Carta Náutica do Porto de Lisboa, n.º 65, de Janeiro de 2016.
Uma edição do Centro de Documentação e Informação da APL..
O Centro de Documentação e Informação adquire, disponibiliza e difunde informação relevante para o Porto de Lisboa, sob a forma impressa ou electrónica, tendo em vista não só as necessidades funcionais dos colaboradores da APL – Administração do Porto de Lisboa, S.A., mas também do público em geral.
O fundo bibliográfico do CDI é composto por 4 400 títulos (monografias, relatórios e estudos) e 200 títulos de publicações periódicas, em recepção regular, em papel e digital, tendo especial importância as publicações da área marítimo-portuária.
MAIS DETALHES AQUI:
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1. Boletim do Centro de Documentação e Informação
Carta Náutica
Janeiro 2016
«Influência do modelo de governação das administrações portuárias no
seu desempenho» - Luísa Roque
Das últimas aquisições…
Neste número:
Das últimas
aquisições
- Influência do
modelo de
governação das
administrações
portuárias no seu
desempenho
Das nossas
estantes
- Código de
posturas do
município de
Lisboa
Revista do mês
- Port Technology
International
Boletim
Bibliográfico
- Dezembro de
2015
O que se passa
por aqui
- Avaliação e
seleção do fundo
bibliográfico
Poesia pelo
porto
- António Patrício
Ligações
Interessantes
- Associação
Portuguesa de
Portos de Recreio
Foto Final
Contactos
Das nossas estantes…
Revista do mês
Questões , sugestões ou comentários? Envie para CDI@portodelisboa.pt, ou ligue 21 361 10 45.
Visite-nos na Rua da Junqueira, 94 - 1349-026 Lisboa
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Ligação Interessante
Boletim Bibliográfico
Foto Final
Nota: O Boletim Bibliográfico encontra-se na intranet da APL (para o ler necessita de
aceder previamente à intranet).
Nota: Estes artigos encontram-se na intranet da APL (para o ler necessita de aceder
previamente à intranet).
“How to go about greening terminals” -
Port Technology International
Mais artigos selecionados:
Glory, glory and hydro! - Hydro International - dezembro 2015
Quando o comércio mundial de bens começa a cair - Jornal da Economia do Mar -
dezembro 2015
Mega-terminal security : the growing threat of cybercrime - Port Technology
International - novembro 2015
O Boletim Bibliográfico é editado periodicamente pelo Centro de
Documentação e Informação.
A sua finalidade é dar a conhecer ao leitor todas as publicações
que deram entrada no CDI, revistas ou livros; nele figuram,
igualmente, as informações destacadas durante o mês, sob a
forma de legislação ou de artigos.
As publicações não periódicas, ou livros, são apresentadas através
da catalogação enquanto as publicações periódicas podem ser
visualizadas através dos índices dos respetivos artigos de modo a
que facilmente o leitor possa escolher o tema que o interesse.
As publicações periódicas são regularmente enviadas a todos os
leitores que as tenham solicitado mas qualquer leitor pode
requisitar ao CDI a disponibilização de livro ou artigo avulso que
pretenda.
Se gostou deste vai gostar:
Performance effects of the corporatisation of Port of Rotterdam Authority [Documento
eletrónico], Peter W. de Langen, Christiaan Heij, Econometric Institute, Erasmus
University Rotterdam, 2013, 23 págs.
Governance organisation and management of river ports, Inland Navigation
Commission, PIANC, 2010, 60 págs.
O que se passa por aqui
Poesia pelo porto
Pescadores - António Patrício
Cem Poemas Portugueses sobre Portugal e o Mar,
José Fanha e José Jorge Letria,
Ed. Terra Mar, 2003, 280 págs.
Avaliação e seleção do fundo bibliográfico
Código de posturas do município de Lisboa,
A. Morgado, J.M. Aleixo,
Diário de Notícias, Lisboa, 1923, 276 págs.
