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C.E.S.A.R – CENTRO DE ESTUDOS E SISTEMAS AVANÇADOS
DO RECIFE

PRISCILA SIQUEIRA DE ALCÂNTARA

UMA PROPOSTA DE PROTÓTIPO PARA APOIAR O
PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
EM HOSPITAIS UTILIZANDO A PERSPECTIVA DE DESIGN
CENTRADO NO USUÁRIO

Recife
2013
PRISCILA SIQUEIRA DE ALCÂNTARA

UMA PROPOSTA DE PROTÓTIPO PARA APOIAR O
PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
EM HOSPITAIS UTILIZANDO A PERSPECTIVA DE DESIGN
CENTRADO NO USUÁRIO
Artigo
apresentado
ao
programa
de
Especialização Lato Sensu em Design de
Interação e Interfaces para Dispositivos Digitais
do Centro de Estudos e Sistemas Educacionais
do Recife – C.E.S.A.R, como requisito para a
obtenção do título de especialista em Design de
Interação e Interfaces para Dispositivos Digitais.
Orientação: Prof. Paulo Melo

Recife
2013
Uma Proposta de Protótipo para Apoiar o Processo de
Administração de Medicamentos em Hospitais Utilizando a
Perspectiva de Design Centrado no Usuário
Priscila Siqueira de Alcântara
priscilasalcantara@gmail.com

Resumo. Administrar medicamentos aos pacientes dentro do hospital envolve
o trabalho colaborativo de uma equipe multidisciplinar composta por
médicos, farmacêuticos, enfermeiros, técnicos entre diversos outros
profissionais. Prevenir erros na administração de drogas implica na redução
de custos desnecessários e, ainda mais importante, evitam consequências
negativas para a equipe assistencial e para os pacientes, que podem sofrer
danos severos, entre eles, a morte. Sistemas de suporte à decisão (SSD)
projetados através de uma perspectiva de design centrado no usuário
permitem uma comunicação eficiente entre os diferentes envolvidos no
processo de administrar drogas e ajudam a garantir a correta aplicação de
medicamentos aos pacientes. Este artigo descreve o processo de design
centrado no usuário percorrido com o objetivo de conceber a interface gráfica
de usuário de um sistema de informação que apoie a administração de
medicamentos dentro do ambiente hospitalar de forma mais segura por parte
da equipe assistencial.
Palavras-chave: Design centrado no usuário. Cuidados com a saúde.
Administração de medicamentos. Cuidados assistenciais. Sistemas de suporte
à decisão. Erros de medicação.
Abstract. Administration of medicines to patients in hospitals involves
collaborative work of a multidisciplinary team composed of physicians,
pharmacists, nurses, technicians among several other professionals.
Preventing mistakes in drug administration implies the reduction of
unnecessary costs and, more importantly, avoids negative consequences for
staff and patients, which may suffer severe damage, including death. Decision
support systems (DSS) designed through a user-centered perspective allows an
efficient communication among the various stakeholders in the process of
administering drugs and helps ensure the correct application of medicines to
patients. This paper describes the process of user-centered design driven with
the goal is to conceive a Graphical User Interface for an information system
to support the drugs administration more safely by the care team in the
hospital environment.
Keywords: User-centered design. Healthcare. Drug administration. Nursing
care. Decision support systems. Medication errors.

1. Introdução
Ao longo dos anos é possível verificar avanços nos campos de ciência e
tecnologia que tem permitido melhorias consideráveis na promoção da saúde e
prevenção de doenças. As drogas têm sido o principal instrumento no tratamento
médico de enfermidades e, assim, têm se tornado cada vez mais eficazes contra as
epidemias que costumavam dizimar milhares de vidas ao longo dos séculos.
Apesar dos diversos avanços nos campos da farmacêutica e medicina com
respeito à pesquisa para o desenvolvimento de novos medicamentos, ainda é um grande
desafio administrar medicação de forma segura aos pacientes dentro dos hospitais
(GIMENES, 2007). Aspectos sociais, econômicos e psicológicos são elementos chave
para entender os motivos pelos quais nem sempre os medicamentos são administrados
corretamente. Gimenes (2007) aponta que um em cada dez pacientes admitidos em
instituições de saúde sofrem com erros na administração de medicação dentro das suas
instalações. Estes eventos podem causar danos irreversíveis à saúde do indivíduo e, às
vezes, até a morte.

Figura 1. Erros na administração de medicamentos nas unidades de internação (TOFFOLETTO,
PADILHA. 2005).

Conforme figura 1, entre os diversos problemas na administração de drogas
dentro dos hospitais, a maioria dos erros acontece por omissão da medicação prescrita
pelos médicos. Embora outras causas importantes para as falhas sejam apontadas,
algumas delas até mesmo contribuem para que a omissão seja ampliada. Um exemplo
disso é a administração incorreta do medicamento que, além de ser um erro por si só,
implica no não cumprimento do tratamento terapêutico recomendado (TOFFOLETTO,
PADILHA. 2005).
Segundo dados do Institute of Medicine of the National Academies (IOM), uma
organização americana não-governamental que fornece aconselhamento para os
tomadores de decisão e ao público na área de medicina, estima-se que pelo menos
44.000 pessoas morrem a cada ano em resultado de erros médicos que poderiam ser
prevenidos somente nos Estados Unidos. Este índice eleva os erros médicos a uma das
dez principais causas de morte naquele país. (IOM, 2012; KOHN, CORRIGAN,
DONALDSON, 2000; GIMENES, 2007). Destes, cerca de 7.000 estão relacionados ao
erro na administração de remédios.
No Brasil, não há índice conclusivo divulgado para os casos de erro de
medicação em hospitais. Os dados mais recentes em relação aos erros médicos
cometidos no país são do Superior Tribunal de Justiça, relativos ao ano de 2008, onde
até o mês de outubro foram registrados 360 casos (BRASIL, 2008).
A preocupação com a melhoria da eficiência da equipe de cuidados em relação à
saúde e à segurança do paciente, bem como a redução de despesas por parte da
administração das instituições de saúde já podem ser vistas no planejamento das
instalações físicas dos seus espaços. Esse fator fica claro na demanda crescente de
projetos para espaços físicos nos hospitais utilizando as técnicas de Design Baseado em
Evidências, um processo cada vez mais frequente, utilizado por diversos profissionais
no planejamento, projeto e construção de instalações de saúde. (MCCOLLOUGH,
2008).
No que se referem aos processos, em um esforço para aumentar a eficácia dos
serviços assistenciais, bem como a segurança na tarefa da equipe de enfermagem que
administra medicamentos, a Sistematização da Assistência à Enfermagem (SAE), que já
vem sendo utilizada por profissionais de saúde ao longo dos anos, tornou-se obrigatória
no Brasil em 2002 (DOMINGUES, AMESTOY, SANTOS, 2006). O modelo de
enfermagem estabelecido pela SAE tem como objetivo garantir atendimento humano e
de qualidade contínua (CARRARO, 2007). A administração de medicamentos de forma
segura figura entre as suas preocupações, pois este fator influencia a qualidade do
atendimento por parte dos profissionais envolvidos no cuidado dos pacientes.
A adoção de sistemas de informação tem se mostrado extremamente útil ao
prestar suporte a profissionais na tomada de decisões em diversos campos de atuação
(SMITH, GEDDES, BEATTY, 2007). Os SSDs, como prontuários eletrônicos do
paciente, têm permitido que profissionais de dentro da área de atuação de assistência à
saúde sejam mais assertivos nas suas atividades. A medicina diagnóstica, por exemplo,
entrega, a cada dia, resultados mais precisos com a ajuda de sistemas de informática.
Apesar da ajuda que estes sistemas podem trazer (SANTANA, et al., 2012),
ainda há uma grande preocupação entre os profissionais que os utilizam devido a termos
e taxonomias incompreensíveis utilizadas em interfaces mal projetadas. Quando o
cuidado no desenvolvimento e planejamento das interações com o usuário são
ignorados, possivelmente os sistemas terão seus benefícios suplantados por problemas
no uso. Tais dificuldades podem causar a frustração do usuário, falhas e até mesmo
erros graves em procedimentos importantes para a cura e manutenção da saúde do
paciente. Visando evitar esses problemas, é fundamental levar em conta a forma como
os profissionais realizam, de fato, suas atividades de rotina. Portanto, administração do
medicamento, prescrição, dispensação da farmácia e todas as necessidades que um
profissional pode ter durante a execução das atividades diárias devem ser observadas e
compreendidas cuidadosamente para ajudar no processo de concepção de qualquer
sistema cujo objetivo seja o de auxiliar no processo de administração de drogas para os
pacientes dentro de uma instituição de saúde.
Embora a informática aplicada à enfermagem tenha tido início há mais de 30
anos, para muitos profissionais assistenciais a capacidade de interagir com estes
sistemas ainda é escassa. Somente em 2001 um estudo demonstrou que diferentes perfis
de profissionais de saúde usam recursos computacionais com padrões de
comportamento diferentes, para propósitos diferentes e tem necessidades diferentes
(SAINFORT, et al., 2007). E, apesar do aumento no número de fábricas de softwares e
instituições envolvidas em desenvolver meios eletrônicos para prescrição de medicação
como um caminho para aumentar a segurança do paciente, poucas soluções no mercado
de sistemas para a equipe de cuidados com a saúde estão focadas nas necessidades,
comportamento, contexto e fluxo de trabalho dos profissionais assistenciais.
A presença de transcrições de prescrições médicas por parte dos enfermeiros,
anotações e rasuras em páginas impressas de prontuários em papel, são constantes e
reduzem a eficácia de sistemas utilizados por profissionais de saúde. Grande parte das
inserções realizadas fora do sistema de informação é devido à utilização de uma
quantidade insuficiente de computadores fixos, em relação ao número de profissionais,
nos postos de enfermagem. Outro fator a ser considerado é o de que os sistemas
disponibilizados não são concebidos para necessidades, ambientes e fluxos de trabalho
específicos de prestadores do sistema hospitalar (CALLEN, et al., 2010).
Com base nos problemas levantados neste artigo até então, justifica-se uma
pesquisa para entender a rotina da equipe assistencial, que administra diretamente a
medicação ao paciente, e propor uma solução de suporte à decisão focada em suas
necessidades, de forma que a administração de drogas terapêuticas ao paciente seja
realizada de forma colaborativa e confiável.
1.1 Objetivos
Este artigo descreve uma pesquisa cujo objetivo foi o de entender as
necessidades dos profissionais envolvidos na administração de medicação dentro de
hospitais e instituições de saúde, a fim de projetar, prototipar e validar, seguindo um
processo de design centrado no usuário, uma interface para um sistema de suporte à
decisão que auxilie a tarefa assistencial de administração de medicamentos de forma
segura para o paciente.
Este artigo contém cinco seções além desta introdução e das referências.
Encontra-se estruturado da seguinte forma:
Na seção 2 são apresentadas as metodologias e métodos utilizados durante a
pesquisa que deu origem a este artigo. Em seguida, a seção 3 relata e discute os
resultados obtidos através da pesquisa explanada no artigo. A seção 4 conta com as
conclusões obtidas no estudo. Na seção 5 são sugeridos tópicos que podem ser
abordados como trabalhos futuros relacionados à pesquisa apresentada neste artigo. Por
fim, na seção 6, os agradecimentos aos que possibilitaram a realização do que será
descrito aqui.

