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                                                                                                                     Janeiro de 2011
                                                                                    Profs. Kiran Giordani Gorki, Renata Muniz, Adely
           É importante saber que, desenvolvida a potencialidade
           física do (a) bailarino (a), os limites a serem vencidos
           não são os articulares, pois estes implicam lesões, por
           vezes graves, caso não sejam respeitados, mas sim os da
           criatividade e capacidade de expressão. (TELLES,
           2003:79)




Oficina Trançados Musculares
Aula 03



Ensino do frevo

    Conteúdo abordado:

    •História do frevo
    •Processo de escolarização do frevo: métodos de ensino do frevo

    VICENTE, Ana Valéria. Entre a ponta de pé e o calcanhar: Reflexões sobre como
    o frevo encena a nação, o povo e a dança no Recife. Recife: ed. UFPE, Olinda:
    Associação Reviva, 2009.

    •Princípios pedagógicos
    MARQUES, Isabel A. Linguagem da dança: arte e ensino. São Paulo: Digitexto, 2010.


    •Diálogo com o Método Nascimento do Passo
    MAGILL, R.A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher, 1984.




                                                                                                                                               1
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       História
       do frevo



                                                   História do frevo




Tradição                             Mudança


 No corpo que dança, as discussões sobre arte e
 cultura são atualizadas na prática diária, pela
 necessidade de resolver questões que o
 movimento impõe a um corpo que não é
 folclórico e, sim, constante mudança,
 negociação, desejo.




                                                                              2
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                                                          História do frevo

     A folclorização apresenta-se como forma recorrente de controle
     das produções artísticas populares. Através do enquadramento
     enquanto folclore, todo objetivo social é voltado para preservação
     de supostas origens e formatos arbitrariamente codificados.


     Mecanismo identificado:
              na compreensão da dança frevo no início do século
              na consolidação do Balé Popular do Recife, na década de
     1980



    Manter a Tradição não significa não realizar mudanças. Ao
    contrário, para manter uma tradição viva é preciso mantê-la em
    conexão com o seu tempo e sua comunidade.




                                                                História do frevo
Origem do frevo

Quem dançava o frevo

Como a dança se estruturou




                                                                                           3
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              Escolarização
              do frevo



                                                escolarização do frevo

Organização da dança frevo




Nascimento do Passo


Passista de rua
Aprendizado informal
Desenvolvimento para concurso e apresentações
Posterior desenvolvimento para ensino formal




                                                                                4
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                                                        escolarização do frevo

Organização da dança frevo




Balé Popular do Recife


Atores e produtores
Aprendizado através de pesquisa
Desenvolvimento para criação de uma estética de espetáculos




                                                              escolarização do frevo

Como a história do frevo se reflete no nosso trabalho


Como artista:
Estrutura de trabalho
Remuneração
Reconhecimento

Como professor:

Práticas intuitivas
Utilização de cópia do movimento como principal ferramenta de transmissão
Pouco conhecimento sobre como criar uma progressão para o ensino
Falta de estrutura
Ausência de conservatórios
Indefinição das escolas




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Método Nascimento do Passo


           •   O frevo ensinado por Nascimento do Passo pode ser
               considerado como tradução do frevo de rua que existia no
               Recife até então.
           •   Egídio Bezerra, Coruja e, principalmente, Sete Molas, foram
               passistas observados por Nascimento do Passo nas décadas de
               1950 e 1960.
           •   O Método Nascimento do Passo de ensino de frevo utiliza o
               processo de repetição de movimentos como base principal.
           •   O aprendizado dos movimentos é baseado no
               acompanhamento rítmico do frevo, o que facilita a execução
               dos mesmos e, ao final da aula, estimula-se o envolvimento
               dos movimentos com as dinâmicas da música, através de
               improvisação com os movimentos.
           •   O aquecimento corporal para as aulas é realizado a partir da
               articulação lenta de alguns movimentos do próprio frevo.
           •   O ensino dos passos segue a lógica de proximidade entre
               movimentos, que ele chama de “família de passos”.




