SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 16
TROVADORISMO - CANTIGAS


Ifes campus Venda Nova do Imigrante
Disciplina: Literatura Portuguesa
Prof.: Olivaldo Marques
Índice
          Cantigas................................................................03
          Cantigas
             líricas........................................................04
          Cantigas de
             amor......................................................06
          Cantigas de
             amigo.....................................................09
          Cantigas
             satíricas......................................................10
          Cantigas de
             escárnio..................................................12
          professorolivaldo@gmail.com
2 de 16
          Cantigas de
CANTIGAS
          As cantigas foram cultivadas tanto no gênero lírico
            quanto no
          satírico:
          Líricas
          a) Cantigas de amor;
          b) Cantigas de amigo.


          Satíricas
          a) Cantigas de escárnio;
          b) Cantigas de maldizer.
3 de 16   professorolivaldo@gmail.com
Cantigas Líricas
          Cantigas de amor
           O cavalheiro se dirige à mulher amada como uma
           figura idealizada, distante. O poeta, na posição
           de fiel vassalo, se põe a serviço de sua senhora,
           dama da corte, tornando esse amor um objeto de
           sonho, distante, impossível. Mas nunca
           consegue conquistá-la, porque tem medo e
           também porque ela rejeita tua canção.

             Essa relação amorosa vertical é chamada
             "vassalagem amorosa", pois reproduz as
             relações dos vassalos com os seus senhores
  4
4 de 16      feudais.
          professorolivaldo@gmail.com
A dona que eu am'e tenho por Senhor
          amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for,
          se non dade-me-a morte.
          A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
          e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
          se non dade-me-a morte.
          Essa que Vós fezestes melhor parecer
          de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
          se non dade-me-a morte.
          A Deus, que me-a fizestes mais amar,
          mostrade-me-a algo possa con ela falar,
          se non dade-me-a morte.

          (Bernal de Bonaval)


  5
5 de 16   professorolivaldo@gmail.com
Cantigas de amor
          Características:
           Eu lírico masculino;
           Assunto principal: o sofrimento amoroso do eu
            lírico perante uma mulher idealizada e distante;
           Amor cortês (pág. 88);
           Amor impossível;
           Ambientação aristocrática das cortes;
           Vassalagem amorosa >> o eu lírico usa o
            pronome de tratamento "senhora".


  6
6 de 16   professorolivaldo@gmail.com
Cantigas Líricas
          Cantigas de amigo
           O eu lírico é uma mulher que canta seu amor pelo
           amigo (isto é, namorado), muitas vezes em ambiente
           natural, e muitas vezes também em diálogo com sua
           mãe, suas amigas ou com elementos da natureza.

            A figura feminina que as cantigas de amigo
            desenham é, pois, a da jovem que se inicia no
            universo do amor, por vezes lamentando a ausência
            do amado, por vezes cantando a sua alegria pelo
            próximo encontro.

             Outra diferença da cantiga de amigo para a de amor,
             é que na cantiga de amigo não há a relação suserano
             x vassalo. Ela é uma mulher do povo. Muitas vezes
             tal cantiga também revelava a tristeza da mulher, pela
  7
7 de 16      ida de seu amado à guerra (referência ao contexto
          professorolivaldo@gmail.com

             histórico).
"Ai flores, ai flores do verde pino,
          se sabedes novas do meu amigo!
          ai Deus, e u é?
          Ai flores, ai flores do verde ramo,
          se sabedes novas do meu amado!
          ai Deus, e u é?
          Se sabedes novas do meu amigo,
          aquel que mentiu do que pôs comigo!
          ai Deus, e u é?
          Se sabedes novas do meu amado,
          aquel que mentiu do que mi há jurado!
          ai Deus, e u é?"
          (...)
          (D. Dinis)
  8
8 de 16   professorolivaldo@gmail.com
CANTIGAS DE AMIGO
          Características
           Eu lírico feminino;
           Predomínio da musicalidade;
           Assunto principal: o lamento da moça cujo
            namorado partiu;
           Amor natural e espontâneo;
           Amor possível;
           Ambientação popular rural ou urbana;
           Influência da tradição oral ibérica.


