Baile da Saudade / Loja Maçônica Segredo, Força e União de Juazeiro Ba
Crise hídrica, carnaval e agricultura irrigada
1. AGRISSÊNIOR
NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jeffcdiass@gmail.com)
Edição 511 – ANO XI Nº 25– 17 de fevereiro de 2015
CARNAVAL - BLOCO-BRASIL
(Editorial)
Estamos em pleno carnaval. Multidões nas
ruas frevando e sambando. É só alegria!
Nada de pensar na situação caótica do país e,
tampouco, como será o futuro de nossos
descendentes. A inflação bate recorde, a
gasolina estoura a boca do tanque mesmo
com o barril do petróleo em queda, o dólar
sobe, o Presidente da Câmara dispõe de
casa, carros e 40 empregados, a Petrobrás se
afunda, o PIB se amofina e o Governo mente.
O nosso dinheiro sai pelos ralos da corrupção
e as obras eleitoreiras torram os empréstimos
internacionais. A energia se evapora com a
queima das termelétricas, uma opção
eventual que virou solução. Os rios secam e a
culpa é de São Pedro para encobrir a falta de
obras conservacionistas. Que cenário!
Vem a quarta-feira e todos retornamos à
planície ou aos charcos. Desanimados e
xingando o governo ante as contas a pagar.
E para que ficarmos remoendo e ir atrás de
uns chamados cidadãos, com bandeiras nas
ruas, uns gatos pingados, querendo mudar o
Brasil?!
Preferimos é esperar o próximo fevereiro para
encher as ruas, com muitas mulheres
seminuas, música eletrizante, suor e cuca
etilizada!
BLOCO-BRASIL? ESTOU FORA!
O MOTEL
L. Fernando Veríssimo
Mirtes não se aguentou e contou para a
Lurdes:
- Viram teu marido entrando num motel.
A Lurdes abriu a boca e arregalou os olhos...
Ficou assim, uma estátua de espanto, durante
um minuto, um minuto e meio. Depois pediu
detalhes.
- Quando? Onde? Com quem?
- Ontem, no Discretíssimu's.
- Com quem? Com quem?
- Isso eu não sei...
- Mas como? Era alta? Magra? Loira? Puxava
de uma perna?
- Não sei, Lu.
- Carlos Alberto me paga. Ah, me paga!
Quando o Carlos Alberto chegou em casa, a
Lurdes anunciou que iria deixá-lo e contou por
quê.
- Mas que história é essa, Lurdes? Você sabe
quem era a mulher que estava comigo no
motel. Era você!
- Pois é. Maldita a hora em que eu aceitei ir.
Discretíssimu's! Toda a cidade ficou sabendo.
Ainda bem que não me identificaram.
- Pois então?
- Pois então, que eu tenho que deixar você.
Não vê? É o que todas as minhas amigas
esperam que eu faça. Não sou mulher de ser
enganada pelo marido e não reagir.
2. - Mas, você não foi enganada. Quem estava
comigo era você!
- Mas elas não sabem disso!
- Eu não acredito, Lurdes! Você vai
desmanchar nosso casamento por isso? Por
uma convenção?
- Vou!
Mais tarde, quando a Lurdes estava saindo de
casa, com as malas, o Carlos Alberto a
interceptou. Estava sombrio:
- Acabo de receber um telefonema - disse...
- Era o Dico.
- O que ele queria?
- Fez mil rodeios, mas acabou me contando.
Disse que, como meu amigo, tinha que
contar.
- O quê?
- Você foi vista saindo do motel
Discretíssimu's ontem, com um homem.
(Enviada por Aloísio
Guimarães:www.terradosxucurus.blogspot
.com.br)
AGRICULTURA IRRIGADA NO FUNDO DO POÇO
Luiz Ferreira da Silva
Crônica publicada em 18/02/2002;
13 anos atrás, que tem muito a
ver com os dias atuais (2015.)
