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Revista Canavieiros - Julho de 2009

1
2

Revista Canavieiros - Julho de 2009
Editorial

Três anos de
circulação

N

este mês a Canavieiros celebra os três anos de circulação. Para comemorar esta
data, esta edição traz reportagens
especiais.
O Novo Código Ambiental Brasileiro é o assunto discutido na reportagem de capa. Com algumas
novas propostas, o Novo Código
já está no Congresso, mas ainda
gera muitas dúvidas nos produtores rurais e é isto que a reportagem
procurou esclarecer.
Ainda discutindo as leis que dizem respeito aos produtores, o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, traz o projeto de lei de mais
uma legislação ambiental a ser seguida, como a necessidade da adequação ao histórico da ocupação
territorial e também informações sobre a proibição legal da queima de
palha de cana-de-açúcar.
O entrevistado deste mês é o deputado federal Antônio Carlos de
Mendes Thame, que conversou
com a Canavieiros e expôs sua opinião em relação ao desafio da sustentabilidade que o país enfrenta e
da capacidade do trabalho realizado pelo governo.
Os colaboradores da área de
planejamento da Canaoeste assinam os artigos técnicos, que mostram o fechamento da safra 2008/
2009 e o plano de eliminação gradativa da queima da palha de canade-açúcar da safra 2009/2010.

Na secção Destaque estão os
bons resultados gerados durante o
V Agronegócios Copercana, realizado nos dias 24, 25 e 26 de junho, em
Sertãozinho. O evento reuniu autoridades do setor, mais de três mil visitantes e totalizou R$ 100 milhões
em negócios.
Em Notícias Copercana está o projeto de amendoim realizado pela Uname (Unidade de Grãos da Copercana)
e também os dias de campo Syngenta em parceria com a Copercana e Canaoeste durante o mês de junho para
cooperados e associados da região.
Para as Notícias Canaoeste, a Canavieiros esteve presente no IX Encontro Anual da Orplana, realizado em
Piracicaba. O evento reuniu lideranças do setor, que puderam contar com
a participação de cooperados e associados da Copercana e Canaoeste.
Os cooperados e associados também participaram de uma palestra realizada no auditório da Canaoeste
pelo engenheiro agrônomo Osvaldo
Chacarolli Júnior, responsável técnico da Casa da Agricultura de Sertãozinho, para os médios e pequenos
produtores sobre o FEAP (Fundo de
Expansão do Agronegócio Paulista).
Além disso, você não pode deixar de conferir as informações setoriais feitas pelo engenheiro agrônomo e consultor técnico da Canaoeste, Oswaldo Alonso.
Boa leitura!
Conselho Editorial

Revista Canavieiros Julho de 2009
Revista Canavieiros -- Julho de 2009

3
Indice

EXPEDIENTE

Capa

CONSELHO EDITORIAL:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson

Novo Código
Ambiental Brasileiro
já está no Congresso
Projeto prevê compensação
para produtores que preservam
o meio ambiente e transfere
para os Estados a decisão sobre
as áreas de reserva legal

Pag.
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22

EDITORA:
Cristiane Barão – MTb 31.814
JORNALISTA RESPONSÁVEL:
Carla Rossini – MTb 39.788

DESTA
DESTA QUES

OUTRAS

Entrevista

CONSECANA

DIAGRAMAÇÃO:
Rafael H. Mermejo

OPINIÃO

FOTOS:
Carla Rodrigues
Rafael H. Mermejo

Pag.

Antonio Carlos de
Mendes Thame
Deputado federal (PSDB-SP)

Pag.

"Falta tudo. O governo não
tem feito nada"
Pag.
Pag.

05

13

16

FENASUCRO

COMERCIAL E PUBLICIDADE:
(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
comercial@revistacanavieiros.com.br

DESTAQUE

INFORMAÇÕES
SETORIAIS

DEPARTAMENTO DE MARKETING
E COMUNICAÇÃO:
Ana Carolina Paro, Carla Rodrigues,
Carla Rossini, Daniel Pelanda,
Janaina Bisson, Letícia Pignata,
Rafael H. Mermejo, Roberta Faria da Silva.

Pag.

17

Pag.

24

Pag.

26

Pag.

30

ARTIGO
TÉCNICO II

IMPRESSÃO:
São Francisco Gráfica e Editora

32

ASSUNTOS
LEGAIS

TIRAGEM:
11.000 exemplares

Ponto de vista
Duarte Nogueira
Deputado Federal pelo PSDBSP, membro da Comissão de
Agricultura da Câmara e vicepresidente da Frente Parlamentar da Agropecuária - Sudeste
A experiência da Costa Rica
Pag.
Pag.

Notícias

08
08

10
Copercana
- Projeto Amendoim 08/09: boa
qualidade e controle de pragas
- Syngenta realiza dia de campo para
cooperados e associados
Notícias

Pag.

13
Canaoeste
- Orplana reúne lideranças do agronegócio
- FEAP é apresentado a produtores
- Netto Campello Hospital & Maternidade
inaugura a UCI
Notícias
Cocred
- Balancete Mensal

Pag.

CULTURA
Pag.

36

AGENDE-SE

Pag.

Pag.

Pag.

37

CLASSIFICADOS
Pag.

38

Artigo Técnico

4
4

Revista Canavieiros - Julho de 2009

A Revista Canavieiros é distribuída
gratuitamente aos cooperados, associados
e fornecedores do Sistema Copercana,
Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas
são de responsabilidade dos autores. A
reprodução parcial desta revista é
autorizada, desde que citada a fonte.
ENDEREÇO DA REDAÇÃO:
Rua Dr. Pio Dufles, 532
Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680
Fone: (16) 3946 3311

12

Fechamento da safra 2008/2009

ISSN:
1982-1530

Pag.
Pag.

28

www.revistacanavieiros.com.br
redacao@revistacanavieiros.com.br
Entrevista

Antonio Carlos de
Mendes Thame
Deputado federal (PSDB-SP)

"Falta tudo. O governo não
tem feito nada"
Revista Canavieiros: Para darmos
início a nossa entrevista, gostaria que
o senhor falasse um pouco sobre os
biocombustíveis brasileiros.
Mendes Thame: Os biocombustíveis possuem seis benefícios positivos.
1) Benefício macroeconômico – cada
barril de álcool que produzimos significa que temos que importar menos um
barril de petróleo. 2) Vantagem de Saúde Pública – foi o álcool que permitiu
que abolíssemos o chumbo tetrepila que
antes era misturado à gasolina, é altamente tóxico e alguns médicos dizem
que é cancerígeno. 3) Vantagem Ambiental – o álcool emite muito menos CO2
do que a gasolina. Portanto, polui menos e está dentro das normas do Protocolo de Kyoto. 4) Vantagem Energética
– queimando o bagaço da cana-de-açúcar conseguimos transformar o problema em solução: produzimos energia elétrica. 5) Redução de dependência de
outros países – diminuímos a nossa dependência de países árabes que vivem
em regiões com problemas políticos e
de segurança. 6) Questão Social – é o
mais importante de todos os benefícios.
Geramos emprego aqui no nosso país e,
consequentemente, renda e desenvolvimento a nossa população.

Carla Rossini

F

oi essa a resposta do deputado federal Antonio Carlos de
Mendes Thame (PSDB-SP)
quando questionado sobre o desafio da sustentabilidade, no âmbito
econômico, social e ambiental e o
que falta por parte do governo para

ajudar o Brasil a vencer esse desafio. O deputado concedeu entrevista a Canavieiros após uma palestra
proferida no auditório da Canaoeste para mais de 200 pessoas no dia
19 de junho. Leia, a seguir, a íntegra
da entrevista:

Revista Canavieiros: O senhor fez
uma palestra a poucos instantes para
mais de 200 pessoas ligadas à cadeia
da cana, açúcar e álcool. O momento
é favorável ou não para o setor?
Thame: O setor passa por um momento extremamente difícil, principalmente o produtor de cana que está tendo uma remuneração que não dá para
cobrir o custo de produção. O álcool
está sendo vendido a um preço muito
baixo. O presidente da República chamou os usineiros para uma conversa e
Revista Canavieiros - Julho de 2009

5
Entrevista
pediu para que não deixassem faltar ál- le acionário. Para essas empresas, esse
E em segundo lugar, no âmbito do
cool. E os usineiros aumentaram a pro- crédito do governo pouco ajuda.
Estado de São Paulo, estamos assisdução acreditando na promessa do goMas ele pode ajudar as empresas tindo a um processo para facilitar o cumverno de que iria abrir mercado no exte- que estão bem a comprar mais álcool primento do Código Florestal. No dia 7
rior para que pudessem exportar o pro- para estocar. Comprar de quem? Daque- de janeiro deste ano já foi baixado um
duto. Mas isso não aconteceu. Não las unidades que estão mal das pernas. decreto do governador permitindo a
houve um acordo bilateral para permitir Só que há uma outra dificuldade: quan- compensação em áreas fora da microa exportação de biocombustíveis. Au- do uma usina compra o álcool de outra, bacia e isso já está em estudo pela Sementou a produção de álcool, superan- tem que pagar o ICMS, e aí vai inibir cretaria do Meio Ambiente e vai ajudar
do a demanda interna e o que aconte- toda produção. Então temos que pleite- muito àqueles que têm condições de
ceu com esse álcool excedente? Foi de- ar junto ao governo do Estado, que a fazer a desafetação da sua área, e passovado no mercado interno e com isso incidência de imposto se dê no momen- sando a afetação de uma outra área,
os preços caíram. As unidades que pro- to da venda final, permitindo que uma numa região mais barata, numa região
duzem açúcar estão conseguindo expor- empresa possa vender para outra e não onde só tem florestas, como Vale da
tar a um preço bom e acabam minimizan- incida o imposto neste momento. Se isso Ribeira, Vale da Paraíba, onde essas áredo o prejuízo que estão tendo com o ocorrer, esse recurso do governo vai as inclusive sejam muito mais acessíálcool. Mas muitas destilarias só pro- poder fazer o seu efeito. Enquanto não veis aos produtores.
duzem álcool. Esses estão amargando houver essa autorização, essa posterPortanto, esses dois movimentos
uma situação extremamente difícil. Es- gação do referimento do imposto sobre estão em curso, e certamente ocorrerão
peramos que isso se ajuste o mais rápi- o álcool, dificilmente vai ter um impacto. rapidamente porque há uma data limite,
do possível para que o seque é o mês de dezembro
tor possa continuar ofere- “...tudo que nós conquistamos até agora de exportações deste ano, para que possa
cendo as seis vantagens
começar a ser cobrado de
dos biocombustiveis é fruto do desempenho e do
que eu citei anteriormente
todos os produtores a averempreendedorismo do produtor brasileiro...”
que temos, para criarmos
bação de sua reserva legal.
uma sociedade mais justa
e menos desigual.
Revista Canavieiros: Como está a
Revista Canavieiros: O senhor esE mais uma observação: o Estado questão do biodiesel brasileiro?
tava falando na palestra sobre o dede São Paulo criou um Protocolo anteThame: As ações do governo em safio da sustentabilidade, no âmbito
cipando o fim das queimadas. Quer di- relação ao biodiesel são lentas demais. econômico, social e ambiental. O que
zer, nem essa crítica que havia queima- Nós ainda importamos 20% do diesel falta por parte do governo para ajudas e podia trazer problemas para a saú- que é consumido no país, quer dizer, se dar o Brasil a vencer esse desafio?
de, nem isso mais teremos dentro de misturássemos 20% de biodiesel – um
Thame: Falta tudo, o governo não
um curto espaço de tempo.
diesel vegetal produzido a partir de plan- tem feito nada. Na verdade tudo que nós
tas, da agricultura – ao diesel mineral, conquistamos até agora de exportações
Revista Canavieiros: O governo seriamos autossuficientes. Não há ne- dos biocombustiveis é fruto do desemanunciou a liberação de R$ 2,5 bi- nhuma justificativa para essa mistura fi- penho e do empreendedorismo do prolhões para financiamento da estoca- car em 3 ou 4%. Daríamos um incentivo dutor brasileiro, que tem arcado com
gem de álcool das usinas. Mas quase maior à produção de biodiesel. O Brasil todos esses custos. Eu não tenho cotodas elas estão com problema de tem condições de produzir muito mais nhecimento de nenhum investimento do
inadimplência. O que o senhor tem a do que está sendo produzido.
governo federal, nenhum investimento
dizer sobre isso?
do Ministério das Relações Exteriores
Thame: Só o fato da Petrobras anunRevista Canavieiros: Os produtores no sentido de promover a abertura de
ciar que vai comprar álcool para fazer de cana estão muito preocupados com mercados para os produtos brasileiros.
estoques já ajudaria a melhorar o preço. a questão do Código Florestal. O que Não vejo também, do ponto de vista do
Não precisa comprar 1 litro, só anunciar. o senhor tem a nos dizer sobre isso?
governo, nenhuma iniciativa no sentiQuando o ministro da Agricultura era
Thame: Há dois movimentos, um do de construir um alcooduto que pero Roberto Rodrigues, fomos pedir a ele movimento é de nível nacional, no sen- mita a diminuição dos custos de transnum desses momentos difíceis, que fi- tido de permitir certas adequações no porte para facilitar a exportação do prozesse essa intermediação com a Petro- Código Florestal que viabilizem uma duto. Portanto, o governo federal, infebras. Ela fez o anúncio, o preço reagiu, conciliação entre a agronomia e a eco- lizmente, não começou a trabalhar. Alela não precisou comprar e já foi um alí- logia e isso é absolutamente viável. guns dizem que isso é vantagem porvio para o setor. E realmente, para as Tenho absoluta convicção de que esse que se até agora ele não fez nada e o
empresas que mais precisam, aquelas grande acordo será feito sobre o patro- Brasil tem conseguido exportar um pouque estão passando por uma situação cínio não só de ambientalistas e rura- co de álcool, na hora que ele entrar vai
desesperadora, que dificilmente vão listas, mas de pessoas que têm bom melhorar muito em relação a nossa caconseguir até sobreviver, possivelmen- senso e acreditam que essa união con- pacidade de exportação e de colocar esse
te, terão de vender parte do seu contro- tribui para o bem comum.
produto no mercado externo.

“

6

Revista Canavieiros - Julho de 2009
Revista Canavieiros - Julho de 2009

7
Ponto de Vista

A experiência da Costa Rica
Duarte Nogueira*

A

discussão sobre a reformulação do Código Florestal
deve estar baseada em critérios científicos. Do jeito que está colocada, transformou-se num embate
sem propósito entre ambientalistas e
setor produtivo, como se os dois
agentes fossem antagônicos. Por
isso, os tons vão subindo e o problema parece não ter solução. No
meio do impasse estão os produtores rurais, que não sabem para que
lado correr, especialmente no que diz
respeito às reservas legais, percentual de cada propriedade que deve
ser recoberto com floresta natural.
A reserva legal foi instituída no
Código Florestal de 1965, que também definiu os percentuais a serem
cumpridos. A Medida Provisória
2.166/67, que entrou em vigor em
agosto de 2001, alterou os percentuais: na Amazônia passou de 50% para
80%, no cerrado, de 20% para 35% e
nas áreas onde não havia imposição
de reserva legal, passou-se a exigir
20%. A alteração gerou resistências,
já que inverteu a orientação da lei:
em 1965, o objetivo era estimular a
expansão da atividade agropecuária
e agora, com a área de produção consolidada, exige-se que 20% das propriedades seja reflorestada.
Os produtores rurais alegam que,
sozinhos, não têm condições de arcar com os custos do reflorestamento e que não é possível repor em
pouco tempo o que foi retirado ao
longo de décadas. Além disso, perderão produção e renda. E nessa

8

Revista Canavieiros - Julho de 2009

questão, os pontos sensíveis são
quem e como deve custear a recomposição florestal?
A convite do E-Parliament, fórum
de discussão que reúne legisladores
de vários países do mundo, participamos de 4 a 8 de junho, de uma audiência na Costa Rica para conhecer
o modelo adotado naquele país, baseado no pagamento por serviços
ambientais. O programa - que tem a
participação do Ministério do Meio
Ambiente, universidades, centros de
pesquisas e organizações não governamentais - foi colocado em prática
em 96 para reduzir as taxas de desmatamento, uma das maiores do mundo.
Em 1987, a cobertura florestal da Costa
Rica representava 29% do território.
Atualmente, 51% do território estão protegidos e o aumento da cobertura deve-se ao Programa de Serviços Ambientais que abrange uma
área de 450 mil hectares ou 8% do total do território da Costa Rica. Mais
de 7.000 pequenos e médios produtores participam e já foram investidos
mais de US$ 100 milhões nas ações. É
de responsabilidade do Fundo Nacional de Financiamento Florestal, mantido por várias fontes, entre elas Banco Mundial, Fundo Mundial do Ambiente e imposto de 3,5% sobre a venda de combustíveis fósseis, além de
parcerias com a iniciativa privada.
Basicamente, o programa reconhece serviços ambientais como mitigação de emissões de gases causadores
do efeito estufa, proteção da água e
da biodiversidade
para sua conservação e uso sustentável, proteção de
ecossistemas. Para
reflorestamento, o
valor pago corresponde a US$ 816
por hectare para
um período de dez
anos, já para prote-

ção de florestas, o valor é US$ 64/hectare anuais durante cinco anos.
Apesar das realidades serem distintas – o território da Costa Rica tem
51 mil km², enquanto o Estado de São
Paulo, por exemplo, tem 248 mil km² –
é uma experiência bem-sucedida, que
pode servir de base para a formulação de ações e parcerias no Brasil e
em vários países, com as devidas adequações. O modelo costarriquenho
demonstra eficiência porque houve
consenso entre diferentes partes em
relação aos mecanismos a serem adotados. Governo, setor produtivo, pesquisadores e ambientalistas cooperaram na formulação do programa, que
hoje tem benefícios não somente ambientais, mas sociais e econômicos,
já que reforçou o potencial turístico
da Costa Rica. Foi uma solução consensual e criativa e só por isso serve
de exemplo para nós.
*deputado federal pelo PSDBSP, membro da Comissão de Agricultura da Câmara e vice-presidente para a região Sudeste da Frente
Parlamentar da Agropecuária
Revista Canavieiros - Julho de 2009

