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Programa e propostas da Chapa CADM 2012

O que é o CADM?

O CADM é a representação legítima dos estudantes do curso de Administração. Tem a função
de levar as demandas dos estudantes para todas as instâncias da Universidade, mobilizar os
alunos com relação às diversas questões políticas, principalmente no que concerne à
Educação, realizar atividades de integração acadêmica, além de ser um espaço onde os
estudantes possam se sentir à vontade para expor suas críticas ao curso e debater os
problemas que enfrentamos cotidianamente, buscando soluções.

Contamos com a participação dos alunos para cumprir esses objetivos e avançar na melhoria
do nosso curso, da nossa Universidade, em defesa de uma Educação pública, gratuita e de
qualidade. Por isso, lançamos essa chapa, renovada e mais representativa, para dar
continuidade à atual gestão do CADM. E a sua participação nessa eleição nos dará mais apoio e
legitimidade para construirmos um CADM cada vez mais forte, democrático e representativo.



Relação dos alunos com o CADM

Achamos que, desde a 1ª gestão do CADM, a relação com os alunos do curso tem melhorado.
O CADM, hoje, está mais presente no cotidiano do estudante de ADM, e tem membros na
maioria dos períodos do curso, o que facilita a comunicação e a interação do CADM com os
alunos. Mas achamos que ainda temos muito que avançar. É importante que cada aluno,
independente de seus posicionamentos, entenda o CADM como seu e acompanhe a sua
atuação, participando das reuniões e atividades, trazendo sugestões e críticas, para que
possamos discutir e melhorar.

A participação dos alunos é fundamental para que todas as melhorias e propostas que o CADM
apresenta possam se concretizar.



Balanço político da última gestão

Esse último ano foi atípico para a nossa Universidade e, mais ainda, para o nosso curso. Devido
a anos de descasos dos governos, a inquestionável incapacidade dos gestores universitários e a
crescente insatisfação dos professores com as condições oferecidas para o ensino, foi
deflagrada uma histórica greve em todas as universidades federais do país.

Pela primeira vez em muitos anos, o curso de ADM aderiu a uma greve. Tanto os professores,
quanto os técnicos e os estudantes. Estes últimos, impulsionados pelo CADM, aprovaram a
greve em uma assembleia que contou com mais de 100 alunos. Além do reajuste no valor das
bolsas e no aumento da quantidade oferecida, nós entendemos que houve uma vitória política
muito importante nessa greve: mesmo que não tenhamos conquistado todas as nossas
demandas, fortalecemos o Movimento Estudantil, defendendo um projeto de educação que
realmente garanta qualidade e dificultando a política de precarização que o governo tem
implementado ao longo dos últimos anos, principalmente através do REUNI. O Movimento
Estudantil ganhou muita força com essa greve, tanto com a formação do CNGE (Comando
Nacional de Greve Estudantil) quanto com o fortalecimento da ANEL como uma entidade
democrática, representativa e de luta, em detrimento da UNE, que tentou desmobilizar a
greve negociando a portas fechadas com o Governo Federal.

Na UFRJ, além de refletir o mesmo processo que ocorreu nacionalmente, temos alguns pontos
em que tivemos avanços, mas que ainda estão em aberto. O ex-Canecão, antiga reivindicação
do DCE da UFRJ, foi ocupado durante a greve, pelos estudantes, com intensa participação do
CADM, por mais de 40 dias. Isso reabriu a discussão sobre aquele local e, no último dia 29/11,
avançamos mais um pouco na construção de um projeto para o ex-Canecão, ao garantir, de
forma preliminar, que ele seja público e com controle exclusivo da Universidade. Hoje estamos
pressionando a Reitoria para que ele seja revitalizado e passe a funcionar o mais rápido
possível.

Em setembro do ano passado, após intensa mobilização dos estudantes, que ocuparam o
CONSUNI (Conselho Universitário) por 4 sessões seguidas, conseguimos que fosse aprovada a
construção do Bandejão na PV, que deveria ser concluída no final de 2012. Mas, mesmo com
essa aprovação, a Reitoria tem tentado, de maneira proposital, sabotar o andamento do
projeto de construção, adiando sua conclusão para 2015. Para revertermos isso, precisamos de
muita participação dos alunos, além de articular toda a Universidade.



Para além dos muros da Universidade?

A atuação do CADM não deve se limitar apenas à Universidade. É importante, também,
atuarmos em outros espaços que atingem os interesses dos estudantes. E, atualmente, na
cidade do Rio de Janeiro, há uma mobilização latente acerca do recente anúncio de aumento
das passagens de ônibus para R$ 3,05, prevista para janeiro de 2013. Este fato tem provocado
a articulação do movimento estudantil com os movimentos sociais, com vistas a barrar esse
aumento. Entendemos a importância disso na vida universitária, pois a maioria dos alunos
necessita pegar ônibus pra chegar à Universidade e esse aumento atinge, principalmente, os
estudantes de baixa renda e cotistas. E a atual gestão do CADM participou, desde o primeiro
ato, dessa luta. A nossa chapa tem como objetivo, se dedicar, também, aos temas que estão
além dos muros da Universidade, mas que atingem diretamente a vida dos estudantes.

No Brasil, há um grande alvoroço da mídia e dos governos acerca da realização dos
megaeventos: Copa do Mundo e Olimpíadas. Mas, na realidade, o que temos observado é um
grande desrespeito aos direitos trabalhistas, obras superfaturadas e executadas com
condições mínimas de trabalho, além de ataques ambientais, como é o caso da usina de Belo
Monte, a construção de alguns estádios para a Copa e a reconstrução de obras do Pan-
americano de 2007. Além dos problemas relacionados diretamente com as obras, temos,
também, como consequência da política de higienização urbana, processos de remoções
executadas de forma brutal, sem oferecer alternativas dignas aos moradores, pelos governos
municipais e estaduais, como é o caso da tribo Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul, ou em
comunidades do Rio de Janeiro, como no entorno do Maracanã e na Zona Oeste.
Mas, também, não podemos nos esquecer que a nossa luta para a garantia de direitos aos
estudantes e pelo fim da precarização da educação é uma luta internacional, que se soma às
mobilizações estudantis nos países europeus, no Canadá e no Chile, só para citar alguns
exemplos. Pois, nos últimos anos, devido à crise financeira internacional, têm-se atacado, em
diversos países, muitos dos direitos historicamente conquistados, piorando a qualidade de
ensino, o que se soma ao grave quadro atual de alta taxa de desemprego entre os jovens.

Estes são temas sobre os quais tanto a faculdade de ADM, quanto outros diversos cursos da
nossa Universidade, devem refletir, já que a Universidade tem como objetivo, além da
produção do conhecimento, a sua aplicação na sociedade, visando a sua melhoria.



A ADM que temos!

Nos últimos períodos, nós temos assistido à realocação das aulas de ADM, que antes ocorriam
no Palácio Universitário, para outros prédios do campus, como o Anexo do Serviço Social, o
Anexo do CFCH e o Anexo do CCJE, além dos containers “provisórios” instalados no Campinho.
Isso tem gerado diversos transtornos aos alunos da ADM, pois hoje estudamos em salas
precárias, sem espaço para alocar as nossas turmas, com pilastras no meio das salas. Isso
dificulta o andamento das aulas e, por muitas vezes, impede que os alunos possam assisti-las
por simples falta de espaço. Com isso, tornou-se rotineiro os alunos terem que carregar
carteiras de uma sala para outra e professores serem obrigados a aplicar provas em dois ou
mais dias diferentes, pois não é possível realizar provas em salas tão lotadas. Ainda, vale
ressaltar a condição dos containers que, além de também não oferecer a estrutura adequada,
tem um custo para a Universidade de R$ 16 mil por mês por cada módulo (sala de aula). Por
isso é fundamental lutarmos pela volta de nossas aulas ao Palácio, não só pelas condições
precárias dos demais prédios, mas também para retomar a identidade do curso, que era
localizado no Palácio. Isso aproximaria os alunos que hoje estão dispersos pelo campus e não
se identificam mais com o próprio espaço do CADM, por estarem estudando longe dele. Essa
situação é um reflexo da forma como é conduzida a escolha das salas, através do Condomínio
de Salas da PV, onde o nosso Coordenador tem participação. Ele é o responsável pela reserva
das nossas salas e não tem sido capaz de garantir as salas do Palácio.

