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Estruturação de Contratos para
Participação Privada em Infraestrutura




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Sumário
–   Estrutura econômica dos contratos de PPP
–   Indicadores de serviço e sistema de pagamento
–   Qual o sistema de regulação a ser adotado?
–   Receitas alternativas e ganhos com refinanciamento
–   Seguros e garantia de cumprimento do contrato
–   Gerenciamento de conflitos e inadimplemento contratual
–   Financiamento e acompanhamento financeiro
–   Desapropriações e realocações involuntárias
–   Extinção do contrato e bens reversíveis
Estrutura econômica dos
    contratos de PPP
Concessões e PPPs definidas por sua
   estrutura econômica interna
  Investimento na
                                                          Obra
  implantação/melhoria da
                                                          Pura
  infraestrutura pelo setor privado

                                                         Obra
  Amortização, depreciação e                         + Manutenção
  remuneração pela exploração da
  infraestrutura                                  Obra + Manutenção
                                                          +
                                                       Operação
  Necessidade de contratos de longo
  prazo
                                                  Concessão e PPP
  O serviço é operado por quem investe      Especificação do projeto básico e
  na infraestrutura:                        projeto executivo + Financiamento
   • Incentivo para aumento da eficiência   + Obra + Manutenção + Operação
   • Fiscalização sobre o “output”
Quanto mais atribuições forem
transferidas para o parceiro privado,
maiores as possibilidades de ganhos
  Supondo que os indicadores de resultado do serviço serão
  claramente estabelecidos
  Quanto mais liberdade, mais espaço para o parceiro privado
  gerar ganhos
  Se o concurso for bem estruturado e competitivo, esses
  ganhos refletirão na relação qualidade/custo beneficiando
  usuários e Poder Público
Ganhos de eficiência, custos de
transação e valor mínimo do contrato
  Objetivo principal dos contratos de PPP e concessão é
  produzir ganhos de eficiência que retornem para o usuário e
  para o Poder Público
  Ganhos de eficiência
     Elásticos em relação a escala do projeto
  Custos de transação
     são altos para estruturação de PPP e concessão
     Inelásticos em relação a escala do projeto
  Vários países estipularam valor mínimo de contrato para
  garantir que ganhos de eficiência superem custo de transção
Em que contextos a estrutura
econômica da concessão se justifica?

               Baixa exigência de capital




                                                        MERA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
                                                        MERA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
                      Ex. serviços de limpeza
   CONCESSÃO
   CONCESSÃO




                   Exigência moderada
                        de capital
                         Ex.: coleta de lixo


                      Capital intensivo
               Ex.: construção, operação e manutenção
                               de prisão
Por que os prazos dos contratos são
longos?
  Teoricamente seria melhor resubmeter os contratos
  Governamentais a novos concursos periodicamente
     Para adequar o seu valor a valores de mercado
     É preciso levar em conta os custos de transação
  Nos contratos que requerem investimento privado:
     Existe necessidade de diluir a remuneração do custo do investimento
     por prazo longo para trazer a tarifa/preço para nível adequado vis a
     vis a capacidade de pagamento dos usuários e do Poder Público
  Prazo deve ser estabelecido considerando
     Valor da tarifa/preço
     Tempo necessário para remunerar o investimento
Introdução de lógica de longo prazo
na gestão dos ativos
  Tradicionalmente poder público
     Poder público contrata empresa privada para realizar obra de
     infraestrutura
     Poder público realiza operação dos ativos diretamente
     Empresa contratada para obra não tem compromisso de longo prazo:
     minimiza o seu investimento
     Poder público tem incentivo político de curto prazo: maximizar a
     dimensão e impressão de qualidade da obra
  Transferência para parceiro privado da obrigação de investir,
  operar e manter por longo prazo
     Considera na decisão de investimento o custo de manutenção e
     operação
     Introduz assim lógica de longo prazo na gestão de ativos públicos
     Efeitos são mais relevantes se a obrigação de fazer projeto for
     transferida também para a iniciativa privada
Diferenças na relação entre o Estado e seus
   parceiros nas obras tradicionais e nas concessões
   e PPPs


              Investimento   O&M       Foco da        Fiscalização            Exigência em relação
                                       qualificação                           aos estudos de
                                                                              engenharia
Obra          Público        Público   Técnica        Insumos                 Detalhados (projeto
                                                                              básico)
Concessão/P   Privado        Privado   Financeira     Resultados do serviço   Conceitual/Funcional
PP                                                                            (anteprojeto)
Sumário das Características Econômicas
Principais dos Contratos de Concessão e PPP
  O contrato pode envolver a realização dos projetos, construção, financiamento,
  operação e transferência dos bens ao final para o Poder Público


  Contratos de longo prazo – geralmente mais de 15 anos


  Remuneração do concessionário é dada pela cobrança de tarifa, pela exploração de
  receitas alternativas e/ou pela percepção de pagamento público


  Contrato deve estabelecer conjunto de indicadores de qualidade e cobertura do
  serviço, aos quais a possibilidade de cobrar tarifa e o sistema de multas deve estar
  vinculado


  Matriz de riscos e sistema para estabilização do contrato frente a passagem do
  tempo deve ser determinada pelo contrato
Indicadores de Serviço e
 Sistema de Pagamento
Características do Contrato

  Contrato baseado em indicadores qualitativos e quantitativos
   – Fiscalização sobre os resultados e não sobre os insumos
   – Maior espaço para produção de ganhos de eficiência


  Sistemas de remuneração claros e eficientes
   – Vinculação do sistema de remuneração aos indicadores de resultado
       • Utilização da lógica da “exceção de descumprimento do contrato ao invés das
         multas
            – Ex. desconto do reequilíbrio

   – Desenvolvimento de sistemas tarifários mais eficientes
       • Sistema desenvolvido para o projeto da BR 116/324, baseado nos estudos da
         AASHTO
Hospital do Suburbio – indicadores de
qualidade – desempenho da atenção
Hospital do Suburbio – indicadores de
qualidade – qualidade da atenção
Hospital do Suburbio – indicadores de
quantidade para área de internação
Hospital do Suburbio – Sistema de
Pagamentos
Rodovia BA 093 – indicadores
funcionais do pavimento