                                                                   escolarização do frevo
Método Nascimento do Passo

Subdivisões do método

Famílias : São movimentos que podem ser ligados a outros, partindo de seu
desenho e buscando uma sequência lógica entre si, abrindo espaços para a geração
de vários outros. Ex:
Cruzados
Ponta de pé – calcanhar
Pontinha de pé

Variantes – Alterações de movimentos já existentes gerando novos passos

Modalidades - São formas de dançar e de se movimentar
•Ginasta no Passo;
• Passo do Mamulengo;
• Passo do Capoeira;
• Passo do Bêbado;
• Passo da Criança;
• Passo da Mulher Pernambucana;
• Passo do Carancolado.
•Cinquentão




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Método Brasílica – Balé Popular do Recife


 •   Releitura de Nascimento do Passo e do passista Coruja, em 1976
 •   Espacialidade: Instituiu a relação frontal com o público como eixo
     coreográfico, e a disposição do elenco no palco está sempre conectada
     à intenção de que todos os bailarinos possam ser vistos de frente.
 •   Expressão facial: máscara facial de alegria.
 •   Amplitude: Os movimentos teriam que ser amplos e exagerados.
 •   Uníssono: A constante presença de muitos dançarinos em cena, e o
     uso de coreografias em uníssono
 •   Dinâmica: Emendam um movimento no outro, sem ginga ou muganga,
 •   As evoluções em conjunto se relacionam em geral com a marcação
     rítmica (binária) da música
 •   Postura: os movimentos agachados passaram a ser executados com as
     pernas fechadas e houve ênfase no centro de leveza (tórax) ao invés do
     centro de gravidade (quadris).
 •   Saltitar: Ao contrário do frevo de Nascimento do Passo, que utiliza os
     pés deslizando no chão, BPR realiza os movimentos de frevo de forma
     saltitante.




                                                              escolarização do frevo




Na década de 1990, os experimentos dos artistas
reorganizaram formas diferentes de dançar frevo que
permitem ver a evolução técnica, a exemplo do domínio da
transferência de peso, das possibilidades de variação do uso do
peso do corpo, decorrente desse trabalho. Essas
transformações não ficam restritas aos espetáculos de dança e
adentram as interpretações individuais do frevo nos carnavais
e grupos de dança da periferia.




                                                                                              7
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              Princípios
              pedagógicos



                                                            Princípios pedagógicos



"O grande desafio da Didática atual é justamente repensar, pesquisa e
propor formas de ensino para danças “tradicionais” que sejam
condizentes com as propostas contemporâneas de educação."
(Marques, 2010:191)


"Acreditar somente na intuição, na continuidade reprodutora da
tradição, no histórico de experiências corporais pessoais para ensinar
dança/arte já são, por si sós, escolhas de cunho metodológico que
implicam conseqüências que há anos vêm sendo estudadas pela
Pedagogia. As trajetórias dos artistas não bastam por si sós para
formar e educar intérpretes, coreógrafos, apreciadores, pesquisadores
e público de dança – essa idéia transita entre ingenuidade e ação
perigosa." (Marques, 2010:53)




                                                                                            8
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Definições – Isabel Marques, 2010.
A didática - estudo dos objetivos, dos conteúdos, das metodologias, dos processos de
avaliação, das relações professor-alunos nos processos de ensino- aprendizagem.

Muitas vezes não nos damos conta de que, ao “comprarmos” saberes da dança estamos
também comprando formas de ensinar – compramos o pacote completo de quem nos
ensinou: seus procedimentos, estilos de ensino, conceitos, proposta metodológica e não
somente seus saberes específicos sobre técnicas, repertórios, atividades de improvisação.

Metodologia - estrada
A metodologia de ensino é uma das subdivisões da didática e corresponde ao “como” um
professor organiza seus caminhos para ensinar. ( inclui perspectivas, intenções e
princípios)

Método - caminho
Métodos são atalhos, meios, formas estabelecidas de caminhar, de direcionar ações, de
olhar adiante rumo a objetos palpáveis prédefinidos.

Objetivos e fins são múltiplos e mutávies, mas na maioria das vezes, métodos se tornam
dificilmente mutáveis.

Estilo de ensino – modo de dirigir
O estilo pessoal de cada professor – seus temperos lúdicos, cômicos, sérios, criteriosos ou
emocionais – não determina escolhas de metodologias em si, mas é extremamente
determinante na construção de relações e relacionamentos entre professores e alunos em
sala de aula.