9
Notícias
Copercana

Syngenta realiza dia de
campo para cooperados e
associados
Carla Rodrigues

A

empresa Syngenta em parceira com a Copercana e Canaoeste realizou no mês de junho quatro dias de campo para demonstração de produtos inovadores.
Os responsáveis pelas demonstrações foram os engenheiros agrônomos da Syngenta, João Bighetti e
Henrique Mourão.
O primeiro dia de campo do mês
aconteceu na cidade de Pontal (10/
06) com o apoio da empresa Yara
usando como campo demonstrativo
as terras dos próprios cooperados e
associados da Copercana e Canaoeste. Já no dia 17, também com o
apoio da Yara, o evento foi realizado
para atender os cooperados e associados da região de Pitangueiras, Viradouro e Morro Agudo.
No dia 18, o dia de campo foi realizado para os cooperados das regiões de Serrana e Cravinhos, e por último, dia 19, foi a vez de Descalvado
e Porto Ferreira, que contaram com o
apoio da Bunge.
Os produtos apresentados são
voltados para a cultura de cana-deaçúcar, como os herbicidas Hukk,
Dual Gold e Gesapax, que garantem
a redução ou a eliminação de plantas infestantes (mais conhecidas
como ervas daninhas). Além destes,
outros produtos foram mencionados
durante a demonstração, como o inseticida Actara e os herbicidas Gramoxone e Callisto.
O cooperado Eduardo Botaro
pôde acompanhar de perto as demonstrações e acredita no resultado
positivo que este tipo de evento traz
para os produtores. “Sempre que
possível eu faço questão de estar
presente nos dias de campo. Eu pelo
10

Revista Canavieiros - Julho de 2009

menos preciso ver para crer na eficácia do produto e esses eventos nos
dão essa oportunidade. Isso é muito
válido para nós que precisamos estar sempre nos atualizando e conhecendo novos produtos”, disse Botaro, engenheiro agrônomo e produtor
de cana da região de Descalvado.
Notícias
Copercana

Projeto Amendoim 08/09:
08/09:
boa qualidade e controle
controle
de pragas
Da Redação

Foram recebidas 1.930.000 sacas; para a safra 09/10 as
metas são redução de custos e aumento de produtividade

O

projeto Amendoim 08/09 encerrou a safra com o recebi
mento de 1.930.000 sacas. De
acordo com o engenheiro agrônomo
encarregado do projeto, Edgard Matrangolo Júnior, as metas estabelecidas foram alcançadas. “Em uma safra
na qual a infestação de doenças e pragas foi alta, os produtores participantes do projeto de uma maneira geral
não tiveram problemas no controle
das mesmas”, disse.
Segundo ele, em termos de qualidade a safra foi muito boa, pois a incidência de aflatoxina foi baixa em relação aos anos anteriores, em virtude
não apenas de um clima favorável
como também do resultado de treinamentos realizados pelo Departamento de Qualidade.
Matrangolo Júnior afirmou que, a
partir desses resultados, se conclui
que as recomendações dos técnicos
do Departamento Técnico de Grãos e
do Departamento de Qualidade foram
altamente satisfatórias. Tais resulta-

dos são frutos de três
anos de parceria com
pesquisadores da
Unesp, de Jaboticabal,
e Esalq, de Piracicaba,
na realização de experimentos com a cultura do amendoim.
“Neste segmento
realizamos vários experimentos que, com certeza, irão dar aos nossos técnicos um
suporte ainda maior na orientação aos
produtores nas próximas safras”, disse.
Para o projeto referente à safra 09/
10 os objetivos traçados pelo gerente da UNAME (Unidade de Grãos),
Augusto Strini são: redução de custos das lavouras (principalmente no
que se refere a arrendamento) e aumento de produtividade.
Para que isso possa ser alcançado existem vários fatores que,
trabalhados em conjunto, resultarão no sucesso dos objetivos tra-

çados. São eles: adubação, gasto de
sementes, aplicação de defensivos, pagamento de renda.
Segundo o engenheiro agrônomo responsável pelo projeto, estão em fase de
multiplicação duas variedades alto oléicas
desenvolvidas pelo Instituto Agronômico, a IAC – 503 e IAC – 505, que dentro de
dois anos estarão disponíveis para plantio comercial. O grande diferencial dessas
variedades é a maior durabilidade do produto (maior tempo de armazenagem, sem
perda de qualidades) que, com certeza,
agregará um valor maior na remuneração
em relação às variedades atuais.

Revista Canavieiros - Julho de 2009

11
Notícias
Canaoeste

Orplana reúne lideranças
do agronegócio
Carla Rodrigues

Encontro Anual foi realizado em Piracicaba, como parte do Simtec

O

s cooperados e associados da
Copercana e Canaoeste participaram do 9º Encontro Anual
da Orplana (Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul
do Brasil), realizado no último dia 3,
em Piracicaba, como parte da programação do Simtec (Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira).
O encontro teve como palestrantes o presidente da Orplana, Ismael
Perina Júnior, o secretário de Produção de Agroenergia do Ministério da
Agricultura, Manoel Vicente Fernandes Bertone, o vice-presidente de
Agronegócios do Banco do Brasil, Luís
Carlos Guedes Pinto e o deputado federal Duarte Nogueira.
Os temas abordados durante a reunião foram a crise econômica mundial,
a reformulação do Código Florestal e o
sistema de crédito rural brasileiro.
Para Perina, há necessidade de o
Banco do Brasil auxiliar mais as cooperativas que, principalmente em momentos de crise, são a melhor alternativa para o produtor rural. Ele também
destacou que, em relação à legislação
ambiental em vigor, “se nada for feito
até dezembro deste ano, os produtores rurais serão considerados criminosos ambientais”.
Em relação ao Código Florestal,
Bertone disse que alguns pontos precisam ser revistos e defendeu o direito
de produção. “O país tem que preservar, mas também tem que produzir”,
disse. Para ele é necessário que se faça
um planejamento para que o produtor
se adeque às novas leis e defendeu a
compensação da Reserva Legal em
outros Estados.

Cooperados e associados do Sistema vão a Piracicaba participar do 9º encontro anual da Orplana

Já Nogueira apresentou a proposta de
reformulação do Código Ambiental Brasileiro, já em discussão no
Congresso Nacional.
Segundo ele, a bancada ligada ao agronegócio na Câmara está
definindo alguns pontos considerados cruciais para a questão
ambiental: daqui para
frente, desmatamento
zero, para salvaguardar
o recolhimento fiscal,
os empregos gerados
e a produção; apreciação científica para extensão das APPs associadas ao relevo; uso
do Zoneamento Econômico Ecológico;
compensação da Reserva Legal em outras
bacias hidrográficas.

José Benedito Graciano (Associação de Santa Bárbara D'Oeste), Ismael Perina
Júnior (presidente da Orplana), Dra. Valquiria da Silva (Diretora do IEA - Instituto
de Economia Agrícola), Antonio de Padua Rodrigues (Unica), Maria Christina
Pacheco (diretora tesoureira da Orplana), José Coral (Associação de Piracicaba) e
Manoel Bertone (secretário de Produção de Agroenergia do MAPA).

Geraldo Magela Silva (assessor da Orplana), Manoel Ortolan (presidente da
Canaoeste) e Gustavo Nogueira (gerente técnico agrícola da Canaoeste)

O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil enfatizou a importância do trabalho realizado pela
instituição para amenizar os efeitos da
crise econômica e ajudar a liberação

de crédito. Ele também destacou que,
durante esse período de retração, o
Banco do Brasil cresceu 30% e espera
ter o mesmo resultado em 2009. “Este
ano acreditamos crescer mais 30%, ajudando e financiando os produtores de
cana e de outras culturas também”.
Consecana

Notícias
Canaoeste
CIRCULAR Nº 06/09
DATA: 30 de junho de 2009

Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

A

seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue
durante o mês de JUNHO de 2009. O preço médio do kg de ATR para o mês de JUNHO, referente à Safra 2009/2010,
é de R$ 0,2828.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a junho e os acumulados até JUNHO, são
apresentados a seguir:
Os preços do Açúcar de Mercado
Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC
e EHC), destinados à industria (EAI e EHI)
e ao mercado externo (EAE e EHE), são
líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR,
em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de
abril a junho e os acumulados até JUNHO, calculados com base nas informações contidas na
Circular 01/09, são os apresentados acima.

FEAP é apresentado a
produtores
Carla Rodrigues

Fundo possui linhas de financiamento voltadas a produtores
com renda anual de até R$ 400 mil

O

engenheiro agrônomo Osvaldo Chacarolli Júnior, responsável técnico da Casa da Agricultura de Sertãozinho, proferiu palestra, no
auditório da Canaoeste, em junho, voltada
a médios e pequenos produtores sobre as
áreas de atuação do FEAP (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista).
O FEAP é um programa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo com linhas de financiamento voltadas aos produtores
com renda agropecuária anual de até
R$ 400 mil. Seu objetivo é prestar apoio
financeiro em programas e projetos específicos, de interesse da economia estadual, aos agricultores, pecuaristas e
pescadores artesanais, bem como a
suas cooperativas e associações.

Atualmente o FEAP atua em três
principais programas:
1. Financiamento direto, abrangendo 23 linhas específicas de crédito que
englobam várias culturas e atividades
do agronegócio;
2. Subvenção do prêmio do seguro rural, que consiste no pagamento
de até 50% do prêmio cobrado pelas
seguradoras no momento da aquisição de seguro rural pelos produtores, com limite de até R$24.000,00 por
beneficiário;
3. Programa Pró-trator, onde o
FEAP subvenciona os juros do financiamento, permitindo que o produtor
rural possa adquirir o equipamento
com juro zero.
Chacarolli Júnior, que assumiu re-

centemente a Casa da Agricultura, atende provisoriamente na Regional da
CATI (Coordenadoria de Assistência
Técnica Integral) localizada na Av. Fábio Barreto, nº 41, em Ribeirão Preto, o
telefone para contato é (16) 3610-8228.
Notícias
Canaoeste

Netto Campello Hospital
& Maternidade está em festa
está em festa
Carla Rodrigues

N

o dia 07 de julho de 2009, foi
inaugurada a UCI (Unidade
de Cuidados Intermediários), do
Netto Campello Hospital e Maternidade, para o atendimento de crianças que
necessitam de cuidados especializados.
Esta nova unidade conta com um
suporte tecnológico de última geração,
além de uma equipe de profissionais
especializados e de mão de obra qualificada através de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, garantindo um atendimento humanizado e de ótima qualidade para a
recuperação rápida do pequeno paciente internado.

Dra. Elisa (esq.), Herbert Moraes, Dr. Matheus Borges, Dr. Valfrido Assan, Manoel Ortolan,
Paulo Canesin, Dra. Andréa, e Sérgio Sicchieri

O horário de visita é realizado em
dois momentos para os pais, diariamente. De acordo com a necessidade do
recém nascido a mãe pode acompanhálo por um período maior durante o dia,
estimulando dessa forma, o aleitamento materno e o vínculo mãe-filho.
O Netto Campello Hospital e Maternidade, preocupado com a humanização durante esse período de internação também abre espaço para a
visita dos avós, que são realizadas todas as quintas-feiras no segundo horário de visita.
Todo atendimento a criança e sua
família será realizado de forma espe-

Padre Orioli abençoa a nova UCI

cial, visando à recuperação rápida,
com o apoio necessário e o melhor
atendimento durante esse período de
internação.

Débora, Cintia Sichieri, Priscila, Graziela, Paula, Ana Mara e Aline.

14

Revista Canavieiros - Julho de 2009

Esta nova unidade conta com um suporte
tecnológico de última geração
Revista Canavieiros - Julho de 2009

15
Opinião

O produtor espera bom
senso
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan*

E

m um ponto, nós, que somos
produtores rurais e parte do
agronegócio brasileiro, temos
de dar o braço a torcer: somos péssimos em fazer propaganda da nossa
atividade e importância.
E como ficamos calados, permitimos que a sociedade construísse
uma imagem do setor produtivo com
base no que os outros falam a nosso
respeito.
Assim, nossa omissão fez com
que fôssemos transformados no
bode expiatório de grande parte das
mazelas do país. O setor produtivo
desmata, polui o ambiente e não cumpre a lei. Essa é a idéia
que grande parte da
sociedade faz de nós
talvez por não ter conhecimento das nossas qualidades e contribuições: que somos
responsáveis por 25%
do PIB, 36,2% das exportações e 37% dos
empregos gerados.
As cidades poluem
mais do que a atividade agropecuária e nem por isso a legislação é mais branda sobre o setor
produtivo. Muito pelo contrário.
Atualmente estão em vigor mais de
16 mil normas ambientais e 130 projetos em tramitação no Congresso
Nacional para a criação de mais leis.
Além do número exagerado de artigos, parágrafos e capítulos que o
produtor rural deve cumprir à risca, a
legislação ambiental acabou se tornando numa colcha de retalhos, descolada da realidade atual.
A primeira versão do Código Florestal Brasileiro é de 1934 e a segunda, de 1965. De lá para cá, sofreu mais
de 60 alterações.
16

Revista Canavieiros - Julho de 2009

Nesse intervalo, a atividade agropecuária sofreu uma revolução e o
Brasil se transformou em um dos principais fornecedores de alimentos do
mundo. E o produtor rural cumpriu
os limites estabelecidos no Código.
Agora, depois de 40 anos e com a
área de produção já consolidada, a
legislação foi alterada, sem qualquer
referencial científico, e o produtor,
que lá atrás cumpriu a lei, hoje é obrigado a reflorestar parte de sua propriedade, perder produção e renda.
E nesse debate sobre a questão
ambiental, o produtor é sempre colocado como aquele que não quer cumprir a lei, quando, na verdade, cobra

apenas bom senso na definição das
normas. No final de maio, a Frente
Parlamentar da Agropecuária, que
reúne deputados federais e senadores, apresentou o projeto de lei 5367/
09, que, se aprovado, irá substituir o
atual Código Florestal e revogará
outras leis da área ambiental.
O projeto foi elaborado com a participação de entidades que representam o setor e em linhas gerais transfere para os Estados o planejamento técnico e científico de toda ocupação territorial, cria um fundo de compensações, extingue penas de prisão para
crimes ambientais e garante áreas de
produção rural já consolidadas no país.

Prevê também que a unidade de
conservação da biodiversidade passaria a ser a bacia hidrográfica e não
mais a propriedade, como está atualmente. Assim, as exigências recairiam sobre cada Estado e não sobre
cada fazenda. As áreas
de preservação permanente e de reserva legal seriam transformadas em áreas de reserva ambiental, cuja proteção seria determinada segundo a topografia e a presença de rios.
Há ainda um longo
caminho a ser percorrido e um intenso debate a ser travado sobre
o projeto, mas já é um ponto de partida. Sem uma definição, o produtor
fica perdido, inseguro quanto à legislação que terá de seguir e, ainda
por cima, com uma imagem negativa,
que foi sendo construída ao longo
dos anos e do nosso silêncio. A discussão desse projeto, que promete
ser um novo Código Ambiental, precisa da nossa participação e da contribuição das entidades que representam o setor produtivo. Não podemos repetir o erro da omissão.
*Presidente da Canaoeste
(Associação dos Plantadores de Cana
do Oeste do Estado de São Paulo)
www.canaoeste.com.br
Repercutiu

No dia 19 de junho os diretores do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred receberam a
visita de duas importantes autoridades na sede das cooperativas e associação. O deputado
federal Antonio Carlos de Mendes Thame e o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf.
"As crises trazem oportunidades. A crise existe, mas temos que lutar para combatê-la e
sairmos fortalecidos desse período".
Paulo Skaf, presidente da FIESP, durante visita aos diretores do sistema Copercana/
Canaoeste/Cocred
"Essas lideranças sempre trazem assuntos inovadores e de interesse dos produtores. Temos que discutir
soluções para os nossos problemas de preços baixos e
remuneração que não cobre os custos de produção".
Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana

“Nesse momento em que o produtor de cana passa por tantas dificuldades, os municípios canavieiros também estão sofrendo as
consequências. Por isso temos que
nos unir em busca de soluções
para o nosso setor”
Nério Costa, prefeito de Sertãozinho

“O objetivo do encontro foi
fortalecer a entidade e também discutir as perspectivas do setor sucroenergético e os desafios comuns à cadeia produtiva e aos municípios”.
Manoel Ortolan, coordenador
regional da Amcesp e presidente
da Canaoeste

“É uma honra recebermos essas lideranças em nossa cooperativa. O auditório
está lotado, mais de 200 cooperados, o que
demonstra o quanto esse tema é importante
para os produtores de cana”.
Lelo Bighetti, diretor da Copercana
Revista Canavieiros - Julho de 2009

17
Notícias
Cocred
Balancete Mensal
Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana
de Sertãozinho BALANCETE - MAIO/2009
Valores em Reais

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Revista Canavieiros - Julho de 2009
Revista Canavieiros - Julho de 2009

19
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Revista Canavieiros - Julho de 2009
Revista Canavieiros - Julho de 2009

21
Reportagem de Capa

Novo Código Ambiental Bras
Da redação

Projeto prevê compensação para produtores que preservam o meio ambiente e transfere para os
Estados a decisão sobre as áreas de reserva legal

J

á tramita no Congresso Nacional o projeto de lei 5367/09, apresentado por 47 deputados federais da Frente Parlamentar da Agropecuária, que institui o Código Ambiental Brasileiro. A proposta foi apresentada no início de junho e deverá
ser analisada pelas comissões técnicas da Câmara antes de ser votado
em plenário.
Se aprovado na Câmara e no Senado, irá substituir o atual Código
Florestal (Lei 4.771/65) e revogará
outras leis da área ambiental. Atualmente estão em vigor mais de 16 mil
normas ambientais e 130 projetos tramitam no Congresso Nacional.

Os municípios que promoverem
ações de proteção ambiental também
serão compensados financeiramente.
O deputado Valdir Colatto (PMDBSC), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, critica o fato de,
atualmente, não haver no Brasil uma
política de valorização por serviços
florestais prestados por produtores.

As áreas atualmente denominadas reserva legal poderão ser descaracterizadas após a definição do percentual mínimo de reservas ambientais nos Estados pelo zoneamento
econômico ecológico. A reserva legal é o percentual de vegetação a ser
conservada em uma propriedade, e
que varia de acordo com cada bioma.

“O Código Florestal vigente pune
os produtores que não recuperarem
áreas utilizadas muito tempo antes de
a legislação ambiental existir no Brasil. A nossa legislação criminaliza o
produtor”, avalia.

Segundo o projeto, a elaboração
do ZEE deverá ser participativa, podendo os atores socioeconômicos
intervir nas diversas fases do trabalho, a ser elaborado pelos governos
estaduais.

Um dos principais pontos da proposta é a previsão de compensação
financeira para os produtores rurais
que preservam a natureza. A proposta determina a compensação financeira de proprietários de áreas ambientalmente importantes ou no caso
de limitação de exploração econômica do local.
Esses proprietários contarão com
créditos especiais, recursos, deduções, isenções parciais de impostos,
tarifas diferenciadas, prêmios e financiamentos, entre outros benefícios.
Os recursos para financiar essa “remuneração por serviços ambientais”
virão do Orçamento e do Fundo Nacional do Meio Ambiente.

22

O deputado lembra ainda que, nos
Estados Unidos, os programas de
apoio à conservação ambiental representam parcela significativa da renda dos produtores norte-americanos.
Além da compensação pela perda de
renda com a terra que não pode ser
utilizada pela agricultura, os produtores são ressarcidos pelo custo da
implantação de cobertura vegetal
para proteger áreas sensíveis.
O projeto estabelece diretrizes
gerais sobre a política nacional de
meio ambiente. Caberá aos Estados
legislar sobre suas peculiaridades.
Assim, será responsabilidade de
cada Estado identificar as áreas prioritárias para conservação e preservação com base em estudos técnicos, visando à sustentabilidade.