–Deflexão Característica (Dc): também denominada deformação ou deflexão recuperável, é
um indicativo do comportamento elástico da estrutura. Quanto maior seu valor, mais elástica ou
resiliente é a estrutura e maior o seu comprometimento estrutural. As deflexões características do
pavimento flexível deverão ser medidas de forma dinâmica, através de equipamento dinâmico de
impacto tipo Falling Weight Deflectometer – FWD, de acordo com a norma DNIT PRO 273/96, com
espaçamentos máximos, em uma mesma faixa de tráfego, de 200 (duzentos) m.
–Flecha na trilha de roda: indicador, medido em milímetros, da deformação permanente no
sulco formado nas trilhas de roda interna (TRI) e de roda externa (TRE), correspondente ao ponto
de máxima depressão, sob o centro de uma régua de 1,20m. A flecha na trilha de roda deve ser
avaliada de acordo com as Normas DNIT 006/2003-PRO e DNIT 007/2003-PRO.
–Índice de Condição do Pavimento (ICP): indicador do estado de conservação do
pavimento rígido. Para a avaliação do ICP, a Concessionária deverá seguir a Norma DNIT
062/2004-PRO, com o
número de placas das amostras definido na Norma DNIT 060/2004- PRO. O grau de severidade
dos defeitos também deverá ser avaliado com base na Norma DNIT 060/2004-PRO. Além disso,
deverá ser seguido pela Concessionária o disposto no Manual de Pavimentos
Rígidos do DNIT.
Rodovia BA 093 – indicadores
funcionais do pavimento

–Índice de Gravidade Global (IGG): número adimensional que expressa a severidade e a
freqüência dos defeitos existentes na pista de rolamento, sendo crescente com o aumento do grau
de deterioração dos pavimentos. É o somatório dos Índices de Gravidade Individuais, calculados
como o produto da freqüência relativa de ocorrência dos defeitos pelos fatores de ponderação
estabelecidos na Norma DNIT 006/2003-PRO.
–Índice de Irregularidade Longitudinal (IRI – International Roughness Index):
indicador representativo da irregularidade da superfície do pavimento, expresso em m/km e
calculado como o somatório dos deslocamentos verticais retificados (isto é, em valores absolutos)
do eixo traseiro de um veículo em relação à carroçaria do mesmo. O IRI mede o padrão de
rolamento (conforto) dos pavimentos, sendo crescente com o aumento das condições de
irregularidade da superfície. O IRI deverá ser medido por meio de equipamento tipo Perfilógrafo
Laser, Classe I da ASTM E950, contendo, no mínimo, 2 sensores lasers e 2 acelerômetros, que
permitam a obtenção de valores na escala internacional de irregularidade em tempo real, durante os
levantamentos de campo, ou equipamento tecnicamente superior. Os valores de IRI deverão ser
integrados em intervalos de 200 (duzentos) m, em todas as faixas de tráfego.
–Índice de retrorefletância: indicador de segurança da rodovia, avalia a qualidade da pintura
da sinalização e é expresso em Mcd/Lux.m2.
–Trincamento (TR): o percentual de área trincada é um indicador de fadiga do revestimento
asfáltico que avalia a deficiência estrutural dos pavimentos flexíveis. Caracteriza-se pela soma de
trincas de classes 2 e 3 (FC2 + FC3).
Rodovia BA 093 – descontos na tarifa
por falhas de qualidade
Alguns indicadores - distribuição

                                            DEC                     FEC
                                                                                   Modulo 8 do PRODISP
                N. Cons        DEC                       FEC
                                           Padrão                  Padrão          DEC – Duração Equivalente de
SANTA
TEREZINHA
                   15.361           3,42          5,40      2,90        6,00       Interrupção por Unidade Consumidora
SANTO
AMARO
                   29.311           2,75          3,60      1,93        3,00       FEC – Fequencia Equivalente de
SANTO
ANASTACIO
                   16.511           1,43          7,80      0,99       10,20       Interrupção por Unidade consumidora
SANTO
ANDRÉ
                   42.587           1,22          3,60      0,49        2,40       DIC, FIC, DMIC – limites:
SANTO
ANTONIO               7.233         1,10          4,20      0,39        3,60
                                                                                        Mensais, trimestrais e anuais
DA POSSE
Santo
                                                                                   Compensação automática em 2 meses
Antonio do
                      3.808         3,38        21,00       2,28       12,00
Aracangua
1
SANTOS             25.335           2,90          6,00      2,66        6,60
SÃO
BERNARDO           65.398           3,34          4,80      2,04        3,60
DO CAMPO

                                                                                                                          DMIC
                                                                      DIC                             FIC
             GHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S/A                                                                              (em
                                                                   (em horas)               (número de interrupções)
                                                                                                                          horas)

             Conjunto         DEC           FEC          ANUAL       TRIM.      MENSAL   ANUAL       TRIM.       MENSAL   MENSAL

             LEBLON            3            3            16,95       8,47        4,23    11,70       5,85          2,92    2,26

Fonte: ANEEL – www.aneel.gov.br
Compensações realizadas –
distribuidoras energia 2010

  Regiao    Distribuidora       N. De Compensacoes Valor de Compensações
  Sudeste   AMPLA                        5.948.923       R$ 30.923.858,54
  Sudeste   BANDEIRANTE                  1.547.260        R$ 3.856.604,53
  Sudeste   CAIUÁ-D                        106.646          R$ 172.165,75
  Sudeste   CEMIG-D                     11.114.557       R$ 20.734.074,89
  Sudeste   CJE                             32.553          R$ 246.883,39
  Sudeste   CLFM                             6.026           R$ 18.978,97
  Sudeste   CLFSC                           39.846           R$ 75.855,34
  Sudeste   CNEE                            72.452          R$ 181.704,52
  Sudeste   CPEE                            23.308           R$ 57.440,57
  Sudeste   CPFL- Piratininga              515.758        R$ 1.278.604,64
  Sudeste   CPFL-Paulista                1.270.986        R$ 3.769.874,74
  Sudeste   CSPE                            37.282           R$ 91.569,52
  Sudeste   DMEPC                            5.813           R$ 10.307,62
  Sudeste   EDEVP                           55.968           R$ 90.305,83
  Sudeste   EEB                             59.584          R$ 196.496,06
  Sudeste   ELEKTRO                      1.300.787        R$ 5.990.853,57
  Sudeste   ELETROPAULO                  7.875.492       R$ 25.692.969,24
  Sudeste   ELFSM                           10.296          R$ 108.721,29
  Sudeste   EMG                            604.165        R$ 1.237.329,54
  Sudeste   ENF                            181.139          R$ 420.115,51
  Sudeste   ESCELSA                        613.614        R$ 1.445.844,79
  Sudeste   LIGHT                        4.060.639       R$ 15.281.586,70
Qual o sistema de regulação
      a ser adotado?
Sistemas de regulação