  9
9 de 16   professorolivaldo@gmail.com
CANTIGAS SATÍRICAS
           Cantigas de escárnio
            A sátira, neste tipo de cantiga, era indireta, cheia
            de duplos sentidos. As cantigas de escárnio
            definem-se, pois, como sendo aquelas feitas
            pelos trovadores para falar mal de alguém, por
            meio de ambiguidades, trocadilhos e jogos
            semânticos.

              A cantiga de escárnio, exigindo unicamente a
              alusão indireta e velada, para que o destinatário
              não seja reconhecido, estimula a imaginação do
              ouvinte e sugere à cantiga uma expressão
              irônica, embora, por vezes, bastante mordaz.
  10
10 de 16   professorolivaldo@gmail.com
Ai, dona fea, foste-vos queixar
           que vos nunca louv[o] em meu cantar;
           mais ora quero fazer um cantar
           em que vos loarei toda via;
           e vedes como vos quero loar:
           dona fea, velha e sandia!
           (...)
           (Joan Garcia de Guilhade)



  11
11 de 16   professorolivaldo@gmail.com
CANTIGAS DE ESCÁRNIO
           Características

            Crítica indireta, normalmente a pessoa satirizada
             não é identificada;
            Linguagem trabalhada, cheia de sutilezas,
             trocadilho e ambiguidades;
            Ironia.




  12
12 de 16   professorolivaldo@gmail.com
CANTIGAS SATÍRICAS
           Cantigas de maldizer

              Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de
              maldizer traz uma sátira direta e sem duplos
              sentidos. É comum a agressão verbal à pessoa
              satirizada, e muitas vezes, são utilizados até
              palavrões. O nome da pessoa satirizada pode ou
              não ser revelado.




  13
13 de 16   professorolivaldo@gmail.com
Marinha, o teu folgar
              tenho eu por desacertado,
              e ando maravilhado
              de te não ver rebentar;
              pois tapo com esta minha
              boca, a tua boca, Marinha;
              e com este nariz meu,
              tapo eu, Marinha, o teu;
              com as mãos tapo as orelhas,
              os olhos e as sobrancelhas,
              tapo-te ao primeiro sono;
              com a minha piça o teu cono;
              e como o não faz nenhum,
              com os colhões te tapo o cu.
              E não rebentas, Marinha?
              (Afonso Eanes de Coton)

  14
14 de 16   professorolivaldo@gmail.com
CANTIGAS DE MALDIZER
           Características



            Crítica direta, geralmente a pessoa satirizada é
             identificada;
            Linguagem agressiva, direta, por vezes obscena;
            Zombaria.




  15
15 de 16   professorolivaldo@gmail.com
Referências

              CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C., Português:
              linguagens I. São Paulo: Atual, 2005.
              http://pt.wikipedia.org/wiki/Trovadorismo (acesso
              em 17/10/2011)
              http://cseabra.utopia.com.br/poesia/poesias/0012
              .html (acesso em 19/10/2011)




  16
16 de 16   professorolivaldo@gmail.com

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Intertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
Intertextualidade entre Os Lusíadas e MensagemIntertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
Intertextualidade entre Os Lusíadas e MensagemPaulo Vitorino
 
Valor modal das frases
Valor modal das frasesValor modal das frases
Valor modal das frasesnando_reis
 
Esquema rimatico e versos
Esquema rimatico e versosEsquema rimatico e versos
Esquema rimatico e versosdomplex123
 
Auto da Feira de Gil Vicente
Auto da Feira de Gil VicenteAuto da Feira de Gil Vicente
Auto da Feira de Gil VicenteGijasilvelitz 2
 
A representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de CamõesA representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de CamõesCristina Martins
 
Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Lurdes Augusto
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lurdes Augusto
 
Processos fonologicos
Processos fonologicosProcessos fonologicos
Processos fonologicosameliapadrao
 
Aquela cativa Poema e Análise
Aquela cativa Poema e AnáliseAquela cativa Poema e Análise
Aquela cativa Poema e AnáliseBruno Jardim
 
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...FilipaFonseca
 
Auto da-barca-do-inferno-analise-cenas
Auto da-barca-do-inferno-analise-cenasAuto da-barca-do-inferno-analise-cenas
Auto da-barca-do-inferno-analise-cenasClaudia Lazarini
 
Poesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoPoesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoGijasilvelitz 2
 
Descalça vai para a fonte
Descalça vai para a fonteDescalça vai para a fonte
Descalça vai para a fonteHelena Coutinho
 

Was ist angesagt? (20)

Intertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
Intertextualidade entre Os Lusíadas e MensagemIntertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
Intertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
 
Valor modal das frases
Valor modal das frasesValor modal das frases
Valor modal das frases
 
Cantigas de amigo
Cantigas de amigoCantigas de amigo
Cantigas de amigo
 
Esquema rimatico e versos
Esquema rimatico e versosEsquema rimatico e versos
Esquema rimatico e versos
 
Auto da Feira de Gil Vicente
Auto da Feira de Gil VicenteAuto da Feira de Gil Vicente
Auto da Feira de Gil Vicente
 
A representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de CamõesA representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de Camões
 
Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca
 
Actos Ilocutórios
Actos IlocutóriosActos Ilocutórios
Actos Ilocutórios
 
Deíticos
DeíticosDeíticos
Deíticos
 
Funções sintáticas
Funções sintáticasFunções sintáticas
Funções sintáticas
 
A métrica e a rima
A métrica e a rimaA métrica e a rima
A métrica e a rima
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões
 
Processos fonologicos
Processos fonologicosProcessos fonologicos
Processos fonologicos
 
Aquela cativa Poema e Análise
Aquela cativa Poema e AnáliseAquela cativa Poema e Análise
Aquela cativa Poema e Análise
 
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
 
Auto da-barca-do-inferno-analise-cenas
Auto da-barca-do-inferno-analise-cenasAuto da-barca-do-inferno-analise-cenas
Auto da-barca-do-inferno-analise-cenas
 
Poesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoPoesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - Resumo
 
Fernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-OrtónimoFernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-Ortónimo
 
Descalça vai para a fonte
Descalça vai para a fonteDescalça vai para a fonte
Descalça vai para a fonte
 
Amor é fogo que arde
Amor é fogo que ardeAmor é fogo que arde
Amor é fogo que arde
 

Ähnlich wie Cantigas trovadorescas

Ähnlich wie Cantigas trovadorescas (20)

Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
resumo-exame-10oano.pdf
resumo-exame-10oano.pdfresumo-exame-10oano.pdf
resumo-exame-10oano.pdf
 
Trovadorismo português
Trovadorismo portuguêsTrovadorismo português
Trovadorismo português
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Ficha_de_consolidacao_Poesia_Trovadoresc.pdf
Ficha_de_consolidacao_Poesia_Trovadoresc.pdfFicha_de_consolidacao_Poesia_Trovadoresc.pdf
Ficha_de_consolidacao_Poesia_Trovadoresc.pdf
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
4.-Trovadorismo.pdf
4.-Trovadorismo.pdf4.-Trovadorismo.pdf
4.-Trovadorismo.pdf
 
CANTIGAS_LIRICAS_E_SATIRICAS_(e__MPB).pdf
CANTIGAS_LIRICAS_E_SATIRICAS_(e__MPB).pdfCANTIGAS_LIRICAS_E_SATIRICAS_(e__MPB).pdf
CANTIGAS_LIRICAS_E_SATIRICAS_(e__MPB).pdf
 
