O documento descreve os princípios básicos da epidemiologia, resumindo sua história desde Hipócrates e os primeiros registros de mortalidade em Londres no século 17. Também discute os principais eixos da epidemiologia como distribuição, frequência e determinantes de doenças, além de seus objetivos, métodos e utilidades para a saúde pública.
2. O que é Epidemiologia???
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3. O que é EPIDEMIOLOGIA?
EPI=SOBRE
DEMO=POPULAÇÃO
LOGIA=ESTUDO
DOENÇAS
CAUSAS
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4. O que é Epidemiologia
“Ciência que estuda o
processo saúde-doença
na sociedade, (...)
promoção ou recuperação
da saúde individual e
coletiva, produzindo
informação e
conhecimento para a
tomada de decisão (...).”
Medronho, 2009
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6. História da Epidemiologia
HIPÓCRATES (360 a.c.)
Grécia:
Hipócrates – Médico grego que tinha a
estrutura e o conteúdo dos seus textos
sobre saúde com clara adesão a Higéia;
O Juramento de Hipócrates. Hipócrates – Pai da
medicina.
GALENO (grego) (162 a.c.)
Cuidados de saúde do imperador Marco
Aurélio.
Cuidado aos gladiadores.
Cláudio Galeno
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7. Medicina Individual X Coletiva
desde os primórdios do pensamento ocidental
na Grécia Antiga
As duas filhas do Deus Asclépios:
Panacéia e Higéia
padroeira da medicina apregoava a saúde como
curativa, realizada por resultante da harmonia
meio de manobras, dos homens e dos
encantamentos, preces ambientes, por ações
e uso de pharmakon preventivas e coletivas
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8. Hipócrates e seus seguidores
DOENÇA: produto da relação complexa
constituição do indivíduo X ambiente que o cerca
sempre considerar na avaliação do paciente:
o clima, maneira de viver, hábitos de comer e beber
estudou doenças epidêmicas e as variações
geográficas das endemias
Seu Juramento: a ética médica e a importância do exame
minuncioso para correto diagnóstico e fiel descrição da
história natural da doença.
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9. História da Epidemiologia
IMPÉRIO ROMANDO
Roma:
Censo e registro de nascimentos e óbitos;
Catolicismo romano (saúde de caráter
mágico-religioso);
Medicina Árabe:
Os médicos mulçumanos preservavam os
textos hipocráticos, adotavam os princípios
de Higiene e Saúde Pública.
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10. Primeiras Quantificações
Surgimento dos Estados: necessidade de
contar o povo (produção) e o exército (poder)
com surgimento da Estatística
(Estado=status + isticum=contar)
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11. Primeiras Quantificações
Garantir número de homens para o
exercíto.
Disciplinar corpos e práticas de higiene.
John Graunt (1662): “tábuas de
mortalidade” – Londres.
Graunt publicou em 1662 Natural and
Political Observations upon the Bills of
Mortality
Tratado de tabelas mortuárias de Londres,
proporção de crianças que morriam antes
dos 6 anos de idade (pioneiro na utilização
de coeficientes de mortalidade).
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12. História da Epidemiologia
Medicina Social:
Política como medicina da sociedade e a
medicina como prática política (1830-1850);
Friedrich Engels
“As Condições da Classe John Snow
Trabalhadora da Inglaterra em 1844”;
“Medicina Social” (Guérin, 1838) – Modos de tomar
coletivamente a questão da saúde;
London Epidemiological Society, 1850;
John Snow, pai-fundador da Epidemiologia por pautar a
nascente metodologia epidemiológica. Com suas
pesquisas sobre a cólera (1850) antecipou a teoria
microbiana antes de Pasteur.
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14. No Brasil
Em 1903: Osvaldo Cruz -Diretor geral SP
do Departamento de Higiene e controle de
epidemias;
Combate efetivo: febre amarela, peste
bubônica e VARÍOLA (Revolta da vacina)
Em 1905: Carlos Chagas
em Itinga/SP combateu
a MALÁRIA.