                                                                                 Princípios pedagógicos




 Elementos definidores da metodologia de ensino:
 •conceito de corpo
 •conceito de dança
 •conceito de educação e ensino
 •função do professor-aluno
 •conceito de mundo
 •conceito de mundo



 conceito de corpo
 "Frequentemente o ensino tradicional de dança ignora as relações
 existentes entre o intérprete e o seu corpo. O corpo é muitas vezes
 visto como um instrumento, um veículo da dança, assim como um
 violino é instrumento do músico: basta afiná-lo para que toque bem.
 Corpos, desse ponto de vista, devem estar prontos para copiar,
 reproduzir, seguir sequências mesmo que elas não seja
 compreendidas ."(Marques, 2010:205)




                                                                                                                 9
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                                                              Princípios pedagógicos


Elementos definidores da metodologia de ensino:

Conceito de dança

Ao contrário do que reza o senso comum, repertórios – que chamo
aqui também de processos interpretativos – não são fixos, estáticos,
imóveis, cristalizados: repertórios também são passíveis de constante
transformação, são processuais. O que diferencia os processos dos
repertórios é seu caráter interpretativo e não criativo em si.
Repertórios não são fixos ou rígidos. Embora sejam “ resultados” ou
“coreografias com acabamento” ( finalizadas), eles estão também em
constante transição e mudança. Mediados pelas leituras dos
dançantes, do diretor, do próprio coreógrafo, dos apreciadores, os
repertórios de dança/arte também se tornam fluidos, em movimento,
rearranjados e relidos a cada apresentação, a cada espaço de tempo, a
cada lugar que são dançados e vistos. 157

conceito de educação e ensino
Qual o papel social do professor de dança em seu contexto




                                                              Princípios pedagógicos

Elementos definidores da metodologia de ensino:

função do professor-aluno

O mero executar de uma dança não nos leva a compreensão consciente de
seus subtextos coreológicos, embora só possamos conhecer os subtextos
efetivamente dançando. Precisamos pensar processo de ensino e
aprendizagem da dança que sejam concomitantes e entrelaçados: à medida
que dançamos, vamos conhecendo os signos, os componentes e
subcomponentes da dança (seus subtextos coreológicos); ao mesmo tempo, à
medida que vamos conhecendo esses elementos, expandimos, aprofundamos,
compreendemos conscientemente o dançar das danças. Dançando/pensando
os textos coreográficos, temos também a possibilidade de expandir nossas
leituras da dança/arte. 104

conceito de mundo

Tudo que poderia ser criado já existe?
O indivíduo pode intervir na configuração do mundo?
Eu crio meu mundo?




                                                                                             10
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Diálogo com
Método Nascimento
do Passo



                                                  Diálogo com o método Nascimento
                                                  do Passo



•Metodologia (perspectivas, intenções e princípios)
Salvaguarda do frevo, formação de passistas e
ativistas, criação de uma visão positiva do frevo,
sistematização da dança, ampliação do espaço do
frevo, ampliação dos passos de frevo, utilização
exclusiva do frevo com ferramenta de ensino e
preparação.

•Método
Repetição de movimentos, utilização da marcação
binária para ensino dos passos; incentivo à
improvisão e estilo pessoal;

•Estilo de ensino
Exigência física
Utilização de linguagem ríspida
Relação Mestre – aluno




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                                                         Diálogo com o método Nascimento
                                                         do Passo

Transferência de aprendizagem (Magill, 2000):

    “influência da aprendizagem anterior no desempenho de uma
    habilidade num novo contexto ou na aprendizagem de uma nova
    habilidade” (p. 167)


Como podemos utilizar o princípio de transferência de aprendizagem nos
métodos de instrução (prof. Caroline de Oliveira Martins, material
didático) :
     Praticar exercícios no seco ao ensinar remada do surfe,
     Praticar habilidade parcialmente antes de praticá-la no todo,
     Simplificar atividade antes da mesma ser praticada no contexto real;




                                                         Diálogo com o método Nascimento
                                                         do Passo

   Qualidades utilizadas para definção de nossa proposta:

   Máxima utilização dos movimentos do frevo para organização da aula
   Rascunhos, criação de exercícios de alongamento dinâmico e
   fortalecimento muscular. Porém não exclusivo (transferência de
   habilidade)

   Incentivo ao papel criativo do intérprete:
   Famílias - Procura por lógicas que auxiliem a conexão entre os
   movimentos (transferência de habilidade)

