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ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL – MEDIAÇÃO E 
INTERVENÇÃO DIANTE DA INDISCIPLINA ESCOLAR 
Claudio Marcio dos Santos1 
RESUMO: Intermediar a relação docente-discente; foi feita pesquisa bibliográfica, e 
entrevista, concluímos que é possível diminuir a indisciplina, orientando ao educador 
que mantenha com o educando uma relação além do conteúdo disciplinar. 
PALAVRAS-CHAVE: Intermediar. Relacionamento. Indisciplina. Orientação. 
Conteúdo Disciplinar. 
1 INTRODUÇÃO 
Nossa pesquisa se propôs a investigar o que está além da sala de aula. 
Consideramos teóricos que nos fizeram repensar a forma como vínhamos olhando o 
conflito: Ensino-Aprendizagem x Indisciplina, eil-los: Vygostsky (1991) com a ZDP – 
Zona de Desenvolvimento Proximal; Wallon (Ferrari, 2013) para compreender o 
sujeito emotivo inserido em nossa sala de aula e precisa de afeto para sobreviver e 
se desenvolver; Jean Piaget (Miranda, 2010) – Com o desenvolvimento da 
inteligência humana no indivíduo em função de interações sociais possíveis numa 
troca equilibrada de pensamentos, pois o desenvolvimento biológico busca 
equilibrar-se numa relação social que passa da coercividade para a cooperatividade; 
unindo-se a esse seleto elenco de teóricos da Psicogenética, fomos buscar o 
embasamento da formação docente focada em uma experiência, genuinamente 
brasileira, humana e prática – A Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire (Freire, 
2011), uma desconstrução contínua, no processo de construção conjunta de 
saberes, onde o educador, tem domínio do conteúdo, mas não do processo de 
aprendizagem, pois esse é diferente a cada aula, que é viva, dinâmica, 
surpreendente e criativa –, o mestre brasileiro que com sua capacidade de ir aonde 
o aluno está, pode desenvolver uma pedagogia focada no sujeito que sofre e pode 
se libertar. Utilizamo-nos da pesquisa bibliográfica, pois a mesma, tornou-se uma 
das possibilidades de irmos em busca de informações, não esquecendo-nos das 
1* Pós Graduação “Lato Sensu” em Supervisão e Orientação Educacional. Universidade Cidade de 
São Paulo – UNICID. São Paulo/SP – Brasil. projetosgerais2@gmail.com. Orientador (a) Siderly do 
Carmo Dahle de Almeida.
TIC’S (Tecnologias de Informações e Comunicações), que nos permite ter acesso a 
sites confiáveis e respeitáveis, mas conforme aprendemos na estrada pedagógica, 
precisávamos de um outro componente para corroborar ainda mais o nosso intento: 
a entrevista semiestruturada2. 
2 COMPREENDENDO A DISCIPLINA 
Segundo o Novo Dicionário Aurélio - Ferreira (1999): 
[Do lat. disciplina.]. S. f.: 1. Regime de ordem imposta ou livremente 
consentida. 2. Ordem que convém ao funcionamento regular duma 
organização (militar, escolar, etc.). 3. Relações de subordinação do aluno ao 
mestre ou ao instrutor. 4. Observância de preceitos ou normas. 5. Submissão 
a um regulamento. 6. Ensino, instrução, educação. 
A disciplina propõe leis, ordens, regras que regem as ações das pessoas, isto 
parece bem simples, no entanto, a desobediência a essas regras, implica na 
infração, insubordinação ou indisciplina. A questão que procuramos avaliar é a 
seguinte: Toda a quebra de disciplina deve ser vista como má? Toda disciplina é 
essencialmente boa e/ou perfeita? A geração da década de 70 lutou contra a 
disciplina rígida e punitiva, ou seja, a disciplina que castiga. O senso comum 
estabelece uma relação entre disciplina e castigo: punição. 
Como nos propõe Antunes (2007, p. 89), acreditamos que seja uma das 
melhores maneiras de vislumbrarmos e aplicarmos a disciplina em sala de aula: 
A disciplina não pode, jamais, chegar ao aluno como uma ordem, um 
castigo, um imperativo que partindo do mais forte, dirige-se ao oprimido em 
nome de seu conforto pessoal, mas como ‘produto’ de debate, reflexão, 
estudo de caso e análise onde se descobre a hierarquia de povos 
disciplinados sobre clãs sem mando ou sobre sociedades oprimidas [...]. 
2.1 INDISCIPLINADOS FAMOSOS E INTELIGENTES 
Galileu Galilei não considerou o que a igreja dizia como sendo a regra que 
não pode ser questionada, propôs uma visão científica e correta, que era uma grave 
indisciplina contra o sistema; Isaac Newton não foi um brilhante aluno, segundo os 
2 a entrevista semiestruturada está focalizada em um assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro 
com perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias 
momentâneas à entrevista. Para o autor, esse tipo de entrevista pode fazer emergir informações de 
forma mais livre e as respostas não estão condicionadas a uma padronização de alternativas. 
