3. Editorial
Expediente:
Conselho Editorial:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
Editora:
Cristiane Barão – MTb 31.814
Jornalista Responsável:
Carla Rossini - MTb 39.788
Projeto gráfico e
Diagramação:
Rafael H. Mermejo
Equipe de redação e fotos:
Carla Rodrigues - MTb 55.115
Marília F. Palaveri
Rafael H. Mermejo
Comercial e Publicidade:
(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
comercial@revistacanavieiros.com.br
atendimento@revistacanavieiros.com.br
Impressão:
São Francisco Gráfica e Editora Ltda
Tiragem:
11.000 exemplares
ISSN:
1982-1530
3
Revista Canavieiros recebe
F
“Moção de Aplauso e
Congratulações”
oi com muita satisfação que a
equipe e diretores da Revista
Canavieiros recebeu no início de julho, a “Moção de Aplauso e
Congratulações” número 367/2010,
pelo transcorrer de quatro anos da sua
fundação. A cordial homenagem foi
concedida pela Câmara Municipal de
Sertãozinho, através do seu presidente,
vereador Rogério Magrini dos Santos.
ço do VI Agronegócios Copercana,
que aconteceu em Sertãozinho, nos
dias 23, 24 e 25 de junho e superou
as expectativas dos organizadores
em público e negócios. Cooperados
de toda a região prestigiaram a feira,
que estava repleta de novidades em
máquinas, equipamentos e produtos
para as lavouras de cana, soja, amendoim e milho.
Ao longo de quatro anos de existência da Canavieiros, a equipe editorial sempre trabalhou para levar ao
leitor as informações mais verídicas
e consistentes do setor sucroenergético - principalmente da parte agrícola, de forma ética e transparente. A
homenagem recebida é um estímulo
à equipe envolvida com a edição da
revista, que não medirá esforços para
continuar a buscar as mais precisas
informações e assim ajudar este setor
tão importante para o nosso país.
A entrevista deste mês é com o professor e diretor técnico do Instituto de
Economia da Associação Comercial e
Industrial de Ribeirão Preto (ACIRP),
Antônio Vicente Golfeto. De acordo
com ele, o mais importante combustível renovável está acima da terra, que
é o caso da cana-de-açúcar e promete
ser o combustível do século.
Neste mês, a Canavieiros traz em
sua reportagem de capa, um balan-
Além disso, confiram nas páginas
da revista as mudanças no Código
Florestal, as notícias do sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred,
informações setoriais, artigos técnicos e muito mais.
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados
e fornecedores do Sistema Copercana,
Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista
é autorizada, desde que citada a fonte.
Endereço da Redação:
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www.revistacanavieiros.com.br
www.twitter.com/canavieiros
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RC
Boa leitura!
Conselho Editorial
Revista Canavieiros - Julho de 2010
4. 4
Ano V - Edição 49 - Julho de 2010
Indices:
Capa - 22
VI Agronegócios Copercana:
supera expectativas
Feira realizada nos dias 23, 24
e 25 de junho agradou expositores e visitantes
E mais:
Assuntos Legais
05 - Entrevista
.................página 15
Antônio Vicente Golfeto
Professor e diretor técnico ACIRP
“O mercado é quem manda”
Notícias do Setor
08 - Ponto de
Vista
Destaque
Marcos Fava Neves
Professor Titular de Planejamento
na FEA/USP Campus de Ribeirão Preto
10 - Notícias Copercana
.................página 19
.................página 24
Informações Setoriais
.................página 26
Artigo Técnico
- Copercana realiza Reunião Técnica com fornecedores de cana
- Uname renova frota de corretivo de solo
.................página 31
- Comissão aprova Reforma do Código Florestal
- Netto Campello: Qualidade e humanização no atendimento
Safra de Grãos
14 - Notícias Canaoeste
18 - Notícias Cocred
- Balancete Mensal
28 - Pragas e Doenças
- Broca da Cana-de-açúcar!
Uma praga “quase” invisível,
mas que provoca grandes
prejuízos à cultura
Marcelo de Felício,
Eng. Agrônomo Canaoeste - Pitangueiras/SP
.................página 34
Cultura
.................página 36
Agende-se
.................página 37
Classificados
.................página 38
Revista Canavieiros - Julho de 2010
5. 5
Entrevista com:
Antônio Vicente Golfeto
Professor e diretor técnico do Instituto de
Economia da Associação Comercial e Industrial
de Ribeirão Preto (ACIRP)
Carla Rodrigues
“O setor sucroalcooleiro tem muito futuro, mas
tem que ficar com um olho no mercado interno
e o outro no externo”, essas são as palavras do
professor e diretor técnico do Instituto de Economia da Associação Comercial e Industrial de
Ribeirão Preto (ACIRP), Antônio Vicente Golfeto. De
acordo com ele, o mais importante combustível renovável está acima da terra, que é o caso da cana-deaçúcar e promete ser o combustível do século.
Confira a seguir a entrevista concedida
pelo professor à Canavieiros.
“O mercado
é quem
manda”
Revista Canavieiros: De forma
geral, como o senhor analisa o agronegócio brasileiro?
Vicente Golfeto: A agroenergia
é um novo patamar da agricultura.
O agronegócio está na vanguarda do
Brasil do século XXI, acredito que
não só deva permanecer como deva
aprimorar, pois o agricultor brasileiro conseguiu fazer uma associação
muito inteligente com a tecnologia, e
com isso ele conseguiu, por exemplo,
através da ação da Embrapa, ocupar o
Centro-Oeste, juntando o setor privado com a tecnologia, tornando o cerrado produtivo.
Revista Canavieiros: E o setor sucroenergético mais especificamente?
Vicente Golfeto: O petróleo substituiu o carvão como fonte de energia
mais importante, já que ele proporcionou custos menores. A pergunta
que se faz na economia é “quanto
custa?”, se o setor quiser ocupar esse
espaço cada vez mais, principalmente
através do álcool, e todos os derivados energéticos. Ele tem que ter custo
e tem que desbancar aqueles que têm
custo menor que o deles, como é o
caso do hidrocarboneto. A realidade
“O capital que vem
para o Brasil olha
o mercado interno,
menos o capital que
vem para o setor sucroalcooleiro, pois
o que ele quer é ser
exportado”.
é que temos hoje dois custos e antes
era um só, o microeconômico.Agora temos o custo microeconômico e
mais o custo macroeconômico, que
é o custo ambiental, aonde o álcool
chega à frente.
Revista Canavieiros: A crise econômica mundial é coisa do passado?
Vicente Golfeto: Não. Não transitou
em julgado a crise. Ela veio do excesso de dívida e a dívida sempre provoca
dúvida e a dúvida é o funeral da confiança. Economia é confiança, e é tanto confiança que o mais dinâmico é o
setor financeiro, que é aquele que mais
recente da falta de confiança. Quando
temos uma reserva, quando vendemos
um imóvel de R$ 200 mil, vamos ao
banco e depositamos. Sem nenhum receio deixamos o dinheiro lá e o banco
nos dá um papelzinho sem assinatura
nenhuma, às vezes é a máquina que dá,
e isso é confiança.
Revista Canavieiros: Qual é o papel da agricultura brasileira na economia do nosso país?
Vicente Golfeto: Nosso país será
chave no processo de desenvolvimento econômico para fornecimento de alimento para a população
mundial. Para produzir alimento é
preciso ter água e terra e o Brasil
tem os dois.
Revista Canavieiros: E quais foram
as consequências dessa crise para o
Brasil?
Vicente Golfeto: Quando a ética entra em concordata, a economia vai à falência, faltou ética porque a confiança
provoca aquilo que se chama dúvida,
e só se investe quando se tem certeza
ou pelo menos supõe que vai dar certo.
Economia tem um pouco de religião,
Revista Canavieiros - Julho de 2010
6. 6
Entrevista com:
“... a nossa grande vantagem é que estamos
produzindo cada vez mais alimento num espaço
menor de terra, porque nossa eficiência e produtividade são grandes...”
você faz ciência com dúvida, não é
porque o oposto de ciência é religião,
pouca gente explica ciência religião,
ciência você faz com dúvida e religião
você tem certeza.
Revista Canavieiros: A participação do capital estrangeiro no setor
sucroalcooleiro é crescente. Em sua
opinião, quais são os pontos positivos
e negativos que isso pode trazer?
Vicente Golfeto: Sim é crescente.
Nem positivo nem negativo, é inevitável. A economia está transnacionalizada, ela, o capital, não tem pátria, quem
falou isso foi Karl Marx, o capital não
tem pátria, ele migra conforme seus
próprios interesses e o capital estrangeiro só vem para o Brasil no setor
sucroalcooleiro porque ele está acreditando que o álcool vai ser produto
de exportação, ele não está olhando o
mercado interno. O capital que vem
para o Brasil olha o mercado interno,
menos o capital que vem para o setor
sucroalcooleiro, pois o que ele quer é
ser exportado. Seu limite é o mercado
mundial, porém para isso é preciso que
o álcool seja em primeiro lugar uma
“commodity” e segundo lugar que ele
tenha uma capacidade de produzir uma
marca. O setor não teve competência
para produzir uma marca, vamos deixar bem claro, e são os que produzem
com melhor nível de eficiência e produtividade. E vale lembrar que quem
ganha não é quem produz, quem ganha
é quem comercializa.