Como se não fosse suficiente, ainda temos diversos problemas com nossos professores. Alguns
problemas novos, e outros antigos que se agravaram. Diversos professores têm faltado às suas
aulas sem, sequer, avisar/justificar a ausência ao Departamento e, muito menos, aos alunos,
transformando suas idas à Universidade em vão. Na maioria dos casos, os professores não
oferecem reposição da matéria perdida, fazendo com que o aprendizado não seja o ideal.
Inclusive, muitos não cumprem a carga horária mínima estabelecida para a disciplina,
tornando possível, baseada em resoluções do CEG (Conselho de Ensino de Graduação), a sua
anulação por requisição de qualquer aluno. Não menos importante é a ampla falta de didática
de muitos professores. E, mais ainda, é a falta de interesse com que muitos parecem tratar as
suas aulas, tornando disciplinas essenciais para a nossa formação em meras disciplinas-
fantasmas, onde nenhum conteúdo é, de fato, desenvolvido. Além disso, alguns professores,
com a clara intenção de punir ou frustrar os alunos, exigem conteúdo além do que
normalmente seria cobrado, fazendo com que os alunos se tornem receosos a expor qualquer
posicionamento contrário aos seus métodos. Somando-se a isso, temos visto recentemente
casos onde as duas turmas (A e B) são alocadas no mesmo horário, na mesma sala e com o
mesmo professor. Ou seja, numa sala onde caberiam 70 alunos, por exemplo, são alocados
140. Com isso, o professor, na prática, não cumpre com a quantidade de horas que deveria
dedicar às aulas. E isso é acordado com a Coordenação do Curso que burla o sistema SIGA para
conseguir alocar mais alunos do que a sala suporta.

Ainda mais preocupante que tudo o que foi listado acima, são alguns absurdos que acontecem
no nosso curso. Entre diversos casos, vemos professores que estabelecem o encerramento de
suas disciplinas com grande antecipação em relação ao calendário oficial. Além disso, existe a
absurda situação de professores delegando a condução de suas disciplinas a monitores, muitas
vezes irregulares, que não cumprem os requisitos estabelecidos pela Universidade para as
monitorias como, por exemplo, a realização de provas e o registro desses monitores junto ao
Departamento. Isso reflete uma imoralidade em relação à boa-fé dos alunos que se dispõem a
auxiliar o professor, com vistas a melhorar a sua formação. Em outros casos é notória a falta
de caráter e respeito de alguns professores aos alunos, e à instituição, ao vender as suas
disciplinas a pessoas que não tem nenhum vínculo oficial com a UFRJ e com a própria matéria.
Sim, pois infelizmente chegamos ao absurdo de professores que não querem dar aulas
contratarem pessoas por fora para ministrá-las em seu lugar. E o Departamento, por sua vez,
se abstém de combater essas práticas.

Essas situações listadas acima, além de serem preocupantes, contam, direta ou indiretamente,
com a conivência ou incapacidade de nossos Departamento e Coordenação de Curso. Todos
esses problemas levantados já foram apresentados a eles por diversos alunos, incluindo
membros do CADM. Mas, até o momento, não houve nenhuma tentativa clara de solucioná-
los. Entendemos que, em alguns casos, de fato, a resolução desses problemas não se limita ao
interesse (ou falta de interesse) do Departamento e da Coordenação. Lamentamos, no
entanto, a falta de vontade em expor de maneira clara todos esses problemas aos alunos e
buscar a solução pelo conjunto da ADM. Já em relação à FACC, além da devolução de R$ 100
mil à União no ano passado, alegando-se que os funcionários não saberiam realizar licitações,
no retorno às aulas, após a greve, alterou o calendário oficial. Repudiamos a extrema falta de
planejamento e organização por parte da FACC, tendo em vista que essa mudança provocou
diversos problemas, entre eles: os professores não puderam planejar o encerramento do
período passado de forma correta; não será oferecida aos alunos a carga horária total das
disciplinas, sendo possível apenas cumprir cerca dos 75% necessários para que a disciplina seja
considerada válida (e, na prática, em muitos casos, nem os 75% serão cumpridos); além de
ficarmos deslocados do calendário oficial e dos prazos para atos acadêmicos, como inscrição,
trancamentos, etc. E nada disso foi colocado de maneira clara para os alunos, nem foi
garantida a presença de seus representantes para tratar sobre o tema antecipadamente e
debatê-lo democraticamente.

Queremos deixar claro aqui, também, que há exceções entre os professores. Uma parcela
destes é muito comprometida e esforçada com a melhoria do curso ou, pelo menos, com o
melhor aproveitamento possível de suas aulas. É fundamental, para avançarmos na solução e
combate à atual situação do nosso curso, a maior participação dos alunos que o compõem,
refletindo sobre seu papel nessa Universidade e o quanto podem atuar junto com o CADM.
Para tanto, é importante romper com essa cultura individualista, que é muito forte em nosso
curso, como foi no caso, graças à quebra de pré-requisitos, da inscrição de alunos em
disciplinas fora do seu período, causando a expulsão de outros. Nessa ocasião, alguns alunos
jogaram a culpa em seus próprios colegas, esquecendo-se que os problemas foram causados
devido à ineficiência do Departamento e da FACC. Todas essas situações estão diretamente
relacionadas a tudo o que foi apontado neste material, desde o problema mais amplo da
precarização da educação pública, passando pelos professores e chegando à atuação do
Departamento, repercutindo no desempenho dos alunos.



Combate às Opressões

Podemos afirmar que na sociedade em que vivemos, apesar de muitos alegarem o contrário,
ainda existe racismo, machismo e homofobia. Isso se comprova quando nos deparamos
cotidianamente nos noticiários com casos de mulheres estupradas no caminho do trabalho,
incursões policiais em favelas que resultam na morte de inúmeros jovens negros e
homossexuais assassinados pelo simples fato de existirem. E quando analisamos os dados
estatísticos, essas opressões parecem ainda mais assustadoras!

Analise à sua volta. Pense no campus da sua Universidade. Quantos negros você vê além dos
trabalhadores terceirizados da limpeza, por exemplo? Poucos, não é?! Apesar de serem a
maioria da população brasileira, negras e negros representam pouco mais de 3% dos
estudantes nas universidades públicas. Em contrapartida, são maioria na população carcerária
do país (cerca de 90%), nas comunidades e bairros da periferia e nos postos de trabalho mais
precários. Não é à toa, portanto, que afirmamos que a pobreza no Brasil tem cor: e ela é negra.
Sem ter acesso a uma educação pública, gratuita e de qualidade, os negros e negras de nosso
país não conseguem cargos e salários melhores no mercado de trabalho, o que lhes impede de
melhorar seu padrão de vida. E é por entender que somente com a entrada de mais negras e
negros na Universidade será possível avançarmos no combate ao racismo e na melhoria das
condições de vida dessa população. Assim, o CADM defende a existência de cotas raciais nas
universidades públicas de todo o país e que estas estejam acompanhadas pelas políticas de
assistência estudantil necessárias à permanência desses estudantes na Universidade.