(Manzini, 2004, pp. 58-59).
moldes da educação de sua época, no entanto, sua capacidade criativa e inventiva, 
considerada fora do padrão da disciplina escolar, o permitiu se tornar um gênio. O 
que dizer de Freud? Um Neurologista pervertido, por não aceitar o que em sua 
época era o politicamente aceitável: crianças não têm sexualidade, ele, contrariando 
– se indisciplinando – os parâmetros da psicologia e da sociedade médica, propõe o 
absurdo da Psicanálise e torna-se o pai de uma nova visão da psique; Albert 
Einstein tinha desprezo a decoreba e era considerado arrogante pelo sistema, 
porém essas questões, não lhe impediram de ser um grande aprendiz e cientista, 
ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1921. 
2.2 ORIGEM DA INDISCIPLINA 
O conflito de saberes torna-se frequente e originador da indisciplina, pois as 
perspectivas não são congruentes, tendo de um lado o representante da escola: o 
professor e do outro lado o representante da comunidade: o aluno. O que perpassa, 
pela cabeça do professor e do aluno, a partir desse encontro é um conflito de 
interesses. Segundo Vasconcelos (1997, p. 245), “Muitos problemas de indisciplina 
têm origem na questão do desrespeito.” Expressado por parte dos alunos – entram e 
saem da sala sem pedir licença, conversam diversos assuntos paralelos, violência 
contra colegas, não fazem os exercícios propostos e ignoram a autoridade do 
professor – e dissimulado por parte dos professores – que ao rotular seus alunos 
acabam inviabilizando o processo de ensino aprendizagem. Então a indisciplina 
parece também surgir da confrontação entre discente e docente. 
2.3 O PAPEL DO EDUCADOR – FINALIDADE E ATUAÇÃO 
Segundo Freire (2011, p. 24), “[...] ensinar não é transferir conhecimento, mas 
criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.” Então o papel do 
educador pode ser entendido como um facilitador, alguém que prepara o terreno 
para o desenvolvimento do saber. Freire (2011, p.25) continua: 
“Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, 
apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de 
objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende 
ensina ao aprender. Quem ensina ensina alguma coisa a alguém [...]”
A atuação do educador se faz necessária e imprescindível, nos esclarece 
Teresa Cristina, Aquino (1996, p. 94) que Vygotsky (1991) “[...] chama a atenção 
também para o importante papel mediador exercido por outras pessoas nos 
processos de formação dos conhecimentos, habilidades de raciocínio e 
procedimentos comportamentais de cada sujeito.” é nessa aproximação – ZDP3 – 
Zona de Desenvolvimento Proximal, que ocorre a interação de saberes. Por isto 
ensinar não é transferir conteúdo, mas é um inter-relacionamento entre o educador e 
o educando, uma cumplicidade que deve ocorrer no cenário educacional e 
continuado em sua comunidade. 
Sérgio Miranda (1999, p. 32), esclarece-nos que “[...] o conteúdo é 
fundamental, mas se não for bem colocado não atinge o ouvinte, e em vão terá sido 
gasto o seu verbo”. Miranda (1999, p. 32-3) demonstra que existem três elementos 
para uma boa comunicação, 
O Conteúdo (ou a palavra) representa 7% dessa influência [...] alguns 
professores, advogados, padres, pastores, etc. [...] que foram famosos no 
passado pelo conhecimento e pela erudição que possuíam, hoje não 
conseguem atrair nem convencer plateia alguma, pois lhes falta os 
principais componentes da influência: O Tom De Voz, que representa 38% 
dessa influência e a Fisiologia (linguagem do corpo), que aparece como 
principal fator, com 55%. 
O papel do professor e sua atuação devem ser harmônicos com o ritmo de 
seus alunos. O aluno nem sempre quer aprender o que o professor ensina, o que 
fazer? Trabalhar o conteúdo a partir da realidade que o aluno traz de casa, da sua 
família e comunidade, por exemplo, a violência urbana, a falta d’água, a 
discriminação, o preconceito, a dificuldade financeira, isto permite ao educando 
tornar-se crítico dessa realidade, ter argumentos e ferramentas para confrontá-la, 
sendo assim, ao aprender matemática saberá como usá-la na economia doméstica, 
a língua portuguesa para saber se posicionar e reivindicar seus direitos, a geografia 
para conhecer e interferir positivamente em sua demografia, a história para saber 
como as coisas ocorreram no mundo e em sua própria comunidade, uma aula 
assim, não imposta, mas mediada e direcionada pelo educador, torna-se dinâmica e 
capaz de produzir interesse nos educandos. 
2.4 A FAMÍLIA DO EDUCANDO – CONTRIBUIÇÃO E IMPORTÂNCIA 
3 É a distância entre as práticas que uma criança já domina e as atividades nas quais ela ainda 
depende de ajuda.
