEM-SE - NH TM 140/4, ano 2002, com lamina. Valor: R$ 40.000,00; - NH 5030/4, ano 98. Valor: R$ 30.000,00; - Varreduras de adubos, ideal para cana, laranja, eucalipto entre outras. Valor: R$ 380,00/t. Tratar com José Paulo Prado (ZPTratores) pelos telefones: (19) 35415318 ou (19) 9154-8674. VENDE-SE - Sítio com 16,5 alqueires, próximo a estrada Cravinhos/Serra Azul. Bastante aproveitável: 10 alqueires de cana, com energia. Represa pisc. c/ projeto implantado, bem arborizado, muitas frutas e águas abundantes. Tratar com Humberto pelo telefone: (16) 9791-7444. VENDE-SE - Caminhão Canavieiro Mercedez Benz L2635, 6x4, plataformado, ano 1997, com 175.000Km, carroceria CAMAQ cana inteira. Único dono, quilometragem original, sem batida ou tombo, comprados na concessionária MB de Jaboticabal/SP. Todas as revisões e manutenções feitas na autorizada. Nunca abriu motor ou diferencial. Valor: R$175.000,00. Caminhão Novo! Revista Canavieiros - Novembro de 2010 Tratar com Fernando pelo telefone: (16) 9103-1071. VENDE-SE - Fazenda com 43 alqueires em Paulo de Faria – SP, a 500m do asfalto com casa sede de 375m2, casa hóspede, piscina, duas casas de funcionários de 80m2, dois barracões, curral, poço artesiano, cana e pasto. Valor: R$ 40.000,00 por alqueire. Tratar com Diego pelos telefones: (17) 9145-8874 ou (16) 9105-5378. VENDEM-SE - 01 caixa d’água modelo australiana para 50.000 lts - 01 caixa d’água modelo australiana para 5.000 lts - 01 transformador de 15 KVA - 01 transformador de 45 KVA - 01 transformador de 75 KVA - lascas e mourões de aroeira - coxos de cimento - porteiras - 01 repetidora com 10 rádios-amadores e 3 HT - 01 torre de 60 metros - 01 adubadeira DMB 2005 Tratar com Wilson pelo telefone: (17) 9739 2000 Vendem-se - Grade aradora intermediária 32X28 Marca: Baldan, discos novos. - Tanque de combustível 4 rodas capacidade de 6.000 litros com bomba registradora 12 volts, ótimo estado. - 2 arados de 4 aivecas sendo uma da marca Tatu e outra da marca Ikeda – conservados. Tratar com Ivan Vieira pelo telefone: (16) 9242-7908 / (43) 3235-1539 / (43) 9968-5034 Anuncie aqui! Envie seu classificado para classificados@revistacanavieiros.com.br ou ligue: (16) 3946.3311
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