Resumos de literaturaportuguesa
Resumos de literaturaportuguesaResumos de literaturaportuguesa
Resumos de literaturaportuguesa
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 

Mehr von Olivaldo Ferreira

Processos de formação de palavras
Processos de formação de palavrasProcessos de formação de palavras
Processos de formação de palavrasOlivaldo Ferreira
 
INTRODUÇÃO À LINGUAGEM LITERÁRIA
INTRODUÇÃO À LINGUAGEM LITERÁRIAINTRODUÇÃO À LINGUAGEM LITERÁRIA
INTRODUÇÃO À LINGUAGEM LITERÁRIAOlivaldo Ferreira
 
AVALIAÇÃO E REVISÃO TEXTUAL
AVALIAÇÃO E REVISÃO TEXTUALAVALIAÇÃO E REVISÃO TEXTUAL
AVALIAÇÃO E REVISÃO TEXTUALOlivaldo Ferreira
 
Cultura escrita e sociedade letrada
Cultura escrita e sociedade letradaCultura escrita e sociedade letrada
Cultura escrita e sociedade letradaOlivaldo Ferreira
 
Principais dificuldades relativas à Língua Portuguesa
Principais dificuldades relativas à Língua PortuguesaPrincipais dificuldades relativas à Língua Portuguesa
Principais dificuldades relativas à Língua PortuguesaOlivaldo Ferreira
 
Atividades do livro correção
Atividades do livro   correçãoAtividades do livro   correção
Atividades do livro correçãoOlivaldo Ferreira
 
Apresentação reunião Ifes VNI 25/07/12
Apresentação reunião Ifes VNI 25/07/12Apresentação reunião Ifes VNI 25/07/12
Apresentação reunião Ifes VNI 25/07/12Olivaldo Ferreira
 
Desenvolvimento do parágrafo
Desenvolvimento do parágrafoDesenvolvimento do parágrafo
Desenvolvimento do parágrafoOlivaldo Ferreira
 
(Comunicação Empresarial) Comunicação oral no contexto empresarial
(Comunicação Empresarial) Comunicação oral no contexto empresarial(Comunicação Empresarial) Comunicação oral no contexto empresarial
(Comunicação Empresarial) Comunicação oral no contexto empresarialOlivaldo Ferreira
 
Linguagem, comunicação e interação (15/02/2012)
Linguagem, comunicação e interação (15/02/2012)Linguagem, comunicação e interação (15/02/2012)
Linguagem, comunicação e interação (15/02/2012)Olivaldo Ferreira
 

Mehr von Olivaldo Ferreira (17)

Processos de formação de palavras
Processos de formação de palavrasProcessos de formação de palavras
Processos de formação de palavras
 
A ARTE BARROCA
A ARTE BARROCAA ARTE BARROCA
A ARTE BARROCA
 
INTRODUÇÃO À LINGUAGEM LITERÁRIA
INTRODUÇÃO À LINGUAGEM LITERÁRIAINTRODUÇÃO À LINGUAGEM LITERÁRIA
INTRODUÇÃO À LINGUAGEM LITERÁRIA
 
A linguagem publicitária
A linguagem publicitáriaA linguagem publicitária
A linguagem publicitária
 
Gêneros textuais e ensino
Gêneros textuais e ensinoGêneros textuais e ensino
Gêneros textuais e ensino
 
AVALIAÇÃO E REVISÃO TEXTUAL
AVALIAÇÃO E REVISÃO TEXTUALAVALIAÇÃO E REVISÃO TEXTUAL
AVALIAÇÃO E REVISÃO TEXTUAL
 
Cultura escrita e sociedade letrada
Cultura escrita e sociedade letradaCultura escrita e sociedade letrada
Cultura escrita e sociedade letrada
 