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15. Conseqüências
Fortalecimento da medicina organicista em
detrimento da medicina social com centralização
novamente no “curativo”.
Criação de Institutos de Pesquisa, clínica e
patologia subordinadas ao laboratório (identificação
do agente etiológico)
Preocupação com saneamento ambiental, vetores
e reservatórios de agentes
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16. História da Epidemiologia
Consolidação: Abraham Flexner
A medicina científica se consolidava
como foi relatado por Abraham Flexner em 1910
no seu relatório que pregava o individual no
campo da saúde com pesquisas baseadas nas
doenças infecciosas;
Inspirada no Relatório Flexneriano foi fundada em
1918 a escola pioneira em saúde pública.
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18. HIPÓCRATES JOHN GRAUNT
Sec V a.c. Ano 1662
Cristo
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19. JOHN GRAUNT
Ano 1662
HIPÓCRATES
Sec V a.c.
Distribuição e Freqüência
Cristo
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20. JOHN GRAUNT
Ano 1662
Distribuição
HIPÓCRATES
Freqüência
Sec V a.c.
Determinantes
J. SNOW
Ano 1854
Cristo
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21. Em 1930 ...
Conceito de risco surge no debate científico;
Os 3 níveis de atenção são introduzidos na
cadeira de : “Higiene, Saúde Pública e
Epidemiologia nos EUA.”
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23. Pós - II Guerra Mundial
Início de estudos de doenças não infeciosas.
Determinação das condições de saúde da
população (indicadores / inquéritos)
Investigações de fatores causadores de doença
Estudos de Coorte: papel dos fatores de risco nas
doenças não transmissíveis (Ex: d. cardiovasculares)
Estudos Caso-controle: conhecer a etiologia de doenças
crônicas (Ex: tabagismo X CA pulmão)
Avaliação de Intervenções
Medicina Baseada em Evidência
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24. No Brasil
1945: Faculdade Higiene e Saúde Pública (SP)
1970: Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica.
1979: Criação da ABRASCO
1986: Capacitação epidemiologistas para contribuir
na unificação do SUS.
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25. Situação Atual: Multicausalidade
Fatores Físicos, Biológicos e Psicossociais
Tornou-se claro que os agentes microbiológicos e
físicos não explicavam totalmente as questões de
etiologia e prognóstico.
Necessidade de incorporar conceitos e técnicas
de outras áreas, como sociologia, psicologia,
entre outras.
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26. Duas Tendências Atuais
Epidemiologia Clínica:
Aplicação da epidemiologia no diagnóstico clínico e no
cuidado direto do paciente, com maior rigor científico na
prática médica (“Panacéia”)
Epidemiologia Social:
Renascer do estudo da determinação social da doença,
busca melhorar o atendimento à saúde da população,
especialmente as mais subdesenvolvidas, de maneira
multidisciplinar, procurando trabalhar na diminuição das
desigualdades sociais e prevenção de doenças evitáveis
(“Higéia”)
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27. Fundamentos em Saúde Pública
Epidemiologia – base da saúde pública
Conceito saúde-doença (bases históricas)
OMS – ‘Saúde é o estado de completo bem-estar
físico, mental e social e não apenas ausência de
doença’ (Forattini, 1992)
Abordagem ampla
Doença – ausência de saúde
Saúde pública – abordagem mais complexa,
abrange a saúde coletiva
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28. Fundamentos em Saúde Pública
OMS, 2009
‘ A saúde, tanto individual como coletiva, é
resultado das complexas inter-relações
entre os processos biológicos, ecológicos,
culturais e socio-econômicos que se dão na
sociedade, ou seja, é o produto das inter-
relações que se estabelecem entre o
homem e o ambiente social e natural em
que vive’
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29. O que é Epidemiologia
A ciência básica da Saúde Coletiva;
Tradicionalmente, a ciência que estuda a
distribuição das doenças e suas causas em
populações humanas;
Atualmente, principal ciência da informação
em saúde;
“O estudo dos fatores que determinam a
freqüência e a distribuição das doenças nas
coletividades humanas”.