Segundo um provérbio africano, “É preciso toda uma aldeia para educar uma 
criança”, não podemos lançar sobre a família a exclusividade da educação, ou tão 
pouco à escola a responsabilidade da instrução. O que deve ser feito então: família 
e escola, pais e educadores devem coparticipar deste processo de construção de 
saberes, numa cumplicidade, onde cada instituição complementa a outra. Alves 
(2006, p.23) recomenda aos pais e professores: “[...] nunca perguntem a um aluno 
se ele já estudou, mas, sim, se ele sabe estudar.” A contribuição da família está em 
averiguar se seu (sua) filho (a) sabe estudar. Isto independe de formação 
acadêmica. É uma educação que começa em casa, é ampliada na escola e 
continuada na relação familiar. A resposta está na relação escola e família, como 
nos propõe o Manifesto dos Pioneiros de 1932: 
Por isto, o Estado, longe de prescindir da família, deve assentar o trabalho 
da educação no apoio que ela dá à escola e na colaboração efetiva entre 
pais e professores, entre os quais, nessa obra profundamente social, tem o 
dever de restabelecer a confiança e estreitar as relações, associando e 
pondo a serviço da obra comum essas duas forças sociais - a família e a 
escola, que operavam de todo indiferentes, senão em direções diversas e 
às vezes opostas. (Azevedo, 2010) 
O profissional recebe o apoio da família, cuja importância é imprescindível no 
processo de ensino aprendizagem. Conforme nos propõe Freire (2005, p. 79), “o 
educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em 
diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa [...] os homens se 
educam em comunhão.” Os muros são derrubados. Muros que impedem a família de 
participar da educação de seus filhos. 
Como nos esclarece Lima (2009) 
Tanto a família quanto a escola devem viabilizar relações pautadas na 
afetividade e no adequado desempenho de papéis. As crianças ao viverem 
ora como aluno, ora como filho, aprendem as normas sociais e éticas e 
compreendem o seu lugar no mundo. Se os adultos se eximirem da sua 
tarefa educativa, a criança encontrará dificuldades na construção do ser 
“sujeito” e dificilmente entenderá o mundo e seu funcionamento. O que uma 
família tem que fazer nenhuma escola consegue substituir, por melhor que 
seja; o que a escola tem que fazer as famílias não conseguem, mesmo 
sendo educadoras. A família tem o papel de acolher a criança e promover 
individuação e pertencimento. No convívio diário, nas conversas, na forma 
de proceder diante das rotinas do dia a dia é que a criança compreende os 
mitos, as crenças, os ritos de sua família, assim como a forma deles de 
viver e conviver.
A família, pais e/ou responsáveis podem contribuir no aprendizado de seus 
filhos (as), a escola precisa desenvolver uma metodologia participativa, interativa e 
integralizadora, pois afinal de contas quem sairá ganhando é o educando e a 
sociedade em geral. 
2.5 INTERVENÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL 
Não é o orientador educacional um psicólogo, tão pouco um conselheiro, mas 
um profissional que tem a função de ajudar o educando a inserir-se socialmente no 
contexto onde aprende e vive. Com o intuito de prevenir e solucionar problemas, é 
de suma importância que mantenha reuniões regulares para conhecer os familiares 
dos alunos e se fazer conhecer dos mesmos. No entanto, estas reuniões não podem 
ter um cunho de apagar incêndios (solucionar conflitos), mas sim de proporcionar 
aos envolvidos, incluindo o docente, uma melhor compreensão de sua função social 
no contexto educacional, vejamos: 
Ao pensar sobre o dever que tenho, como professor, de respeitar a 
dignidade do educando, sua autonomia, sua identidade em processo, devo 
pensar também, como já salientei em como ter uma prática educativa em 
que aquele respeito, que sei dever ter ao educando, se realize em lugar de 
ser negado. Isso exige de mim uma reflexão crítica permanente sobre minha 
prática através da qual vou fazendo a avaliação do meu próprio fazer com 
os educandos. O ideal é que, cedo ou tarde, se invente uma forma pela qual 
os educandos possam participar da avaliação. É que o trabalho do professor 
é o trabalho do professor com os alunos e não do professor consigo mesmo. 
Freire, 2011, p. 63. 
A orientação educacional não se limita à sala de aula, ou apenas ao aluno. O 
orientador educacional precisa considerar junto com o professor o que nos propõe 
Freire (2011), o respeito a dignidade de quem é ensinado, seus valores, autonomia, 
princípios, religião, cultura, orientações sexuais, cor, raça, capacidade de 
compreensão e comportamento. Nossa sociedade é marcada pelo descaso aos 
menos favorecidos financeiramente e que moram em regiões suburbanas. Compete 
a esse profissional criar um relacionamento em rede, entre quem ensina e quem 
aprende e entre escola e família, para tanto, precisa considerar as diferenças sociais 
que existem, assim como as disparidades intelectuais, sendo imparcial e humano. 