Na agricultura moderna um dos insumos
importantes para aumentar a produtividade
dos cultivos é a irrigação, haja vista o que
vem acontecendo recentemente no vale do rio
São Francisco - Pólo Juazeiro/Petrolina - e
nos cerrados do Oeste da Bahia, na produção
de frutas, grãos, café e algodão, com
resultados extraordinários.
No entanto, em ambas as regiões, só como
exemplo, já se pergunta sobre o futuro da
irrigação, considerando-se a escassez de
água, fato comum em todo o mundo,
motivada pela poluição, perturbações
ecológicas e mau uso do precioso líquido.
No caso do Nordeste, a situação tende a se
agravar, pois além de tudo, a sua estrutura
geológica é pobre em acumulação de água e,
ademais, há o problema da salinidade.
Então, até quando se disporá de água para a
agricultura? Qual o quantitativo de água
potencial para os novos projetos de
agricultura irrigada? Os atuais poços, por
quanto tempo manterão a vazão suficiente
para atender a atual necessidade das culturas
implantadas?
Por outro lado, mesmo considerando que o
nosso planeta é constituído por 2/3 de água,
somente um reduzido volume é utilizável pelo
homem, constituindo-se um dos principais
problemas a serem enfrentados pela
humanidade em futuro próximo. Da água doce
existente, para se ter uma idéia da situação
hídrica, apenas 8.580.830 km3
estaria
disponível, correspondendo a 0,6% de toda
água do planeta (salgada, doce), conforme
estudos do pesquisador João Suassuna, da
Fundação Joaquim Nabuco. A rigor, a terra
vai deixar de se chamar planeta água.
Com o aumento populacional, cujo consumo
por pessoa (beber, lavar roupa, banhos,
limpezas, etc) é superior a 100 litros/dia e da
atividade agrícola (pecuária, agroindústria e
irrigação), não é difícil prever que a água não
vai dar para tantos gastos, já se antevendo
uma priorização do seu uso - o homem em
primeiro lugar -, economia e reciclagem e
medidas de preservação ambiental. Sem isso,
vai haver uma série de conflitos mundiais,
sobretudo naqueles países que dependem de
água compartilhada, cujos rios são um bem
comum para todos, a exemplo do Ganges,
Nilo, Jordão, Eufrates, lá distante de nós,
numa região conturbada.
Pelo exposto, a agricultura irrigada vai ter que
ser repensada, pois sem ela não tem futuro
(carência e/ou custo elevado do recurso-
água) e será preciso uma mudança nos
métodos operacionais acoplados a um
investimento em pesquisa, sobretudo nas
áreas de manejo do solo/água, climatologia,
fisiologia vegetal e engenharia genética.
No primeiro caso, serão desenvolvidas
práticas agrícolas que possibilitem a retenção
de água no solo (matéria orgânica, mulch,
multicultivos), bem como uso de máquinas
que mantenham a estrutura edáfica original,
3. evitando a compactação, a formação de micro
poros e a má drenagem do perfil.
Outra ação diz respeito ao detalhamento das
informações climáticas que possibilitem definir
as épocas ideais para os plantios,
aproveitando ao máximo o período de chuvas,
sem a necessidade de suplementação de
água, bem como a mensuração do
quantitativo de consumo de água nos ciclos
das culturas, além do mapeamento preciso
dos microclimas e fácies climáticos.
A Fisiologia vegetal é fundamental para
estudar as atividades do sistema radicular
(respiração, capacidade de absorção de água,
crescimento em profundidade, etc) e da
capacidade fotossintética associada a
mecanismos de baixo consumo de água foliar.
E, em paralelo, com um maior investimento -
humano financeiro e estrutural- sobressai a
Engenharia genética e congêneres
(melhoramento genético, cultivos de tecidos),
com a missão de buscar cultivares que
possam se adaptar às condições de déficit
hídrico, "imitando" as plantas das caatingas.
