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para reforçar o caldo, dando-lhe mais consistência ou “substância” nos dizeres
populares.

Menciona, inclusive, que isso não era tradicional apenas entre os ibéricos, mas
também entre outros europeus de ascendência latina, como os italianos e os
franceses. Para ilustrar seus posicionamentos, Cascudo nos lembra de pratos
históricos e conhecidíssimos dessas escolas gastronômicas como a Olla Podrida
castelhana, a Paella espanhola, o bollito italiano ou ainda o cassoulet francês.

Diga-se de passagem que entre os portugueses eram comuns os cozidos que
misturavam carne de vaca, lingüiças, paios, presuntos, toucinhos, lombo de porco,
couve, repolho, cenouras, vagens, abóboras e feijão... branco.

Com toda essa história tão particular e própria e, não dispondo de certos elementos
comuns a sua culinária em território brasileiro, não é de se estranhar que possamos
atribuir aos nossos antepassados portugueses o advento da feijoada. Refeição
completa que reúne num só prato as carnes, as sopas e as hortaliças, adaptada a
nossa região com a incorporação dos hábitos bandeirante e vaqueiro de comer
feijão, surgiu desse casamento de interesses e contingências a maior e mais famosa
delícia brasileira.

É claro que, apesar de todo esse percurso de influências luso-brasileiras, não é
possível desprezar a mão dos negros a cozinhar nas casas de família a feijoada e a
incorporar a essa iguaria todo aquele calor e sabor próprios dos temperos que
conheciam, especialmente das pimentas...

Obs.: Vale lembrar que as receitas tradicionais de feijoada apresentam variações
regionais e que, em virtude disso, no Nordeste de nosso país prevalece o uso do
feijão-mulatinho nesse prato enquanto a influência carioca impôs no sudeste e no
sul a prevalência do feijão preto, constituindo dessa maneira a mais tradicional
receita que conhecemos.

Fonte : www.planetaeducacao.com.br/


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Culinária afro brasileira 02

