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Direito autoral e qualidade das
publicações
Origem da comunicação científica
• Surge concomitantemente ao surgimento das cidades e
universidades (Sec. XII): o conhecimento se translada a outras
instancias sociais
• Método científico (F. Bacon, 1561-1626, filósofo inglês, precursor
da metodologia científica moderna e René Descartes, físico e
matemático francês 1596-1650, figura chave na Revolução
Científica)
• Criação das Universidades nos séc. XII ao XIV
• Transmissão oral mais que pesquisa
• Debates teóricos e filosóficos
• Invenção da Imprensa por Gutenberg (1439) – propiciou a
disseminação dos tratados científicos em diferentes países
Comunicação científica
• Componente essencial do processo de pesquisa: visibilidade e
reconhecimento da propriedade intelectual
• Publish or perish (Derek de Solla Price, 1922-1983, físico e
pai da cienciometria moderna)
• O que não conheço não é conhecimento (Bordieu, 1930-2002,
filósofo francês
• Informação para a comunidade acadêmica, validada por seus
pares
• Instrumentos para a comunicação científica:
• Cartas e comunicações pessoais entre autores
• Conferencias e debates
• Revistas científicas
• Livros
• A forma da comunicação depende do tipo de informação
e da audiência
Fluxo tradicional da comunicação
científica
Fluxo sequencial para modelo de periódico impresso
Fluxo da comunicação científica no
ambiente eletrônico
Revistas Científicas
• Criadas com a função de divulgar e documentar opiniões, ideias e
resultados dos debates acadêmicos
• Séculos XVII e XVIII
• Inovação intelectual como uma função da universidade
• Candidatos a graus mais elevados na educação superior fazem
suas contribuições ao conhecimento
• Expansão do número de trabalhos publicados e
consequentemente, de revistas científicas
Atividades relacionadas com a publicação
científica
• Redação do manuscrito: redação científica, formatos,
standards
• Canais de transmissão: seleção do veículo apropriado para
disseminar a informação, público-alvo, idioma, alcance
geográfico
• Avaliação: peer-review, inclusão em bases de dados,
medidas de impacto, uso e novas métricas
• Publicação e difusão: periódicos impressos, online,
conferencias, blogs, twitter, redes sociais, fóruns online,
etc.
Protocolos e critérios para publicação de artigos
• Referente às instruções aos autores, compila instruções de mais de 6 mil revistas
na área da saúde http://mulford.meduohio.edu/instr/
• Critérios éticos
• COPE – Committee on Publication Ethics http://www.publicationethics.org
• STROBE - STengthening the Reporting of Observational studies in
Epidemiology http://www.strobe-statement.org
• CONSORT – CONsolidated Standatrs of Reporting Trials http://www.consort-
statement.org
• International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) http://www.icmje.org/
disponibiliza o conjunto de regras Uniform requirements for manuscripts
• Equator: Enhancing the QUAlity and Transparency Of Research – disponível
tradução em espanhol pela OPAS: http://www.espanol.equator-network.org/
• NLM: Research reporting guidelines and initiatives
http://www.nlm.nih.gov/services/research_report_guide.html
Avaliação da Produção Científica
• É importante avaliar a produção científica para traduzir os
resultados de pesquisa em programas e políticas públicas e saber
o que é relevante;
• Indicadores de impacto científico: Fator de Impacto, Scimago
Journal Rank, Eigenfactor, Indice h, medidas de uso e download,
novas métricas;
• Indexação em bases de dados regionais e internacionais: Scopus,
LILACS, SciELO, MEDLINE, Web of Science, JCR;
• Redes sociais na avaliação de impacto.