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30. Epidemiologia
É o estudo da distribuição, da
freqüência e dos determinantes
dos problemas de saúde e das
doenças nas populações
humanas.
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31. Premissa Básica da Epidemiologia
Os agravos à saúde não
ocorrem, ao acaso, na
população.
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32. Objetivos epidemiológicos
Obter
Interpretar
Utilizar
Promoção de saúde
Redução de doenças e agravos
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34. Epidemiologia para Rouquaryol
“Ciência que estuda o processo saúde-doença em
coletividades humanas,...
... analisando a distribuição e os fatores
determinantes das enfermidades, dos danos à
saúde e dos eventos associados à saúde
coletiva,...
... propondo medidas específicas de prevenção,
controle ou erradicação de doenças,...
... e fornecendo indicadores que sirvam de suporte
ao planejamento, administração e avaliação das
ações de saúde ”
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35. Epidemiologia descritiva
Quem...
VARIÁVEIS IMPORTANTES:
Idade, sexo, escolaridade, ocupação, renda,
grupo cultural ou religioso, tamanho da
família, estado nutricional, ...
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36. Epidemiologia descritiva
Onde ...
VARIÁVEIS IMPORTANTES:
cidade, vila, zona rural, outros ( ... )
Altitude
Proximidade de rios, florestas, animais silvestres ou
fontes emissoras de substâncias tóxicas
Distância até os serviços de saúde
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37. Epidemiologia descritiva
Quando ...
VARIÁVEIS IMPORTANTES:
Dia
Semana
Mês
Ano
Outros Lembrar de
epidemias...
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38. Epidemiologia Analítica
Como a doença é causada e por quê ela
continua ocorrendo ...
Tenta analisar as causas ou
determinantes das doenças, através do teste
de hipóteses.
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39. Epidemiologia Experimental
Ensaios clínicos e comunitários são
utilizados para responder dúvidas quanto à
eficácia de novos métodos que visam o
controle de doenças ou de seus
determinantes.
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40. Epidemiologia de Avaliação
E então...
Mede a efetividade dos diferentes serviços e
programas de saúde em andamento.
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41. Suas Utilidades
Descrever a distribuição e a magnitude dos
problemas de saúde nas populações humanas
Identificar fatores etiológicos das enfermidades
Proporcionar dados essenciais para o planejamento,
execução e avaliação das ações de prevenção,
controle e tratamento das doenças, bem como para
estabelecer prioridades
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42. Exemplos
Conhecer a distribuição de características de
um grupo ou de uma população (sexo, idade,
estatura, peso, cor, renda, etc)
Conhecer a morbidade e/ou mortalidade de
uma certa doença em uma população
Compará-las entre populações
Conhecer a evolução de doenças durante um
período de tempo numa população
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43. Exemplos
Descobrir quais são os principais problemas de
saúde de uma população
Avaliar a melhora que uma intervenção (p. ex.
vacinas, pré-natal, educação em saúde) causa
em uma população
Verificar qual a melhora que uma medicação
pode trazer para uma doença ou agravo, e quais
seus efeitos colaterais
Avaliar o quanto um exame realmente diagnostica
uma doença existente ou deixa de diagnosticar
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44. Exemplos
Avaliar que comportamentos ou fatores
podem influenciar na piora ou melhora da
saúde de uma população
Avaliar o funcionamento e a satisfação
gerada por um serviço implementado
Conhecer as opiniões e o entendimento que
uma população tem a respeito de uma
doença, tratamento, intervenção, serviço, etc.
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47. Matematização dos bancos de dados
1960:
Computação eletrônica – Revolução na Epidemiologia com a
ampliação dos bancos de dados que acarretou mais eficiência
e precisão;
1970 - 1990:
Encontro de identidade provisória na matematização;
“Epidemiologia Clínica”;
Abordagens sobre Epidemiologia Molecular e
Etnoepidemiologia;
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48. Distribuição das doenças: as pessoas, o
espaço e o tempo
Análise de padrões da distribuição das doenças e de
seus determinantes nas populações, no espaço e no
tempo é fundamental na epidemiologia.