Revista Canavieiros: A oscilação
nos preços dos produtos finais da
cana-de-açúcar (do etanol principalmente) é um dos maiores problemas
do setor. Por que isso acontece e qual
é a solução?
Vicente Golfeto: Sim. O mercado é
uma palavra derivada do Deus romano
do mercado, o Deus romano do mercado é mercúrio, quem não gostar desta
oscilação como eu, vai ser empregado,
esse é o tamanho do risco, só gosta de
correr risco, jogador e empresário, por
isso que todo empresário é jogador,
as vezes frustrado, mas ele tem que
aprender a correr risco senão vai trabalhar de empregado. Essa oscilação é
vida, o que acontece com uma pessoa
se ela for fazer um eletro cardiograma
e ele sair retinho, como essa pessoa
está? Está morta. Preço sempre a R$
1,40 não existe, por isso o estado só
tem uma finalidade em minha opinião,
que é ser um redutor de incertezas, a
incerteza para o trabalhador é o desemprego, então ele tem o seguro desemprego, a incerteza para o empresário é
a oscilação brusca.
Revista Canavieiros: A questão da
preservação ambiental no Brasil é um
impasse frente à produção. Qual sua
opinião sobre o assunto?
Vicente Golfeto: A minha opinião
é que é necessário preservar o meio
ambiente, mas temos que saber quem
é que está dizendo que devemos preservar o meio ambiente, que foi aquele
que mais arrebentou o meio ambiente
dele, a Europa. Veja a quantidade de
reservas que tem lá. Você, para dar
Revista Canavieiros - Julho de 2010
uma lição, tem que ter razão, mas tem
que ter autoridade também, as duas
coisas, só razão não adianta. Quando o pessoal da Europa, da América,
da Ásia fala para o Brasil preservar a
Amazônia, ter preocupações ambientais, eles falam com razão, mas não
tem nenhuma autoridade.
Revista Canavieiros: O Brasil tem
condições de aumentar a sua produção
agrícola com sustentabilidade?
Vicente Golfeto: Tem e está fazendo isso. Mas é claro que, para produzir alimento, precisamos de água, e
o Brasil tem 12% da água potável do
mundo, mas aonde está, principalmene, a nossa maior quantidade de água?
Na Amazônia. Então, ou produzimos
alimento para o mundo ou o mundo
vai passar fome. Agora a nossa grande
vantagem é que estamos produzindo
cada vez mais alimento num espaço
menor de terra, porque nossa eficiência e produtividade são grandes e vão
aumentando, são crescentes e estão
em progressão geométrica.
Revista Canavieiros: O mundo está
cada vez mais necessitando de energia
de fontes renováveis. A demanda por
energia é crescente. Como o Brasil
deve se portar para se beneficiar dessa
necessidade mundial?
Vicente Golfeto: O Brasil tem que
produzir aquilo o que o mundo quer
e não aquilo que queremos. Sempre
quisemos produzir o que queremos.
Cliente é quem compra o seu produto. Portanto, cliente é empresa, é o
mercado, ele está na empresa. Então
,o que o Brasil tem que fazer é o que
o mercado quer e não o que o está na
cabeça do empreendedor. O mercado
que tem que dizer que tipo de programa fazer, porque se você fizer um programa para você, você vai ouvir, mas
ninguém quer ouvir. Por que transmitem mais jogos de futebol do Corinthians do que os outros times? Porque
mais de 40% dos torcedores são corintianos. A democracia é a maioria, não
é só a democracia política, a econômica também. O problema é que nem
sempre a maioria está certa. Pelo contrário, às vezes a razão está com uma
única pessoa, mas o fato de você ter
razão não quer dizer que você esteja
certo, e aí começa a discussão. RC
8. 8
Ponto de Vista
Marcos Fava Neves*
Mais econômico e
renovável, etanol
conquista os
consumidores brasileiros
Q
ue posição de conforto tem o
Brasil, que, neste momento
de preços elevados do petróleo, crescente demanda mundial por
energia elétrica, por sustentabilidade, está sentado confortavelmente em
cima de um combustível renovável.
Vejam o caso do petróleo: a China
consumia em 2000, 4,8 milhões de
barris de petróleo por dia, passando
para 8,5 milhões em 2010. A média
de consumo nos EUA é de 22 barris/
pessoa/ano, e na China ainda está em
2,2 barris. A frota chinesa aumentou
em quase 10 milhões de carros em
2009. Onde vamos chegar com esta
fúria chinesa?
O Brasil sobra em sustentabilidade
nesta área. Somente 1% dos combustíveis usados no mundo são de fonte
renovável. Deste 1%, o etanol é responsável por 90%. A produção mundial saltou de 31 bilhões em 2000 para
85 bilhões em 2010, puxada pelos
EUA, que usando o milho como fon-
te, aumentou sua produção em 25 bilhões de litros nos últimos 10 anos e
pelo Brasil (aumento de 15 bilhões em
10 anos). São responsáveis por 90%
da produção mundial. A produção no
Brasil é de 18 bilhões de litros de
hidratado e 8 bilhões de anidro (adicionado a gasolina na proporção de
25%). Em 10 anos fomos de 7 bilhões
para 18 bilhões de litros no hidratado
e o anidro manteve-se em 6 bilhões. A
expectativa para 2020 é de 65 bilhões
de litros. E o sucesso vem de onde?
Do carro flex, que transferiu o poder da decisão ao consumidor... Introduzido em 2003, a frota flex deve
chegar ao final de 2010 a 12 milhões
de veículos, um aumento de 7 milhões
em 4 anos. A frota total brasileira é
de 25 milhões de unidades e cresceu
15,1% em 2009 (90% de carros flex).
Em 2008, 35% da frota no Brasil era
flex. Em 2015, estima-se que a frota
flex esteja em 65% do total do Brasil
e o etanol representará 80% do con-
“...diminuir em 61%
as emissões de CO2
em comparação com
veículos movidos à
gasolina, os carros
flex desde 2003 evitaram 83 milhões de
toneladas de CO2 na
atmosfera...”
sumo de combustível em veículos leves contra 20% de gasolina.
Reconhecido pela agência ambiental americana por diminuir em 61%
as emissões de CO2 em comparação
com veículos movidos à gasolina,
os carros flex desde 2003 evitaram
83 milhões de toneladas de CO2 na
atmosfera (UNICA). E você, quanto
ganhou com isto?
Termino com esta curiosidade ao leitor... Em casa gastam-se 100 litros por semana. São 5.200 litros de etanol por ano,
que a um preço médio de R$ 1,30 representa um gasto anual de R$ 6.760,00. Se
eu usasse gasolina, precisaria de 3.650
litros, a R$ 2,50/l, gastando R$ 9.125,00.
Então meu benefício econômico anual
com uso do etanol é de R$ 2.300,00 fora
os benefícios ambientais, tributários, geração de empregos. E o mundo reconheceu nosso etanol. Era evidente, e questão
de tempo apenas! RC
Marcos Fava Neves é Professor Titular
de Planejamento na FEA/USP Campus
de Ribeirão Preto (www.favaneves.
org). Este artigo foi publicado na Folha
de São Paulo (caderno Mercado), em
12/06/2010, p. B3
Revista Canavieiros - Julho de 2010
10. 10
Notícias Copercana
Copercana realiza Reunião Técnica com
fornecedores de cana
A
Informações de safra e mercado foram transmitidas aos produtores rurais
Copercana, em parceria com a
Usina V.O. de Catanduva (Grupo
Virgolino de Oliveira) e com o
apoio da Dupont, realizou no dia 17 de
junho, uma reunião técnica com fornecedores de cana.
O encontro aconteceu na Associação
dos Engenheiros de Catanduva e contou
com a participação de produtores de cana
da cidade e de municípios vizinhos, do diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, do gerente comercial da cooperativa,
Frederico José Dalmaso, do agrônomo
Rodrigo Sicchieri e também de gerentes
e diretores da usina e da Dupont.
Durante a reunião, os produtores receberam informações sobre o andamento
da safra e as perspectivas para o mercado
de açúcar e etanol. A Dupont também fez
uma apresentação sobre os seus produtos
para a cultura de cana.
