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A FIGURA PROVIDENCIAL DE NELSON MANDELA NA ÁFRICA DO SUL
Fernando Alcoforado*
Nelson Mandela, que foi um dos mais importantes líderes políticos atuantes contra o
processo de discriminação racial instaurado pelo “apartheid” na África do Sul e se
tornou um ícone internacional na defesa das causas humanitárias, faleceu com 95 anos
em 05 de dezembro de 2013 na cidade de Johannesburgo. Mandela teve uma formação
educacional influenciada pelos valores da cultura africana e europeia e aos poucos
conseguiu discernir como o pensamento colonial britânico se ocupava em dizer aos
africanos que eles deveriam se inspirar nos ditames superiores da cultura do Velho
Mundo. Após passar pelas melhores instituições de ensino da época, Mandela teve a
oportunidade de tomar conhecimento da luta contra o “apartheid” promovida pelo
Congresso Nacional Africano (CNA).
Vivendo em Johannesburgo, onde trabalhou em uma imobiliária e, em seguida, em um
escritório de advocacia, Mandela se vinculou às atividades do CNA e deu continuidade
aos seus estudos no campo do Direito. No ano de 1942, Mandela fundou a Liga Jovem
do CNA. Na década de 1950, os ativistas aliados à Mandela resolveram realizar uma
grande manifestação de desobediência civil quando protestaram contra as políticas
segregacionistas impostas pelo Partido Nacional no poder na África do Sul. Essa grande
manifestação política resultou na elaboração da Carta da Liberdade, importante
documento de luta em que a população negra oficializava sua indignação diante da
segregação racial. Em 1956, as autoridades prenderam Nelson Mandela e decidiram
condená-lo à morte pelo crime de traição. No entanto, a repercussão internacional de
sua prisão e o julgamento serviram para que Mandela fosse colocado em liberdade.
Depois disso, Mandela continuou a conduzir os protestos pacíficos contra a ordem
estabelecida.
Em março de 1960, um protesto que tomou conta das ruas da cidade de Sharpeville que
resultou na morte de vários manifestantes desarmados. Depois disso, Nelson Mandela
decidiu se empenhar na formação do “Lança da Nação”, um braço armado do CNA.
Naturalmente, o governo segregacionista logo saiu em busca dos líderes dessa facção e,
em 5 de agosto de 1962, Mandela foi mais uma vez preso. Após enfrentar um processo
judicial, Mandela foi condenado à prisão perpétua, pena que cumpriria em uma ilha
penitenciária localizada a três quilômetros da cidade do Cabo. Nos vinte e sete anos
seguintes, Mandela ficou alheio ao mundo exterior e vivia o desafio de esperar pelo
tempo em sua cela.
Cabe observar que o objetivo do “apartheid” na África do Sul era separar as raças no
terreno jurídico (brancos, asiáticos, mestiços ou coloured, bantus ou negros),
estabelecendo uma hierarquia em que a raça branca dominava o resto da população e,
no plano geográfico, mediante a criação forçada de territórios reservados: os
Bantustanes. Em 1959, o “apartheid” alcançou o sua plenitude quando a população
negra ficou relegada a pequenos territórios marginais, autônomos e privados da
cidadania sul africana. Em 1960, a África do Sul foi excluída da Commonwealth
(Comunidade Britânica). A ONU aplicou sanções. Em 1972, a África do Sul foi
excluída dos Jogos Olímpicos de Munique, diante da ameaça de boicote geral dos países
africanos. Finalmente, em 1977, o regime sul africano foi oficialmente condenado pela
comunidade ocidental e submetido a um embargo de armas e material militar. Em 1985,
1
o Conselho de Segurança da ONU convocou seus Estados membros para adotar sanções
econômicas contra a África do Sul.
Diante do isolamento político e econômico da África do Sul, somente em 1990, sob o
governo conciliador do presidente Frederik Willem de Klerk, Nelson Mandela foi
libertado quando deu continuidade à luta contra o “apartheid” na África do Sul. A
libertação de Mandela após 27 anos na prisão representou também um compromisso
entre ele e o presidente Klerk de construir uma transição pacífica no país para, de um
lado, evitar um “banho de sangue” na África do Sul e, de outro, assegurar os interesses
econômicos das elites brancas dominantes no país. O presidente Frederik de Klerk pôs
fim ao regime racista em junho de 1991 depois de várias negociações com os
representantes das diversas comunidades étnicas do país. Daí em diante, a população
negra recuperou seus direitos civis e políticos. Em 1992, as leis segregacionistas foram
finalmente abolidas com o apoio de Mandela e Willem de Klerk. Em 1993, Mandela
obteve o prêmio Nobel da Paz e, em 1994, foram organizadas as primeiras eleições
multirraciais da África do Sul. A vitória eleitoral de Nelson Mandela iniciou o expurgo
das práticas racistas do Estado africano que lhe rendeu grande reconhecimento
internacional.