Nessa linha apresentada por Freire (2011) somos levados a considerar em sua 
essência a afetividade positiva ou negativa, sugerida por Wallon (Ferrari, 2013), que 
o aluno demonstra em sala de aula e que é muitas vezes, consequência de seu
relacionamento familiar e/ou comunitária. Também precisamos compreender que o 
educando traz consigo um conhecimento, como nos preceitua Vygotsky (1991), não 
sendo ele um ser vazio e sem informações, porém esse conhecimento, quando não 
identificado e trabalhado, pode ser um empecilho à aprendizagem, porém quando 
devidamente reconhecido e respeitado, pode produzir frutos maravilhosos na 
construção de saberes. Precisamos da cooperação do educando, precisaremos ser 
coercivos, como nos sugere Jean Piaget (2010), não para impor nossa vontade, mas 
sim direcionar/nortear os passos ainda inseguros e que precisam dessa firme 
orientação. O educando não é responsabilidade apenas de um profissional, mas de 
toda a sociedade. Esse é o papel do Orientador, um interventor de conflito que não 
aponta erros ou tão pouco os corrige, mas sim se propõe a mediar, ajudar a 
construir um nível de corresponsabilidade entre todos os envolvidos e, na medida do 
possível, ser um facilitador de relacionamentos, a fim de construir saberes e 
comprender a indisciplina que inviabiliza o processo de aprendizagem. 
3 CONCLUSÃO 
Procuramos nesse artigo conhecer um pouco mais dos envolvidos no 
processo ensino-aprendizagem, bem como sua própria mecanicidade, ou seja, como 
é o processo em si. Não tivemos a pretensão de determinar uma metodologia capaz 
de impedir os conflitos ou mesmo solucionar a todos, mas sim pudemos identificar 
que a base teórica nos norteia a possíveis realizações que podem beneficiar ao 
conjunto inserido no processo de aprendizagem. Também constatamos que existem 
profissionais conscientes de sua limitação para alcançar seu alunado em virtude de 
uma infraestrutura que precisa ser revista continuamente, pois o processo é 
dinâmico e cíclico. Então, concluímos que a intermediação do orientador, não 
acontece quando o conflito acontece, mas bem antes, quando promove 
relacionamentos, ao invés de deixar o educador apenas inserir conteúdo em sua 
sala de aula. Também verificamos que o indisciplinado, nem sempre é bagunceiro, 
violento, incapaz de aprender, mas pode ser potencializado à um aprendizado que 
seja dinâmico e prático, pois a materialidade da teoria4 o possibilitará entender o que 
não consegue por intermédio apenas da abstração das ideias. Algo que não nos 
4 Materialidade da teoria = expressão cunhada por mim, com o intuito de explicitar a capacidade em 
aplicar os conhecimentos teóricos no dia a dia.
passou despercebido é que, mesmo com tamanha importância, a função de 
Orientador Educacional, ainda é negligenciada, e, quando de sua existência na 
escola, não se dá o devido valor ao profissional. Tivemos a oportunidade de ir em 
algumas escolas da rede estadual de educação de Duque de Caxias, onde 
constatamos essa triste realidade. Porém também, ao contrário, constatamos 
positivamente, o funcionamento dessa orientação nos moldes de uma intervenção 
positiva, focada no conjunto, não apenas no problema que surge, tendo resultados 
positivos e satisfatórios5. 
REFERÊNCIAS 
ALVES, R. O Segredo dos Gênios: Manual de orientação para professores e 
estudantes. São Paulo: Tupã, 2006. 
ANTUNES, C. Diário de um Educador: Temas e Questões Atuais. 2 ed. São 
Paulo: Papirus, 2007. 
AQUINO, J. G., org. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. 16. 
Ed. São Paulo: Summus. 1996. 
FERRARI, M. Henri Wallon, o educador integral. 2013 . Disponível em : 
<http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/educador-integral- 
423298. shtml> . Acesso em: 22. Mai. 2013. 
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio - Século XXI. 
Nova Fronteira. Versão Eletrônica. Lexikon Informática Ltda. Versão 3.0. 1999. 
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática Educativa, 
São Paulo: Paz e Terra, 2011. 
_____________. Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro, Paz e Terra. 2005. 
LIMA, Liliana Correia de. Interação Família-Escola: Papel da família no processo 
ensino-aprendizagem, 2009. Disponível em: Disponível em: 
<www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2009-8.pdf>. Acesso em: 14 
Abr. 2013. 
MANZINI, E. J. Entrevista semi-estruturada: Análise de objetivos e de roteiros. 
Ed. USC, 2004. Disponível em: 
http://www.sepq.org.br/IIsipeq/anais/pdf/gt3/04.pdf. Acesso: 24 Jun. 2013. 