  Problema fundamental:
     Contratos de longo prazo
     Necessariamente incompletos e por isso necessidade de sua
     adaptação ao longo do tempo
     Imprevisibilidade de quais adaptações serão necessárias
     Necessidade de assegurar
        proteção do investimento e dos incentivos para investimento
        incentivos para execução eficiente do contrato
        transferência de parcela dos ganhso de eficiência do parceiro privado para o
        Poder Público e/ou para o usuário

  Preocupação: sistema de regulação deve ser coerente com
  a matriz de riscos contratual
Sistemas de regulação

  Formas tradicionais de regulação
     Regulação por taxa de retorno
     Preço-teto
  Outros instrumentos para a estabilização das condições
  econômico-financeiras do contrato
     Cláusula protetiva do equilíbrio econômico-financeiro
         As compensações financeiras
         As “Reprecificações”
     Submissão a novo concurso ao longo do contrato
     Concurso realizado pelo menor valor presente líquido de receita
Regulação por taxa de retorno

  Origem: experiência dos EUA
  Objetivo:
     assegurar ao regulado taxa de retorno razoável sobre investimentos
  Necessidade de
     separação entre custos controláveis e não controláveis
     estipulação de limites para custos controláveis
     Estipulação de taxa adequada de retorno
         Evitar super ou sub investimento
  Excedentes de
     custos controláveis devem penalizar a taxa de retorno
     custos não controláveis devem ser compensados por aumento de tarifa
     ou aumento do pagamento público
  Desafios principais:
     Estabelecer limites adequados para os custos
     Definir o que é taxa de retorno razoável e revisá-la periodicamente ao
     longo do contrato
Regulação por preço-teto

  Origem: academia no Reino Unido
  Objetivo originário:
     Deslocar o foco da regulação dos custos para o preço do serviço,
     evitando, assim, ao menos parcialmente, os efeitos da assimetria de
     informações sobre custos
  Consequencia:
     Utilização da tarifa/pagamento como teto
     Aplicação de deflator (fator X) na tarifa para forçar transferencia de
     ganhos de eficiência setoriais do regulado para os usuários/poder
     público
     Aplicação de componente (fator Y) para transferencia ao preço de
     aumento/redução de custos não controláveis
  Desafios principais:
     Estabelecer metodologia para cálculo do Fator X
     Necessidade de analisar custos quando se fizer necessária alteração
     relevante nos indicadores de serviço do contrato
         Para isso, será necessário ter acompanhamento de custos
Outros instrumentos: a cláusula protetiva
do equilibrio econômico-financeiro
  Objetivo de uma perspectiva contratual:
     Dar flexibilidade ao contrato, permitindo ao Poder Público alterá-lo para
     satisfazer ao interesse público, mediante indenização (“reprecificação”)
     Em alguns países a cláusula também engloba as indenizações de uma parte
     a outra por riscos contratuais sofridos por uma parte, mas de
     responsabilidade de outra parte (“compensação financeira”)
  Constitui-se em garantia ao contratado
     Nenhuma alteração contratual será feita sem que as suas conseqüências
     econômicas sejam reparadas
  Desafio:
     Estipular claramente os critérios e limites de uso dessa cláusula, coerentes
     com a matriz de risco contratual
         A falta de clareza leva a renegociação do contrato, o que raramente é bom para o Poder
         Público
Outros instrumentos: a exigência de
concurso periódico
  Objetivo:
     Permitir adequar a condições de mercado contrato de longo prazo que
     foram realizados em situação de alta incerteza, por exemplo quanto a
     demanda
     Submeter periodicamente (por ex. a cada 10 anos) a concurso contrato no
     qual parceiro privado contratado no primeiro concurso realizou
     investimento relevante que não foi ainda amortizado/depreciado

  Como?
     Contrato estabelece concurso periódicos
     O vencedor do concurso tem obrigação de pagar o valor não amortizado do investimento ao
     parceiro privado operador da infraestrutura
     O parceiro privado operador da infraestrutura pode participar do novo concurso
     O critério de julgamento do concurso pode ser menor tarifa ou maior pagamento pela outorga
Outros instrumentos: o concurso por
menor valor presente líquido de receitas
  Clareza quanto aos custos de investimento
     Indicadores de resultado do serviço prefixados em relação a qualidade
     do serviço
  Clareza sobre o custo de manutenção e operação por ano
  Quem aceita realizar investimento, manter e operar o ativo pela
  menor receita líquida em valor presente?
     Incentivo a eficiência
     Quanto menor a receita presente líquida, menor será o prazo do
     contrato
  Tarifa pré-fixada, portanto receita presente líquida depende da
  realização demanda
  Prazo de contrato variável: contrato termina quando o valor de
  receita estipulado é atingido
     Quanto mais rápido a demanda se realiza, menor o prazo do contrato
     Quanto mais demora a realização da demanda, maior o prazo
     contratual
Receitas alternativas e
     ganhos com
  refinanciamento
Receitas alternativas

  Receitas diversas das tarifárias ou do pagamento público
     Ex.: receitas de exploração de faixa de domínio em rodovia, para
     publicidade ou para passagem de cabos de fibra ótica
  Poder Público mapeia e dimensiona as receitas alternativas
  relevantes nos estudos de viabilidade
  Contrato estabelece regras específicas de
  compartilhamento dessas receitas
  Contrato prevê regras para receitas não previstas
     Prévia autorização para exploração
     Regra para repartição
     Destino da fatia do setor público (tarifa ou pagamento público?)
Ganhos de Refinanciamento

  Quando acontecem?
     Entrada em operação reduz riscos do projeto
     Consolidação do Programa de PPP também reduz riscos
     Oportunidade para refinanciamento com taxas de juros mais baixas
  Como medir os ganhos?
     Subtração do valor presente
         Das contribuições líquidas estimadas para os acionistas no cenário pós refinanciamento
         Das contribuições líquidas estimadas para os acionistas no cenário pré refinanciamento
  Qual a repartição?
     Experiência do Reino Unido:
         30% para Poder Público na primeira fase do Programa
         Atualmente, 50% para o Poder Público
  Se o Poder Público é acionista, se beneficia como ambos, acionista, e
  como Poder Público
  Forma de pagamento: negociada entre as Partes
Seguros e garantia de
cumprimento de contrato
Seguros

