O documento descreve o movimento Romantismo na literatura, música e artes plásticas na Europa entre os séculos XVIII e XIX. O Romantismo surgiu como reação ao racionalismo iluminista e exaltou a imaginação, sentimentos e nacionalismo. Grandes nomes como Goethe, Beethoven e Verdi produziram obras emblemáticas que valorizaram o subjetivismo e a natureza.
2. O Romantismo tem seus primeiros momentos a
partir do final do século XVIII, como resposta
ao racionalismo burguês e a Rev. Industrial.
A forma mais primitiva desta escola foi o
movimento “Sturm und Drang”, Tempestade e
Agonia, da década de 1760.
A obra mais simbólica deste período foi “O
Sofrimento do Jovem Werther”, de Goethe.
O movimento correu simultaneamente com o
Classicismo alemão. O Tempestade, aliás,
perdeu grandes nomes para a outra escola.
3. O Romantismo inicia-se de fato a partir do fim
da Rev. Francesa. No entanto, esse movimento
fica mais restrito a França napoleônica, com
poucas exceções.
Com o Congresso de Viena (1814-15), a
nascente escola encontra terreno fértil para sua
propagação.
Devemos lembrar também que estéticas anti-
românticas também surgiam
concomitantemente, principalmente na
literatura.
4. Nos países prejudicados pelo Congresso, como
a França, sobre o domínio de outros, a
Noruega, desunidos; como a Alemanha, a Itália
e a Bélgica; e os recém-independentes da
América, a nova estética surgia como um
movimento de união nacional.
Aliás, muitos artistas românticos apoiavam
movimentos como o Pan-Germanismo e o Pan-
Escandinavismo, além das unificações da
Bélgica (1830) e da Itália (1861).
5. A partir de 1850, a Europa começava a entrar
em um período de estabilidade.
As potências europeias começavam a se virar
para a expansão para a África e Ásia, e quase
não se via guerras dentro do território europeu.
Além disso, os movimentos de unificação ou se
consolidavam ou entravam em decadência, o
nacionalismo perdia força.
6. As estéticas que surgiram durante a
Restauração finalmente entravam em voga.
A partir de 1870 o Romantismo é dado como
terminado em várias partes da Europa, mas
ainda sobrevive por mais alguns anos na
América.
7. A característica mais marcante do Romantismo
é a valorização dos sentimentos e da
imaginação como princípios da criação
artística.
Exaltou o passado histórico numa dimensão
nacionalista e ética: fatos reais da história
nacional e contemporânea da vida dos artistas
e integração de imagens mitológicas às
pinturas.
8. Os amores impossíveis e a idealização da
mulher amada originou a criação de
composições sombrias.
A escultura e a arquitetura registram pouca
novidade. A única inovação foi o resgate de
características góticas.
A estética se desenvolveu mais intensamente
em nações novas ou dominadas por outras. Já
no R.U., por exemplo, a escola se confunde com
o Impressionismo.
9. A pintura no período romântico aproxima-se
muito do Barroco, o que pode ser observado
pelo dinamismo, através de uma composição
em diagonal e valorização das cores e dos
contrastes claro-escuro.
As paisagens servem de temas centrais da
pintura, obtendo assim um enquadramento de
cenas figuradas, estabelecendo um ambiente
nostálgico ou dramático entre as personagens e
fundo paisagístico.
10.
11. Além disso, estão presente dois ambientes: O
dramático, que é dado geralmente pela
representação das forças da natureza sob a
qual, o homem, irremediavelmente está á
mercê; e o nostálgico e sonhador, que é muitas
vezes marcado pela representação de ruínas no
meio de uma natureza luxuriante que se revela
indiferente ao destino dos homens.
Tudo isso sempre permeado com extrema
dramaticidade.
12.
13. Composição em pirâmide dinamizada por
linhas oblíquas gerando ritmos e sugerindo
movimento.
Utilização das virtudes expressivas da cor por
oposição ao desenho frio e calculado do
Classicismo.
Fortes contrastes cromáticos e não harmônicos.
A pincelada larga, fluida, vigorosa e
espontânea define os volumes.
Noção de perspectiva ou profundidade.
14.
15. A emoção, o amor e a liberdade de viver são os
valores retratados nas músicas desta fase. O
nacionalismo, o folclore e assuntos populares
servem de inspiração para os músicos.
As primeiras evidências do romantismo na
música aparecem com Beethoven.
Suas sinfonias, a partir da terceira, revelam
uma música com temática profundamente
pessoal e interiorizada, assim como algumas de
suas sonatas para piano também, entre as quais
é possível citar a Sonata Patética.
16.
17. Outros compositores como Chopin, Grieg e
Brahms levaram ainda mais adiante o ideal
romântico de Beethoven, deixando o rigor formal
do classicismo para escreverem músicas mais de
acordo com suas emoções.
Na ópera, os compositores mais notáveis foram
Verdi e Wagner.
Verdi procurou escrever óperas, em sua maioria,
com conteúdo épico ou patriótico, embora tenha
escrito também algumas óperas baseadas em
histórias de amor como La Traviata. Wagner
enfocava histórias mitológicas germânicas.
18. A Bagatelle nº 25, ou Für Elise, é uma das peças
para piano mais famosas de Ludwig von
Beethoven.
“Für Elise” é alemão para “Para, dedicado a
Elise”.
Não se sabe exatamente quem é Elise. É mais
amplamente aceito que o nome da musica seria
“Für Therése”, e que, devido a caligrafia
horrenda do artista, seu “gerente” não teria a
entendido e publicado-a como “Para Elise”
19. A teoria ganha força com o fato de a canção só
ter sido publicada 40 anos depois da morte do
artista.
Outros teóricos afirmam que a música era
dedicada a Elisabeth Rökel, cantora lírica.
20.
21. Eroica foi uma sinfonia com 4 partes publicada
em 1805, em homenagem a Napoleão
Bonaparte, grande líder militar na época.
Com o 18 de Brumário e a queda do
Consulado, Beethoven se decepcionou com o
ídolo francês e tentou alterar o nome da
sinfonia, sem sucesso.