Principais dificuldades relativas à Língua Portuguesa
Principais dificuldades relativas à Língua PortuguesaPrincipais dificuldades relativas à Língua Portuguesa
Principais dificuldades relativas à Língua Portuguesa
 
Realismo
RealismoRealismo
Realismo
 
Argumentação
ArgumentaçãoArgumentação
Argumentação
 
Atividades do livro correção
Atividades do livro   correçãoAtividades do livro   correção
Atividades do livro correção
 
Apresentação reunião Ifes VNI 25/07/12
Apresentação reunião Ifes VNI 25/07/12Apresentação reunião Ifes VNI 25/07/12
Apresentação reunião Ifes VNI 25/07/12
 
A crônica
A crônicaA crônica
A crônica
 
Humanismo - introdução
Humanismo - introduçãoHumanismo - introdução
Humanismo - introdução
 
Desenvolvimento do parágrafo
Desenvolvimento do parágrafoDesenvolvimento do parágrafo
Desenvolvimento do parágrafo
 
(Comunicação Empresarial) Comunicação oral no contexto empresarial
(Comunicação Empresarial) Comunicação oral no contexto empresarial(Comunicação Empresarial) Comunicação oral no contexto empresarial
(Comunicação Empresarial) Comunicação oral no contexto empresarial
 
Linguagem, comunicação e interação (15/02/2012)
Linguagem, comunicação e interação (15/02/2012)Linguagem, comunicação e interação (15/02/2012)
Linguagem, comunicação e interação (15/02/2012)
 

Kürzlich hochgeladen

Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLidianePaulaValezi
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxLeonardoGabriel65
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 