  Importante contratar especialista durante a realização de
  estudo de viabilidade para estipular
     O que faz sentido segurar
     Quais os seguros a serem exigidos e quais valores de cobertura
     Preço do prêmio (para ser considerado no estudo de viabilidade)
  Seguradora e resseguradora, com força financeira de longo
  prazo, em escala nacional, superior ou igual a “Aa2.br”,
  “brAA” ou A(bra), conforme Moody’s, Standard & Poors ou
  Fitch, respectivamente
Exemplo de seguros exigidos para
Hospital
  Cobertura
     Seguro de Risco de Engenharia para Instalação e Montagem
     Seguro de Riscos Operacionais
     Seguro de cascos da frota de veículos
     Seguro de responsabilidade civil
         Instalação e montagem
         Veículos
         Responsabilidade civil do empregador
         Responsabilidade profissional

  Valores estipulados por especialista considerando os bens objeto da
  concessão
  Prazo de vigência anual
     Renovação das apólices 30 dias antes do vencimento
  Se não for realizado pelo parceiro privado, poder público pode realizar
  diretamente, e/ou aplicar multas e extinguir contrato
  Poder público como co-segurado
  Parceiro privado não pode alterar coberturas sem autorização do Poder
  Público
Garantia de Cumprimento do Contrato

  Utilização no processo de seleção no concurso como “sinal
  de capacidade financeira”
     Utiliza o mercado para avaliar a capacidade financeira do vencedor
     do concurso


  Gera incentivo financeiro para cumprimento do contrato
     Deve ser executada a primeira demanda


  Facilitar a execução de multas

  Importante: exigir rating de crédito das seguradoras
Variação do valor da garantia ao longo
do contrato


                                       Valor da Garantia - projeto hipotético
200

150

100
                                                                                          Valor da Garantia - projeto hipotético
 50

 0
      1   2   3   4   5   6   7   8   9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25



      Valor alto no princípio
              Uso como “sinal de capacidade financeira”
      Valor proporcional ao investimento no período intermediário
      Valor sobe novamente no final para gerar incentivo para
      devolução dos bens em bom estado
Gerenciamento de Conflitos
    e Inadimplemento
Intervenção

  Direito do Poder Público retormar o controle da concessão
  temporariamente nos casos de:
     Risco a segurança dos usuários, do meio ambiente, ou à
     continuidade do serviço
  Para evitar intervenções oportunistas
     Obrigação de abrir processo administrativo para apuração das
     causas da intervenção com prazo curto par decisão
Direito dos financiadores assumirem o
controle
  Quando incide?
     Condições financeiras que ameacem a continuidade do serviço
  Como se definem tais condições?
     “Covenants” financeiros
  Financiador como assistente do Poder Público para fiscalização
  dos aspectos financeiros da concessão
     Incentivos criados pelas garantias dos financiadores
  Incentivos entre Poder Público, financiadores e parceiro privado
  permite que seja deixada à relação entre financiador e parceiro
  privada a definição dos critérios de incidência desse direito
     Na experiência inglesa isso é feito pelo “Direct Agreement”
  Autorização do Poder Público para assunção de controle pelo
  financiador
  Reestruturação financeira e venda de controle pelo financiador
  Relações possíveis entre esse direito e o direito a intervenção
Mediação e arbitragem

  Mediação
    Tentativa de solução amistosa por meio da nomeação de comissão
    técnica composta pelas Partes
    Prazo curto (120 dias)
    Informalidade
  Arbitragem
    Substitutiva da decisão judicial
    Abrangência
        Qualquer questão de natureza financeira entre o Poder Público e o
        concessionário
        Poder Público mantém os poderes regulamentares, apenas os seus efeitos
        financeiros estão sujeitos a arbitragem
    Ad hoc ou institucional
Financiamento e
Acompanhamento
    Financeiro
Financiamento e Acompanhamento
Financeiro
 Financiamento e garantias aos financiadores
  – Cessão dos créditos futuros
  – Proteção da dívida no caso de extinção antecipada do contrato


 Acompanhamento das informações financeiras e contábeis da concessionária
 pelo poder público
  – Exigência de adoção de regras de contabilidade exigidas de empresas listadas em
    bolsa
  – Provimento de informações contábeis e financeiras trimestrais
  – Provimento para o poder público de informações e análises financeiras dos
    financiadores sobre a concessionária
Desapropriações e
Realocações involutárias
Desapropriações realocações
involuntárias
  Estudo de viabilidade social deve mapear:
     as áreas a serem desapropriadas
     A população a ser realocada
     O custo das desapropriações e das realoções
  Em alguns países, contrato pode transferir para o parceiro privado
     A obrigação de realização dos atos executórios da desapropriação
     O gerenciamento da realocação
  Para isso é preciso ter regras claras sobre como realizar ambos
     Princípios do Equador e “Standards” Sociais do IFC
  Geralmente custo total estimado com desapropriações e realocações é
  previsto no contrato e se o custo real excede o previsto, o parceiro
  privado é indenizado pelo Poder Público
     Não há intenção de gerar incentivo para o parceiro privado reduzir esse custo, pois o
     Poder Público não quer correr o risco de que isso espolie os desapropriados ou
     realocados
Extinção do contrato e
   bens reversíveis
Extinção do Contrato

  Obrigação do parceiro privado assessorar o Poder Público
  no período de transição, garantindo a continuidade dos
  serviços

  Tipos de extinção
     Decurso do prazo do contrato
     Pelo Poder Público, por descumprimento do contrato pelo parceiro
     privado (caducidade)
     Pelo Poder Público, por razões políticas (encampação)
     Pelo parceiro privado, por descumprimento do contrato pelo Poder
     Público (rescisão)
     Pela falência/insolvência do parceiro privado
Extinção do Contrato

  Indenização em caso de extinção antecipada do contrato
     Entendimento da indenização por bens reversíveis utilizados na prestação
     do serviço não amortizados
     Cobertura da dívida em qualquer caso, mesmo no caso de extinção por
     não cumprimento do parceiro privado
     Cobertura do retorno privado em caso de término antecipado sem culpa
     do concessionário
     O contrato deve estabelecer indenização prévia a assunção dos serviços
     pelo Poder Público em todo caso, exceto nos casos de extinção por não
     cumprimento do contrato
     Permissão que indenizações sejam pagas diretamente a financiadores
Bens reversíveis