2. Metodologia e métodos
A pesquisa descrita neste artigo adotou o Processo de Inovação C.E.S.A.R.
(PIC) (C.E.S.A.R, 2011) para sua execução. A escolha se deu devido à adaptabilidade
do PIC a projetos com temas, períodos de tempo e equipes diversificadas.
O PIC é um processo baseado em princípios de design centrado no usuário que
vem sendo utilizado com êxito no desenvolvimento de soluções para diversos clientes
pelo C.E.S.A.R1, uma instituição privada, fundada em 1996, que oferece soluções
1 www.cesar.org.br
incluindo todo o processo de geração de inovação para tecnologia da informação e
comunicação (TIC). Empresas de diversos países com foco em inovação têm utilizado
ferramentas que, assim como o PIC, permitem a aplicação de várias técnicas onde a
interação com o usuário durante o desenvolvimento de produtos é privilegiada. Um
exemplo do que se tem sido usado é o kit de ferramentas para Human Centered Design
(HCD2, Design centrado no ser humano, em português), cujos pilares são ouvir, criar e
implementar.
O PIC é iterativo e realizado à parte do processo de implementação da solução e
apresenta quatro fases: pesquisa, ideação, prototipação e avaliação (figura 2). Embora
na pesquisa que deu origem a este artigo tenha sido utilizado o ciclo original, devido à
sua natureza flexível, o processo pode ser adaptado para funcionar de forma eficaz em
menos fases, de acordo com as necessidades dos clientes e seus projetos.

Figura 2. Fluxo do Processo de Inovação do C.E.S.A.R (PIC) (C.E.S.A.R, 2011)

Na fase de pesquisa deste projeto (ALCÂNTARA; MELO, 2013a, 2013b),
foram utilizadas diversas técnicas: entrevistas não estruturadas e semiestruturadas,
questionários, grupos de foco, observação naturalística, revisão de literatura e análise
dos concorrentes (benchmarking) (PREECE, ROGERS, SHARP, 2008).
Inicialmente foram coletadas fontes na literatura disponível a respeito de
questões de segurança na administração de medicações. Esta técnica permitiu que os

2 Disponível através do endereço http://www.ideo.com/work/human-centered-designtoolkit/, acesso em 01/11/2013
dados coletados fossem utilizados, tanto na elaboração de um guia para a realização das
entrevistas, quanto na análise dos resultados.
17 profissionais foram envolvidos na fase de entrevistas: um administrador de
hospital, quatro enfermeiras, três técnicos em enfermagem, sete farmacêuticos e dois
médicos. Os profissionais entrevistados pertenciam a faixas etárias variadas, entre 25 e
60 anos, tinham entre 5 e 20 anos de atuação em instituições de saúde públicas e
particulares no estado de Pernambuco e São Paulo.
Por meio das entrevistas, foi possível identificar diferentes causas para o
problema de segurança na administração de medicamentos aos pacientes, incluindo:
drogas não dispensadas no horário correto, falta de medicação, rejeição dos pacientes ou
acompanhantes ao tratamento prescrito e grande quantidade de remédios diferentes
manuseados ao mesmo tempo.
Para compreender melhor os pontos coletados com os profissionais
entrevistados, bom como descritos na literatura, foi realizada pesquisa de campo
observacional em três hospitais na Região Metropolitana do Recife. Esta técnica
permitiu visualizar como os profissionais de saúde envolvidos no processo de
administrar medicação encaram esta tarefa no seu cotidiano, além de observar o seu
comportamento, artefatos utilizados e situações relativas ao processo de aplicar a
medicação aos pacientes dentro do hospital.
Durante a fase de ideação, os dados coletados por meio das técnicas de pesquisa
foram convertidos em requisitos do projeto que, mais tarde foram utilizados para a
construção de protótipos de baixa e alta fidelidade. Os protótipos gerados foram
validados com possíveis usuários através de testes de usabilidade e, finalmente, através
da aplicação do System Usability Scale (SUS) (BROOKE, 1996) com os usuários que
participaram da fase de avaliação, foi possível quantificar o grau de satisfação dos
possíveis usuários do sistema em relação à interface projetada.

3. Resultados e discussão
Aplicando as técnicas exibidas na figura 3 e seguindo a proposta do processo
PIC utilizando todas as suas etapas, foi possível obter um protótipo de interface para a
equipe assistencial validado quanto à satisfação da interface e interação do usuário,
visando auxiliar a administração de medicamentos de forma mais segura para o paciente
e a equipe de instituições de saúde públicas e privadas por meio da abordagem de
design centrado no usuário de forma bem sucedida.
Entrevistas e
questionários

Observação

Grupos de
foco

Teste com o
usuário

Prototipação
no Photoshop

Prototipação
em papel

Figura 3. Fluxo do processo seguido durante o estudo.

3.1. Pesquisa
Os dados coletados nos questionários, entrevistas e grupos de foco realizados
inicialmente permitiram uma análise qualitativa por categorização (PREECE,
ROGERS, SHARP, 2008) que, mais tarde, foi refinada com o uso de análise da tarefa,
cuja meta foi a de examinar cuidadosamente os passos necessários para administrar
medicamentos com segurança ao paciente em ambiente hospitalar (GARRET, 2011).
Dos sete farmacêuticos que fizeram parte da pesquisa, quatro indicaram os erros
no momento da prescrição, tais como a falta da descrição da apresentação (por exemplo,
gotas ou comprimidos), não indicação de via de administração (se o medicamento vai
ser aplicado por via oral, intravenosa, por exemplo) como a causa mais comum para que
houvesse problemas de segurança na administração de medicamentos ao paciente.
Metade dos profissionais consultados durante o estudo reportou que a omissão da
medicação é um problema de medicação comum e recorrente. Durante as entrevistas, foi
possível verificar com os profissionais que a omissão de medicamentos pode se dar por
diversas razões mencionadas anteriormente na introdução deste artigo, sendo que
algumas delas escapam ao poder dos profissionais para resolvê-los como, por exemplo,
a falta de medicamentos para a dispensação ou rejeição do paciente ou seu
acompanhante à droga prescrita pelo médico.
Os dados coletados diretamente com os profissionais tornaram possível definir
qual o fluxo seguido pelos envolvidos na administração de medicamentos. Para que não
houvesse desvio de foco para outros profissionais dentro dos hospitais, foram criadas
personas, conforme ilustrado nas figuras de 4 a 7. Foi criada uma persona para cada
perfil principal de usuário encontrado dentro do fluxo de administração da droga ao
paciente: um enfermeiro, uma técnica em enfermagem, uma farmacêutica e uma
médica. As personas foram usadas para ajudar na construção de cenários de uso da
aplicação de medicamentos dentro do hospital (CARROLL, 1999; LIN et al., 2007).
Figura 4. Persona para o perfil de Enfermeiro.
Figura 5. Persona para o perfil de Técnico em enfermagem.
Figura 6. Persona para o perfil de Médico.
Figura 7. Persona para o perfil de Farmacêutico.

