Aula de Escola Bíblia Dominical sobre o Antigo Egito durante o período do Êxodo. Usa-se como base a teoria clássica de que o Êxodo aconteceu em 1440 a.c., segundo 1 Reis 6.1. A aula também cita as divindades atacadas por Deus nas Dez Pragas.
2. Antigo Egito - Geografia
O Antigo Egito foi
um império
formado em torno
das margens
alagáveis do Rio
Nilo.
Até 3.100 a.c., era
dividido em Alto e
Baixo Egito, tendo
sido unificado pelo
primeiro faraó, o
mítico Menés, que
os estudiosos
associam aos
faraós Narmer ou
Hórus Aha.
3. Antigo Egito - Geografia
A
região egípcia é
um enorme deserto
cortado pelo rio Nilo,
que, quando
alagado, forma uma
vegetação de
savana e gera um
solo rico em minerais,
propício para a
agricultura.
4. Antigo Egito - Governo
Desde
3.150 a.c. até 30 a.c., o
antigo Egito foi regido por
soberanos absolutistas chamados
de Faraós. Foram 30 (ou 31)
dinastias reais.
O
faraó não era apenas um simples rei, mas
também o administrador máximo, chefe do
exército, primeiro magistrado e sacerdote supremo
do Egito, além de ser considerado um deus vivo,
recebendo o espírito de Hórus quando sentado no
trono.
5. Antigo Egito – Época bíblica
Há
duas teorias sobre quem teria
sido o faraó do Êxodo. A teoria
conservadora entende que o
Êxodo aconteceu em 1440 a.c.,
durante o reinado de Tutmoses III.
Base: 1 Reis 6.1, Juízes 11.26.
Já a corrente crítica entende que
apenas o faraó Ramessés II, que
reinou em 1250 a.c., teria as
características a se encaixarem no
relato bíblico (Êx. 1.11, cp. Gn.
47.11).
6. Antigo Egito – Época bíblica
Uma informação vital sobre a
possibilidade de Tutmoses III ser o faraó
do Êxodo é que, após o início de seu
governo soberano (1457 a.c.), ele
empreendeu 17 campanhas anuais no
Levante, parando exatamente em
1440 a.c.
Confirmando-se
o relato, a “mãe”
de Moisés seria a rainha Hatchepsut,
meia-irmã de Tutmoses II e mãe de
Tutmoses III, co-reinante com este
de 1479 a 1457 a.c.
8. Antigo Egito – Época bíblica
Outro argumento que corrobora o período do Êxodo seria o
fato de que José teria vivido perto do final do Império Médio,
com a mudança de reinado para o período Hicso sendo
caracterizada pela mudança de paradigma com os hebreus.
Os Hicsos eram governantes estrangeiros, povo que dominou
o Egito entre 1785 e 1555 a.c., e possivelmente tinha raízes
semitas, o que explica uma certa “benevolência” de seus
líderes com o povo hebreu.
Com a queda dos hicsos, ascende uma nova dinastia, a XVIII
dinastia, tipicamente egípcia, hostil a povos semitas, à qual
os faraós Tutmoses pertencem.
Os críticos preferem colocar a vida de José no período hicso,
por volta de 1670 a.c., empurrando o Êxodo para a época
de Ramessés II.
9. Antigo Egito – Religião
O Antigo Egito era politeísta, com deuses
representando diversos elementos da
natureza.
Acreditava-se que os faraós eram deuses
vivos, descendentes do deus Ra na terra.
Houve apenas um breve período, por
volta de 1350 a.c., em que um faraó do
Império Novo, Amenotep IV, decidiu se
converter ao monoteísmo, renomeandose Akenáton e obrigando o povo a adorar
ao deus Aton, representado pelo disco
solar. Este culto foi extinto com sua morte
e por seu descendente direto,
Tutankamon.
10. Antigo Egito – As Dez Pragas
As Dez Pragas foram a forma
escolhida por Deus para atingir o
povo egípcio antes de libertar o
povo de Israel da escravidão.
Cada uma das pragas representa
uma forma de Deus mostrar a sua
superioridade sobre as divindades
adoradas pelos egípcios.
Esta chave de interpretação aparece no relato da serpente
da vara de Moisés, que devora as serpentes criadas pelos
magos do Egito, na primeira apresentação de Moisés
perante Faraó.
11. As divindades das 10 pragas
Primeira praga: Rio Nilo transformado
em sangue
Esta praga foi para abalar a crença do
povo em Hapi, deus do Nilo, cultuado
pela sua importância para a agricultura
egípcia.
Segunda praga: Sapos
Esta praga, que os sábios e magos do
Egito só conseguiram recriar fazendo os
sapos aparecerem (mas não irem
embora), foi uma afronta à deusa Heket,
deusa da fertilidade, água e renovo.
12. As divindades das 10 pragas
Terceira Praga: Piolhos do pó da terra
Esta praga foi uma afronta ao deus
Geb, deus da terra.
Quarta praga: Enxame de “moscas”
Vale notar que o texto bíblico original não
apresenta o termo “moscas”, mas somente
“enxames. Isso pode denotar outro tipo de
inseto, como o escaravelho, representando
o deus Khepri, deus egípcio da criação, do
movimento do sol e da ressurreição.
Considerada a forma jovem de Amon-Rá.
13. As divindades das 10 pragas
Quinta praga: Morte do gado
Ataque direto aos deuses Apis e
Hathor, deuses representados por um
touro e uma vaca.
Sexta praga: Feridas purulentas
Esta praga afetou diretamente a
saúde da população. Nem mesmo
a avançada medicina egípcia
pode ajudá-los. Esta praga foi um
ataque à deusa Isis, deusa da
medicina.
14. As divindades das 10 pragas
Sétima praga: Saraiva (geada) do céu
Esta praga teria sido uma afronta à
deusa Nut, deusa do céu. É também
uma afronta a Isis e Set, considerados
protetores das plantações.
Oitava praga: Gafanhotos
Uma segunda praga é enviada por Deus para
arrasar de vez com as plantações egípcias. O
deus Set novamente não pode proteger a
devastação feita na agricultura da região.
15. As divindades das 10 pragas
Nona praga: Três dias de completa escuridão
Eclipse totalmente sobrenatural, esta praga é
uma afronta direta à principal divindade
egípcia, Ra, o deus Sol.
Décima praga: Morte dos primogênitos
Golpe final de Deus sobre os egípcios, esta
praga atinge a estrutura de governo, pois
acreditava-se que os faraós eram deuses vivos,
filhos diretos de Ra. Com a morte do primogênito
do faraó, o Deus de Israel quebra o orgulho da
família real e do povo egípcio, pois os
primogênitos eram mais considerados.