Revista Canavieiros - Julho de 2010
José Corte (Dupont), Frederico Dalmaso (gerente comercial da Copercana),
João Barbério (Usina V.O), Rodrigo Sichieri (agrônomo da Copercana) e
Pedro Esrael Bighetti (diretor da Copercana)
12. 12
Notícias Copercana
Uname renova frota de corretivo de solo
Carla Rodrigues
Investimento foi realizado para buscar novas tecnologias e melhor atender os cooperados
N
o mês de julho a Uname (Unidade de Grãos da Copercana)
renovou 30% da sua frota de
corretivo de solo (calcário e gesso) e adquiriu caminhões e caçambas agregados
com instrumentos de última tecnologia
disponível no mercado.
No total são 12 caminhões e dentre
eles quatro foram substituídos por novos modelos. Para isso foi realizado um
investimento de R$ 1,2 milhão.
“A tendência é renovar essa frota e
futuramente atingir o 100% de renovação dos veículos, sempre seguindo a
vida útil de 10 anos por veículo”, explicou Carlos Biagi, chefe comercial de
calcário da Uname.
Essa nova frota possui esteira de
borracha, que antes era de corrente,
acionamento hidráulico dos abafadores, acionamento hidráulico dos pratos
(discos) e acionamento hidráulico das
esteiras, o que torna o trabalho mais
ágil e prático.
Revista Canavieiros - Julho de 2010
“Com essas novas aquisições, a Copercana busca prestar um serviço de
melhor qualidade para os cooperados,
já que são acompanhados de maior tecnologia”, disse Biagi. RC
13. 13
Notícias Canaoeste
Consecana
A
CIRCULAR Nº 05/10
DATA: 30 de junho de 2010
Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo
seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de JUNHO de 2010. O preço médio do kg de ATR para o mês de JUNHO, referente à Safra 2010/2011,
é de R$ 0,3528.
O preço de faturamento do açúcar no
mercado interno e externo e os preços do
etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados
pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril
a junho e acumulados até JUNHO, são
apresentados a seguir:
Os preços do Açúcar de Mercado Interno
(ABMI) incluem impostos, enquanto que os
preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à
industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a junho e acumulados até JUNHO, calculados com base nas informações contidas na Circular
01/10, são os seguintes:
Revista Canavieiros - Julho de 2010
14. 14
Notícias Canaoeste
Comissão aprova Reforma do Código Florestal
Cristiane Barão
O texto aprovado ainda precisa ser votado pelo plenário da Câmara e, depois, pelo Senado Federal
F
oi aprovado por 13 votos a 5 o
substitutivo do deputado Aldo
Rebelo (PCdoB-SP) ao Projeto
de Lei 1876/99, que revoga o Código Florestal e a Lei de Proteção das
Florestas Existentes em Nascentes dos
Rios. Todos os destaques ao texto foram rejeitados. A proposta ainda terá
que ser votada pelo plenário da Câmara e, depois, pelo Senado, o que deve
ocorrer somente depois das eleições.
Para o presidente da Canaoeste,
Manoel Ortolan, que acompanhou as
discussões na Comissão Especial na
segunda-feira e a votação, na terça,
foi uma vitória importante. “O relatório aprovado já minimiza a situação
dos produtores. Agora, o setor terá de
usar sua força para buscar melhorar a
matéria na votação no plenário da Câmara”, disse.
Um dos pontos mais polêmicos da
proposta é a proibição de abertura de
novas áreas para agricultura ou pecuária em qualquer propriedade do país
por cinco anos — uma moratória do
desflorestamento. Em troca, as áreas
que estavam em uso na agropecuária
até julho de 2008 serão reconhecidas
e regularizadas.
O prazo de cinco anos é o tempo
que União e estados terão para elaborar seu Zoneamento Econômico-Ecológico e os planos de bacia, instalar
os comitês de bacia hidrográfica e elaborar seus programas de regularização
ambiental.
O relator diminuiu de 30 para 20
anos o prazo para o produtor recompor as áreas desmatadas. Rebelo lembrou que os 20 anos se somam aos 5
de moratória. Em sua opinião, os 25
anos são um prazo razoável.
O relatório suspende as penalidades
para produtores rurais que cometeram
crimes ambientais até julho de 2008.
Com isso, produtores poderão continuar com suas atividades em área de
reserva até que seja elaborado o Pro-
Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste
grama de Regularização Ambiental,
cujo prazo é de cinco anos.
Uma decisão polêmica, mantida
pelo relator, foi permitir que os estados diminuam ou aumentem as áreas de reserva legal de acordo com
estudos técnicos e seu Zoneamento
Ecológico-Econômico. As Áreas de
Proteção Permanente de rios (matas
ciliares) de até cinco metros de largura foram reduzidas de 30 para 15 metros, e os Estados não terão poder para
alterar esses limites.
Aldo Rebelo excluiu da obrigação
de recompor a reserva legal as propriedades de até quatro módulos fiscais. Ele manteve, porém, os percentuais de preservação: as reservas legais
terão de preservar 80% da vegetação
nativa na área de floresta da Amazônia Legal, 35% do Cerrado e 20% da
vegetação no resto do país. Caso a vegetação remanescente seja superior a
essa previsão, poderá ser cortada até
esse limite.
Como sugerido por parlamentares
da bancada que representa os produtores rurais, o relator retirou do texto
as classificações de diferentes tipos
Revista Canavieiros - Julho de 2010
de vegetação, que se dividiam em formação campestre, florestal e savânica.
De acordo com os deputados, essa diferenciação poderia provocar recursos
à Justiça, dada a difícil interpretação
da classificação. Aldo ficou com a
definição do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), que já
divide em florestas, cerrados e campos gerais.
O deputado também retirou a possibilidade de recomposição com espécies exóticas, como constava da primeira versão do texto.
Placar: votaram a favor os deputados Anselmo de Jesus (PT-RO), Ernandes Amorim (PTB-RO), Homero
Pereira (PT/MT), Luis Carlos Heinze
(PP-RS), Moacir Micheletto (PMDBPR), Paulo Piau (PMDB-MG), Valdir
Colatto (PMDB-SC), Reinhold Stephanes (PMDB-PR), Marcos Montes
(DEM-MG), Moreira Mendes (PPSRO), Duarte Nogueira (PSDB-SP), Cezar Silvestri (PPS-PR) e Aldo Rebelo
(PCdoB-SP). Votaram contra os deputados Dr. Rosinha (PT-PR), Ricardo
Tripoli (PSDB-SP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Sarney Filho (PV-MA)
e Ivan Valente (PSOL-SP). RC
15. 15
Assuntos Legais
Código florestal
aprovado relatório que altera lei ambiental
C
omo já foi descrito em matéria
da página 14 desta Canavieiros,
no dia 06 de julho deste ano, a
Comissão Especial da Câmara dos Deputados, destinada a proferir parecer ao
Projeto de Lei nº 1876 de 1999, que “dispõe sobre áreas de preservação permanente, reserva legal, exploração florestal
e dá outras providências”, aprovou o relatório do deputado federal Aldo Rebelo
(PCdoB), o que encerrou o trabalho da
referida comissão. O relatório irá agora
para votação do plenário da Câmara e
“dispõe sobre a proteção da vegetação
nativa, altera as Leis nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nº 4.771, de
15 de setembro de 1965 (Código Florestal), e nº 7.754, de 14 de abril de 1989, e
dá outras providências”
Na votação, votaram a favor do relatório os deputados Anselmo de Jesus (PTRO), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Homero Pereira (PR-MT), Moachir Micheletto
(PMDB-PR), Paulo Piau (PMDB-MG),
Ernandes Amorim (PTB-RO), Marcos
Montes (DEM-MG), Moreira Mendes
(PPS-RO), Aldo Rebelo (PCdoB-SP),
Reinhold Stephanes (PMDB-PR), Valdir
Colatto (PMDB-SC), Eduardo Sciarra
(DEM-PR) e Duarte Nogueira (PSDBSP). Votaram contra o relatório os deputados Ivan Valente (Psol-SP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Dr. Rosinha
(PT-PR), Ricardo Trípoli (PSDB-BA) e
Sarney Filho (PV-MA).
Resumirei aqui os principais pontos
do relatório que altera a atual legislação
ambiental territorial brasileira, de total
interesse ao setor produtivo rural:
1 - Moratória do desmatamento: fica
proibido o desmatamento de áreas com
vegetação nativa para substituir por agricultura e pecuária em qualquer lugar do
Brasil, pelo período de 05 (cinco) anos.
Em contrapartida, as áreas que estavam
com exploração consolidada até julho de
2008 deverão ser regularizadas. Nesse
tempo, os proprietários rurais deverão
fazer um Programa de Regularização
Ambiental (PRA), onde devem se adequar à lei. Nesse mesmo período de cinco anos, a União e Estados deverão fazer
o Zoneamento-Ecológico-Econômico e
os planos de bacia, instalar os comitês
de bacia hidrográfica e elaborar seus
programas de regularização ambiental,
diminuindo o prazo para o produtor recompor as matas de 30 (trinta) para 20
(vinte) anos.