Revista Canavieiros - Julho de 2009

Foto: Hermínio Oliveira

Valdir Colatto

Colatto discorda do estabelecimento de regras nacionais relativas
ao meio ambiente, como a fixação da
reserva legal em 20% da área total de
uma propriedade na maioria dos estados brasileiros. Na Ama-
Reportagem de Capa

sileiro já está no Congresso
zônia, a área de reserva legal deve
ser equivalente a 80% da propriedade e, no Cerrado, a 35%.
“O estabelecimento de parâmetros de forma generalizada em um
país de proporções continentais foi
o início de uma antipolítica ambiental. O que se conseguiu foi punir

aqueles que protegeram o meio ambiente com o engessamento econômico. Porém, onde há miséria, não
há condição de proteção dos recursos naturais”, diz Colatto.
Nos termos da proposta, as atividades rurais de produção alimentícia,
vegetal e animal são consideradas ati-

vidades de interesse social. As atividades realizadas em áreas consideradas frágeis dependerão de prévio licenciamento ambiental.
Porém, se um Estado indicar a recuperação de áreas degradadas para constituição de reservas, deverá ele próprio fornecer os meios de recomposição da área.

Foto: Ag. Estado

Ministério da Agricultura
O ministro da Agricultura
Reinhold Stephanes

lismos para que o debate relativo à elaboração de uma nova
legislação ambiental caminhe
para um consenso.

Cesário Ramalho

"O ministro Stephanes revelou que trabalha por um
acordo com o ministro Minc
para elaboração de um novo
código ambiental, que efetivamente cumpra seu papel de
conservação, sem barrar produção e desenvolvimento",
diz Ramalho.

De acordo com o presidente da
SRB (Sociedade Rural Brasileira),
Cesário Ramalho, que se reuniu com
o ministro Reinhold Stephanes (Agricultura), no final de junho,
o ministro defende o diálogo equilibrado, à
luz da ciência, livre de radica-

Ramalho ressalta, ainda,
que no encontro, o ministro
Stephanes reiterou os principais tópicos da proposta do
Mapa - que tem respaldo técnico-científico no estudo da
Embrapa Monitoramento por
Satélite - para modernização
do Código Florestal: somar
Áreas de Proteção Permanente com as de Reserva Legal; recomposição da Reserva Legal: usar espécies arbóreas econômicas + nativas; possibilidade de compensação
da Reserva Legal fora da bacia hidrográfica ou do Estado; permitir a
continuidade das atividades agropecuárias em APPs consolidadas
(topos de morro, encostas, várze-

as); aumentar o prazo previsto para
a compensação da Reserva Legal iniciando a contagem na publicação da
lei; o uso das APP´s deve ser atribuição dos Estados: CONSEMAS e
ou Secretarias Estaduais do Meio
Ambiente baseados na orientação
dos Zoneamentos Ecológicos Econômicos (ZEEs); flexibilização da legislação aos pequenos produtores,
que não têm condições financeiras
de se adequar às normas da compensação ambiental; criar condições
para o Desmatamento Zero no Bioma Amazônia

Revista Canavieiros - Julho de 2009

23
Destaque

V Agronegócios Copercana
fecha negócios na ordem de
R$ 100 milhões
Carla Rossini

Feira, realizada nos dias 24, 25 e 26 de junho, em Sertãozinho,
movimentou os cooperados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred

O

V Agronegócios Copercana,
realizado no Clube de Campo
Vale do Sol, em Sertãozinho,
nos dias 24, 25 e 26 de junho, recebeu
cooperados de toda a região de abrangência das cooperativas. Nos três dias
de evento, mais de 3 mil pessoas visitaram a feira para conhecerem as novas tecnologias e produtos apresentados pelos 63 expositores presentes.

Entrada da feira

Superando até mesmo as expectativas dos organizadores, os negócios
fechados durante a feira totalizaram R$
100 milhões, 17 % a mais que na edição
anterior.
Segundo o gerente comercial da
cooperativa, Frederico José Dalmaso,
“a feira foi excelente e mostrou que o
setor está reagindo ao período de crise. Os cooperados esperaram por esse
momento para fazer suas compras e
conseguiram obter bons negócios”,
afirma Frederico.

Área Externa

Área Interna

Para se ter uma idéia do sucesso
que foi a feira, foram comercializados
77 mil toneladas de adubos. “A Copercana mais uma vez demonstrou o seu
papel que é ajudar o cooperado para
que ele consiga sobreviver no agronegócio, mesmo num momento tão delicado para a economia”, acrescenta o
gerente comercial.

Os prazos de pagamento foram adequados de acordo com a safra da cultura que o cooperado planta. “Não
medimos esforços para dar condições
adequadas de compra aos produtores.
Esse é o papel da cooperativa: amenizar os custos de produção para que o
Antônio Eduardo Tonielo faz a abertura da produtor obtenha
feira ao lado de Manoel Ortolan e Lelo Bighetti melhor renda”, disse Lelo Bighetti, diretor da Copercana.
Além dos adubos e defensivos,
também foram comercializados diversos materiais para a

24

Revista Canavieiros - Julho de 2009

atividade agrícola, como calcário, máquinas e equipamentos para as culturas de
cana, soja, amendoim e milho.
Os cooperados Teodoro Rodrigues
Sobrinho e José Rodrigues esperaram
a feira para fazer as compras da família.
E valeu a pena. “Nós compramos 200
toneladas de adubo com o preço mais
acessível que no mercado e utilizamos
o financiamento oferecido pela cooperativa com um prazo melhor de pagamento”, disse Teodoro.
Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana, Cocred e da feira, não
escondeu a sua satisfação com o resul-
Destaque

Área de negociação dos produtos químicos

Diretores e funcionários do Sistema Copercana / Canaoeste / Cocred que trabalharam para o sucesso da feira

Exposição de Ovinos

Diretores da Copercana e da Cheminova

tado desta 5ª edição do Agronegócios:
“É muito satisfatório atingirmos o nosso objetivo com sucesso. Os bons resultados da feira são consequência de
muito trabalho e dedicação da nossa
equipe de diretores, gerentes e funcionários. Vamos continuar trabalhando
para que o Agronegócios Copercana
continue superando nossas expectativas a cada edição”, afirmou Tonielo.

“O número de cooperados que
visitaram a feira e os resultados dos
negócios realizados demonstram
que estamos no caminho certo.
Sempre trabalhando para dar condições aos nossos cooperados de
realizar negócios melhores dos que
os apresentados no mercado. É para
isso que a Copercana existe”, finalizou o presidente.

Área externa da feira

Palestras
Durante o evento, a Copercana e o Sebrae realizaram um
ciclo de palestras com os temas
gado de corte, gado de leite e
ovinos. Todos os cooperados
podiam assistir as palestras que
foram ministradas por técnicos
especializados nos assuntos
abordados.

Manoel Ortolna realizou o sorteio do 1º ganhador da TV
42” sorteada no Rally do V Agronegócios Copercana, Otávio
Antonio Leonel de Dumont-SP

O médico veterinário da Copercana, Gustavo Lopez, destacou que “esse tipo de ação dentro da feira é excelente para o aprimoramento do conhecimento dos cooperados. Muitos integram
em suas propriedades as plantações de cana com a criação de gados e ovinos. É
uma fonte de renda extra e as palestras ajudam principalmente quem está começando a diversificar sua atividade”, disse Gustavo.
25
3º ganhador Canavieiros - Julho de 2009
Revista Leandro Merlo, recebe o prêmio de Lelo
Bighetti. (a 2ª ganhadora Maria Marlene G. Otaviano
de Sta. Rita do Passa Quatro-SP, não estava presente
Informações Setoriais

CHUVAS DE JUNHO
e Prognósticos Climáticos
e Prognósticos Climáticos
No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de JUNHO de 2009.

Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Assessor Técnico Canaoeste

Com exceção da Fazenda
Santa Rita - Terra Roxa, as chuvas de JUNHO que, na região
de abrangência da CANAOESTE ocorreram principalmente nos dois primeiros dias do mês, foram inferiores às respectivas médias históricas.
Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 17 de JUNHO de 2009.
O Mapa 1, ao lado, mostra que o
índice de Água Disponível no Solo, no
período de 15 a 17 de JUNHO, apresentava-se como baixo a crítico em toda
faixa centro-norte do Estado, excetuando-se faixa entre as Regiões de Ribeirão preto e São João da Boa Vista.
Bons níveis de umidade de solo ainda
eram observados nas Regiões canavieiras de Assis/ Ourinhos, Bauru, Campinas, Piracicaba e Sorocaba.

26
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Revista Canavieiros - Julho de 2009
Revista Canavieiros - Julho de 2009

ÁGUA, usar s
ÁGUA, usar s

Protejam e preservem as n
Protejam e preservem as n
Informações Setoriais
Mapa 2:- Água Disponível no Solo, ao final de JUNHO de 2008.

· Prevê-se que a temperatura
média na Região Centro-Sul ficará entre próxima a ligeiramente
abaixo da normalidade climática,
mas com possibilidades de maiores variações térmicas na Região
Sul.
· Quanto às chuvas, estão
previstas como próximas das respectivas médias históricas nas Regiões Centro Oeste e Sudeste, mas
poderão ser inferiores às normais
climáticas nos estados da Região
Sul;

Mapa 3:- Água Disponível no Solo, ao final de JUNHO de 2009.

· Como referência, as médias históricas das chuvas, pelo
Centro Apta-IAC, para Ribeirão
Preto e municípios vizinhos são de
20mm tanto em julho, como em
agosto e pouco mais de 50mm em
setembro.
Considerando-se as previsões
elaboradas pela SOMAR Meteorologia para a região de abrangência
da CANAOESTE, apontam que,
percentualmente, as chuvas de julho e setembro apresentarão variações, porém insignificantes em
termos de volume, as quais serão
próximas das respectivas médias
históricas. Entretanto, prevê-se
escassez de chuvas durante o mês
de agosto, comparativamente aos
outros dois meses.

Os Mapas 2 e 3, acima, mostram que os índices de Água Disponível no Solo
foram semelhantes nos finais de JUNHO de 2008 e de 2009, ou seja, entre médios a
altos na área canavieira entre o Centro e Sul (notadamente, Sudoeste) do Estado.
Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume o
prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologia
e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de julho a setembro.

sem abusar !
sem abusar !

nascentes e cursos d’água.
nascentes e cursos d’água.

Como na região de abrangência da CANAOESTE já se verifica e prevê-se que a umidade do
solo se mantenha baixa, dificilmente ocorrerá pisoteio durante as
operações de colheita (carregamento) e transporte da cana, podendo dispensar cultivos mecânicos das soqueiras recém-colhidas.
Persistindo dúvidas, consultem os
Técnicos CANAOESTE mais próximos.

Revista Canavieiros - Julho de 2009
Revista Canavieiros - Julho de 2009

27
27
Artigo Técnico

Fechamento da
safra 2008/2009

Tabela 2 – Dados Tecnológicos Médios das Canas Entregues pelos
Fornecedores da CANAOESTE na Safra 2006/2007

Por Thiago de Andrade Silva
Assistente de Controle Agrícola da CANAOESTE

A

pós o término de moagem da Safra 2008/
2009, os fornecedores de cana associados
à CANAOESTE entregaram cerca de 12,13
milhões de toneladas de cana nesta Safra, incluindo
cana de nossos Associados entregues em Unidades Industriais fora da região de abrangência da
CANAOESTE.
Na tabela 1, observam-se os teores médios de
ATR das safras 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009 em
Kg/tonelada, sendo que o teor de ATR da safra 2008/
2009 ficou 3,81 Kg de ATR/tonelada abaixo do teor
médio de ATR das Safras 2006/2007 e 2007/2008.

Tabela 1 – Teor médio de ATR (Kg/
ton) por safra das Canas
Entregues por
Fornecedores da CANAOESTE
entre as Safras 2006/2007 e 2007/
2008 e a Safra atual 2008/2009

As tabelas 2, 3 e 4 (ao lado) trazem mais detalhes da qualidade tecnológica média da matéria-prima das safras 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009.

Tabela 3 - Dados Tecnológicos Médios das Canas Entregues pelos
Fornecedores da CANAOESTE na Safra 2007/2008

O Brix da Safra 2008/2009 começou abaixo do
Brix da Safra 2006/2007 e da Safra 2007/2008, permanecendo inferior até a 1ª quinzena de junho, depois
houve uma boa recuperação, mas insuficiente para
superar as duas safras anteriores.
Gráfico 1 - Comparativo das Médias de Brix (%)

Tabela 4 - Dados Tecnológicos Médios das Canas Entregues pelos
Fornecedores da CANAOESTE na Safra 2008/2009

O mesmo comportamento do Brix ocorreu com o Pol do Caldo (%).
Gráfico 2 – Comparativo das Médias de Pol do Caldo (%)

28

Revista Canavieiros - Julho de 2009
Artigo Técnico
Exceto na 2ª quinzena de setembro e na 1ª quinzena de
outubro, os teores de Fibra da Safra 2008/2009, se posicionaram em situação intermediária entre os valores das
Safras 2006/2007 e 2007/2008.

Gráfico 6 - Comparativo das Médias de Açúcares
Totais Recuperáveis - ATR (Kg/tonelada)

Gráfico 3 - Comparativo das Médias de Fibra (%)

Até a 2ª quinzena de junho os valores de Pol da Cana da
Safra 2008/2009 foram inferiores aos das Safras 2006/2007 e
2007/2008. Nas demais quinzenas, os valores da Safra 2008/
2009 foram intermediários às duas safras anteriores, exceto
na 2ª. quinzena de novembro.

As chuvas mais intensas em janeiro/08, além das chuvas acima da média dos outros anos no período de fevereiro a abril contribuíram muito para os resultados observados anteriormente.
Gráfico 7 - Comparativo das Médias de Chuvas (mm)

Gráfico 4 - Comparativo das Médias de Pol da Cana - PC (%)

Na Safra 2008/2009 houve um volume maior de chuva no 1º e 2º Trimestre em relação às médias das Safras
2006/2007 e 2007/2008.
De forma semelhante à Pol da Cana, os valores de Pureza
do Caldo, até a 2ª quinzena de junho, foram inferiores aos
das Safras 2006/2007 e 2007/2008. Este início de safra com
condições de maturação inferiores aos das safras anteriores
determinou um menor teor de ATR médio da Safra 2008/2009
como pode ser observado na Tabela 1 e no Gráfico 6.

Gráfico 8 - Comparativo das Médias de Chuvas (mm) por Trimestre

Gráfico 5 - Comparativo das Médias de Pureza (%)

Conclui-se que o valor médio de teor de ATR foi menor devido ao maior volume de chuva no período de
fevereiro a abril, o solo úmido por um longo período,
permitindo o desenvolvimento da cana-de-açúcar e menor acúmulo de sacarose.
Revista Canavieiros - Julho de 2009

29
Artigo Técnico II

Plano de eliminação gradativa da
queima da palha de cana-de-açúcar
Por Thiago de Andrade Silva, Franklin Camilo de Oliveira e Rafael Guidi Pinotti
Planejamento e Controle / Departamento Jurídico Ambiental CANAOESTE

C

onforme a tabela ao lado podese observar que na Safra 2009/
2010 foram realizados cerca de
2.956 requerimentos para autorização de
queima. Dentre estes, 118 requerimentos de propriedades cujas áreas totais
de colheita foram iguais ou superiores a
150 ha e outros 2.838 requerimentos de
pequenas propriedades. Lembrando
que, desde o começo do procedimento
de Autorização para queima da palha de
cana-de-açúcar, ocorrido na Safra 2002/
2003 até a Safra atual, 2009/2010, a área
total de colheita mecanizável a ser colhida crua passou de 20% para 30%,
quando esta atingisse área de colheita
mecanizável igual ou superior a 150 ha.
Já a partir da Safra 2010/2011, o percentual da área de colheita mecanizável
de cana a ser colhida crua deverá ser
de, no mínimo, 60% nas propriedades
que tiverem área igual ou superior a 150
ha, e de, no mínimo, 20% nas propriedades que tiverem área inferior a 150 ha.
O percentual de 20% de colheita de
cana crua também deverá ser aplicado
nas áreas de colheita não-mecanizáveis.

As áreas de restrições não podem
ser contabilizadas como áreas de compensação de cana crua, pois estas legalmente já devem ser colhidas crua.
Comparativamente com a Safra
2008/2009, foram realizados 505 requerimentos que não haviam sido feitos
anteriormente com a CANAOESTE e
376 requerimentos que não fizeram
através da CANAOESTE na Safra
2009/2010 ou colherão totalmente
sem queima.
Lembrando que não basta somente
ao fornecedor fazer o Requerimento
para Solicitação da Autorização da
Queima da Palha da Cana-de-Açúcar,
é preciso, a cada queima que for realizar, fazer a comunicação desta junto a
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo com 96 horas de antecedência, através de nossas filiais.
Todo começo de ano, até o final de
março, a CANAOESTE, em suas filiais,
orienta e realiza o Requerimento para
Solicitação da Autorização da Queima

da Palha da Cana-de-Açúcar de seus
fornecedores associados.
Acompanhem sempre a Revista Canavieiros e correspondências enviadas
pela CANAOESTE para obter maiores informações sobre o Plano de Eliminação
Gradativa da Queima da Palha de Canade-Açúcar, entre outros assuntos importantes. Caso não estejam recebendo nossas correspondências, favor entrar em
contato com Alberto ouAlmir do Planejamento, no telefone (16) 3946-3300, para
que seja resolvido o problema.

Treinamento de funcionários do sistema
Copercana / Canaoeste / Cocred
Por Almir Torcato
Planejamento e Controle Canaoeste / Coordenador do Programa Ocesp/Sescoop

A

cada dia a competição é mais
acirrada em quase todos os se
tores da atividade humana. No
setor agrícola não é diferente, afinal, são
necessários índices de qualidade sempre melhores, caso contrário, perde-se
espaço para os mais competitivos.
Como o mercado está muito disputado e existe a necessidade de se buscar qualidade, o sistema Copercana/
Canaoeste/Cocred, em parceria com a
Ocesp/Sescoop, está investindo na
qualificação de seus colaboradores.
Uma das ações do sistema é a difusão
tecnológica para cooperados através
de equipe técnica especializada, que
fornece informações úteis e objetivas,

30

Revista Canavieiros - Julho de 2009

em busca de obter melhorias no processo de atendimento, produção e
qualidade da matéria-prima, especialmente em grãos e cana-de-açúcar.

ca, com um curso de “Legislação Ambiental”, o de excelência e qualidade
com o curso de “Ouvidoria” e de “Cooperativa Saudável”.