Fator de Impacto
• Utiliza a base Web of Science (Thomson Reuters)
• FI = Citações recebidas / numero de artigos
• É calculado em base a 2 ou 5 anos para efeito de comparação de
áreas com distintos parâmetros de citação
Por exemplo, FI de New England Medical Journal em 2008:
Citações recebidas em 2008 a artigos publicados em 2007 e 2008: 32.311
Artigos publicados em 2007 e 2006: 646
Resultado: 32.311/646 = 50,017 = Fator de Impacto do NEMJ
• Críticas ao FI:
 É impreciso pois o que conta no numerador não é levado em conta
no denominador;
 Existem artifícios para aumentar o FI de periódicos, como artigos de
revisão, editoriais de impacto que serão muito citados e outros;
 Disponível em uma base de dados de acesso restrito
www.isiknowledge.com/
• Por que é tão popular? Por ter sido o pioneiro, por ser simples de
calcular
Scimago Journal Rank
• SCImago Journal Rank é uma medida de impacto científico das
revistas acadêmicas que representa o número de citações
recebidas por uma revista e a importância ou prestigio das
revistas de onde tais citações provem;
• Utiliza a base de dados Scopus e acumula citações em 3 anos;
• Toma por base o algoritmo PageRank, utilizado pelo Google para
ordenar as páginas mais visitadas em uma busca;
• É um indicador independente de tamanho e seus valores ordenam
os periódicos pelo seu "prestigio médio por artigo" e pode ser
utilizado para comparações de revistas nos processos de
avaliação em ciências;
• Disponível em uma base de dados em acesso aberto,
http://www.scimagojr.com/ apesar da base Scopus
depender de assinatura.
Fonte: Rocha e Silva, M. – SciELO, set 2010
Eigenfactor
• Eigenfactor utiliza mesmo algoritmo PageRank do classificador de páginas do
Google;
• O sistema de classificação de periódicos utilizando Eigenfactor leva em conta a
diferença de prestigio entre os periódicos que citam;
• Eigenfactor também se ajusta para diferenças de padrões de citação entre
disciplinas, permitindo comparar desempenhos entre elas utilizando o mesmo
índice. Baseia nas citações recebidas em um período de cinco anos.
• Outra particularidade de Eigenfactor: diferente do fator de impacto, unifica e
contabiliza citações em revistas nos campos de ciências e ciências sociais;
• Elimina auto-citações. São descontadas cada referencia de um artigo em uma
revista a outro artigo da mesma revista.
• Utiliza a base de dados Web of Science. O cálculo matemático foi idealizado de
forma que a soma de Eigenfactor de todos os periódicos indexados no JCR seja
igual a 100.
• O índice Eigenfactor se encontra disponível em acesso aberto
(www.eigenfactor.org) e também no site de Web of Science (paga)
Article Influence
• O Article Influence de um determinado periódico é a medida do prestigio
deste periódico por artigo. É calculado por meio da divisão do
Eigenfactor pela fração de artigos publicados pelo periódico. Esta fração
se normaliza, para que a soma total de artigos em todos os periódicos
seja igual a 1;
• Assim, enquanto o Eigenfactor leva em conta toda a rede de citações
recebidas nos últimos cinco anos por todos os artigos do periódico,
Article Influence é uma medida do prestigio deste periódico tendo por
base as citações por artigo;
• O valor médio do Article Influence é igual a 1.00. Valores maiores que 1
indicam que cada artigo no periódico exerce una influencia acima da
media e valores menores que 1 indicam que cada artigo do periódico em
questão exerce influencia abaixo da media;
• O índice Article Influence encontra-se disponível em acesso aberto
www.eigenfactor.org e também no site de Web of Science.
Indice h
• Idealizado por J.E.Hirsch (2005) Proc. Natl. Acad. Sci. USA vol. 102
(46) 16569-16572;
• É um índice para quantificar a produtividade científica de um
pesquisador, departamento o instituição;
• Índice h é definido como o número de publicações com citações > h;
• Este índice normaliza as diferentes áreas de conhecimento;
• Um autor com 20 publicações com 20 citações cada tem um índice h
igual a 20.
• É possível calcular o índice h de una revista. Uma publicação tem
índice h 50 se tiver 50 artigos com 50 citações cada.
"Estes resultados devem nos fazer repensar FI e SJR como o golden
standard das medidas de impacto científico. Os resultados aqui
apresentados indicam que as métricas baseadas em medidas de uso e
não de citações - como tem sido mais comum - podem representar
uma melhor medida de consenso".
