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Pensamento Sistêmico
      O Pensamento como um Sistema de David
                                Bohm
                          Grupo de Estudos
                        Turma Recife 2012
                             Seminário 3
                  Recife, 19 de Novembro de 2012
             César Augusto Delmas e Conceição Gusmão

Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Roteiro
•   O pensamento como um sistema e o sistema de observação
•   A palavra e a linguagem como representação do pensamento
•   Jogo de reflexos, automatismo e limitação do conhecimento
•   A cultura e o equívoco do pensamento
•   Importância e desafio de suspender as suposições
•   Reflexos e o “ato de pensar”
•   Tendência de autoengano e o pensamento saudável
•   Realidade, coerência e representação
•   Percepção e o fenômeno da ilusão
•   Participação do pensamento
•   Divisão e fragmentação do pensamento
•   Propriocepção, movimento, intenção e paranóia
•   Projeção dos pensamento e a influência das emoções


Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
O processo de observação desse sistema e
            a janela para a aprendizagem
• No final da sessão anterior discutimos sobre o
  que é chamado “sistema”.
      – Dissemos que o núcleo desse sistema é o
        pensamento.

• É por meio da observação que
  compreendemos a maneira
  como o sistema funciona e,
  consequentemente,
  aprendermos algo sobre ele.
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
A palavra como representação do pensamento

• Depois que você vê algo sobre como o sistema está
  funcionando, deve também tentar colocá-lo em
  palavras:
      – Você pode até ver algo, mas se o processo de pensamento
        não sabe disso, continuará agindo como antes (ciclo
        vicioso).
      – O processo de pensamento por si só não consegue “ver”.
        Ele consegue apenas obter informação.
      – O uso das palavras é essencial para tornar visível o
        pensamento.

• As palavras são a forma de colocar o pensamento em
  evidência, no qual geralmente funciona
  implicitamente sem que você esteja ciente dele.
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
A palavra como representação do pensamento

• Ao usar a palavra não estamos trazendo a memória, mas
  gerando o estado atual o qual estamos tentando explorar
  (exemplo: raiva)
      – Se, em vez de esperar que algo aconteça para trazer a raiva
        novamente, você a traz à tona usando as palavras apropriadas,
        então terá tempo de olhar para ela.
      – Uma dos principais pontos a se observar é que as palavras estão
        fazendo e como elas estão criando tudo isso

                         As palavras representam o pensamento!

• Exemplo da GM: pode existir fábricas, prédios e tudo mais,
  contudo, se as pessoas não acreditarem que ela existe, ela
  não existe.

Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
A linguagem como representação
                         do pensamento
• Para ver e compreender bem o sistema são
  necessários elementos de linguagem e
  representações precisas em pensamento.

• Existem múltiplas formas de representar e
  transmitir o pensamento:
      – Deve haver outros tipos de linguagem, além das
        palavras (por exemplo, a imagem).
      – Na verdade, há um “pensamento implícito que segue
        sem dizer”. Diz implicitamente que “sempre que algo
        como isso acontece, eu tenho de reagir dessa
        maneira”. Esse é o pensamento .

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O pensamento e suas representações não-
                      verbais

                                 Há um tipo de símbolo pré-verbal e
                                 deve haver outros os quais não
                                 sabemos ainda. A linguagem está no
                                 topo da lista. No entanto, quando
                                 aprendemos a falar, esquecemos
                                 disso e não reconhecemos que esses
                                 símbolos ainda fazem parte do nosso
                                 pensamento.



Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
A representação como um jogo de reflexos

• A representação é um jogo de reflexos que inclui
  sentimento e aparência visual do restante.

• O jogo de reflexos pode atribuir e criar o sentimento que
  está na forma que foi atribuído.
      – A palavra “mesa” amarra tudo isso fazendo ter a sensação de
        que a mesa vai ser, por exemplo, sólida, o que pode ser um
        engano ou estar correto.

• Não precisamos ter as palavras/linguagem para criarmos as
  representações:
      – O arco-íris é uma representação que foi criada nas pessoas,
        provavelmente, mesmo antes de ter surgido em palavras.


Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Automatismo do pensamento
• Muitas vezes as intenções são reflexivas; elas simplesmente
  surgem “automaticamente”.
      – O sistema funciona reflexivamente e mecanicamente por si, ao
        mesmo tempo em que nos dá a impressão de que existe um eu
        como centro.
                                                      VÍDEO: REFLEXO BIOLÓGICO
• O sistema contém um reflexo que gera o pensamento que
  sou eu aquele que está fazendo tudo. Possui um sistema
  bem elaborado que acoberta o que está acontecendo.
      – Muitas vezes o pensamento vem como forma de justificativas...
        (1) “Eu preciso fazer isso”; (2) “Seria errado fazê-lo” e (3) “Mas
        eu fiz, pois...”
      – Isso se dá de forma tão automática, quanto o reflexo do joelho a
        “uma martelada”.


Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
A cultura e o equívoco do pensamento

• Nossa capacidade de entender o pensamento
  herda uma questão cultural que nos ensina
  equivocadamente que é algo apenas intelectual.
      – Poderíamos nos tornar conscientes deles se não
        fosse por esse motivo.

• O pensamento é incompleto, pois oferece uma
  representação daquilo que estamos pensando.
      – Ex: A forma que o artista pinta um quadro
        representando alguém que pode nem existir.


Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
O saber nunca será absoluto
• O saber nunca será absoluto, pois o conhecimento é
  limitado, porque ele é apenas uma representação.
      – O conhecimento pode ser adequado, mas não é a coisa
        propriamente dita, seja lá o que for, não é “aquilo que é”.

• A noção de que conhecemos a coisa como um todo, ou que
  temos o conhecimento absoluto, não funcionará.
      – As coisas mudam, transformam-se. E o conhecimento está
        limitado ao passado.
      – Fazemos projeções, prolongando nosso conhecimento do
        passado para o futuro. Contudo, não temos garantia de que
        funcionará

              O conhecimento sempre é relativo a certas condições e
                                circunstâncias.

Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
O conhecimento sempre é limitado!

• As opiniões são “apenas” suposições e é
  fundamental que saibamos disso.

• Podemos fazer uma suposição provisória que,
  o que sabemos, funcionará.
      – Mas o ponto principal é que isso precisa ser
        mantido aberto. Se não funcionar, devemos estar
        prontos para ver que não está funcionado e
        mudar.

Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
A importância e o desafio de
                       suspender as suposições

• A suspenção das suposições é um desafio, até
  se tornar um novo hábito.
                Repetição do
                  reflexo
                                                                   Conclusões em
                                                                forma de suposições       Geração de
                            Conclusão fechada                                            novos reflexos
 Manutenção do                na afirmação
    hábito                                                                     Geração de
                                                                              novos hábitos


                              Devemos tirar proveito disso e
                             aprender com os novos reflexos!

Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Reflexos e suas conexões
• Tudo que você pensar está conectado aos
  reflexos, que, por sua vez, envolverá tudo aquilo
  que você poderá fazer com eles.
      – Inicialmente reconhecemos as coisas por reflexos, em
        seguida, pensamos em outras atributos e ligações
        dessas coisas e, por fim, conectamos a outros reflexos.

• Dá para ver como tudo está conectado? Os
  reflexos intelectuais e os reflexos visuais, o
  emocional, o físico, o químico, etc. estão
  conectados, para que você fique
  automaticamente pronto para agir.

Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
O pensamento e o “ato de pensar”
• O pensamento apenas funciona automaticamente. Mas
  quando você está pensando já está pronto para ver o
  que não funciona e está pronto para começar a mudar.

• O “ato de pensar” está diretamente ligado ao presente
  (que traz um rastro do passado), porque inclui a
  incoerência que o pensamento está, na realidade,
  fazendo.
 • Pode permitir também que novos reflexos
   se formem, novos arranjos, novas ideias.
   Se os reflexos fossem, de alguma forma,
   abertos, flexíveis e mutáveis, funcionariam
   perfeitamente.

Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Autoengano do pensamento e a
                      necessidade absoluta
• O pensamento pode nos enganar mostrando que está
  pensando quando, na realidade, não está:
   – A cada truque que aprendemos, o pensamento já saberá no
     próximo momento. Se vemos um truque, logo em seguida, o
     pensamento já o terá nos reflexos.
   – Em outras palavras, nós somos o pensamento – o pensamento
     não é diferente de nós. Nós somos os enganadores e a
     decepção.
• Necessidade absoluta:
    – Pode haver uma necessidade absoluta como
      sendo apenas uma percepção, dizendo que
      neste momento você claramente deve fazer
      uma ação exclusiva.


 Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Tendência de autoengano e
                        o pensamento saudável
• Tendência de autoengano do pensamento
      – O pensamento possui uma tendência de afirmar que sabe e
        tem controle de tudo.
      – Esse tipo de pensamento transmite sensação de segurança que
        ajuda na liberação das endorfinas e, consequentemente, na
        sensação de bem estar.
      – Quando as endorfinas são removidas, os nervos se agitam e
        volta o impulsos de pensamento voltados à segurança
      – À medida que a civilização se desenvolve, parece que esse
        impulso aumenta (sistema de recompensa).
                                                                    VÍDEO: A FORÇA DO PENSAMENTO
• O pensamento saudável (ordenado e bem arranjado) exige
  que seja intrinsecamente construído e montado, de forma
  que sempre haja espaço para algo novo e diferente.

Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Realidade e coerência

• A ciência tem dito que as coisas chegam no
  sistema nervoso, e que é no cérebro que elas
  são, de alguma forma, organizadas no nosso
  senso de realidade do mundo.
      – A questão é se essa realidade é coerente com
        nossa experiência.
      – Se a realidade é tão formada a ponto de não
        aceitar a coerência, teremos, então, de mudá-la.



Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Realidade, coerência e representação
• Formação das representações:
      – A representação coloca certas coisas como sendo únicas,
        certas com sendo muitas, certas como sendo necessárias,
        gerais, exclusivas. Ela organiza tudo.
      – As aparências podem estar corretas até certo ponto ou
        poderão ser ilusórias.
                                                                   VÍDEO: ILUSÃO DO PENSAMENTO

• A maneira como falamos sobre as coisas e o modo
  como pensamos sobre as coisas afetam a maneira com
  as vemos.
      – Em muitas formas sutis, a representação entra na
        percepção e perdemos a noção do que está vindo do
        pensamento

Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Influência do pensamento na percepção
               e o fenômeno da ilusão
• O pensamento afeta o que você vê e,
  consequentemente, a representação afeta a
  percepção.

• A representação entra diretamente na percepção
  em muitas formas sutis e você perde a noção de
  que está vindo no pensamento.
   – As vezes, você sabe que algo é uma representação,
     como quando você vê uma foto.

• E isso é uma tremenda fonte de ilusão, uma vez
  que esquecemos do fato de que isso esteja
  acontecendo.
   – A partir desse equívoco, que baseamos nossas
     suposições, ações e ato de pensar nesse falso fato.                        VÍDEO: PERCEPÇÃO


  Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Participação do pensamento

“O pensamento tem uma participação
muito ativa, principalmente da forma
como cria o mundo. O pensamento
participa de tudo, sobretudo na
percepção, no entanto, nosso ideal de
pensamento objetivo é a não-
participação absoluta – a ideia de que
o pensamento está simplesmente nos
dizendo como são as coisas e não
fazendo coisa alguma, seja o que for”.


Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Divisão e fragmentação do pensamento
• O pensamento funciona por meio da divisão; e, assim que se divide, não
  pode ser a totalidade.

      – O pensamento pode dividir, no sentido de marcar as partes de uma
        totalidade, tal como distinguir as várias engrenagem de um relógio.
      – Ou o pensamento pode fragmentar, tal como esmagar um relógio com um
        martelo. Neste ultimo caso, o pensamento separa as coisas que, na realidade,
        era uma.

• Deveríamos fazer uma linha pontilhada entre o pensamento e a percepção
  (marcar as partes de um todo). Contudo o pensamento, tacitamente, faz
  uma linha sólida colocando pensamento de um lado e a percepção do
  outro
      – A separação, a divisão é experimentada como sendo real – essa é a
        representação do pensamento. Isso se torna a percepção da situação.
      – Dessa forma, o pensamento está criando uma sensação de separação e, em
        seguida, a ação flui dessa quebra de coisas.



Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Propriocepção e movimento
• A propriocepção (autopercepção).
      – Ex: Mulher com derrame cerebral

• Geralmente focamos nossa atenção no resultado e não nos percebemos
  (tomamos consciência) da nossa intenção.
      – Portanto, encontrar a intenção certa pode ser crucial para conseguir fazer o
        movimento certo.

• Há alguma relação entre a intenção de mover e o movimento; como
  também há algo no meio disso que sabemos vagamente, e que tem tudo a
  ver com a propriocepção.

• “Vou dizer que o pensamento é um movimento. Cada reflexo, na
  realidade, é um movimento. Quando acontece ‘A’, o ‘B’ vem em seguida”.
      – Na nossa cultura o pensamento e o movimento corpóreo são duas esferas
        totalmente diferentes e que não estão basicamente conectadas.



Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Propriocepção e intenção
• Se dissermos que o pensamento é um reflexo como
  qualquer outro reflexo muscular – muito mais sutil,
  complexo e mutável – poderemos, então, ser capazes
  de ser proprioceptivo com o pensamento.

• Nosso processo de pensamento deveria ter a
  consciência desse movimento, da intenção de pensar e
  do resultado que o pensamento gera.

• Ao ser mais atento a isso, poderemos ser mais
  conscientes de como o pensamento produz um
  resultado fora de nós mesmos e, quem sabe, também,
  dentro de nós.
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Propriocepção e a paranóia

• A paranóia ocorre quando a propriocepção falha
  ainda mais, e as pessoas tem dificuldades de
  obter isso de forma correta ou de modo algum.
  Ela projeta seus próprios medos nas suas
  percepções, o tempo todo.

 Devemos ser capazes de ir direto ao assunto sobre
  como o pensamento afeta a percepção, dizendo:
    “Ok, isso é apenas minha imaginação”. Mas
           geralmente não fazemos isso.

Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Falta de propriocepção do pensamento as
               conclusões equivocadas
• A falta de propriocepção do pensamento, como conhecemos agora,
  significa que não conseguimos distinguir se uma imagem está baseado no
  que está acontecendo ou naquilo que penso que está acontecendo.

      – A espécie humana não sabe o que faz e não sabe como percebe; deve haver
        uma outra maneira de ver.