Com as personas e os cenários criados, foi reunido um grupo com possíveis
usuários, contendo um enfermeiro, uma farmacêutica e uma técnica em enfermagem
para que esses artefatos fossem apresentados a eles. Foi deixado claro que aquelas
personas não eram a descrição de pessoas reais, no entanto, seu objetivo era que elas
fossem ilustrações de pessoas reais e acontecimentos dos quais deveria lembrar ao
projetar a solução. Primeiramente lhes foram apresentados cartões com as personas.
Após um período de exame dos cartões pelo grupo, lhes foi questionado se lembravam
de pessoas com quem já trabalharam em algum momento ou trabalhavam na ocasião
que se parecesse com as descrições que lhes foram entregues. Todos os representantes
no grupo lembraram-se de duas ou mais pessoas conhecidas que tinham perfis
semelhantes aos descritos.
O mesmo procedimento foi realizado em relação aos cenários criados. Foi
solicitado que examinassem cartões com cenários, e lhes foi questionado se eles já
haviam participado ou haviam atuado como observadores em situações semelhantes. À
medida que os membros do grupo iam confirmando sua participação em cenários como
os que lhes foram mostrados, era solicitado que eles falassem da experiência deles
naquela situação, quanto tempo fazia desde que os fatos haviam ocorrido e com que
frequência eles aconteciam em seus ambientes de trabalho.
O grupo de foco foi realizado com o objetivo de apresentar artefatos da pesquisa
e ouvir o que os usuários tinham a relatar sobre eles confirmou a validade das personas
e cenários gerados, permitindo que a pesquisa continuasse de forma mais assertiva,
sabendo que os dados colhidos durante entrevistas e questionários foram compreendidos
e processados de maneira que a rotina dos participantes havia sido captada de forma
eficiente.
Através da técnica de análise de concorrentes foram comparados os métodos de
checagem de medicação, que é o procedimento em que a equipe de enfermagem utiliza
para dar visibilidade aos médicos e equipe de farmácia a respeito do sucesso do
procedimento de administração prescrita ao paciente pelo médico, utilizados pelos
profissionais que fizeram parte do estudo. Foi possível constatar que todos os
entrevistados realizavam a checagem da medicação numa versão impressa ou transcrita
à mão da prescrição realizada pelo médico. Embora pelo menos dois profissionais de
enfermagem tivessem à sua disposição sistemas de prontuário eletrônico onde haviam
recursos de checagem dos medicamentos, esta não era utilizada. Foram citados pelos
usuários como justificativa para a não realização da checagem através dos sistemas de
informática problemas como fontes em tamanho pequeno, quantidade insuficiente de
computadores sempre fixos nos postos de enfermagem, dificuldade de entender como
funciona a checagem eletrônica e grande quantidade de cliques necessários para a
realização do processo através do sistema implantado pela instituição, tornando assim, a
checagem em papel mais rápida para a equipe assistencial.
Um problema citado de forma recorrente pelos profissionais assistenciais e de
farmácia em relação aos sistemas de prescrição de medicamentos e checagem, foi o de
que, na visão deles, os sistemas disponíveis no idioma português do Brasil se
concentram no ato de prescrever, mas não preveem de maneira adequada as tarefas dos
demais profissionais dentro do fluxo de dispensação e administração ao paciente.
Quando as soluções estão disponíveis para a enfermagem e farmácia, não fogem aos
problemas citados pelos entrevistados, tais como: não é possível ver todos os itens da
prescrição, fonte utilizada no sistema é inapropriada, não é possível ver outros
documentos do paciente, como exames ou histórico do paciente no mesmo dispositivo.

3.2. Ideação
No estágio de ideação foram executadas sessões de geração de ideias através da
técnica de análise de concorrentes (GARRET, 2011; COOPER, EDGETT, 2008). A
técnica foi aplicada em duas sessões de 30 minutos cada, realizadas em dias diferentes
de uma mesma semana. Fotografias capturadas durante a fase de pesquisa, bem como
trechos de entrevistas transcritos em post-its foram dispostos em um local visível aos
participantes em cada sessão e utilizados como referência visual dos problemas
encontrados. Com base nos artefatos, foi criado um mapa mental (BUZAN, 2005) que
representava as ideias de soluções geradas para os problemas levantados e destacados.
Concluído o mapa mental da sessão de ideação, foi apresentada uma lista de
tarefas onde o gerenciamento do fluxo de medicação estava envolvido. Esta lista de
tarefas foi organizada na forma de cenários épicos que, neste caso, mostraram ser um
conjunto de 92 histórias contadas do ponto de vista dos usuários, semelhantes ao
modelo demonstrado na figura 8, dos recursos relacionados com as questões de
prescrição e de checagem (COHN, 2004). Juntamente com um técnico em enfermagem
e uma enfermeira foram estabelecidos valores de prioridade entre 1 e 4 para cada uma
das histórias, sendo a prioridade 1 o mais crítico e para as tarefas menos importantes
foram dadas a prioridade 4. Essas tarefas referem-se à administração segura de
medicamentos pela equipe de cuidados em ambiente hospitalar. Os valores apresentados
mostram prioridades que guiariam as características prototipadas na próxima fase do
estudo.

Eu,
como
enfermeiro,
gostaria de visualizar as
medicações suspensas pelo
médico, para não continuar a
administrá-las ao paciente.

Figura 8. Uma das histórias de usuário criadas e priorizadas junto com usuários durante a fase de
ideação

Os recursos citados como importantes pelos entrevistados na fase de pesquisa e
que fizeram parte da lista de tarefas, foram separados em duas categorias com a ajuda de
uma enfermeira e uma técnica em enfermagem: recursos diretamente relacionados à
administração de drogas aos pacientes e recursos importantes para o time de cuidados,
mas que, no entanto, não fazem parte do processo de administração de medicamentos de
forma direta. As funcionalidades listadas no primeiro grupo fariam parte do escopo
positivo deste estudo, e seriam prototipados, enquanto os demais recursos entrariam na
lista de escopo negativo. Foram eles:
Escopo positivo, que foram considerados na fase subsequente da pesquisa:


Lista de pacientes;



Alergias;



Prescrição;


Checagem; e



Rastreio de medicação.

Escopo negativo, recursos necessários à equipe assistencial, mas não abordados
nesse estudo:


Evolução médica multidisciplinar;



Resultados de exames laboratórios e de imagem; e



Diagnóstico de enfermagem.

Ao final dessas atividades, havia uma lista pronta com uma série de
funcionalidades priorizadas que norteariam a prototipação de um SSD móvel para
ajudar na segurança da administração de medicamentos dentro do hospital pronta para
ser validada com possíveis usuários.

3.3. Prototipação e avaliação
Baseado nos recursos definidos, o primeiro passo da fase de prototipação foi o
de elaborar a forma de navegar entre opções de recursos, avaliar o tamanho da fonte e
dos componentes da interface gráfica na aplicação móvel que foram primeiramente
rascunhados em papel e então projetados digitalmente utilizando o software Adobe
Photoshop CS5.
Com os componentes projetados, foi criada uma imagem de uma tela que não
fizesse qualquer sentido e não apresentasse um fluxo inteligível, visto que a ideia era
validar apenas os elementos da interface em relação ao seu manuseio e tamanhos
adequados às tarefas realizadas pelos usuários, o que não seria possível se os
avaliadores se distraíssem com tarefas e informações cujo refinamento seria realizado
em uma etapa mais adiante no processo.
Para testar o protótipo da aplicação, foi utilizado como dispositivo de suporte um
tablet, devido ao tamanho do display. Outro motivo para a escolha de um dispositivo
móvel com tela maior foi o fato de que dispositivos com telas muito pequenas foram
mencionados pelos usuários participantes na fase de pesquisa com alguma resistência.
Mais um fator que pesou na escolha do tablet é formato próximo ao utilizado no registro
do paciente em papel, em sua forma tradicional, frequentemente páginas em tamanho
A4 anexadas umas às outras em uma prancheta ou pasta.
Para a avaliação com o usuário, capturas de tela dos componentes comuns da
interface foram apresentadas em um tablet de 10.1”. Os usuários foram propositalmente
selecionados de diferentes faixas etárias para realizar a avaliação dos protótipos da
interface, devido ao fato de que durante o processo de pesquisa alguns usuários com a
faixa etária mais avançada se mostraram um pouco reticentes quanto ao uso de soluções
eletrônicas.
A avaliação dos protótipos foi conduzida em diferentes ocasiões, onde foi
requisitado que três potenciais usuários, uma enfermeira, um farmacêutico e uma
técnica de enfermagem, avaliassem pontos da interface predeterminados, atribuindo a
eles uma pontuação de 1 a 5, onde a pontuação 5 significa que o desempenho alcançado
foi excelente e 1 era atribuído a pontos muito ruins. Os itens que foram solicitados para
avaliação com os usuários foram: tamanho dos elementos apresentados na tela,
espaçamento entre os elementos, e disposição dos elementos na tela. Para o teste houve
a preocupação de ser realizado em condições de ambiente similares às de onde a
aplicação seria utilizada pelos profissionais. Os resultados das avaliações dos usuários
foram considerados satisfatórios, dado que nenhum dos itens avaliados atingiu valor
menor do que 4.
Com os componentes básicos da interface considerados aprovados para a
continuidade do estudo, foi realizado um momento de cocriação com os mesmos
usuários que realizaram a avaliação dos componentes. Através de sugestões foram
construídos protótipos de baixa fidelidade (PREECE, ROGERS, SHARP, 2008) no
papel, de como eles achavam que a funcionalidade de prescrever medicamentos, checar
o que foi administrado ao paciente, receber os medicamentos dispensados pela farmácia
deveriam ser, em conformidade com os requisitos estabelecidos nas fases de pesquisa e
ideação. Foram criados 5 protótipos, um deles representado pela figura 9.