  Definição contratual dos bens reversíveis
     Ideal seria fazer enumeração taxativa, mas isso é geralmente inviável
     Bens indispensáveis para a prestação do serviço, mais enumeração não
     taxativa
     Exigência que conste dos contratos que garantem ao concessionário o
     uso dos bens a previsão de transferência para o Poder Público, em caso
     de término do contrato, com transferência dos direitos e obrigações do
     concessionário para o Poder Público
  Deve ser mantida contabilidade clara dos investimentos em
  bens reversíveis, porque eles serão objeto de indenização ao
  término do contrato
Direitos autorais e créditos
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Estruturacao contratos de participacao privada em infraestrutura - para o Governo de Mocambique

  • 1. Estruturação de Contratos para Participação Privada em Infraestrutura © immu on Flickr and licensed for reuse under this Creative Commons Attribution-Noncommercial-Share Alike 3.0 Unported
  • 2. Sumário – Estrutura econômica dos contratos de PPP – Indicadores de serviço e sistema de pagamento – Qual o sistema de regulação a ser adotado? – Receitas alternativas e ganhos com refinanciamento – Seguros e garantia de cumprimento do contrato – Gerenciamento de conflitos e inadimplemento contratual – Financiamento e acompanhamento financeiro – Desapropriações e realocações involuntárias – Extinção do contrato e bens reversíveis
  • 3. Estrutura econômica dos contratos de PPP
  • 4. Concessões e PPPs definidas por sua estrutura econômica interna Investimento na Obra implantação/melhoria da Pura infraestrutura pelo setor privado Obra Amortização, depreciação e + Manutenção remuneração pela exploração da infraestrutura Obra + Manutenção + Operação Necessidade de contratos de longo prazo Concessão e PPP O serviço é operado por quem investe Especificação do projeto básico e na infraestrutura: projeto executivo + Financiamento • Incentivo para aumento da eficiência + Obra + Manutenção + Operação • Fiscalização sobre o “output”
  • 5. Quanto mais atribuições forem transferidas para o parceiro privado, maiores as possibilidades de ganhos Supondo que os indicadores de resultado do serviço serão claramente estabelecidos Quanto mais liberdade, mais espaço para o parceiro privado gerar ganhos Se o concurso for bem estruturado e competitivo, esses ganhos refletirão na relação qualidade/custo beneficiando usuários e Poder Público
  • 6. Ganhos de eficiência, custos de transação e valor mínimo do contrato Objetivo principal dos contratos de PPP e concessão é produzir ganhos de eficiência que retornem para o usuário e para o Poder Público Ganhos de eficiência Elásticos em relação a escala do projeto Custos de transação são altos para estruturação de PPP e concessão Inelásticos em relação a escala do projeto Vários países estipularam valor mínimo de contrato para garantir que ganhos de eficiência superem custo de transção
  • 7. Em que contextos a estrutura econômica da concessão se justifica? Baixa exigência de capital MERA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MERA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Ex. serviços de limpeza CONCESSÃO CONCESSÃO Exigência moderada de capital Ex.: coleta de lixo Capital intensivo Ex.: construção, operação e manutenção de prisão
  • 8. Por que os prazos dos contratos são longos? Teoricamente seria melhor resubmeter os contratos Governamentais a novos concursos periodicamente Para adequar o seu valor a valores de mercado É preciso levar em conta os custos de transação Nos contratos que requerem investimento privado: Existe necessidade de diluir a remuneração do custo do investimento por prazo longo para trazer a tarifa/preço para nível adequado vis a vis a capacidade de pagamento dos usuários e do Poder Público Prazo deve ser estabelecido considerando Valor da tarifa/preço Tempo necessário para remunerar o investimento
  • 9. Introdução de lógica de longo prazo na gestão dos ativos Tradicionalmente poder público Poder público contrata empresa privada para realizar obra de infraestrutura Poder público realiza operação dos ativos diretamente Empresa contratada para obra não tem compromisso de longo prazo: minimiza o seu investimento Poder público tem incentivo político de curto prazo: maximizar a dimensão e impressão de qualidade da obra Transferência para parceiro privado da obrigação de investir, operar e manter por longo prazo Considera na decisão de investimento o custo de manutenção e operação Introduz assim lógica de longo prazo na gestão de ativos públicos Efeitos são mais relevantes se a obrigação de fazer projeto for transferida também para a iniciativa privada
  • 10. Diferenças na relação entre o Estado e seus parceiros nas obras tradicionais e nas concessões e PPPs Investimento O&M Foco da Fiscalização Exigência em relação qualificação aos estudos de engenharia Obra Público Público Técnica Insumos Detalhados (projeto básico) Concessão/P Privado Privado Financeira Resultados do serviço Conceitual/Funcional PP (anteprojeto)
  • 11. Sumário das Características Econômicas Principais dos Contratos de Concessão e PPP O contrato pode envolver a realização dos projetos, construção, financiamento, operação e transferência dos bens ao final para o Poder Público Contratos de longo prazo – geralmente mais de 15 anos Remuneração do concessionário é dada pela cobrança de tarifa, pela exploração de receitas alternativas e/ou pela percepção de pagamento público Contrato deve estabelecer conjunto de indicadores de qualidade e cobertura do serviço, aos quais a possibilidade de cobrar tarifa e o sistema de multas deve estar vinculado Matriz de riscos e sistema para estabilização do contrato frente a passagem do tempo deve ser determinada pelo contrato
  • 12. Indicadores de Serviço e Sistema de Pagamento
  • 13. Características do Contrato Contrato baseado em indicadores qualitativos e quantitativos – Fiscalização sobre os resultados e não sobre os insumos – Maior espaço para produção de ganhos de eficiência Sistemas de remuneração claros e eficientes – Vinculação do sistema de remuneração aos indicadores de resultado • Utilização da lógica da “exceção de descumprimento do contrato ao invés das multas – Ex. desconto do reequilíbrio – Desenvolvimento de sistemas tarifários mais eficientes • Sistema desenvolvido para o projeto da BR 116/324, baseado nos estudos da AASHTO