Bases de Dados
• Permitem organizar e catalogar as revistas;
• Realizar buscas por assunto, autor, periódico,
palavras-chave;
• Sua função primordial é separar os periódicos tendo
como critério a qualidade dos artigos publicados;
• Os critérios variam pouco entre as varias bases
regionais e internacionais;
• Para que sejam mais representativas, as bases não
devem indexar a totalidade dos periódicos, e sim os
mais representativos.
Lei de Bradford
• Um número relativamente pequeno de revistas de cada especialidade
publica a maior parte dos resultados científicos significativos;
• 2000 revistas correspondem a 85% dos artigos publicados e 95% dos
artigos citados
• Esta porção de periódicos não é fixa, uma constante reavaliação e
indexação de novas revistas é necessária.
Indexação de revistas de
AL&C em bases de dados
Dados de nov/2012
Revistas em Saúde da AL&C
Variação nos
últimos 12 anos:
SciELO - 917%
JCR – 486%
Medline - 204%
Folha de São Paulo
22/04/13
Comparação entre critérios de Bases de Dados
(*) International Committee of Medical Journal Editors – Uniform Requirements for
Manuscripts Submitted to Biomedical Journals (http://www.icmje.org/)
Redes Sociais em comunicação cientifica
1. Blogs – (web logs) conteúdo gerado pelos usuários, tem sido usados desde o
final da década de 1990 e logo após adotados por pesquisadores .
Ex: PLoS, Nature, Scientific American e a rede Science Blogs.
2. Twitter – microblog criado em 2006 para permitir comunicação por sms,
limitado a 140 caracteres. Evoluiu de “o que vc está fazendo ”para “ o que está
acontecendo” Tornou-se uma importante ferramenta para comunicação e troca
de informação em crises políticas e desastres por meio de celulares
3. Facebook - Serviço lançado em 2004 inicialmente desenhado para ser
compartilhado entre os alunos da Univ. Harvard. Hoje é a maior rede social do
mundo, com mais de um bilhão de usuários, a maioria por dispositivos móveis.
Seu uso em comunicação científica inclui casas editoriais, editores,
pesquisadores, estudantes e o público em geral, para promover discussão e
ampla disseminação dos conteúdos publicados.
4. Linkedin – Criado em 2002, trata-se de uma rede social para pessoas em
ocupações profissionais. Tem cerca de 170 milhões de usuários em mais de
200 países.
5. Midias sociais - Images (Flickr, Picasa) ; Video/Audio (YouTube, Vimeo)
Uso de redes sociais em comunicação
científica
• As redes sociais podem ser usadas para selecionar informação relevante
como filtros de conteúdo;
• Redes sociais estão sendo utilizadas por editores e publishers para
recomendar e avaliar artigos e outros conteúdos científicos, antes restrita a
ambientes científicos e instituições de pesquisa;
• As redes promovem interação entre todos os atores envolvidos no processo
de comunicação científica - publishers, editores, autores, leitores, e peer
reviewers, levando à ações cooperativas;
• Redes sociais oferecem uma nova perspectiva para medir impacto científico
que vai além das citações, como referencias compartilhadas, número de
acessos e downloads logo após a publicação, diminuindo o tempo de
contagem de citações (2-5 anos)
• Redes sociais também provém novas possibilidades para a
comunicação científica, gerando novas formas de disseminação
Possíveis causas para a queda de qualidade das publicações
brasileiras
Publish or perrish e/ou get cited or perrish
• Dados fraudados;
• Plágios e autoplágios;
• Coautoria fictícia;
• Compadrio de citações;
• Divisão de trabalhos em LPU (Least Publishable Unit)
• Desincentivo à produção de livros didáticos;
• Desincentivo ao ensino com qualidade e trabalho de extensão;
• Desperdício de talentos;
• Perda de credibilidade da comunidade científica;
• Critérios de avaliação da produção científica dos cursos de pós-graduação
baseada em FI
Considerações finais
• A indexação de uma revista em uma base de dados regional ou
internacional não obedece somente a critérios formais;
• A situação das revistas concorrentes na seleção presente ou
precedente na mesma área de conhecimento é um fator
determinante;
• Muitas vezes critérios comerciais, geográficos ou de fomento de
uma área específica influencia a seleção de revistas por uma
base de dados;
Lilian Calò
Coordenação de Comunicação Científica e Avaliação
Centro Latino Americano e do Caribe de Informação
em Ciências da Saúde - BIREME/OPAS/OMS
calolili@paho.org
Obrigada!