Com esse objetivo, no final de 2008,
o sistema enviou para a Ocesp e Sescoop, um plano de ações para o biênio de
2009 e 2010 com o detalhamento
das necessidades. O plano e o cronograma das ações que envolvem todas
as áreas da cooperativa, departamentos
de conhecimento específico, administrativo/operacional e varejo/armazenamento foram aprovados em março de 2009.

Para o mês de julho, duas datas foram reservadas para a realização “in
company” do curso de Excelência no
Atendimento ao Cliente - áreas administrativa/operacional e uma na área de
varejo, voltado para os supermercados.

Dentre as ações do primeiro semestre, já foram realizadas, a da área jurídi-

Até o mês de julho foram setenta e
dois colaboradores treinados. Já no segundo semestre do ano, novos cursos
serão realizados. Acompanhe o andamento das ações concluídas nas próximas edições da Revista Canavieiros.
Revista Canavieiros - Julho de 2009

31
Assuntos Legais

Legislação Ambiental
necessidade de sua adequação ao histórico
da ocupação territorial brasileira
projeto de lei nº 5.367/2009

N

ão é de hoje que se verifica o
descompasso da legislação
ambiental brasileira, mormente o Código Florestal (Lei nº 4.771/65),
com o histórico de ocupação territorial
do Brasil. Isto leva os proprietários rurais e urbanos à ilegalidade, prato cheio
para o mercado externo barrar a entrada de produtos brasileiros. Tal fato é
publico, tanto que presenciamos recentemente ferozes embates entre os Ministros da Agricultura, Reinold Stephanes, e do Meio Ambiente, Carlos Minc.

reestrutura a administração do sistema
nacional do meio ambiente, define os
bens a serem protegidos e os instrumentos da política nacional do meio ambiente, sendo eles: o zoneamento ecológico econômico, o licenciamento ambiental, as áreas protegidas, os serviços de informação ambiental, a remuneração por serviços ambientais prestados e as sanções aplicáveis.

Um outro instrumento previsto
no projeto de lei que
chama a atenção é
a remuneração por
serviços ambientais, meio adequado de remunerar
aqueles empreendimentos (rurais,
florestais e urbanos) que, de alguJuliano Bortoloti - Advogado
ma forma, contribuDepartamento Jurídico Canaoeste
em para o meio ambiente e a coletividade, instrumento este
que já existe em diversos países.

O zoneamento ecológico econômico
(ZEE) será participativo, equitativo, sustentável, holístico (interdisciplinar) e sisReferido descompasso se dá, princi- têmico, onde o Poder Público elaborará o
palmente, no Código Florestal, com suas ZEE macro do país, tendo como referênsucessivas alterações ocorridas ao lon- cia o Mapa Integrado dos ZEE dos Estago dos últimos quarenta anos, que se dos, que definirão as áreas ambientais a
De igual forma, para minimizar o imacentuaram nos últimos quinze anos, serem protegidas/recuperaTerritório
% do território pacto da legisonde temos como exemplo absurdo a Me- das em seu território.
lação em áreas
ocupado (km²)
nacional
dida Provisória nº
consolidadas
Unidades de conservação + terras indígenas
2.294.343
26,95
2.166/67, que alcom exploraReserva florestal legal
2.685.542
31,54
terou o Código
ção (rural, ur1.442.544
16,94
Florestal em suas Áreas de preservação permanente
bana, florestal)
6.059.526
71,16
sessenta e sete Total indisponível
às margens
2.455.350
28,84
reedições, pas- Total disponível
dos cursos hímem, transformando-o em um "Frankensdricos e de relevo, deverá haver protein" de normas inexeqüíveis em alguns
As áreas protegidas serão: a Vege- cesso de licenciamento da atividade
casos.
tação Ciliar (hídrica e de relevo), as Uni- que contará com estudos técnicos e
dades de Conservação; as Áreas Frá- científicos para fundamentar sua conPorém, está se chegando ao con- geis e as Reservas Ambientais, onde o cessão, realocação ou solicitação de resenso a premente necessidade de ade- percentual de vegetação de cada esta- adequação.
quação das normas ambientais à reali- do será indicado pelo seu ZEE e pela
dade brasileira de cada estado e bioma, soma de todas estas áreas. Uma ressalEste é, portanto, o mais novo proprincipalmente àquelas que dizem res- va a ser feita é a de que a faixa da vege- jeto de lei que visa racionalizar e adepeito aos institutos da reserva flores- tação ciliar será determinada por estu- quar a legislação ambiental do Brasil
tal legal e das áreas de preservação dos técnicos aprovados por órgãos
com seu histórico de ocupação territopermanente.
ambientais, de acordo com as caracte- rial, cuja preocupação, a nosso ver, é
rísticas de cada curso hídrico ou rele- estritamente técnica e científica, ficanO último capítulo desse embate é o vo/solo a ser protegido.
do apartada de ideologias políticas e
Projeto de Lei nº 5.367/2009, de autoria
interesses escusos, pois deixará a cardo Deputado Federal Valdir Colatto,
No nóvel projeto de lei, não mais go dos órgãos ambientais, com a amprotocolizado em 03.06.2009, que insti- existirá o instituto da Reserva Florestal pla participação da sociedade organitui o Código Ambiental Brasileiro, pro- Legal, que será substituído pelas áreas zada e instituições científicas governapondo a harmonia nas áreas agrícolas ambientais retro descritas. As reservas mentais sérias, definir quais as áreas
e urbanas, criando um pacto federati- legais já consolidadas até então, pode- ambientais devem ser protegidas/recuvo ambiental com autonomia para que rão ser descaracterizadas como tal após peradas, visando, com isso, atingir o tão
cada Estado implemente o seu Zonea- a definição do percentual mínimo de re- almejado desenvolvimento sustentável,
mento Econômico Ecológico (ZEE), que servas ambientais no Estado pelo ZEE, que não ocorre atualmente em virtude
será chancelado pelo governo federal. sendo sua conversão de uso limitada da arcaica legislação ambiental territoripelas normas gerais do uso do solo lo- al, que indisponibiliza cerca de 71% do
O referido projeto traça diretrizes cal, ou utilizadas nos processos pre- território nacional (fonte: justificativa do
ambientais, define diversos conceitos, vistos neste artigo (§2º, art. 85).
próprio PL nº 5367/2009).
32

Revista Canavieiros - Julho de 2009
Assuntos Legais

Queima de palha de cana-de-açúcar
Suspensão das autorizações no estado
de São Paulo.

O

artigo 7º, da Lei Estadual nº
11.241/2002 e, o artigo 14, do
Decreto nº 47.700/2003, autorizam a suspensão das autorizações para
uso do fogo como método despalhador da cana-de-açúcar em todo Estado
de São Paulo, quando a umidade relativa do ar estivar muito baixa, podendo
ocasionar risco à saúde pública.
Com base nos sobreditos artigos, a
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, publicou no Diário
Oficial do Estado de 17 de junho de
2008, a Resolução SMA nº 44, de
17.06.2009, proibindo a queima de palha de cana-de-açúcar no período de
22 de Junho a 30 de novembro deste
ano, das 6:00 hs às 20:00 hs.
Referida Resolução, prevê a suspensão da queima da palha de canade-açúcar em qualquer horário do dia,
quando o teor médio da umidade relativa do ar for inferior a 20%, medido das
12:00 hs. às 17:00 hs., pelos postos oficiais determinados pela Secretaria do

Meio Ambiente, ocasião em que ficam
sem validade os comunicados de queima a ela previamente encaminhados. Tal
suspensão será declarada pela Secretaria do Meio Ambiente às 18:00 horas
do dia que se observar a baixa umidade
e será aplicada a partir das 6:00 horas
do dia posterior a referida declaração.
Após o dia 30 de novembro, poderá ocorrer a suspensão da queima quando a umidade relativa do ar ficar abaixo
de 30% (trinta por cento) e acima de
20% (vinte por cento), durante dois dias
consecutivos. Neste caso, ficará suspenso o uso do fogo como método
despalhador da cana-de-açúcar no período compreendido das 6:00 hs às 20:00
horas do dia posterior à declaração de
suspensão, efetuada pela Secretaria do
Meio Ambiente, sempre às 18:00 horas
do segundo dia consecutivo que perdurar a umidade acima descrita.
Nada impede, portanto, que a Secretaria do Meio Ambiente possa suspender mais vezes a autorização de queima

quando as condições climáticas ou a
qualidade do ar estiverem desfavoráveis
e, se isso ocorrer, cumpre informar que
NÃO SE PODE EFETUARAQUEIMA
EM HIPÓTESE ALGUMA - até mesmo
porque os órgãos ambientais estarão
procedendo intensiva fiscalização nestes períodos -, sob pena de sofrerem as
sanções cabíveis, tais como multas vultosas, além de responder judicialmente
em ações cíveis e criminais.
Cumpre informar que é de extrema
importância que os fornecedores se informem com antecedência junto os técnicos/agrônomos da CANAOESTE sobre as condições futuras de clima (já que
a Canaoeste possui convênio com órgãos de previsão de umidade relativa
do ar), para evitar transtornos em seu
planejamento de queima, pois esta safra promete baixos índices de umidade
relativa do ar, assim como consultarem
o “link” específico sobre as suspensões
de queima (Queima da Palha de Cana)
no “site” da Secretaria do Meio Ambiente (www.ambiente.sp.gov.br).

Revista Canavieiros - Julho de 2009

33
34

Revista Canavieiros - Julho de 2009
Revista Canavieiros - Julho de 2009

35
Cultura

Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português
"As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável"
Madre Teresa de Calcutá
1) Maria foi “recém empossada” no cargo da empresa.
Renata Carone
Maria, parabéns pela posse, mas sem congratulações para a expressão acima!
Sborgia*
Prezado amigo leitor, nesta fase de mudança ortográfica, muitos hesitam em usar o hífen. É necessário que se
diga que nem tudo muda quando o assunto é sobre o hífen.
Os prefixos oxítonos (quando a sílaba tônica-forte- é a última da direita) terminados em “em”, graficamente acentuados,
sempre são “presos” por hífen ao termo subsequente.
Exemplos corretos: além-fronteira, aquém-mar, recém-nascido, recém-inaugurado...
Note, amigo leitor, que o hífen nesses casos independe da letra inicial do segundo termo. Ele ocorre em qualquer
situação.
Essa regra não sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico.
A expressão do exemplo corrigida:
Maria foi recém-empossada no cargo da empresa.
(recém é o prefixo)
2) Segundo Pedro, “co-autor” do livro, disse que o fato demonstra ...
Escrito dessa forma, Pedro não conseguirá demonstrar nenhum fato...
Prezado amigo leitor com o Novo Acordo Ortográfico o prefixo “co-” passou a aglutinar-se a quaisquer palavras.
Ocorre, entretanto, que a ABL (Academia Brasileira de Letras), ao confeccionar a última edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, fez alguns ajustes ao texto oficial do Acordo, acomodando divergências de interpretação de um
e outro ponto.
A grafia “co-herdeiro”, por exemplo, foi substituída pela forma “coerdeiro” (prefixo aglutinado e supressão da letra
“h”). Seguiu-se o modelo da palavra “coabitar”, provavelmente considerando o fato de que os prefixos monossilábicos
(uma sílaba) e átonos (“fracos”) em geral se aglutinam ao termo subsequente. É o que ocorre com “re-”, “pre-” e “pro-” e
agora com “co-”.
Ficamos com grafias corretas como “coautor”, “cogestor”, “coprodução”, “coprodutor”, “copiloto”, “corresponsável”,
“cosseno”, “coerdar”, “coabitar” etc.
3) A “lingüiça” não poderia faltar naquela feijoada de domingo!!!
Geralmente os domingos são tão afáveis desde que a linguiça esteja escrita de forma correta!!!
Motivos?
Família reunida, sogra com nora, genro com sogro, cunhada com cunhada!!!
E para completar o belo dia :a feijoada com linguiça e agora sem trema, por favor!!!
Lembrando a regra do Novo Acordo Ortográfico: o trema “morreu”, exceto em nomes próprios e derivados.
P.S.: Prezado amigo leitor não se esqueça que a pronúncia é a mesma, a mudança é na escrita, por isto: NOVO ACORDO
ORTOGRÁFICO.
PARA VOCÊ PENSAR:
(...)
“Partir!
Nunca voltarei,
Nunca voltarei porque nunca se volta.
O lugar a que se volta é sempre outro,
A gare a que se volta é outra.
Já não está a mesma gente, nem a mesma luz, nem a mesma filosofia.
Partir! Meu Deus, partir! Tenho medo de partir!...”
Álvaro de Campos, in “Marinetti Acadêmico
* Advogada e Prof.ª de Português e Inglês
Mestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática
Português Sem Segredos (Ed. Madras) com Miriam M. Grisolia

36

Revista Canavieiros - Julho de 2009
Agende-se
Agosto

de 2009

8º Congresso Brasileiro de Agribusiness
X FEACOOP
Empresa Promotora: ABAG - Associação Brasileira de
X Feira de Agronegócios Coopercitrus
Agribusiness
Tipo de Evento : Feira
Tipo de Evento: Congresso
Cidade: Bebedouro
Início do Evento: 10/08/2009
Estado: São Paulo
Fim do Evento: 11/08/2009
Início do Evento: 05/08/09
Estado: SP
Fim do Evento: 07/08/09
Cidade: São Paulo
Local: Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro
Localização do Evento: Hotel WTC - Av. das Nações Uni- Bebedouro - SP
das, 12.559
Rodovia Brigadeiro Faria Lima, km 384
Informações com: ABAG
Mais informações: www.feacoop.com.br
Site: www.abagbrasil.com.br
Telefone: 11 3285-3100
E-mail: abag@abag.com.br
Bienal dos Negócios da Agricultura
Empresa Promotora: Famato - Federação da Agricultura e Pecuária de
Mato Grosso
Tipo de Evento: Conferência / Palestra
Início do Evento: 19/08/2009
Fim do Evento: 21/08/2009
Estado: MT
Cidade: Cuiabá
Localização do Evento: Cenarium
Rural
Informações com: Secretaria do
evento
Site: www.famato.org.br
Telefone: (65) 3928-4421
E-mail:
bienaldaagricultura@famato.org.br
Saccharum
Tecnologia em Açúcar e Álcool
Tipo de Evento : Cursos
Responsável: Prof. Dr. Marcos Omir
Marques
Cursos: Capacitação e Capacitação
Técnica em Açúcar e Álcool
Cidade: Jaboticabal
Estado: São Paulo
Início do Evento: 26/08/09
Fim do Evento: 28/08/09
Local: Saccharum
Endereço: Rua Rui Barbosa, 546
sala 3 e 4 - 2º andar centro
Telefone: (16) 3203-3990
Site: www.saccharum.com.br
Revista Canavieiros - Julho de 2009

37
VENDEM-SE
-01 Trator Valmet 1680-S 4x4 ano 2000;
-01 Trator Valmet 78 4x2 ano 1989;
-01 Trator Valmet 78 4x2 ano 1987;
Tratar com Francisco Rodrigues pelos telefones: (16) 3947 3725 ou 9247 9056
VENDEM-SE
-Cultivador de cana c/ sulcador completo;
-Cobridor de cana c/ aplicador de
herbicida;
-Kit de feno completo semi-novo;
-Cultivador de cana dmb op reformado;
-Grade arrasto 16x26" reformada;
-Subsolador tatu 7 hastes;
-Subsolador tatu 3 hastes longas;
-Tanque de chapa 4000 L;
- Arados de bacias e aiveca;
-Enleirador de palha;
Tratar com Eduardo pelos telefones:
(16) 3942 2895 ou 3942 3987
VENDEM-SE
-Valtra BM 110/4 ano 2001, trator com
6000 horas, gabinado de fabrica, R$
53.000,00;
-Jonh Deere 7500/4 ano 2001, necessita de pequenos reparos, R$ 30.000,00;
-Canarinho com capacidade para cinco toneladas, altura de 5 metros, motor
perkins 6 cilindros, máquina trabalhando, R$ 30.000,00;
-MF 292/4, ano 2007 com 1900 horas,
R$ 73.000,00;
-Valtra 785/4 ano 2006, R$ 48.000,00;
-MF 295/4 ano 85 com lamina e concha, R$ 32.000,00;
-NH 7630/4 ano 2003, trator com 4000
horas, em excelente estado de conservação, R$ 53.000,00;
Tratar com José Paulo Prado pelos telefones: (019)35415318 ou (19) 91548674
Email: zptratores@yahoo.com.br
VENDEM-SE
-1 Arado Ikeda HD, 2007, 4 aivecascom desarme automático e aplicador de
regente, R$ 9.800,00;
38

Revista Canavieiros - Julho de 2009

-1 Arado Ikeda,2001, com desarme
(fuzil), 4 aivecas, R$4.500,00;
-1 Grade intermediaria, 24x28 ,
2007,TATU, R$ 13.500,00;
-1 Grade intermediária ,24x28, 2001,
TATU, R$10,800,00;
-1 Caminhão 2325,ano 91, super novo,
câmbio 16 S, no chassi, R$120.000,00;
-1 Jipe, ano 62, raridade, todo original, R$25.000,00;
-1 Butijão de Semen, marca Apollo ,
32 litros, alumínio;
-1 Moto Suzuki, Ano 2006, 750 F,
manual, NF, R$24.500,00;
Tratar com Junior Balieiro pelo telefone: (16) 91580303
LEILÃO (ÁREA RURAL)
Imóvel com 6,45 alqueires (15,5543 ha.)
(Área própria de Preservação Permanente - APP)
Denominação: "Sítio Santo Antônio"
Localização: Bacia do Rio Mogi Guaçú
Bairro: "Matão"
Município: Pitangueiras/SP
Avaliação: R$. 105.428,34
Dia 13/08/09 - 13:40 hs (1ª. praça)
Dia 27/08/09 - 13:40 hs (2ª. praça)
Proc. nº. 1.261/97 - Única Vara Cível
FÓRUM - Comarca de Pitangueiras.
VENDEM-SE
- S10 cabine simples, diesel, 2.5, modelo 97, cor cinza metálico, com direção
hidráulica, ar condicionado, motor zero;
- Scraper marca Tatu, modelo STA 2,
capacidade de 3 a 3,5 m3.
Tratar com Mauro pelo telefone: (16)
9961.4583 - Ribeirão Preto.
VENDEM-SE
- 01 Caixa d´água, modelo australiana para 50.000 lts de água;
- 01 Caixa d´água, modelo australiana para 5.000 lts de água;
- 01 Transformador de 15 KVA;
- 01 Transformador de 45 KVA;
- 01 Transformador de 75 KVA;
- Tijolos antigos e telhas;