   Investe na improvisação como elemento individualizador

   Propõe diálogo mais complexo com a música
   Rascunhos e roda

   Complementos:
   Incentivo ao diálogo corporal entre alunos
   Inclusão de atividades para apropriação progressiva da técnica -
   educativos
   Ampliação da visão do ensino
   Acréscimos à estrutura da aula devido a informações sobre a saúde
   corporal




                                                                                                 12
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                                                   Diálogo com o método Nascimento
                                                   do Passo


   Ensinando para transferência (Ellis, apud Magill, 1984):

   Maximize a semelhança entre o ensino e a situação final dos
   testes;

   Proporcione uma experiência adequada com a tarefa original;

   Disponibilize uma variedade de exemplos ao ensinar conceitos e
   princípios;

   Nomeie ou identifique os aspectos importantes da tarefa;

   Certifique-se de que os princípios gerais foram assimilados antes
   de esperar muita transferência.




                                                          Diálogo com o Método
                                                          Nascimento do Passo

De volta à tradição


Incentivar o aluno a vivenciar o frevo em suas variadas
formas

Dialogar com nossa sociedade

Exigir respeito à História e aos dançarinos de frevo

Viver o frevo para além das salas de aula e de espetáculos.




                                                                                           13
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                                                                                      Referências Bibliográficas


 GALDINO, Cristianne Silva. Balé Popular do Recife: a escrita de uma dança. Recife: Bagaço, 2008.

 MAGILL, R.A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher, 1984.

 MARQUES, Isabel A. Linguagem da dança: arte e ensino. São Paulo: Digitexto, 2010.

 OLIVEIRA, Maria Goretti Rocha de. Danças populares como espetáculo público no Recife, de 1979 a
 1988. Recife: [s.n.], 1993.

 OLIVEIRA, Valdemar de. Frevo capoeira e passo. Recife, Companhia editora de Pernambuco, 1985.

 QUEIROZ, Lucélia Albuquerque de. Guerreiros do passo: multiplicar para resistir. Recife, 2009.
 Monografia de especialização, FAFIRE.

 TELLES, Fernando da Silva. Educação: transmissão de conhecimento. IN: CALAZANS, Julieta, CASTILHO,
 Jacyan, GOMES, Simone (org). Dança e educação em movimento. São Paulo: editora Cortez, 2003. 78-
 84

 VICENTE, Ana Valéria Ramos. Entre a Ponta de pé e o calcanhar: Reflexões sobre como o frevo encena
 o povo, a nação e a dança no Recife. Recife: Ed.Universitária da UFPE, Olinda:Ed. Associação Reviva,
 2009.

 __________. Ensaiando o Passo: A dança do frevo pelo olhar de uma dançarina. Revista Continente
 Documento. Recife, n. 54, fev. 2007.
 _________. Revista do Movimento.




Ensino do frevo




                Ok.
                Vamos dançar!