MIRANDA, S. A eficácia da comunicação. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. 
MUNARI, Alberto. Jean Piaget. Tradução e organização: Daniele Saheb. – 
Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. 
AZEVEDO, F. de... [et al.]. Manifestos dos pioneiros da Educação Nova (1932) e 
dos educadores 1959. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 
2010. 
VASCONCELOS, C. Os Desafios da Indisciplina em Sala de Aula e na Escola. 
Publicação: Série Ideias n. 28. Pinas: 227-252 São Paulo: FDE, 1997. 
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 4ª edição brasileira. São Paulo: Martins, 
1991. 
5 Não mencionamos as escolas específicas, pois foi nos solicitado que não fizéssemos a 
identificação.

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  • 1. ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL – MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO DIANTE DA INDISCIPLINA ESCOLAR Claudio Marcio dos Santos1 RESUMO: Intermediar a relação docente-discente; foi feita pesquisa bibliográfica, e entrevista, concluímos que é possível diminuir a indisciplina, orientando ao educador que mantenha com o educando uma relação além do conteúdo disciplinar. PALAVRAS-CHAVE: Intermediar. Relacionamento. Indisciplina. Orientação. Conteúdo Disciplinar. 1 INTRODUÇÃO Nossa pesquisa se propôs a investigar o que está além da sala de aula. Consideramos teóricos que nos fizeram repensar a forma como vínhamos olhando o conflito: Ensino-Aprendizagem x Indisciplina, eil-los: Vygostsky (1991) com a ZDP – Zona de Desenvolvimento Proximal; Wallon (Ferrari, 2013) para compreender o sujeito emotivo inserido em nossa sala de aula e precisa de afeto para sobreviver e se desenvolver; Jean Piaget (Miranda, 2010) – Com o desenvolvimento da inteligência humana no indivíduo em função de interações sociais possíveis numa troca equilibrada de pensamentos, pois o desenvolvimento biológico busca equilibrar-se numa relação social que passa da coercividade para a cooperatividade; unindo-se a esse seleto elenco de teóricos da Psicogenética, fomos buscar o embasamento da formação docente focada em uma experiência, genuinamente brasileira, humana e prática – A Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire (Freire, 2011), uma desconstrução contínua, no processo de construção conjunta de saberes, onde o educador, tem domínio do conteúdo, mas não do processo de aprendizagem, pois esse é diferente a cada aula, que é viva, dinâmica, surpreendente e criativa –, o mestre brasileiro que com sua capacidade de ir aonde o aluno está, pode desenvolver uma pedagogia focada no sujeito que sofre e pode se libertar. Utilizamo-nos da pesquisa bibliográfica, pois a mesma, tornou-se uma das possibilidades de irmos em busca de informações, não esquecendo-nos das 1* Pós Graduação “Lato Sensu” em Supervisão e Orientação Educacional. Universidade Cidade de São Paulo – UNICID. São Paulo/SP – Brasil. projetosgerais2@gmail.com. Orientador (a) Siderly do Carmo Dahle de Almeida.
  • 2. TIC’S (Tecnologias de Informações e Comunicações), que nos permite ter acesso a sites confiáveis e respeitáveis, mas conforme aprendemos na estrada pedagógica, precisávamos de um outro componente para corroborar ainda mais o nosso intento: a entrevista semiestruturada2. 2 COMPREENDENDO A DISCIPLINA Segundo o Novo Dicionário Aurélio - Ferreira (1999): [Do lat. disciplina.]. S. f.: 1. Regime de ordem imposta ou livremente consentida. 2. Ordem que convém ao funcionamento regular duma organização (militar, escolar, etc.). 3. Relações de subordinação do aluno ao mestre ou ao instrutor. 4. Observância de preceitos ou normas. 5. Submissão a um regulamento. 6. Ensino, instrução, educação. A disciplina propõe leis, ordens, regras que regem as ações das pessoas, isto parece bem simples, no entanto, a desobediência a essas regras, implica na infração, insubordinação ou indisciplina. A questão que procuramos avaliar é a seguinte: Toda a quebra de disciplina deve ser vista como má? Toda disciplina é essencialmente boa e/ou perfeita? A geração da década de 70 lutou contra a disciplina rígida e punitiva, ou seja, a disciplina que castiga. O senso comum estabelece uma relação entre disciplina e castigo: punição. Como nos propõe Antunes (2007, p. 89), acreditamos que seja uma das melhores maneiras de vislumbrarmos e aplicarmos a disciplina em sala de aula: A disciplina não pode, jamais, chegar ao aluno como uma ordem, um castigo, um imperativo que partindo do mais forte, dirige-se ao oprimido em nome de seu conforto pessoal, mas como ‘produto’ de debate, reflexão, estudo de caso e análise onde se descobre a hierarquia de povos disciplinados sobre clãs sem mando ou sobre sociedades oprimidas [...]. 2.1 INDISCIPLINADOS FAMOSOS E INTELIGENTES Galileu Galilei não considerou o que a igreja dizia como sendo a regra que não pode ser questionada, propôs uma visão científica e correta, que era uma grave indisciplina contra o sistema; Isaac Newton não foi um brilhante aluno, segundo os 2 a entrevista semiestruturada está focalizada em um assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista. Para o autor, esse tipo de entrevista pode fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas não estão condicionadas a uma padronização de alternativas. (Manzini, 2004, pp. 58-59).