3 – Reserva florestal legal: os imóveis rurais de até 4 (quatro) módulos
fiscais ficarão desonerados da obrigação
de recompor a reserva legal, mas não poderá haver nenhum corte na vegetação
remanescente, mantendo-se, porém, os
percentuais de reserva florestal iguais
aos atuais para as demais propriedades,
ou seja, 80% da vegetação nativa na área
de floresta da Amazônia Legal, 35% do
Cerrado e 20% da vegetação no resto do
País, podendo-se somar, no entanto, as
Juliano Bortoloti - Advogado
Departamento Jurídico Canaoeste
áreas de preservação permanente neste cômputo. A compensação da reserva
florestal para as propriedades que não
possuem vegetação suficiente a averbála poderá ser feita fora do imóvel, desde
que no mesmo bioma ou até mesmo através de aquisição e doação ao Estado de
áreas localizadas no interior de unidades
de conservação, dentre outras possibilidades. Os Estados, ainda, poderão aumentar ou diminuir as áreas de reserva
de acordo com o seu zoneamento-ecológico-econômico. Reduziu, por fim, o
prazo de recomposição da Reserva Legal
de 30 para 20 anos.
4 – Área de preservação permanente de hidrografia: ficam mantidos
os limites das áreas de preservação permanente da forma como é atualmente,
porém, isso passa a ser medido a partir
da calha normal do curso d’água, havendo, dessa forma, uma remodulação
do conceito atual de área de várzea.
Diminuiu-se, também, para 15 metros a
APP de cursos d’água até 5 (cinco) metros de largura. As áreas de várzea com
exploração consolidadas poderão continuar a serem exploradas, desde que de
forma sustentável. O relatório tornou
mais rígida a obrigação de recomposição de Área de Preservação Permanente
(APP), deixando claro que os proprietários serão punidos caso não a façam.
Estas são, em suma, as principais alterações que refletirão diretamente nas
atividades produtivas no campo, ficando
certo de que é apenas o primeiro passo
para a alteração definitiva do atual Código Florestal, posto que a votação final
no plenário da Câmara Federal ainda não
tem data marcada para tanto. RC
Revista Canavieiros - Julho de 2010
19. 19
Notícias do Setor
Usina Santa Adélia recebe visita
de Embaixador dos EUA
Carla Rodrigues
Thomas Shannon, embaixador dos Estados Unidos no Brasil esteve
na Usina Santa Adélia para conhecer produção brasileira de etanol
N
o dia 07 de julho, a Usina Santa
Adélia, localizada em Jaboticabal, recebeu a visita do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, nomeado pelo presidente
Barack Obama, em maio de 2009.
Foi a primeira vez que ele esteve dentro de uma usina e pôde conhecer de perto
desde o cultivo da cana-de-açúcar até as
etapas de fabricação do produto e gostou
bastante do que viu. “Estou satisfeito com
tudo o que estou vendo, realmente o Brasil tem muito a oferecer em etanol, biodiesel e em experiência principalmente”.
Os Estados Unidos confiam na tecnologia para o etanol de segunda geração,
já que oferta de etanol ainda é inferior
a sua demanda, que cresce constantemente. “Precisamos começar a trabalhar
juntos e investirmos na tecnologia de segunda geração, se for preciso”.
Apesar de a Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental (EPA, na
sigla em inglês) ter anunciado no início do ano que o etanol brasileiro de
cana-de-açúcar reduz as emissões de
gases de efeito estufa (GEE) em 61%
em relação à gasolina, reconhecendoo como um biocombustível avançado,
as tarifas impostas pelo país não foram
retiradas, o que causa desconforto entre os países.
Desde que assumiu o cargo, o embaixador afirma querer aprofundar as relações
entre Brasil e Estados Unidos, mas para
isso terá que trabalhar em cima da principal
cultura do Brasil, que é a cana-de-açúcar e
também ter metas como o país.
“Temos que nos ajudar. Os Estados
Unidos, assim como o Brasil, têm metas a atingir em biocombustíveis, hidrelétricas e energia. Vamos continuar
trocando informações para atender cada
vez melhor a população mundial”, explicou Shannon. RC
Revista Canavieiros - Julho de 2010
22. 22
VI Agronegócios Copercana:
supera expectativas
Entrada da Feira
Carla Rossini
O
Feira realizada nos dias 23, 24 e 25 de junho agradou expositores e visitantes
VI Agronegócios Copercana
realizado no Clube de Campo
Vale do Sol, em Sertãozinho,
nos dias 23, 24 e 25 de junho superou
as expectativas dos organizadores em
público e negócios. Cooperados de toda
a região prestigiaram a feira, que estava
repleta de novidades em máquinas, equipamentos e produtos para as lavouras de
cana, soja, amendoim e milho. Mais de
70 expositores formaram uma vitrine aos
olhos dos produtores rurais que passaram pela feira.
Os negócios realizados durante a feira totalizaram aproximadamente R$ 80
Sala de negócios
milhões, o que demonstra que o evento,
que já se tornou tradicional, está melhor
a cada edição. Segundo o gerente comercial da Copercana, Frederico José
Dalmaso, “os cooperados que esperaram a feira para comprar seus produtos
e equipamentos conseguiram obter bons
negócios”, disse.
Durante o VI Agronegócios Copercana
foram comercializados 62 mil toneladas
de fertilizantes. “A Copercana se preparou para atender as necessidades dos seus
cooperados e vem desempenhando esse
papel com muito respeito e dedicação.
As vendas durante a feira foram excelentes e conseguimos mais uma
vez atingir nossos objetivos”,
acrescentou Frederico.
Para conseguir realizar os
melhores negócios aos cooperados, os prazos de pagamentos foram definidos de acordo
com a safra. “Para o produtor rural conseguir fazer suas
compras é preciso dar suporte e a cooperativa faz isso. O
Revista Canavieiros - Julho de 2010
nosso interesse é atender as necessidades
dos cooperados, dando boas condições
de compra”, disse Pedro Esrael Bighetti,
diretor da Copercana.
Além dos adubos e defensivos, também foram comercializados diversos
materiais para a atividade agrícola, como
calcário, máquinas e equipamentos. Segundo o presidente da Copercana, Sicoob Cocred e da feira, Antonio Eduardo Tonielo, a retomada de negócios por
parte do setor sucroenergético ajudou a
garantir os bons resultados desta edição.
“O produtor está mais otimista e sabe
que faz parte de um setor promissor. Por
isso visitou a feira e realizou suas compras”, disse Tonielo.
O presidente também lembrou que
as cooperativas fizeram sua parte para
garantir os bons negócios. “Disponibilizamos mais crédito e facilitamos as
negociações. Isso é o que o cooperado
precisa”, finalizou.
Em 2010 a programação do Agronegócios Copercana estava mais atrativa.
23. Reportagem de Capa
23
Em virtude dos jogos do Brasil na Copa
do Mundo, televisores espalhados pela
feira transmitiram os jogos. Os visitantes também puderam adquirir produtos
do HC Criança e, assim, ajudar o projeto que compreende a construção de um
hospital próprio para atendimento de
crianças. Outra atração que agradou os
visitantes foi a degustação e a venda de
cortes especiais de carne de cordeiro.
Antônio Eduardo Tonielo fez a
abertura oficial da feira
Manoel Ortolan, Pedro Esrael Bighetti, Nério Costa (prefeito
de Sertãozinho), Antônio Eduardo Tonielo, Francisco Urenha e
Marcelo Pelegrini, sec. da Indústria, Comércio e Agricultura
Palestras sobre ovinos e gados de leite e de corte também atraíram os cooperados.
Transmissão dos jogos da Copa
Exposição dos Cordeiros do
Confinamento da Copercana
As palestras sobre ovinos e gados
de leite e de corte também atraíram os
cooperados. Os temas abordados foram: custos nutricionais na ovinocultura; sanidade ovina; fisiologia da Vaca
(em linguagem prática): da secagem ao
pós-parto e início de lactação; feridas
desafiantes (filariose e outras lesões no
aparelho mamário), tratamento e controle” e manejo operacional em sistemas de
confinamento. As palestras foram apresentadas por profissionais das empresas
Tortuga, Hipra e Vansil.
A exemplo dos anos anteriores, o tradicional rally de visita aos expositores
foi sucesso. Os três ganhadores das TVs
de 42” LCD foram: André Luís Fonseca
Azevedo (Sales Oliveira); Mário Rubens
Meirelles Vilela (Ribeirão Preto) e Ronaldo Genari (Pontal). RC
Pedro Esrael Bighetti faz a entrega
da 1ª televisão sorteada ao cooperado
André Luís Fonseca
Durante o evento os visitantes puderam
participar de uma degustação da
Carne de Cordeiro
A Biocoop - projeto do sistema que visa o
desenvolvimento sustentável - esteve presente na
feira demonstrando o trabalho realizado e fazendo
doação de mudas de árvores aos cooperados
Diretores do Sistema Copercana,
Canaoeste e Sicoob Cocred
e do Bancoob no estande da
Revista Canavieiros, que recebeu
visitantes e distribui seus
exemplares gratuitamente
Comercialização de cortes de Cordeiros
Revista Canavieiros - Julho de 2010
24. 24
Destaque
Ceise comemora Dia da Indústria
Diretores e gerente do sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred foram homenageados
P
ara comemorar o seu 30º aniversário de fundação e o Dia da
Indústria, o Ceise Br realizou
evento que reuniu empresários, autoridades e personalidades de destaque do
setor. Na ocasião, os ex-presidentes da
entidade receberam quadros de agradecimento pelas participações decisivas
na história do Ceise.
