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AGRISSÊNIOR
        NOTÍCIAS
       Pasquim informativo virtual.
       Opiniões, humor e mensagens.
EDITORES:
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
 luizferreira1937@gmail.com)
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias jeffcdiass@gmail.com)
               jef diass@gmail.com)

Edição 389 – ANO IX                                            Nº 01 – 24 de julho de 2012
2011
                                           ANO IX
Oito (8) já se foram. Ininterruptamente, 388 edições, excetuando o breve período de “férias” de
final de ano. Iniciamos o ANO IX, na expectativa de muitos e muitos mais pela frente.
Agradecemos aos leitores assíduos e/ou colaboradores. Os Editores.

             JUMENTOS: UMA CLASSE DE ANIMAIS EM EXTINÇÃO
                                       Luciana Franco
Historicamente vinculados ao trabalho no        carcaça ameaça rachar, que coices, que
campo, os animais perdem a serventia e o        coices que dá”.
rebanho despenca no Brasil.                     Nos mais de 30 anos que se passaram desde
                                                a composição, pouca coisa mudou no
                                                cotidiano do jumento, animal típico nordestino
                                                também         conhecido      como      jegue.
                                                Recentemente alvo de uma grande polêmica,
                                                depois que a China sinalizou a intenção de
                                                comprar no Brasil 300 mil animais para
                                                destiná-los à produção de cosméticos, os
                                                jumentos atraíram a atenção de uma das mais
                                                célebres defensoras de animais do mundo: a
                                                atriz Brigitte Bardot, que, em carta, pediu à
                                                presidente Dilma Rousseff que evitasse tal
                                                carnificina.
“Jumento não é o grande malandro da praça.      De acordo com Fernando Viana, agrônomo e
Trabalha, trabalha de graça. Não agrada         presidente da Associação Brasileira dos
ninguém. Nem nome não tem. É manso e não        Jumentos Nordestinos, no entanto, a intenção
faz pirraça, mas quando a carcaça ameaça        da China de adquirir os animais do Nordeste
rachar, que coices, que coices que dá”          do Brasil, que responde por mais de 90% do
(Trecho da canção O Jumento, de Chico           rebanho brasileiro, não se concretizou na
Buarque)                                        prática. “Foi assinado um protocolo de
A canção O Jumento, escrita por Chico           intenções entre uma missão de chineses e o
Buarque em 1977, já revelava as tristes         governo do Rio Grande do Norte, mas não há
condições de vida do animal. O trecho inicial   registro de comércio”, disse.
diz: “Jumento não é o grande malandro da        Ainda que os animais nordestinos não
praça. Trabalha, trabalha de graça. Não         estejam virando cosméticos, sua miserável
agrada ninguém. Nem nome não tem. É             existência não foi amenizada com a chegada
manso e não faz pirraça, mas quando a           da modernidade. Trata-se de uma classe de
animais fadada ao trabalho no campo. “Um          época em que o bem estar animal é altamente
jumento forte e bom para o trabalho não tem       respeitado, dificilmente essa ideia tomará
preço”, diz Viana. Em compensação animais         alguma forma e sensação é de que a classe
não tão fortes já foram comercializados pelo      caminha a passos largos para extinção no
valor de uma galinha, lembra o agrônomo.          Brasil. “Em países subdesenvolvidos o
A sorte dos mais fracos, no entanto, é serem      rebanho cresce ou se mantém, diferente do
abandonados nas beiras das estradas e morrer      que ocorre nos países em desenvolvimento
de inanição ou atropelamento. “A tradição do      ou desenvolvidos, onde a queda é contínua”,
jumento é o trabalho rural e, depois que os       avalia Viana.
tratores de pequeno porte chegaram ao campo,      Atentos a notícia sobre a possível exportação
os animais migraram para a cidade ou foram        do animal para a China para a produção de
abatidos de maneira indiscriminada, o que fez o   cosméticos, usuários da rede social Facebook
rebanho brasileiro cair mais de 70% nas ultimas   prepararam uma campanha e já ilustram em
quatro décadas, de 2,7 milhões de cabeças em      seus perfis um cartaz, pedindo o não
1967 para apenas 590 mil cabeças em 2010.         embarque do jumento para o país asiático.
Nas cidades eles tiveram serventia no             Embora o comércio ainda não tenha se
transporte de objetos e pessoas até a chegada     concretizado, o tema está mobilizando
das motocicletas.                                 centenas de pessoas. A ideia é conscientizar
“Parece não haver saída para a recuperação        a população para evitar a morte dos animais.
do rebanho do Brasil”, diz Viana. Uma             Mais de duas mil pessoas já aderiram a
alternativa, segundo ele, seria o governo         campanha e compartilhara.
federal obrigar a destinação de jumentos para     (Enviada por J. Suassuna)
trabalhos em assentamentos rurais, mas em

                                  OS JOVENS DE HOJE
  ELIANE BRUM, Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios
 nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da
 Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti
                             2007) e O Olho da Rua (Globo).