A base da maioria dos estudos epidemiológicos
consiste no exame cuidadoso de três questões
primordiais:
Quem adoeceu? Idade, sexo, ocupação, etc.
Onde a doença ocorreu? Padrão espacial
Quando a doença ocorreu? Período e velocidade
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49. Importância da análise das doenças por
pessoas, no espaço e no tempo:
Melhor conhecimento do processo
saúde-doença
Planejamento em saúde: definição de
grupos mais vulneráveis e de áreas de
risco para intervenções em saúde
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50. As pessoas
Variáveis demográficas: idade, sexo e grupo etário
Variáveis sociais: situação conjugal, renda,
ocupação e instrução, etc.
Variáveis que expressam estilo de vida: hábito de
fumar, consumo alimentar, prática de exercício
físico, uso de drogas, práticas preventivas de auto-
cuidado, etc.
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51. DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS
NO ESPAÇO
O conceito espaço deve incorporar não apenas as
características geográficas, mas também as naturais e
sociais de um lugar.
A teoria de espaço não se reduz apenas as questões do
ambiente físico, mas também a processos sociais.
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52. O estudo do espaço como
lugar de ocorrência de
doenças parece ser tão antigo
que a própria medicina;
A Europa foi pioneira em
publicar os primeiros
mapeamentos de doenças.
A noção da distribuição
espacial de qualquer evento
está à elaboração de mapas.
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53. Há muito tempo se sabe que o estudo da distribuição
espacial das doenças pode oferecer importantes
pistas para sua etiologia, embora nem sempre seja
possível fazer inferência causais diretas.
Exemplo: Analisando uma epidemia
de cólera ocorrida em Londres no
ano 1854, demonstrou uma
associação espacial entre mortes por
cólera e suprimento de água através
de diferentes bombas públicas de
abastecimento, identificando assim a
origem da epidemia, mesmo sem
conhecer ser agente etiológico.
Figura 2. Foco de Cólera ocorrido em Loho, Londres, 1854.
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54. O estudo das variações geográficas das
doenças no nível internacional têm obtido
sucesso na identificação de possíveis fatores
de risco para as doenças, porque eles
exploram grandes diferenças, tanto na
freqüência das doenças como na prevalência
da exploração entre os diversos países.
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55. O principal objetivo do estudo das variações
geográficas das doenças é a formulação de
hipóteses etiológicas através da análise
conjunta das variações nos fatores
ambientais.
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56. TÉCNICAS DE ANÁLISE ESPACIAL
EM SAÚDE
O estudo quantitativo da distribuição das das doenças
ou serviços de saúde, onde o objetivo de estudo é
referenciado geograficamente, é denominado de análise
espacial em saúde.
Na epidemiologia é utilizada para identificar padrões
espaciais de morbidade e mortalidade e fatores
associados a esses padrões, difusão de doenças e
etiologia das doenças, visando a predição e controle.
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57. A analise espacial das doenças e demais eventos de saúde também
pode ser um importante instrumento na gestão de saúde.
Medidas de prevenção: Deve-se implantar ações de saúde no sentido
de reduzir essas taxas, tais como: melhoria na assistência pré-natal,
melhorias nos programas de controle de doenças do aparelho
respiratório e gastrintestinal, etc.
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58. Os métodos de análise espacial podem ser divididos em:
- VISUALIZAÇÃO Onde o mapeamento de eventos da saúde é
a ferramenta primária;
- ANÁLISE EXPLORATÓRIA DE DADOS Utilizada para
descrever padrões espaciais e relações entre mapas;
- MODELAGEM Utilizada quando se pretende testar hipóteses
ou estimar relações, como, por exemplo, entre incidência de
uma determinada doença e variáveis ambientais.
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59. DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO
O estudo da distribuição das doenças
no tempo pode fornecer inúmeras
informações fundamentais para a
compreensão, previsão, busca
etiológica, prevenção de doenças e
avaliação do impacto de intervenções
em saúde.