46 Anos

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Direitos autorais e qualidade das publicações científicas

  • 1. Direito autoral e qualidade das publicações
  • 2. Origem da comunicação científica • Surge concomitantemente ao surgimento das cidades e universidades (Sec. XII): o conhecimento se translada a outras instancias sociais • Método científico (F. Bacon, 1561-1626, filósofo inglês, precursor da metodologia científica moderna e René Descartes, físico e matemático francês 1596-1650, figura chave na Revolução Científica) • Criação das Universidades nos séc. XII ao XIV • Transmissão oral mais que pesquisa • Debates teóricos e filosóficos • Invenção da Imprensa por Gutenberg (1439) – propiciou a disseminação dos tratados científicos em diferentes países
  • 3. Comunicação científica • Componente essencial do processo de pesquisa: visibilidade e reconhecimento da propriedade intelectual • Publish or perish (Derek de Solla Price, 1922-1983, físico e pai da cienciometria moderna) • O que não conheço não é conhecimento (Bordieu, 1930-2002, filósofo francês • Informação para a comunidade acadêmica, validada por seus pares • Instrumentos para a comunicação científica: • Cartas e comunicações pessoais entre autores • Conferencias e debates • Revistas científicas • Livros • A forma da comunicação depende do tipo de informação e da audiência
  • 4. Fluxo tradicional da comunicação científica Fluxo sequencial para modelo de periódico impresso
  • 5. Fluxo da comunicação científica no ambiente eletrônico
  • 6. Revistas Científicas • Criadas com a função de divulgar e documentar opiniões, ideias e resultados dos debates acadêmicos • Séculos XVII e XVIII • Inovação intelectual como uma função da universidade • Candidatos a graus mais elevados na educação superior fazem suas contribuições ao conhecimento • Expansão do número de trabalhos publicados e consequentemente, de revistas científicas
  • 7. Atividades relacionadas com a publicação científica • Redação do manuscrito: redação científica, formatos, standards • Canais de transmissão: seleção do veículo apropriado para disseminar a informação, público-alvo, idioma, alcance geográfico • Avaliação: peer-review, inclusão em bases de dados, medidas de impacto, uso e novas métricas • Publicação e difusão: periódicos impressos, online, conferencias, blogs, twitter, redes sociais, fóruns online, etc.
  • 8. Protocolos e critérios para publicação de artigos • Referente às instruções aos autores, compila instruções de mais de 6 mil revistas na área da saúde http://mulford.meduohio.edu/instr/ • Critérios éticos • COPE – Committee on Publication Ethics http://www.publicationethics.org • STROBE - STengthening the Reporting of Observational studies in Epidemiology http://www.strobe-statement.org • CONSORT – CONsolidated Standatrs of Reporting Trials http://www.consort- statement.org • International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) http://www.icmje.org/ disponibiliza o conjunto de regras Uniform requirements for manuscripts • Equator: Enhancing the QUAlity and Transparency Of Research – disponível tradução em espanhol pela OPAS: http://www.espanol.equator-network.org/ • NLM: Research reporting guidelines and initiatives http://www.nlm.nih.gov/services/research_report_guide.html
  • 9. Avaliação da Produção Científica • É importante avaliar a produção científica para traduzir os resultados de pesquisa em programas e políticas públicas e saber o que é relevante; • Indicadores de impacto científico: Fator de Impacto, Scimago Journal Rank, Eigenfactor, Indice h, medidas de uso e download, novas métricas; • Indexação em bases de dados regionais e internacionais: Scopus, LILACS, SciELO, MEDLINE, Web of Science, JCR; • Redes sociais na avaliação de impacto.