Segundo o Mapa da Violência 2012 do Instituto Sangari, de 1980 a 2010 foram assassinadas
cerca de 91 mil mulheres no Brasil, sendo 43,5 mil só na última década e a violência doméstica
é a maior causa de morte e invalidez de mulheres com idades entre 16 e 44 anos. Além disso,
quando conseguem ingressar no mercado de trabalho, as mulheres brasileiras recebem cerca
de 30% a menos do que homens, exercendo as mesmas funções. Sendo, para elas, quase
impossível assumir cargos de chefia e presidência nas empresas, devido às idéias: de que a
função natural da mulher é cuidar do lar, dos filhos e do marido; de que mulheres são seres
frágeis e muito irracionais, não sendo, pois, suficientemente capazes de assumir cargos que
envolvam a tomada de decisão; e de que as mulheres são apenas objetos de satisfação sexual
dos homens, o que justifica o assédio que sofrem todos os dias em seus locais de trabalho – na
maioria das vezes, por homens que lhes são hierarquicamente superiores. O CADM discorda
veementemente destas ideias machistas que impõem às mulheres a condição de inferiores e
acredita que homens e mulheres devem ter igualdade de direitos e salários. Propõe-se,
portanto, a combater o machismo existente em nossa Universidade, mas principalmente em
nosso próprio curso. Quantas vezes não nos deparamos com o machismo na sala-de-aula?
Quantas vezes não vemos diariamente professores fazerem piadinhas com as alunas? O nosso
cotidiano no curso também é machista. Muitas vezes não nos damos conta, mas na hora de
realizar um trabalho em grupo, sobra pras mulheres escrever e revisar o texto, enquanto que
os homens elaboram a idéia e apresentam o trabalho. Quando um professor pede ajuda para
distribuir um material para os alunos na sala, por exemplo, quantas vezes ele pede a uma
mulher e quantas vezes ele pede a um homem? O machismo se faz presente nesses casos, em
que o trabalho e a opinião de mulheres são colocadas como menos importantes do que a
opinião de homens. E é fundamental lutar contra essa realidade e não a tomarmos como
natural.

O Brasil é o país que mais mata LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis) no
mundo, contando com mais de 300 LGBTs são assassinados a cada ano por motivação
homofóbica. Entretanto, a homofobia ainda não é considerada crime simplesmente porque o
governo, para não perder o apoio dos setores conservadores, negligencia a situação dramática
dos LGBTs em nosso país e finge não ver a violência brutal que sofre esse setor da sociedade
em todas as esferas da sua vida. Pois, na grande maioria dos casos, a opressão homofóbica
começa dentro da própria família. No mercado de trabalho, ou mesmo dentro da própria
Universidade, os LGBTs são obrigados a se esconder sob o padrão socialmente aceito, isto é, a
heterossexualidade, para não serem excluídos, ridicularizados, agredidos e até demitidos por
sua orientação sexual. O CADM acredita que a luta LGBT deve ser a luta de todos. Defendemos
a criminalização da homofobia, o fim do extermínio de LGBTs e a extensão total de direitos a
essa população.

Compreendemos que as opressões estão refletidas em casos mais extremos, como alguns dos
que foram acima citados, mas que há outros, tão sutis, que se tornam quase imperceptíveis a
olhos desatentos – pode ser uma piada, um comentário ou mesmo uma propaganda. E
assumimos, desde a última gestão, o compromisso de combater cotidianamente as ideologias
opressoras que encontramos na sociedade e, consequentemente, no curso de Administração,
por acreditarmos que é dessa maneira que alcançaremos uma sociedade em que todos
sejamos realmente livres e iguais e por entendermos que o gestor tem um papel fundamental
nessa construção, já que a organização não só reflete a sociedade como também tem a
capacidade de transformá-la.



Eventos

Desde 2012 o CADM vem crescendo muito no quesito de eventos, e pretendemos que
continue crescendo na futura gestão. Pois a formação acadêmica não se dá apenas dentro da
sala-de-aula, mas também com atividades extra-curriculares e a participação em eventos,
atividades e debates, que acontecem todos os dias em algum canto da UFRJ. Com isso, criamos
o Luau ADM. A 1ª edição, em julho de 2012, foi pequena, mas a 2ª edição, em novembro de
2012, já foi um grande sucesso, com mais de 200 pessoas na Praia Vermelha. A idéia do Luau
ADM não é, e nunca será, de lucrar com a festa. O que priorizamos é trazer diversão e integrar
o curso em uma festa que acontecerá uma vez por período para relaxar a galera do estresse
das aulas e provas. O lucro que porventura possa vir da realização do luau, como aconteceu
nessa segunda edição, é incorporado pelo caixa do CADM, o que também nos ajuda a realizar
melhorias e financiar outras iniciativas.

Outro projeto importante que estamos desenvolvendo é o Natal Solidário. A iniciativa consiste
em desenvolver campanhas de doações junto aos alunos do curso para dar apoio a projetos
sociais da nossa cidade. Queremos fazer da solidariedade uma tradição no nosso curso. Por
isso, além do Natal Solidário estamos pensando em outros projetos deste tipo. Inclusive, a
primeira edição desse projeto está acontecendo ainda nesta semana, então não deixe de
participar!

A idéia da nossa chapa, quanto a eventos, não é de apenas produzi-los, mas também ajudar a
construir outros eventos do Campus da Praia Vermelha, em conjunto com os outros CA’s da PV
e com DCE. É o caso da Juquinhada, que acontece a cada duas semanas, às quintas-feiras,
perto do sujinho, e sempre com um importante tema político diferente. Outro evento
marcante no nosso campus é o Samba do DCE, que acontece toda quinta-feira no DCE. Além
desses eventos festivos, também temos nos incorporado em outros, como, por exemplo, a
Semana da Consciência Negra, que se realizou mês passado na PV e à qual nos incorporamos.

A nossa chapa não quer se limitar apenas a esses eventos. Ao longo do ano temos a intenção
de desenvolver vários eventos culturais, como é o caso da MAP (Mostra Artística do Palácio),
que foi uma iniciativa do CADM e está caminhando para a sua 3ª edição, com a participação
dos demais cursos do Palácio.

Portanto, entendemos a realização de eventos como algo fundamental, tanto no sentido
cultural, político ou festivo. E todas essas iniciativas não são apenas realizadas para os alunos
de ADM, mas queremos que todos se incorporem a esses eventos, para que possamos fazer de
todos eles um sucesso! Para isso, procurem o CADM e dêem suas sugestões. Queremos que
todos estejam trabalhando conosco para construir o curso de qualidade que desejamos.



Estrutura, Finanças e sala do CADM

Em 2012 o CADM passou por uma reforma que modificou os locais dos móveis e objetos,
melhorando, e muito, sua distribuição espacial, para poder acolher ainda mais alunos no nosso
compacto espaço. Pintamos as paredes e a porta do CADM, colocamos um mural com
informativos na parede do CA e fizemos aquisições de eletrodomésticos novos para o CADM:
microondas, geladeira e cafeteira. Também trocamos a fiação interna do CADM, resolvendo
um problema que estava sendo postergado há muito tempo pela FACC.

Nossa chapa pretende continuar administrando o espaço do CADM com fins de deixá-lo cada
vez mais aconchegante e convidativo para os alunos do curso de Administração, seja para
estudar, descansar, ler ou apenas conversar com seus amigos. Vale lembrar que o espaço físico
do CADM pertence a todos, e por isso deve ser cuidado com carinho por todos nós do curso.

Outra conquista importante da nossa última gestão foi a reestruturação da área de finanças do
CADM. O CADM agora conta com um sistema organizado e eficiente de contabilidade, todas as
saídas e entradas de capital realizadas pelo CADM são anotadas e suas notas fiscais são
devidamente guardadas, facilitando assim o controle de todas as suas operações fiscais.