Durante o seu discurso, o presidente do Ceise Br, Adézio José Marques,
ressaltou a importância da entidade e o
pioneirismo de seus fundadores na representação do empresariado. “Há exatamente 30 anos, empresários de Sertãozinho entenderam que naquela época
seria importante constituir uma entidade
que pudesse promover a integração entre
empresários locais e da região e, assim,
viabilizar ações para auxiliar no crescimento da indústria”, lembrou.
O presidente fez questão de frisar
ainda em seu discurso que a entidade
nasceu, foi fortemente constituída,
cresceu, amadureceu, assumiu papel
de representante da indústria de bens
de capital voltada ao setor sucroenergético, passou a ter abrangência nacional e vem atuando a cada dia para
estimular o desenvolvimento tecnológico de toda a cadeia produtiva nacional. “Entendemos que juntos somos
mais fortes”, acrescentou.
Homenagens
Em seguida, foram iniciadas as homenagens, onde os diretores atuais foram
chamados ao palco para se revezarem na
entrega dos quadros aos ex-presidentes
da entidade e aos parceiros de história
que contribuíram com esse sucesso.
Os diretores e gerente do sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred foram homenageados nas seguintes representações: Pedro Esrael Bighetti como
diretor da Copercana; Márcio Fernando
“Há exatamente
30 anos, empresários
de Sertãozinho
entenderam que naquela época seria
importante constituir
uma entidade que
pudesse promover a
integração entre empresários locais e da
região e, assim, viabilizar ações para auxiliar no crescimento
da indústria”
Meloni como superintendente do Sicoob
Cocred; Manoel Ortolan como presidente da Canaoeste, diretor da Orplana
e representando a ABAG Ribeirão Preto
e Antonio Eduardo Tonielo como presidente do Sindicato Rural e Patronal de
Sertãozinho. RC
Texto cedido pelo Jornal Agora
Sertãozinho e adaptado pela equipe de
redação da Revista Canavieiros
Fotos Divulgação
Revista Canavieiros - Julho de 2010
25. 25
CIESP realiza encontro para empresários da região
Carla Rodrigues
Evento aconteceu em Sertãozinho para discutir oportunidades no setor de petróleo e gás
N
o dia 1º de julho, o Teatro Municipal de Sertãozinho serviu de
palco para a apresentação de um
“Portal de Oportunidades”, o Programa
de Mobilização da Indústria Nacional
de Petróleo e Gás Natural (Prominp) organizado pelo Ciesp em parceria com a
Petrobras e a prefeitura.
Essas reuniões tiveram início no mês
de maio em todo o Estado paulista, com
o objetivo de incentivar os empresários à
qualificação profissional para produção e
aproveitar as oportunidades que aparecerão com a exploração de petróleo e gás
na camada do pré-sal.
O encontro reuniu empresários da
cidade e região que, durante o evento,
ouviram palestras de executivos da Petrobras e do Prominp – órgão vinculado
ao Ministério de Minas e Energia – sobre
como trabalhar no setor de petróleo e gás
por meio do “Portal de Oportunidades” e
do Cadastro Corporativo da estatal.
Estiveram presentes autoridades,
como o presidente do Ciesp e Ceise Br,
Adézio Marques, Marcelo Pelegrini, secretário da Indústria e Comércio de Sertãozinho, o prefeito Nério Costa, Sérgio
Gima, gerente de Infraestrutura do Ciesp,
José Renato de Almeida, coordenado
executivo do Prominp e Elieu Martins,
da Petrobras.
De acordo com Adézio Marques, esse
tipo de evento ajuda a fomentar as indústrias da nossa região, principalmente na
cidade de Sertãozinho e destaca a importância de uma estatal como a Petrobras.
“A Petrobras nos ensina a ser uma empre-
sa de excelência, que sabe identificar as
perspectivas de mercado. Para isso, nos
próximos cinco anos ela pretende investir aproximadamente R$ 230 bilhões”.
Para o prefeito de Sertãozinho, esse
encontro significa um primeiro passo
para o futuro da cidade, que aspira pela
criação de um grande Centro de Pesquisa
Tecnológica no município. “Estamos desenvolvendo cursos para preparar os profissionais jovens e assim podermos inserir todos na matriz energética, e, além
disso, teremos bolsa preparatória para
que todos possam atender as necessidades da Petrobras”, disse Nério Costa. RC
Revista Canavieiros - Julho de 2010
26. 26
Informações Setoriais
CHUV
AS DE JUNHO
e Prognósticos Climáticos
No quadro a seguir, são apresentadas as chuvas do mês de JUNHO de 2010.
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Assessor Técnico Canaoeste
O Mapa 1 abaixo, mostra que, no
período de 14 a 16 de JUNHO, o índice de Água Disponível no Solo, na área
sucroenergética do Estado de São Paulo,
apresentava-se como médio e até crítico,
com exceção da região de Ourinhos.
A média das observações de chuvas, durante o mês de JUNHO, “ficou”
abaixo (quase a metade) da média das normalidades climáticas de todos
os locais informados. Apenas nas Usinas Ibirá e Batatais, bem como em
São Simão Ciiagro/IAC as chuvas foram próximas das respectivas médias históricas.
Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 14 a 16 de JUNHO de 2010.
Revista Canavieiros - Julho de 2010
Os índices de Disponibilidades Atuais de Água no Solo mostraram significativas diferenças entre os finais de
JUNHO de 2009 (Mapa 2) e deste ano
(Mapa 3). Ao final de JUNHO de 2010,
praticamente toda área sucroenergética
do Estado (salvo parte da região de Ourinhos e um pouco mais acentuada que em
meados de JUNHO) encontrava-se com
muito baixa Disponibilidade de Água no
Solo, mesmo a 50cm de profundidade
Mapa 2:- Água Disponível no So
27. 27
situação em que, com temperaturas amenas a baixas, a literatura assinala haver
sensível redução da atividade radicular
e, em consequência, a aérea (considerar
tais impactos na parte aérea de canaviais
adultos); enquanto que, ao final de JUNHO de 2009, a baixa Disponibilidade
Hídrica ocorreu apenas em faixas Norte
e Noroeste do estado de São Paulo.
Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume o
prognóstico climático de consenso entre
INMET-Instituto Nacional de Meteorologia
e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de julho a setembro.
• Prevêm-se temperatura média ligeiramente acima das normais climáticas nas
Regiões Centro Oeste e Sudeste, com exceção das faixas Sul dos Estados de São Paulo
e Mato Grosso do Sul. Para os Estados do
Paraná, Rio Grande do Sul e faixas Sul dos
Estados de São Paulo e Mato Grosso do
Sul estão previstas temperaturas próximas
às respectivas médias, com possibilidades
de entradas de massas frias mais intensas
entre os meses de julho e agosto;
• Para os meses de julho a setembro
as chuvas poderão “ficar” próximas às
médias históricas em todos estados das
Regiões Centro Oeste e Sudeste, porém
olo ao final de JUNHO de 2009.
ligeiramente abaixo das respectivas normalidades nas faixas Sul dos Estados de
São Paulo e Mato Grosso do Sul (vide
Mapa 4); e, abaixo das médias nos estados da Região Sul do Brasil;
• Como referência de normais climáticas de chuvas para Ribeirão Preto e
municípios vizinhos, pelo Centro AptaIAC, são de 20mm em julho e agosto, e
de 50mm em setembro.
A SOMAR Meteorologia, também prevê que as chuvas poderão ser entre próximas das respectivas médias climáticas
nos meses de julho a setembro, em toda
região de abrangência CANAOESTE.
Entretanto, como já está instalado o fenômeno La Niña (contrário de El Niño),
a SOMAR assinala que se observa mais
incertezas climáticas que em período de
manifestação de El Niño e prevê, ainda,
idêntico prognóstico para o mês de outubro, ou seja, próxima à normalidade.