  • 3. moldes da educação de sua época, no entanto, sua capacidade criativa e inventiva, considerada fora do padrão da disciplina escolar, o permitiu se tornar um gênio. O que dizer de Freud? Um Neurologista pervertido, por não aceitar o que em sua época era o politicamente aceitável: crianças não têm sexualidade, ele, contrariando – se indisciplinando – os parâmetros da psicologia e da sociedade médica, propõe o absurdo da Psicanálise e torna-se o pai de uma nova visão da psique; Albert Einstein tinha desprezo a decoreba e era considerado arrogante pelo sistema, porém essas questões, não lhe impediram de ser um grande aprendiz e cientista, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1921. 2.2 ORIGEM DA INDISCIPLINA O conflito de saberes torna-se frequente e originador da indisciplina, pois as perspectivas não são congruentes, tendo de um lado o representante da escola: o professor e do outro lado o representante da comunidade: o aluno. O que perpassa, pela cabeça do professor e do aluno, a partir desse encontro é um conflito de interesses. Segundo Vasconcelos (1997, p. 245), “Muitos problemas de indisciplina têm origem na questão do desrespeito.” Expressado por parte dos alunos – entram e saem da sala sem pedir licença, conversam diversos assuntos paralelos, violência contra colegas, não fazem os exercícios propostos e ignoram a autoridade do professor – e dissimulado por parte dos professores – que ao rotular seus alunos acabam inviabilizando o processo de ensino aprendizagem. Então a indisciplina parece também surgir da confrontação entre discente e docente. 2.3 O PAPEL DO EDUCADOR – FINALIDADE E ATUAÇÃO Segundo Freire (2011, p. 24), “[...] ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.” Então o papel do educador pode ser entendido como um facilitador, alguém que prepara o terreno para o desenvolvimento do saber. Freire (2011, p.25) continua: “Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Quem ensina ensina alguma coisa a alguém [...]”
  • 4. A atuação do educador se faz necessária e imprescindível, nos esclarece Teresa Cristina, Aquino (1996, p. 94) que Vygotsky (1991) “[...] chama a atenção também para o importante papel mediador exercido por outras pessoas nos processos de formação dos conhecimentos, habilidades de raciocínio e procedimentos comportamentais de cada sujeito.” é nessa aproximação – ZDP3 – Zona de Desenvolvimento Proximal, que ocorre a interação de saberes. Por isto ensinar não é transferir conteúdo, mas é um inter-relacionamento entre o educador e o educando, uma cumplicidade que deve ocorrer no cenário educacional e continuado em sua comunidade. Sérgio Miranda (1999, p. 32), esclarece-nos que “[...] o conteúdo é fundamental, mas se não for bem colocado não atinge o ouvinte, e em vão terá sido gasto o seu verbo”. Miranda (1999, p. 32-3) demonstra que existem três elementos para uma boa comunicação, O Conteúdo (ou a palavra) representa 7% dessa influência [...] alguns professores, advogados, padres, pastores, etc. [...] que foram famosos no passado pelo conhecimento e pela erudição que possuíam, hoje não conseguem atrair nem convencer plateia alguma, pois lhes falta os principais componentes da influência: O Tom De Voz, que representa 38% dessa influência e a Fisiologia (linguagem do corpo), que aparece como principal fator, com 55%. O papel do professor e sua atuação devem ser harmônicos com o ritmo de seus alunos. O aluno nem sempre quer aprender o que o professor ensina, o que fazer? Trabalhar o conteúdo a partir da realidade que o aluno traz de casa, da sua família e comunidade, por exemplo, a violência urbana, a falta d’água, a discriminação, o preconceito, a dificuldade financeira, isto permite ao educando tornar-se crítico dessa realidade, ter argumentos e ferramentas para confrontá-la, sendo assim, ao aprender matemática saberá como usá-la na economia doméstica, a língua portuguesa para saber se posicionar e reivindicar seus direitos, a geografia para conhecer e interferir positivamente em sua demografia, a história para saber como as coisas ocorreram no mundo e em sua própria comunidade, uma aula assim, não imposta, mas mediada e direcionada pelo educador, torna-se dinâmica e capaz de produzir interesse nos educandos. 2.4 A FAMÍLIA DO EDUCANDO – CONTRIBUIÇÃO E IMPORTÂNCIA 3 É a distância entre as práticas que uma criança já domina e as atividades nas quais ela ainda depende de ajuda.