Consideramos fundamental garantirmos a independência financeira do CADM. Ou seja,
promover a arrecadação e o aumento de receitas do CADM por meios próprios, sem ter que
depender da Universidade, de empresas ou outras organizações. Nossa independência
financeira é o que garante a nossa independência política. É o que garante que nós possamos
atuar diretamente a favor dos estudantes da ADM, pois não temos rabo preso com ninguém. É
somente dessa forma que poderemos realizar os projetos que almejamos.

Temos, ainda, como um dos princípios da nossa chapa a transparência. Sendo assim, todas as
nossas atas de reuniões são colocadas no blog do CADM, e qualquer estudante do curso de
Administração da UFRJ pode pedir para ver o livro caixa do CADM.



Comunicação

Como já mencionado, a aproximação de cada estudante e a construção do CADM por todos é
de extrema importância para o fortalecimento da luta pelas melhorias do nosso curso, da
nossa Universidade e da educação pública como um todo.

Com o objetivo de aprimorar essa aproximação e estabelecer transparência em nossos atos,
estamos trabalhando para a melhoria das ferramentas de comunicação do CADM. Entre as
ações destaca-se a criação do Blog (cadmufrj.blogspot.com.br): com o intuito de ser uma
referência para os estudantes e demais interessados no curso de ADM e nas atividades do
Centro Acadêmico de Administração.

Lá podem ser encontradas as informações e documentos gerais sobre o nosso curso
(fluxograma, contatos dos professores, formulários importantes), sobre os órgãos e conselhos
da universidade, informações sobre bolsas e monitorias, divulgação das atividades do
Movimento Estudantil, do DCE e da Praia Vermelha; além da cobertura fotográfica e
audiovisual de eventos como a recepção dos calouros, Luau, etc; No blog, estão sendo
reunidas informações sobre o CADM, como a lista com os nomes e contatos de seus membros,
divulgação das datas de reuniões e atas das reuniões passadas.

Também há o perfil no Facebook (facebook.com/UFRJ.CADM) e o e-mail
contato.cadm@ufrj.br: esses meios facilitam a interação por estarem bem acessíveis e
disponíveis para esclarecimentos, sugestões e denúncias.

Com os meios disponíveis, faz-se necessário que o hábito pela busca na informação seja
desenvolvido e convocamos a todos para a contribuição e participação no CADM, seja através
destes meios, procurando algum membro, ou principalmente através das reuniões que são
abertas a todos os alunos.



Nossas Propostas
Político

- Externo:

1) Ampliar atuação junto aos demais movimentos que compartilham dos nossos objetivos para
a melhoria da educação pública e melhoria da nossa sociedade.

2) Construir e apoiar a ANEL e suas campanhas nacionais, por entendermos que essa é uma
entidade democrática e representativa, construída pela base das universidades e que defende
os interesses dos estudantes. Com isso, participar de seu 2º Congresso Nacional, além de seus
demais fóruns.

3) Dar seguimento à luta pela permanência do curso na PV, com estrutura de qualidade, e
contra a aplicação do REUNI.

4) Articular-nos com os outros cursos para garantir a conquista do ex-Canecão e a abertura do
Bandejão da PV.

- Interno:

1) Lutar pelo retorno das aulas de ADM para o Palácio.

2) Buscar sanar, com o apoio dos estudantes, os problemas de salas de aula, professores,
horários e inscrição em disciplina junto ao Departamento. E denunciar a falta de resolução
desses problemas aos colegiados superiores da Universidade.

3) Queremos abrir uma discussão com toda a comunidade acadêmica sobre a grade curricular
do curso de ADM, para discutirmos se ela condiz com as nossas expectativas.

4) Manter ativa a participação do representante do CADM na COAA, buscando defender os
interesses dos alunos.

5) Propor a realização de um seminário que conte com a ampla participação de professores,
alunos e funcionários do Departamento para que possamos expor os problemas do curso e
buscar, conjuntamente, formas de solucioná-los.

Combate às opressões

1) Fomentar e dar apoio a grupos de auto-afirmação construídos pelos setores oprimidos de
nosso curso, em especial os LGBTs, visando aprofundar o debate sobre o tema, além de
desenvolver ações para levar esse debate para o conjunto do curso.

2) Intensificar o trabalho com a camisa de combate às opressões, lançada pelo CADM no
período 2012.2.

3) Abrir a discussão sobre cotas raciais, que entendemos como uma medida progressiva para
ampliar o número de negras e negros na Universidade, visando combater a desigualdade racial
que persiste em nossa sociedade.

4) Participar de eventos e espaços de discussão promovidos por movimentos sociais, ou pela
Universidade, que tratem sobre o tema das opressões.
5) Combater o assédio cometido contra as alunas, que acontece de forma recorrente por parte
de professores e alunos.

6) Incorporar-nos à campanha do DCE pela ampliação das vagas da Creche Universitária para
as mães estudantes. As creches devem estar presentes em todos os campi, inclusive na PV.

Estrutura e Finanças

1) Dar seguimento à manutenção e ao melhoramento do espaço do CADM.

2) Reverter a atual situação de afastamento dos alunos do espaço do CADM. Sabemos que isso
é um reflexo da retirada das nossas aulas do Palácio, mas é fundamental que os alunos
entendam o espaço do CADM como seu, onde possam estudar, almoçar, conversar e conviver
com os demais alunos do curso.

3) Reativação da CantinADM.

4) Gerar receita financeira para o CADM através da venda de camisas, adesivos, etc, e da
participação em eventos da Universidade, como o Arraiá. Não temos uma renda fixa, portanto
é fundamental garantirmos nossa independência financeira e o equilíbrio das contas do CADM.

Eventos

1) Promover a integração entre os estudantes da UFRJ, mas principalmente entre os alunos do
nosso curso, através de eventos culturais, festivos e esportivos. Entre eles:

    1. Juquinhada e Samba do DCE, que são realizados conjuntamente com o DCE e os
       demais CA’s, e trazem temas políticos atuais.
    2. Recepção aos calouros, trazendo discussões políticas e sobre a Universidade e
       integrando-os à vida acadêmica, através de: Manual dos calouros, palestras e a
       cobertura dos eventos com vídeos e fotos.
    3. Luau da ADM, que já contou com duas edições. Nosso compromisso é que o próximo
       seja ainda melhor, com maior organização e interação entre os alunos.
    4. MAP (Mostra Artística do Palácio), que foi uma iniciativa do CADM e hoje já extrapolou
       o curso e está sendo organizada pelo Conselho de CA’s da PV.
    5. Natal Solidário, que tem como intuito apoiar projetos sociais, envolvendo os alunos do
       curso nas campanhas de doações.

Comunicação

1) Além da participação do email do CADM nos grupos de email das turmas, a frequente
utilização do Facebook, com envio de textos e divulgação de eventos e atividades, também
criamos o blog. Queremos ampliar a sua utilização, explorando ainda mais essa ferramenta,
que é fundamental para articulação do curso e para aproximar os alunos e o CADM.

2) Ampliar a transparência da nossa atuação no cotidiano da faculdade e a divulgação dos
materiais produzidos pelo CADM. Além disso, pretendemos sempre informar, através do blog,
as datas de nossas reuniões e as atas, para que todos os alunos possam participar e se inteirar
sobre as decisões tomadas pelo CADM.
Membros

1º Período: Levi Preto.

2º Período: Francisco Felix, Gabriel Diniz, Igor Dantas, Rodrigo Cardoso, Thaís Oliveira e
Vanderleia Sousa.

3º Período: Alex Moreira, Evellyn Souza, Jéssica Freitas, Léo Dourado e Rafael Dias.

4º Período: Giselle Rodrigues, Pedro Torres e Priscilla Pinel.