Ao conviver com os bem mais jovens, com           mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a
aqueles que se tornaram adultos há pouco e        vida é fácil. Ou que já nascem prontos –
com aqueles que estão tateando para virar         bastaria apenas que o mundo reconhecesse a
gente grande, percebo que estamos diante da       sua genialidade. Tenho me deparado com
geração mais preparada – e, ao mesmo              jovens que esperam ter no mercado de
tempo, da mais despreparada. Preparada do         trabalho uma continuação de suas casas –
ponto de vista das habilidades, despreparada      onde o chefe seria um pai ou uma mãe
porque não sabe lidar com frustrações.            complacente, que tudo concede. Foram
Preparada porque é capaz de usar as               ensinados a pensar que merecem, seja lá o
ferramentas da tecnologia, despreparada           que for que queiram. E quando isso não
porque despreza o esforço. Preparada porque       acontece – porque obviamente não acontece
conhece o mundo em viagens protegidas,            – sentem-se traídos, revoltam-se com a
despreparada      porque     desconhece       a   “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.
fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso   Como esses estreantes na vida adulta foram
sofre, sofre muito, porque foi ensinada a         crianças e adolescentes que ganharam tudo,
acreditar que nasceu com o patrimônio da          sem ter de lutar por quase nada de relevante,
felicidade. E não foi ensinada a criar a partir   desconhecem que a vida é construção – e
da dor. Há uma geração de classe média que        para conquistar um espaço no mundo é
estudou em bons colégios, é fluente em            preciso ralar muito. Com ética e honestidade
outras línguas, viajou para o exterior e teve     – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como
acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração      seus pais não conseguiram dizer, é o mundo
que teve muito mais do que seus pais. Ao          que anuncia a eles uma nova não lá muito
animadora: viver é para os insistentes. Por        logo muda para o emburramento. E o pior é
que boa parte dessa nova geração é assim?          que sofrem terrivelmente. Porque possuem
Penso que este é um questionamento                 muitas habilidades e ferramentas, mas não
importante para quem está educando uma             têm o menor preparo para lidar com a dor e
criança ou um adolescente hoje. Nossa época        as decepções. Nem imaginam que viver é
tem sido marcada pela ilusão de que a              também ter de aceitar limitações – e que
felicidade é uma espécie de direito. E tenho       ninguém, por mais brilhante que seja,
testemunhado a angústia de muitos pais para        consegue tudo o que quer. A questão, como
garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que   poderia formular o filósofo Garrincha, é:
fazem malabarismos para dar tudo aos filhos        “Estes pais e estes filhos combinaram com a
e protegê-los de todos os perrengues – sem         vida que seria fácil”?É no passar dos dias que
esperar nenhuma responsabilização nem              a conta não fecha e o projeto construído
reciprocidade. É como se os filhos nascessem       sobre fumaça desaparece deixando nenhum
e imediatamente os pais já se tornassem            chão. Ninguém descobre que viver é
devedores. Para estes, frustrar os filhos é        complicado quando cresce ou deveria crescer
sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível       – este momento é apenas quando a condição
uma vida sem frustrações? Não é importante         humana, frágil e falha, começa a se explicitar
que os filhos compreendam como parte do            no confronto com os muros da realidade.
processo educativo duas premissas básicas          Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer
do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e   se não temos espaço nem mesmo para falar
a busca, duas faces de um mesmo                    da tristeza e da confusão.Me parece que é
movimento? Existe alguém que viva sem se           isso que tem acontecido em muitas famílias
confrontar dia após dia com os limites tanto       por aí: se a felicidade é um imperativo, o item
de sua condição humana como de suas                principal do pacote completo que os pais
capacidades individuais?Nossa classe média         supostamente teriam de garantir aos filhos
parece desprezar o esforço. Prefere a              para serem considerados bem sucedidos,
genialidade. O valor está no dom, naquilo que      como falar de dor, de medo e da sensação de
já nasce pronto. Dizer que “fulano é               se sentir desencaixado?Não há espaço para
esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar          nada que seja da vida, que pertença aos
duro para conquistar algo parece já vir            espasmos de crescer duvidando de seu lugar
assinalado com o carimbo de perdedor.              no     mundo,      porque   isso   seria     um
Bacana é o cara que não estudou, passou a          reconhecimento da falência do projeto familiar
noite na balada e foi aprovado no vestibular       construído sobre a ilusão da felicidade e da
de Medicina. Este atesta a excelência dos          completude. Quando o que não pode ser dito
genes de seus pais. Esforçar-se é, no              vira sintoma – já que ninguém está disposto a
máximo, coisa para os filhos da classe C, que      escutar, porque escutar significaria rever
ainda precisam assegurar seu lugar no              escolhas e reconhecer equívocos – o mais
país.Da mesma forma que supostamente               fácil é calar. E não por acaso se cala com
seria possível construir um lugar sem esforço,     medicamentos e cada vez mais cedo o
existe a crença não menos fantasiosa de que        desconforto de crianças que não se
é possível viver sem sofrer. De que as dores       comportam segundo o manual. Assim, a
inerentes a toda vida são uma anomalia e,          família pode tocar o cotidiano sem que
como percebo em muitos jovens, uma espécie         ninguém precise olhar de verdade para