Quanto às condições climáticas para
estes meses de meio de moagem desta safra - julho a setembro, A CANAOESTE
sugere aos produtores de cana que primem
em operações de colheita e aproveitem ao
máximo os dias e tempos disponíveis;
bem como, que efetuem os necessários e
aprimorados tratos culturais, visando às
crescentes demandas por matéria prima
nas próximas duas safras. RC
Mapa 4:- Adaptação pela CANAOESTE do
Prognóstico de Consenso entre INMET e INPE
para o trimestre julho a setembro
Estes prognósticos serão revistos a
cada edição da Revista Canavieiros e fatos ou prognósticos climáticos relevantes
serão noticiados em nosso site:
www.canaoeste.com.br
Persistindo dúvidas, consultem os
Técnicos mais próximos ou através do
Fale Conosco CANAOESTE.
Mapa 3:- Água Disponível no Solo, 50cm de profundidade, ao final de JUNHO de 2010.
Revista Canavieiros - Julho de 2010
28. 28
Pragas e Doenças
Broca da Cana-de-açúcar! Uma praga
“quase” invisível, mas que provoca
grandes prejuízos à cultura
Marcelo de Felício, Eng. Agrônomo Canaoeste - Pitangueiras/SP
A
broca Diatraea saccharalis é uma das pragas mais
prejudiciais aos canaviais
brasileiros. Sendo um inseto de metamorfose completa, apresentando
desenvolvimento holometabólico, ou
seja, passa pelas fases de ovo, larva,
pupa e adulto, e sua ocorrência nas
Américas sendo popularmente conhecida como broca-da-cana por ser
uma das principais pragas da cultura,
onde causa diversos prejuízos.
Durante o período larval, o inseto
sofre de cinco a seis ecdises. Ao atingirem o completo desenvolvimento larval, em média 40 dias, medem de 2,2
a 2,5 cm de comprimento, com coloração amarelo-pálida e cabeça marrom.
Antes de se transformarem em pupas,
as lagartas abrem um orifício para o
exterior do colmo da cana, fechando-os
com fios de seda e serragem. As pupas
medem cerca de 1,7 cm de comprimento e 0,4 cm de largura. Inicialmente,
possuem coloração marrom clara, mas
com o desenvolvimento
vão adquirindo coloração mais escura,
durando esse
estágio de
nove a quatorze dias.
O adulto
emerge pelo
orifício
anteriormente feito pela lagarta. O ciclo
biológico completo leva cerca de cinquenta e três a sessenta dias.
Suas posturas ocorrem frequentemente nas folhas ainda verdes, tanto na face
inferior quanto superior do limbo foliar,
e, ocasionalmente na bainha. São de formato oval e achatado, sendo depositadas
em grupos de forma embricada, onde
um ovo cobre 2/3 ou a metade do que
vem logo a seguir. Essas quantidades de
ovos, de números bastante variáveis se
assemelham à escama de peixe ou coro
de cobra. A coloração inicial dos ovos é
amarelo-pálida e com o desenvolvimento embrionário vai adquirindo tonalidade rósea até chegar ao marrom-escuro,
quando é possível visualizar as cápsulas
cefálicas. A duração desta fase pode variar, principalmente, em função da temperatura, sendo nas condições brasileiras
de uma a duas semanas.
As lagartas eclodem após quatro a nove
dias e dirigem-se para a região do cartucho
da planta à procura de abrigo e alimentamse através da raspagem da folha ou da casca do entrenó em formação, permanecendo ali por uma a duas semanas. E logo a
seguir sofrem uma a duas ecdises (troca de
pele), quando iniciam a perfuração do colmo. O orifício de entrada da broca geralmente localiza-se próximo à base do entrenó, porção mais mole, perfurando a região
do palmito da planta. Ocasionalmente, as
lagartas podem construir galerias circulares no sentido transversal, enfraquecendo
o colmo e deixando mais suscetível à quebra ou acamamento.
Figura 1 - Ciclo reprodutivo da broca “Diatrea saccharalis” - fonte CTC.
Quanto à época de ocorrência.
O ataque da broca na cana-de-açúcar
ocorre durante todo o seu desenvolvimento. Nota-se que a incidência é menor quando a cana é jovem e não apresenta entrenós formados, aumentando
os danos com o crescimento da planta.
No entanto, esse comportamento pode
variar em função da época do ano e da
variedade de cana. Em geral, as canas-
Revista Canavieiros - Julho de 2010
plantas sofrem ataques mais severo
quando comparadas às socas. Isso ocorre pelo fato da cana nova possuir um
maior vigor vegetativo e ficar exposta
durante um período maior à praga. Ao
mesmo tempo nesses canaviais, a atuação dos inimigos naturais é menor em
função das diversas práticas culturais
visando à instalação da cultura.
29. 29
Quanto aos danos provocados.
A fase larval é a que gera prejuízos à
cultura da cana-de-açúcar, sua ocorrência pode ser extremamente destrutiva,
chegando a inviabilizar o canavial dependendo da intensidade de ataque.
A broca da cana pode causar danos
diretos e indiretos. Os danos diretos
decorrem da alimentação do inseto e
caracterizam-se por perda de peso do
tolete, devido à abertura de galerias no
entrenó, morte da gema apical da plan-
ta, mais conhecido como “coração morto”, encurtamento de entrenó, quebra da
cana, enraizamento aéreo e germinação
das gemas laterais. Esses danos ocorrem
isoladamente ou associados, o que pode
agravar os prejuízos.
Os danos indiretos são causados por
microrganismos que invadem o entrenó através do orifício aberto na casca
pela lagarta. Esses microrganismos,
predominantemente, fungos (Fusarium
e Colletotricum), invertem a sacaro-
se armazenada na planta, provocando
perdas pelo consumo de energia no
metabolismo de inversão e pelo fato
dos açúcares resultantes desse desdobramento não se cristalizarem no processo industrial. Entretanto, quando a
matéria-prima se destina à produção
de álcool, o problema é mais grave,
pois os microrganismos que penetram
no entrenó aberto contaminam o caldo
e concorrem com as leveduras na fermentação alcoólica.
Quanto ao controle da broca
No que se diz a respeito ao controle
da broca da cana, podemos dividir de
duas maneiras, “Controle Químico” e
“Controle Biológico”.
Sendo que, a partir do momento em
que a broca penetra no colmo da cana,
o controle químico, com o uso de inseticidas, torna-se mais difícil. Dependendo pode-se levar em consideração
o alto custo, tendo que ser aplicado de
avião e a baixa eficiência dos produtos
que são incapazes de atingir as lagartas
no interior dos colmos. Uma alternativa
interessante e ecologicamente desejável
é o uso de inimigos naturais da broca
que são eficientes em localizar as lagartas dentro das galerias e específicos no
modo de atuação.
Para o controle da broca-da-cana
é usado a Cotesia flavipes, uma vespa
endoparasitóide originária da Índia e do
Paquistão que foi introduzida no Brasil
em 1974, para ser utilizada no controle
de lagartas da broca-da-cana.
Atualmente obtém o maior sucesso
em áreas que as lagartas já se encontram
Figura 2 - Ciclo reprodutivo da vespinha “Cotesia flavipes” - fonte CTC.
dentro dos colmos da cana. As vespas
parasitóides desenvolvem-se dentro das
larvas ou das pupas de outros insetos
Figura 3 - vespinha no momento da ovoposição. - fonte CTC.
Neste caso, a “vespinha”, como é comumente
chamada, irá ovopositar
(sentará em cima da broca para colocar seus ovos)
na lagarta e esta tem seu
desenvolvimento dentro
das lagartas, matando-as
e evitando o aumento da
praga, conseqüentemente
diminuindo o dano provocado na cultura
de cana-de-açúcar.
A liberação das vespinhas a campo
ocorre com base na densidade populacional da broca para saber onde, quando
e quanto liberar.
Então, faz-se um levantamento da
densidade populacional da broca (coleta). Isso é feito a cada três a quatro meses
após o plantio da cana-planta e três a quatro meses depois de cortada cana-soca. O
levantamento ou coleta é feito nas ruas de
cana conforme mostra a figura de n° 5.
Revista Canavieiros - Julho de 2010
30. 30
Pragas e Doenças
Figura 5 - Esquema de levantamento populacional da broca - fonte CTC.
Após o levantamento populacional
das brocas, se houver necessidade,
pegam-se os copos com as vespinhas
já eclodidas e levam ao campo. Os
copos são distribuídos em uma rua
deixando-os destampados enquanto
os funcionários vão andando com um
distanciamento de 50 metros entre
um copo e outro, visto que é a distância máxima em que a vespa consegue
se deslocar.
Figura 6 - Esquema para liberação á campo da vespinha “Cotesia flavipes” - fonte CTC.
Conclusão.
Os danos causados pela broca influenciam principalmente na produtividade e
qualidade da cana-de-açúcar.
O controle biológico da Diatraea saccharalis pelo parasitóide Cotesia flavipes é uma
prática cada vez mais utilizada nas regiões
onde se cultiva a cana-de-açúcar, além da
eficiência comprovada desta vespinha em
Revista Canavieiros - Julho de 2010
parasitar a praga e da dificuldade em controlar a broca com produtos químicos, este método possui ainda algumas vantagens, tais
como: facilidade de criação em laboratório
e liberação no campo, interrupção do ciclo
evolutivo da praga, não provoca desequilíbrio à fauna benéfica e não deixam resíduos.