  • 5. Segundo um provérbio africano, “É preciso toda uma aldeia para educar uma criança”, não podemos lançar sobre a família a exclusividade da educação, ou tão pouco à escola a responsabilidade da instrução. O que deve ser feito então: família e escola, pais e educadores devem coparticipar deste processo de construção de saberes, numa cumplicidade, onde cada instituição complementa a outra. Alves (2006, p.23) recomenda aos pais e professores: “[...] nunca perguntem a um aluno se ele já estudou, mas, sim, se ele sabe estudar.” A contribuição da família está em averiguar se seu (sua) filho (a) sabe estudar. Isto independe de formação acadêmica. É uma educação que começa em casa, é ampliada na escola e continuada na relação familiar. A resposta está na relação escola e família, como nos propõe o Manifesto dos Pioneiros de 1932: Por isto, o Estado, longe de prescindir da família, deve assentar o trabalho da educação no apoio que ela dá à escola e na colaboração efetiva entre pais e professores, entre os quais, nessa obra profundamente social, tem o dever de restabelecer a confiança e estreitar as relações, associando e pondo a serviço da obra comum essas duas forças sociais - a família e a escola, que operavam de todo indiferentes, senão em direções diversas e às vezes opostas. (Azevedo, 2010) O profissional recebe o apoio da família, cuja importância é imprescindível no processo de ensino aprendizagem. Conforme nos propõe Freire (2005, p. 79), “o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa [...] os homens se educam em comunhão.” Os muros são derrubados. Muros que impedem a família de participar da educação de seus filhos. Como nos esclarece Lima (2009) Tanto a família quanto a escola devem viabilizar relações pautadas na afetividade e no adequado desempenho de papéis. As crianças ao viverem ora como aluno, ora como filho, aprendem as normas sociais e éticas e compreendem o seu lugar no mundo. Se os adultos se eximirem da sua tarefa educativa, a criança encontrará dificuldades na construção do ser “sujeito” e dificilmente entenderá o mundo e seu funcionamento. O que uma família tem que fazer nenhuma escola consegue substituir, por melhor que seja; o que a escola tem que fazer as famílias não conseguem, mesmo sendo educadoras. A família tem o papel de acolher a criança e promover individuação e pertencimento. No convívio diário, nas conversas, na forma de proceder diante das rotinas do dia a dia é que a criança compreende os mitos, as crenças, os ritos de sua família, assim como a forma deles de viver e conviver.
  • 6. A família, pais e/ou responsáveis podem contribuir no aprendizado de seus filhos (as), a escola precisa desenvolver uma metodologia participativa, interativa e integralizadora, pois afinal de contas quem sairá ganhando é o educando e a sociedade em geral. 2.5 INTERVENÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL Não é o orientador educacional um psicólogo, tão pouco um conselheiro, mas um profissional que tem a função de ajudar o educando a inserir-se socialmente no contexto onde aprende e vive. Com o intuito de prevenir e solucionar problemas, é de suma importância que mantenha reuniões regulares para conhecer os familiares dos alunos e se fazer conhecer dos mesmos. No entanto, estas reuniões não podem ter um cunho de apagar incêndios (solucionar conflitos), mas sim de proporcionar aos envolvidos, incluindo o docente, uma melhor compreensão de sua função social no contexto educacional, vejamos: Ao pensar sobre o dever que tenho, como professor, de respeitar a dignidade do educando, sua autonomia, sua identidade em processo, devo pensar também, como já salientei em como ter uma prática educativa em que aquele respeito, que sei dever ter ao educando, se realize em lugar de ser negado. Isso exige de mim uma reflexão crítica permanente sobre minha prática através da qual vou fazendo a avaliação do meu próprio fazer com os educandos. O ideal é que, cedo ou tarde, se invente uma forma pela qual os educandos possam participar da avaliação. É que o trabalho do professor é o trabalho do professor com os alunos e não do professor consigo mesmo. Freire, 2011, p. 63. A orientação educacional não se limita à sala de aula, ou apenas ao aluno. O orientador educacional precisa considerar junto com o professor o que nos propõe Freire (2011), o respeito a dignidade de quem é ensinado, seus valores, autonomia, princípios, religião, cultura, orientações sexuais, cor, raça, capacidade de compreensão e comportamento. Nossa sociedade é marcada pelo descaso aos menos favorecidos financeiramente e que moram em regiões suburbanas. Compete a esse profissional criar um relacionamento em rede, entre quem ensina e quem aprende e entre escola e família, para tanto, precisa considerar as diferenças sociais que existem, assim como as disparidades intelectuais, sendo imparcial e humano. Nessa linha apresentada por Freire (2011) somos levados a considerar em sua essência a afetividade positiva ou negativa, sugerida por Wallon (Ferrari, 2013), que o aluno demonstra em sala de aula e que é muitas vezes, consequência de seu