- Lascas, palanques e mourões de
aroeira;
- 01 Sulcador de 2 linhas DMB;
- Postes de aroeira;
- Terças, caibros e porteiras;
- Tambores plásticos de 200 lts;
Tratar com Wilson pelo telefone: (17)
9739-2000 - Viradouro -SP
VENDE-SE
- 01 Tritom ritom canavieiro, Jumil,
reformado.
Tratar com Ricardo pelos telefones:
(16) 9781 8884 ou 3911 1788
VENDEM-SE
-860 alq. na região de Avaré-SP, 240
alq. em cana, 150 alq. com pasto, 470
alq. com pasto e cana, R$ 25.000,00/alq
(CRECI 84540-F).
-260 alq. com 180 alq. arrendado para
a Usina, na região de Casa Branca-SP,
plana, 2km do asfalto, casa antiga período colonial, R$ 40.000,00/alq (CRECI
84540-F).
-900 ha na região de Gurupi-TO, toda
formada em pastagens, sede boa, curralama, energia elétrica, 600 novilhas,
porteira fechada, R$ 5.400.000,00(CRECI 84540-F).
-4,5 alq. com 200 metros de Rio Jaguari,
com as seguintes caracteristicas: 0 a 1,5
metros de profundidade é barro para ceramica, 1,5 metros até 4,5 metros é areia e
após os 4,5 metros é barro refratário, localizado na região de São João da Boa
Vista-SP, R$ 700.000,00 (CRECI 84540-F).
Tratar com José Paulo Prado pelos
telefones: (19) 35415318 ou (19)91548674
terraverdeimoveis@yahoo.com.br
VENDE-SE
fazenda em Iturama-MG 71 alqueirões, 8 km da usina, pronta para pecuária, lavoura ou cana, 150há já em soja,
barracão, 2 casas, curral com brete e
balança, energia elétrica, excelente
acesso, rica em água, topografia privilegiada. Tratar com Omar (17) 9979-2889
Revista Canavieiros - Julho de 2009

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Revista Canavieiros - Julho de 2009