de traição ao futuro que deveria estar             ninguém dentro de casa. Se os filhos têm o
garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela      direito de ser felizes simplesmente porque
crença de que a felicidade é umdireito. E a        existem – e aos pais caberia garantir esse
frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma       direito – que tipo de relação pais e filhos
pista para compreender a geração do “eu            podem ter? Como seria possível estabelecer
mereço”.Basta andar por esse mundo para            um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e
testemunhar o rosto de espanto e de mágoa          as dúvidas estão previamente fora dele? Se a
de jovens ao descobrir que a vida não é como       relação está construída sobre uma ilusão, só
os pais tinham lhes prometido. Expressão que       é possível fingir. Aos filhos cabe fingir
felicidade – e, como não conseguem, passam        grande. Seria muito bacana que os pais de
a exigir cada vez mais de tudo, especialmente     hoje entendessem que tão importante quanto
coisas materiais, já que estas são as mais        uma boa escola ou um curso de línguas ou
fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter   um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira,
a possibilidade de garantir a felicidade, o que   meu filho. Você sempre poderá contar
sabem intimamente que é uma mentira               comigo, mas essa briga é tua”. Assim como
porque a sentem na própria pele dia após dia.     sentar para jantar e falar da vida como ela é:
É pelos objetos de consumo que a novela           “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com
familiar tem se desenrolado, onde os pais         dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou
fazem de conta que dão o que ninguém pode         “Não sei o que fazer, mas estou tentando
dar, e os filhos simulam receber o que só eles    descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e
podem buscar. E por isso logo é preciso criar     que tudo pode significa dizer ao seu filho que
uma nova demanda para manter o jogo               você não confia nele nem o respeita, já que o
funcionando.O resultado disso é pais e filhos     trata como um imbecil, incapaz de
angustiados, que vão conviver uma vida            compreender a matéria da existência. É tão
inteira, mas se desconhecem. E, portanto,         ruim quanto ligar a TV em volume alto o
estão perdendo uma grande chance. Todos           suficiente para que nada que ameace o frágil
sofrem muito nesse teatro de desencontros         equilíbrio doméstico possa ser dito. Agora, se
anunciados. E mais sofrem porque precisam         os pais mentiram que a felicidade é um direito
fingir que existe uma vida em que se pode         e seu filho merece tudo simplesmente por
tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho     existir, paciência. De nada vai adiantar
mais rápido para alcançar não a frustração        choramingar ou emburrar ao descobrir que vai
que move, mas aquela que paralisa.Quando          ter de conquistar seu espaço no mundo sem
converso com esses jovens no parapeito da         nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a
vida adulta, com suas imensas possibilidades      coragem de escolher. Seja a escolha de lutar
e riscos tão grandiosos quanto, percebo que       pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja
precisam muito de realidade. Com tudo o que       a de abrir mão dele. E não culpar ninguém
a realidade é. Sim, assumir a narrativa da        porque eventualmente não deu certo, porque
própria vida é para quem tem coragem. Não é       com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou
complicado porque você vai ter competidores       transferir para o outro a responsabilidade pela
com habilidades iguais ou superiores a sua,       sua desistência. Crescer é compreender que
mas porque se tornar aquilo que se é, buscar      o fato de a vida ser falta não a torna menor.
a própria voz, é escolher um percurso             Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos.
pontilhado de desvios e sem nenhuma               E é melhor não perder tempo se sentindo
certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter     injustiçado porque um dia ela acaba.
de responder pelas próprias escolhas. Mas é       (Enviada por Hélcio Júnior).
nesse movimento que a gente vira gente

                                A POLÍTICA BRASILEIRA
                                      Por Jamal Padilha
Isso não ocorre apenas em São Paulo e             forma espúria do erário público em benefício
Brasília, predomina em todo Brasil.               próprio, passou a ser tão trivial quanto
Os desvios de conduta, as roubalheiras, etc.;     registrar uma candidatura no TRE: Apenas
deixaram de constituir ocorrências episódicas     uma candidatura! Nada se perde.
e passaram a predominar como metodologia
única no exercício e pratica políticas.           Estamos     vivenciando    um   estado de
                                                  consensualidade, condescendência e mútuas
A política brasileira, como julgam alguns, não
                                                  tolerâncias que, juntas, tornam impossível
vive um momento atípico; conforme
                                                  separar réus de vítimas; acho que somos
demonstram o estranhamento e a indignação
                                                  todos, povo e políticos, os réus na
de todos os brasileiros com fatos recentes
                                                  materialidade desses delitos.
reprisados da nossa história. Apropriar-se de
Estamos todos no mesmo bloco em que               O Brasil está assim, exatamente como não o
anunciava o nosso craque Gerson, na               desejávamos; mas como uma resultante da
propaganda        dos    cigarros    Clássicos:   nossa omissão. Cá está ele à mercê dos
“Brasileiro gosta de levar vantagem em tudo,      cupins, nossos representantes, que se
certo?”. As “vantagens” continuadas estão         alimentam vorazmente dos seus constituintes
custando-nos muito caro! Vê-se nitidamente,       morais, do seu erário e do suor do seu povo.