A distribuição temporal de uma doença
pode obedecer a um determinado
padrão temporal, como no caso da
Rubéola, que exibe um aumento da sua
ocorrência na primavera.
Assim, é possível conhecer os períodos
de maior risco para determinadas
doenças.
Este fato pode contribuir para a
prevenção e diagnóstico precoce
dessas doenças.
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60. A vigilância epidemiológica
das doenças transmissíveis é
feita a partir de um
acompanhamento temporal
das doenças.
Caso elas apresentem uma
elevação inesperada, acima
da freqüência esperada, em
um determinado período de
tempo, pode-se estar diante de
uma epidemia.
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61. Existem quatro tipos principais de evolução
temporal das doenças:
Tendência Histórica: Análise das mudanças na freqüência (incidência, mortalidade e etc.)
de uma doença por um longo período de tempo, geralmente décadas.
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62. Variações Cíclicas: Flutuação na incidência de uma doença
ocorridas em um período maior que um ano é denominada
de variação cíclica.
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63. Variações Sazonais: Variação na incidência de uma doença,
cujos ciclos coincidem com as estações do ano, é
denominada de variação sazonal. Variação dentro de um
período de um ano. Exemplo: As Endemias.
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64. Variações Irregulares: As alterações inusitadas na incidência
das doenças diferente do esperado para a mesma. Exemplo:
Processo Epidêmico.
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65. No Brasil ...
Um censo demográfico é feito a cada 10
(dez) anos!
Densidade Demográfica
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67. Pirâmide Populacional
Método usado para ilustrar a estrutura
populacional por sexo e idade, usando
percentuais de homens e mulheres com
intervalos de 5 anos.
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71. Endemias, Epidemias, Surtos e Pandemias
epidemeion = epidemia“visitar”
endemeion = endemia “habitar”
Uma determinada doença, em relação a uma população, que afete ou
possa vir a afetar, pode se caracterizar como:
- presente em nível endêmico
- presente em nível epidêmico
- presente com casos esporádicos
- inexistente
***elevado número de doenças em um lugar não necessariamente
indica epidemia***
***um único caso autóctone poderá ser tido como epidêmico***
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72. Endemia
“Ocorrência de determinada doença, que no decorrer de um largo
período histórico, acometendo sistematicamente grupos humanos
distribuídos em espaços delimitados e caracterizados, mantém a
sua incidência constante, permitindo as flutuações de valores, tais
como as variações sazonais”
... Doença habitualmente presente em uma população definida”
Como saber se uma doença é endêmica ou epidêmica?
Método: Diagrama de Controle
Freqüência média de casos de 10 anos anteriores
(excluindo-se anos epidêmicos)
desvio-padrão
freqüência máxima e mínima esperadas
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73. Epidemia
Elevação do número de casos de uma
doença ou agravo, em um determinado
lugar e período de tempo, caracterizando
de forma clara, um excesso em relação à
freqüência esperada.
Surto: epidemia restrita
Pandemia: atinge vários países
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74. Tipos de epidemias:
- explosiva (ou por fonte comum): rápida
progressão, atingindo o pico de incidência
em um curto período de tempo, declinando
logo a seguir. Ex: surto de intoxicação
alimentar
- progressiva (ou propagada): progressão
mais lenta, sugerindo transmissão através de
contato pessoa a pessoa
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75. Mas onde se acha a sabedoria?
E onde está o lugar do entendimento?
O homem não conhece o valor dela,
nem se acha na terra dos viventes ...
A aquisição da sabedoria é melhor que a
das pérolas. (Sl. 28: 12 -18)
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76. Bibliografia
ALMEIDA FILHO, N.; ROUQUAYROL, M. Z. Introdução à
Epidemiologia. 4° ed. Revisada e Ampliada. Editora Guanabara
Koogan.
MEDRONHO. Epidemiologia, 2009.
LUIZ et al. Epidemiologia e Bioestatística aplicada a odontologia.
2008.