Se gostou deste vai gostar:
A tutela administrativa nas autarquias locais, António Pedrosa Pires de Lima, Coimbra
Editora, 1968, 161 págs.
Os atterros da Boa Vista : o Sr. José Manuel da Veiga procurador dos confinantes e eu,
Luiz Carlos Pereira, Imprensa Nacional, 1858, 16 págs.
Influência do modelo de governação das administrações portuárias no seu desempenho,
Luísa Maria do Rosário Roque,
Riscos, Recarei, 2015, 139 págs.
A pesca que eu sonhei nas águas dum mar vago
espumas d’oiro e sol, cristas azuis de lua -
é longe desse mar dramático e pressago
por onde em barcos tristes vosso olhar flutua…
É sobre águas serenas
que reflectem a rir as nossas penas,
por onde caminhou o Cristo docemente
na paz cristã dum legendário poente…
Na pesca que eu sonhei iam os pescadores
(não como vós, roucos de dor, as mãos crispadas)
sobre um mar de piedade aberto em flores
que o vento ia esfolhando em pétalas nevadas…
(…)
Queria embalar-vos nos meus versos e dizer-vos
que sou um vosso irmão e sinto nos meus nervos
e em todo o meu ser, o vosso ser,
a ânsia de partir, a alegria da volta
sobre as águas erguidas em revolta,
a saudade de tudo que eu maldigo
a dor de errar na treva sem abrigo,
e a sede
de deitar docemente a minha rede,
como um pálio de luz por sobre o oceano…
Queria viver todas as vossas dores,
as noites de mar bravo, os poentes de mar plano,
a vossa vida nómada no oceano...
«Código de posturas do município de Lisboa» - A. Morgado e J. M. Aleixo
Este mês destacamos este estudo, publicado no passado mês de dezembro, que tem por
objetivo determinar se o mesmo modelo de governação aplicado às cinco principais
administrações portuárias nacionais pode levar a desempenhos distintos em
consequência de uma maior eficiência na gestão.
Para determinar a eventual existência de causa-efeito, este estudo analisou a governação
dos portos tendo por base a Teoria da Agência, a qual se centra na relação entre o
acionista e os Gestores. Este modelo foi aplicado aos cinco principais portos nacionais,
num período entre 1998 e 2013. A avaliação de desempenho teve por base um conjunto
de indicadores, sendo utilizada a metodologia quantitativa e qualitativa para explicar os
resultados obtidos.
A análise aqui apresentada conclui que o modelo de governação teve
uma forte influência no desempenho dos portos, mas este não é o único
fator a ter em consideração, uma vez que as medidas adotadas na
gestão deram um importante contributo para os resultados. A
necessidade de avaliação da eficiência dos portos comerciais é uma
prioridade, dado que, hoje em dia, o foco principal se tem concentrado
na melhoria da eficiência dos portos.
Das nossas estantes, destacamos, este mês, um livro com grande interesse histórico: o
Código de posturas do município de Lisboa. Este documento, originalmente de 1886,
aumentado nesta publicação de 1923 com todas as normas publicadas entre esses dois
períodos, e com anotações dos autores (dois chefes da polícia de Lisboa), reúne o
conjunto das normas municipais, em todas as áreas de atuação do poder público, nessa
época. Os Códigos de Posturas são documentos que, ao longo dos tempos, foram
perdendo campos de atuação, uma vez que a maior parte das atribuições do poder local
passou a ser regida por legislação específica, ficando estes documentos restritos a
questões de interesse local.
Este Código de Posturas do Município de Lisboa apresenta as normas
municipais respeitantes a diversas áreas de atuação, como sejam, a
circulação de automóveis, motociclos, velocípedes, carroças e carros
de bois nas diversas ruas e praças da cidade; a concessão de licenças
para a posse de cães “de luxo” (“cães ou cadelas (...), que não forem
aproveitados exclusivamente para caça ou guarda”), de caça e de
guarda; as obras de construção ou conservação de edifícios
particulares; fiscalizações sanitárias; funcionamento de mercados,
feiras e lojas; funcionamento de casas de espectáculos; funcionamento
dos cemitérios; manutenção da iluminação pública e de espaços
públicos, entre outras.
