2. Golpe da Maioridade
No fim do período regencial, muitas revoltas ameaçavam
o território nacional. Pensando numa saída para esta crise,
os partidos políticos consideravam que somente Pedro de
Alcântara poderia conter as revoltas.
Foi declarada a maioridade de Pedro de Alcântara aos 14
anos, recebendo o título de D. Pedro II. Como legalmente
a maioridade só poderia acontecer depois dos 16 anos,
chamamos este movimento de GOLPE DA MAIORIDADE.
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4. Política de D. Pedro II
Existiam dois partidos políticos, os LIBERAIS, que na teoria desejavam
mudanças significativas no país, e os CONSERVADORES, que
preferiam manter as coisas como estão.
Contudo, ambos eram formados pela elite do Brasil, geralmente
fazendeiros e donos de escravos. Portanto podemos dizer que seus
interesses eram bem parecidos, sendo chamados na época de
“Farinha do mesmo saco”
5. E nada se altera com o golpe...
NADA DE
MEXER NA
GRANDE
PROPRIEDADE!!
NEM NO
TRABALHO
ESCRAVO!!
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7. Parlamentarismo às Avessas
Para demonstrar mudanças na forma de governar, D. Pedro II adota um modelo
parlamentar inspirado na Inglaterra. Contudo, no modelo inglês, o povo de fato
escolhe os ministros que comandam o poder executivo, e por outro lado no
Brasil, o ministério é escolhido pelo próprio imperador (Moderador) que
inclusive poderia dissolver a Câmara.
As eleições eram restritas (voto censitário = comprovar renda) e fraudulentas,
em nada lembrando o modelo inglês.
“Não há nada mais conservador do que um liberal no poder”
8. Economia brasileira
O CAFÉ se consagrou como o grande produto agrícola nacional (grande
demanda no mercado internacional, boas condições climáticas e de solo
e mão-de-obra abundante), surgindo uma nova e poderosa classe social,
os BARÕES DO CAFÉ.
9. Industrialização
Patricinado pela economia cafeeira, o Brasil presencia um bom surto
industrial, principalmente no setor têxtil, aumentando a circulação de
mercadorias e a criação de ferrovias.
Incentivo fiscal: TARIFA ALVES BRANCO
30% de Imposto para produtos importados sem similares
60% de Imposto para produtos importados com similares
Grande nome da economia brasileira da época: Barão de Mauá
10. QUESTÃO MILITAR
GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870): Maior conflito armado da América do Sul.
Paraguai era um país praticamente autosuficiente e, como não possuía saída para o
oceano Atlântico, desejava ampliar seus territórios, principalmente a rota do rio
Paraná, indo contra os interesses brasileiros.
Brasil forma aliança com Argentina e Uruguai que, apoiados pela Inglaterra, que
desejava abrir o mercado paraguaio aos seus produtos, decretam guerra ao Paraguai.
Consequências: Paraguai perde com um saldo de 600 mil mortos (99% dos
homens), cria dívidas e perdas territoriais. Brasil fica endividado, porém presencia
um fortamencimento político do exército e questionamento sobre a escravidão. A
Inglaterra reafirma sua influência econômica na região.
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12. Mesmo vitorioso, o exército brasileiro não possuia nenhum prestígio
na sociedade, sendo excluidos inclusive das decisões políticas do
país. Após sua vitória na Guerra do Paraguai, começa um movimento
de busca de melhorias nas forças armadas, reivindicando um melhor
soldo e maior participação política
13. Questão Abolicionista
Sob influência inglesa, começa a surgir um forte movimento
abolicionista (industrias precisam de assalariados para criar mercado
consumidor), mesmo contra vontade de parte dos grandes
proprietários que estavam satisfeitos com a escravidão. Algumas leis
são criadas neste sentido:
14. Lei Bill Aberdeen
Lei que proibe o comércio de escravos entre a África e América
15. Lei Eusébio de Queiroz
Proibia o tráfico de escravos no país.
16. Lei do Ventre Livre (1871)
Declarou livre os filhos de mulher escrava nascidos a partir da
aprovação da lei
17. Lei do Sexagenário (1885)
Declarou livre os escravos que chegassem a 65 anos de idade.
18. Lei Áurea (1888)
Assinada pela princisa Isabel, declarou livre todos os escravos que
estavam no Brasil.
(Será que hove uma preocupação em inserir o recém liberto escravo na
sociedade brasileira?)
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20. Os Imigrantes
Os imigrantes europeus vieram para subistituir a mão-se-obra escrava. Boa parte
saia da europa com a esperança de melhores condições de vida, outros eram
seduzidos pelas propostas de parcerias com cafeicultores.
Era proposto que os fazendeiros iriam custear a viagem para o Brasil e em troca o
imigrante iriam pagar com seu trabalho.
Em geral o sistema não deu certo em razão dos altos juros cobrados aos imigrantes
e pelos maus tratos sofridos por ele.
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22. Questão Religiosa
Ao mesmo tempo que servia como um dos pilares básicos de sustentação do
trono, a Igreja estava submetida ao Estado pelo regime de padroado, segundo o
qual o imperador nomeava os bispos e remunerava os sacerdotes. Isto fazia com
que, na prática, os religiosos fossem funcionários do governo.
Seguindo a orientação do Vaticano, que combatia a maçonaria e as idéias liberais,
os bispos de Olinda, frei Vital Maria, e de Belém, dom Antônio de Macedo Costa,
proibiram que os católicos de suas dioceses participassem de atividades
maçônicas.
O Imperador, maçom, pocionou-se favoravelmente aos padres punidos e, em
1874, prendeu e condenou os dois bispos a quatro anos de prisão e trabalhos
forçados. A atitude da Monarquia não só originou um atrito diplomático com o
Vaticano, como estimulou as forças de oposição na Igreja. Nem mesmo a anistia
aos dois bispos, decretada no ano seguinte por d. Pedro II, conseguiu reverter as
más relações entre o clero e o Império.
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24. Fim do Segundo Reinado
A crise que levou ao fim do Imperio teve fatores economicos e sociais:
O abolicionismo fez o governo perder o apoio dos fazendeiros;
O domínio da Igreja pelo estado, abalaram as relãções entre o
Vaticano e D. Pedro II;
O exército ganhou prestígio após a Guerra do Paraguai e anseava
maior participação na política.
Assim, dia 15 de Novembro de 1889 o Brasil deixa de ser Impérial e passa
a ser Republicano