  • 7. relacionamento familiar e/ou comunitária. Também precisamos compreender que o educando traz consigo um conhecimento, como nos preceitua Vygotsky (1991), não sendo ele um ser vazio e sem informações, porém esse conhecimento, quando não identificado e trabalhado, pode ser um empecilho à aprendizagem, porém quando devidamente reconhecido e respeitado, pode produzir frutos maravilhosos na construção de saberes. Precisamos da cooperação do educando, precisaremos ser coercivos, como nos sugere Jean Piaget (2010), não para impor nossa vontade, mas sim direcionar/nortear os passos ainda inseguros e que precisam dessa firme orientação. O educando não é responsabilidade apenas de um profissional, mas de toda a sociedade. Esse é o papel do Orientador, um interventor de conflito que não aponta erros ou tão pouco os corrige, mas sim se propõe a mediar, ajudar a construir um nível de corresponsabilidade entre todos os envolvidos e, na medida do possível, ser um facilitador de relacionamentos, a fim de construir saberes e comprender a indisciplina que inviabiliza o processo de aprendizagem. 3 CONCLUSÃO Procuramos nesse artigo conhecer um pouco mais dos envolvidos no processo ensino-aprendizagem, bem como sua própria mecanicidade, ou seja, como é o processo em si. Não tivemos a pretensão de determinar uma metodologia capaz de impedir os conflitos ou mesmo solucionar a todos, mas sim pudemos identificar que a base teórica nos norteia a possíveis realizações que podem beneficiar ao conjunto inserido no processo de aprendizagem. Também constatamos que existem profissionais conscientes de sua limitação para alcançar seu alunado em virtude de uma infraestrutura que precisa ser revista continuamente, pois o processo é dinâmico e cíclico. Então, concluímos que a intermediação do orientador, não acontece quando o conflito acontece, mas bem antes, quando promove relacionamentos, ao invés de deixar o educador apenas inserir conteúdo em sua sala de aula. Também verificamos que o indisciplinado, nem sempre é bagunceiro, violento, incapaz de aprender, mas pode ser potencializado à um aprendizado que seja dinâmico e prático, pois a materialidade da teoria4 o possibilitará entender o que não consegue por intermédio apenas da abstração das ideias. Algo que não nos 4 Materialidade da teoria = expressão cunhada por mim, com o intuito de explicitar a capacidade em aplicar os conhecimentos teóricos no dia a dia.
  • 8. passou despercebido é que, mesmo com tamanha importância, a função de Orientador Educacional, ainda é negligenciada, e, quando de sua existência na escola, não se dá o devido valor ao profissional. Tivemos a oportunidade de ir em algumas escolas da rede estadual de educação de Duque de Caxias, onde constatamos essa triste realidade. Porém também, ao contrário, constatamos positivamente, o funcionamento dessa orientação nos moldes de uma intervenção positiva, focada no conjunto, não apenas no problema que surge, tendo resultados positivos e satisfatórios5. REFERÊNCIAS ALVES, R. O Segredo dos Gênios: Manual de orientação para professores e estudantes. São Paulo: Tupã, 2006. ANTUNES, C. Diário de um Educador: Temas e Questões Atuais. 2 ed. São Paulo: Papirus, 2007. AQUINO, J. G., org. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. 16. Ed. São Paulo: Summus. 1996. FERRARI, M. Henri Wallon, o educador integral. 2013 . Disponível em : <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/educador-integral- 423298. shtml> . Acesso em: 22. Mai. 2013. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio - Século XXI. Nova Fronteira. Versão Eletrônica. Lexikon Informática Ltda. Versão 3.0. 1999. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática Educativa, São Paulo: Paz e Terra, 2011. _____________. Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro, Paz e Terra. 2005. LIMA, Liliana Correia de. Interação Família-Escola: Papel da família no processo ensino-aprendizagem, 2009. Disponível em: Disponível em: <www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2009-8.pdf>. Acesso em: 14 Abr. 2013. MANZINI, E. J. Entrevista semi-estruturada: Análise de objetivos e de roteiros. Ed. USC, 2004. Disponível em: http://www.sepq.org.br/IIsipeq/anais/pdf/gt3/04.pdf. Acesso: 24 Jun. 2013. MIRANDA, S. A eficácia da comunicação. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. MUNARI, Alberto. Jean Piaget. Tradução e organização: Daniele Saheb. – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. AZEVEDO, F. de... [et al.]. Manifestos dos pioneiros da Educação Nova (1932) e dos educadores 1959. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. VASCONCELOS, C. Os Desafios da Indisciplina em Sala de Aula e na Escola. Publicação: Série Ideias n. 28. Pinas: 227-252 São Paulo: FDE, 1997. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 4ª edição brasileira. São Paulo: Martins, 1991. 5 Não mencionamos as escolas específicas, pois foi nos solicitado que não fizéssemos a identificação.