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  • 1. Revista Canavieiros - Julho de 2009 1
  • 2. 2 Revista Canavieiros - Julho de 2009
  • 3. Editorial Três anos de circulação N este mês a Canavieiros celebra os três anos de circulação. Para comemorar esta data, esta edição traz reportagens especiais. O Novo Código Ambiental Brasileiro é o assunto discutido na reportagem de capa. Com algumas novas propostas, o Novo Código já está no Congresso, mas ainda gera muitas dúvidas nos produtores rurais e é isto que a reportagem procurou esclarecer. Ainda discutindo as leis que dizem respeito aos produtores, o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, traz o projeto de lei de mais uma legislação ambiental a ser seguida, como a necessidade da adequação ao histórico da ocupação territorial e também informações sobre a proibição legal da queima de palha de cana-de-açúcar. O entrevistado deste mês é o deputado federal Antônio Carlos de Mendes Thame, que conversou com a Canavieiros e expôs sua opinião em relação ao desafio da sustentabilidade que o país enfrenta e da capacidade do trabalho realizado pelo governo. Os colaboradores da área de planejamento da Canaoeste assinam os artigos técnicos, que mostram o fechamento da safra 2008/ 2009 e o plano de eliminação gradativa da queima da palha de canade-açúcar da safra 2009/2010. Na secção Destaque estão os bons resultados gerados durante o V Agronegócios Copercana, realizado nos dias 24, 25 e 26 de junho, em Sertãozinho. O evento reuniu autoridades do setor, mais de três mil visitantes e totalizou R$ 100 milhões em negócios. Em Notícias Copercana está o projeto de amendoim realizado pela Uname (Unidade de Grãos da Copercana) e também os dias de campo Syngenta em parceria com a Copercana e Canaoeste durante o mês de junho para cooperados e associados da região. Para as Notícias Canaoeste, a Canavieiros esteve presente no IX Encontro Anual da Orplana, realizado em Piracicaba. O evento reuniu lideranças do setor, que puderam contar com a participação de cooperados e associados da Copercana e Canaoeste. Os cooperados e associados também participaram de uma palestra realizada no auditório da Canaoeste pelo engenheiro agrônomo Osvaldo Chacarolli Júnior, responsável técnico da Casa da Agricultura de Sertãozinho, para os médios e pequenos produtores sobre o FEAP (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista). Além disso, você não pode deixar de conferir as informações setoriais feitas pelo engenheiro agrônomo e consultor técnico da Canaoeste, Oswaldo Alonso. Boa leitura! Conselho Editorial Revista Canavieiros Julho de 2009 Revista Canavieiros -- Julho de 2009 3
  • 4. Indice EXPEDIENTE Capa CONSELHO EDITORIAL: Antonio Eduardo Tonielo Augusto César Strini Paixão Clóvis Aparecido Vanzella Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Manoel Sérgio Sicchieri Oscar Bisson Novo Código Ambiental Brasileiro já está no Congresso Projeto prevê compensação para produtores que preservam o meio ambiente e transfere para os Estados a decisão sobre as áreas de reserva legal Pag. Pag. 22 EDITORA: Cristiane Barão – MTb 31.814 JORNALISTA RESPONSÁVEL: Carla Rossini – MTb 39.788 DESTA DESTA QUES OUTRAS Entrevista CONSECANA DIAGRAMAÇÃO: Rafael H. Mermejo OPINIÃO FOTOS: Carla Rodrigues Rafael H. Mermejo Pag. Antonio Carlos de Mendes Thame Deputado federal (PSDB-SP) Pag. "Falta tudo. O governo não tem feito nada" Pag. Pag. 05 13 16 FENASUCRO COMERCIAL E PUBLICIDADE: (16) 3946-3311 - Ramal: 2008 comercial@revistacanavieiros.com.br DESTAQUE INFORMAÇÕES SETORIAIS DEPARTAMENTO DE MARKETING E COMUNICAÇÃO: Ana Carolina Paro, Carla Rodrigues, Carla Rossini, Daniel Pelanda, Janaina Bisson, Letícia Pignata, Rafael H. Mermejo, Roberta Faria da Silva. Pag. 17 Pag. 24 Pag. 26 Pag. 30 ARTIGO TÉCNICO II IMPRESSÃO: São Francisco Gráfica e Editora 32 ASSUNTOS LEGAIS TIRAGEM: 11.000 exemplares Ponto de vista Duarte Nogueira Deputado Federal pelo PSDBSP, membro da Comissão de Agricultura da Câmara e vicepresidente da Frente Parlamentar da Agropecuária - Sudeste A experiência da Costa Rica Pag. Pag. Notícias 08 08 10 Copercana - Projeto Amendoim 08/09: boa qualidade e controle de pragas - Syngenta realiza dia de campo para cooperados e associados Notícias Pag. 13 Canaoeste - Orplana reúne lideranças do agronegócio - FEAP é apresentado a produtores - Netto Campello Hospital & Maternidade inaugura a UCI Notícias Cocred - Balancete Mensal Pag. CULTURA Pag. 36 AGENDE-SE Pag. Pag. Pag. 37 CLASSIFICADOS Pag. 38 Artigo Técnico 4 4 Revista Canavieiros - Julho de 2009 A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte. ENDEREÇO DA REDAÇÃO: Rua Dr. Pio Dufles, 532 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680 Fone: (16) 3946 3311 12 Fechamento da safra 2008/2009 ISSN: 1982-1530 Pag. Pag. 28 www.revistacanavieiros.com.br redacao@revistacanavieiros.com.br
  • 5. Entrevista Antonio Carlos de Mendes Thame Deputado federal (PSDB-SP) "Falta tudo. O governo não tem feito nada" Revista Canavieiros: Para darmos início a nossa entrevista, gostaria que o senhor falasse um pouco sobre os biocombustíveis brasileiros. Mendes Thame: Os biocombustíveis possuem seis benefícios positivos. 1) Benefício macroeconômico – cada barril de álcool que produzimos significa que temos que importar menos um barril de petróleo. 2) Vantagem de Saúde Pública – foi o álcool que permitiu que abolíssemos o chumbo tetrepila que antes era misturado à gasolina, é altamente tóxico e alguns médicos dizem que é cancerígeno. 3) Vantagem Ambiental – o álcool emite muito menos CO2 do que a gasolina. Portanto, polui menos e está dentro das normas do Protocolo de Kyoto. 4) Vantagem Energética – queimando o bagaço da cana-de-açúcar conseguimos transformar o problema em solução: produzimos energia elétrica. 5) Redução de dependência de outros países – diminuímos a nossa dependência de países árabes que vivem em regiões com problemas políticos e de segurança. 6) Questão Social – é o mais importante de todos os benefícios. Geramos emprego aqui no nosso país e, consequentemente, renda e desenvolvimento a nossa população. Carla Rossini F oi essa a resposta do deputado federal Antonio Carlos de Mendes Thame (PSDB-SP) quando questionado sobre o desafio da sustentabilidade, no âmbito econômico, social e ambiental e o que falta por parte do governo para ajudar o Brasil a vencer esse desafio. O deputado concedeu entrevista a Canavieiros após uma palestra proferida no auditório da Canaoeste para mais de 200 pessoas no dia 19 de junho. Leia, a seguir, a íntegra da entrevista: Revista Canavieiros: O senhor fez uma palestra a poucos instantes para mais de 200 pessoas ligadas à cadeia da cana, açúcar e álcool. O momento é favorável ou não para o setor? Thame: O setor passa por um momento extremamente difícil, principalmente o produtor de cana que está tendo uma remuneração que não dá para cobrir o custo de produção. O álcool está sendo vendido a um preço muito baixo. O presidente da República chamou os usineiros para uma conversa e Revista Canavieiros - Julho de 2009 5
  • 6. Entrevista pediu para que não deixassem faltar ál- le acionário. Para essas empresas, esse E em segundo lugar, no âmbito do cool. E os usineiros aumentaram a pro- crédito do governo pouco ajuda. Estado de São Paulo, estamos assisdução acreditando na promessa do goMas ele pode ajudar as empresas tindo a um processo para facilitar o cumverno de que iria abrir mercado no exte- que estão bem a comprar mais álcool primento do Código Florestal. No dia 7 rior para que pudessem exportar o pro- para estocar. Comprar de quem? Daque- de janeiro deste ano já foi baixado um duto. Mas isso não aconteceu. Não las unidades que estão mal das pernas. decreto do governador permitindo a houve um acordo bilateral para permitir Só que há uma outra dificuldade: quan- compensação em áreas fora da microa exportação de biocombustíveis. Au- do uma usina compra o álcool de outra, bacia e isso já está em estudo pela Sementou a produção de álcool, superan- tem que pagar o ICMS, e aí vai inibir cretaria do Meio Ambiente e vai ajudar do a demanda interna e o que aconte- toda produção. Então temos que pleite- muito àqueles que têm condições de ceu com esse álcool excedente? Foi de- ar junto ao governo do Estado, que a fazer a desafetação da sua área, e passovado no mercado interno e com isso incidência de imposto se dê no momen- sando a afetação de uma outra área, os preços caíram. As unidades que pro- to da venda final, permitindo que uma numa região mais barata, numa região duzem açúcar estão conseguindo expor- empresa possa vender para outra e não onde só tem florestas, como Vale da tar a um preço bom e acabam minimizan- incida o imposto neste momento. Se isso Ribeira, Vale da Paraíba, onde essas áredo o prejuízo que estão tendo com o ocorrer, esse recurso do governo vai as inclusive sejam muito mais acessíálcool. Mas muitas destilarias só pro- poder fazer o seu efeito. Enquanto não veis aos produtores. duzem álcool. Esses estão amargando houver essa autorização, essa posterPortanto, esses dois movimentos uma situação extremamente difícil. Es- gação do referimento do imposto sobre estão em curso, e certamente ocorrerão peramos que isso se ajuste o mais rápi- o álcool, dificilmente vai ter um impacto. rapidamente porque há uma data limite, do possível para que o seque é o mês de dezembro tor possa continuar ofere- “...tudo que nós conquistamos até agora de exportações deste ano, para que possa cendo as seis vantagens começar a ser cobrado de dos biocombustiveis é fruto do desempenho e do que eu citei anteriormente todos os produtores a averempreendedorismo do produtor brasileiro...” que temos, para criarmos bação de sua reserva legal. uma sociedade mais justa e menos desigual. Revista Canavieiros: Como está a Revista Canavieiros: O senhor esE mais uma observação: o Estado questão do biodiesel brasileiro? tava falando na palestra sobre o dede São Paulo criou um Protocolo anteThame: As ações do governo em safio da sustentabilidade, no âmbito cipando o fim das queimadas. Quer di- relação ao biodiesel são lentas demais. econômico, social e ambiental. O que zer, nem essa crítica que havia queima- Nós ainda importamos 20% do diesel falta por parte do governo para ajudas e podia trazer problemas para a saú- que é consumido no país, quer dizer, se dar o Brasil a vencer esse desafio? de, nem isso mais teremos dentro de misturássemos 20% de biodiesel – um Thame: Falta tudo, o governo não um curto espaço de tempo. diesel vegetal produzido a partir de plan- tem feito nada. Na verdade tudo que nós tas, da agricultura – ao diesel mineral, conquistamos até agora de exportações Revista Canavieiros: O governo seriamos autossuficientes. Não há ne- dos biocombustiveis é fruto do desemanunciou a liberação de R$ 2,5 bi- nhuma justificativa para essa mistura fi- penho e do empreendedorismo do prolhões para financiamento da estoca- car em 3 ou 4%. Daríamos um incentivo dutor brasileiro, que tem arcado com gem de álcool das usinas. Mas quase maior à produção de biodiesel. O Brasil todos esses custos. Eu não tenho cotodas elas estão com problema de tem condições de produzir muito mais nhecimento de nenhum investimento do inadimplência. O que o senhor tem a do que está sendo produzido. governo federal, nenhum investimento dizer sobre isso? do Ministério das Relações Exteriores Thame: Só o fato da Petrobras anunRevista Canavieiros: Os produtores no sentido de promover a abertura de ciar que vai comprar álcool para fazer de cana estão muito preocupados com mercados para os produtos brasileiros. estoques já ajudaria a melhorar o preço. a questão do Código Florestal. O que Não vejo também, do ponto de vista do Não precisa comprar 1 litro, só anunciar. o senhor tem a nos dizer sobre isso? governo, nenhuma iniciativa no sentiQuando o ministro da Agricultura era Thame: Há dois movimentos, um do de construir um alcooduto que pero Roberto Rodrigues, fomos pedir a ele movimento é de nível nacional, no sen- mita a diminuição dos custos de transnum desses momentos difíceis, que fi- tido de permitir certas adequações no porte para facilitar a exportação do prozesse essa intermediação com a Petro- Código Florestal que viabilizem uma duto. Portanto, o governo federal, infebras. Ela fez o anúncio, o preço reagiu, conciliação entre a agronomia e a eco- lizmente, não começou a trabalhar. Alela não precisou comprar e já foi um alí- logia e isso é absolutamente viável. guns dizem que isso é vantagem porvio para o setor. E realmente, para as Tenho absoluta convicção de que esse que se até agora ele não fez nada e o empresas que mais precisam, aquelas grande acordo será feito sobre o patro- Brasil tem conseguido exportar um pouque estão passando por uma situação cínio não só de ambientalistas e rura- co de álcool, na hora que ele entrar vai desesperadora, que dificilmente vão listas, mas de pessoas que têm bom melhorar muito em relação a nossa caconseguir até sobreviver, possivelmen- senso e acreditam que essa união con- pacidade de exportação e de colocar esse te, terão de vender parte do seu contro- tribui para o bem comum. produto no mercado externo. “ 6 Revista Canavieiros - Julho de 2009
  • 7. Revista Canavieiros - Julho de 2009 7
  • 8. Ponto de Vista A experiência da Costa Rica Duarte Nogueira* A discussão sobre a reformulação do Código Florestal deve estar baseada em critérios científicos. Do jeito que está colocada, transformou-se num embate sem propósito entre ambientalistas e setor produtivo, como se os dois agentes fossem antagônicos. Por isso, os tons vão subindo e o problema parece não ter solução. No meio do impasse estão os produtores rurais, que não sabem para que lado correr, especialmente no que diz respeito às reservas legais, percentual de cada propriedade que deve ser recoberto com floresta natural. A reserva legal foi instituída no Código Florestal de 1965, que também definiu os percentuais a serem cumpridos. A Medida Provisória 2.166/67, que entrou em vigor em agosto de 2001, alterou os percentuais: na Amazônia passou de 50% para 80%, no cerrado, de 20% para 35% e nas áreas onde não havia imposição de reserva legal, passou-se a exigir 20%. A alteração gerou resistências, já que inverteu a orientação da lei: em 1965, o objetivo era estimular a expansão da atividade agropecuária e agora, com a área de produção consolidada, exige-se que 20% das propriedades seja reflorestada. Os produtores rurais alegam que, sozinhos, não têm condições de arcar com os custos do reflorestamento e que não é possível repor em pouco tempo o que foi retirado ao longo de décadas. Além disso, perderão produção e renda. E nessa 8 Revista Canavieiros - Julho de 2009 questão, os pontos sensíveis são quem e como deve custear a recomposição florestal? A convite do E-Parliament, fórum de discussão que reúne legisladores de vários países do mundo, participamos de 4 a 8 de junho, de uma audiência na Costa Rica para conhecer o modelo adotado naquele país, baseado no pagamento por serviços ambientais. O programa - que tem a participação do Ministério do Meio Ambiente, universidades, centros de pesquisas e organizações não governamentais - foi colocado em prática em 96 para reduzir as taxas de desmatamento, uma das maiores do mundo. Em 1987, a cobertura florestal da Costa Rica representava 29% do território. Atualmente, 51% do território estão protegidos e o aumento da cobertura deve-se ao Programa de Serviços Ambientais que abrange uma área de 450 mil hectares ou 8% do total do território da Costa Rica. Mais de 7.000 pequenos e médios produtores participam e já foram investidos mais de US$ 100 milhões nas ações. É de responsabilidade do Fundo Nacional de Financiamento Florestal, mantido por várias fontes, entre elas Banco Mundial, Fundo Mundial do Ambiente e imposto de 3,5% sobre a venda de combustíveis fósseis, além de parcerias com a iniciativa privada. Basicamente, o programa reconhece serviços ambientais como mitigação de emissões de gases causadores do efeito estufa, proteção da água e da biodiversidade para sua conservação e uso sustentável, proteção de ecossistemas. Para reflorestamento, o valor pago corresponde a US$ 816 por hectare para um período de dez anos, já para prote- ção de florestas, o valor é US$ 64/hectare anuais durante cinco anos. Apesar das realidades serem distintas – o território da Costa Rica tem 51 mil km², enquanto o Estado de São Paulo, por exemplo, tem 248 mil km² – é uma experiência bem-sucedida, que pode servir de base para a formulação de ações e parcerias no Brasil e em vários países, com as devidas adequações. O modelo costarriquenho demonstra eficiência porque houve consenso entre diferentes partes em relação aos mecanismos a serem adotados. Governo, setor produtivo, pesquisadores e ambientalistas cooperaram na formulação do programa, que hoje tem benefícios não somente ambientais, mas sociais e econômicos, já que reforçou o potencial turístico da Costa Rica. Foi uma solução consensual e criativa e só por isso serve de exemplo para nós. *deputado federal pelo PSDBSP, membro da Comissão de Agricultura da Câmara e vice-presidente para a região Sudeste da Frente Parlamentar da Agropecuária
  • 9. Revista Canavieiros - Julho de 2009 9
  • 10. Notícias Copercana Syngenta realiza dia de campo para cooperados e associados Carla Rodrigues A empresa Syngenta em parceira com a Copercana e Canaoeste realizou no mês de junho quatro dias de campo para demonstração de produtos inovadores. Os responsáveis pelas demonstrações foram os engenheiros agrônomos da Syngenta, João Bighetti e Henrique Mourão. O primeiro dia de campo do mês aconteceu na cidade de Pontal (10/ 06) com o apoio da empresa Yara usando como campo demonstrativo as terras dos próprios cooperados e associados da Copercana e Canaoeste. Já no dia 17, também com o apoio da Yara, o evento foi realizado para atender os cooperados e associados da região de Pitangueiras, Viradouro e Morro Agudo. No dia 18, o dia de campo foi realizado para os cooperados das regiões de Serrana e Cravinhos, e por último, dia 19, foi a vez de Descalvado e Porto Ferreira, que contaram com o apoio da Bunge. Os produtos apresentados são voltados para a cultura de cana-deaçúcar, como os herbicidas Hukk, Dual Gold e Gesapax, que garantem a redução ou a eliminação de plantas infestantes (mais conhecidas como ervas daninhas). Além destes, outros produtos foram mencionados durante a demonstração, como o inseticida Actara e os herbicidas Gramoxone e Callisto. O cooperado Eduardo Botaro pôde acompanhar de perto as demonstrações e acredita no resultado positivo que este tipo de evento traz para os produtores. “Sempre que possível eu faço questão de estar presente nos dias de campo. Eu pelo 10 Revista Canavieiros - Julho de 2009 menos preciso ver para crer na eficácia do produto e esses eventos nos dão essa oportunidade. Isso é muito válido para nós que precisamos estar sempre nos atualizando e conhecendo novos produtos”, disse Botaro, engenheiro agrônomo e produtor de cana da região de Descalvado.
  • 11. Notícias Copercana Projeto Amendoim 08/09: 08/09: boa qualidade e controle controle de pragas Da Redação Foram recebidas 1.930.000 sacas; para a safra 09/10 as metas são redução de custos e aumento de produtividade O projeto Amendoim 08/09 encerrou a safra com o recebi mento de 1.930.000 sacas. De acordo com o engenheiro agrônomo encarregado do projeto, Edgard Matrangolo Júnior, as metas estabelecidas foram alcançadas. “Em uma safra na qual a infestação de doenças e pragas foi alta, os produtores participantes do projeto de uma maneira geral não tiveram problemas no controle das mesmas”, disse. Segundo ele, em termos de qualidade a safra foi muito boa, pois a incidência de aflatoxina foi baixa em relação aos anos anteriores, em virtude não apenas de um clima favorável como também do resultado de treinamentos realizados pelo Departamento de Qualidade. Matrangolo Júnior afirmou que, a partir desses resultados, se conclui que as recomendações dos técnicos do Departamento Técnico de Grãos e do Departamento de Qualidade foram altamente satisfatórias. Tais resulta- dos são frutos de três anos de parceria com pesquisadores da Unesp, de Jaboticabal, e Esalq, de Piracicaba, na realização de experimentos com a cultura do amendoim. “Neste segmento realizamos vários experimentos que, com certeza, irão dar aos nossos técnicos um suporte ainda maior na orientação aos produtores nas próximas safras”, disse. Para o projeto referente à safra 09/ 10 os objetivos traçados pelo gerente da UNAME (Unidade de Grãos), Augusto Strini são: redução de custos das lavouras (principalmente no que se refere a arrendamento) e aumento de produtividade. Para que isso possa ser alcançado existem vários fatores que, trabalhados em conjunto, resultarão no sucesso dos objetivos tra- çados. São eles: adubação, gasto de sementes, aplicação de defensivos, pagamento de renda. Segundo o engenheiro agrônomo responsável pelo projeto, estão em fase de multiplicação duas variedades alto oléicas desenvolvidas pelo Instituto Agronômico, a IAC – 503 e IAC – 505, que dentro de dois anos estarão disponíveis para plantio comercial. O grande diferencial dessas variedades é a maior durabilidade do produto (maior tempo de armazenagem, sem perda de qualidades) que, com certeza, agregará um valor maior na remuneração em relação às variedades atuais. Revista Canavieiros - Julho de 2009 11
  • 12. Notícias Canaoeste Orplana reúne lideranças do agronegócio Carla Rodrigues Encontro Anual foi realizado em Piracicaba, como parte do Simtec O s cooperados e associados da Copercana e Canaoeste participaram do 9º Encontro Anual da Orplana (Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil), realizado no último dia 3, em Piracicaba, como parte da programação do Simtec (Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira). O encontro teve como palestrantes o presidente da Orplana, Ismael Perina Júnior, o secretário de Produção de Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Vicente Fernandes Bertone, o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Luís Carlos Guedes Pinto e o deputado federal Duarte Nogueira. Os temas abordados durante a reunião foram a crise econômica mundial, a reformulação do Código Florestal e o sistema de crédito rural brasileiro. Para Perina, há necessidade de o Banco do Brasil auxiliar mais as cooperativas que, principalmente em momentos de crise, são a melhor alternativa para o produtor rural. Ele também destacou que, em relação à legislação ambiental em vigor, “se nada for feito até dezembro deste ano, os produtores rurais serão considerados criminosos ambientais”. Em relação ao Código Florestal, Bertone disse que alguns pontos precisam ser revistos e defendeu o direito de produção. “O país tem que preservar, mas também tem que produzir”, disse. Para ele é necessário que se faça um planejamento para que o produtor se adeque às novas leis e defendeu a compensação da Reserva Legal em outros Estados. Cooperados e associados do Sistema vão a Piracicaba participar do 9º encontro anual da Orplana Já Nogueira apresentou a proposta de reformulação do Código Ambiental Brasileiro, já em discussão no Congresso Nacional. Segundo ele, a bancada ligada ao agronegócio na Câmara está definindo alguns pontos considerados cruciais para a questão ambiental: daqui para frente, desmatamento zero, para salvaguardar o recolhimento fiscal, os empregos gerados e a produção; apreciação científica para extensão das APPs associadas ao relevo; uso do Zoneamento Econômico Ecológico; compensação da Reserva Legal em outras bacias hidrográficas. José Benedito Graciano (Associação de Santa Bárbara D'Oeste), Ismael Perina Júnior (presidente da Orplana), Dra. Valquiria da Silva (Diretora do IEA - Instituto de Economia Agrícola), Antonio de Padua Rodrigues (Unica), Maria Christina Pacheco (diretora tesoureira da Orplana), José Coral (Associação de Piracicaba) e Manoel Bertone (secretário de Produção de Agroenergia do MAPA). Geraldo Magela Silva (assessor da Orplana), Manoel Ortolan (presidente da Canaoeste) e Gustavo Nogueira (gerente técnico agrícola da Canaoeste) O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil enfatizou a importância do trabalho realizado pela instituição para amenizar os efeitos da crise econômica e ajudar a liberação de crédito. Ele também destacou que, durante esse período de retração, o Banco do Brasil cresceu 30% e espera ter o mesmo resultado em 2009. “Este ano acreditamos crescer mais 30%, ajudando e financiando os produtores de cana e de outras culturas também”.