  • 10. Fator de Impacto • Utiliza a base Web of Science (Thomson Reuters) • FI = Citações recebidas / numero de artigos • É calculado em base a 2 ou 5 anos para efeito de comparação de áreas com distintos parâmetros de citação Por exemplo, FI de New England Medical Journal em 2008: Citações recebidas em 2008 a artigos publicados em 2007 e 2008: 32.311 Artigos publicados em 2007 e 2006: 646 Resultado: 32.311/646 = 50,017 = Fator de Impacto do NEMJ • Críticas ao FI:  É impreciso pois o que conta no numerador não é levado em conta no denominador;  Existem artifícios para aumentar o FI de periódicos, como artigos de revisão, editoriais de impacto que serão muito citados e outros;  Disponível em uma base de dados de acesso restrito www.isiknowledge.com/ • Por que é tão popular? Por ter sido o pioneiro, por ser simples de calcular
  • 11. Scimago Journal Rank • SCImago Journal Rank é uma medida de impacto científico das revistas acadêmicas que representa o número de citações recebidas por uma revista e a importância ou prestigio das revistas de onde tais citações provem; • Utiliza a base de dados Scopus e acumula citações em 3 anos; • Toma por base o algoritmo PageRank, utilizado pelo Google para ordenar as páginas mais visitadas em uma busca; • É um indicador independente de tamanho e seus valores ordenam os periódicos pelo seu "prestigio médio por artigo" e pode ser utilizado para comparações de revistas nos processos de avaliação em ciências; • Disponível em uma base de dados em acesso aberto, http://www.scimagojr.com/ apesar da base Scopus depender de assinatura.
  • 12. Fonte: Rocha e Silva, M. – SciELO, set 2010
  • 13. Eigenfactor • Eigenfactor utiliza mesmo algoritmo PageRank do classificador de páginas do Google; • O sistema de classificação de periódicos utilizando Eigenfactor leva em conta a diferença de prestigio entre os periódicos que citam; • Eigenfactor também se ajusta para diferenças de padrões de citação entre disciplinas, permitindo comparar desempenhos entre elas utilizando o mesmo índice. Baseia nas citações recebidas em um período de cinco anos. • Outra particularidade de Eigenfactor: diferente do fator de impacto, unifica e contabiliza citações em revistas nos campos de ciências e ciências sociais; • Elimina auto-citações. São descontadas cada referencia de um artigo em uma revista a outro artigo da mesma revista. • Utiliza a base de dados Web of Science. O cálculo matemático foi idealizado de forma que a soma de Eigenfactor de todos os periódicos indexados no JCR seja igual a 100. • O índice Eigenfactor se encontra disponível em acesso aberto (www.eigenfactor.org) e também no site de Web of Science (paga)
  • 14. Article Influence • O Article Influence de um determinado periódico é a medida do prestigio deste periódico por artigo. É calculado por meio da divisão do Eigenfactor pela fração de artigos publicados pelo periódico. Esta fração se normaliza, para que a soma total de artigos em todos os periódicos seja igual a 1; • Assim, enquanto o Eigenfactor leva em conta toda a rede de citações recebidas nos últimos cinco anos por todos os artigos do periódico, Article Influence é uma medida do prestigio deste periódico tendo por base as citações por artigo; • O valor médio do Article Influence é igual a 1.00. Valores maiores que 1 indicam que cada artigo no periódico exerce una influencia acima da media e valores menores que 1 indicam que cada artigo do periódico em questão exerce influencia abaixo da media; • O índice Article Influence encontra-se disponível em acesso aberto www.eigenfactor.org e também no site de Web of Science.
  • 15.
  • 16. Indice h • Idealizado por J.E.Hirsch (2005) Proc. Natl. Acad. Sci. USA vol. 102 (46) 16569-16572; • É um índice para quantificar a produtividade científica de um pesquisador, departamento o instituição; • Índice h é definido como o número de publicações com citações > h; • Este índice normaliza as diferentes áreas de conhecimento; • Um autor com 20 publicações com 20 citações cada tem um índice h igual a 20. • É possível calcular o índice h de una revista. Uma publicação tem índice h 50 se tiver 50 artigos com 50 citações cada.
  • 17.
  • 18. "Estes resultados devem nos fazer repensar FI e SJR como o golden standard das medidas de impacto científico. Os resultados aqui apresentados indicam que as métricas baseadas em medidas de uso e não de citações - como tem sido mais comum - podem representar uma melhor medida de consenso".