Figura 9. Um dos protótipos gerados a partir de sugestões de usuários em um grupo de foco.

Os artefatos foram discutidos com os participantes, sendo-lhes questionado o
que eles acreditavam que aconteceria ao tocar nos elementos da interface, como eles
imaginavam os ações executadas através dos pictogramas que foram incluídos durante a
execução dos desenhos, como eles imaginavam o funcionamento dos botões e, caso
alguma interação não parecesse muito clara, era demonstrado através de desenhos ou
exemplos em outros aplicativos para dispositivos móveis com finalidades diversas,
como gerenciadores de e-mail, aplicações para fotografia e redes sociais.
Utilizando como base os artefatos gerados em papel com o grupo de foco, foram
criados protótipos com um nível de fidelidade mais alta para o fluxo das funções
principais de administração de medicamentos no hospital: lista de pacientes, prescrição
e checagem da prescrição (figura 10).

Figura 10. Uma das telas dos protótipos avaliados com os usuários.

Com um conjunto de 27 protótipos de tela desenvolvidos para prescrever
medicação, dispensação da farmácia para a enfermagem e checagem que representam,
passo-a-passo, o fluxo principal de prescrição e administração de drogas à pacientes, foi
planejada e realizada uma sessão de avaliação, dentro de um hospital, junto ao mesmo
grupo de possíveis usuários que participaram da fase de pesquisa, porém que não
estavam presentes nas seções de ideação e prototipação colaborativa. O fluxo seguido
durante o teste foi executado em 4 etapas:
1.
2.
3.
4.

Atribuir a tarefa que precisava ser realizada para o profissional antes de
exibir o protótipo;
Exibir o protótipo no tablet de forma semelhante ao modo como
funcionaria se fosse a aplicação real;
O usuário executa a tarefa, simulando a ação no tablet onde a imagem do
protótipo é mostrada;
A imagem do protótipo é substituída por outra com o próximo estado na
tela correspondente à ação executada até que o fluxo de administração da
medicação ao paciente tenha sido executado até o final.
Após a avaliação do fluxo com os usuários por meio de protótipos, com o
objetivo de quantificar o grau de satisfação com a interface prototipada, os participantes
foram convidados a responder um questionário de satisfação com dez perguntas
utilizando a escala SUS (Figura 11), desenvolvida a partir de uma escala Likert onde as
proposições de concordância e discordância são projetadas de forma a evitar
contradições, nela os itens ímpares têm um tom positivo, o tom dos itens pares é
negativo a respeito do sistema. A média atingida pelo teste SUS foi de 80 pontos de
satisfação com o uso da interface, obtendo uma pontuação acima da média, que é de 68
pontos (SAURO; LEWIS, 2012). Este resultado indica que os usuários que participaram
das sessões de teste se mostraram satisfeitos em relação à interface projetada para
auxiliá-los.

Figura 11. Modelo de questionário utilizando a escala SUS adotado com os usuários para avaliação.

Através das avaliações foram encontrados pontos que necessitavam de melhoria,
como, por exemplo, ajustes nos destaques de itens de alerta de interação
medicamentosa, item de prescrição duplicado e prescrição de item ao qual o paciente é
alérgico. Os protótipos foram atualizados de acordo com os comentários fornecidos
pelos usuários e lhes foram reapresentados em uma ocasião posterior, obtendo-se uma
avaliação positiva.
4. Conclusões
Envolver os usuários ao projetar soluções implica em compreender a sua rotina,
seus desejos e necessidades. Isso requer tempo e um trabalho colaborativo, mas que
trará como consequência uma maior satisfação do indivíduo, tanto durante o processo,
visto que ele se sente ouvido e que os seus anseios não são ignorados pela equipe de
desenvolvimento, quanto durante a interação com as soluções geradas. O campo para
inovação através do design centrado no usuário na atenção à saúde é grande e ainda
pouco explorado no que se refere melhoria dos fluxos de comunicação que podem
ajudar na segurança dos procedimentos entre os envolvidos nos cuidados do paciente,
como é o caso da administração de medicamentos.
Esta pesquisa mostrou a importância de projetar SSD na área da saúde a partir de
uma perspectiva centrada no usuário e os benefícios que tal metodologia pode oferecer.
O setor de saúde ainda carece de soluções projetadas para seus profissionais. O uso de
uma solução tecnológica que atenda às necessidades dos usuários na área da saúde tem
o poder de otimizar processos e melhorar a produtividade, fazendo com que pacientes
sejam tratados de forma mais segura e menos onerosa para as instituições e profissionais
de saúde.

5. Trabalhos futuros
O estudo realizado abre um leque de novas possibilidades para a criação de
outros módulos de um prontuário eletrônico do paciente através de uma abordagem
centrada no usuário. O escopo negativo levantado durante a fase de ideação está
relacionado com algumas das funcionalidades necessárias para a equipe assistencial, tais
como: as evoluções multidisciplinares, resultados de exames laboratoriais e de imagem,
diagnóstico de enfermagem, por exemplo. Também é possível estender este estudo com
o objetivo de investigar a malha logística de medicamentos em hospitais e aprofundar os
processos de rastreio de medicamentos, utilizando, por exemplo, as tecnologias como
radiofrequência. Além de desenvolver meios de comunicação mais eficientes entre os
envolvidos no fluxo de cuidados do paciente dentro do sistema hospitalar.

6. Agradecimentos
Agradecemos àqueles que fizeram este projeto possível de diferentes formas: o
C.E.S.A.R., por disponibilizar sua metodologia utilizada nesta pesquisa. Os
profissionais de saúde que participaram do projeto de pesquisa respondendo a
questionários e entrevistas, bem como os que testaram e validaram os artefatos, doando
seu tempo junto aos pacientes e sua família. Aqueles que abdicaram da presença dos
envolvidos nesta pesquisa em suas vidas durante a sua realização e todos os que
forneceram o seu apoio, cada um à sua maneira.

7. Referências
ALCÂNTARA, P., MELO, P.. Análise de Requisitos de um Sistema para
Administração de Medicamentos Utilizando Técnicas de Design Centrado no Usuário.
In: VI Congresso Tecnológico TI & Telecom InfoBrasil 2013. Fortaleza, CE, (2013).
ALCÂNTARA, P., MELO, P.. Rethinking Drug Administration in Hospital
Environment Through User-Centered Design. In: Interaction South America 2013.
Recife, PE, (2013).
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça do. Aumentaram em 155% os processos por
erro
médico
no
STJ,
(2008).
Disponível
em:
http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=448&tmp.texto=89939
&tmp.area_anterior=44&tmp.argumento_pesquisa=erro%20m%E9dico Acesso em:
01/11/2013.
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B. A. Weerdmeester, & A. L. McClelland. Usability Evaluation in Industry. London:
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32nd Hawaii International Conference on System Sciences, (1999)
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Departmento de enfermagem médica e cirúrgica. Rio Grande do Sul, (2007).
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de Enfermagem, Pelotas, (2006).
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da redação da prescrição médica nos erros de administração de medicamentos em
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TOFFOLETTO, M.C.; PADILHA, K.G.. “Consequences of medication errors in
intensive care units and semi-intensive”. In: Revista Escola de Enfermagem da USP.
(2005), 40 (2):247-52.