Cantigas trovadorescas

  • 1. TROVADORISMO - CANTIGAS Ifes campus Venda Nova do Imigrante Disciplina: Literatura Portuguesa Prof.: Olivaldo Marques
  • 2. Índice Cantigas................................................................03 Cantigas líricas........................................................04 Cantigas de amor......................................................06 Cantigas de amigo.....................................................09 Cantigas satíricas......................................................10 Cantigas de escárnio..................................................12 professorolivaldo@gmail.com 2 de 16 Cantigas de
  • 3. CANTIGAS As cantigas foram cultivadas tanto no gênero lírico quanto no satírico: Líricas a) Cantigas de amor; b) Cantigas de amigo. Satíricas a) Cantigas de escárnio; b) Cantigas de maldizer. 3 de 16 professorolivaldo@gmail.com
  • 4. Cantigas Líricas Cantigas de amor O cavalheiro se dirige à mulher amada como uma figura idealizada, distante. O poeta, na posição de fiel vassalo, se põe a serviço de sua senhora, dama da corte, tornando esse amor um objeto de sonho, distante, impossível. Mas nunca consegue conquistá-la, porque tem medo e também porque ela rejeita tua canção. Essa relação amorosa vertical é chamada "vassalagem amorosa", pois reproduz as relações dos vassalos com os seus senhores 4 4 de 16 feudais. professorolivaldo@gmail.com
  • 5. A dona que eu am'e tenho por Senhor amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for, se non dade-me-a morte. A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus, se non dade-me-a morte. Essa que Vós fezestes melhor parecer de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer, se non dade-me-a morte. A Deus, que me-a fizestes mais amar, mostrade-me-a algo possa con ela falar, se non dade-me-a morte. (Bernal de Bonaval) 5 5 de 16 professorolivaldo@gmail.com
  • 6. Cantigas de amor Características:  Eu lírico masculino;  Assunto principal: o sofrimento amoroso do eu lírico perante uma mulher idealizada e distante;  Amor cortês (pág. 88);  Amor impossível;  Ambientação aristocrática das cortes;  Vassalagem amorosa >> o eu lírico usa o pronome de tratamento "senhora". 6 6 de 16 professorolivaldo@gmail.com
  • 7. Cantigas Líricas Cantigas de amigo O eu lírico é uma mulher que canta seu amor pelo amigo (isto é, namorado), muitas vezes em ambiente natural, e muitas vezes também em diálogo com sua mãe, suas amigas ou com elementos da natureza. A figura feminina que as cantigas de amigo desenham é, pois, a da jovem que se inicia no universo do amor, por vezes lamentando a ausência do amado, por vezes cantando a sua alegria pelo próximo encontro. Outra diferença da cantiga de amigo para a de amor, é que na cantiga de amigo não há a relação suserano x vassalo. Ela é uma mulher do povo. Muitas vezes tal cantiga também revelava a tristeza da mulher, pela 7 7 de 16 ida de seu amado à guerra (referência ao contexto professorolivaldo@gmail.com histórico).
  • 8. "Ai flores, ai flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo! ai Deus, e u é? Ai flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado! ai Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pôs comigo! ai Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amado, aquel que mentiu do que mi há jurado! ai Deus, e u é?" (...) (D. Dinis) 8 8 de 16 professorolivaldo@gmail.com
  • 9. CANTIGAS DE AMIGO Características  Eu lírico feminino;  Predomínio da musicalidade;  Assunto principal: o lamento da moça cujo namorado partiu;  Amor natural e espontâneo;  Amor possível;  Ambientação popular rural ou urbana;  Influência da tradição oral ibérica. 9 9 de 16 professorolivaldo@gmail.com
  • 10. CANTIGAS SATÍRICAS Cantigas de escárnio A sátira, neste tipo de cantiga, era indireta, cheia de duplos sentidos. As cantigas de escárnio definem-se, pois, como sendo aquelas feitas pelos trovadores para falar mal de alguém, por meio de ambiguidades, trocadilhos e jogos semânticos. A cantiga de escárnio, exigindo unicamente a alusão indireta e velada, para que o destinatário não seja reconhecido, estimula a imaginação do ouvinte e sugere à cantiga uma expressão irônica, embora, por vezes, bastante mordaz. 10 10 de 16 professorolivaldo@gmail.com
  • 11. Ai, dona fea, foste-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! (...) (Joan Garcia de Guilhade) 11 11 de 16 professorolivaldo@gmail.com
  • 12. CANTIGAS DE ESCÁRNIO Características  Crítica indireta, normalmente a pessoa satirizada não é identificada;  Linguagem trabalhada, cheia de sutilezas, trocadilho e ambiguidades;  Ironia. 12 12 de 16 professorolivaldo@gmail.com
  • 13. CANTIGAS SATÍRICAS Cantigas de maldizer Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de maldizer traz uma sátira direta e sem duplos sentidos. É comum a agressão verbal à pessoa satirizada, e muitas vezes, são utilizados até palavrões. O nome da pessoa satirizada pode ou não ser revelado. 13 13 de 16 professorolivaldo@gmail.com
  • 14. Marinha, o teu folgar tenho eu por desacertado, e ando maravilhado de te não ver rebentar; pois tapo com esta minha boca, a tua boca, Marinha; e com este nariz meu, tapo eu, Marinha, o teu; com as mãos tapo as orelhas, os olhos e as sobrancelhas, tapo-te ao primeiro sono; com a minha piça o teu cono; e como o não faz nenhum, com os colhões te tapo o cu. E não rebentas, Marinha? (Afonso Eanes de Coton) 14 14 de 16 professorolivaldo@gmail.com
  • 15. CANTIGAS DE MALDIZER Características  Crítica direta, geralmente a pessoa satirizada é identificada;  Linguagem agressiva, direta, por vezes obscena;  Zombaria. 15 15 de 16 professorolivaldo@gmail.com
  • 16. Referências CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C., Português: linguagens I. São Paulo: Atual, 2005. http://pt.wikipedia.org/wiki/Trovadorismo (acesso em 17/10/2011) http://cseabra.utopia.com.br/poesia/poesias/0012 .html (acesso em 19/10/2011) 16 16 de 16 professorolivaldo@gmail.com