O documento discute projetos didáticos e sequências didáticas como abordagens pedagógicas. Ele descreve as características de projetos didáticos, incluindo sua natureza intencional, social e voltada para a resolução de problemas. Também discute o papel do professor como mediador e o planejamento de sequências didáticas, com ênfase nos princípios de legitimidade, pertinência e solidarização.
2. Unidade 6 – Texto 1
Planejar para integrar
saberes e experiências
3.
1. QUE DESAFIOS O PROFESSOR
ENCONTRA, ATUALMENTE, EM SUA ATIVIDADE DE
PLANEJAMENTO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA A PARTIR DOS
PRESSUPOSTOS HOJE ENFATIZADOS E QUE DEVEM NORTEAR
A SUA PRÁTICA?
2. PORQUE É IMPORTANTE ARTICULAR O QUE AS CRIANÇAS
SABEM? COMO O PROFESSOR DEVE ORGANIZAR SUA
PRÁTICA?
6. CARACTERÍSTICAS
1. O projeto é uma proposta de intervenção pedagógica.
2. É uma atividade intencional e social, que contempla um problema, objetivos e
produtos concretos.
3. Aborda o conhecimento em uso:
- enfoca conhecimentos relevantes para resolver o problema proposto;
- considera efetivamente as competências e os conhecimentos prévios dos alunos;
- promove a interdisciplinaridade;
- trata os conteúdos de forma dinâmica – aprendizagem significativa;
- trata os conteúdos de forma helicoidal, pois os conhecimentos são retomados ao
longo das etapas do projeto.
7. CARACTERÍSTICAS
4. Exige participação dos estudantes em todo o desenvolvimento das ações.
5. Estimula cooperação, com responsabilidade mútua.
6. Estimula a autonomia e a iniciativa.
7. Exige produção autêntica, resultante das decisões tomadas.
8. Contempla a divulgação dos trabalhos.
9. “[...] o professor, como mediador, tem papel central de
problematizar, coletivamente, com crianças e membros da
comunidade, o trabalho que irá coordenar durante todo o percurso.
Desse
modo,
o
docente
precisa
considerar
as
possibilidades, necessidades e características cognitivas e culturais dos
educandos. Precisa também, porque tem na primazia da realidade um
princípio educativo, romper com a fragmentação dos conhecimentos.
Diante de um determinado problema, pode ser necessário mobilizar
conceitos relativos a diferentes componentes curriculares, favorecendo
um estudo multidisciplinar e que não se perde em um
abstracionismo pouco afim ao cotidiano das crianças.
10. Por isso, é importante ressaltar que os diferentes
componentes curriculares só devem ser integrados ao
projeto na medida em que colaborarem para que se
chegue
aos
produtos
planejados.
As
abstrações, necessárias a todo processo de construção de
conhecimento, ocorrem sempre a partir da realidade
vivenciada pelas crianças. Não é necessário tampouco que
todos os componentes curriculares sejam contemplados”
(LEAL; MESQUITA, 2012, p. 22).
11. Requisitos básicos no desenvolvimento
de projetos didáticos
INTENCIONALIDADE
PROBLEMATIZAÇÃO
AÇÃO
EXPERIÊNCIA
PESQUISA
12. Por
isso,
segundo
Barbosa
e
Horn
(2008, p.33), na pedagogia de projetos alguns
momentos são decisivos: a definição do
problema, o planejamento do trabalho, a
coleta, a organização e o registro das
informações, a avaliação e a comunicação.
13. Gêneros na sala de aula
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004)
14. Sequência didática: o que é?
Procedimento de
ensino
Planejado pelo
professor
Organizado em
passos ou etapas
Garante propósito
para escrita
Viabiliza estudo e
aprofundamento
Permite
interdisciplinaridade
15. SEQUÊNCIA DIDÁTICA
De acordo com Dolz, Noverraz e Schneuwly
(2004, p. 97-98):
“Sequência didática é um conjunto de
atividades
escolares
organizadas,
de
maneira sistemática, em torno de um
gênero textual oral ou escrito”.