Nesse contexto, espécies como o mandacaru,
o umbu, o juazeiro e tantas outras,
possivelmente serão a base de fornecimento
de genes para outras culturas, possibilitando-
lhes também produzir com baixo consumo de
água.
Dessa maneira, o problema é iminente e cada
vez mais haverá maior demanda pelos
produtos do campo, sobretudo alimentos, haja
vista o crescimento populacional e a fome que
já está presente em vários continentes. E não
vai ser com a irrigação que o mundo terá a
sua mesa farta.
E A PROPÓSITO DA CRISE HÍDRICA E NESTE CARNAVAL
TOMARAQUE CHOVA
Emilinha Borba
Tomara que chova
Três dias sem parar
Tomara que chova
Três dias sem parar
A minha grande mágoa
É lá em casa
Não ter água
Eu preciso me lavar
De promessa eu ando cheio
Quando eu conto a minha vida
Ninguém quer acreditar
Trabalho não me cansa
O que cansa é pensar
Que lá em casa não tem água
Nem pra cozinhar
Tomara que chova
Três dias sem parar
Tomara que chova
Três dias sem parar
A minha grande mágoa
É lá em casa
Não ter água
Eu preciso me lavar
De promessa eu ando cheio
Quando eu conto a minha vida
Ninguém quer acreditar
Trabalho não me cansa
O que cansa é pensar
Que lá em casa não tem água
Nem pra cozinhar
MARCHINHA DE CARNAVAL
Cachaça Não é água
Você pensa que cachaça é água?
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão
Você pensa que cachaça é água?
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão
Pode me faltar tudo na vida
Arroz, feijão e pão
4. Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não
Pode me faltar o amor
(Disto eu até acho graça)
Só não quero que me falte
A danada da cachaça
Você pensa que cachaça é água?
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão
O HOMEM E SEU CARNAVAL
Carlos Drummond De Andrade
Deus me abandonou
no meio da orgia
entre uma baiana e uma egípcia.
Estou perdido.
Sem olhos, sem boca
sem dimensões.
As fitas, as cores, os barulhos
passam por mim de raspão.
Pobre poesia.
O pandeiro bate
é dentro do peito
mas ninguém percebe.
Estou lívido, gago.
Eternas namoradas
riem para mim
demonstrando os corpos,
os dentes.
Impossível perdoá-las,
sequer esquecê-las.
Deus me abandonou
no meio do rio.
Estou me afogando
peixes sulfúreos
ondas de éter
curvas curvas curvas
bandeiras de préstitos
pneus silenciosos
grandes abraços largos espaços
eternamente.
O SENTIMENTO MAIS LIBERTADOR
Postado por Beth Michepud
Em sua opinião, qual é o sentimento mais
libertador? Aquele que, efetivamente, faz bem
à alma? No texto de Wanda Alves, podemos
encontrar uma resposta da qual compartilho.
Antes de iniciar a leitura, gostaria de citar uma
frase de um poeta francês, Paul Géraldy, que diz:
“Precisamos parecer um pouco com os outros
para compreendê-los, mas precisamos ser um
pouco diferentes para amá-los.”
Espero que gostem!
“O perdão é uma ferramenta indispensável
para nossa libertação .
Se me perguntarem qual o sentimento mais
libertador, eu direi, sem pensar muito, que é o
ato de perdoar.
O perdão, através do verdadeiro acolhimento
e da real compreensão da situação que nos
magoou, consegue nos encaminhar para a
alforria de qualquer dor, cisão, e nos abre o
caminho para a verdadeira inteireza.
Quando me refiro ao ato de perdoar, não é
sobre o perdão eclesiástico, por medo de
arder no fogo do inferno. Muito menos
referente à submissão de outrem à nossa
própria altivez, nos delegando algum poder ou
superioridade, como se tivéssemos o poder
divino de decisão.