Percebe-se pelo que ocorreu na África do Sul que o papel de Mandela no conjunto dos
acontecimentos foi condicionado pelos eventos internos e externos que levaram ao fim
da segregação racial. É importante observar que os grandes homens estão como que
impregnados da energia dos atos de milhares e milhões de homens da massa que os
preparam para exercer a liderança. Tomando como exemplo o caso de Napoleão
Bonaparte, pode-se afirmar que a Revolução Francesa e seus desdobramentos, que
colocou no poder a burguesia comercial e industrial com suas aspirações naturais e
vitais de expansão, foi determinante para que se manifestasse o seu talento como grande
general.
O papel de Mandela na África do Sul é similar ao de Napoleão. Napoleão surgiu para
dar continuidade à Revolução Francesa, enquanto Mandela se tornou a figura
providencial que possibilitou mudar a realidade da África do Sul em um momento
crítico de sua história. Uma das diferenças entre Napoleão e Mandela reside no fato de o
primeiro ter implantado na França o bonapartismo que é um tipo de governo em que o
Poder Legislativo perde força e o Executivo se fortalece, enquanto o segundo implantou
a democracia representativa na Ãfrica do Sul. No modelo bonapartista de governo, o
governante é um ditador que busca construir uma imagem carismática de um
representante popular. Diante da crise política, econômica, social e moral vivida pelo
Brasil, muita gente está à espera do surgimento de um líder como Napoleão ou Mandela
que seja capaz de aglutinar a nação em torno de um projeto comum de interesse da
maioria da população brasileira.
*Fernando Alcoforado, 73, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional
pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico,
planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos
livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem
Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000),
Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de
Barcelona, http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento
(Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos
Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the
Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller

2
Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe
Planetária (P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e
combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e
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A Liderança Providencial de Nelson Mandela na África do Sul

  • 1. A FIGURA PROVIDENCIAL DE NELSON MANDELA NA ÁFRICA DO SUL Fernando Alcoforado* Nelson Mandela, que foi um dos mais importantes líderes políticos atuantes contra o processo de discriminação racial instaurado pelo “apartheid” na África do Sul e se tornou um ícone internacional na defesa das causas humanitárias, faleceu com 95 anos em 05 de dezembro de 2013 na cidade de Johannesburgo. Mandela teve uma formação educacional influenciada pelos valores da cultura africana e europeia e aos poucos conseguiu discernir como o pensamento colonial britânico se ocupava em dizer aos africanos que eles deveriam se inspirar nos ditames superiores da cultura do Velho Mundo. Após passar pelas melhores instituições de ensino da época, Mandela teve a oportunidade de tomar conhecimento da luta contra o “apartheid” promovida pelo Congresso Nacional Africano (CNA). Vivendo em Johannesburgo, onde trabalhou em uma imobiliária e, em seguida, em um escritório de advocacia, Mandela se vinculou às atividades do CNA e deu continuidade aos seus estudos no campo do Direito. No ano de 1942, Mandela fundou a Liga Jovem do CNA. Na década de 1950, os ativistas aliados à Mandela resolveram realizar uma grande manifestação de desobediência civil quando protestaram contra as políticas segregacionistas impostas pelo Partido Nacional no poder na África do Sul. Essa grande manifestação política resultou na elaboração da Carta da Liberdade, importante documento de luta em que a população negra oficializava sua indignação diante da segregação racial. Em 1956, as autoridades prenderam Nelson Mandela e decidiram condená-lo à morte pelo crime de traição. No entanto, a repercussão internacional de sua prisão e o julgamento serviram para que Mandela fosse colocado em liberdade. Depois disso, Mandela continuou a conduzir os protestos pacíficos contra a ordem estabelecida. Em março de 1960, um protesto que tomou conta das ruas da cidade de Sharpeville que resultou na morte de vários manifestantes desarmados. Depois disso, Nelson