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  • 1. C.E.S.A.R – CENTRO DE ESTUDOS E SISTEMAS AVANÇADOS DO RECIFE PRISCILA SIQUEIRA DE ALCÂNTARA UMA PROPOSTA DE PROTÓTIPO PARA APOIAR O PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM HOSPITAIS UTILIZANDO A PERSPECTIVA DE DESIGN CENTRADO NO USUÁRIO Recife 2013
  • 2. PRISCILA SIQUEIRA DE ALCÂNTARA UMA PROPOSTA DE PROTÓTIPO PARA APOIAR O PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM HOSPITAIS UTILIZANDO A PERSPECTIVA DE DESIGN CENTRADO NO USUÁRIO Artigo apresentado ao programa de Especialização Lato Sensu em Design de Interação e Interfaces para Dispositivos Digitais do Centro de Estudos e Sistemas Educacionais do Recife – C.E.S.A.R, como requisito para a obtenção do título de especialista em Design de Interação e Interfaces para Dispositivos Digitais. Orientação: Prof. Paulo Melo Recife 2013
  • 3. Uma Proposta de Protótipo para Apoiar o Processo de Administração de Medicamentos em Hospitais Utilizando a Perspectiva de Design Centrado no Usuário Priscila Siqueira de Alcântara priscilasalcantara@gmail.com Resumo. Administrar medicamentos aos pacientes dentro do hospital envolve o trabalho colaborativo de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, farmacêuticos, enfermeiros, técnicos entre diversos outros profissionais. Prevenir erros na administração de drogas implica na redução de custos desnecessários e, ainda mais importante, evitam consequências negativas para a equipe assistencial e para os pacientes, que podem sofrer danos severos, entre eles, a morte. Sistemas de suporte à decisão (SSD) projetados através de uma perspectiva de design centrado no usuário permitem uma comunicação eficiente entre os diferentes envolvidos no processo de administrar drogas e ajudam a garantir a correta aplicação de medicamentos aos pacientes. Este artigo descreve o processo de design centrado no usuário percorrido com o objetivo de conceber a interface gráfica de usuário de um sistema de informação que apoie a administração de medicamentos dentro do ambiente hospitalar de forma mais segura por parte da equipe assistencial. Palavras-chave: Design centrado no usuário. Cuidados com a saúde. Administração de medicamentos. Cuidados assistenciais. Sistemas de suporte à decisão. Erros de medicação. Abstract. Administration of medicines to patients in hospitals involves collaborative work of a multidisciplinary team composed of physicians, pharmacists, nurses, technicians among several other professionals. Preventing mistakes in drug administration implies the reduction of unnecessary costs and, more importantly, avoids negative consequences for staff and patients, which may suffer severe damage, including death. Decision support systems (DSS) designed through a user-centered perspective allows an efficient communication among the various stakeholders in the process of administering drugs and helps ensure the correct application of medicines to patients. This paper describes the process of user-centered design driven with the goal is to conceive a Graphical User Interface for an information system to support the drugs administration more safely by the care team in the hospital environment. Keywords: User-centered design. Healthcare. Drug administration. Nursing care. Decision support systems. Medication errors. 1. Introdução Ao longo dos anos é possível verificar avanços nos campos de ciência e tecnologia que tem permitido melhorias consideráveis na promoção da saúde e prevenção de doenças. As drogas têm sido o principal instrumento no tratamento
  • 4. médico de enfermidades e, assim, têm se tornado cada vez mais eficazes contra as epidemias que costumavam dizimar milhares de vidas ao longo dos séculos. Apesar dos diversos avanços nos campos da farmacêutica e medicina com respeito à pesquisa para o desenvolvimento de novos medicamentos, ainda é um grande desafio administrar medicação de forma segura aos pacientes dentro dos hospitais (GIMENES, 2007). Aspectos sociais, econômicos e psicológicos são elementos chave para entender os motivos pelos quais nem sempre os medicamentos são administrados corretamente. Gimenes (2007) aponta que um em cada dez pacientes admitidos em instituições de saúde sofrem com erros na administração de medicação dentro das suas instalações. Estes eventos podem causar danos irreversíveis à saúde do indivíduo e, às vezes, até a morte. Figura 1. Erros na administração de medicamentos nas unidades de internação (TOFFOLETTO, PADILHA. 2005). Conforme figura 1, entre os diversos problemas na administração de drogas dentro dos hospitais, a maioria dos erros acontece por omissão da medicação prescrita pelos médicos. Embora outras causas importantes para as falhas sejam apontadas, algumas delas até mesmo contribuem para que a omissão seja ampliada. Um exemplo disso é a administração incorreta do medicamento que, além de ser um erro por si só, implica no não cumprimento do tratamento terapêutico recomendado (TOFFOLETTO, PADILHA. 2005). Segundo dados do Institute of Medicine of the National Academies (IOM), uma organização americana não-governamental que fornece aconselhamento para os tomadores de decisão e ao público na área de medicina, estima-se que pelo menos 44.000 pessoas morrem a cada ano em resultado de erros médicos que poderiam ser prevenidos somente nos Estados Unidos. Este índice eleva os erros médicos a uma das dez principais causas de morte naquele país. (IOM, 2012; KOHN, CORRIGAN, DONALDSON, 2000; GIMENES, 2007). Destes, cerca de 7.000 estão relacionados ao erro na administração de remédios.
  • 5. No Brasil, não há índice conclusivo divulgado para os casos de erro de medicação em hospitais. Os dados mais recentes em relação aos erros médicos cometidos no país são do Superior Tribunal de Justiça, relativos ao ano de 2008, onde até o mês de outubro foram registrados 360 casos (BRASIL, 2008). A preocupação com a melhoria da eficiência da equipe de cuidados em relação à saúde e à segurança do paciente, bem como a redução de despesas por parte da administração das instituições de saúde já podem ser vistas no planejamento das instalações físicas dos seus espaços. Esse fator fica claro na demanda crescente de projetos para espaços físicos nos hospitais utilizando as técnicas de Design Baseado em Evidências, um processo cada vez mais frequente, utilizado por diversos profissionais no planejamento, projeto e construção de instalações de saúde. (MCCOLLOUGH, 2008). No que se referem aos processos, em um esforço para aumentar a eficácia dos serviços assistenciais, bem como a segurança na tarefa da equipe de enfermagem que administra medicamentos, a Sistematização da Assistência à Enfermagem (SAE), que já vem sendo utilizada por profissionais de saúde ao longo dos anos, tornou-se obrigatória no Brasil em 2002 (DOMINGUES, AMESTOY, SANTOS, 2006). O modelo de enfermagem estabelecido pela SAE tem como objetivo garantir atendimento humano e de qualidade contínua (CARRARO, 2007). A administração de medicamentos de forma segura figura entre as suas preocupações, pois este fator influencia a qualidade do atendimento por parte dos profissionais envolvidos no cuidado dos pacientes. A adoção de sistemas de informação tem se mostrado extremamente útil ao prestar suporte a profissionais na tomada de decisões em diversos campos de atuação (SMITH, GEDDES, BEATTY, 2007). Os SSDs, como prontuários eletrônicos do paciente, têm permitido que profissionais de dentro da área de atuação de assistência à saúde sejam mais assertivos nas suas atividades. A medicina diagnóstica, por exemplo, entrega, a cada dia, resultados mais precisos com a ajuda de sistemas de informática. Apesar da ajuda que estes sistemas podem trazer (SANTANA, et al., 2012), ainda há uma grande preocupação entre os profissionais que os utilizam devido a termos e taxonomias incompreensíveis utilizadas em interfaces mal projetadas. Quando o cuidado no desenvolvimento e planejamento das interações com o usuário são ignorados, possivelmente os sistemas terão seus benefícios suplantados por problemas no uso. Tais dificuldades podem causar a frustração do usuário, falhas e até mesmo erros graves em procedimentos importantes para a cura e manutenção da saúde do paciente. Visando evitar esses problemas, é fundamental levar em conta a forma como os profissionais realizam, de fato, suas atividades de rotina. Portanto, administração do medicamento, prescrição, dispensação da farmácia e todas as necessidades que um profissional pode ter durante a execução das atividades diárias devem ser observadas e compreendidas cuidadosamente para ajudar no processo de concepção de qualquer sistema cujo objetivo seja o de auxiliar no processo de administração de drogas para os pacientes dentro de uma instituição de saúde. Embora a informática aplicada à enfermagem tenha tido início há mais de 30 anos, para muitos profissionais assistenciais a capacidade de interagir com estes sistemas ainda é escassa. Somente em 2001 um estudo demonstrou que diferentes perfis de profissionais de saúde usam recursos computacionais com padrões de comportamento diferentes, para propósitos diferentes e tem necessidades diferentes
