O documento discute os sistemas econômicos, em particular o capitalismo, e suas fases de desenvolvimento. Apresenta também a teoria das elites, que defende a existência de uma elite minoritária destinada à liderança em qualquer sociedade.
3. Um sistema econômico pode ser
definido como sendo a forma política,
social e econômica pelo qual estar
organizada uma sociedade. Engloba o
tipo de propriedade, a gestão da
economia, os processos de circulação
das mercadorias, o consumo e os
níveis de desenvolvimento tecnológico
e da divisão do trabalho.
5. Capitalismo é o sistema econômico que se
caracteriza pela propriedade privada dos
meios de produção e pela liberdade de
iniciativa dos próprios cidadãos.
No sistema capitalista, as padarias, as
fábricas, confecções, gráficas, papelarias
etc., pertencem a empresários e não ao
Estado. Nesse sistema, a produção e a
distribuição das riquezas são regidas pelo
mercado, no qual, em tese, os preços são
determinados pelo livre jogo da oferta e da
procura.
7. Apesar das contribuições econômicas,
tecnológicas, de conforto que o
capitalismo proporcionou, produziu
também diversos aspectos negativos: •
Divergência entre capital e trabalho:
processo derivado da luta pelos interesses
da classe proletária que constantemente
busca melhorias em diversos aspectos
como aumento salarial, diminuição da
jornada de trabalho, melhores condições
de trabalho entre outras reivindicações
trabalhistas, do outro lado estão os
detentores dos capitais e dos meios de
produção que exploram a mão-de-obra
com objetivo de adquirir lucro.
8. • Degradação ambiental: o sistema
capitalista está ligado à produção e ao
consumo, com isso produz-se o lucro.
Para a obtenção de matéria-prima é
preciso retirar da natureza diversos
recursos. A exploração constante e
desenfreada tem deixado um saldo de
devastação profunda. Ultimamente a
humanidade tem comprovado os
reflexos, tais como aquecimento
global, elevação dos oceanos,
mudanças climáticas, escassez de
água entre muitos outros.
9. • Desigualdades sociais: a busca
incessante por lucros faz com que
haja uma grande exploração do
trabalho por parte dos donos dos
meios de produção, isso ocorre
com mais intensidade por causa da
falta de emprego, como existe uma
grande oferta de trabalhadores os
salários, em consequência, são
baixos, além da modernização da
produção que retira um número
elevado de postos de trabalho.
10. • A extinção dos valores
humanos: o ponto máximo,
o objetivo maior do
capitalismo é o consumo e
para isso uma série de
artifícios é usada para que
as pessoas aumentem
gradativamente o seu
consumo, muitas vezes sem
necessidade, isso é fruto
dos anúncios publicitários
que influenciam as pessoas
e essas até de forma
inconsciente ingressam
nesse processo articulado
pelo sistema.
11.
12. O capitalista, proprietário
de empresa, compra a força
de trabalho de terceiros
para produzir bens que,
após serem vendidos, lhe
permitem recuperar o
capital investido e obter um
excedente denominado
lucro. No capitalismo, as
classes não mais se
relacionam pelo vínculo da
servidão (período Feudal da
Idade Média), mas pela
posse ou carência de meios
de produção e pela livre
iniciativa.
14. CAPITALISMO:
PRIMEIRA FASE
Capitalismo Comercial (do século XVI até
XVIII) Este período estende-se do século
XVI ao XVIII. Inicia-se com as Grandes
Navegações e Expansões Marítimas
Européias, fase em que a burguesia
mercante começa a buscar riquezas em
outras terras fora da Europa. Os
comerciantes e a nobreza estavam a procura
de ouro, prata, especiarias e matérias-
primas não encontradas em solo europeu.