  • 14. Hospital do Suburbio – indicadores de qualidade – desempenho da atenção
  • 15. Hospital do Suburbio – indicadores de qualidade – qualidade da atenção
  • 16. Hospital do Suburbio – indicadores de quantidade para área de internação
  • 17. Hospital do Suburbio – Sistema de Pagamentos
  • 18. Rodovia BA 093 – indicadores funcionais do pavimento –Deflexão Característica (Dc): também denominada deformação ou deflexão recuperável, é um indicativo do comportamento elástico da estrutura. Quanto maior seu valor, mais elástica ou resiliente é a estrutura e maior o seu comprometimento estrutural. As deflexões características do pavimento flexível deverão ser medidas de forma dinâmica, através de equipamento dinâmico de impacto tipo Falling Weight Deflectometer – FWD, de acordo com a norma DNIT PRO 273/96, com espaçamentos máximos, em uma mesma faixa de tráfego, de 200 (duzentos) m. –Flecha na trilha de roda: indicador, medido em milímetros, da deformação permanente no sulco formado nas trilhas de roda interna (TRI) e de roda externa (TRE), correspondente ao ponto de máxima depressão, sob o centro de uma régua de 1,20m. A flecha na trilha de roda deve ser avaliada de acordo com as Normas DNIT 006/2003-PRO e DNIT 007/2003-PRO. –Índice de Condição do Pavimento (ICP): indicador do estado de conservação do pavimento rígido. Para a avaliação do ICP, a Concessionária deverá seguir a Norma DNIT 062/2004-PRO, com o número de placas das amostras definido na Norma DNIT 060/2004- PRO. O grau de severidade dos defeitos também deverá ser avaliado com base na Norma DNIT 060/2004-PRO. Além disso, deverá ser seguido pela Concessionária o disposto no Manual de Pavimentos Rígidos do DNIT.
  • 19. Rodovia BA 093 – indicadores funcionais do pavimento –Índice de Gravidade Global (IGG): número adimensional que expressa a severidade e a freqüência dos defeitos existentes na pista de rolamento, sendo crescente com o aumento do grau de deterioração dos pavimentos. É o somatório dos Índices de Gravidade Individuais, calculados como o produto da freqüência relativa de ocorrência dos defeitos pelos fatores de ponderação estabelecidos na Norma DNIT 006/2003-PRO. –Índice de Irregularidade Longitudinal (IRI – International Roughness Index): indicador representativo da irregularidade da superfície do pavimento, expresso em m/km e calculado como o somatório dos deslocamentos verticais retificados (isto é, em valores absolutos) do eixo traseiro de um veículo em relação à carroçaria do mesmo. O IRI mede o padrão de rolamento (conforto) dos pavimentos, sendo crescente com o aumento das condições de irregularidade da superfície. O IRI deverá ser medido por meio de equipamento tipo Perfilógrafo Laser, Classe I da ASTM E950, contendo, no mínimo, 2 sensores lasers e 2 acelerômetros, que permitam a obtenção de valores na escala internacional de irregularidade em tempo real, durante os levantamentos de campo, ou equipamento tecnicamente superior. Os valores de IRI deverão ser integrados em intervalos de 200 (duzentos) m, em todas as faixas de tráfego. –Índice de retrorefletância: indicador de segurança da rodovia, avalia a qualidade da pintura da sinalização e é expresso em Mcd/Lux.m2. –Trincamento (TR): o percentual de área trincada é um indicador de fadiga do revestimento asfáltico que avalia a deficiência estrutural dos pavimentos flexíveis. Caracteriza-se pela soma de trincas de classes 2 e 3 (FC2 + FC3).
  • 20. Rodovia BA 093 – descontos na tarifa por falhas de qualidade
  • 21. Alguns indicadores - distribuição DEC FEC Modulo 8 do PRODISP N. Cons DEC FEC Padrão Padrão DEC – Duração Equivalente de SANTA TEREZINHA 15.361 3,42 5,40 2,90 6,00 Interrupção por Unidade Consumidora SANTO AMARO 29.311 2,75 3,60 1,93 3,00 FEC – Fequencia Equivalente de SANTO ANASTACIO 16.511 1,43 7,80 0,99 10,20 Interrupção por Unidade consumidora SANTO ANDRÉ 42.587 1,22 3,60 0,49 2,40 DIC, FIC, DMIC – limites: SANTO ANTONIO 7.233 1,10 4,20 0,39 3,60 Mensais, trimestrais e anuais DA POSSE Santo Compensação automática em 2 meses Antonio do 3.808 3,38 21,00 2,28 12,00 Aracangua 1 SANTOS 25.335 2,90 6,00 2,66 6,60 SÃO BERNARDO 65.398 3,34 4,80 2,04 3,60 DO CAMPO DMIC DIC FIC GHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S/A (em (em horas) (número de interrupções) horas) Conjunto DEC FEC ANUAL TRIM. MENSAL ANUAL TRIM. MENSAL MENSAL LEBLON 3 3 16,95 8,47 4,23 11,70 5,85 2,92 2,26 Fonte: ANEEL – www.aneel.gov.br
  • 22. Compensações realizadas – distribuidoras energia 2010 Regiao Distribuidora N. De Compensacoes Valor de Compensações Sudeste AMPLA 5.948.923 R$ 30.923.858,54 Sudeste BANDEIRANTE 1.547.260 R$ 3.856.604,53 Sudeste CAIUÁ-D 106.646 R$ 172.165,75 Sudeste CEMIG-D 11.114.557 R$ 20.734.074,89 Sudeste CJE 32.553 R$ 246.883,39 Sudeste CLFM 6.026 R$ 18.978,97 Sudeste CLFSC 39.846 R$ 75.855,34 Sudeste CNEE 72.452 R$ 181.704,52 Sudeste CPEE 23.308 R$ 57.440,57 Sudeste CPFL- Piratininga 515.758 R$ 1.278.604,64 Sudeste CPFL-Paulista 1.270.986 R$ 3.769.874,74 Sudeste CSPE 37.282 R$ 91.569,52 Sudeste DMEPC 5.813 R$ 10.307,62 Sudeste EDEVP 55.968 R$ 90.305,83 Sudeste EEB 59.584 R$ 196.496,06 Sudeste ELEKTRO 1.300.787 R$ 5.990.853,57 Sudeste ELETROPAULO 7.875.492 R$ 25.692.969,24 Sudeste ELFSM 10.296 R$ 108.721,29 Sudeste EMG 604.165 R$ 1.237.329,54 Sudeste ENF 181.139 R$ 420.115,51 Sudeste ESCELSA 613.614 R$ 1.445.844,79 Sudeste LIGHT 4.060.639 R$ 15.281.586,70
  • 23. Qual o sistema de regulação a ser adotado?
  • 24. Sistemas de regulação Problema fundamental: Contratos de longo prazo Necessariamente incompletos e por isso necessidade de sua adaptação ao longo do tempo Imprevisibilidade de quais adaptações serão necessárias Necessidade de assegurar proteção do investimento e dos incentivos para investimento incentivos para execução eficiente do contrato transferência de parcela dos ganhso de eficiência do parceiro privado para o Poder Público e/ou para o usuário Preocupação: sistema de regulação deve ser coerente com a matriz de riscos contratual
  • 25. Sistemas de regulação Formas tradicionais de regulação Regulação por taxa de retorno Preço-teto Outros instrumentos para a estabilização das condições econômico-financeiras do contrato Cláusula protetiva do equilíbrio econômico-financeiro As compensações financeiras As “Reprecificações” Submissão a novo concurso ao longo do contrato Concurso realizado pelo menor valor presente líquido de receita