  • 6. (SAINFORT, et al., 2007). E, apesar do aumento no número de fábricas de softwares e instituições envolvidas em desenvolver meios eletrônicos para prescrição de medicação como um caminho para aumentar a segurança do paciente, poucas soluções no mercado de sistemas para a equipe de cuidados com a saúde estão focadas nas necessidades, comportamento, contexto e fluxo de trabalho dos profissionais assistenciais. A presença de transcrições de prescrições médicas por parte dos enfermeiros, anotações e rasuras em páginas impressas de prontuários em papel, são constantes e reduzem a eficácia de sistemas utilizados por profissionais de saúde. Grande parte das inserções realizadas fora do sistema de informação é devido à utilização de uma quantidade insuficiente de computadores fixos, em relação ao número de profissionais, nos postos de enfermagem. Outro fator a ser considerado é o de que os sistemas disponibilizados não são concebidos para necessidades, ambientes e fluxos de trabalho específicos de prestadores do sistema hospitalar (CALLEN, et al., 2010). Com base nos problemas levantados neste artigo até então, justifica-se uma pesquisa para entender a rotina da equipe assistencial, que administra diretamente a medicação ao paciente, e propor uma solução de suporte à decisão focada em suas necessidades, de forma que a administração de drogas terapêuticas ao paciente seja realizada de forma colaborativa e confiável. 1.1 Objetivos Este artigo descreve uma pesquisa cujo objetivo foi o de entender as necessidades dos profissionais envolvidos na administração de medicação dentro de hospitais e instituições de saúde, a fim de projetar, prototipar e validar, seguindo um processo de design centrado no usuário, uma interface para um sistema de suporte à decisão que auxilie a tarefa assistencial de administração de medicamentos de forma segura para o paciente. Este artigo contém cinco seções além desta introdução e das referências. Encontra-se estruturado da seguinte forma: Na seção 2 são apresentadas as metodologias e métodos utilizados durante a pesquisa que deu origem a este artigo. Em seguida, a seção 3 relata e discute os resultados obtidos através da pesquisa explanada no artigo. A seção 4 conta com as conclusões obtidas no estudo. Na seção 5 são sugeridos tópicos que podem ser abordados como trabalhos futuros relacionados à pesquisa apresentada neste artigo. Por fim, na seção 6, os agradecimentos aos que possibilitaram a realização do que será descrito aqui. 2. Metodologia e métodos A pesquisa descrita neste artigo adotou o Processo de Inovação C.E.S.A.R. (PIC) (C.E.S.A.R, 2011) para sua execução. A escolha se deu devido à adaptabilidade do PIC a projetos com temas, períodos de tempo e equipes diversificadas. O PIC é um processo baseado em princípios de design centrado no usuário que vem sendo utilizado com êxito no desenvolvimento de soluções para diversos clientes pelo C.E.S.A.R1, uma instituição privada, fundada em 1996, que oferece soluções 1 www.cesar.org.br
  • 7. incluindo todo o processo de geração de inovação para tecnologia da informação e comunicação (TIC). Empresas de diversos países com foco em inovação têm utilizado ferramentas que, assim como o PIC, permitem a aplicação de várias técnicas onde a interação com o usuário durante o desenvolvimento de produtos é privilegiada. Um exemplo do que se tem sido usado é o kit de ferramentas para Human Centered Design (HCD2, Design centrado no ser humano, em português), cujos pilares são ouvir, criar e implementar. O PIC é iterativo e realizado à parte do processo de implementação da solução e apresenta quatro fases: pesquisa, ideação, prototipação e avaliação (figura 2). Embora na pesquisa que deu origem a este artigo tenha sido utilizado o ciclo original, devido à sua natureza flexível, o processo pode ser adaptado para funcionar de forma eficaz em menos fases, de acordo com as necessidades dos clientes e seus projetos. Figura 2. Fluxo do Processo de Inovação do C.E.S.A.R (PIC) (C.E.S.A.R, 2011) Na fase de pesquisa deste projeto (ALCÂNTARA; MELO, 2013a, 2013b), foram utilizadas diversas técnicas: entrevistas não estruturadas e semiestruturadas, questionários, grupos de foco, observação naturalística, revisão de literatura e análise dos concorrentes (benchmarking) (PREECE, ROGERS, SHARP, 2008). Inicialmente foram coletadas fontes na literatura disponível a respeito de questões de segurança na administração de medicações. Esta técnica permitiu que os 2 Disponível através do endereço http://www.ideo.com/work/human-centered-designtoolkit/, acesso em 01/11/2013
  • 8. dados coletados fossem utilizados, tanto na elaboração de um guia para a realização das entrevistas, quanto na análise dos resultados. 17 profissionais foram envolvidos na fase de entrevistas: um administrador de hospital, quatro enfermeiras, três técnicos em enfermagem, sete farmacêuticos e dois médicos. Os profissionais entrevistados pertenciam a faixas etárias variadas, entre 25 e 60 anos, tinham entre 5 e 20 anos de atuação em instituições de saúde públicas e particulares no estado de Pernambuco e São Paulo. Por meio das entrevistas, foi possível identificar diferentes causas para o problema de segurança na administração de medicamentos aos pacientes, incluindo: drogas não dispensadas no horário correto, falta de medicação, rejeição dos pacientes ou acompanhantes ao tratamento prescrito e grande quantidade de remédios diferentes manuseados ao mesmo tempo. Para compreender melhor os pontos coletados com os profissionais entrevistados, bom como descritos na literatura, foi realizada pesquisa de campo observacional em três hospitais na Região Metropolitana do Recife. Esta técnica permitiu visualizar como os profissionais de saúde envolvidos no processo de administrar medicação encaram esta tarefa no seu cotidiano, além de observar o seu comportamento, artefatos utilizados e situações relativas ao processo de aplicar a medicação aos pacientes dentro do hospital. Durante a fase de ideação, os dados coletados por meio das técnicas de pesquisa foram convertidos em requisitos do projeto que, mais tarde foram utilizados para a construção de protótipos de baixa e alta fidelidade. Os protótipos gerados foram validados com possíveis usuários através de testes de usabilidade e, finalmente, através da aplicação do System Usability Scale (SUS) (BROOKE, 1996) com os usuários que participaram da fase de avaliação, foi possível quantificar o grau de satisfação dos possíveis usuários do sistema em relação à interface projetada. 3. Resultados e discussão Aplicando as técnicas exibidas na figura 3 e seguindo a proposta do processo PIC utilizando todas as suas etapas, foi possível obter um protótipo de interface para a equipe assistencial validado quanto à satisfação da interface e interação do usuário, visando auxiliar a administração de medicamentos de forma mais segura para o paciente e a equipe de instituições de saúde públicas e privadas por meio da abordagem de design centrado no usuário de forma bem sucedida.
  • 9. Entrevistas e questionários Observação Grupos de foco Teste com o usuário Prototipação no Photoshop Prototipação em papel Figura 3. Fluxo do processo seguido durante o estudo. 3.1. Pesquisa Os dados coletados nos questionários, entrevistas e grupos de foco realizados inicialmente permitiram uma análise qualitativa por categorização (PREECE, ROGERS, SHARP, 2008) que, mais tarde, foi refinada com o uso de análise da tarefa, cuja meta foi a de examinar cuidadosamente os passos necessários para administrar medicamentos com segurança ao paciente em ambiente hospitalar (GARRET, 2011). Dos sete farmacêuticos que fizeram parte da pesquisa, quatro indicaram os erros no momento da prescrição, tais como a falta da descrição da apresentação (por exemplo, gotas ou comprimidos), não indicação de via de administração (se o medicamento vai ser aplicado por via oral, intravenosa, por exemplo) como a causa mais comum para que houvesse problemas de segurança na administração de medicamentos ao paciente. Metade dos profissionais consultados durante o estudo reportou que a omissão da medicação é um problema de medicação comum e recorrente. Durante as entrevistas, foi possível verificar com os profissionais que a omissão de medicamentos pode se dar por diversas razões mencionadas anteriormente na introdução deste artigo, sendo que algumas delas escapam ao poder dos profissionais para resolvê-los como, por exemplo, a falta de medicamentos para a dispensação ou rejeição do paciente ou seu acompanhante à droga prescrita pelo médico. Os dados coletados diretamente com os profissionais tornaram possível definir qual o fluxo seguido pelos envolvidos na administração de medicamentos. Para que não houvesse desvio de foco para outros profissionais dentro dos hospitais, foram criadas personas, conforme ilustrado nas figuras de 4 a 7. Foi criada uma persona para cada perfil principal de usuário encontrado dentro do fluxo de administração da droga ao paciente: um enfermeiro, uma técnica em enfermagem, uma farmacêutica e uma médica. As personas foram usadas para ajudar na construção de cenários de uso da aplicação de medicamentos dentro do hospital (CARROLL, 1999; LIN et al., 2007).
  • 10. Figura 4. Persona para o perfil de Enfermeiro.
  • 11. Figura 5. Persona para o perfil de Técnico em enfermagem.
  • 12. Figura 6. Persona para o perfil de Médico.