a      desagregação      que      resulta    no   Os exemplos e os fatos saltam aos nossos
apodrecimento moral e ético que atinge uma        olhos tolos de decepção. A plebe é medíocre
classe em especial, a dos políticos.              e amnésica, há que se reconhecer. E a
Fomentam o descrédito que acomete os              política, uma “feira do rolo” onde se negociam
brasileiros com relação aos institutos legais     tudo; quotas de cargos, informações,
do Estado, representados pelo legislativo,        parcerias, empregos, nepotismos cruzado, e
executivo e judiciário. Diante de tanta           se faz um lucrozinho por baixo dos panos,
delinquência institucionalizada; alforriadas,     longe do Judiciário, mas às vistas do povo.
autoatribuídas;     “imunidades      e    foros   Não aram, não gradeiam, não adubam, não
especiais”,     indulgências    genéricas     e   plantam nada! Não trabalham! Mas colhem
impunidades. Nesse sumidouro imoral, o            com fartura, o produto ao que nos parece
brasileiro vê-se como cidadão de segunda          brotar numa terra virtualizada na retórica da
categoria quando afere e se dá conta da           loquacidade e do engodo.
desimportância com que o estado de direito        Aí tentamos encontrar inutilmente em nossa
encara seus valores morais, sua idoneidade,       vasta genealogia e história pregressa, o
sua integridade jurídica, seus direitos           cromossoma atávico recessivo que transmite
constitucionais, sua moral coletiva…              por     gerações      em     gerações    essas
Estamos pagando caro por essas “vantagens”        excepcionalidades morais. Nada! Essas são
típicas da expertise brasileira. Exercemos        velhas raízes ruins da nossa etnosociologia.
com indiferença e omissão os direitos plenos      Já à época do Brasil colônia, o erudito Jesuíta
duma cidadania constitucional duvidosamente       Padre Vieira, em sua linguagem típica
democrática e excessivamente liberal. Nossa       elaborada no barroco europeu já admoestava
“tolerância” confunde-se com um compactuar        com as chamas do inferno nossos lusos
volitivo,   como      se    mancomunássemos       colonizadores, também chegados ao ócio e
inconscientemente com tudo aquilo de errado,      aos mimos palacianos.
que nos é prejudicial e adverso coletivamente.    “O que eu posso acrescentar pela experiência
Claro, se a nossa parte de “expertos” no          que tenho, é que não só do Cabo da Boa
botim, levar alguma vantagem ou for poupada       Esperança para lá, mas também das partes
do penhor físico e do custo moral resultante;     do Aquém, se usa igualmente a mesma
fica bem pra nós! Assim está tudo bem! Será?      conjugação. Conjugam por todos os modos o
A indolência epicurista e preguiçosa; talvez o    verbo rapio, porque furtam de todos os modos
simples esnobismo dum elitismo social             da arte… Tanto que lá chegam, começam a
visivelmente decadente; o comodismo, o            furtar pelo modo indicativo… Furtam pelo
quietismo conformista, a ataraxia generalizada,   modo imperativo… Furtam pelo modo
fazem com que nosso povo esqueça e ate se         mandativo… Furtam pelo modo optativo…
enfastie do Exercício Pleno da Cidadania. Que     Furtam pelo modo conjuntivo… Furtam pelo
assistamos impassíveis, todas as formas de        modo potencial… furtam pelo modo
atitudes capituladas como desvios de conduta,     permissivo… Furtam pelo modo infinitivo,
contravenção, roubo, apropriação indébita, com    porque não tem fim o furtar com o fim do
inquestionável resignação de normalidade.         governo, e sempre lá deixam raízes, em que
Deixa pra lá… De nada adianta reclamar! E         se vão continuando os furtos.”.
ficamos reclusos nas urdiduras veladas das        Em seguida, referindo-se aos príncipes
fofocas de comadres, nas mesas dos bares, nas     (governantes), declara-os companheiros dos
festas e batizados, como lavadeiras nas pedras    ladrões.
do lagar das roupas sujas às beiradas dos rios
                                                  “São companheiros dos ladrões porque os
esgotos.
                                                  dissimulam; são companheiros dos ladrões
porque os consentem; são companheiros dos           Ladrão – Lisboa, 1655 – na Igreja da
ladrões porque lhes dão os postos e os              Misericórdia) Sermões Escolhidos (Padre
poderes; são companheiros dos ladrões               Antonio Vieira).
talvez os defendem; e são, finalmente, seus         Será que votar certo adianta? Mas votar em
companheiros porque os acompanham, e hão            quem? Quem será o nosso Messias imune às
de acompanhar ao inferno, onde os mesmos            imoralidades? (Enviada por Fernando
ladrões os levam consigo”. (Sermão do Bom           Antônio Botelho)

                                   A PIADA DA SEMANA
Depois de o bebé nascer, o pai, aflito, foi falar   "Ambas as nossas famílias têm tido cabelos
com o obstetra.                                     pretos há muitas gerações."