Mandela decidiu se empenhar na formação do “Lança da Nação”, um braço armado do CNA. Naturalmente, o governo segregacionista logo saiu em busca dos líderes dessa facção e, em 5 de agosto de 1962, Mandela foi mais uma vez preso. Após enfrentar um processo judicial, Mandela foi condenado à prisão perpétua, pena que cumpriria em uma ilha penitenciária localizada a três quilômetros da cidade do Cabo. Nos vinte e sete anos seguintes, Mandela ficou alheio ao mundo exterior e vivia o desafio de esperar pelo tempo em sua cela. Cabe observar que o objetivo do “apartheid” na África do Sul era separar as raças no terreno jurídico (brancos, asiáticos, mestiços ou coloured, bantus ou negros), estabelecendo uma hierarquia em que a raça branca dominava o resto da população e, no plano geográfico, mediante a criação forçada de territórios reservados: os Bantustanes. Em 1959, o “apartheid” alcançou o sua plenitude quando a população negra ficou relegada a pequenos territórios marginais, autônomos e privados da cidadania sul africana. Em 1960, a África do Sul foi excluída da Commonwealth (Comunidade Britânica). A ONU aplicou sanções. Em 1972, a África do Sul foi excluída dos Jogos Olímpicos de Munique, diante da ameaça de boicote geral dos países africanos. Finalmente, em 1977, o regime sul africano foi oficialmente condenado pela comunidade ocidental e submetido a um embargo de armas e material militar. Em 1985, 1
  • 2. o Conselho de Segurança da ONU convocou seus Estados membros para adotar sanções econômicas contra a África do Sul. Diante do isolamento político e econômico da África do Sul, somente em 1990, sob o governo conciliador do presidente Frederik Willem de Klerk, Nelson Mandela foi libertado quando deu continuidade à luta contra o “apartheid” na África do Sul. A libertação de Mandela após 27 anos na prisão representou também um compromisso entre ele e o presidente Klerk de construir uma transição pacífica no país para, de um lado, evitar um “banho de sangue” na África do Sul e, de outro, assegurar os interesses econômicos das elites brancas dominantes no país. O presidente Frederik de Klerk pôs fim ao regime racista em junho de 1991 depois de várias negociações com os representantes das diversas comunidades étnicas do país. Daí em diante, a população negra recuperou seus direitos civis e políticos. Em 1992, as leis segregacionistas foram finalmente abolidas com o apoio de Mandela e Willem de Klerk. Em 1993, Mandela obteve o prêmio Nobel da Paz e, em 1994, foram organizadas as primeiras eleições multirraciais da África do Sul. A vitória eleitoral de Nelson Mandela iniciou o expurgo das práticas racistas do Estado africano que lhe rendeu grande reconhecimento internacional. Percebe-se pelo que ocorreu na África do Sul que o papel de Mandela no conjunto dos acontecimentos foi condicionado pelos eventos internos e externos que levaram ao fim da segregação racial. É importante observar que os grandes homens estão como que impregnados da energia dos atos de milhares e milhões de homens da massa que os preparam para exercer a liderança. Tomando como exemplo o caso de Napoleão Bonaparte, pode-se afirmar que a Revolução Francesa e seus desdobramentos, que colocou no poder a burguesia comercial e industrial com suas aspirações naturais e vitais de expansão, foi determinante para que se manifestasse o seu talento como grande general. O papel de Mandela na África do Sul é similar ao de Napoleão. Napoleão surgiu para dar continuidade à Revolução Francesa, enquanto Mandela se tornou a figura providencial que possibilitou mudar a realidade da África do Sul em um momento crítico de sua história. Uma das diferenças entre Napoleão e Mandela reside no fato de o primeiro ter implantado na França o bonapartismo que é um tipo de governo em que o Poder Legislativo perde força e o Executivo se fortalece, enquanto o segundo implantou a democracia representativa na Ãfrica do Sul. No modelo bonapartista de governo, o governante é um ditador que busca construir uma imagem carismática de um representante popular. Diante da crise política, econômica, social e moral vivida pelo Brasil, muita gente está à espera do surgimento de um líder como Napoleão ou Mandela que seja capaz de aglutinar a nação em torno de um projeto comum de interesse da maioria da população brasileira. *Fernando Alcoforado, 73, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona, http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller 2
  • 3. Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre outros. 3