                                                                                                                         14

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  • 1. 23/1/2011 Costa Valéria Vicente Janeiro de 2011 Profs. Kiran Giordani Gorki, Renata Muniz, Adely É importante saber que, desenvolvida a potencialidade física do (a) bailarino (a), os limites a serem vencidos não são os articulares, pois estes implicam lesões, por vezes graves, caso não sejam respeitados, mas sim os da criatividade e capacidade de expressão. (TELLES, 2003:79) Oficina Trançados Musculares Aula 03 Ensino do frevo Conteúdo abordado: •História do frevo •Processo de escolarização do frevo: métodos de ensino do frevo VICENTE, Ana Valéria. Entre a ponta de pé e o calcanhar: Reflexões sobre como o frevo encena a nação, o povo e a dança no Recife. Recife: ed. UFPE, Olinda: Associação Reviva, 2009. •Princípios pedagógicos MARQUES, Isabel A. Linguagem da dança: arte e ensino. São Paulo: Digitexto, 2010. •Diálogo com o Método Nascimento do Passo MAGILL, R.A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher, 1984. 1
  • 2. 23/1/2011 História do frevo História do frevo Tradição Mudança No corpo que dança, as discussões sobre arte e cultura são atualizadas na prática diária, pela necessidade de resolver questões que o movimento impõe a um corpo que não é folclórico e, sim, constante mudança, negociação, desejo. 2
  • 3. 23/1/2011 História do frevo A folclorização apresenta-se como forma recorrente de controle das produções artísticas populares. Através do enquadramento enquanto folclore, todo objetivo social é voltado para preservação de supostas origens e formatos arbitrariamente codificados. Mecanismo identificado: na compreensão da dança frevo no início do século na consolidação do Balé Popular do Recife, na década de 1980 Manter a Tradição não significa não realizar mudanças. Ao contrário, para manter uma tradição viva é preciso mantê-la em conexão com o seu tempo e sua comunidade. História do frevo Origem do frevo Quem dançava o frevo Como a dança se estruturou 3
  • 4. 23/1/2011 Escolarização do frevo escolarização do frevo Organização da dança frevo Nascimento do Passo Passista de rua Aprendizado informal Desenvolvimento para concurso e apresentações Posterior desenvolvimento para ensino formal 4
  • 5. 23/1/2011 escolarização do frevo Organização da dança frevo Balé Popular do Recife Atores e produtores Aprendizado através de pesquisa Desenvolvimento para criação de uma estética de espetáculos escolarização do frevo Como a história do frevo se reflete no nosso trabalho Como artista: Estrutura de trabalho Remuneração Reconhecimento Como professor: Práticas intuitivas Utilização de cópia do movimento como principal ferramenta de transmissão Pouco conhecimento sobre como criar uma progressão para o ensino Falta de estrutura Ausência de conservatórios Indefinição das escolas 5
  • 6. 23/1/2011 escolarização do frevo Método Nascimento do Passo • O frevo ensinado por Nascimento do Passo pode ser considerado como tradução do frevo de rua que existia no Recife até então. • Egídio Bezerra, Coruja e, principalmente, Sete Molas, foram passistas observados por Nascimento do Passo nas décadas de 1950 e 1960. • O Método Nascimento do Passo de ensino de frevo utiliza o processo de repetição de movimentos como base principal. • O aprendizado dos movimentos é baseado no acompanhamento rítmico do frevo, o que facilita a execução dos mesmos e, ao final da aula, estimula-se o envolvimento dos movimentos com as dinâmicas da música, através de improvisação com os movimentos. • O aquecimento corporal para as aulas é realizado a partir da articulação lenta de alguns movimentos do próprio frevo. • O ensino dos passos segue a lógica de proximidade entre movimentos, que ele chama de “família de passos”. escolarização do frevo Método Nascimento do Passo Subdivisões do método Famílias : São movimentos que podem ser ligados a outros, partindo de seu desenho e buscando uma sequência lógica entre si, abrindo espaços para a geração de vários outros. Ex: Cruzados Ponta de pé – calcanhar Pontinha de pé Variantes – Alterações de movimentos já existentes gerando novos passos Modalidades - São formas de dançar e de se movimentar •Ginasta no Passo; • Passo do Mamulengo; • Passo do Capoeira; • Passo do Bêbado; • Passo da Criança; • Passo da Mulher Pernambucana; • Passo do Carancolado. •Cinquentão 6