  • 13. Figura 7. Persona para o perfil de Farmacêutico. Com as personas e os cenários criados, foi reunido um grupo com possíveis usuários, contendo um enfermeiro, uma farmacêutica e uma técnica em enfermagem para que esses artefatos fossem apresentados a eles. Foi deixado claro que aquelas personas não eram a descrição de pessoas reais, no entanto, seu objetivo era que elas fossem ilustrações de pessoas reais e acontecimentos dos quais deveria lembrar ao projetar a solução. Primeiramente lhes foram apresentados cartões com as personas. Após um período de exame dos cartões pelo grupo, lhes foi questionado se lembravam de pessoas com quem já trabalharam em algum momento ou trabalhavam na ocasião que se parecesse com as descrições que lhes foram entregues. Todos os representantes
  • 14. no grupo lembraram-se de duas ou mais pessoas conhecidas que tinham perfis semelhantes aos descritos. O mesmo procedimento foi realizado em relação aos cenários criados. Foi solicitado que examinassem cartões com cenários, e lhes foi questionado se eles já haviam participado ou haviam atuado como observadores em situações semelhantes. À medida que os membros do grupo iam confirmando sua participação em cenários como os que lhes foram mostrados, era solicitado que eles falassem da experiência deles naquela situação, quanto tempo fazia desde que os fatos haviam ocorrido e com que frequência eles aconteciam em seus ambientes de trabalho. O grupo de foco foi realizado com o objetivo de apresentar artefatos da pesquisa e ouvir o que os usuários tinham a relatar sobre eles confirmou a validade das personas e cenários gerados, permitindo que a pesquisa continuasse de forma mais assertiva, sabendo que os dados colhidos durante entrevistas e questionários foram compreendidos e processados de maneira que a rotina dos participantes havia sido captada de forma eficiente. Através da técnica de análise de concorrentes foram comparados os métodos de checagem de medicação, que é o procedimento em que a equipe de enfermagem utiliza para dar visibilidade aos médicos e equipe de farmácia a respeito do sucesso do procedimento de administração prescrita ao paciente pelo médico, utilizados pelos profissionais que fizeram parte do estudo. Foi possível constatar que todos os entrevistados realizavam a checagem da medicação numa versão impressa ou transcrita à mão da prescrição realizada pelo médico. Embora pelo menos dois profissionais de enfermagem tivessem à sua disposição sistemas de prontuário eletrônico onde haviam recursos de checagem dos medicamentos, esta não era utilizada. Foram citados pelos usuários como justificativa para a não realização da checagem através dos sistemas de informática problemas como fontes em tamanho pequeno, quantidade insuficiente de computadores sempre fixos nos postos de enfermagem, dificuldade de entender como funciona a checagem eletrônica e grande quantidade de cliques necessários para a realização do processo através do sistema implantado pela instituição, tornando assim, a checagem em papel mais rápida para a equipe assistencial. Um problema citado de forma recorrente pelos profissionais assistenciais e de farmácia em relação aos sistemas de prescrição de medicamentos e checagem, foi o de que, na visão deles, os sistemas disponíveis no idioma português do Brasil se concentram no ato de prescrever, mas não preveem de maneira adequada as tarefas dos demais profissionais dentro do fluxo de dispensação e administração ao paciente. Quando as soluções estão disponíveis para a enfermagem e farmácia, não fogem aos problemas citados pelos entrevistados, tais como: não é possível ver todos os itens da prescrição, fonte utilizada no sistema é inapropriada, não é possível ver outros documentos do paciente, como exames ou histórico do paciente no mesmo dispositivo. 3.2. Ideação No estágio de ideação foram executadas sessões de geração de ideias através da técnica de análise de concorrentes (GARRET, 2011; COOPER, EDGETT, 2008). A técnica foi aplicada em duas sessões de 30 minutos cada, realizadas em dias diferentes de uma mesma semana. Fotografias capturadas durante a fase de pesquisa, bem como trechos de entrevistas transcritos em post-its foram dispostos em um local visível aos
  • 15. participantes em cada sessão e utilizados como referência visual dos problemas encontrados. Com base nos artefatos, foi criado um mapa mental (BUZAN, 2005) que representava as ideias de soluções geradas para os problemas levantados e destacados. Concluído o mapa mental da sessão de ideação, foi apresentada uma lista de tarefas onde o gerenciamento do fluxo de medicação estava envolvido. Esta lista de tarefas foi organizada na forma de cenários épicos que, neste caso, mostraram ser um conjunto de 92 histórias contadas do ponto de vista dos usuários, semelhantes ao modelo demonstrado na figura 8, dos recursos relacionados com as questões de prescrição e de checagem (COHN, 2004). Juntamente com um técnico em enfermagem e uma enfermeira foram estabelecidos valores de prioridade entre 1 e 4 para cada uma das histórias, sendo a prioridade 1 o mais crítico e para as tarefas menos importantes foram dadas a prioridade 4. Essas tarefas referem-se à administração segura de medicamentos pela equipe de cuidados em ambiente hospitalar. Os valores apresentados mostram prioridades que guiariam as características prototipadas na próxima fase do estudo. Eu, como enfermeiro, gostaria de visualizar as medicações suspensas pelo médico, para não continuar a administrá-las ao paciente. Figura 8. Uma das histórias de usuário criadas e priorizadas junto com usuários durante a fase de ideação Os recursos citados como importantes pelos entrevistados na fase de pesquisa e que fizeram parte da lista de tarefas, foram separados em duas categorias com a ajuda de uma enfermeira e uma técnica em enfermagem: recursos diretamente relacionados à administração de drogas aos pacientes e recursos importantes para o time de cuidados, mas que, no entanto, não fazem parte do processo de administração de medicamentos de forma direta. As funcionalidades listadas no primeiro grupo fariam parte do escopo positivo deste estudo, e seriam prototipados, enquanto os demais recursos entrariam na lista de escopo negativo. Foram eles: Escopo positivo, que foram considerados na fase subsequente da pesquisa:  Lista de pacientes;  Alergias;  Prescrição;
  • 16.  Checagem; e  Rastreio de medicação. Escopo negativo, recursos necessários à equipe assistencial, mas não abordados nesse estudo:  Evolução médica multidisciplinar;  Resultados de exames laboratórios e de imagem; e  Diagnóstico de enfermagem. Ao final dessas atividades, havia uma lista pronta com uma série de funcionalidades priorizadas que norteariam a prototipação de um SSD móvel para ajudar na segurança da administração de medicamentos dentro do hospital pronta para ser validada com possíveis usuários. 3.3. Prototipação e avaliação Baseado nos recursos definidos, o primeiro passo da fase de prototipação foi o de elaborar a forma de navegar entre opções de recursos, avaliar o tamanho da fonte e dos componentes da interface gráfica na aplicação móvel que foram primeiramente rascunhados em papel e então projetados digitalmente utilizando o software Adobe Photoshop CS5. Com os componentes projetados, foi criada uma imagem de uma tela que não fizesse qualquer sentido e não apresentasse um fluxo inteligível, visto que a ideia era validar apenas os elementos da interface em relação ao seu manuseio e tamanhos adequados às tarefas realizadas pelos usuários, o que não seria possível se os avaliadores se distraíssem com tarefas e informações cujo refinamento seria realizado em uma etapa mais adiante no processo. Para testar o protótipo da aplicação, foi utilizado como dispositivo de suporte um tablet, devido ao tamanho do display. Outro motivo para a escolha de um dispositivo móvel com tela maior foi o fato de que dispositivos com telas muito pequenas foram mencionados pelos usuários participantes na fase de pesquisa com alguma resistência. Mais um fator que pesou na escolha do tablet é formato próximo ao utilizado no registro do paciente em papel, em sua forma tradicional, frequentemente páginas em tamanho A4 anexadas umas às outras em uma prancheta ou pasta. Para a avaliação com o usuário, capturas de tela dos componentes comuns da interface foram apresentadas em um tablet de 10.1”. Os usuários foram propositalmente selecionados de diferentes faixas etárias para realizar a avaliação dos protótipos da interface, devido ao fato de que durante o processo de pesquisa alguns usuários com a faixa etária mais avançada se mostraram um pouco reticentes quanto ao uso de soluções eletrônicas. A avaliação dos protótipos foi conduzida em diferentes ocasiões, onde foi requisitado que três potenciais usuários, uma enfermeira, um farmacêutico e uma técnica de enfermagem, avaliassem pontos da interface predeterminados, atribuindo a eles uma pontuação de 1 a 5, onde a pontuação 5 significa que o desempenho alcançado foi excelente e 1 era atribuído a pontos muito ruins. Os itens que foram solicitados para