16. Sequência didática: por quê?
O planejamento da SD permite:
Escolher temáticas relevantes para a vida das crianças,
Valorizar os conhecimentos prévios dos alunos,
Estimular a reflexão e a promoção de situações de
interação propícias às aprendizagens,
Favorecer a sistematização dos conhecimentos,
Diversificar estratégias didáticas.
17. Segundo Schneuwly e Dolz (2004):
Diante do fato de que toda forma de
comunicação cristaliza-se em formas específicas de
linguagem, a escola sempre trabalhou com os
gêneros para ensinar os alunos a escrever, a ler, a
falar. A particularidade da situação escolar reside
no fato de que o gênero textual não é considerado
somente como um instrumento de
comunicação, mas, ao mesmo tempo, é objeto de
ensino-aprendizagem.
18. A SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO ABORDAGEM de
ENSINO-APRENDIZAGEM:
Três princípios são fundamentais para o trabalho pedagógico:
1. princípio da legitimidade (referência aos saberes teóricos
ou elaborados por especialistas);
2. princípio da pertinência (referência às capacidades dos
alunos, às finalidades e aos objetivos da escola, aos
processos ensino-aprendizagem);
3. princípio de solidarização (tornar coerentes os saberes em
função dos objetivos visados).
(SCHNEUWLY & DOLZ, 2004, p. 82).
19. ESQUEMA DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Apresentação
da situação
PRODUÇÃO
INICIAL
Módulo
1
Módulo
2
Módulo
n
PRODUÇÃO
FINAL
Fonte: Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004, p. 98).
20. 1ª etapa: Apresentação da situação
Tem-se como finalidade expor aos alunos uma proposta de
comunicação que será realmente realizado na produção final.
Construção da representação de uma situação de comunicação e
das atividades que serão realizadas:
21. 2ª etapa: A primeira produção
Tentativa de elaboração, por parte dos alunos, de um texto relativo ao
gênero escolhido. O objetivo é que esta produção revele a
competência já instalada nos alunos sobre a produção, e a
representação que estes fazem do gênero em questão.
22. 2ª etapa: A primeira produção
A produção inicial é o primeiro lugar de aprendizagem
da sequência, porque, somente em realizar uma
atividade de maneira definida já constitui um processo
de conscientização das próprias dificuldades e
problemas a serem ultrapassadas.
No caso dos alunos do 1º ano do ciclo de
alfabetização é fundamental que essa produção seja
oral, e depois coletiva (transcrita pelo professor).
23. 3ª etapa: Os módulos
Nos módulos são trabalhados os problemas apresentados na
primeira produção. Deve-se pensar em trabalhar os
problemas de níveis diferentes; em disponibilizar atividades e
exercícios variados; e capitalizar as aquisições, isto
é, considerar a linguagem técnica, pois, os alunos devem ser
capazes de falar sobre o gênero abordado.
Não há um número exato de módulos a serem realizados (e
cada módulo pode ser subdividido em oficinas).
24. 4ª etapa: Produção final
A sequência é encerrada com uma produção
final que deve disponibilizar ao aluno a
possibilidade
de
por
em
prática
os
aprendizados que ocorreram no processo.
O professor poderá utilizar essa produção
como avaliação. O ideal é que se faça revisão.
26. TAREFA PARA CASA
ENTREGAR DIA 30/10 (quarta-feira)
Leitura do texto: “Projetos didáticos: compartilhando saberes, compartilhando responsabilidades”
– Unidade 6 ano 2 – p. 14 a 20.
O projeto apresentado mostrou um problema?
Qual foi o papel das crianças dentro da organização deste projeto?
Houve um destinatário final e uma contextualização da atividade proporcionada?
Qual foi o ponto positivo levantado pela professora na realização deste projeto?
Quais componentes curriculares a docente contemplou?
Houve o trabalho diferenciado, respeitando todas as hipóteses?
Quais sugestões vocês proporiam para ampliação de atividades?
Responder as questões e entregá-las dia 30/10.