Portanto, o controle biológico traz somente
benefícios às usinas e ao meio ambiente.RC
31. 31
Artigo Técnico
PRODUTOS CTC
Centro de T
ecnologia Canavieira - CTC
1
- INTRODUÇÃO – Os Produtos
CTC são tecnologias disponibilizadas pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) às suas associadas e que fazem parte da contribuição
associativa, sem custo adicional na
sua utilização. Os produtores de cana
de Associações de Fornecedores filiadas ao CTC têm direito à utilização dessas tecnologias (figura 1).
2 – Produtos CTC
2.1 - VARIEDADES CTC - O Programa de Melhoramento Genético desenvolvido pelo Centro de Tecnologia
Canavieira foi iniciado em 1969 pela
Copersucar. Até 2004 foram recomendadas para plantio comercial 53 variedades
SP. Entre 2005 e 2009 foram liberadas
comercialmente 20 novas variedades,
agora denominadas variedades CTC e
que já apresentam área plantada bastante expressiva nas associadas (figura
2). Eventos regionalizados (CanaShow
e Reuniões Técnicas) são realizados
anualmente para divulgar as variedades
CTC. Os dados do CTC mostram um
ganho anual acima de 2% pela utilização das variedades do seu programa de
melhoramento. Suas características estão disponibilizadas aos associados no
site do CTC, bem como os ambientes
edafoclimáticos para plantio e a época
recomendada para colheita.
2.2. - MUDA SADIA - O CTC mantém regionalizado um corpo técnico
que orienta e treina os profissionais das
associadas. Disponibiliza clones promissores que serão futuras variedades
CTC; acompanha e auxilia na condução
técnica dos viveiros de mudas, tratamento térmico, roguing; capacita o corpo técnico da associada com diagnóstico, mapeamento e controle de pragas e
doenças; auxilia no planejamento varietal e ainda oferece treinamentos sobre
essas técnicas. Seguindo as recomendações indicadas pelo programa estima-se
que haja um ganho anual em torno de
3 toneladas de cana por hectare com a
implantação deste produto.
Figura 1 – Produtos CTC (tecnologias disponibilizadas aos associados).
Figura 2 - Evolução do plantio das Variedades CTC (fonte: Censo Quantitativo CTC)
2.3 - PÓLOS REGIONAIS – O
CTC implantou um pólo de avaliação varietal em cada associada,
onde cada clone é avaliado sob as
condições edafoclimáticas e de manejo locais, permitindo a obtenção
de futuras variedades que atendam
plenamente as necessidades individuais de cada cliente. Assim, o CTC
disponibilizará cada vez mais, variedades regionalizadas com ganhos
adicionais ao produtor.
2.4 - CARTAS DE SOLO E AMBIENTES DE PRODUÇÃO EDAFOCLIMÁTICOS - O conceito de Ambiente de Produção foi desenvolvido
pelo CTC na década de 90 através de
estudos relacionando banco de dados
de produtividade em áreas comerciais
com diferentes tipos de solos e climas
em várias safras e em diversas localidades; visando a alocação correta das
variedades. Todas as associadas ao
CTC têm o direito de mapear e classi-
Revista Canavieiros - Julho de 2010
32. 32
Artigo Técnico
ficar os solos em suas áreas (figura 3),
podendo usufruir de seus benefícios,
aumentando sua produtividade.
Figura 3 – Classificação de Ambientes de produção para alocação correta de variedades.
2.5 - TREINAMENTO A DISTÂNCIA - O CTC disponibiliza em
seu site, com acesso fácil e prático;
cursos, seminários, artigos e palestras com conteúdo abrangente e
acesso permitido a todas as associadas (figura 4). Oferece flexibilidade
ao aluno quanto a horários e locais
e possibilidade de acesso ao material quantas vezes for necessário. Já
são 2 anos do portal de treinamento a
distância com mais de 12.000 alunos
inscritos e com 43 cursos disponíveis
nas áreas agrícola, industrial, meio
ambiente e auto desenvolvimento.
Neste período, 95% das associadas já
matricularam seus funcionários.
Em abril de 2010 o CTC implementou novos aplicativos de gestão,
de administração, de extração de relatórios e de criação de perfis diferenciados onde os gestores de RH
das associadas poderão acompanhar o
desenvolvimento de seus colaboradores matriculados nos cursos do CTC.
Desenvolveu ainda ferramentas colaborativas que possibilitam a criação
de estratégias educativas para os usuários, que contribuirão na construção
do conhecimento através da discussão
e da reflexão dos conteúdos.
Figura 4 - Treinamentos à distância oferecidos pelo CTC.
Figura 5 – CTCSat mostrando as diferenças em produtividades na propriedade.
Revista Canavieiros - Julho de 2010
2.6 - CTCSat – Produto disponibilizado com o objetivo de auxiliar os
produtores rurais na tomada de decisões. Oferece às associadas mapas
gerenciais através de duas imagens
de satélite anuais que mostrarão os
detalhes da lavoura onde o produtor
poderá identificar as principais alterações em produtividade ocorridas no
canavial, pela diferenciação nas cores,
inclusive no interior do talhão, onde
há maior dificuldade de acompanhamento. O mapa gerencial (figura 5)
detalha áreas prioritárias onde são necessárias intervenções para correção
do problema apresentado.
2.7 - PROFICIÊNCIA LABORATORIAL - Este programa tem como
objetivo determinar o desempenho
dos laboratórios das associadas e contribuir na ampliação da credibilidade
33. 33
dos resultados nas análises realizadas.
Em Maio e Outubro são realizadas as
rodadas de comparação. Com isso, é
possível apurar o desempenho de cada
laboratório, avaliar cuidadosamente o
seu sistema de medição, levando-se
em consideração o treinamento dos
analistas, o procedimento analítico
aplicado, calibração dos equipamentos, qualidade dos materiais, enfim,
todos os componentes necessários
para o correto funcionamento do laboratório. Com isso é possível detectar
e identificar, onde necessário, ações
corretivas para agregar valor ao controle da qualidade.
2.8 - BOLETIM FORNECEDOR
- O Boletim Fornecedor dissemina
as tecnologias do CTC para o maior
número possível de fornecedores filiados. São enviados periodicamente
para serem publicados nas revistas
das associações de fornecedores e
também são disponibilizados no site
do CTC, no Portal de Treinamentos,
no setor “biblioteca” (figura 6). É uma
maneira de socializar as tecnologias
existentes no CTC para mais de dez
mil fornecedores filiados. Foram quase 30 boletins enviados e publicados
nas revistas desde 2007.
2.9 - ATENDIMENTOS E PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS – Após a
regionalização dos atendimentos em
2007, foram mais de 3.000 atendimentos às associações de fornecedores
filiadas (envio de matérias técnicas,
relatórios, avaliações, assistências téc-
nicas, visitas, etc.), mais de 1.000 visitas do gerente regional e/ou dos responsáveis pelos produtos Muda Sadia
e Carta de Solos e um número acima de
8.000 participantes em palestras, treinamentos, dias de campo, seminários e
eventos diversos (figura 7).
Figura 7 – Seminário estratégico do CTC sobre Ferrugem alaranjada.
3 - Considerações Finais
– O objetivo principal dos produtos CTC é disponibilizar as tecnologias existentes
aos seus associados. Esses produtos abrangem toda a cadeia produtiva da cana-deaçúcar, além das consagradas variedades (Figura 8). Consulte o agrônomo de sua associação, para maiores esclarecimentos sobre os produtos CTC. RC
Figura 6 - Boletim Fornecedor disponibilizado
na biblioteca do site do CTC
Figura 8 – Área de atuação da pesquisa do CTC.
Revista Canavieiros - Julho de 2010
34. 34
Safra de Grãos
Safra de Grãos mantém produção recorde
A
safra de grãos no Brasil, ciclo
2009/10, foi estimada, no dia 8
de junho, pela Conab em 146,75
milhões de toneladas. O resultado é do
10º levantamento e aponta colheita recorde de 8,6% a mais que as 135,13 milhões de toneladas da última safra. Com
relação ao levantamento de junho, houve
uma redução de 168,4 mil toneladas. O
motivo é a correção na área de plantio e
na produtividade do feijão terceira safra,
afetado pelo clima, no estado da Bahia.
Ainda assim, o quadro geral registra
boa produtividade do milho primeira
e segunda safras em alguns estados do
Centro-Sul. A soja deve alcançar 68,7
milhões de toneladas, 20,2% ou 11,5 milhões de toneladas a mais que na safra
anterior. Para o milho segunda safra, o
crescimento previsto é de 11,9%, com
um total de 19,41 milhões de toneladas.
