O documento discute técnicas para identificar necessidades e requisitos de usuários, incluindo:
1) Coleta de dados através de entrevistas, questionários e observação para entender as necessidades dos usuários.
2) Análise dos dados coletados para desenvolver requisitos funcionais e não funcionais do sistema.
3) Uso de casos de uso e análise de tarefas para documentar fluxos de trabalho dos usuários.
4. INTRODUÇÃO
Objetivos
• Objetivos de um projeto de design de interação:
– Substituir ou atualizar um sistema já estabelecido
– Desenvolver um produto novo
• Pode ou não haver um conjunto inicial de requisitos
• Redefinição constante do escopo do projeto:
– Natureza iterativa
• Necessidades e expectativas dos usuários
• Entender usuário e ambiente (contexto)
• Entender usuário e contexto ao máximo para realização
de seus objetivos
• Produzir um conjunto de requisitos estáveis
• Evitar alterações radicais nos requisitos
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5. INTRODUÇÃO
Como?
• Coleta de dados, interpretação ou análise de dados e
captura do que foi encontrado
• Sequencial -> Iterativo
• Uso de framework ou teoria para fornecer uma
estrutura de referência
• Requisitos evoluem quando stakeholders interagem
com o design
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6. REQUISITOS
Importância
• Maior ocorrência de falhas em
projetos de TI está na definição dos
requisitos
• Usuário ignora ou despreza o sistema
• Abordagem centrada no usuário
– Dificuldades no envolvimento do usuário
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7. REQUISITOS
O que é isso?
• Declarações que especificam o que o produto
deveria fazer ou como deveria operar
• Devem ser específicos, não-ambíguos e claros
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8. REQUISITOS
Tipos de Requisitos
• Funcionais: O que o sistema deveria fazer
• Não-funcionais: Limitações no sistema ou em seu
desenvolvimento
• Ambientais ou de contexto de uso:
– Ambiente físico
– Ambiente social
– Ambiente organizacional
– Ambiente técnico
• De dados: Tipo, tamanho, persistência, etc.
• Do usuário: Características dos usuários. Conhecimento
relevante
• De usabilidade: Metas (eficiência, segurança, utilidade,
capacidade de aprendizagem, etc.)
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9. COLETA DE DADOS
O que é? Para que serve?
• É parte importante da identificação de requisitos e
da avaliação;
• Deve reunir um informações suficientes, relevantes e
apropriadas um conjunto de requisitos estáveis.
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10. COLETA DE DADOS
Técnicas de coleta de dados
• São flexíveis e combináveis;
• Provê dados específicos que são úteis em situações.
Questionário
– Existem diversos tipos de questionários;
– Geram dados específicos;
– São eficientes para grande número de pessoas;
– São normalmente utilizados em conjunto com outras técnicas.
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11. COLETA DE DADOS
Técnicas de coleta de dados
Entrevistas
– Podem ser estruturadas, semi-estruturadas e não estruturadas;
– Permitem exploração;
– Encorajam a interagir e colaborar;
– Identificam stakeholders;
– Permitem envolvimento dos usuários.
Grupo de estudos e workshops
– Permitem corroboração;
– Previnem o ponto de vista de somente uma pessoa;
– Ressaltam a visão consensual e áreas de discordância;
– Podem ser estruturadas e não-estruturadas.
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12. COLETA DE DADOS
Técnicas de coleta de dados
Observação Natural
– Oferece uma visão mais rica;
– Contextualiza as tarefas;
– Pode ter envolvimento ou não;
– Obtém insights, podendo inspirar outras investigações;
– Requer tempo e resulta em muita quantidade de dados.
Estudo de documentação
– Permite acesso aos manuais contendo procedimentos
e regras;
– Identifica Legislações e background;
– Não deve ser utilizada como única fonte;
– Não compromete o tempo dos stakeholders.
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13. COLETA DE DADOS
Qual usar?
• Conhecer a natureza das técnicas;
• Contar com o conhecimento do analista de dados;
• Entender a natureza da tarefa a ser executada;
• Identificar o tipo de informação que se necessita;
• Levar em consideração a disponibilidade dos
stakeholders e de outras fontes.
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14. Técnica Boa para Tipo de dados Vantagens Desvantagens
O design é crucial. O
Pode atingir várias índice de resposta pode
Responder a questões Dados qualitativos e
Questionários pessoas com poucos ser baixo. As respostas
específicas quantitativos
recursos podem não ser o que
você deseja
O entrevistador pode
guiar o entrevistado se Requer tempo.
Alguns dados
necessário. Encoraja o Ambientes artificiais
Entrevistas Explorar questões quantitativos, mas mais
contato entre podem intimidar o
qualitativos
desenvolvedores e entrevistado
usuários
Ressalta áreas de
Alguns dados consenso e conflito. Possibilidade de
Grupos de foco e Coletar vários pontos de
quantitativos, mas mais Encoraja o contato entre dominarem certos tipos
Workgroups vista
qualitativos desenvolvedores e de personalidade
usuários
Observar o trabalho real
Requer muito tempo.
Entender o contexto da oferece percepções que
Observação natural Qualitativo Grandes quantidades de
atividade do usuário outras técnicas não
dados
podem oferecer
Aprender sobre O trabalho diário será
procedimentos, Não compromete o diferente dos
Estudo de documentação Quantitativo
regulamentações e tempo dos usuários procedimentos
padrões documentados
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15. COLETA DE DADOS
Diretrizes básicas
• Concentrar-se nas necessidades dos stakeholders
• Envolver todos os stakeholders
• Combinar várias técnicas de coletas de dados
• Apoiar o processo com protótipos e descrição das
tarefas(apoio adequado)
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16. INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS
Por onde começo?