"Senhor doutor, estou muito preocupado              "Bem", disse o médico, "tenho de perguntar...
porque a minha filha nasceu com cabelos             Com que frequência tu e a tua mulher
ruivos. Não pode ser minha!" "Que                   praticam sexo?"O homem, envergonhado,
disparate!", disse o médico. "Mesmo que tu e        respondeu: "Este ano tenho andado cansado
a tua mulher tenham cabelo preto, pode haver        de trabalhar muito. Só fizemos amor uma ou
genes nas vossas famílias que dêem origem a         duas vezes nos últimos meses.""Então aí
cabelos ruivos."Não é possível!", insistiu o pai.   está!", disse o médico, confiante. "É
                                                    ferrugem!"


                                             oOo
                                Acessar: www.r2cpress.com.br

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389 an 24 julho_2012.ok

  • 1. AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Pasquim informativo virtual. Opiniões, humor e mensagens. EDITORES: EDITORES: Luiz Ferreira da Silva luizferreira1937@gmail.com) (luizferreira1937@gmail.com) e Jefferson Dias jeffcdiass@gmail.com) jef diass@gmail.com) Edição 389 – ANO IX Nº 01 – 24 de julho de 2012 2011 ANO IX Oito (8) já se foram. Ininterruptamente, 388 edições, excetuando o breve período de “férias” de final de ano. Iniciamos o ANO IX, na expectativa de muitos e muitos mais pela frente. Agradecemos aos leitores assíduos e/ou colaboradores. Os Editores. JUMENTOS: UMA CLASSE DE ANIMAIS EM EXTINÇÃO Luciana Franco Historicamente vinculados ao trabalho no carcaça ameaça rachar, que coices, que campo, os animais perdem a serventia e o coices que dá”. rebanho despenca no Brasil. Nos mais de 30 anos que se passaram desde a composição, pouca coisa mudou no cotidiano do jumento, animal típico nordestino também conhecido como jegue. Recentemente alvo de uma grande polêmica, depois que a China sinalizou a intenção de comprar no Brasil 300 mil animais para destiná-los à produção de cosméticos, os jumentos atraíram a atenção de uma das mais célebres defensoras de animais do mundo: a atriz Brigitte Bardot, que, em carta, pediu à presidente Dilma Rousseff que evitasse tal carnificina. “Jumento não é o grande malandro da praça. De acordo com Fernando Viana, agrônomo e Trabalha, trabalha de graça. Não agrada presidente da Associação Brasileira dos ninguém. Nem nome não tem. É manso e não Jumentos Nordestinos, no entanto, a intenção faz pirraça, mas quando a carcaça ameaça da China de adquirir os animais do Nordeste rachar, que coices, que coices que dá” do Brasil, que responde por mais de 90% do (Trecho da canção O Jumento, de Chico rebanho brasileiro, não se concretizou na Buarque) prática. “Foi assinado um protocolo de A canção O Jumento, escrita por Chico intenções entre uma missão de chineses e o Buarque em 1977, já revelava as tristes governo do Rio Grande do Norte, mas não há condições de vida do animal. O trecho inicial registro de comércio”, disse. diz: “Jumento não é o grande malandro da Ainda que os animais nordestinos não praça. Trabalha, trabalha de graça. Não estejam virando cosméticos, sua miserável agrada ninguém. Nem nome não tem. É existência não foi amenizada com a chegada manso e não faz pirraça, mas quando a da modernidade. Trata-se de uma classe de
  • 2. animais fadada ao trabalho no campo. “Um época em que o bem estar animal é altamente jumento forte e bom para o trabalho não tem respeitado, dificilmente essa ideia tomará preço”, diz Viana. Em compensação animais alguma forma e sensação é de que a classe não tão fortes já foram comercializados pelo caminha a passos largos para extinção no valor de uma galinha, lembra o agrônomo. Brasil. “Em países subdesenvolvidos o A sorte dos mais fracos, no entanto, é serem rebanho cresce ou se mantém, diferente do abandonados nas beiras das estradas e morrer que ocorre nos países em desenvolvimento de inanição ou atropelamento. “A tradição do ou desenvolvidos, onde a queda é contínua”, jumento é o trabalho rural e, depois que os avalia Viana. tratores de pequeno porte chegaram ao campo, Atentos a notícia sobre a possível exportação os animais migraram para a cidade ou foram do animal para a China para a produção de abatidos de maneira indiscriminada, o que fez o cosméticos, usuários da rede social Facebook rebanho brasileiro cair mais de 70% nas ultimas prepararam uma campanha e já ilustram em quatro décadas, de 2,7 milhões de cabeças em seus perfis um cartaz, pedindo o não 1967 para apenas 590 mil cabeças em 2010. embarque do jumento para o país asiático. Nas cidades eles tiveram serventia no Embora o comércio ainda não tenha se transporte de objetos e pessoas até a chegada concretizado, o tema está mobilizando das motocicletas. centenas de pessoas. A ideia é conscientizar “Parece não haver saída para a recuperação a população para evitar a morte dos animais. do rebanho do Brasil”, diz Viana. Uma Mais de duas mil pessoas já aderiram a alternativa, segundo ele, seria o governo campanha e compartilhara. federal obrigar a destinação de jumentos para (Enviada por J. Suassuna) trabalhos em assentamentos rurais, mas em OS JOVENS DE HOJE ELIANE BRUM, Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo). Ao conviver