  • 26. Regulação por taxa de retorno Origem: experiência dos EUA Objetivo: assegurar ao regulado taxa de retorno razoável sobre investimentos Necessidade de separação entre custos controláveis e não controláveis estipulação de limites para custos controláveis Estipulação de taxa adequada de retorno Evitar super ou sub investimento Excedentes de custos controláveis devem penalizar a taxa de retorno custos não controláveis devem ser compensados por aumento de tarifa ou aumento do pagamento público Desafios principais: Estabelecer limites adequados para os custos Definir o que é taxa de retorno razoável e revisá-la periodicamente ao longo do contrato
  • 27. Regulação por preço-teto Origem: academia no Reino Unido Objetivo originário: Deslocar o foco da regulação dos custos para o preço do serviço, evitando, assim, ao menos parcialmente, os efeitos da assimetria de informações sobre custos Consequencia: Utilização da tarifa/pagamento como teto Aplicação de deflator (fator X) na tarifa para forçar transferencia de ganhos de eficiência setoriais do regulado para os usuários/poder público Aplicação de componente (fator Y) para transferencia ao preço de aumento/redução de custos não controláveis Desafios principais: Estabelecer metodologia para cálculo do Fator X Necessidade de analisar custos quando se fizer necessária alteração relevante nos indicadores de serviço do contrato Para isso, será necessário ter acompanhamento de custos
  • 28. Outros instrumentos: a cláusula protetiva do equilibrio econômico-financeiro Objetivo de uma perspectiva contratual: Dar flexibilidade ao contrato, permitindo ao Poder Público alterá-lo para satisfazer ao interesse público, mediante indenização (“reprecificação”) Em alguns países a cláusula também engloba as indenizações de uma parte a outra por riscos contratuais sofridos por uma parte, mas de responsabilidade de outra parte (“compensação financeira”) Constitui-se em garantia ao contratado Nenhuma alteração contratual será feita sem que as suas conseqüências econômicas sejam reparadas Desafio: Estipular claramente os critérios e limites de uso dessa cláusula, coerentes com a matriz de risco contratual A falta de clareza leva a renegociação do contrato, o que raramente é bom para o Poder Público
  • 29. Outros instrumentos: a exigência de concurso periódico Objetivo: Permitir adequar a condições de mercado contrato de longo prazo que foram realizados em situação de alta incerteza, por exemplo quanto a demanda Submeter periodicamente (por ex. a cada 10 anos) a concurso contrato no qual parceiro privado contratado no primeiro concurso realizou investimento relevante que não foi ainda amortizado/depreciado Como? Contrato estabelece concurso periódicos O vencedor do concurso tem obrigação de pagar o valor não amortizado do investimento ao parceiro privado operador da infraestrutura O parceiro privado operador da infraestrutura pode participar do novo concurso O critério de julgamento do concurso pode ser menor tarifa ou maior pagamento pela outorga
  • 30. Outros instrumentos: o concurso por menor valor presente líquido de receitas Clareza quanto aos custos de investimento Indicadores de resultado do serviço prefixados em relação a qualidade do serviço Clareza sobre o custo de manutenção e operação por ano Quem aceita realizar investimento, manter e operar o ativo pela menor receita líquida em valor presente? Incentivo a eficiência Quanto menor a receita presente líquida, menor será o prazo do contrato Tarifa pré-fixada, portanto receita presente líquida depende da realização demanda Prazo de contrato variável: contrato termina quando o valor de receita estipulado é atingido Quanto mais rápido a demanda se realiza, menor o prazo do contrato Quanto mais demora a realização da demanda, maior o prazo contratual
  • 31. Receitas alternativas e ganhos com refinanciamento
  • 32. Receitas alternativas Receitas diversas das tarifárias ou do pagamento público Ex.: receitas de exploração de faixa de domínio em rodovia, para publicidade ou para passagem de cabos de fibra ótica Poder Público mapeia e dimensiona as receitas alternativas relevantes nos estudos de viabilidade Contrato estabelece regras específicas de compartilhamento dessas receitas Contrato prevê regras para receitas não previstas Prévia autorização para exploração Regra para repartição Destino da fatia do setor público (tarifa ou pagamento público?)
  • 33. Ganhos de Refinanciamento Quando acontecem? Entrada em operação reduz riscos do projeto Consolidação do Programa de PPP também reduz riscos Oportunidade para refinanciamento com taxas de juros mais baixas Como medir os ganhos? Subtração do valor presente Das contribuições líquidas estimadas para os acionistas no cenário pós refinanciamento Das contribuições líquidas estimadas para os acionistas no cenário pré refinanciamento Qual a repartição? Experiência do Reino Unido: 30% para Poder Público na primeira fase do Programa Atualmente, 50% para o Poder Público Se o Poder Público é acionista, se beneficia como ambos, acionista, e como Poder Público Forma de pagamento: negociada entre as Partes
  • 34. Seguros e garantia de cumprimento de contrato
  • 35. Seguros Importante contratar especialista durante a realização de estudo de viabilidade para estipular O que faz sentido segurar Quais os seguros a serem exigidos e quais valores de cobertura Preço do prêmio (para ser considerado no estudo de viabilidade) Seguradora e resseguradora, com força financeira de longo prazo, em escala nacional, superior ou igual a “Aa2.br”, “brAA” ou A(bra), conforme Moody’s, Standard & Poors ou Fitch, respectivamente
  • 36. Exemplo de seguros exigidos para Hospital Cobertura Seguro de Risco de Engenharia para Instalação e Montagem Seguro de Riscos Operacionais Seguro de cascos da frota de veículos Seguro de responsabilidade civil Instalação e montagem Veículos Responsabilidade civil do empregador Responsabilidade profissional Valores estipulados por especialista considerando os bens objeto da concessão Prazo de vigência anual Renovação das apólices 30 dias antes do vencimento Se não for realizado pelo parceiro privado, poder público pode realizar diretamente, e/ou aplicar multas e extinguir contrato Poder público como co-segurado Parceiro privado não pode alterar coberturas sem autorização do Poder Público