• Comece a reunir os dados logo após a sessão
• Interpretação inicial antes de uma análise mais
profunda
• Discutir os resultados
• Começar a estruturar e registrar as descrições dos
requisitos
• Um template pode guiar o processo de interpretação
e análise dos dados
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18. DESCRIÇÃO DE TAREFAS
O que fazer?
• Documentar os diferentes estágios utilizando
técnicas textuais ou diagramáticas;
• Utilização das descrições em todo ciclo de vida do
desenvolvimento projeto.
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19. DESCRIÇÃO DE TAREFAS
Cenários
• Atividades ou tarefas humanas;
• Sequência de eventos esperado;
• Problemas detectados.
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20. CASOS DE USO
Objetivos
• Descreve um conjunto particular de funcionalidades
do sistema modelando o diálogo entre o “ator” e o
sistema, sem se preocupar com o COMO será
desenvolvido.
• Tenta identificar os tipos de usuários que irão
interagir com o sistema, quais os papéis que estes
usuários irão assumir e quais funções serão
requisitas por cada usuário específico.
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21. CASOS DE USO
Componentes
Normalmente:
Pessoas
Eventualmente: Software / Hardware
que interaja com o sistema.
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22. CASOS DE USO
Fazem referência a:
• Serviços, comportamentos, tarefas ou funções
utilizadas pelos usuários do sistema.
Login Create Account
Close Account View Account
Details
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23. CASOS DE USO
Casos de uso contextual
• Descrever textualmente, através de uma linguagem
simples, a função do caso de uso, quais atores
interagem, quais etapas devem ser executadas pelo
ator e pelo sistema, quais parâmetros devem ser
fornecidos e quais as restrições/validações o caso de
uso deve possuir.
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25. CASOS DE USO
Modelo simples
Login
Atualizar
Bibliotecário
Catálogo
Sócio da Localizar Livros
Biblioteca
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26. CASOS DE USO
Casos de uso essenciais
• Combater limitações de cenários e até mesmo de
próprios casos de uso tradicionais.
• Representam um caso mais geral do que o cenário
abrange e tenta evitar suposições de um caso de uso
tradicional.
• Estruturado em três partes: Nome que expressa a
intenção geral, uma descrição em passos da ação do
usuário e das responsabilidades do sistema.
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27. CASOS DE USO
UC – Localizar Livros
Intenção do Usuário Responsabilidade do Sistema
identificar-se
Verificar identificação
Solicitar os detalhes apropriados
Oferecer os detalhes apropriados
Oferecer os resultados da pesquisa
Anotar os resultados da busca
Encerrar o sistema
fechar
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28. ANÁLISE DE TAREFAS
O que é?
• Tem como principal objetivo identificar como as
pessoas realizam as tarefas, qual o propósito e se
estão conseguindo alcançar seus objetivos;
• Podemos relacionar a observação;
• Visa melhorar softwares já existentes.
• Alguns métodos:
– AHT - Análise Hierarquica de Tarefas
– GOMS - Goals, operations, methods e selections rules
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29. ANÁLISE DE TAREFAS
Análise Hierarquica de Tarefas(AHT)
• Inicialmente utilizada para treinamentos e ensino;
• Objetivo é dividir uma tarefa em sub-tarefas, e estas
em sub-tarefas, e assim por diante.
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30. ANÁLISE HIERARQUICA DE TAREFAS
Modelo descritivo
• 0. Para retirar um livro na biblioteca
– 1. vá a biblioteca
– 2. encontre o livro desejado
• 2.1 acesse o catálogo da biblioteca
• 2.2 acesse a tela de pesquisa
• 2.3 forneça os critérios para a busca
• 2.4 identifique o livro desejado
• 2.5 anote a localização
– 3 vá a estante correta e retire o livro
– 4 leve o livro ao balcão
• plano 0: faça 1-3-4. Se o livro não estiver na prateleira esperada, faça 2-3-4.
• plano 2: faça 2.1-2.4-2.5. Se o livro não for identificado, faça 2.2-2.3-2.4-2.5.
Uma AHT para empréstimo de um livro da biblioteca.
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31. ANÁLISE HIERARQUICA DE TAREFAS
Modelo gráfico
Plano 0:
Retirar um livro faça 1-3-4.
na biblioteca Se o livro não estiver na prateleira
0 esperada, faça 2-3-4.
encontrar livro Retirar o livro na Levar o livro ao
ir a biblioteca
desejado estante balcão
1 2 3 4
Plano 2: faça 2.1-2.4-2.5.
Se o livro não for identificado, faça 2.2-2.3-2.4-2.5.
Forncecer os
Acessar tela de Identificar o Anotar a
Acessar catálogo critérios de
pesquisa livro desejado localização
busca
2.1 2.2 2.3 2.4 2.5
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32. ANÁLISE DE TAREFAS
GOMS
• Goals(Objetivo) é o que o usuário pretende realizar.
• Operations(Operações) são ações que são realizadas para
chegar ao objetivo.
• Methods(Métodos) são sequências que o usuários precisa
para alcançar uma meta.
• Podem existir diversos métodos para chegar a um
objetivo, para isso servem as Selection Rules(Regras de
Seleção), que servirão para orientar o usuário quando
utilizar determinado método
• As regras de seleção por muitas vezes são ignoradas nas
análises utilizando o método GOMS.
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