com os bem mais jovens, com mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a aqueles que se tornaram adultos há pouco e vida é fácil. Ou que já nascem prontos – com aqueles que estão tateando para virar bastaria apenas que o mundo reconhecesse a gente grande, percebo que estamos diante da sua genialidade. Tenho me deparado com geração mais preparada – e, ao mesmo jovens que esperam ter no mercado de tempo, da mais despreparada. Preparada do trabalho uma continuação de suas casas – ponto de vista das habilidades, despreparada onde o chefe seria um pai ou uma mãe porque não sabe lidar com frustrações. complacente, que tudo concede. Foram Preparada porque é capaz de usar as ensinados a pensar que merecem, seja lá o ferramentas da tecnologia, despreparada que for que queiram. E quando isso não porque despreza o esforço. Preparada porque acontece – porque obviamente não acontece conhece o mundo em viagens protegidas, – sentem-se traídos, revoltam-se com a despreparada porque desconhece a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste. fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso Como esses estreantes na vida adulta foram sofre, sofre muito, porque foi ensinada a crianças e adolescentes que ganharam tudo, acreditar que nasceu com o patrimônio da sem ter de lutar por quase nada de relevante, felicidade. E não foi ensinada a criar a partir desconhecem que a vida é construção – e da dor. Há uma geração de classe média que para conquistar um espaço no mundo é estudou em bons colégios, é fluente em preciso ralar muito. Com ética e honestidade outras línguas, viajou para o exterior e teve – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que teve muito mais do que seus pais. Ao que anuncia a eles uma nova não lá muito
  • 3. animadora: viver é para os insistentes. Por logo muda para o emburramento. E o pior é que boa parte dessa nova geração é assim? que sofrem terrivelmente. Porque possuem Penso que este é um questionamento muitas habilidades e ferramentas, mas não importante para quem está educando uma têm o menor preparo para lidar com a dor e criança ou um adolescente hoje. Nossa época as decepções. Nem imaginam que viver é tem sido marcada pela ilusão de que a também ter de aceitar limitações – e que felicidade é uma espécie de direito. E tenho ninguém, por mais brilhante que seja, testemunhado a angústia de muitos pais para consegue tudo o que quer. A questão, como garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que poderia formular o filósofo Garrincha, é: fazem malabarismos para dar tudo aos filhos “Estes pais e estes filhos combinaram com a e protegê-los de todos os perrengues – sem vida que seria fácil”?É no passar dos dias que esperar nenhuma responsabilização nem a conta não fecha e o projeto construído reciprocidade. É como se os filhos nascessem sobre fumaça desaparece deixando nenhum e imediatamente os pais já se tornassem chão. Ninguém descobre que viver é devedores. Para estes, frustrar os filhos é complicado quando cresce ou deveria crescer sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível – este momento é apenas quando a condição uma vida sem frustrações? Não é importante humana, frágil e falha, começa a se explicitar que os filhos compreendam como parte do no confronto com os muros da realidade. processo educativo duas premissas básicas Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e se não temos espaço nem mesmo para falar a busca, duas faces de um mesmo da tristeza e da confusão.Me parece que é movimento? Existe alguém que viva sem se isso que tem acontecido em muitas famílias confrontar dia após dia com os limites tanto por aí: se a felicidade é um imperativo, o item de sua condição humana como de suas principal do pacote completo que os pais capacidades individuais?Nossa classe média supostamente teriam de garantir aos filhos parece desprezar o esforço. Prefere a para serem considerados bem sucedidos, genialidade. O valor está no dom, naquilo que como falar de dor, de medo e da sensação de já nasce pronto. Dizer que “fulano é se sentir desencaixado?Não há espaço para esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar nada que seja da vida, que pertença aos duro para conquistar algo parece já vir espasmos de crescer duvidando de seu lugar assinalado com o carimbo de perdedor. no mundo, porque isso seria um Bacana é o cara que não estudou, passou a reconhecimento da falência do projeto familiar noite na balada e foi aprovado no vestibular construído sobre a ilusão da felicidade e da de Medicina. Este atesta a excelência dos completude. Quando o que não pode ser dito genes de seus pais. Esforçar-se é, no vira sintoma – já que ninguém está disposto a máximo, coisa para os filhos da classe C, que escutar, porque escutar significaria rever ainda precisam assegurar seu lugar no escolhas e reconhecer equívocos – o mais país.Da mesma forma que supostamente fácil é calar. E não por acaso se cala com seria possível construir um lugar sem esforço, medicamentos e cada vez mais cedo o existe a crença não menos fantasiosa de que desconforto de crianças que não se é possível viver sem sofrer. De que as dores comportam segundo o manual. Assim, a inerentes a toda vida são uma anomalia e, família pode tocar o