  • 17. avaliação com os usuários foram: tamanho dos elementos apresentados na tela, espaçamento entre os elementos, e disposição dos elementos na tela. Para o teste houve a preocupação de ser realizado em condições de ambiente similares às de onde a aplicação seria utilizada pelos profissionais. Os resultados das avaliações dos usuários foram considerados satisfatórios, dado que nenhum dos itens avaliados atingiu valor menor do que 4. Com os componentes básicos da interface considerados aprovados para a continuidade do estudo, foi realizado um momento de cocriação com os mesmos usuários que realizaram a avaliação dos componentes. Através de sugestões foram construídos protótipos de baixa fidelidade (PREECE, ROGERS, SHARP, 2008) no papel, de como eles achavam que a funcionalidade de prescrever medicamentos, checar o que foi administrado ao paciente, receber os medicamentos dispensados pela farmácia deveriam ser, em conformidade com os requisitos estabelecidos nas fases de pesquisa e ideação. Foram criados 5 protótipos, um deles representado pela figura 9. Figura 9. Um dos protótipos gerados a partir de sugestões de usuários em um grupo de foco. Os artefatos foram discutidos com os participantes, sendo-lhes questionado o que eles acreditavam que aconteceria ao tocar nos elementos da interface, como eles imaginavam os ações executadas através dos pictogramas que foram incluídos durante a execução dos desenhos, como eles imaginavam o funcionamento dos botões e, caso alguma interação não parecesse muito clara, era demonstrado através de desenhos ou exemplos em outros aplicativos para dispositivos móveis com finalidades diversas, como gerenciadores de e-mail, aplicações para fotografia e redes sociais. Utilizando como base os artefatos gerados em papel com o grupo de foco, foram criados protótipos com um nível de fidelidade mais alta para o fluxo das funções
  • 18. principais de administração de medicamentos no hospital: lista de pacientes, prescrição e checagem da prescrição (figura 10). Figura 10. Uma das telas dos protótipos avaliados com os usuários. Com um conjunto de 27 protótipos de tela desenvolvidos para prescrever medicação, dispensação da farmácia para a enfermagem e checagem que representam, passo-a-passo, o fluxo principal de prescrição e administração de drogas à pacientes, foi planejada e realizada uma sessão de avaliação, dentro de um hospital, junto ao mesmo grupo de possíveis usuários que participaram da fase de pesquisa, porém que não estavam presentes nas seções de ideação e prototipação colaborativa. O fluxo seguido durante o teste foi executado em 4 etapas: 1. 2. 3. 4. Atribuir a tarefa que precisava ser realizada para o profissional antes de exibir o protótipo; Exibir o protótipo no tablet de forma semelhante ao modo como funcionaria se fosse a aplicação real; O usuário executa a tarefa, simulando a ação no tablet onde a imagem do protótipo é mostrada; A imagem do protótipo é substituída por outra com o próximo estado na tela correspondente à ação executada até que o fluxo de administração da medicação ao paciente tenha sido executado até o final.
  • 19. Após a avaliação do fluxo com os usuários por meio de protótipos, com o objetivo de quantificar o grau de satisfação com a interface prototipada, os participantes foram convidados a responder um questionário de satisfação com dez perguntas utilizando a escala SUS (Figura 11), desenvolvida a partir de uma escala Likert onde as proposições de concordância e discordância são projetadas de forma a evitar contradições, nela os itens ímpares têm um tom positivo, o tom dos itens pares é negativo a respeito do sistema. A média atingida pelo teste SUS foi de 80 pontos de satisfação com o uso da interface, obtendo uma pontuação acima da média, que é de 68 pontos (SAURO; LEWIS, 2012). Este resultado indica que os usuários que participaram das sessões de teste se mostraram satisfeitos em relação à interface projetada para auxiliá-los. Figura 11. Modelo de questionário utilizando a escala SUS adotado com os usuários para avaliação. Através das avaliações foram encontrados pontos que necessitavam de melhoria, como, por exemplo, ajustes nos destaques de itens de alerta de interação medicamentosa, item de prescrição duplicado e prescrição de item ao qual o paciente é alérgico. Os protótipos foram atualizados de acordo com os comentários fornecidos pelos usuários e lhes foram reapresentados em uma ocasião posterior, obtendo-se uma avaliação positiva.
  • 20. 4. Conclusões Envolver os usuários ao projetar soluções implica em compreender a sua rotina, seus desejos e necessidades. Isso requer tempo e um trabalho colaborativo, mas que trará como consequência uma maior satisfação do indivíduo, tanto durante o processo, visto que ele se sente ouvido e que os seus anseios não são ignorados pela equipe de desenvolvimento, quanto durante a interação com as soluções geradas. O campo para inovação através do design centrado no usuário na atenção à saúde é grande e ainda pouco explorado no que se refere melhoria dos fluxos de comunicação que podem ajudar na segurança dos procedimentos entre os envolvidos nos cuidados do paciente, como é o caso da administração de medicamentos. Esta pesquisa mostrou a importância de projetar SSD na área da saúde a partir de uma perspectiva centrada no usuário e os benefícios que tal metodologia pode oferecer. O setor de saúde ainda carece de soluções projetadas para seus profissionais. O uso de uma solução tecnológica que atenda às necessidades dos usuários na área da saúde tem o poder de otimizar processos e melhorar a produtividade, fazendo com que pacientes sejam tratados de forma mais segura e menos onerosa para as instituições e profissionais de saúde. 5. Trabalhos futuros O estudo realizado abre um leque de novas possibilidades para a criação de outros módulos de um prontuário eletrônico do paciente através de uma abordagem centrada no usuário. O escopo negativo levantado durante a fase de ideação está relacionado com algumas das funcionalidades necessárias para a equipe assistencial, tais como: as evoluções multidisciplinares, resultados de exames laboratoriais e de imagem, diagnóstico de enfermagem, por exemplo. Também é possível estender este estudo com o objetivo de investigar a malha logística de medicamentos em hospitais e aprofundar os processos de rastreio de medicamentos, utilizando, por exemplo, as tecnologias como radiofrequência. Além de desenvolver meios de comunicação mais eficientes entre os envolvidos no fluxo de cuidados do paciente dentro do sistema hospitalar. 6. Agradecimentos Agradecemos àqueles que fizeram este projeto possível de diferentes formas: o C.E.S.A.R., por disponibilizar sua metodologia utilizada nesta pesquisa. Os profissionais de saúde que participaram do projeto de pesquisa respondendo a questionários e entrevistas, bem como os que testaram e validaram os artefatos, doando seu tempo junto aos pacientes e sua família. Aqueles que abdicaram da presença dos envolvidos nesta pesquisa em suas vidas durante a sua realização e todos os que forneceram o seu apoio, cada um à sua maneira. 7. Referências ALCÂNTARA, P., MELO, P.. Análise de Requisitos de um Sistema para Administração de Medicamentos Utilizando Técnicas de Design Centrado no Usuário. In: VI Congresso Tecnológico TI & Telecom InfoBrasil 2013. Fortaleza, CE, (2013).
  • 21. ALCÂNTARA, P., MELO, P.. Rethinking Drug Administration in Hospital Environment Through User-Centered Design. In: Interaction South America 2013. Recife, PE, (2013). BRASIL. Superior Tribunal de Justiça do. Aumentaram em 155% os processos por erro médico no STJ, (2008). Disponível em: http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=448&tmp.texto=89939 &tmp.area_anterior=44&tmp.argumento_pesquisa=erro%20m%E9dico Acesso em: 01/11/2013. BROOKE, J.. “SUS: a “quick and dirty” usability scale” in: P. W. Jordan, B. Thomas, B. A. Weerdmeester, & A. L. McClelland. Usability Evaluation in Industry. London: Taylor and Francis. (1996). BUZAN, T. Mapas mentais e sua elaboração: um sistema definitivo de pensamento que transformará a sua vida / Tony Buzan; traduzido por Euclides Luiz Calloni e Celusa Margô Wosgrau, São Paulo, Cultrix, (2005). CALLEN, J. et al. “The rate of missed test results in an emergency department an evaluation using an electronic test order and results viewing system”. In: Methods of Information in Medicine, (2010), 37-43. CARROLL, J.M., “Five Reasons for Scenario-Based Design”. In: Proceedings of the 32nd Hawaii International Conference on System Sciences, (1999) CARRARO, V.. História da Enfermagem. Escola de Enfermagem - UFRGS – Departmento de enfermagem médica e cirúrgica. Rio Grande do Sul, (2007). C.E.S.A.R., Recife Center for Advanced Studies and Systems. Design da experiência do usuário: a satisfação do consumidor como estratégia de inovação. Recife, (2011). COHN, M.. User Stories Applied: For Agile Software Development. Boston: Pearson Education, (2004). COOPER, R. G., EDGETT, S. J.. “Ideation for product innovation: What are the best methods?”. PDMA Visions Magazine, (2008), 1, (1):12 - 17. DOMINGUES, C. O.; AMESTOY, S. C.; SANTOS; E.. Sistematização da Assistência de Enfermagem, Pelotas, (2006). GARRET, J. J. The Elements of User Experience: User-Centered Design for the Web and Beyond, Second Edition, (2011). GIMENES, F. R. E.. A segurança de pacientes na terapêutica medicamentosa: análise da redação da prescrição médica nos erros de administração de medicamentos em unidades de clínica médica. In: Dissertação de mestrado. Ribeirão Preto, (2007). IOM, Institute of Medicine. Health IT and Patient Safety: Building Safer Systems for Better Care. Washington, DC: The National Academies Press, (2012).
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