  • 1. para reforçar o caldo, dando-lhe mais consistência ou “substância” nos dizeres populares. Menciona, inclusive, que isso não era tradicional apenas entre os ibéricos, mas também entre outros europeus de ascendência latina, como os italianos e os franceses. Para ilustrar seus posicionamentos, Cascudo nos lembra de pratos históricos e conhecidíssimos dessas escolas gastronômicas como a Olla Podrida castelhana, a Paella espanhola, o bollito italiano ou ainda o cassoulet francês. Diga-se de passagem que entre os portugueses eram comuns os cozidos que misturavam carne de vaca, lingüiças, paios, presuntos, toucinhos, lombo de porco, couve, repolho, cenouras, vagens, abóboras e feijão... branco. Com toda essa história tão particular e própria e, não dispondo de certos elementos comuns a sua culinária em território brasileiro, não é de se estranhar que possamos atribuir aos nossos antepassados portugueses o advento da feijoada. Refeição completa que reúne num só prato as carnes, as sopas e as hortaliças, adaptada a nossa região com a incorporação dos hábitos bandeirante e vaqueiro de comer feijão, surgiu desse casamento de interesses e contingências a maior e mais famosa delícia brasileira. É claro que, apesar de todo esse percurso de influências luso-brasileiras, não é possível desprezar a mão dos negros a cozinhar nas casas de família a feijoada e a incorporar a essa iguaria todo aquele calor e sabor próprios dos temperos que conheciam, especialmente das pimentas... Obs.: Vale lembrar que as receitas tradicionais de feijoada apresentam variações regionais e que, em virtude disso, no Nordeste de nosso país prevalece o uso do feijão-mulatinho nesse prato enquanto a influência carioca impôs no sudeste e no sul a prevalência do feijão preto, constituindo dessa maneira a mais tradicional receita que conhecemos. Fonte : www.planetaeducacao.com.br/ 5HFHLWD GH )HLMRDGD EUDVLOHLUD 3RU $QD 0DULD ,QJUHGLHQWHV • J GH IHLMmR SUHWR • J GH FKDUTXH • J GH ORPED GHIXPDGD • Sp GH SRUFR VDOJDGR • J GH FRVWHOLQKD GHIXPDGD • J GH SDLR • J GH OLQJXLoD GHIXPDGD
  • 2. J GH EDFRQ • FHERODV SLFDGDV • IROKDV GH ORXUR • FDEHoD GH DOKR SLFDGD • 3LPHQWD GR UHLQR j JRVWR • FiOLFH GH FDFKDoD 0RGR GH SUHSDUR • 'HL[H R IHLMmR GH PROKR QD YpVSHUD • /DYH DV FDUQHV VDOJDGDV SULPHLUR QD iJXD IULD GHSRLV QD TXHQWH • 'HL[H DV GH PROKR VHSDUDGDPHQWH WDPEpP QD YpVSHUD • 7URTXH D iJXD DWp YH]HV • 1R GLD VHJXLQWH FRORTXH R IHLMmR HP XPD SDQHOD EHP JUDQGH FRP YH]HV R YROXPH GH iJXD • 'HL[H IHUYHU DWp DPDFLDU FXLGH SDUD TXH QmR ILTXH PXLWR PROH • (P RXWUD SDQHOD FR]LQKH DV FDUQHV SRU RUGHP GH ULJLGH] SULPHLUR R FKDUTXH GHSRLV DV FRVWHOLQKDV Sp H RUHOKDV GH SRUFR • ¬ SDUWH IDoD XP UHIRJDGR FRP R EDFRQ D FHEROD H R DOKR • 'HL[H GRXUDU • $FUHVFHQWH R ORXUR H MXQWH DR IHLMmR • ,QFRUSRUH DV OLQJLoDV R ORPER H R SDLR FRUWDGRV HP URGHODV • -XQWH DV FDUQHV TXH GHYHP HVWDU TXDVH FR]LGDV • 'HL[H IHUYHU FRP R IHLMmR SRU FHUFD GH PHLD KRUD • $FUHVFHQWH R FiOLFH GH FDFKDoD • 9i SLQJDQGR PDLV iJXD VH QHFHVViULR • $MXVWH R VDO H D SLPHQWD GR UHLQR 'LFD • &RXYH UHIRJDGD FRP EDFRQ IDURID GH PDQGLRFD DUUR] EUDQFR PROKR GH SLPHQWD PROKR YLQDJUHWH ODUDQMD HP URGHODV WRUUHVPLQKR GH SRUFR )HLMRDGD %UDVLOHLUD
  • 3. ,QJUHGLHQWHV NJ GH IHLMmR SUHWR J GH FDUQH VHFD ERYLQD J GH FRVWHOD GH SRUFR VDOJDGD RX GHIXPDGD Sp GH SRUFR VDOJDGR J GH UDER GH SRUFR VDOJDGR J GH RUHOKD GH SRUFR VDOJDGD J GH ORPER GH SRUFR GHIXPDGR J GH SDLR J GH OLQJXLoD SRUWXJXHVD J GH OtQJXD GH ERL GHIXPDGD J GH EDFRQ J GH FHEROD SLFDGD SDUD R WHPSHUR GR IHLMmR J GH DOKR SLFDGR SDUD R WHPSHUR GR IHLMmR IROKDV GH ORXUR SDUD R WHPSHUR GR IHLMmR FRSRV GH VXFR GH ODUDQMDV GH [tFDUD GH YRGND RX DJXDUGHQWH 3UHSDUR /LPSDU EHP DV FDUQHV VDOJDGDV WLUDQGR R H[FHVVR GH JRUGXUDV H QHUYXUDV OLPSDQGR RV SrORV H FRORFDQGR DV GH PROKR HP iJXD SRU KRUDV WURFDQGR VH D iJXD WUrV D TXDWUR YH]HV GXUDQWH HVWH SHUtRGR )HUYD DV FDUQHV VDOJDGDV HP SHoDV LQWHLUDV GXUDQWH PDLV RX PHQRV PLQXWRV HP IRJR IRUWH H MRJXH D iJXD IRUD SRLV QHOD HVWi WRGR R H[FHVVR GH JRUGXUD &RORTXH HQWmR DV FDUQHV SDUD FR]LQKDU GH IRUPD GHILQLWLYD Mi FRP R IHLMmR DV IROKDV GH ORXUR QD VHJXLQWH RUGHP FDUQH VHFD Sp H RUHOKD 0HLD KRUD GHSRLV FRORTXH D OtQJXD R UDER H D FRVWHOD H DSyV PHLD KRUD FRORTXH R ORPER D OLQJXLoD R SDLR H R EDFRQ FXLGDQGR SDUD WLUDU H MRJDU IRUD GXUDQWH WRGR R FR]LPHQWR D JRUGXUD TXH IRU VXELQGR j VXSHUItFLH (P XPD IULJLGHLUD GRXUH EHP D FHEROD H R DOKR HP GXDV [tFDUDV GH yOHR SUHYLDPHQWH DTXHFLGR FRORFDQGR QD SDQHOD GR FR]LPHQWR MXQWR FRP DV ~OWLPDV FDUQHV SDUD FR]LQKDU UHWLUDQGR DQWHV DV PHWDGHV GDV ODUDQMDV TXH Mi FXPSULUDP D VXD PLVVmR GH
  • 4. DMXGDU D FRUWDU D JRUGXUD GDV FDUQHV -XQWH R DJXDUGHQWH H R VXFR GH ODUDQMD $SyV GXDV KRUDV FRPHFH D WHVWDU R JUDX GH FR]LPHQWR GD FDUQHV FRP R JDUIR SRLV QHP WRGDV FKHJDP DR JUDX GH PDFLH] DR PHVPR WHPSR UHWLUDQGR H UHVHUYDQGR DV TXH Mi HVWLYHUHP QR SRQWR 4XDQGR WRGDV DV FDUQHV H R IHLMmR HVWLYHUHP QR SRQWR UHWLUH H FRUWH DV FDUQHV HP SHGDoRV SHTXHQRV SDUD VHUYLU YROWDQGR SDUD D SDQHOD FRP R IHLMmR H FR]LQKDQGR SRU PDLV D PLQXWRV HP IRJR EUDQGR *XDUQLo}HV +RMH DV )HLMRDGDV EDGDODGDV VHUYHP FRPR HQWUDGD FDOGLQKR GH IHLMmR H PXLWRV RXWURV SHWLVFRV FRPR DUUR] EUDQFR EROLQKR GH DUUR] FRP JHQJLEUH FRXYH j PLQHLUD PDQGLRFD IULWD PDQGLRFD FR]LGD EDQDQD j PLODQHVD OLQJXLoD FDODEUH]D IULWD EDFRQ WRUUDGLQKR WRUUHVPR ELVWHFD GH SRUFR JUHOKDGD OHLWRD j SDVVDULQKR SXUXUXFD IDULQKD GH PDQGLRFD WRUUDGD Vy SDVVDGLQKD QD PDQWHLJD PROKR GH IHLMmR DSLPHQWDGR IDURID PROKR GH SLPHQWD TXLEHEH FDUQH VHFD UHIRJDGD IDURID GH FDUQH VHFD SmR]LQKR GH LQKDPH FHEROD IDWLDGD GRXUDGD SXUr GH DEyERUD MDSRQHVD FR]LGD FRP OHLWH GH FRFR ODUDQMD FRUWDGD HP JRPRV RX FXERV MDUUD GH EDWLGD GH OLPmR