Não estou falando também de empurrar
emoções para debaixo do tapete, motivado(a)
pela ilusão de que sentimentos reprimidos
não representam ameaças. Falo sobre a
compreensão genuína das nossas mágoas,
ressentimentos, medos e melindres, para que
possamos acolhê-los, compreendê-los e
perdoar a nós mesmos e aos outros.
Viver, conviver, compartilhar significam
ganhos e perdas nas relações.
As pessoas são diferentes, têm suas
dificuldades, suas inseguranças, suas
carências, e quando isso é colocado em
xeque ou em confronto com o outro, o cálice
transborda.
Na maioria das vezes sobram ressentimentos,
amarguras e uma terrível sensação de
decepção e desamparo. Quem nunca se
5. sentiu assim? Pois é, mas a vida continua e
precisamos estar inteiros e disponíveis para
sermos quem em verdade somos.
Não podemos carregar uma bagagem pesada
e estarmos, ao mesmo tempo, livres e
íntegros.
Quando um copo está cheio, uma gota o faz
transbordar. As pessoas são humanas, como
nós; erram, acertam; não se pode esquecer
que ninguém é igual sempre. O que eu fui
ontem, certamente não é mais o que sou hoje.
Os sentimentos mudam, os valores também.
Ficarmos atrelados ao passado, seja nosso
ou do outro, é estúpido, improdutivo e, o pior,
involutivo.
Ser tomado pela fúria e por mágoas demanda
muita adrenalina, desgaste físico, emocional,
mental e energético. Perdemos muito, em
todos os sentidos, com essas emoções.
Precisamos exonerar pensamentos
obsessivos que insistem em nos perseguir e
se instalar em nosso emocional.
Se estamos lotados de raiva, rancor e anseios
de retaliação, contaminamos nosso ambiente,
as pessoas, nossos projetos, nossos desejos,
e perdemos essa energia fecunda que nos faz
prósperos, bem-sucedidos, amados, criativos,
generosos e consequentemente inteiros e
mais felizes. “Uma certa vez um velho índio
disse: dentro de mim, existem dois cachorros:
um deles é cruel e perverso, o outro,
generoso e magnânimo. Os dois estão
sempre brigando!
Quando perguntaram qual dos dois cães
ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu
e respondeu: Aquele que eu alimento!”
Um Salve à vida!!!
CAMINHE
Aqui vai um bom conselho para começar bem a semana!
No ser humano, as pernas correspondem a 20%
do peso do corpo. É onde temos os músculos
mais longos (sartorius) e mais fortes (glúteos).
O sangue desce por gravidade mas tem que
subir de volta para o tronco.
Entre os músculos e o Tibialis Posterior temos
veias e artérias que, por contração, produzem
o efeito de circulação do sangue.
É como se em cada perna existisse uma bomba.
O par de músculos na barriga da perna - os
gémeos - são ativados cada vez que
caminhamos e ainda mais intensamente
quando subimos escadas ou andamos nas
pontas dos pés.
Muitas horas sentados ou em pé, sem
ativação adequada destes músculos, é muito
prejudicial a longo prazo para a nossa saúde.
Pernas enfraquecidas por falta de movimento
significam patologias circulatórias, falta de
equilíbrio, fraco alinhamento postural que
pode também resultar em dores articulares e
tensões na parte superior do corpo.
Por isso, caminhe… pela sua saúde!
(Enviada por José Rezende).
A PIADA DA SEMANA
Em Lisboa, a passeio, um brasileiro resolveu
comprar uma gravata.
Entrou numa loja do Chiado e, além da
gravata, comprou ainda um par de meias,
duas camisas sociais, uma polo esporte, um
par de luvas e um cinto. Chorou um
descontinho, e pediu para fechar a conta. Viu
então que o vendedor pegou um lápis e papel
e se pôs a fazer contas, multiplicando,
somando, tirando porcentagem de desconto,
e aí intrigado, perguntou:
- O senhor não tem máquina de calcular?
- Infelizmente não trabalhamos com
electrónicos, mas o senhor pode encontrar na
loja justamente aqui ao lado...
oOo
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