• Devemos ser capazes de dizer:

      – “Eu vejo o que está acontecendo. Cheguei as minhas conclusões. Consigo
        distinguir minhas conclusões daquilo que vejo e verificarei com o que vir mais
        tarde . No entanto, minha visão não está bloqueada pelas minhas
        conclusões” (senso comum).


                                    Um grande problema é que, muitas vezes, consideramos
                                            nossas conclusões como sendo fatos!


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Apropriação do pensamento
• (1) Observar a situação
      – Devemos tomar consciência do que está acontecendo e como estamos
        criando nossas representações

• (2) Descrevê-la corretamente
      – Se víssemos o que está acontecendo e descrevêssemos de forma equivocada,
        estaríamos desinformando o sistema sobre o que está fazendo e, assim, o
        sistema ficaria mais confuso.
      – Toda informação que o sistema possui, sobre si mesmo, afeta o que ele faz

• (3) Tirar conclusões e deduções:
      – É muito importante tirar conclusões corretas sobre o pensamento. Elas não
        são meras especulações inúteis.

                      Esse processo, apesar de fundamental, não é suficiente
                      porque ainda não conseguimos nos livrar dos reflexos!



Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Ruídos no pensamento que afetam a
                      propriocepção
• Dado que:
      – O corpo tem propriocepção e o pensamento (provavelmente) não e
        que os processos do corpo e do pensamento estão separados por uma
        linha pontilhada.
• Seria dedutivo pensar que:
      – O pensamento deveria ter, em algum nível, o movimento da
        propriocepção na sua natureza;
• Entretanto:
      – Ocorre alguns choques ou ruídos no pensamento que afogam a
        sensibilidade desse movimento

       Há algo no acontecendo no pensamento que rejeita, evita ou
        resiste à sensibilidade. Se pudéssemos ver a atividade do
            pensamento, na realidade, não existe; são gerações
             do próprio pensamento (o eu, a sociedade, etc.)

Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Complexidade do pensamento e
                         suas confusões
• (1) Se você olha simplesmente para si mesmo; sem
  entender as questões que levantamos, você estará
  olhando para algo que foi inventado pelo pensamento.
  E, inevitavelmente, ficará confuso.
    – Estou explicando por que você ficará confuso quando
      simplesmente entra na introspecção – tendo em vista
      que você sempre vê aquilo que foi gerado pelo
      pensamento, e apresentado como percepção.

• (2) Se você não olhar para essas questões, tais como a
  propriocepção e algumas outras, certamente ficará
  confuso.

• (3) Não significa que tudo estará bem, se não olharmos
  para isso. Continuaremos com essa confusão
  acontecendo no mundo e que, com toda certeza, nos
  guiará até sabe lá onde.


 Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Projeções do pensamento e a
                       influência das emoções
• O pensamento está condicionado ao passado e projeta o que está para
  acontecer no futuro; logo, não estou entendendo o que está acontecendo
  no presente porque minha mente está condicionada ao que aconteceu, ou
  o que acontecerá.

• Se estou no presente, estou ouvindo tudo o que está acontecendo – as
  pessoas ao meu redor, ou seja lá o que acontece – e, ao mesmo tempo,
  estou ouvindo o que você está dizendo, como também estou ouvindo
  como meu corpo se sente. É um único movimento. Não há separação; sou
  apenas um com você. E estando nesse estado de presença, posso assistir
  meus pensamentos.

• Parece que algumas vezes, também somos capazes de assistir nossos
  pensamentos e falar sobre eles. Mas quando as emoções entram em cena,
  perdemos essa habilidade; algo mais se apresenta.
      – Devemos ter essa coisa totalmente firme e poderosa que funcione mesmo
        quando as emoções entrem em cena. E a capacidade de assistir o que está
        acontecendo no pensamento pode estar se movendo em direção à percepção.


Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Sugestão de Bohm

• Tentar usar as palavras que
  geram o processo – não apenas
  com raiva, ou medo, ou inveja,
  ou mesmo o prazer, mas com
  aquilo que estiver lá.

• Você recomendaria discutir isso
  com alguém ou colocar no
  papel?
      – Faça aquilo que achar conveniente.
Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Entrevista Krishnamurti
• Neste diálogo entre Krishnamurti e Jean Louis Dewez,
  realizado em Brockwook Park, em 1979, é investigada
  profundamente a natureza do pensamento, onde são
  colocadas, dentre outras, as seguintes questões:

      1.    O que é o pensamento?
      2.    O que faz o pensamento funcionar?
      3.    O pensamento é dirigido ou é uma função
            mecânica?
      4.    A sensação de identidade, o eu, é uma criação do
            pensamento?
      5.    Como posso conhecer a mim mesmo?
      6.    Pode haver observação sem que o eu esteja
            observando?
      7.    Existe uma percepção que não se utiliza do
            pensamento?                             VÍDEO: O QUE É O PENSAMENTO?
                                                                    ENTREVISTA COM KRISHNAMURTI

Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
Links para os vídeos
VÍDEOS UTILIZADOS NO SEMINÁRIO:
      – Reflexo biológico
            • http://www.youtube.com/watch?v=nF3s-UqruZE
      – A força do pensamento
            • http://www.youtube.com/watch?v=jX_hYmRv0OM
      – Ilusão do pensamento
            • http://www.youtube.com/watch?v=bjkWaplI2Ys
      – Percepção
            • http://www.youtube.com/watch?v=JZjRtePW7Ng
      – O que é o pensamento
            • http://www.youtube.com/watch?v=Sv5K-CDOQgg


VÍDEOS EXTRAS (não deu tempo para explorar no seminário):
• Cultura Organizacional
      – http://www.youtube.com/watch?v=02W9ZzbN1Ic
• A realidade está na sua consiência
      – http://www.youtube.com/watch?v=xoPNDBQLus8


Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012

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Pensamento Sistêmico de Bohm

  • 1. Pensamento Sistêmico O Pensamento como um Sistema de David Bohm Grupo de Estudos Turma Recife 2012 Seminário 3 Recife, 19 de Novembro de 2012 César Augusto Delmas e Conceição Gusmão Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 2. Roteiro • O pensamento como um sistema e o sistema de observação • A palavra e a linguagem como representação do pensamento • Jogo de reflexos, automatismo e limitação do conhecimento • A cultura e o equívoco do pensamento • Importância e desafio de suspender as suposições • Reflexos e o “ato de pensar” • Tendência de autoengano e o pensamento saudável • Realidade, coerência e representação • Percepção e o fenômeno da ilusão • Participação do pensamento • Divisão e fragmentação do pensamento • Propriocepção, movimento, intenção e paranóia • Projeção dos pensamento e a influência das emoções Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 3. O processo de observação desse sistema e a janela para a aprendizagem • No final da sessão anterior discutimos sobre o que é chamado “sistema”. – Dissemos que o núcleo desse sistema é o pensamento. • É por meio da observação que compreendemos a maneira como o sistema funciona e, consequentemente, aprendermos algo sobre ele. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 4. A palavra como representação do pensamento • Depois que você vê algo sobre como o sistema está funcionando, deve também tentar colocá-lo em palavras: – Você pode até ver algo, mas se o processo de pensamento não sabe disso, continuará agindo como antes (ciclo vicioso). – O processo de pensamento por si só não consegue “ver”. Ele consegue apenas obter informação. – O uso das palavras é essencial para tornar visível o pensamento. • As palavras são a forma de colocar o pensamento em evidência, no qual geralmente funciona implicitamente sem que você esteja ciente dele. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 5. A palavra como representação do pensamento • Ao usar a palavra não estamos trazendo a memória, mas gerando o estado atual o qual estamos tentando explorar (exemplo: raiva) – Se, em vez de esperar que algo aconteça para trazer a raiva novamente, você a traz à tona usando as palavras apropriadas, então terá tempo de olhar para ela. – Uma dos principais pontos a se observar é que as palavras estão fazendo e como elas estão criando tudo isso As palavras representam o pensamento! • Exemplo da GM: pode existir fábricas, prédios e tudo mais, contudo, se as pessoas não acreditarem que ela existe, ela não existe. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 6. A linguagem como representação do pensamento • Para ver e compreender bem o sistema são necessários elementos de linguagem e representações precisas em pensamento. • Existem múltiplas formas de representar e transmitir o pensamento: – Deve haver outros tipos de linguagem, além das palavras (por exemplo, a imagem). – Na verdade, há um “pensamento implícito que segue sem dizer”. Diz implicitamente que “sempre que algo como isso acontece, eu tenho de reagir dessa maneira”. Esse é o pensamento . Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 7. O pensamento e suas representações não- verbais Há um tipo de símbolo pré-verbal e deve haver outros os quais não sabemos ainda. A linguagem está no topo da lista. No entanto, quando aprendemos a falar, esquecemos disso e não reconhecemos que esses símbolos ainda fazem parte do nosso pensamento. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 8. A representação como um jogo de reflexos • A representação é um jogo de reflexos que inclui sentimento e aparência visual do restante. • O jogo de reflexos pode atribuir e criar o sentimento que está na forma que foi atribuído. – A palavra “mesa” amarra tudo isso fazendo ter a sensação de que a mesa vai ser, por exemplo, sólida, o que pode ser um engano ou estar correto. • Não precisamos ter as palavras/linguagem para criarmos as representações: – O arco-íris é uma representação que foi criada nas pessoas, provavelmente, mesmo antes de ter surgido em palavras. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 9. Automatismo do pensamento • Muitas vezes as intenções são reflexivas; elas simplesmente surgem “automaticamente”. – O sistema funciona reflexivamente e mecanicamente por si, ao mesmo tempo em que nos dá a impressão de que existe um eu como centro. VÍDEO: REFLEXO BIOLÓGICO • O sistema contém um reflexo que gera o pensamento que sou eu aquele que está fazendo tudo. Possui um sistema bem elaborado que acoberta o que está acontecendo. – Muitas vezes o pensamento vem como forma de justificativas... (1) “Eu preciso fazer isso”; (2) “Seria errado fazê-lo” e (3) “Mas eu fiz, pois...” – Isso se dá de forma tão automática, quanto o reflexo do joelho a “uma martelada”. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 10. A cultura e o equívoco do pensamento • Nossa capacidade de entender o pensamento herda uma questão cultural que nos ensina equivocadamente que é algo apenas intelectual. – Poderíamos nos tornar conscientes deles se não fosse por esse motivo. • O pensamento é incompleto, pois oferece uma representação daquilo que estamos pensando. – Ex: A forma que o artista pinta um quadro representando alguém que pode nem existir. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 11. O saber nunca será absoluto • O saber nunca será absoluto, pois o conhecimento é limitado, porque ele é apenas uma representação. – O conhecimento pode ser adequado, mas não é a coisa propriamente dita, seja lá o que for, não é “aquilo que é”. • A noção de que conhecemos a coisa como um todo, ou que temos o conhecimento absoluto, não funcionará. – As coisas mudam, transformam-se. E o conhecimento está limitado ao passado. – Fazemos projeções, prolongando nosso conhecimento do passado para o futuro. Contudo, não temos garantia de que funcionará O conhecimento sempre é relativo a certas condições e circunstâncias. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 12. O conhecimento sempre é limitado! • As opiniões são “apenas” suposições e é fundamental que saibamos disso. • Podemos fazer uma suposição provisória que, o que sabemos, funcionará. – Mas o ponto principal é que isso precisa ser mantido aberto. Se não funcionar, devemos estar prontos para ver que não está funcionado e mudar. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 13. A importância e o desafio de suspender as suposições • A suspenção das suposições é um desafio, até se tornar um novo hábito. Repetição do reflexo Conclusões em forma de suposições Geração de Conclusão fechada novos reflexos Manutenção do na afirmação hábito Geração de novos hábitos Devemos tirar proveito disso e aprender com os novos reflexos! Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 14. Reflexos e suas conexões • Tudo que você pensar está conectado aos reflexos, que, por sua vez, envolverá tudo aquilo que você poderá fazer com eles. – Inicialmente reconhecemos as coisas por reflexos, em seguida, pensamos em outras atributos e ligações dessas coisas e, por fim, conectamos a outros reflexos. • Dá para ver como tudo está conectado? Os reflexos intelectuais e os reflexos visuais, o emocional, o físico, o químico, etc. estão conectados, para que você fique automaticamente pronto para agir. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 15. O pensamento e o “ato de pensar” • O pensamento apenas funciona automaticamente. Mas quando você está pensando já está pronto para ver o que não funciona e está pronto para começar a mudar. • O “ato de pensar” está diretamente ligado ao presente (que traz um rastro do passado), porque inclui a incoerência que o pensamento está, na realidade, fazendo. • Pode permitir também que novos reflexos se formem, novos arranjos, novas ideias. Se os reflexos fossem, de alguma forma, abertos, flexíveis e mutáveis, funcionariam perfeitamente. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 16. Autoengano do pensamento e a necessidade absoluta • O pensamento pode nos enganar mostrando que está pensando quando, na realidade, não está: – A cada truque que aprendemos, o pensamento já saberá no próximo momento. Se vemos um truque, logo em seguida, o pensamento já o terá nos reflexos. – Em outras palavras, nós somos o pensamento – o pensamento não é diferente de nós. Nós somos os enganadores e a decepção. • Necessidade absoluta: – Pode haver uma necessidade absoluta como sendo apenas uma percepção, dizendo que neste momento você claramente deve fazer uma ação exclusiva. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 17. Tendência de autoengano e o pensamento saudável • Tendência de autoengano do pensamento – O pensamento possui uma tendência de afirmar que sabe e tem controle de tudo. – Esse tipo de pensamento transmite sensação de segurança que ajuda na liberação das endorfinas e, consequentemente, na sensação de bem estar. – Quando as endorfinas são removidas, os nervos se agitam e volta o impulsos de pensamento voltados à segurança – À medida que a civilização se desenvolve, parece que esse impulso aumenta (sistema de recompensa). VÍDEO: A FORÇA DO PENSAMENTO • O pensamento saudável (ordenado e bem arranjado) exige que seja intrinsecamente construído e montado, de forma que sempre haja espaço para algo novo e diferente. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 18. Realidade e coerência • A ciência tem dito que as coisas chegam no sistema nervoso, e que é no cérebro que elas são, de alguma forma, organizadas no nosso senso de realidade do mundo. – A questão é se essa realidade é coerente com nossa experiência. – Se a realidade é tão formada a ponto de não aceitar a coerência, teremos, então, de mudá-la. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 19. Realidade, coerência e representação • Formação das representações: – A representação coloca certas coisas como sendo únicas, certas com sendo muitas, certas como sendo necessárias, gerais, exclusivas. Ela organiza tudo. – As aparências podem estar corretas até certo ponto ou poderão ser ilusórias. VÍDEO: ILUSÃO DO PENSAMENTO • A maneira como falamos sobre as coisas e o modo como pensamos sobre as coisas afetam a maneira com as vemos. – Em muitas formas sutis, a representação entra na percepção e perdemos a noção do que está vindo do pensamento Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 20. Influência do pensamento na percepção e o fenômeno da ilusão • O pensamento afeta o que você vê e, consequentemente, a representação afeta a percepção. • A representação entra diretamente na percepção em muitas formas sutis e você perde a noção de que está vindo no pensamento. – As vezes, você sabe que algo é uma representação, como quando você vê uma foto. • E isso é uma tremenda fonte de ilusão, uma vez que esquecemos do fato de que isso esteja acontecendo. – A partir desse equívoco, que baseamos nossas suposições, ações e ato de pensar nesse falso fato. VÍDEO: PERCEPÇÃO Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 21. Participação do pensamento “O pensamento tem uma participação muito ativa, principalmente da forma como cria o mundo. O pensamento participa de tudo, sobretudo na percepção, no entanto, nosso ideal de pensamento objetivo é a não- participação absoluta – a ideia de que o pensamento está simplesmente nos dizendo como são as coisas e não fazendo coisa alguma, seja o que for”. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 22. Divisão e fragmentação do pensamento • O pensamento funciona por meio da divisão; e, assim que se divide, não pode ser a totalidade. – O pensamento pode dividir, no sentido de marcar as partes de uma totalidade, tal como distinguir as várias engrenagem de um relógio. – Ou o pensamento pode fragmentar, tal como esmagar um relógio com um martelo. Neste ultimo caso, o pensamento separa as coisas que, na realidade, era uma. • Deveríamos fazer uma linha pontilhada entre o pensamento e a percepção (marcar as partes de um todo). Contudo o pensamento, tacitamente, faz uma linha sólida colocando pensamento de um lado e a percepção do outro – A separação, a divisão é experimentada como sendo real – essa é a representação do pensamento. Isso se torna a percepção da situação. – Dessa forma, o pensamento está criando uma sensação de separação e, em seguida, a ação flui dessa quebra de coisas. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 23. Propriocepção e movimento • A propriocepção (autopercepção). – Ex: Mulher com derrame cerebral • Geralmente focamos nossa atenção no resultado e não nos percebemos (tomamos consciência) da nossa intenção. – Portanto, encontrar a intenção certa pode ser crucial para conseguir fazer o movimento certo. • Há alguma relação entre a intenção de mover e o movimento; como também há algo no meio disso que sabemos vagamente, e que tem tudo a ver com a propriocepção. • “Vou dizer que o pensamento é um movimento. Cada reflexo, na realidade, é um movimento. Quando acontece ‘A’, o ‘B’ vem em seguida”. – Na nossa cultura o pensamento e o movimento corpóreo são duas esferas totalmente diferentes e que não estão basicamente conectadas. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 24. Propriocepção e intenção • Se dissermos que o pensamento é um reflexo como qualquer outro reflexo muscular – muito mais sutil, complexo e mutável – poderemos, então, ser capazes de ser proprioceptivo com o pensamento. • Nosso processo de pensamento deveria ter a consciência desse movimento, da intenção de pensar e do resultado que o pensamento gera. • Ao ser mais atento a isso, poderemos ser mais conscientes de como o pensamento produz um resultado fora de nós mesmos e, quem sabe, também, dentro de nós. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 25. Propriocepção e a paranóia • A paranóia ocorre quando a propriocepção falha ainda mais, e as pessoas tem dificuldades de obter isso de forma correta ou de modo algum. Ela projeta seus próprios medos nas suas percepções, o tempo todo. Devemos ser capazes de ir direto ao assunto sobre como o pensamento afeta a percepção, dizendo: “Ok, isso é apenas minha imaginação”. Mas geralmente não fazemos isso. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 26. Falta de propriocepção do pensamento as conclusões equivocadas • A falta de propriocepção do pensamento, como conhecemos agora, significa que não conseguimos distinguir se uma imagem está baseado no que está acontecendo ou naquilo que penso que está acontecendo. – A espécie humana não sabe o que faz e não sabe como percebe; deve haver uma outra maneira de ver. • Devemos ser capazes de dizer: – “Eu vejo o que está acontecendo. Cheguei as minhas conclusões. Consigo distinguir minhas conclusões daquilo que vejo e verificarei com o que vir mais tarde . No entanto, minha visão não está bloqueada pelas minhas conclusões” (senso comum). Um grande problema é que, muitas vezes, consideramos nossas conclusões como sendo fatos! Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 27. Apropriação do pensamento • (1) Observar a situação – Devemos tomar consciência do que está acontecendo e como estamos criando nossas representações • (2) Descrevê-la corretamente – Se víssemos o que está acontecendo e descrevêssemos de forma equivocada, estaríamos desinformando o sistema sobre o que está fazendo e, assim, o sistema ficaria mais confuso. – Toda informação que o sistema possui, sobre si mesmo, afeta o que ele faz • (3) Tirar conclusões e deduções: – É muito importante tirar conclusões corretas sobre o pensamento. Elas não são meras especulações inúteis. Esse processo, apesar de fundamental, não é suficiente porque ainda não conseguimos nos livrar dos reflexos! Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 28. Ruídos no pensamento que afetam a propriocepção • Dado que: – O corpo tem propriocepção e o pensamento (provavelmente) não e que os processos do corpo e do pensamento estão separados por uma linha pontilhada. • Seria dedutivo pensar que: – O pensamento deveria ter, em algum nível, o movimento da propriocepção na sua natureza; • Entretanto: – Ocorre alguns choques ou ruídos no pensamento que afogam a sensibilidade desse movimento Há algo no acontecendo no pensamento que rejeita, evita ou resiste à sensibilidade. Se pudéssemos ver a atividade do pensamento, na realidade, não existe; são gerações do próprio pensamento (o eu, a sociedade, etc.) Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 29. Complexidade do pensamento e suas confusões • (1) Se você olha simplesmente para si mesmo; sem entender as questões que levantamos, você estará olhando para algo que foi inventado pelo pensamento. E, inevitavelmente, ficará confuso. – Estou explicando por que você ficará confuso quando simplesmente entra na introspecção – tendo em vista que você sempre vê aquilo que foi gerado pelo pensamento, e apresentado como percepção. • (2) Se você não olhar para essas questões, tais como a propriocepção e algumas outras, certamente ficará confuso. • (3) Não significa que tudo estará bem, se não olharmos para isso. Continuaremos com essa confusão acontecendo no mundo e que, com toda certeza, nos guiará até sabe lá onde. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 30. Projeções do pensamento e a influência das emoções • O pensamento está condicionado ao passado e projeta o que está para acontecer no futuro; logo, não estou entendendo o que está acontecendo no presente porque minha mente está condicionada ao que aconteceu, ou o que acontecerá. • Se estou no presente, estou ouvindo tudo o que está acontecendo – as pessoas ao meu redor, ou seja lá o que acontece – e, ao mesmo tempo, estou ouvindo o que você está dizendo, como também estou ouvindo como meu corpo se sente. É um único movimento. Não há separação; sou apenas um com você. E estando nesse estado de presença, posso assistir meus pensamentos. • Parece que algumas vezes, também somos capazes de assistir nossos pensamentos e falar sobre eles. Mas quando as emoções entram em cena, perdemos essa habilidade; algo mais se apresenta. – Devemos ter essa coisa totalmente firme e poderosa que funcione mesmo quando as emoções entrem em cena. E a capacidade de assistir o que está acontecendo no pensamento pode estar se movendo em direção à percepção. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 31. Sugestão de Bohm • Tentar usar as palavras que geram o processo – não apenas com raiva, ou medo, ou inveja, ou mesmo o prazer, mas com aquilo que estiver lá. • Você recomendaria discutir isso com alguém ou colocar no papel? – Faça aquilo que achar conveniente. Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 32. Entrevista Krishnamurti • Neste diálogo entre Krishnamurti e Jean Louis Dewez, realizado em Brockwook Park, em 1979, é investigada profundamente a natureza do pensamento, onde são colocadas, dentre outras, as seguintes questões: 1. O que é o pensamento? 2. O que faz o pensamento funcionar? 3. O pensamento é dirigido ou é uma função mecânica? 4. A sensação de identidade, o eu, é uma criação do pensamento? 5. Como posso conhecer a mim mesmo? 6. Pode haver observação sem que o eu esteja observando? 7. Existe uma percepção que não se utiliza do pensamento? VÍDEO: O QUE É O PENSAMENTO? ENTREVISTA COM KRISHNAMURTI Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012
  • 33. Links para os vídeos VÍDEOS UTILIZADOS NO SEMINÁRIO: – Reflexo biológico • http://www.youtube.com/watch?v=nF3s-UqruZE – A força do pensamento • http://www.youtube.com/watch?v=jX_hYmRv0OM – Ilusão do pensamento • http://www.youtube.com/watch?v=bjkWaplI2Ys – Percepção • http://www.youtube.com/watch?v=JZjRtePW7Ng – O que é o pensamento • http://www.youtube.com/watch?v=Sv5K-CDOQgg VÍDEOS EXTRAS (não deu tempo para explorar no seminário): • Cultura Organizacional – http://www.youtube.com/watch?v=02W9ZzbN1Ic • A realidade está na sua consiência – http://www.youtube.com/watch?v=xoPNDBQLus8 Grupo de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012