5º Período: Bruno Carvalho, Bruno Rodrigues, Fernando Rios, Gabriel Vilaça, Leonam Souza,
Rodrigo Coelho e Thomas Vidal.

6º Período: Ronald Lopes.

7º Período: Allan Lima, Eduardo Pereira, Hiury Rubens e José Victor Mamede.

9º Período: Lílian Freitas.

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Propostas e desafios da chapa do CADM 2012

  • 1. Programa e propostas da Chapa CADM 2012 O que é o CADM? O CADM é a representação legítima dos estudantes do curso de Administração. Tem a função de levar as demandas dos estudantes para todas as instâncias da Universidade, mobilizar os alunos com relação às diversas questões políticas, principalmente no que concerne à Educação, realizar atividades de integração acadêmica, além de ser um espaço onde os estudantes possam se sentir à vontade para expor suas críticas ao curso e debater os problemas que enfrentamos cotidianamente, buscando soluções. Contamos com a participação dos alunos para cumprir esses objetivos e avançar na melhoria do nosso curso, da nossa Universidade, em defesa de uma Educação pública, gratuita e de qualidade. Por isso, lançamos essa chapa, renovada e mais representativa, para dar continuidade à atual gestão do CADM. E a sua participação nessa eleição nos dará mais apoio e legitimidade para construirmos um CADM cada vez mais forte, democrático e representativo. Relação dos alunos com o CADM Achamos que, desde a 1ª gestão do CADM, a relação com os alunos do curso tem melhorado. O CADM, hoje, está mais presente no cotidiano do estudante de ADM, e tem membros na maioria dos períodos do curso, o que facilita a comunicação e a interação do CADM com os alunos. Mas achamos que ainda temos muito que avançar. É importante que cada aluno, independente de seus posicionamentos, entenda o CADM como seu e acompanhe a sua atuação, participando das reuniões e atividades, trazendo sugestões e críticas, para que possamos discutir e melhorar. A participação dos alunos é fundamental para que todas as melhorias e propostas que o CADM apresenta possam se concretizar. Balanço político da última gestão Esse último ano foi atípico para a nossa Universidade e, mais ainda, para o nosso curso. Devido a anos de descasos dos governos, a inquestionável incapacidade dos gestores universitários e a crescente insatisfação dos professores com as condições oferecidas para o ensino, foi deflagrada uma histórica greve em todas as universidades federais do país. Pela primeira vez em muitos anos, o curso de ADM aderiu a uma greve. Tanto os professores, quanto os técnicos e os estudantes. Estes últimos, impulsionados pelo CADM, aprovaram a greve em uma assembleia que contou com mais de 100 alunos. Além do reajuste no valor das bolsas e no aumento da quantidade oferecida, nós entendemos que houve uma vitória política muito importante nessa greve: mesmo que não tenhamos conquistado todas as nossas demandas, fortalecemos o Movimento Estudantil, defendendo um projeto de educação que realmente garanta qualidade e dificultando a política de precarização que o governo tem implementado ao longo dos últimos anos, principalmente através do REUNI. O Movimento
  • 2. Estudantil ganhou muita força com essa greve, tanto com a formação do CNGE (Comando Nacional de Greve Estudantil) quanto com o fortalecimento da ANEL como uma entidade democrática, representativa e de luta, em detrimento da UNE, que tentou desmobilizar a greve negociando a portas fechadas com o Governo Federal. Na UFRJ, além de refletir o mesmo processo que ocorreu nacionalmente, temos alguns pontos em que tivemos avanços, mas que ainda estão em aberto. O ex-Canecão, antiga reivindicação do DCE da UFRJ, foi ocupado durante a greve, pelos estudantes, com intensa participação do CADM, por mais de 40 dias. Isso reabriu a discussão sobre aquele local e, no último dia 29/11, avançamos mais um pouco na construção de um projeto para o ex-Canecão, ao garantir, de forma preliminar, que ele seja público e com controle exclusivo da Universidade. Hoje estamos pressionando a Reitoria para que ele seja revitalizado e passe a funcionar o mais rápido possível. Em setembro do ano passado, após intensa mobilização dos estudantes, que ocuparam o CONSUNI (Conselho Universitário) por 4 sessões seguidas, conseguimos que fosse aprovada a construção do Bandejão na PV, que deveria ser concluída no final de 2012. Mas, mesmo com essa aprovação, a Reitoria tem tentado, de maneira proposital, sabotar o andamento do projeto de construção, adiando sua conclusão para 2015. Para revertermos isso, precisamos de muita participação dos alunos, além de articular toda a Universidade. Para além dos muros da Universidade? A atuação do CADM não deve se limitar apenas à Universidade. É importante, também, atuarmos em outros espaços que atingem os interesses dos estudantes. E, atualmente, na cidade do Rio de Janeiro, há uma mobilização latente acerca do recente anúncio de aumento das passagens de ônibus para R$ 3,05, prevista para janeiro de 2013. Este fato tem provocado a articulação do movimento estudantil com os movimentos sociais, com vistas a barrar esse aumento. Entendemos a importância disso na vida universitária, pois a maioria dos alunos necessita pegar ônibus pra chegar à Universidade e esse aumento atinge, principalmente, os estudantes de baixa renda e cotistas. E a atual gestão do CADM participou, desde o primeiro ato, dessa luta. A nossa chapa tem como objetivo, se dedicar, também, aos temas que estão além dos muros da Universidade, mas que atingem diretamente a vida dos estudantes. No Brasil, há um grande alvoroço da mídia e dos governos acerca da realização dos megaeventos: Copa do Mundo e Olimpíadas. Mas, na realidade, o que temos observado é um grande desrespeito aos direitos trabalhistas, obras superfaturadas e executadas com condições mínimas de trabalho, além de ataques ambientais, como é o caso da usina de Belo Monte, a construção de alguns estádios para a Copa e a reconstrução de obras do Pan- americano de 2007. Além dos problemas relacionados diretamente com as obras, temos, também, como consequência da política de higienização urbana, processos de remoções executadas de forma brutal, sem oferecer alternativas dignas aos moradores, pelos governos municipais e estaduais, como é o caso da tribo Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul, ou em comunidades do Rio de Janeiro, como no entorno do Maracanã e na Zona Oeste.
  • 3. Mas, também, não podemos nos esquecer que a nossa luta para a garantia de direitos aos estudantes e pelo fim da precarização da educação é uma luta internacional, que se soma às mobilizações estudantis nos países europeus, no Canadá e no Chile, só para citar alguns exemplos. Pois, nos últimos anos, devido à crise financeira internacional, têm-se atacado, em diversos países, muitos dos direitos historicamente conquistados, piorando a qualidade de ensino, o que se soma ao grave quadro atual de alta taxa de desemprego entre os jovens. Estes são temas sobre os quais tanto a faculdade de ADM, quanto outros diversos cursos da nossa Universidade, devem refletir, já que a Universidade tem como objetivo, além da produção do conhecimento, a sua aplicação na sociedade, visando a sua melhoria. A ADM que temos! Nos últimos períodos, nós temos assistido à realocação das aulas de ADM, que antes ocorriam no Palácio Universitário, para outros prédios do campus, como o Anexo do Serviço Social, o Anexo do CFCH e o Anexo do CCJE, além dos containers “provisórios” instalados no Campinho. Isso tem gerado diversos transtornos aos alunos da ADM, pois hoje estudamos em salas precárias, sem espaço para alocar as nossas turmas, com pilastras no meio das salas. Isso dificulta o andamento das aulas e, por muitas vezes, impede que os alunos possam assisti-las por simples falta de espaço. Com isso, tornou-se rotineiro os alunos terem que carregar carteiras de uma sala para outra e professores serem obrigados a