  • 19. Bases de Dados • Permitem organizar e catalogar as revistas; • Realizar buscas por assunto, autor, periódico, palavras-chave; • Sua função primordial é separar os periódicos tendo como critério a qualidade dos artigos publicados; • Os critérios variam pouco entre as varias bases regionais e internacionais; • Para que sejam mais representativas, as bases não devem indexar a totalidade dos periódicos, e sim os mais representativos.
  • 20. Lei de Bradford • Um número relativamente pequeno de revistas de cada especialidade publica a maior parte dos resultados científicos significativos; • 2000 revistas correspondem a 85% dos artigos publicados e 95% dos artigos citados • Esta porção de periódicos não é fixa, uma constante reavaliação e indexação de novas revistas é necessária.
  • 21. Indexação de revistas de AL&C em bases de dados Dados de nov/2012
  • 22. Revistas em Saúde da AL&C Variação nos últimos 12 anos: SciELO - 917% JCR – 486% Medline - 204%
  • 23. Folha de São Paulo 22/04/13
  • 24. Comparação entre critérios de Bases de Dados (*) International Committee of Medical Journal Editors – Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals (http://www.icmje.org/)
  • 25. Redes Sociais em comunicação cientifica 1. Blogs – (web logs) conteúdo gerado pelos usuários, tem sido usados desde o final da década de 1990 e logo após adotados por pesquisadores . Ex: PLoS, Nature, Scientific American e a rede Science Blogs. 2. Twitter – microblog criado em 2006 para permitir comunicação por sms, limitado a 140 caracteres. Evoluiu de “o que vc está fazendo ”para “ o que está acontecendo” Tornou-se uma importante ferramenta para comunicação e troca de informação em crises políticas e desastres por meio de celulares 3. Facebook - Serviço lançado em 2004 inicialmente desenhado para ser compartilhado entre os alunos da Univ. Harvard. Hoje é a maior rede social do mundo, com mais de um bilhão de usuários, a maioria por dispositivos móveis. Seu uso em comunicação científica inclui casas editoriais, editores, pesquisadores, estudantes e o público em geral, para promover discussão e ampla disseminação dos conteúdos publicados. 4. Linkedin – Criado em 2002, trata-se de uma rede social para pessoas em ocupações profissionais. Tem cerca de 170 milhões de usuários em mais de 200 países. 5. Midias sociais - Images (Flickr, Picasa) ; Video/Audio (YouTube, Vimeo)
  • 26. Uso de redes sociais em comunicação científica • As redes sociais podem ser usadas para selecionar informação relevante como filtros de conteúdo; • Redes sociais estão sendo utilizadas por editores e publishers para recomendar e avaliar artigos e outros conteúdos científicos, antes restrita a ambientes científicos e instituições de pesquisa; • As redes promovem interação entre todos os atores envolvidos no processo de comunicação científica - publishers, editores, autores, leitores, e peer reviewers, levando à ações cooperativas; • Redes sociais oferecem uma nova perspectiva para medir impacto científico que vai além das citações, como referencias compartilhadas, número de acessos e downloads logo após a publicação, diminuindo o tempo de contagem de citações (2-5 anos) • Redes sociais também provém novas possibilidades para a comunicação científica, gerando novas formas de disseminação
  • 27. Possíveis causas para a queda de qualidade das publicações brasileiras Publish or perrish e/ou get cited or perrish • Dados fraudados; • Plágios e autoplágios; • Coautoria fictícia; • Compadrio de citações; • Divisão de trabalhos em LPU (Least Publishable Unit) • Desincentivo à produção de livros didáticos; • Desincentivo ao ensino com qualidade e trabalho de extensão; • Desperdício de talentos; • Perda de credibilidade da comunidade científica; • Critérios de avaliação da produção científica dos cursos de pós-graduação baseada em FI
  • 28. Considerações finais • A indexação de uma revista em uma base de dados regional ou internacional não obedece somente a critérios formais; • A situação das revistas concorrentes na seleção presente ou precedente na mesma área de conhecimento é um fator determinante; • Muitas vezes critérios comerciais, geográficos ou de fomento de uma área específica influencia a seleção de revistas por uma base de dados;
  • 29. Lilian Calò Coordenação de Comunicação Científica e Avaliação Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde - BIREME/OPAS/OMS calolili@paho.org Obrigada! 46 Anos