15. CAPITALISMO:
SEGUNDA FASE
A segunda fase de expansão do
capitalismo confunde-se com a revolução
industrial, cujo berço foi a Inglaterra, de
onde se estendeu aos países da Europa
ocidental e, posteriormente, aos Estados
Unidos. A evolução do capitalismo
industrial foi em grande parte
consequência do desenvolvimento
tecnológico. Por imposição do mercado
consumidor os setores de fiação e
tecelagem foram os primeiros a usufruir
os benefícios do avanço tecnológico.
16. CAPITALISMO: TERCEIRA FASE
O capitalismo Financeiro (A partir da Segunda
Guerra). O surgimento do Capitalismo
Financeiro (ou Monopolista) está diretamente
ligado ao forte crescimento econômico no
período da plena expansão da Revolução
Industrial. Uma das conseqüências mais
importantes do crescimento acelerado da
economia capitalista foi o brutal processo de
concentração e centralização de capitais. Várias
empresas surgiram e cresceram rapidamente:
indústrias, bancos, corretoras de valores, casas
comerciais, etc. Esse período ficou marcado
pela prática do monopólio (uma única empresa
dominando todo mercado).
17. Esse período ficou marcado pela prática do
monopólio (uma única empresa dominando todo
mercado). Além disso, eram realizados os
oligopólios, que correspondem à união de
algumas empresas retendo nas mãos o controle
dos preços e de matéria-prima, dessa forma
impediam o desenvolvimento de outras empresas,
garantindo uma hegemonia no mercado.
Consolidou-se, particularmente nos Estados
Unidos, um vigoroso mercado de capitais: as
empresas foram abrindo cada vez mais seus
capitais através da venda de ações em bolsas de
valores. Isso permitiu a formação das gigantescas
corporações da atualidade, cuja ações estão
pulverizadas entre milhares de acionistas.
18. A globalização dos mercados financeiros foi
acompanhada, nos últimos 20 anos, de um
enorme aumento do volume de dinheiro
utilizado para especulação com as
diferenças das taxas internacionais de juros
e as mudanças das taxas de câmbio. Os
movimentos internacionais de capitais
ultrapassaram em muito o comércio
transfronteiriço de mercadorias. A
mobilidade do capital parece ter tirado à
política econômica toda e qualquer margem
de ação para medidas que não sejam
claramente compatíveis com a maximização
dos rendimentos de aplicações financeiras a
curto prazo.
20. ELITE: grupo social superior
Teoria das Elites: a existência
de uma “nata” de pessoas
dirigentes, representativas de
uma minoria, destinadas a
liderança.
21. ELITE: Em qualquer
sociedade, grupo, época
ou lugar haverá sempre
uma elite que por seus
dons, competências, e
recursos terminará por
se destacar, deter o
poder e dirigir uma
minoria. GRYNSZPAN, Mario. Ciência, política e
trajetórias sociais: uma sociologia histórica da teoria das
elites. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999, p 256)
22. Gaetano Mosca:
Na concepção de Mosca: havia
sempre duas classes de pessoas:
Dirigidas e Dirigentes.
Distinção entre elas: organização.
Dirigentes destacavam-se por
possuir atributos valorizados em
termos sociais: Força Física;
Contato com divindades; Saber;
Riqueza.
23. Classe dirigente não se
sustentava no poder apenas na
base da força: Devia ter algum
princípio
RELIGIOSO MORAL LEGAL
24. Vilfredo Pareto
Existe em todas as esferas
indivíduos que se destacam dos
demais (qualidades superiores)
As elites não são eternas: Existe
uma renovação: Circulação das
Elites Quando cessa a circulação
acontece a degeneração da elite:
Elite com elementos de qualidade
inferior
25. Homens não estão igualmente
distribuídos na escala social:
Pequena minoria
Alguns intermediários
Grande maioria
26. “O Caráter da elite que define
a qualidade da sociedade”
Numa Sociedade Ideal a circulação
das elites garantiria que os mais
aptos chegassem ao topo, pelas
capacidades
Princípios de seleção não ocorrem
exclusivamente pela competência.
Exemplo: Hereditariedade