aplicar provas em dois ou mais dias diferentes, pois não é possível realizar provas em salas tão lotadas. Ainda, vale ressaltar a condição dos containers que, além de também não oferecer a estrutura adequada, tem um custo para a Universidade de R$ 16 mil por mês por cada módulo (sala de aula). Por isso é fundamental lutarmos pela volta de nossas aulas ao Palácio, não só pelas condições precárias dos demais prédios, mas também para retomar a identidade do curso, que era localizado no Palácio. Isso aproximaria os alunos que hoje estão dispersos pelo campus e não se identificam mais com o próprio espaço do CADM, por estarem estudando longe dele. Essa situação é um reflexo da forma como é conduzida a escolha das salas, através do Condomínio de Salas da PV, onde o nosso Coordenador tem participação. Ele é o responsável pela reserva das nossas salas e não tem sido capaz de garantir as salas do Palácio. Como se não fosse suficiente, ainda temos diversos problemas com nossos professores. Alguns problemas novos, e outros antigos que se agravaram. Diversos professores têm faltado às suas aulas sem, sequer, avisar/justificar a ausência ao Departamento e, muito menos, aos alunos, transformando suas idas à Universidade em vão. Na maioria dos casos, os professores não oferecem reposição da matéria perdida, fazendo com que o aprendizado não seja o ideal. Inclusive, muitos não cumprem a carga horária mínima estabelecida para a disciplina, tornando possível, baseada em resoluções do CEG (Conselho de Ensino de Graduação), a sua anulação por requisição de qualquer aluno. Não menos importante é a ampla falta de didática de muitos professores. E, mais ainda, é a falta de interesse com que muitos parecem tratar as suas aulas, tornando disciplinas essenciais para a nossa formação em meras disciplinas- fantasmas, onde nenhum conteúdo é, de fato, desenvolvido. Além disso, alguns professores, com a clara intenção de punir ou frustrar os alunos, exigem conteúdo além do que normalmente seria cobrado, fazendo com que os alunos se tornem receosos a expor qualquer
  • 4. posicionamento contrário aos seus métodos. Somando-se a isso, temos visto recentemente casos onde as duas turmas (A e B) são alocadas no mesmo horário, na mesma sala e com o mesmo professor. Ou seja, numa sala onde caberiam 70 alunos, por exemplo, são alocados 140. Com isso, o professor, na prática, não cumpre com a quantidade de horas que deveria dedicar às aulas. E isso é acordado com a Coordenação do Curso que burla o sistema SIGA para conseguir alocar mais alunos do que a sala suporta. Ainda mais preocupante que tudo o que foi listado acima, são alguns absurdos que acontecem no nosso curso. Entre diversos casos, vemos professores que estabelecem o encerramento de suas disciplinas com grande antecipação em relação ao calendário oficial. Além disso, existe a absurda situação de professores delegando a condução de suas disciplinas a monitores, muitas vezes irregulares, que não cumprem os requisitos estabelecidos pela Universidade para as monitorias como, por exemplo, a realização de provas e o registro desses monitores junto ao Departamento. Isso reflete uma imoralidade em relação à boa-fé dos alunos que se dispõem a auxiliar o professor, com vistas a melhorar a sua formação. Em outros casos é notória a falta de caráter e respeito de alguns professores aos alunos, e à instituição, ao vender as suas disciplinas a pessoas que não tem nenhum vínculo oficial com a UFRJ e com a própria matéria. Sim, pois infelizmente chegamos ao absurdo de professores que não querem dar aulas contratarem pessoas por fora para ministrá-las em seu lugar. E o Departamento, por sua vez, se abstém de combater essas práticas. Essas situações listadas acima, além de serem preocupantes, contam, direta ou indiretamente, com a conivência ou incapacidade de nossos Departamento e Coordenação de Curso. Todos esses problemas levantados já foram apresentados a eles por diversos alunos, incluindo membros do CADM. Mas, até o momento, não houve nenhuma tentativa clara de solucioná- los. Entendemos que, em alguns casos, de fato, a resolução desses problemas não se limita ao interesse (ou falta de interesse) do Departamento e da Coordenação. Lamentamos, no entanto, a falta de vontade em expor de maneira clara todos esses problemas aos alunos e buscar a solução pelo conjunto da ADM. Já em relação à FACC, além da devolução de R$ 100 mil à União no ano passado, alegando-se que os funcionários não saberiam realizar licitações, no retorno às aulas, após a greve, alterou o calendário oficial. Repudiamos a extrema falta de planejamento e organização por parte da FACC, tendo em vista que essa mudança provocou diversos problemas, entre eles: os professores não puderam planejar o encerramento do período passado de forma correta; não será oferecida aos alunos a carga horária total das disciplinas, sendo possível apenas cumprir cerca dos 75% necessários para que a disciplina seja considerada válida (e, na prática, em muitos casos, nem os 75% serão cumpridos); além de ficarmos deslocados do calendário oficial e dos prazos para atos acadêmicos, como inscrição, trancamentos, etc. E nada disso foi colocado de maneira clara para os alunos, nem foi garantida a presença de seus representantes para tratar sobre o tema antecipadamente e debatê-lo democraticamente. Queremos deixar claro aqui, também, que há exceções entre os professores. Uma parcela destes é muito comprometida e esforçada com a melhoria do curso ou, pelo menos, com o melhor aproveitamento possível de suas aulas. É fundamental, para avançarmos na solução e combate à atual situação do nosso curso, a maior participação dos alunos que o compõem, refletindo sobre seu papel nessa Universidade e o quanto podem atuar junto com o CADM.
  • 5. Para tanto, é importante romper com essa cultura individualista, que é muito forte em nosso curso, como foi no caso, graças à quebra de pré-requisitos, da inscrição de alunos em disciplinas fora do seu período, causando a expulsão de outros. Nessa ocasião, alguns alunos jogaram a culpa em seus próprios colegas, esquecendo-se que os problemas foram causados devido à ineficiência do Departamento e da FACC. Todas essas situações estão diretamente relacionadas a tudo o que foi apontado neste material, desde o problema mais amplo da precarização da educação pública, passando pelos professores e chegando à atuação do Departamento, repercutindo no desempenho dos alunos. Combate às Opressões Podemos afirmar que na sociedade em que vivemos, apesar de muitos alegarem o contrário, ainda existe racismo, machismo e homofobia. Isso se comprova quando nos deparamos cotidianamente nos noticiários com casos de mulheres estupradas no caminho do trabalho, incursões policiais em favelas que resultam na morte de inúmeros jovens negros e homossexuais assassinados pelo simples fato de existirem. E quando analisamos os dados estatísticos, essas opressões parecem ainda mais assustadoras! Analise à sua volta. Pense no campus da sua Universidade. Quantos negros você vê além dos trabalhadores terceirizados da limpeza, por exemplo? Poucos, não é?! Apesar de serem a maioria da população brasileira, negras e negros representam pouco mais de 3% dos estudantes nas universidades públicas. Em contrapartida, são maioria na população carcerária do país (cerca de 90%), nas comunidades e bairros da periferia e nos postos de trabalho mais precários. Não é à toa, portanto, que afirmamos que a pobreza no Brasil tem cor: e ela é negra. Sem ter acesso a uma educação pública, gratuita e de qualidade, os negros e negras de nosso país não conseguem cargos e salários melhores no mercado de trabalho, o que lhes impede de melhorar seu padrão de vida. E é por entender que somente com a entrada de mais negras e negros na Universidade será possível avançarmos no combate ao racismo e na melhoria das condições de vida dessa população. Assim, o CADM defende a