Este artigo publicado na edição do passado mês de novembro da publicação “Port
Technology International” centra-se nos terminais portuários “amigos” do ambiente ou
“verdes”, dando uma visão das práticas levadas a cabo em vários terminais portuários do
mundo e procurando responder à questão que se coloca relativamente ao papel que os
mega-navios desempenharão para tornar os terminais portuários mais “amigos” do
ambiente”.
O artigo começa por fazer a distinção entre um terminal portuário “verde” e um porto
“verde”, sendo que neste texto o primeiro termo refere-se à operação portuária,
propriamente dita, destacando, por isso, que os possíveis impactos ambientais negativos
de um terminal estão relacionados com o tipo de carga aí movimentada.
Para além disso, ser “verde” não é apenas algo politicamente correcto e
que esteja na moda, e há que ter em consideração os benefícios que
isso traz em termos financeiros, pois a redução dos consumos de
energia ou combustíveis representa, hoje em dia, uma considerável
diminuição dos custos de um terminal portuário, pelo que o autor do
artigo apresenta as principais medidas e estratégias que devem ser
adotadas pelos terminais portuários para se tornarem mais “amigos” do
ambiente.
Por fim, o artigo analisa os benefícios ambientais dos mega-navios, tão
promovidos, hoje em dia, pelas grandes companhias marítimas, mas
que, segundo a investigação realizada pelo autor deste artigo, são
verdadeiros, apenas em certas circunstâncias.
Tendo em consideração a iminente mudança de instalações
do CDI do Palácio da Junqueira para o EIDH, tornou-se
necessário efetuar uma avaliação e seleção da
documentação bibliográfica, tanto no que diz respeito a
monografias como a publicações periódicas, considerada
relevante para a nossa biblioteca.
A Associação Portuguesa de Portos de Recreio - APPR - é uma
associação privada civil, sem fins lucrativos, criada em 1991, por
incentivo da EUROMARINA - Federação Europeia das Associações
Nacionais de Portos de Recreio, com sede em Paris, com o intuito
de apoiar a Comissão Europeia no seu desejo de criar uma rede de
portos de recreio eficientes, seguros e com elevados padrões de
qualidade de serviços e de instalação ao longo da costa do
continente europeu com o objetivo de desenvolver a livre
circulação de embarcações de recreio.
A APPR, da qual a APL é associada, tem por objetivo agrupar os portos de recreio e as
instalações portuárias de recreio instaladas em Portugal, mantendo um relacionamento
constante entre eles; estudar todas as questões que lhes respeitem; representá-los junto
da Administração Pública; transmitir-lhes todas as informações que lhes respeitem;
constituir uma comissão de conciliação a respeito de litígios que os envolvam; e exercer
todas as ações de interesse coletivo úteis às atividades do seus associados.
Rocha—Chegada do paquete “Vera Cruz”
9-4-1960
Acervo do CDI
Trata-se de um livro de grande interessante para quem quiser saber um pouco mais das
rotinas da população de Lisboa no início do século passado.
Desta forma, foi solicitada a colaboração de colegas das
áreas de vertente mais técnica que compõe o fundo
bibliográfico à guarda do CDI, nomeadamente as áreas
financeira, de direito e de engenharia, no sentido de se
avaliarem e selecionarem as publicações dessas áreas
técnicas a manter em catálogo. Da seleção já efetuada,
foram catalogadas diversas obras que, apesar de estarem já
desatualizadas no que diz respeito ao seu conteúdo, são
obras de elevado interesse histórico, como seja a monografia
em destaque “Das nossas estantes...” deste mês.