  • 7. 23/1/2011 escolarização do frevo Método Brasílica – Balé Popular do Recife • Releitura de Nascimento do Passo e do passista Coruja, em 1976 • Espacialidade: Instituiu a relação frontal com o público como eixo coreográfico, e a disposição do elenco no palco está sempre conectada à intenção de que todos os bailarinos possam ser vistos de frente. • Expressão facial: máscara facial de alegria. • Amplitude: Os movimentos teriam que ser amplos e exagerados. • Uníssono: A constante presença de muitos dançarinos em cena, e o uso de coreografias em uníssono • Dinâmica: Emendam um movimento no outro, sem ginga ou muganga, • As evoluções em conjunto se relacionam em geral com a marcação rítmica (binária) da música • Postura: os movimentos agachados passaram a ser executados com as pernas fechadas e houve ênfase no centro de leveza (tórax) ao invés do centro de gravidade (quadris). • Saltitar: Ao contrário do frevo de Nascimento do Passo, que utiliza os pés deslizando no chão, BPR realiza os movimentos de frevo de forma saltitante. escolarização do frevo Na década de 1990, os experimentos dos artistas reorganizaram formas diferentes de dançar frevo que permitem ver a evolução técnica, a exemplo do domínio da transferência de peso, das possibilidades de variação do uso do peso do corpo, decorrente desse trabalho. Essas transformações não ficam restritas aos espetáculos de dança e adentram as interpretações individuais do frevo nos carnavais e grupos de dança da periferia. 7
  • 8. 23/1/2011 Princípios pedagógicos Princípios pedagógicos "O grande desafio da Didática atual é justamente repensar, pesquisa e propor formas de ensino para danças “tradicionais” que sejam condizentes com as propostas contemporâneas de educação." (Marques, 2010:191) "Acreditar somente na intuição, na continuidade reprodutora da tradição, no histórico de experiências corporais pessoais para ensinar dança/arte já são, por si sós, escolhas de cunho metodológico que implicam conseqüências que há anos vêm sendo estudadas pela Pedagogia. As trajetórias dos artistas não bastam por si sós para formar e educar intérpretes, coreógrafos, apreciadores, pesquisadores e público de dança – essa idéia transita entre ingenuidade e ação perigosa." (Marques, 2010:53) 8
  • 9. 23/1/2011 Princípios pedagógicos Definições – Isabel Marques, 2010. A didática - estudo dos objetivos, dos conteúdos, das metodologias, dos processos de avaliação, das relações professor-alunos nos processos de ensino- aprendizagem. Muitas vezes não nos damos conta de que, ao “comprarmos” saberes da dança estamos também comprando formas de ensinar – compramos o pacote completo de quem nos ensinou: seus procedimentos, estilos de ensino, conceitos, proposta metodológica e não somente seus saberes específicos sobre técnicas, repertórios, atividades de improvisação. Metodologia - estrada A metodologia de ensino é uma das subdivisões da didática e corresponde ao “como” um professor organiza seus caminhos para ensinar. ( inclui perspectivas, intenções e princípios) Método - caminho Métodos são atalhos, meios, formas estabelecidas de caminhar, de direcionar ações, de olhar adiante rumo a objetos palpáveis prédefinidos. Objetivos e fins são múltiplos e mutávies, mas na maioria das vezes, métodos se tornam dificilmente mutáveis. Estilo de ensino – modo de dirigir O estilo pessoal de cada professor – seus temperos lúdicos, cômicos, sérios, criteriosos ou emocionais – não determina escolhas de metodologias em si, mas é extremamente determinante na construção de relações e relacionamentos entre professores e alunos em sala de aula. Princípios pedagógicos Elementos definidores da metodologia de ensino: •conceito de corpo •conceito de dança •conceito de educação e ensino •função do professor-aluno •conceito de mundo •conceito de mundo conceito de corpo "Frequentemente o ensino tradicional de dança ignora as relações existentes entre o intérprete e o seu corpo. O corpo é muitas vezes visto como um instrumento, um veículo da dança, assim como um violino é instrumento do músico: basta afiná-lo para que toque bem. Corpos, desse ponto de vista, devem estar prontos para copiar, reproduzir, seguir sequências mesmo que elas não seja compreendidas ."(Marques, 2010:205) 9
  • 10. 23/1/2011 Princípios pedagógicos Elementos definidores da metodologia de ensino: Conceito de dança Ao contrário do que reza o senso comum, repertórios – que chamo aqui também de processos interpretativos – não são fixos, estáticos, imóveis, cristalizados: repertórios também são passíveis de constante transformação, são processuais. O que diferencia os processos dos repertórios é seu caráter interpretativo e não criativo em si. Repertórios não são fixos ou rígidos. Embora sejam “ resultados” ou “coreografias com acabamento” ( finalizadas), eles estão também em constante transição e mudança. Mediados pelas leituras dos dançantes, do diretor, do próprio coreógrafo, dos apreciadores, os repertórios de dança/arte também se tornam fluidos, em movimento, rearranjados e relidos a cada apresentação, a cada espaço de tempo, a cada lugar que são dançados e vistos. 