existência de cotas raciais nas universidades públicas de todo o país e que estas estejam acompanhadas pelas políticas de assistência estudantil necessárias à permanência desses estudantes na Universidade. Segundo o Mapa da Violência 2012 do Instituto Sangari, de 1980 a 2010 foram assassinadas cerca de 91 mil mulheres no Brasil, sendo 43,5 mil só na última década e a violência doméstica é a maior causa de morte e invalidez de mulheres com idades entre 16 e 44 anos. Além disso, quando conseguem ingressar no mercado de trabalho, as mulheres brasileiras recebem cerca de 30% a menos do que homens, exercendo as mesmas funções. Sendo, para elas, quase impossível assumir cargos de chefia e presidência nas empresas, devido às idéias: de que a função natural da mulher é cuidar do lar, dos filhos e do marido; de que mulheres são seres frágeis e muito irracionais, não sendo, pois, suficientemente capazes de assumir cargos que envolvam a tomada de decisão; e de que as mulheres são apenas objetos de satisfação sexual dos homens, o que justifica o assédio que sofrem todos os dias em seus locais de trabalho – na maioria das vezes, por homens que lhes são hierarquicamente superiores. O CADM discorda veementemente destas ideias machistas que impõem às mulheres a condição de inferiores e acredita que homens e mulheres devem ter igualdade de direitos e salários. Propõe-se,
  • 6. portanto, a combater o machismo existente em nossa Universidade, mas principalmente em nosso próprio curso. Quantas vezes não nos deparamos com o machismo na sala-de-aula? Quantas vezes não vemos diariamente professores fazerem piadinhas com as alunas? O nosso cotidiano no curso também é machista. Muitas vezes não nos damos conta, mas na hora de realizar um trabalho em grupo, sobra pras mulheres escrever e revisar o texto, enquanto que os homens elaboram a idéia e apresentam o trabalho. Quando um professor pede ajuda para distribuir um material para os alunos na sala, por exemplo, quantas vezes ele pede a uma mulher e quantas vezes ele pede a um homem? O machismo se faz presente nesses casos, em que o trabalho e a opinião de mulheres são colocadas como menos importantes do que a opinião de homens. E é fundamental lutar contra essa realidade e não a tomarmos como natural. O Brasil é o país que mais mata LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis) no mundo, contando com mais de 300 LGBTs são assassinados a cada ano por motivação homofóbica. Entretanto, a homofobia ainda não é considerada crime simplesmente porque o governo, para não perder o apoio dos setores conservadores, negligencia a situação dramática dos LGBTs em nosso país e finge não ver a violência brutal que sofre esse setor da sociedade em todas as esferas da sua vida. Pois, na grande maioria dos casos, a opressão homofóbica começa dentro da própria família. No mercado de trabalho, ou mesmo dentro da própria Universidade, os LGBTs são obrigados a se esconder sob o padrão socialmente aceito, isto é, a heterossexualidade, para não serem excluídos, ridicularizados, agredidos e até demitidos por sua orientação sexual. O CADM acredita que a luta LGBT deve ser a luta de todos. Defendemos a criminalização da homofobia, o fim do extermínio de LGBTs e a extensão total de direitos a essa população. Compreendemos que as opressões estão refletidas em casos mais extremos, como alguns dos que foram acima citados, mas que há outros, tão sutis, que se tornam quase imperceptíveis a olhos desatentos – pode ser uma piada, um comentário ou mesmo uma propaganda. E assumimos, desde a última gestão, o compromisso de combater cotidianamente as ideologias opressoras que encontramos na sociedade e, consequentemente, no curso de Administração, por acreditarmos que é dessa maneira que alcançaremos uma sociedade em que todos sejamos realmente livres e iguais e por entendermos que o gestor tem um papel fundamental nessa construção, já que a organização não só reflete a sociedade como também tem a capacidade de transformá-la. Eventos Desde 2012 o CADM vem crescendo muito no quesito de eventos, e pretendemos que continue crescendo na futura gestão. Pois a formação acadêmica não se dá apenas dentro da sala-de-aula, mas também com atividades extra-curriculares e a participação em eventos, atividades e debates, que acontecem todos os dias em algum canto da UFRJ. Com isso, criamos o Luau ADM. A 1ª edição, em julho de 2012, foi pequena, mas a 2ª edição, em novembro de 2012, já foi um grande sucesso, com mais de 200 pessoas na Praia Vermelha. A idéia do Luau ADM não é, e nunca será, de lucrar com a festa. O que priorizamos é trazer diversão e integrar o curso em uma festa que acontecerá uma vez por período para relaxar a galera do estresse
  • 7. das aulas e provas. O lucro que porventura possa vir da realização do luau, como aconteceu nessa segunda edição, é incorporado pelo caixa do CADM, o que também nos ajuda a realizar melhorias e financiar outras iniciativas. Outro projeto importante que estamos desenvolvendo é o Natal Solidário. A iniciativa consiste em desenvolver campanhas de doações junto aos alunos do curso para dar apoio a projetos sociais da nossa cidade. Queremos fazer da solidariedade uma tradição no nosso curso. Por isso, além do Natal Solidário estamos pensando em outros projetos deste tipo. Inclusive, a primeira edição desse projeto está acontecendo ainda nesta semana, então não deixe de participar! A idéia da nossa chapa, quanto a eventos, não é de apenas produzi-los, mas também ajudar a construir outros eventos do Campus da Praia Vermelha, em conjunto com os outros CA’s da PV e com DCE. É o caso da Juquinhada, que acontece a cada duas semanas, às quintas-feiras, perto do sujinho, e sempre com um importante tema político diferente. Outro evento marcante no nosso campus é o Samba do DCE, que acontece toda quinta-feira no DCE. Além desses eventos festivos, também temos nos incorporado em outros, como, por exemplo, a Semana da Consciência Negra, que se realizou mês passado na PV e à qual nos incorporamos. A nossa chapa não quer se limitar apenas a esses eventos. Ao longo do ano temos a intenção de desenvolver vários eventos culturais, como é o caso da MAP (Mostra Artística do Palácio), que foi uma iniciativa do CADM e está caminhando para a sua 3ª edição, com a participação dos demais cursos do Palácio. Portanto, entendemos a realização de eventos como algo fundamental, tanto no sentido cultural, político ou festivo. E todas essas iniciativas não são apenas realizadas para os alunos de ADM, mas queremos que todos se incorporem a esses eventos, para que possamos fazer de todos eles um sucesso! Para isso, procurem o CADM e dêem suas sugestões. Queremos que todos estejam trabalhando conosco para construir o curso de qualidade que desejamos. Estrutura, Finanças e sala do CADM Em 2012 o CADM passou por uma reforma que modificou os locais dos móveis e objetos, melhorando, e muito, sua distribuição espacial, para poder acolher ainda mais alunos no nosso compacto espaço. Pintamos as paredes e a porta do CADM, colocamos um mural com informativos na parede do CA e fizemos aquisições de eletrodomésticos novos para o CADM: microondas, geladeira e cafeteira. Também trocamos a fiação interna do CADM, resolvendo um problema que estava sendo postergado há muito tempo pela FACC. Nossa chapa pretende continuar administrando o espaço do CADM com fins de deixá-lo cada vez mais aconchegante e convidativo para os alunos do curso de Administração, seja para estudar, descansar, ler ou apenas conversar com seus amigos. Vale lembrar que o espaço físico do CADM pertence a todos, e por isso deve ser cuidado com carinho por todos nós do curso. Outra conquista importante da nossa última gestão foi a reestruturação da área de finanças do CADM. O CADM agora conta com um sistema organizado e eficiente de contabilidade, todas as
