Animação conceitos visão

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LAI-DI –DESIGN -UFPR –MatheusCezarotto, Marcia Alves e André Battaiola
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Animação –Conceitos
Animação II

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Animação II

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Objetivos:
A disciplina visa a produção da animação que foi planejada em Animação I através da produção de um ANIMATIC.
Conhecer e aplicar as etapas de produção, ferramentas e técnicas de animação.
Animação II –visão geral

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Conceitos de Animação
O conceito de animação é amplo e suas fronteiras ainda estão indefinidas.
A palavra animaçãovem do verbo animar, conforme o dicionário Houaiss, significa dar “alma”, dar vida, imprimir ação, movimento ou aceleração, ou seja, dar aparência de vida.

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O termo deriva do verbo latino animare(dar vida a) e só veio a ser utilizado para descrever imagens em movimento no século XX.
(BARBOSA JÚNIOR, 2005. p. 28).

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Uma definição técnica de animação a considera como a ilusão de ótica gerada por uma série de imagens (não filmadas), que ocasiona a impressão de movimento devido ao fenômeno da retenção retiniana, no qual os olhos retêm qualquer imagem no intervalo de tempo que vai de 1/10 a 1/17 segundos.
(WEBSTER, 2005).

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Para Bétrancourt e Tvesrky, (2000, p. 313apudAINSWORTH, 2008), a animação se configura como uma série de frames(quadros que contêm representações estáticas), alinhados, que só se mostram temporariamente e são logo substituídos pelos seus subseqüentes.

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Cada framesó aparece ou se mostra, por um pequeno período de tempo sendo substituído por outro, isso gera a sensação de movimento.
Essa definição utiliza-se do princípio de Rogetda persistência retiniana para representar a dimensão de tempo e movimento.

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Conforme Mayer e Moreno (2002, apudAINSWORTH, 2008) o vídeo e as imagens filmadas com movimentos reais captados, não podem ser considerados uma animação.
Para esses autores, o vídeoé utilizado para mostrar o movimento real de objetos reais, enquanto a animação representaria o movimento simulado de objetos também simulados.

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Um conceito mais amplo de animação foi proposto por Lowe e Schnotz (inLOWE e SCHNOTZ, 2008), que define animação como sendo representações pictóricas que modificam sua estrutura, ou propriedades, no decorrer de um período de tempo, apresentando uma série de ações perceptíveis e mutantes.

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Lowe e Schnotz (2008), também incluem o vídeo como animação, englobando animações como o curta premiado Tyger de Guilherme Marcondes.

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Conforme Thomaz e Johnston (1995, p. 15-18) pioneiros do desenho animado com as indústrias de Walt Disney, a animação é a junção de processos de representações visuais de tempo e espaço, para transportar emoções.
O transporte de “emoções e sentimentos”a essência desta comunicação se transformou em uma forma de arte.

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“Uma mágica habilidade de proporcionar ao público uma comunicaçãode maneira mais fácil que a verbal, quebrando barreiras de linguagem”.
(Thomaz e Johnston, 1995)

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Como se pode perceber o conceito de animação engloba dois posicionamentos:
como técnica de representação e como arte expressiva.
Portanto, sua percepção depende não somente da retina e da persistência da visão, mas depende também do cérebro e de seus mecanismos de percepção para interpretar e compreender e decodificar as mensagens animadas.

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Peter Mark Roget escreveu um artigo intitulado “The persistence of vision with regard to moving objects”.
Neste artigo ele propõe por meio de testes empíricos que o olho humano retémuma imagem por uma fração de segundos enquanto outra imagem vai sendo percebida.
E assim, da combinação das imagens vistas sobrepostasem sequência e em determinada velocidade, o cérebro humano as perceberia como se fossem uma única imagem realizando um movimento.
(BARBOSA JÚNIOR, 2005).

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Pinna (inFABIARZ et al, 2008, p. 321-322) discute a persistência da visão colocando alguns problemas para a teoria.
Para esse autor o fenômeno não funcionaria com qualquer desenho em sequência, se ao invés de imagens iguais fossem utilizadas figuras diferentes a ilusão de movimento se perderia.
Os estudos do psicólogo Hugo Münsterber (1916) inclui nesse processo não somente a persistência da imagem na retina, mas também, a ação da mente do espectador no processo que gera a ilusão do movimento.

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Segundo Pinna, Münsterber propõe que “para haver a ilusão do movimento aparente faz-se necessário, obrigatoriamente, um investimento por parte de espectador(em termos de atenção, memória, emoção, imaginação, etc.) sem o qual o filme nada mais é do que um encadeamento de imagens sem vida”.
(inFABIARZ et al, 2008, p. 321-322).
A partir de Roget, surgiram várias invenções inicialmente chamadas de brinquedos ópticos tais como o Taumatroscópio, o Fenacistocópio, o Estroboscópio, o Zootroscópio, o Praxinoscópio.

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“A persistência retinianaexiste de fato mas, se desempenhasse uma função no cinema, apenas produziria uma confusão de imagens remanescentes. A percepção do filme só é possível, de fato, graças ao efeito-phi, e também ao mascaramento visual que nos libera da persistência retiniana.”
(Jacques Aumont -A imagem p.52)
O efeito-phié um intervalo negro entre a projeção de um fotograma e outro que permite atenuar a imagem persistente que fica retida pelosolhos.
O Efeito-Phi -psicólogo Max Wertheimer 1912

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Percepção e Animação
O que é percepção?
•A percepção sensível ou sensação (em grego, aísthesis) é um modo de contato e de conhecimento da realidade por meio dos cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato.
•Assim, perceber é acolher e assimilara forma sensível dos objetos.
(Saes, 2010)

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Mas como funciona a nossa visão?

