Apresentação sobre o processo de captação de recursos para projetos culturais, utilizando entre outras leis de incentivo fiscal,a Lei Rouanet no mercado cultural, na economia criativa. Importância do marketing cultural no projeto cultural.
2. Imagine a alegria que a pessoa (ou uma
produtora) tem ao saber que o seu primeiro projeto
cultural foi aprovado por uma lei de incentivo cultural,
a Lei Rouanet, por exemplo. Com o projeto em mãos,
falta encontrar o captador de recursos e voilà, seus
problemas acabaram. Não... Nem sempre essa
história tem um final feliz. É um grande desafio ter um
projeto aprovado e o esforço merece aplausos. Mas
isso é apenas a metade do caminho em direção ao topo,
que é o projeto ser executado...
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3. A segunda metade do caminho é dolorosa, quase
uma Via Ápia quando assistimos aos lamentos,
dificuldades e desânimos de produtores, com seus
projetos também aprovados, mas que não obtiveram
êxito. Em 2013, 7.000 projetos foram aprovados, mas
apenas 1.300 tiveram recursos captados. Uma diferença
enorme. Mas isso não pode ser motivo para desânimo.
É preciso planejar, preparar-se e seguir em frente.
Vamos para alguns pontos importantes sobre a
captação de recursos:
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4. Não espere pelo captador de recursos
Não espere pelo captador de recursos, pois pode ser
que ele não venha. Bons profissionais ou estão
empregados realizando trabalhos para uma
organização ou já possuem projetos em suas carteiras
de trabalho. Em geral, já possuem uma rede de
produtores em quem confiam, sendo difícil para
outros entrarem. Eles escolhem os projetos, através
de suas redes de contato, não é você que os escolhe.
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5. Mas se você encontrar um captador...
Que ótimo! Mas faça antes três coisas:
a) exija um contrato para estabelecer o quê vai ser feito,
como vai ser feito, o tempo que o acordo de trabalho
vai durar etc.;
b) peça referências e busque contato com os clientes
dele. Não pague nada sem antes resolver essas
questões. Tenha seus direitos assegurados em um
contrato de trabalho;
c) Procure criar parâmetros para mensurar o trabalho
dele.
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6. Mas não espere pelo captador de recursos
Não espere pelo captador de recursos. Tempus fugit.
Planeje-se e invista no seu projeto. Quando o seu
projeto está sendo avaliado, ele precisa destacar–se por
meios de pontos importantes como acessibilidade,
justificativa, currículo da equipe etc. É um projeto
cultural, ora bolas. Porém, o patrocinador não está
interessado na relevância cultural do seu projeto. Ele
quer uma solução para o marketing cultural da
empresa. Ele quer um plano de negócios do seu
projeto.
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7. Seu projeto cultural precisa
de um plano de negócios
Não vamos discutir a questão ideológica de que a
empresa dá a última palavra para os recursos públicos
que são os incentivos fiscais para a cultura, via Lei
Rouanet. Isso é pauta para outro dia. Vamos nos ater à
dura realidade: o plano de negócios. Sem um plano,
dificilmente você conseguirá patrocínio. Não bastasse
o desafio que é montar e ter aprovado um projeto
cultural, ainda temos essa. Mas não espere pelo
captador, monte o seu plano de negócios. Entenda que
o seu projeto cultural é um produto (ou serviço) e
procure ajuda do Sebrae, por exemplo.
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8. Costure o seu plano
para captação de recursos
Não espere pelo captador. Muitas pessoas montam
suas contrapartidas para o patrocinador, dividindo em
três valores: patrocínio ouro, prata e bronze. Cada um
deles com diferentes relações, vantagens etc. Isso tem
um nome: metal gasto. Não utilize esse formato, pois
acarreta diferenças entre os patrocinadores, não
funciona mais. Procure um novo parâmetro, na
verdade nem tão novo assim: apoio, parceiro e
patrocinador.
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9. Quais as diferenças entre
apoio, parceiro e patrocinador?
Quais as diferenças entre apoio, parceiro e
patrocinador? O apoio é a base, são empresas e
associações, por exemplo, que vão dar peso ao seu
projeto. No apoio, você não pede dinheiro. Você busca
o nome para fortalecer o seu projeto. O parceiro é a
busca por logística, a permuta. O que a empresa pode
ajudar no projeto? Alimentação? Promoções para
dividir com o público? Passagem? Com o parceiro, você
não pede dinheiro, você oferece o seu projeto para ele
associar a marca e você recebe em troca um serviço ou
bem. Isso ajuda a diminuir o custo do seu projeto.
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10. O patrocinador é a
ponta desta pirâmide: vá
até ele somente quando
você concluir as etapas
anteriores, pois aí o seu
projeto ganha peso e
chama a atenção do
patrocinador. Mas não
peça nunca todo o
dinheiro para o projeto.
Divida o valor do seu
projeto em cinco ou
mais partes. Se você
fosse um empresário,
investiria toda a verba
num único projeto ou
em vários, para divulgar
a sua marca?
patrocinador
parceiro
apoio
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11. Não pense nas empresas,
pense nos setores econômicos
Não pense nas empresas, pense nos setores
econômicos. Veja na indústria de cosméticos, por
exemplo, quem poderia patrocinar o seu projeto. Faça
o mesmo com os outros setores, mas o mais
importante, procure alinhavar o seu projeto com a
política cultural das empresas. Seja criativo, buscando
relações entre seu projeto e as empresas.
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12. Pesquise as empresas
Pesquise as empresas e monte seu plano de negócios
durante o processo de avaliação do seu projeto cultural
para que você não perca tempo. Lembre-se, não espere
pelo captador.
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13. Utilize as redes sociais
Utilize as redes sociais para encontrar os contatos das
empresas. Encontre a pessoa que dá a palavra final na
aprovação de projetos. Procure o telefone, não fique
preso ao email. Ao encontrar o telefone, você precisa
saber que dificilmente vai conseguir fechar negócio,
logo de primeira. Mas é um contato importante, pois é
o início das negociações (se houver o interesse da
empresa, claro).
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14. Como as empresas patrocinadoras
atuam?
Em geral, os departamentos recebem suas verbas no
início do ano, e ao longo do ano, se houver sobra no
orçamento, os departamentos não devolvem a verba,
eles investem em projetos culturais. Geralmente isso
acontece no final do ano, entre outubro a dezembro.
Por isso, o ideal é você ter o projeto aprovado no
primeiro semestre (e o seu plano de negócios já
montado) para ir buscar as empresas no segundo
semestre, já com todas as suas estratégias preparadas.
E se tudo der certo, no ano seguinte seu projeto será
executado.
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15. Há muitas outras questões que não foram abordadas.
Talvez pauta para outra apresentação. Mas fiquemos
por aqui. Como foi dito no início, não espere pelo
captador, pode ser que ele não venha. Acredite no seu
projeto, aprenda com os erros no processo de captação
do seu projeto e não desista do seu sonho. Espero que
tenha ajudado a esclarecer algumas dúvidas.
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