  • 37. Garantia de Cumprimento do Contrato Utilização no processo de seleção no concurso como “sinal de capacidade financeira” Utiliza o mercado para avaliar a capacidade financeira do vencedor do concurso Gera incentivo financeiro para cumprimento do contrato Deve ser executada a primeira demanda Facilitar a execução de multas Importante: exigir rating de crédito das seguradoras
  • 38. Variação do valor da garantia ao longo do contrato Valor da Garantia - projeto hipotético 200 150 100 Valor da Garantia - projeto hipotético 50 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Valor alto no princípio Uso como “sinal de capacidade financeira” Valor proporcional ao investimento no período intermediário Valor sobe novamente no final para gerar incentivo para devolução dos bens em bom estado
  • 39. Gerenciamento de Conflitos e Inadimplemento
  • 40. Intervenção Direito do Poder Público retormar o controle da concessão temporariamente nos casos de: Risco a segurança dos usuários, do meio ambiente, ou à continuidade do serviço Para evitar intervenções oportunistas Obrigação de abrir processo administrativo para apuração das causas da intervenção com prazo curto par decisão
  • 41. Direito dos financiadores assumirem o controle Quando incide? Condições financeiras que ameacem a continuidade do serviço Como se definem tais condições? “Covenants” financeiros Financiador como assistente do Poder Público para fiscalização dos aspectos financeiros da concessão Incentivos criados pelas garantias dos financiadores Incentivos entre Poder Público, financiadores e parceiro privado permite que seja deixada à relação entre financiador e parceiro privada a definição dos critérios de incidência desse direito Na experiência inglesa isso é feito pelo “Direct Agreement” Autorização do Poder Público para assunção de controle pelo financiador Reestruturação financeira e venda de controle pelo financiador Relações possíveis entre esse direito e o direito a intervenção
  • 42. Mediação e arbitragem Mediação Tentativa de solução amistosa por meio da nomeação de comissão técnica composta pelas Partes Prazo curto (120 dias) Informalidade Arbitragem Substitutiva da decisão judicial Abrangência Qualquer questão de natureza financeira entre o Poder Público e o concessionário Poder Público mantém os poderes regulamentares, apenas os seus efeitos financeiros estão sujeitos a arbitragem Ad hoc ou institucional
  • 44. Financiamento e Acompanhamento Financeiro Financiamento e garantias aos financiadores – Cessão dos créditos futuros – Proteção da dívida no caso de extinção antecipada do contrato Acompanhamento das informações financeiras e contábeis da concessionária pelo poder público – Exigência de adoção de regras de contabilidade exigidas de empresas listadas em bolsa – Provimento de informações contábeis e financeiras trimestrais – Provimento para o poder público de informações e análises financeiras dos financiadores sobre a concessionária
  • 46. Desapropriações realocações involuntárias Estudo de viabilidade social deve mapear: as áreas a serem desapropriadas A população a ser realocada O custo das desapropriações e das realoções Em alguns países, contrato pode transferir para o parceiro privado A obrigação de realização dos atos executórios da desapropriação O gerenciamento da realocação Para isso é preciso ter regras claras sobre como realizar ambos Princípios do Equador e “Standards” Sociais do IFC Geralmente custo total estimado com desapropriações e realocações é previsto no contrato e se o custo real excede o previsto, o parceiro privado é indenizado pelo Poder Público Não há intenção de gerar incentivo para o parceiro privado reduzir esse custo, pois o Poder Público não quer correr o risco de que isso espolie os desapropriados ou realocados
  • 47. Extinção do contrato e bens reversíveis
  • 48. Extinção do Contrato Obrigação do parceiro privado assessorar o Poder Público no período de transição, garantindo a continuidade dos serviços Tipos de extinção Decurso do prazo do contrato Pelo Poder Público, por descumprimento do contrato pelo parceiro privado (caducidade) Pelo Poder Público, por razões políticas (encampação) Pelo parceiro privado, por descumprimento do contrato pelo Poder Público (rescisão) Pela falência/insolvência do parceiro privado
  • 49. Extinção do Contrato Indenização em caso de extinção antecipada do contrato Entendimento da indenização por bens reversíveis utilizados na prestação do serviço não amortizados Cobertura da dívida em qualquer caso, mesmo no caso de extinção por não cumprimento do parceiro privado Cobertura do retorno privado em caso de término antecipado sem culpa do concessionário O contrato deve estabelecer indenização prévia a assunção dos serviços pelo Poder Público em todo caso, exceto nos casos de extinção por não cumprimento do contrato Permissão que indenizações sejam pagas diretamente a financiadores
  • 50. Bens reversíveis Definição contratual dos bens reversíveis Ideal seria fazer enumeração taxativa, mas isso é geralmente inviável Bens indispensáveis para a prestação do serviço, mais enumeração não taxativa Exigência que conste dos contratos que garantem ao concessionário o uso dos bens a previsão de transferência para o Poder Público, em caso de término do contrato, com transferência dos direitos e obrigações do concessionário para o Poder Público Deve ser mantida contabilidade clara dos investimentos em bens reversíveis, porque eles serão objeto de indenização ao término do contrato
  • 51. Direitos autorais e créditos relativos às fotos The copyright holder of this work, © by Ian Balcombe and licensed for has release it into the public reuse under this Creative domain. This applies worldwide. Commons Attribution-Share Alike 2.0 License. © by Oliver Dixon. This work is licensed for reuse under the Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic License. © by Lynne Kirton and licensed for reuse under this Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic License. © by Richard Chambers, AAA Yangtze Sampler Tour, May 2004, This file is © by Dario Alpern, and licensed licensed under the Creative Commons under the Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 License. Attribution-Share Alike 3.0 License.