157 conceito de educação e ensino Qual o papel social do professor de dança em seu contexto Princípios pedagógicos Elementos definidores da metodologia de ensino: função do professor-aluno O mero executar de uma dança não nos leva a compreensão consciente de seus subtextos coreológicos, embora só possamos conhecer os subtextos efetivamente dançando. Precisamos pensar processo de ensino e aprendizagem da dança que sejam concomitantes e entrelaçados: à medida que dançamos, vamos conhecendo os signos, os componentes e subcomponentes da dança (seus subtextos coreológicos); ao mesmo tempo, à medida que vamos conhecendo esses elementos, expandimos, aprofundamos, compreendemos conscientemente o dançar das danças. Dançando/pensando os textos coreográficos, temos também a possibilidade de expandir nossas leituras da dança/arte. 104 conceito de mundo Tudo que poderia ser criado já existe? O indivíduo pode intervir na configuração do mundo? Eu crio meu mundo? 10
  • 11. 23/1/2011 Diálogo com Método Nascimento do Passo Diálogo com o método Nascimento do Passo •Metodologia (perspectivas, intenções e princípios) Salvaguarda do frevo, formação de passistas e ativistas, criação de uma visão positiva do frevo, sistematização da dança, ampliação do espaço do frevo, ampliação dos passos de frevo, utilização exclusiva do frevo com ferramenta de ensino e preparação. •Método Repetição de movimentos, utilização da marcação binária para ensino dos passos; incentivo à improvisão e estilo pessoal; •Estilo de ensino Exigência física Utilização de linguagem ríspida Relação Mestre – aluno 11
  • 12. 23/1/2011 Diálogo com o método Nascimento do Passo Transferência de aprendizagem (Magill, 2000): “influência da aprendizagem anterior no desempenho de uma habilidade num novo contexto ou na aprendizagem de uma nova habilidade” (p. 167) Como podemos utilizar o princípio de transferência de aprendizagem nos métodos de instrução (prof. Caroline de Oliveira Martins, material didático) : Praticar exercícios no seco ao ensinar remada do surfe, Praticar habilidade parcialmente antes de praticá-la no todo, Simplificar atividade antes da mesma ser praticada no contexto real; Diálogo com o método Nascimento do Passo Qualidades utilizadas para definção de nossa proposta: Máxima utilização dos movimentos do frevo para organização da aula Rascunhos, criação de exercícios de alongamento dinâmico e fortalecimento muscular. Porém não exclusivo (transferência de habilidade) Incentivo ao papel criativo do intérprete: Famílias - Procura por lógicas que auxiliem a conexão entre os movimentos (transferência de habilidade) Investe na improvisação como elemento individualizador Propõe diálogo mais complexo com a música Rascunhos e roda Complementos: Incentivo ao diálogo corporal entre alunos Inclusão de atividades para apropriação progressiva da técnica - educativos Ampliação da visão do ensino Acréscimos à estrutura da aula devido a informações sobre a saúde corporal 12
  • 13. 23/1/2011 Diálogo com o método Nascimento do Passo Ensinando para transferência (Ellis, apud Magill, 1984): Maximize a semelhança entre o ensino e a situação final dos testes; Proporcione uma experiência adequada com a tarefa original; Disponibilize uma variedade de exemplos ao ensinar conceitos e princípios; Nomeie ou identifique os aspectos importantes da tarefa; Certifique-se de que os princípios gerais foram assimilados antes de esperar muita transferência. Diálogo com o Método Nascimento do Passo De volta à tradição Incentivar o aluno a vivenciar o frevo em suas variadas formas Dialogar com nossa sociedade Exigir respeito à História e aos dançarinos de frevo Viver o frevo para além das salas de aula e de espetáculos. 13
  • 14. 23/1/2011 Referências Bibliográficas GALDINO, Cristianne Silva. Balé Popular do Recife: a escrita de uma dança. Recife: Bagaço, 2008. MAGILL, R.A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher, 1984. MARQUES, Isabel A. Linguagem da dança: arte e ensino. São Paulo: Digitexto, 2010. OLIVEIRA, Maria Goretti Rocha de. Danças populares como espetáculo público no Recife, de 1979 a 1988. Recife: [s.n.], 1993. OLIVEIRA, Valdemar de. Frevo capoeira e passo. Recife, Companhia editora de Pernambuco, 1985. QUEIROZ, Lucélia Albuquerque de. Guerreiros do passo: multiplicar para resistir. Recife, 2009. Monografia de especialização, FAFIRE. TELLES, Fernando da Silva. Educação: transmissão de conhecimento. IN: CALAZANS, Julieta, CASTILHO, Jacyan, GOMES, Simone (org). Dança e educação em movimento. São Paulo: editora Cortez, 2003. 78- 84 VICENTE, Ana Valéria Ramos. Entre a Ponta de pé e o calcanhar: Reflexões sobre como o frevo encena o povo, a nação e a dança no Recife. Recife: Ed.Universitária da UFPE, Olinda:Ed. Associação Reviva, 2009. __________. Ensaiando o Passo: A dança do frevo pelo olhar de uma dançarina. Revista Continente Documento. Recife, n. 54, fev. 2007. _________. Revista do Movimento. Ensino do frevo Ok. Vamos dançar! 14