  • 8. saídas e entradas de capital realizadas pelo CADM são anotadas e suas notas fiscais são devidamente guardadas, facilitando assim o controle de todas as suas operações fiscais. Consideramos fundamental garantirmos a independência financeira do CADM. Ou seja, promover a arrecadação e o aumento de receitas do CADM por meios próprios, sem ter que depender da Universidade, de empresas ou outras organizações. Nossa independência financeira é o que garante a nossa independência política. É o que garante que nós possamos atuar diretamente a favor dos estudantes da ADM, pois não temos rabo preso com ninguém. É somente dessa forma que poderemos realizar os projetos que almejamos. Temos, ainda, como um dos princípios da nossa chapa a transparência. Sendo assim, todas as nossas atas de reuniões são colocadas no blog do CADM, e qualquer estudante do curso de Administração da UFRJ pode pedir para ver o livro caixa do CADM. Comunicação Como já mencionado, a aproximação de cada estudante e a construção do CADM por todos é de extrema importância para o fortalecimento da luta pelas melhorias do nosso curso, da nossa Universidade e da educação pública como um todo. Com o objetivo de aprimorar essa aproximação e estabelecer transparência em nossos atos, estamos trabalhando para a melhoria das ferramentas de comunicação do CADM. Entre as ações destaca-se a criação do Blog (cadmufrj.blogspot.com.br): com o intuito de ser uma referência para os estudantes e demais interessados no curso de ADM e nas atividades do Centro Acadêmico de Administração. Lá podem ser encontradas as informações e documentos gerais sobre o nosso curso (fluxograma, contatos dos professores, formulários importantes), sobre os órgãos e conselhos da universidade, informações sobre bolsas e monitorias, divulgação das atividades do Movimento Estudantil, do DCE e da Praia Vermelha; além da cobertura fotográfica e audiovisual de eventos como a recepção dos calouros, Luau, etc; No blog, estão sendo reunidas informações sobre o CADM, como a lista com os nomes e contatos de seus membros, divulgação das datas de reuniões e atas das reuniões passadas. Também há o perfil no Facebook (facebook.com/UFRJ.CADM) e o e-mail contato.cadm@ufrj.br: esses meios facilitam a interação por estarem bem acessíveis e disponíveis para esclarecimentos, sugestões e denúncias. Com os meios disponíveis, faz-se necessário que o hábito pela busca na informação seja desenvolvido e convocamos a todos para a contribuição e participação no CADM, seja através destes meios, procurando algum membro, ou principalmente através das reuniões que são abertas a todos os alunos. Nossas Propostas
  • 9. Político - Externo: 1) Ampliar atuação junto aos demais movimentos que compartilham dos nossos objetivos para a melhoria da educação pública e melhoria da nossa sociedade. 2) Construir e apoiar a ANEL e suas campanhas nacionais, por entendermos que essa é uma entidade democrática e representativa, construída pela base das universidades e que defende os interesses dos estudantes. Com isso, participar de seu 2º Congresso Nacional, além de seus demais fóruns. 3) Dar seguimento à luta pela permanência do curso na PV, com estrutura de qualidade, e contra a aplicação do REUNI. 4) Articular-nos com os outros cursos para garantir a conquista do ex-Canecão e a abertura do Bandejão da PV. - Interno: 1) Lutar pelo retorno das aulas de ADM para o Palácio. 2) Buscar sanar, com o apoio dos estudantes, os problemas de salas de aula, professores, horários e inscrição em disciplina junto ao Departamento. E denunciar a falta de resolução desses problemas aos colegiados superiores da Universidade. 3) Queremos abrir uma discussão com toda a comunidade acadêmica sobre a grade curricular do curso de ADM, para discutirmos se ela condiz com as nossas expectativas. 4) Manter ativa a participação do representante do CADM na COAA, buscando defender os interesses dos alunos. 5) Propor a realização de um seminário que conte com a ampla participação de professores, alunos e funcionários do Departamento para que possamos expor os problemas do curso e buscar, conjuntamente, formas de solucioná-los. Combate às opressões 1) Fomentar e dar apoio a grupos de auto-afirmação construídos pelos setores oprimidos de nosso curso, em especial os LGBTs, visando aprofundar o debate sobre o tema, além de desenvolver ações para levar esse debate para o conjunto do curso. 2) Intensificar o trabalho com a camisa de combate às opressões, lançada pelo CADM no período 2012.2. 3) Abrir a discussão sobre cotas raciais, que entendemos como uma medida progressiva para ampliar o número de negras e negros na Universidade, visando combater a desigualdade racial que persiste em nossa sociedade. 4) Participar de eventos e espaços de discussão promovidos por movimentos sociais, ou pela Universidade, que tratem sobre o tema das opressões.
  • 10. 5) Combater o assédio cometido contra as alunas, que acontece de forma recorrente por parte de professores e alunos. 6) Incorporar-nos à campanha do DCE pela ampliação das vagas da Creche Universitária para as mães estudantes. As creches devem estar presentes em todos os campi, inclusive na PV. Estrutura e Finanças 1) Dar seguimento à manutenção e ao melhoramento do espaço do CADM. 2) Reverter a atual situação de afastamento dos alunos do espaço do CADM. Sabemos que isso é um reflexo da retirada das nossas aulas do Palácio, mas é fundamental que os alunos entendam o espaço do CADM como seu, onde possam estudar, almoçar, conversar e conviver com os demais alunos do curso. 3) Reativação da CantinADM. 4) Gerar receita financeira para o CADM através da venda de camisas, adesivos, etc, e da participação em eventos da Universidade, como o Arraiá. Não temos uma renda fixa, portanto é fundamental garantirmos nossa independência financeira e o equilíbrio das contas do CADM. Eventos 1) Promover a integração entre os estudantes da UFRJ, mas principalmente entre os alunos do nosso curso, através de eventos culturais, festivos e esportivos. Entre eles: 1. Juquinhada e Samba do DCE, que são realizados conjuntamente com o DCE e os demais CA’s, e trazem temas políticos atuais. 2. Recepção aos calouros, trazendo discussões políticas e sobre a Universidade e integrando-os à vida acadêmica, através de: Manual dos calouros, palestras e a cobertura dos eventos com vídeos e fotos. 3. Luau da ADM, que já contou com duas edições. Nosso compromisso é que o próximo seja ainda melhor, com maior organização e interação entre os alunos. 4. MAP (Mostra Artística do Palácio), que foi uma iniciativa do CADM e hoje já extrapolou o curso e está sendo organizada pelo Conselho de CA’s da PV. 5. Natal Solidário, que tem como intuito apoiar projetos sociais, envolvendo os alunos do curso nas campanhas de doações. Comunicação 1) Além da participação do email do CADM nos grupos de email das turmas, a frequente utilização do Facebook, com envio de textos e divulgação de eventos e atividades, também criamos o blog. Queremos ampliar a sua utilização, explorando ainda mais essa ferramenta, que é fundamental para articulação do curso e para aproximar os alunos e o CADM. 2) Ampliar a transparência da nossa atuação no cotidiano da faculdade e a divulgação dos materiais produzidos pelo CADM. Além disso, pretendemos sempre informar, através do blog, as datas de nossas reuniões e as atas, para que todos os alunos possam participar e se inteirar sobre as decisões tomadas pelo CADM.
  • 11. Membros 1º Período: Levi Preto. 2º Período: Francisco Felix, Gabriel Diniz, Igor Dantas, Rodrigo Cardoso, Thaís Oliveira e Vanderleia Sousa. 3º Período: Alex Moreira, Evellyn Souza, Jéssica Freitas, Léo Dourado e Rafael Dias. 4º Período: Giselle Rodrigues, Pedro Torres e Priscilla Pinel. 5º Período: Bruno Carvalho, Bruno Rodrigues, Fernando Rios, Gabriel Vilaça, Leonam Souza, Rodrigo Coelho e Thomas Vidal. 6º Período: Ronald Lopes. 7º Período: Allan Lima, Eduardo Pereira, Hiury Rubens e José Victor Mamede. 9º Período: Lílian Freitas.