  • 13. Consecana Notícias Canaoeste CIRCULAR Nº 06/09 DATA: 30 de junho de 2009 Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de JUNHO de 2009. O preço médio do kg de ATR para o mês de JUNHO, referente à Safra 2009/2010, é de R$ 0,2828. O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a junho e os acumulados até JUNHO, são apresentados a seguir: Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD). Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a junho e os acumulados até JUNHO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/09, são os apresentados acima. FEAP é apresentado a produtores Carla Rodrigues Fundo possui linhas de financiamento voltadas a produtores com renda anual de até R$ 400 mil O engenheiro agrônomo Osvaldo Chacarolli Júnior, responsável técnico da Casa da Agricultura de Sertãozinho, proferiu palestra, no auditório da Canaoeste, em junho, voltada a médios e pequenos produtores sobre as áreas de atuação do FEAP (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista). O FEAP é um programa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo com linhas de financiamento voltadas aos produtores com renda agropecuária anual de até R$ 400 mil. Seu objetivo é prestar apoio financeiro em programas e projetos específicos, de interesse da economia estadual, aos agricultores, pecuaristas e pescadores artesanais, bem como a suas cooperativas e associações. Atualmente o FEAP atua em três principais programas: 1. Financiamento direto, abrangendo 23 linhas específicas de crédito que englobam várias culturas e atividades do agronegócio; 2. Subvenção do prêmio do seguro rural, que consiste no pagamento de até 50% do prêmio cobrado pelas seguradoras no momento da aquisição de seguro rural pelos produtores, com limite de até R$24.000,00 por beneficiário; 3. Programa Pró-trator, onde o FEAP subvenciona os juros do financiamento, permitindo que o produtor rural possa adquirir o equipamento com juro zero. Chacarolli Júnior, que assumiu re- centemente a Casa da Agricultura, atende provisoriamente na Regional da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) localizada na Av. Fábio Barreto, nº 41, em Ribeirão Preto, o telefone para contato é (16) 3610-8228.
  • 14. Notícias Canaoeste Netto Campello Hospital & Maternidade está em festa está em festa Carla Rodrigues N o dia 07 de julho de 2009, foi inaugurada a UCI (Unidade de Cuidados Intermediários), do Netto Campello Hospital e Maternidade, para o atendimento de crianças que necessitam de cuidados especializados. Esta nova unidade conta com um suporte tecnológico de última geração, além de uma equipe de profissionais especializados e de mão de obra qualificada através de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, garantindo um atendimento humanizado e de ótima qualidade para a recuperação rápida do pequeno paciente internado. Dra. Elisa (esq.), Herbert Moraes, Dr. Matheus Borges, Dr. Valfrido Assan, Manoel Ortolan, Paulo Canesin, Dra. Andréa, e Sérgio Sicchieri O horário de visita é realizado em dois momentos para os pais, diariamente. De acordo com a necessidade do recém nascido a mãe pode acompanhálo por um período maior durante o dia, estimulando dessa forma, o aleitamento materno e o vínculo mãe-filho. O Netto Campello Hospital e Maternidade, preocupado com a humanização durante esse período de internação também abre espaço para a visita dos avós, que são realizadas todas as quintas-feiras no segundo horário de visita. Todo atendimento a criança e sua família será realizado de forma espe- Padre Orioli abençoa a nova UCI cial, visando à recuperação rápida, com o apoio necessário e o melhor atendimento durante esse período de internação. Débora, Cintia Sichieri, Priscila, Graziela, Paula, Ana Mara e Aline. 14 Revista Canavieiros - Julho de 2009 Esta nova unidade conta com um suporte tecnológico de última geração
  • 15. Revista Canavieiros - Julho de 2009 15
  • 16. Opinião O produtor espera bom senso Manoel Carlos de Azevedo Ortolan* E m um ponto, nós, que somos produtores rurais e parte do agronegócio brasileiro, temos de dar o braço a torcer: somos péssimos em fazer propaganda da nossa atividade e importância. E como ficamos calados, permitimos que a sociedade construísse uma imagem do setor produtivo com base no que os outros falam a nosso respeito. Assim, nossa omissão fez com que fôssemos transformados no bode expiatório de grande parte das mazelas do país. O setor produtivo desmata, polui o ambiente e não cumpre a lei. Essa é a idéia que grande parte da sociedade faz de nós talvez por não ter conhecimento das nossas qualidades e contribuições: que somos responsáveis por 25% do PIB, 36,2% das exportações e 37% dos empregos gerados. As cidades poluem mais do que a atividade agropecuária e nem por isso a legislação é mais branda sobre o setor produtivo. Muito pelo contrário. Atualmente estão em vigor mais de 16 mil normas ambientais e 130 projetos em tramitação no Congresso Nacional para a criação de mais leis. Além do número exagerado de artigos, parágrafos e capítulos que o produtor rural deve cumprir à risca, a legislação ambiental acabou se tornando numa colcha de retalhos, descolada da realidade atual. A primeira versão do Código Florestal Brasileiro é de 1934 e a segunda, de 1965. De lá para cá, sofreu mais de 60 alterações. 16 Revista Canavieiros - Julho de 2009 Nesse intervalo, a atividade agropecuária sofreu uma revolução e o Brasil se transformou em um dos principais fornecedores de alimentos do mundo. E o produtor rural cumpriu os limites estabelecidos no Código. Agora, depois de 40 anos e com a área de produção já consolidada, a legislação foi alterada, sem qualquer referencial científico, e o produtor, que lá atrás cumpriu a lei, hoje é obrigado a reflorestar parte de sua propriedade, perder produção e renda. E nesse debate sobre a questão ambiental, o produtor é sempre colocado como aquele que não quer cumprir a lei, quando, na verdade, cobra apenas bom senso na definição das normas. No final de maio, a Frente Parlamentar da Agropecuária, que reúne deputados federais e senadores, apresentou o projeto de lei 5367/ 09, que, se aprovado, irá substituir o atual Código Florestal e revogará outras leis da área ambiental. O projeto foi elaborado com a participação de entidades que representam o setor e em linhas gerais transfere para os Estados o planejamento técnico e científico de toda ocupação territorial, cria um fundo de compensações, extingue penas de prisão para crimes ambientais e garante áreas de produção rural já consolidadas no país. Prevê também que a unidade de conservação da biodiversidade passaria a ser a bacia hidrográfica e não mais a propriedade, como está atualmente. Assim, as exigências recairiam sobre cada Estado e não sobre cada fazenda. As áreas de preservação permanente e de reserva legal seriam transformadas em áreas de reserva ambiental, cuja proteção seria determinada segundo a topografia e a presença de rios. Há ainda um longo caminho a ser percorrido e um intenso debate a ser travado sobre o projeto, mas já é um ponto de partida. Sem uma definição, o produtor fica perdido, inseguro quanto à legislação que terá de seguir e, ainda por cima, com uma imagem negativa, que foi sendo construída ao longo dos anos e do nosso silêncio. A discussão desse projeto, que promete ser um novo Código Ambiental, precisa da nossa participação e da contribuição das entidades que representam o setor produtivo. Não podemos repetir o erro da omissão. *Presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo) www.canaoeste.com.br
  • 17. Repercutiu No dia 19 de junho os diretores do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred receberam a visita de duas importantes autoridades na sede das cooperativas e associação. O deputado federal Antonio Carlos de Mendes Thame e o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf. "As crises trazem oportunidades. A crise existe, mas temos que lutar para combatê-la e sairmos fortalecidos desse período". Paulo Skaf, presidente da FIESP, durante visita aos diretores do sistema Copercana/ Canaoeste/Cocred "Essas lideranças sempre trazem assuntos inovadores e de interesse dos produtores. Temos que discutir soluções para os nossos problemas de preços baixos e remuneração que não cobre os custos de produção". Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana “Nesse momento em que o produtor de cana passa por tantas dificuldades, os municípios canavieiros também estão sofrendo as consequências. Por isso temos que nos unir em busca de soluções para o nosso setor” Nério Costa, prefeito de Sertãozinho “O objetivo do encontro foi fortalecer a entidade e também discutir as perspectivas do setor sucroenergético e os desafios comuns à cadeia produtiva e aos municípios”. Manoel Ortolan, coordenador regional da Amcesp e presidente da Canaoeste “É uma honra recebermos essas lideranças em nossa cooperativa. O auditório está lotado, mais de 200 cooperados, o que demonstra o quanto esse tema é importante para os produtores de cana”. Lelo Bighetti, diretor da Copercana Revista Canavieiros - Julho de 2009 17
  • 18. Notícias Cocred Balancete Mensal Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana de Sertãozinho BALANCETE - MAIO/2009 Valores em Reais 18 Revista Canavieiros - Julho de 2009
  • 19. Revista Canavieiros - Julho de 2009 19
  • 20. 20 Revista Canavieiros - Julho de 2009
  • 21. Revista Canavieiros - Julho de 2009 21
  • 22. Reportagem de Capa Novo Código Ambiental Bras Da redação Projeto prevê compensação para produtores que preservam o meio ambiente e transfere para os Estados a decisão sobre as áreas de reserva legal J á tramita no Congresso Nacional o projeto de lei 5367/09, apresentado por 47 deputados federais da Frente Parlamentar da Agropecuária, que institui o Código Ambiental Brasileiro. A proposta foi apresentada no início de junho e deverá ser analisada pelas comissões técnicas da Câmara antes de ser votado em plenário. Se aprovado na Câmara e no Senado, irá substituir o atual Código Florestal (Lei 4.771/65) e revogará outras leis da área ambiental. Atualmente estão em vigor mais de 16 mil normas ambientais e 130 projetos tramitam no Congresso Nacional. Os municípios que promoverem ações de proteção ambiental também serão compensados financeiramente. O deputado Valdir Colatto (PMDBSC), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, critica o fato de, atualmente, não haver no Brasil uma política de valorização por serviços florestais prestados por produtores. As áreas atualmente denominadas reserva legal poderão ser descaracterizadas após a definição do percentual mínimo de reservas ambientais nos Estados pelo zoneamento econômico ecológico. A reserva legal é o percentual de vegetação a ser conservada em uma propriedade, e que varia de acordo com cada bioma. “O Código Florestal vigente pune os produtores que não recuperarem áreas utilizadas muito tempo antes de a legislação ambiental existir no Brasil. A nossa legislação criminaliza o produtor”, avalia. Segundo o projeto, a elaboração do ZEE deverá ser participativa, podendo os atores socioeconômicos intervir nas diversas fases do trabalho, a ser elaborado pelos governos estaduais. Um dos principais pontos da proposta é a previsão de compensação financeira para os produtores rurais que preservam a natureza. A proposta determina a compensação financeira de proprietários de áreas ambientalmente importantes ou no caso de limitação de exploração econômica do local. Esses proprietários contarão com créditos especiais, recursos, deduções, isenções parciais de impostos, tarifas diferenciadas, prêmios e financiamentos, entre outros benefícios. Os recursos para financiar essa “remuneração por serviços ambientais” virão do Orçamento e do Fundo Nacional do Meio Ambiente. 22 O deputado lembra ainda que, nos Estados Unidos, os programas de apoio à conservação ambiental representam parcela significativa da renda dos produtores norte-americanos. Além da compensação pela perda de renda com a terra que não pode ser utilizada pela agricultura, os produtores são ressarcidos pelo custo da implantação de cobertura vegetal para proteger áreas sensíveis. O projeto estabelece diretrizes gerais sobre a política nacional de meio ambiente. Caberá aos Estados legislar sobre suas peculiaridades. Assim, será responsabilidade de cada Estado identificar as áreas prioritárias para conservação e preservação com base em estudos técnicos, visando à sustentabilidade. Revista Canavieiros - Julho de 2009 Foto: Hermínio Oliveira Valdir Colatto Colatto discorda do estabelecimento de regras nacionais relativas ao meio ambiente, como a fixação da reserva legal em 20% da área total de uma propriedade na maioria dos estados brasileiros. Na Ama-
  • 23. Reportagem de Capa sileiro já está no Congresso zônia, a área de reserva legal deve ser equivalente a 80% da propriedade e, no Cerrado, a 35%. “O estabelecimento de parâmetros de forma generalizada em um país de proporções continentais foi o início de uma antipolítica ambiental. O que se conseguiu foi punir aqueles que protegeram o meio ambiente com o engessamento econômico. Porém, onde há miséria, não há condição de proteção dos recursos naturais”, diz Colatto. Nos termos da proposta, as atividades rurais de produção alimentícia, vegetal e animal são consideradas ati- vidades de interesse social. As atividades realizadas em áreas consideradas frágeis dependerão de prévio licenciamento ambiental. Porém, se um Estado indicar a recuperação de áreas degradadas para constituição de reservas, deverá ele próprio fornecer os meios de recomposição da área. Foto: Ag. Estado Ministério da Agricultura O ministro da Agricultura Reinhold Stephanes lismos para que o debate relativo à elaboração de uma nova legislação ambiental caminhe para um consenso. Cesário Ramalho "O ministro Stephanes revelou que trabalha por um acordo com o ministro Minc para elaboração de um novo código ambiental, que efetivamente cumpra seu papel de conservação, sem barrar produção e desenvolvimento", diz Ramalho. De acordo com o presidente da SRB (Sociedade Rural Brasileira), Cesário Ramalho, que se reuniu com o ministro Reinhold Stephanes (Agricultura), no final de junho, o ministro defende o diálogo equilibrado, à luz da ciência, livre de radica- Ramalho ressalta, ainda, que no encontro, o ministro Stephanes reiterou os principais tópicos da proposta do Mapa - que tem respaldo técnico-científico no estudo da Embrapa Monitoramento por Satélite - para modernização do Código Florestal: somar Áreas de Proteção Permanente com as de Reserva Legal; recomposição da Reserva Legal: usar espécies arbóreas econômicas + nativas; possibilidade de compensação da Reserva Legal fora da bacia hidrográfica ou do Estado; permitir a continuidade das atividades agropecuárias em APPs consolidadas (topos de morro, encostas, várze- as); aumentar o prazo previsto para a compensação da Reserva Legal iniciando a contagem na publicação da lei; o uso das APP´s deve ser atribuição dos Estados: CONSEMAS e ou Secretarias Estaduais do Meio Ambiente baseados na orientação dos Zoneamentos Ecológicos Econômicos (ZEEs); flexibilização da legislação aos pequenos produtores, que não têm condições financeiras de se adequar às normas da compensação ambiental; criar condições para o Desmatamento Zero no Bioma Amazônia Revista Canavieiros - Julho de 2009 23
  • 24. Destaque V Agronegócios Copercana fecha negócios na ordem de R$ 100 milhões Carla Rossini Feira, realizada nos dias 24, 25 e 26 de junho, em Sertãozinho, movimentou os cooperados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred O V Agronegócios Copercana, realizado no Clube de Campo Vale do Sol, em Sertãozinho, nos dias 24, 25 e 26 de junho, recebeu cooperados de toda a região de abrangência das cooperativas. Nos três dias de evento, mais de 3 mil pessoas visitaram a feira para conhecerem as novas tecnologias e produtos apresentados pelos 63 expositores presentes. Entrada da feira Superando até mesmo as expectativas dos organizadores, os negócios fechados durante a feira totalizaram R$ 100 milhões, 17 % a mais que na edição anterior. Segundo o gerente comercial da cooperativa, Frederico José Dalmaso, “a feira foi excelente e mostrou que o setor está reagindo ao período de crise. Os cooperados esperaram por esse momento para fazer suas compras e conseguiram obter bons negócios”, afirma Frederico. Área Externa Área Interna Para se ter uma idéia do sucesso que foi a feira, foram comercializados 77 mil toneladas de adubos. “A Copercana mais uma vez demonstrou o seu papel que é ajudar o cooperado para que ele consiga sobreviver no agronegócio, mesmo num momento tão delicado para a economia”, acrescenta o gerente comercial. Os prazos de pagamento foram adequados de acordo com a safra da cultura que o cooperado planta. “Não medimos esforços para dar condições adequadas de compra aos produtores. Esse é o papel da cooperativa: amenizar os custos de produção para que o Antônio Eduardo Tonielo faz a abertura da produtor obtenha feira ao lado de Manoel Ortolan e Lelo Bighetti melhor renda”, disse Lelo Bighetti, diretor da Copercana. Além dos adubos e defensivos, também foram comercializados diversos materiais para a 24 Revista Canavieiros - Julho de 2009 atividade agrícola, como calcário, máquinas e equipamentos para as culturas de cana, soja, amendoim e milho. Os cooperados Teodoro Rodrigues Sobrinho e José Rodrigues esperaram a feira para fazer as compras da família. E valeu a pena. “Nós compramos 200 toneladas de adubo com o preço mais acessível que no mercado e utilizamos o financiamento oferecido pela cooperativa com um prazo melhor de pagamento”, disse Teodoro. Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana, Cocred e da feira, não escondeu a sua satisfação com o resul-
  • 25. Destaque Área de negociação dos produtos químicos Diretores e funcionários do Sistema Copercana / Canaoeste / Cocred que trabalharam para o sucesso da feira Exposição de Ovinos Diretores da Copercana e da Cheminova tado desta 5ª edição do Agronegócios: “É muito satisfatório atingirmos o nosso objetivo com sucesso. Os bons resultados da feira são consequência de muito trabalho e dedicação da nossa equipe de diretores, gerentes e funcionários. Vamos continuar trabalhando para que o Agronegócios Copercana continue superando nossas expectativas a cada edição”, afirmou Tonielo. “O número de cooperados que visitaram a feira e os resultados dos negócios realizados demonstram que estamos no caminho certo. Sempre trabalhando para dar condições aos nossos cooperados de realizar negócios melhores dos que os apresentados no mercado. É para isso que a Copercana existe”, finalizou o presidente. Área externa da feira Palestras Durante o evento, a Copercana e o Sebrae realizaram um ciclo de palestras com os temas gado de corte, gado de leite e ovinos. Todos os cooperados podiam assistir as palestras que foram ministradas por técnicos especializados nos assuntos abordados. Manoel Ortolna realizou o sorteio do 1º ganhador da TV 42” sorteada no Rally do V Agronegócios Copercana, Otávio Antonio Leonel de Dumont-SP O médico veterinário da Copercana, Gustavo Lopez, destacou que “esse tipo de ação dentro da feira é excelente para o aprimoramento do conhecimento dos cooperados. Muitos integram em suas propriedades as plantações de cana com a criação de gados e ovinos. É uma fonte de renda extra e as palestras ajudam principalmente quem está começando a diversificar sua atividade”, disse Gustavo. 25 3º ganhador Canavieiros - Julho de 2009 Revista Leandro Merlo, recebe o prêmio de Lelo Bighetti. (a 2ª ganhadora Maria Marlene G. Otaviano de Sta. Rita do Passa Quatro-SP, não estava presente
  • 26. Informações Setoriais CHUVAS DE JUNHO e Prognósticos Climáticos e Prognósticos Climáticos No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de JUNHO de 2009. Engº Agrônomo Oswaldo Alonso Assessor Técnico Canaoeste Com exceção da Fazenda Santa Rita - Terra Roxa, as chuvas de JUNHO que, na região de abrangência da CANAOESTE ocorreram principalmente nos dois primeiros dias do mês, foram inferiores às respectivas médias históricas. Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 17 de JUNHO de 2009. O Mapa 1, ao lado, mostra que o índice de Água Disponível no Solo, no período de 15 a 17 de JUNHO, apresentava-se como baixo a crítico em toda faixa centro-norte do Estado, excetuando-se faixa entre as Regiões de Ribeirão preto e São João da Boa Vista. Bons níveis de umidade de solo ainda eram observados nas Regiões canavieiras de Assis/ Ourinhos, Bauru, Campinas, Piracicaba e Sorocaba. 26 26 Revista Canavieiros - Julho de 2009 Revista Canavieiros - Julho de 2009 ÁGUA, usar s ÁGUA, usar s Protejam e preservem as n Protejam e preservem as n
  • 27. Informações Setoriais Mapa 2:- Água Disponível no Solo, ao final de JUNHO de 2008. · Prevê-se que a temperatura média na Região Centro-Sul ficará entre próxima a ligeiramente abaixo da normalidade climática, mas com possibilidades de maiores variações térmicas na Região Sul. · Quanto às chuvas, estão previstas como próximas das respectivas médias históricas nas Regiões Centro Oeste e Sudeste, mas poderão ser inferiores às normais climáticas nos estados da Região Sul; Mapa 3:- Água Disponível no Solo, ao final de JUNHO de 2009. · Como referência, as médias históricas das chuvas, pelo Centro Apta-IAC, para Ribeirão Preto e municípios vizinhos são de 20mm tanto em julho, como em agosto e pouco mais de 50mm em setembro. Considerando-se as previsões elaboradas pela SOMAR Meteorologia para a região de abrangência da CANAOESTE, apontam que, percentualmente, as chuvas de julho e setembro apresentarão variações, porém insignificantes em termos de volume, as quais serão próximas das respectivas médias históricas. Entretanto, prevê-se escassez de chuvas durante o mês de agosto, comparativamente aos outros dois meses. Os Mapas 2 e 3, acima, mostram que os índices de Água Disponível no Solo foram semelhantes nos finais de JUNHO de 2008 e de 2009, ou seja, entre médios a altos na área canavieira entre o Centro e Sul (notadamente, Sudoeste) do Estado. Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de julho a setembro. sem abusar ! sem abusar ! nascentes e cursos d’água. nascentes e cursos d’água. Como na região de abrangência da CANAOESTE já se verifica e prevê-se que a umidade do solo se mantenha baixa, dificilmente ocorrerá pisoteio durante as operações de colheita (carregamento) e transporte da cana, podendo dispensar cultivos mecânicos das soqueiras recém-colhidas. Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos CANAOESTE mais próximos. Revista Canavieiros - Julho de 2009 Revista Canavieiros - Julho de 2009 27 27
  • 28. Artigo Técnico Fechamento da safra 2008/2009 Tabela 2 – Dados Tecnológicos Médios das Canas Entregues pelos Fornecedores da CANAOESTE na Safra 2006/2007 Por Thiago de Andrade Silva Assistente de Controle Agrícola da CANAOESTE A pós o término de moagem da Safra 2008/ 2009, os fornecedores de cana associados à CANAOESTE entregaram cerca de 12,13 milhões de toneladas de cana nesta Safra, incluindo cana de nossos Associados entregues em Unidades Industriais fora da região de abrangência da CANAOESTE. Na tabela 1, observam-se os teores médios de ATR das safras 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009 em Kg/tonelada, sendo que o teor de ATR da safra 2008/ 2009 ficou 3,81 Kg de ATR/tonelada abaixo do teor médio de ATR das Safras 2006/2007 e 2007/2008. Tabela 1 – Teor médio de ATR (Kg/ ton) por safra das Canas Entregues por Fornecedores da CANAOESTE entre as Safras 2006/2007 e 2007/ 2008 e a Safra atual 2008/2009 As tabelas 2, 3 e 4 (ao lado) trazem mais detalhes da qualidade tecnológica média da matéria-prima das safras 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009. Tabela 3 - Dados Tecnológicos Médios das Canas Entregues pelos Fornecedores da CANAOESTE na Safra 2007/2008 O Brix da Safra 2008/2009 começou abaixo do Brix da Safra 2006/2007 e da Safra 2007/2008, permanecendo inferior até a 1ª quinzena de junho, depois houve uma boa recuperação, mas insuficiente para superar as duas safras anteriores. Gráfico 1 - Comparativo das Médias de Brix (%) Tabela 4 - Dados Tecnológicos Médios das Canas Entregues pelos Fornecedores da CANAOESTE na Safra 2008/2009 O mesmo comportamento do Brix ocorreu com o Pol do Caldo (%). Gráfico 2 – Comparativo das Médias de Pol do Caldo (%) 28 Revista Canavieiros - Julho de 2009