cotidiano sem que como percebo em muitos jovens, uma espécie ninguém precise olhar de verdade para de traição ao futuro que deveria estar ninguém dentro de casa. Se os filhos têm o garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela direito de ser felizes simplesmente porque crença de que a felicidade é umdireito. E a existem – e aos pais caberia garantir esse frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma direito – que tipo de relação pais e filhos pista para compreender a geração do “eu podem ter? Como seria possível estabelecer mereço”.Basta andar por esse mundo para um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e testemunhar o rosto de espanto e de mágoa as dúvidas estão previamente fora dele? Se a de jovens ao descobrir que a vida não é como relação está construída sobre uma ilusão, só os pais tinham lhes prometido. Expressão que é possível fingir. Aos filhos cabe fingir
  • 4. felicidade – e, como não conseguem, passam grande. Seria muito bacana que os pais de a exigir cada vez mais de tudo, especialmente hoje entendessem que tão importante quanto coisas materiais, já que estas são as mais uma boa escola ou um curso de línguas ou fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, a possibilidade de garantir a felicidade, o que meu filho. Você sempre poderá contar sabem intimamente que é uma mentira comigo, mas essa briga é tua”. Assim como porque a sentem na própria pele dia após dia. sentar para jantar e falar da vida como ela é: É pelos objetos de consumo que a novela “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com familiar tem se desenrolado, onde os pais dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou fazem de conta que dão o que ninguém pode “Não sei o que fazer, mas estou tentando dar, e os filhos simulam receber o que só eles descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e podem buscar. E por isso logo é preciso criar que tudo pode significa dizer ao seu filho que uma nova demanda para manter o jogo você não confia nele nem o respeita, já que o funcionando.O resultado disso é pais e filhos trata como um imbecil, incapaz de angustiados, que vão conviver uma vida compreender a matéria da existência. É tão inteira, mas se desconhecem. E, portanto, ruim quanto ligar a TV em volume alto o estão perdendo uma grande chance. Todos suficiente para que nada que ameace o frágil sofrem muito nesse teatro de desencontros equilíbrio doméstico possa ser dito. Agora, se anunciados. E mais sofrem porque precisam os pais mentiram que a felicidade é um direito fingir que existe uma vida em que se pode e seu filho merece tudo simplesmente por tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho existir, paciência. De nada vai adiantar mais rápido para alcançar não a frustração choramingar ou emburrar ao descobrir que vai que move, mas aquela que paralisa.Quando ter de conquistar seu espaço no mundo sem converso com esses jovens no parapeito da nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a vida adulta, com suas imensas possibilidades coragem de escolher. Seja a escolha de lutar e riscos tão grandiosos quanto, percebo que pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja precisam muito de realidade. Com tudo o que a de abrir mão dele. E não culpar ninguém a realidade é. Sim, assumir a narrativa da porque eventualmente não deu certo, porque própria vida é para quem tem coragem. Não é com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou complicado porque você vai ter competidores transferir para o outro a responsabilidade pela com habilidades iguais ou superiores a sua, sua desistência. Crescer é compreender que mas porque se tornar aquilo que se é, buscar o fato de a vida ser falta não a torna menor. a própria voz, é escolher um percurso Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. pontilhado de desvios e sem nenhuma E é melhor não perder tempo se sentindo certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter injustiçado porque um dia ela acaba. de responder pelas próprias escolhas. Mas é (Enviada por Hélcio Júnior). nesse movimento que a gente vira gente A POLÍTICA BRASILEIRA Por Jamal Padilha Isso não ocorre apenas em São Paulo e forma espúria do erário público em benefício Brasília, predomina em todo Brasil. próprio, passou a ser tão trivial quanto Os desvios de conduta, as roubalheiras, etc.; registrar uma candidatura no TRE: Apenas deixaram de constituir ocorrências episódicas uma candidatura! Nada se perde. e passaram a predominar como metodologia única no exercício e pratica políticas. Estamos vivenciando um estado de consensualidade, condescendência e mútuas A política brasileira, como julgam alguns, não tolerâncias que, juntas, tornam impossível vive um momento atípico; conforme separar réus de vítimas; acho que somos demonstram o estranhamento e a indignação todos, povo e políticos, os réus na de todos os brasileiros com fatos recentes materialidade desses delitos. reprisados da nossa história. Apropriar-se de