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Nervo óptico
Retina
Fotorreceptores
Pupila

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Como visualizamos as cores?
Cones:
•Vermelho
•Verde
•Azul (RBG)
how we see color -Colm Kelleher -TED-Ed

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Bastonetes
•preto e branco (pouca luz)
Como visualizamos as cores?
how we see color -Colm Kelleher -TED-Ed

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O que influencia a percepção?
•Fatores cognitivos;
•Fisiológicos;
•Subjetivos;
•Sócio-culturais.

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Animação como ilusão de ótica
(Macknik e Martinez-Conte, 2011)
As ilusões de ótica são percepções visuais subjetivas que não correspondem à realidade do mundo que nos cerca. Ocorrem quando a realidade física não corresponde à percepção.

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•Ao vivenciar uma ilusão de ótica, pode-se ver algo que não existe, deixar de ver algo que existe ou ver algo diferente do que existe. As percepções contradizem as propriedades físicas daquilo para que se olha.
Os olhos nos dizem apenas parte daquilo que podemos ver. O resto é feito pelo cérebro, em um labirinto de etapas.

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•Cores
•Contraste
•Movimento
•Perspectiva

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•Cores

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•O cérebro constrói a realidade, tanto visualquanto de outra natureza. O que você vê, ouve, sente e pensa se baseia no que espera ver, ouvir, sentir e pensar. As expectativas estão baseadas em todas as suas experiências e lembranças anteriores.

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A única diferença entre esses dois rostos é seu grau de contraste
Richard Russell -neurocientista de Harvard
•Contraste

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•Contraste -Figura X Fundo

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Você conhece esta pessoa?

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A percepção do movimentonão precisa surgir de uma ação real no mundo. Ela ocorre quando dedicados neurônios que processam o movimento no cérebro são ativados por padrões específicos de mudanças.
•Movimento

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Cobras giratórias
-Akiyoshi Kitaoka-

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•A Trompe-l’oeil é um termo francês que significa “enganar o olho”
•Século XVII pintores holandeses, Cornelius N. Gysbrechts
•Perspectiva

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•Perspectiva
Qual bola é a maior?

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video bola de futebol e golf
(ausente pelo tamanho para envio por email)

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Eyetrack -Alfred Yarbus-
•Segundo Macknik e Martinez-Conte (2011) possuímos um mecanismo denominado atenção conjuntapelo qual compartilhamos a experiência do outro, acompanhando a direção de seu olhar e dos gesto com que ela aponta.

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•A maioria das pessoas volta a olhar e atenção para os rostos das pessoas.

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•Você notou alguma coisa estranha nesta foto?

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•Você notou alguma coisa estranha nesta foto?

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A percepção está ligada a forma e a questões subjetivas.

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•Teoria da forma -Gestalt
A psicologia da Gestalt, também conhecida como psicologia da forma ou psicologia da percepção, surge como escola no início do século XX, na Alemanha, devido aos trabalhos de três principais estudiosos:
•Max Wertheimer (1880-1943)
•Wolfgang Köhler(1887-1967)
•Kurt Koffka(1886-1941)

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A percepção não é o resultado da soma de sensações de pontos luminosos individuais, mas uma apreensão imediata e unificada do todo, devido a uma necessidade interna de organização.
O olho humano tende a agrupar as várias unidades de um campo visual para formar um todo, sendo a visão um ato criativo.
Tudo é visto por meio de relações.
Princípios: pregnância, semelhança, proximidade, boa continuidade, fechamento e figura-fundo
•Gestalt -conceito

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É chamada também de lei da simplicidade.
Objetos em um ambiente são vistos da forma mais simples possíveis. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilado.
•Gestalt -Pregnância

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Os objetos tendem a se agrupar por similaridade de forma, cor, textura, dimensão e etc.
•Gestalt -semelhança/similaridade

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Elementos que estão próximos tendem a ser percebidos como um grupo.
•Gestalt -proximidade

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Toda unidade linear, seja reta ou curva, tende a se prolongar na mesma direção, com o mesmo movimento.
Esse fator também influi na percepção da tridimensionalidade das figuras e na identificação de planos diferentes.
•Gestalt -boa continuidade

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Elementos são agrupados de tal modo que parecem se completar. Nossa mente vê um objeto completo mesmo quando ele não está presente. O cérebro tende a completar os elementos, formando uma figura delimitada.
•Gestalt -fechamento

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Por segregação, vemos a unidade menor como figura e a maior como fundo. A dependência entre figura e fundo, estabelece que uma forma não se constitui isoladamente, mas em relação à moldura.
•Gestalt -segregação unidade/ figura fundo

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•O cérebro inconsciente documentário.

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•As ilusões não são exceções e não são necessariamente erros. São parteintegrante da percepçãoe representam aspectos fundamentais do processamento visual e cognitivo.
•Elas atuam como atalhos adaptativoscriados pelo cérebro para acelerar esse processamentoou para reduzir a quantidade de processamento necessária para nos dar as informações de que precisamos para sobreviver, ainda que não sejam tecnicamente exatas.

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Discussão
•Animação
•Percepção
•Ilusão de ótica

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Conceitos -Referências
(Willians, 2009)
(Halas et al, 2011)

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Conceitos -Referências
(Barbosa Junior, 2005)

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