  • 29. Artigo Técnico Exceto na 2ª quinzena de setembro e na 1ª quinzena de outubro, os teores de Fibra da Safra 2008/2009, se posicionaram em situação intermediária entre os valores das Safras 2006/2007 e 2007/2008. Gráfico 6 - Comparativo das Médias de Açúcares Totais Recuperáveis - ATR (Kg/tonelada) Gráfico 3 - Comparativo das Médias de Fibra (%) Até a 2ª quinzena de junho os valores de Pol da Cana da Safra 2008/2009 foram inferiores aos das Safras 2006/2007 e 2007/2008. Nas demais quinzenas, os valores da Safra 2008/ 2009 foram intermediários às duas safras anteriores, exceto na 2ª. quinzena de novembro. As chuvas mais intensas em janeiro/08, além das chuvas acima da média dos outros anos no período de fevereiro a abril contribuíram muito para os resultados observados anteriormente. Gráfico 7 - Comparativo das Médias de Chuvas (mm) Gráfico 4 - Comparativo das Médias de Pol da Cana - PC (%) Na Safra 2008/2009 houve um volume maior de chuva no 1º e 2º Trimestre em relação às médias das Safras 2006/2007 e 2007/2008. De forma semelhante à Pol da Cana, os valores de Pureza do Caldo, até a 2ª quinzena de junho, foram inferiores aos das Safras 2006/2007 e 2007/2008. Este início de safra com condições de maturação inferiores aos das safras anteriores determinou um menor teor de ATR médio da Safra 2008/2009 como pode ser observado na Tabela 1 e no Gráfico 6. Gráfico 8 - Comparativo das Médias de Chuvas (mm) por Trimestre Gráfico 5 - Comparativo das Médias de Pureza (%) Conclui-se que o valor médio de teor de ATR foi menor devido ao maior volume de chuva no período de fevereiro a abril, o solo úmido por um longo período, permitindo o desenvolvimento da cana-de-açúcar e menor acúmulo de sacarose. Revista Canavieiros - Julho de 2009 29
  • 30. Artigo Técnico II Plano de eliminação gradativa da queima da palha de cana-de-açúcar Por Thiago de Andrade Silva, Franklin Camilo de Oliveira e Rafael Guidi Pinotti Planejamento e Controle / Departamento Jurídico Ambiental CANAOESTE C onforme a tabela ao lado podese observar que na Safra 2009/ 2010 foram realizados cerca de 2.956 requerimentos para autorização de queima. Dentre estes, 118 requerimentos de propriedades cujas áreas totais de colheita foram iguais ou superiores a 150 ha e outros 2.838 requerimentos de pequenas propriedades. Lembrando que, desde o começo do procedimento de Autorização para queima da palha de cana-de-açúcar, ocorrido na Safra 2002/ 2003 até a Safra atual, 2009/2010, a área total de colheita mecanizável a ser colhida crua passou de 20% para 30%, quando esta atingisse área de colheita mecanizável igual ou superior a 150 ha. Já a partir da Safra 2010/2011, o percentual da área de colheita mecanizável de cana a ser colhida crua deverá ser de, no mínimo, 60% nas propriedades que tiverem área igual ou superior a 150 ha, e de, no mínimo, 20% nas propriedades que tiverem área inferior a 150 ha. O percentual de 20% de colheita de cana crua também deverá ser aplicado nas áreas de colheita não-mecanizáveis. As áreas de restrições não podem ser contabilizadas como áreas de compensação de cana crua, pois estas legalmente já devem ser colhidas crua. Comparativamente com a Safra 2008/2009, foram realizados 505 requerimentos que não haviam sido feitos anteriormente com a CANAOESTE e 376 requerimentos que não fizeram através da CANAOESTE na Safra 2009/2010 ou colherão totalmente sem queima. Lembrando que não basta somente ao fornecedor fazer o Requerimento para Solicitação da Autorização da Queima da Palha da Cana-de-Açúcar, é preciso, a cada queima que for realizar, fazer a comunicação desta junto a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo com 96 horas de antecedência, através de nossas filiais. Todo começo de ano, até o final de março, a CANAOESTE, em suas filiais, orienta e realiza o Requerimento para Solicitação da Autorização da Queima da Palha da Cana-de-Açúcar de seus fornecedores associados. Acompanhem sempre a Revista Canavieiros e correspondências enviadas pela CANAOESTE para obter maiores informações sobre o Plano de Eliminação Gradativa da Queima da Palha de Canade-Açúcar, entre outros assuntos importantes. Caso não estejam recebendo nossas correspondências, favor entrar em contato com Alberto ouAlmir do Planejamento, no telefone (16) 3946-3300, para que seja resolvido o problema. Treinamento de funcionários do sistema Copercana / Canaoeste / Cocred Por Almir Torcato Planejamento e Controle Canaoeste / Coordenador do Programa Ocesp/Sescoop A cada dia a competição é mais acirrada em quase todos os se tores da atividade humana. No setor agrícola não é diferente, afinal, são necessários índices de qualidade sempre melhores, caso contrário, perde-se espaço para os mais competitivos. Como o mercado está muito disputado e existe a necessidade de se buscar qualidade, o sistema Copercana/ Canaoeste/Cocred, em parceria com a Ocesp/Sescoop, está investindo na qualificação de seus colaboradores. Uma das ações do sistema é a difusão tecnológica para cooperados através de equipe técnica especializada, que fornece informações úteis e objetivas, 30 Revista Canavieiros - Julho de 2009 em busca de obter melhorias no processo de atendimento, produção e qualidade da matéria-prima, especialmente em grãos e cana-de-açúcar. ca, com um curso de “Legislação Ambiental”, o de excelência e qualidade com o curso de “Ouvidoria” e de “Cooperativa Saudável”. Com esse objetivo, no final de 2008, o sistema enviou para a Ocesp e Sescoop, um plano de ações para o biênio de 2009 e 2010 com o detalhamento das necessidades. O plano e o cronograma das ações que envolvem todas as áreas da cooperativa, departamentos de conhecimento específico, administrativo/operacional e varejo/armazenamento foram aprovados em março de 2009. Para o mês de julho, duas datas foram reservadas para a realização “in company” do curso de Excelência no Atendimento ao Cliente - áreas administrativa/operacional e uma na área de varejo, voltado para os supermercados. Dentre as ações do primeiro semestre, já foram realizadas, a da área jurídi- Até o mês de julho foram setenta e dois colaboradores treinados. Já no segundo semestre do ano, novos cursos serão realizados. Acompanhe o andamento das ações concluídas nas próximas edições da Revista Canavieiros.
  • 31. Revista Canavieiros - Julho de 2009 31
  • 32. Assuntos Legais Legislação Ambiental necessidade de sua adequação ao histórico da ocupação territorial brasileira projeto de lei nº 5.367/2009 N ão é de hoje que se verifica o descompasso da legislação ambiental brasileira, mormente o Código Florestal (Lei nº 4.771/65), com o histórico de ocupação territorial do Brasil. Isto leva os proprietários rurais e urbanos à ilegalidade, prato cheio para o mercado externo barrar a entrada de produtos brasileiros. Tal fato é publico, tanto que presenciamos recentemente ferozes embates entre os Ministros da Agricultura, Reinold Stephanes, e do Meio Ambiente, Carlos Minc. reestrutura a administração do sistema nacional do meio ambiente, define os bens a serem protegidos e os instrumentos da política nacional do meio ambiente, sendo eles: o zoneamento ecológico econômico, o licenciamento ambiental, as áreas protegidas, os serviços de informação ambiental, a remuneração por serviços ambientais prestados e as sanções aplicáveis. Um outro instrumento previsto no projeto de lei que chama a atenção é a remuneração por serviços ambientais, meio adequado de remunerar aqueles empreendimentos (rurais, florestais e urbanos) que, de alguJuliano Bortoloti - Advogado ma forma, contribuDepartamento Jurídico Canaoeste em para o meio ambiente e a coletividade, instrumento este que já existe em diversos países. O zoneamento ecológico econômico (ZEE) será participativo, equitativo, sustentável, holístico (interdisciplinar) e sisReferido descompasso se dá, princi- têmico, onde o Poder Público elaborará o palmente, no Código Florestal, com suas ZEE macro do país, tendo como referênsucessivas alterações ocorridas ao lon- cia o Mapa Integrado dos ZEE dos Estago dos últimos quarenta anos, que se dos, que definirão as áreas ambientais a De igual forma, para minimizar o imacentuaram nos últimos quinze anos, serem protegidas/recuperaTerritório % do território pacto da legisonde temos como exemplo absurdo a Me- das em seu território. lação em áreas ocupado (km²) nacional dida Provisória nº consolidadas Unidades de conservação + terras indígenas 2.294.343 26,95 2.166/67, que alcom exploraReserva florestal legal 2.685.542 31,54 terou o Código ção (rural, ur1.442.544 16,94 Florestal em suas Áreas de preservação permanente bana, florestal) 6.059.526 71,16 sessenta e sete Total indisponível às margens 2.455.350 28,84 reedições, pas- Total disponível dos cursos hímem, transformando-o em um "Frankensdricos e de relevo, deverá haver protein" de normas inexeqüíveis em alguns As áreas protegidas serão: a Vege- cesso de licenciamento da atividade casos. tação Ciliar (hídrica e de relevo), as Uni- que contará com estudos técnicos e dades de Conservação; as Áreas Frá- científicos para fundamentar sua conPorém, está se chegando ao con- geis e as Reservas Ambientais, onde o cessão, realocação ou solicitação de resenso a premente necessidade de ade- percentual de vegetação de cada esta- adequação. quação das normas ambientais à reali- do será indicado pelo seu ZEE e pela dade brasileira de cada estado e bioma, soma de todas estas áreas. Uma ressalEste é, portanto, o mais novo proprincipalmente àquelas que dizem res- va a ser feita é a de que a faixa da vege- jeto de lei que visa racionalizar e adepeito aos institutos da reserva flores- tação ciliar será determinada por estu- quar a legislação ambiental do Brasil tal legal e das áreas de preservação dos técnicos aprovados por órgãos com seu histórico de ocupação territopermanente. ambientais, de acordo com as caracte- rial, cuja preocupação, a nosso ver, é rísticas de cada curso hídrico ou rele- estritamente técnica e científica, ficanO último capítulo desse embate é o vo/solo a ser protegido. do apartada de ideologias políticas e Projeto de Lei nº 5.367/2009, de autoria interesses escusos, pois deixará a cardo Deputado Federal Valdir Colatto, No nóvel projeto de lei, não mais go dos órgãos ambientais, com a amprotocolizado em 03.06.2009, que insti- existirá o instituto da Reserva Florestal pla participação da sociedade organitui o Código Ambiental Brasileiro, pro- Legal, que será substituído pelas áreas zada e instituições científicas governapondo a harmonia nas áreas agrícolas ambientais retro descritas. As reservas mentais sérias, definir quais as áreas e urbanas, criando um pacto federati- legais já consolidadas até então, pode- ambientais devem ser protegidas/recuvo ambiental com autonomia para que rão ser descaracterizadas como tal após peradas, visando, com isso, atingir o tão cada Estado implemente o seu Zonea- a definição do percentual mínimo de re- almejado desenvolvimento sustentável, mento Econômico Ecológico (ZEE), que servas ambientais no Estado pelo ZEE, que não ocorre atualmente em virtude será chancelado pelo governo federal. sendo sua conversão de uso limitada da arcaica legislação ambiental territoripelas normas gerais do uso do solo lo- al, que indisponibiliza cerca de 71% do O referido projeto traça diretrizes cal, ou utilizadas nos processos pre- território nacional (fonte: justificativa do ambientais, define diversos conceitos, vistos neste artigo (§2º, art. 85). próprio PL nº 5367/2009). 32 Revista Canavieiros - Julho de 2009
  • 33. Assuntos Legais Queima de palha de cana-de-açúcar Suspensão das autorizações no estado de São Paulo. O artigo 7º, da Lei Estadual nº 11.241/2002 e, o artigo 14, do Decreto nº 47.700/2003, autorizam a suspensão das autorizações para uso do fogo como método despalhador da cana-de-açúcar em todo Estado de São Paulo, quando a umidade relativa do ar estivar muito baixa, podendo ocasionar risco à saúde pública. Com base nos sobreditos artigos, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, publicou no Diário Oficial do Estado de 17 de junho de 2008, a Resolução SMA nº 44, de 17.06.2009, proibindo a queima de palha de cana-de-açúcar no período de 22 de Junho a 30 de novembro deste ano, das 6:00 hs às 20:00 hs. Referida Resolução, prevê a suspensão da queima da palha de canade-açúcar em qualquer horário do dia, quando o teor médio da umidade relativa do ar for inferior a 20%, medido das 12:00 hs. às 17:00 hs., pelos postos oficiais determinados pela Secretaria do Meio Ambiente, ocasião em que ficam sem validade os comunicados de queima a ela previamente encaminhados. Tal suspensão será declarada pela Secretaria do Meio Ambiente às 18:00 horas do dia que se observar a baixa umidade e será aplicada a partir das 6:00 horas do dia posterior a referida declaração. Após o dia 30 de novembro, poderá ocorrer a suspensão da queima quando a umidade relativa do ar ficar abaixo de 30% (trinta por cento) e acima de 20% (vinte por cento), durante dois dias consecutivos. Neste caso, ficará suspenso o uso do fogo como método despalhador da cana-de-açúcar no período compreendido das 6:00 hs às 20:00 horas do dia posterior à declaração de suspensão, efetuada pela Secretaria do Meio Ambiente, sempre às 18:00 horas do segundo dia consecutivo que perdurar a umidade acima descrita. Nada impede, portanto, que a Secretaria do Meio Ambiente possa suspender mais vezes a autorização de queima quando as condições climáticas ou a qualidade do ar estiverem desfavoráveis e, se isso ocorrer, cumpre informar que NÃO SE PODE EFETUARAQUEIMA EM HIPÓTESE ALGUMA - até mesmo porque os órgãos ambientais estarão procedendo intensiva fiscalização nestes períodos -, sob pena de sofrerem as sanções cabíveis, tais como multas vultosas, além de responder judicialmente em ações cíveis e criminais. Cumpre informar que é de extrema importância que os fornecedores se informem com antecedência junto os técnicos/agrônomos da CANAOESTE sobre as condições futuras de clima (já que a Canaoeste possui convênio com órgãos de previsão de umidade relativa do ar), para evitar transtornos em seu planejamento de queima, pois esta safra promete baixos índices de umidade relativa do ar, assim como consultarem o “link” específico sobre as suspensões de queima (Queima da Palha de Cana) no “site” da Secretaria do Meio Ambiente (www.ambiente.sp.gov.br). Revista Canavieiros - Julho de 2009 33
  • 34. 34 Revista Canavieiros - Julho de 2009
  • 35. Revista Canavieiros - Julho de 2009 35
  • 36. Cultura Cultivando a Língua Portuguesa Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português "As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável" Madre Teresa de Calcutá 1) Maria foi “recém empossada” no cargo da empresa. Renata Carone Maria, parabéns pela posse, mas sem congratulações para a expressão acima! Sborgia* Prezado amigo leitor, nesta fase de mudança ortográfica, muitos hesitam em usar o hífen. É necessário que se diga que nem tudo muda quando o assunto é sobre o hífen. Os prefixos oxítonos (quando a sílaba tônica-forte- é a última da direita) terminados em “em”, graficamente acentuados, sempre são “presos” por hífen ao termo subsequente. Exemplos corretos: além-fronteira, aquém-mar, recém-nascido, recém-inaugurado... Note, amigo leitor, que o hífen nesses casos independe da letra inicial do segundo termo. Ele ocorre em qualquer situação. Essa regra não sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico. A expressão do exemplo corrigida: Maria foi recém-empossada no cargo da empresa. (recém é o prefixo) 2) Segundo Pedro, “co-autor” do livro, disse que o fato demonstra ... Escrito dessa forma, Pedro não conseguirá demonstrar nenhum fato... Prezado amigo leitor com o Novo Acordo Ortográfico o prefixo “co-” passou a aglutinar-se a quaisquer palavras. Ocorre, entretanto, que a ABL (Academia Brasileira de Letras), ao confeccionar a última edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, fez alguns ajustes ao texto oficial do Acordo, acomodando divergências de interpretação de um e outro ponto. A grafia “co-herdeiro”, por exemplo, foi substituída pela forma “coerdeiro” (prefixo aglutinado e supressão da letra “h”). Seguiu-se o modelo da palavra “coabitar”, provavelmente considerando o fato de que os prefixos monossilábicos (uma sílaba) e átonos (“fracos”) em geral se aglutinam ao termo subsequente. É o que ocorre com “re-”, “pre-” e “pro-” e agora com “co-”. Ficamos com grafias corretas como “coautor”, “cogestor”, “coprodução”, “coprodutor”, “copiloto”, “corresponsável”, “cosseno”, “coerdar”, “coabitar” etc. 3) A “lingüiça” não poderia faltar naquela feijoada de domingo!!! Geralmente os domingos são tão afáveis desde que a linguiça esteja escrita de forma correta!!! Motivos? Família reunida, sogra com nora, genro com sogro, cunhada com cunhada!!! E para completar o belo dia :a feijoada com linguiça e agora sem trema, por favor!!! Lembrando a regra do Novo Acordo Ortográfico: o trema “morreu”, exceto em nomes próprios e derivados. P.S.: Prezado amigo leitor não se esqueça que a pronúncia é a mesma, a mudança é na escrita, por isto: NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO. PARA VOCÊ PENSAR: (...) “Partir! Nunca voltarei, Nunca voltarei porque nunca se volta. O lugar a que se volta é sempre outro, A gare a que se volta é outra. Já não está a mesma gente, nem a mesma luz, nem a mesma filosofia. Partir! Meu Deus, partir! Tenho medo de partir!...” Álvaro de Campos, in “Marinetti Acadêmico * Advogada e Prof.ª de Português e Inglês Mestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras) com Miriam M. Grisolia 36 Revista Canavieiros - Julho de 2009
  • 37. Agende-se Agosto de 2009 8º Congresso Brasileiro de Agribusiness X FEACOOP Empresa Promotora: ABAG - Associação Brasileira de X Feira de Agronegócios Coopercitrus Agribusiness Tipo de Evento : Feira Tipo de Evento: Congresso Cidade: Bebedouro Início do Evento: 10/08/2009 Estado: São Paulo Fim do Evento: 11/08/2009 Início do Evento: 05/08/09 Estado: SP Fim do Evento: 07/08/09 Cidade: São Paulo Local: Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro Localização do Evento: Hotel WTC - Av. das Nações Uni- Bebedouro - SP das, 12.559 Rodovia Brigadeiro Faria Lima, km 384 Informações com: ABAG Mais informações: www.feacoop.com.br Site: www.abagbrasil.com.br Telefone: 11 3285-3100 E-mail: abag@abag.com.br Bienal dos Negócios da Agricultura Empresa Promotora: Famato - Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso Tipo de Evento: Conferência / Palestra Início do Evento: 19/08/2009 Fim do Evento: 21/08/2009 Estado: MT Cidade: Cuiabá Localização do Evento: Cenarium Rural Informações com: Secretaria do evento Site: www.famato.org.br Telefone: (65) 3928-4421 E-mail: bienaldaagricultura@famato.org.br Saccharum Tecnologia em Açúcar e Álcool Tipo de Evento : Cursos Responsável: Prof. Dr. Marcos Omir Marques Cursos: Capacitação e Capacitação Técnica em Açúcar e Álcool Cidade: Jaboticabal Estado: São Paulo Início do Evento: 26/08/09 Fim do Evento: 28/08/09 Local: Saccharum Endereço: Rua Rui Barbosa, 546 sala 3 e 4 - 2º andar centro Telefone: (16) 3203-3990 Site: www.saccharum.com.br Revista Canavieiros - Julho de 2009 37
  • 38. VENDEM-SE -01 Trator Valmet 1680-S 4x4 ano 2000; -01 Trator Valmet 78 4x2 ano 1989; -01 Trator Valmet 78 4x2 ano 1987; Tratar com Francisco Rodrigues pelos telefones: (16) 3947 3725 ou 9247 9056 VENDEM-SE -Cultivador de cana c/ sulcador completo; -Cobridor de cana c/ aplicador de herbicida; -Kit de feno completo semi-novo; -Cultivador de cana dmb op reformado; -Grade arrasto 16x26" reformada; -Subsolador tatu 7 hastes; -Subsolador tatu 3 hastes longas; -Tanque de chapa 4000 L; - Arados de bacias e aiveca; -Enleirador de palha; Tratar com Eduardo pelos telefones: (16) 3942 2895 ou 3942 3987 VENDEM-SE -Valtra BM 110/4 ano 2001, trator com 6000 horas, gabinado de fabrica, R$ 53.000,00; -Jonh Deere 7500/4 ano 2001, necessita de pequenos reparos, R$ 30.000,00; -Canarinho com capacidade para cinco toneladas, altura de 5 metros, motor perkins 6 cilindros, máquina trabalhando, R$ 30.000,00; -MF 292/4, ano 2007 com 1900 horas, R$ 73.000,00; -Valtra 785/4 ano 2006, R$ 48.000,00; -MF 295/4 ano 85 com lamina e concha, R$ 32.000,00; -NH 7630/4 ano 2003, trator com 4000 horas, em excelente estado de conservação, R$ 53.000,00; Tratar com José Paulo Prado pelos telefones: (019)35415318 ou (19) 91548674 Email: zptratores@yahoo.com.br VENDEM-SE -1 Arado Ikeda HD, 2007, 4 aivecascom desarme automático e aplicador de regente, R$ 9.800,00; 38 Revista Canavieiros - Julho de 2009 -1 Arado Ikeda,2001, com desarme (fuzil), 4 aivecas, R$4.500,00; -1 Grade intermediaria, 24x28 , 2007,TATU, R$ 13.500,00; -1 Grade intermediária ,24x28, 2001, TATU, R$10,800,00; -1 Caminhão 2325,ano 91, super novo, câmbio 16 S, no chassi, R$120.000,00; -1 Jipe, ano 62, raridade, todo original, R$25.000,00; -1 Butijão de Semen, marca Apollo , 32 litros, alumínio; -1 Moto Suzuki, Ano 2006, 750 F, manual, NF, R$24.500,00; Tratar com Junior Balieiro pelo telefone: (16) 91580303 LEILÃO (ÁREA RURAL) Imóvel com 6,45 alqueires (15,5543 ha.) (Área própria de Preservação Permanente - APP) Denominação: "Sítio Santo Antônio" Localização: Bacia do Rio Mogi Guaçú Bairro: "Matão" Município: Pitangueiras/SP Avaliação: R$. 105.428,34 Dia 13/08/09 - 13:40 hs (1ª. praça) Dia 27/08/09 - 13:40 hs (2ª. praça) Proc. nº. 1.261/97 - Única Vara Cível FÓRUM - Comarca de Pitangueiras. VENDEM-SE - S10 cabine simples, diesel, 2.5, modelo 97, cor cinza metálico, com direção hidráulica, ar condicionado, motor zero; - Scraper marca Tatu, modelo STA 2, capacidade de 3 a 3,5 m3. Tratar com Mauro pelo telefone: (16) 9961.4583 - Ribeirão Preto. VENDEM-SE - 01 Caixa d´água, modelo australiana para 50.000 lts de água; - 01 Caixa d´água, modelo australiana para 5.000 lts de água; - 01 Transformador de 15 KVA; - 01 Transformador de 45 KVA; - 01 Transformador de 75 KVA; - Tijolos antigos e telhas; - Lascas, palanques e mourões de aroeira; - 01 Sulcador de 2 linhas DMB; - Postes de aroeira; - Terças, caibros e porteiras; - Tambores plásticos de 200 lts; Tratar com Wilson pelo telefone: (17) 9739-2000 - Viradouro -SP VENDE-SE - 01 Tritom ritom canavieiro, Jumil, reformado. Tratar com Ricardo pelos telefones: (16) 9781 8884 ou 3911 1788 VENDEM-SE -860 alq. na região de Avaré-SP, 240 alq. em cana, 150 alq. com pasto, 470 alq. com pasto e cana, R$ 25.000,00/alq (CRECI 84540-F). -260 alq. com 180 alq. arrendado para a Usina, na região de Casa Branca-SP, plana, 2km do asfalto, casa antiga período colonial, R$ 40.000,00/alq (CRECI 84540-F). -900 ha na região de Gurupi-TO, toda formada em pastagens, sede boa, curralama, energia elétrica, 600 novilhas, porteira fechada, R$ 5.400.000,00(CRECI 84540-F). -4,5 alq. com 200 metros de Rio Jaguari, com as seguintes caracteristicas: 0 a 1,5 metros de profundidade é barro para ceramica, 1,5 metros até 4,5 metros é areia e após os 4,5 metros é barro refratário, localizado na região de São João da Boa Vista-SP, R$ 700.000,00 (CRECI 84540-F). Tratar com José Paulo Prado pelos telefones: (19) 35415318 ou (19)91548674 terraverdeimoveis@yahoo.com.br VENDE-SE fazenda em Iturama-MG 71 alqueirões, 8 km da usina, pronta para pecuária, lavoura ou cana, 150há já em soja, barracão, 2 casas, curral com brete e balança, energia elétrica, excelente acesso, rica em água, topografia privilegiada. Tratar com Omar (17) 9979-2889
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  • 40. 40 Revista Canavieiros - Julho de 2009