  • 5. Estamos todos no mesmo bloco em que O Brasil está assim, exatamente como não o anunciava o nosso craque Gerson, na desejávamos; mas como uma resultante da propaganda dos cigarros Clássicos: nossa omissão. Cá está ele à mercê dos “Brasileiro gosta de levar vantagem em tudo, cupins, nossos representantes, que se certo?”. As “vantagens” continuadas estão alimentam vorazmente dos seus constituintes custando-nos muito caro! Vê-se nitidamente, morais, do seu erário e do suor do seu povo. a desagregação que resulta no Os exemplos e os fatos saltam aos nossos apodrecimento moral e ético que atinge uma olhos tolos de decepção. A plebe é medíocre classe em especial, a dos políticos. e amnésica, há que se reconhecer. E a Fomentam o descrédito que acomete os política, uma “feira do rolo” onde se negociam brasileiros com relação aos institutos legais tudo; quotas de cargos, informações, do Estado, representados pelo legislativo, parcerias, empregos, nepotismos cruzado, e executivo e judiciário. Diante de tanta se faz um lucrozinho por baixo dos panos, delinquência institucionalizada; alforriadas, longe do Judiciário, mas às vistas do povo. autoatribuídas; “imunidades e foros Não aram, não gradeiam, não adubam, não especiais”, indulgências genéricas e plantam nada! Não trabalham! Mas colhem impunidades. Nesse sumidouro imoral, o com fartura, o produto ao que nos parece brasileiro vê-se como cidadão de segunda brotar numa terra virtualizada na retórica da categoria quando afere e se dá conta da loquacidade e do engodo. desimportância com que o estado de direito Aí tentamos encontrar inutilmente em nossa encara seus valores morais, sua idoneidade, vasta genealogia e história pregressa, o sua integridade jurídica, seus direitos cromossoma atávico recessivo que transmite constitucionais, sua moral coletiva… por gerações em gerações essas Estamos pagando caro por essas “vantagens” excepcionalidades morais. Nada! Essas são típicas da expertise brasileira. Exercemos velhas raízes ruins da nossa etnosociologia. com indiferença e omissão os direitos plenos Já à época do Brasil colônia, o erudito Jesuíta duma cidadania constitucional duvidosamente Padre Vieira, em sua linguagem típica democrática e excessivamente liberal. Nossa elaborada no barroco europeu já admoestava “tolerância” confunde-se com um compactuar com as chamas do inferno nossos lusos volitivo, como se mancomunássemos colonizadores, também chegados ao ócio e inconscientemente com tudo aquilo de errado, aos mimos palacianos. que nos é prejudicial e adverso coletivamente. “O que eu posso acrescentar pela experiência Claro, se a nossa parte de “expertos” no que tenho, é que não só do Cabo da Boa botim, levar alguma vantagem ou for poupada Esperança para lá, mas também das partes do penhor físico e do custo moral resultante; do Aquém, se usa igualmente a mesma fica bem pra nós! Assim está tudo bem! Será? conjugação. Conjugam por todos os modos o A indolência epicurista e preguiçosa; talvez o verbo rapio, porque furtam de todos os modos simples esnobismo dum elitismo social da arte… Tanto que lá chegam, começam a visivelmente decadente; o comodismo, o furtar pelo modo indicativo… Furtam pelo quietismo conformista, a ataraxia generalizada, modo imperativo… Furtam pelo modo fazem com que nosso povo esqueça e ate se mandativo… Furtam pelo modo optativo… enfastie do Exercício Pleno da Cidadania. Que Furtam pelo modo conjuntivo… Furtam pelo assistamos impassíveis, todas as formas de modo potencial… furtam pelo modo atitudes capituladas como desvios de conduta, permissivo… Furtam pelo modo infinitivo, contravenção, roubo, apropriação indébita, com porque não tem fim o furtar com o fim do inquestionável resignação de normalidade. governo, e sempre lá deixam raízes, em que Deixa pra lá… De nada adianta reclamar! E se vão continuando os furtos.”. ficamos reclusos nas urdiduras veladas das Em seguida, referindo-se aos príncipes fofocas de comadres, nas mesas dos bares, nas (governantes), declara-os companheiros dos festas e batizados, como lavadeiras nas pedras ladrões. do lagar das roupas sujas às beiradas dos rios “São companheiros dos ladrões porque os esgotos. dissimulam; são companheiros dos ladrões
  • 6. porque os consentem; são companheiros dos Ladrão – Lisboa, 1655 – na Igreja da ladrões porque lhes dão os postos e os Misericórdia) Sermões Escolhidos (Padre poderes; são companheiros dos ladrões Antonio Vieira). talvez os defendem; e são, finalmente, seus Será que votar certo adianta? Mas votar em companheiros porque os acompanham, e hão quem? Quem será o nosso Messias imune às de acompanhar ao inferno, onde os mesmos imoralidades? (Enviada por Fernando ladrões os levam consigo”. (Sermão do Bom Antônio Botelho) A PIADA DA SEMANA Depois de o bebé nascer, o pai, aflito, foi falar "Ambas as nossas famílias têm tido cabelos com o obstetra. pretos há muitas gerações." "Senhor doutor, estou muito preocupado "Bem", disse o médico, "tenho de perguntar... porque a minha filha nasceu com cabelos Com que frequência tu e a tua mulher ruivos. Não pode ser minha!" "Que praticam sexo?"O homem, envergonhado, disparate!", disse o médico. "Mesmo que tu e respondeu: "Este ano tenho andado cansado a tua mulher tenham cabelo preto, pode haver de trabalhar muito. Só fizemos amor uma ou genes nas vossas famílias que dêem origem a duas vezes nos últimos meses.""Então aí cabelos ruivos."Não é possível!", insistiu o pai. está!", disse o médico, confiante. "É ferrugem!" oOo Acessar: www.r2cpress.com.br