A produção total do cereal deverá atingir
53,46 milhões de toneladas, somadas a
primeira e a segunda safras, com ganho
de 4,8% em relação ao período passado.
A colheita do milho primeira safra, no
país, está quase no final, enquanto o de
segunda safra está em cerca de 30%. Já
o feijão primeira safra foi todo colhido, o
de segunda está com 85% e o de terceira
com 35 %. No caso do arroz, o produto
já atinge 98% da colheita.
Área – O total de área plantada é de 47,34 milhões de hectares, inferior em 0,7% (338,9
mil ha) à safra 2008/09. O milho
segunda safra registrou aumento
de 3,9% (188,8 mil ha), passando
de 4,9 milhões de ha para 5,1 milhões de ha. A soja também teve
elevação de área de 7,4% (1,6
milhão ha). Também o algodão
teve aumento de área, com um
aumento de 3,3 mil ha, saindo de
843,2 mil há, no último período,
para 846,5 mil ha.
A área total de milho deve
chegar a 12,94 milhões de ha,
com redução de 8,7% sobre o
último período (14,17 milhões
de ha). Outros grãos não tiveram
o mesmo desempenho, como o
arroz (- 139,6 mil ha), o milho
primeira safra (-1,42 milhão ha)
e o feijão segunda safra (- 415
mil ha).
Os técnicos da Conab foram a
campo e ouviram representantes
de cooperativas e sindicatos rurais, órgãos públicos e privados
em todos os estados, no período
de 21 a 24 de junho. RC
Fonte: Conab
Brasil pode ampliar em 25% exportação de
produtos a base de amendoim em 2010
2
010 promete ser um excelente ano
para os fabricantes de produtos industrializados a base de amendoim,
que já estão contabilizando os bons resultados garantidos até agora. Em 2009,
as exportações do setor - que faturou R$
1,3 bilhão - chegaram a US$ 86 milhões.
Este ano, segundo previsão da Abicab
- Associação Brasileira da Indústria de
Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e
Derivados, o setor estima um crescimento superior a 25%, ou seja, que as vendas
externas saltem para US$ 107 milhões.
As vendas de doces e aperitivos salgados à base de amendoim durante os me-
ses de maio, junho e julho representaram
28% do faturamento total das indústrias
durante o ano Estima-se um aumento de
vendas de 50% em relação ao mesmo período de 2009. A Copa do Mundo foi um
dos fatores mais importantes no aumento
das vendas.
Tantos números positivos também resultam em geração de empregos. Se em
2009 foram criados 1 mil novos postos
de trabalho, a expectativa para 2010 é a
criação de 1.500 novas vagas, totalizando 17.500 empregos no setor. RC
Revista Canavieiros - Julho de 2010
Fonte: Abicab e Revista Folha Rural
36. 36
36
“General Álvaro
Tavares Carmo”
Manejo de Pastagens
Sylvio Lazzarini Neto
Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português
...que as palavras sejam melhores que o silêncio,
que o volume alto seja o valor das ideias e não o
da voz.Renata Sborgia
1)...e as pesquisas dizem para tomarmos muito “líquido”,
principalmente, água.
Prezados amigos leitores, recomendação correta, bem
como o Português escrito certo.
Agora, sem contestações: líquido (sem trema).
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o trema não existe mais (regra geral).
2)Resolveram levar adiante a separação judicial...
A base da exploração pecuária brasileira
deve ser o pasto. Afinal, o Brasil, país de clima eminentemente tropical, apresenta enorme
potencial de produção de forragens, com possibilidade amplas de operar com elevado índice
de lotação animal por unidade de pastagem, a
um custo baixo e, portanto, com muita competência. Será preciso, entretanto, valer-se de todos os benefícios decorrentes dessa, digamos,
vantagem competitiva. Não se deve esperar que
o nosso país venha a converter-se em um dos
líderes mundiais na produção de carnes bovinas
sem resolver, em sua plenitude, a questão, crucial, do manejo das pastagens.
É desse assunto que se trata o presente volume, elaborado por Sylvio Lazzarini Neto,
apoiado por sua equipe técnica. É o sexto volume da coleção lucrando com a pecuária.
Valendo-se de toda a sua experiência de pecuarista moderno, acostumado a lidar com as
tecnologias orientadas para a eficiência e a qualidade da produção animal, o autor e sua equipe se detêm no estudo da fisiologia das plantas
forrageiras, na seleção das gramíneas e leguminosas, nos trabalhos de formação e reforma de
pastos, nos diferentes sistemas de manejo das
pastagens e na avaliação econômica dessas atividades. A obra é de leitura indispensável para
quem quer avançar com segurança rumo à pecuária do século XXI.
Pedro, disse:
- Ficou uma “sequela” no meu coração...
Pedro, lamentável a separação...
Quanto à “sequela”?
Segue a Nova Regra Ortográfica a expressão: sem trema (regra geral)
Quanto ao coração?
Digam , prezados amigos leitores, algo para Pedro...
Talvez o famoso tempo?
3) Maria resolveu fazer uma “lista” das pessoas que precisa “aguentar” na família
e no trabalho...
Maria, quanto à escrita da expressão “aguentar”?
Corretíssima. Sem trema, conforme a Nova Regra Ortográfica (regra geral).
Agora, quanto à “lista”...
Prezados amigos leitores deixo para vocês concluírem!
PARA VOCÊ PENSAR:
“Neste poema claro, sobre mim quero escrever.
Neste momento raro em que me faço transparecer. Não tenho palavras doces que me possam definir. Só tenho a dizer que sou um ensaio do porvir.”
Ana Cláudia da Silva
“ Você tem que sonhar antes que
seus sonhos possam tornar-se realidade”
Adbul Kalam
*Texto retirado da sinopse do livro.
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar a
Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,
nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone (16)39463300 - Ramal 2016
marcia.biblioteca@canaoeste.com.br
Revista Canavieiros - Julho de 2010
Dicas e sugestões, entre em contato: renatacs@convex.com.br
* Advogada,Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários
livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.
37. 37
Eventos em Junho de 2010
Gestão e Tecnologia Agrícola no setor Sucroalcooleiro
Organização : PECEGE (Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas) - ESALQ/
USP
Inscrições: até 10/08/2010, pelo site www.pecege.esalq.
usp.br
Início das aulas: segunda quinzena de agosto (data a
definir)
Púbico Alvo: Profissionais relacionados ao Agronegócio, com curso superior completo, conhecimento básico do
Idioma Inglês e de Informática (usuário).
Local de realização das aulas: Campus/Esalq USP –
Piracicaba
Duração: 18 meses
Informações pelo e-mail: jessica@pecege.esalq.usp.br
ou pelo telefone: (19) 3434-1333.
XXVIII Congresso Nacional
de Milho e Sorgo
Empresa Promotora: Associação Brasileira de Milho e
Sorgo(ABMS) e IAPAR
Tipo de Evento: Congresso
Início do Evento: 29/08/2010
Fim do Evento: 02/09/2010
Estado: GO
Cidade: Goiânia
Localização: Centro de Exposições e Eventos de Londrina
Informações com: ABMS
Telefone: 31 3027-1186
E-mail: abms@cnpms.embrapa.br
43º Congresso Brasileiro de
Fitopatologia
Empresa Promotora: Sociedade Brasileira de Fitopatologia
Tipo de Evento: Congresso
Início do Evento: 15/08/2010
Fim do Evento: 19/08/2010
Estado: MT
Cidade: Cuiabá
Localização do Evento: Cuiabá
Informações com: Indústria deventos
Site: http://www.cpao.embrapa.br/eventos/congresso_
fitopatologia2010.jpg
Telefone: 65 3621.1314
Expo AgroRevenda 2010
Empresa Promotora: Global Pecus Eventos
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 13/09/2010
Fim do Evento: 14/09/2010
Estado: SP
Cidade: Limeira
Localização do Evento: Centro Municipal de Eventos
Informações com: Flávia Nakamura
Site: www.expoagrorevenda.com.br
Telefone: 11 5683.2717
E-mail: atendimento@agrorevenda.com.br
Revista Canavieiros - Julho de 2010
38. 38
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- 01 trator Massey Ferguson 292
4x4, ano 2006, com 1.150 horas de
uso;
-01 Trator Massey Ferguson 283
4x4, ano 1996;
- 01 Trator Valmet 1780 4x4 ano,
1994, com kits para reboque;
-01 Trator Valmet 78, simples, ano
1987;
- 01 Trator Ford 6610 4x4, ano
1986.
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(16) 39472984 ou (16) 92850920
VENDEM-SE
- 01 caixa d’água modelo australiana para 50.000 lts de água;
- 01 caixa d’água modelo australiana para 5.000 lts de água;
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- 01 transformador de 45 KVA;
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Preto na Fazenda Pipiripau, sob n° 13
Área 10,29,50 hectares ) - Matrícula
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Cidade: Ribeirão Preto - SP
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