2. Priscyla Caldas
As organizações, de uma maneira geral, questionam que os programas de motivação
são complicados e necessitam de grandes investimentos, tentando com isso justificar a
sua não aplicabilidade nas empresas.
Em tempos de crise, meios alternativos e nada complexos ajudam os gestores a
desenvolver, a estimular a motivação da equipe. Abaixo serão listadas algumas maneiras
descritas por Eugenio (2005), de como motivar as equipes sem gerar custos:
• Conhecer “realmente” os colaboradores, saber exatamente com quem trabalha, o que
eles pensam e como vêem a empresa;
• Comunicar-se com a equipe. Isso inclui fazer uso das ferramentas adequadas, passar as
informações que envolvem as atividades da equipe, comunicar mudanças ocorridas,
divulgar para toda a empresa as conquistas, dividir os resultados independente de quais
sejam, estar sempre presente e próximo e por último, ser acessível a todos;
• Reconhecer o desempenho;
3. Priscyla Caldas
• Surpreender. Demonstrar atenção e carinho aos subordinados surpreendendo-os ao
oferecer uma rodada de pizza, ou distribuindo sorvete ao final de uma semana agitada;
• Incentivar o diálogo, conversando com cada membro e buscando saber suas dúvidas,
medos, projetos, objetivos, estreitando a relação;
• Usar a palavra Obrigada em todas as ocasiões, e
• Celebrar as pequenas e grandes vitórias.
As dicas acima apresentadas quebram o paradigma de que motivar a equipe custa caro
e desmistifica a imagem de complexidade dos programas de motivação. Percebe-se que
estimular a motivação dos colaboradores é simples e objetiva, para isso, basta somente
da boa vontade e do interesse dos líderes.
O especialista em gestão de recursos humanos, Claus Möller implantou o programa
“Colocando as pessoas em primeiro lugar” na British Airways que conquistou a partir
deste programa, o título de companhia aérea do ano, em 1990 (cf. HSM Management,
1997).
4. Priscyla Caldas
O psicólogo dinamarquês utilizou métodos simples de gestão com pessoas para alcançar
a excelência no relacionamento interno e consequentemente motivar a equipe,
ajudando a empresa a se destacar no mercado. As atitudes estão baseadas na
valorização da equipe, quando o autor diz que as empresas devem colocar os
funcionários em primeiro lugar, para que assim eles façam o mesmo com os clientes.
Esta afirmação surge no momento em que o autor defende que o colaborador deve ser
visto como parceiro da empresa, as suas críticas, sugestões e opiniões devem ser
avaliadas e deve-lhe ser dado feedback das decisões tomadas, fazendo com que este se
sinta importante, valorizado. Desta forma, o colaborador se sentirá mais motivado a
prestar um bom serviço, estará sempre buscando melhorar seu desempenho, sendo
mais participativo e atuante.
Com isso, todos os envolvidos saem ganhando: o colaborador, por aprimorar seus
conhecimentos e sua função; o cliente, por ter um atendimento de qualidade; e a
empresa, que percebe os efeitos no aumento dos resultados financeiros.
5. Priscyla Caldas
O autor Flávio Valsani afirma que “a partir do momento em que o gestor começa a
prestar atenção nos subordinados, começa a descobrir suas motivações”. (2006:215)
Uma maneira muito simples e que gera bons resultados para organização é delegar
atividades relevantes para os colaboradores, fazê-los sentir-se parte do processo, peça
importante para o desenvolvimento da empresa. Tratar o colaborador como parceiro e
não somente como funcionário, estimular sua participação nas atividades diárias, se
comunicar com ele. Como já dizia Sidnéia Freitas, “a satisfação dos funcionários, via
comunicação, está diretamente relacionada com a satisfação no trabalho” (2006:58).
A aplicação de metodologias de motivação, incluindo dosagens diárias de estímulo aos
colaboradores, faz com que as empresas preocupadas com o perfil de uma equipe feliz
e satisfeita com o seu trabalho estejam sempre a frente dos concorrentes que estão
apenas preocupados com números, metas e resultados financeiros.
6. Priscyla Caldas
Para Dias ( 2007), “não é possível manter um grupo motivado durante todo o tempo, as
dificuldades do dia a dia alteram o humor das pessoas afetando seu estado de
motivação. As empresas não necessitam assumir uma postura paternalista e sim
oferecer uma contrapartida em função da produtividade, comprometimento e
envolvimento do grupo em torno dos objetivos da organização, apresentando
claramente a importância que cada um tem dentro da empresa, desde os processos
mais simples até os mais complexos.”
Pode parecer romântico falar em motivar a equipe, preocupar com a comunicação
estabelecida entre eles, quando quem recebe a informação tem o perfil de um líder
autoritário e ultrapassado. Mas quando se trata de um líder democrático e atento as
evoluções ocorridas no mundo, este discurso teórico sai do papel e vai para a prática
diária da organização, que certamente possuirá indicadores mais competitivos do que
seus concorrentes.
7. Priscyla Caldas
Referências:
Eugênio, E. (2005) - Motivando sem mexer no bolso (documento online) Partes – a sua revista
virtual. Acedido em 07 de Junho, em:
http://www.partes.com.br/emrhede/eleanderson/motivando.asp
A qualidade através das pessoas (1997, 03 de Julho). HSM Management, nº 14, pp. 106 – 111.
Valsani, Flávio (2006). Novas formas de comunicação interna. In Margarida Maria Krohling Kunsch
(org.) Obtendo Resultados com Relações Públicas (pp. 205-215). 2ª edição revista. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning.
Freitas, Sidnéia (2006). Cultura organizacional e comunicação. In Margarida Maria Krohling Kunsch
(org.) Obtendo Resultados com Relações Públicas (pp. 53-62). 2ª edição revista. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning.
Dias, T. (2007) – Clima Organizacional – Motivação (documento online). Shvoong – Resumos e
Revisões Curtas. Acedido em 11 de Julho de 2009 em: http://pt.shvoong.com/exact-
sciences/1664748-clima-organizacional-motiva% C3%A7 %C3%A3o/