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ESCOLAS DO CAMPO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: IMPACTOS
A PARTIR DO PROJETO OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO.
Conceição Paludo – Universidade Federal de Pelotas
Rosa Elane Antoria Lucas – Universidade Federal de Pelotas
Resumo
O presente trabalho pretende demonstrar como se desenvolveu o Projeto “Realidade das
escolas do campo na Região Sul do Brasil: diagnóstico e intervenção pedagógica com
ênfase em letramento e formação de professores” atende a solicitação do Edital
038/2010 Capes - Observatório da Educação - modalidade em rede, para o período de
2011 a 2014, sendo composto pelas instituições UFSC/SC (proponente); UFPel/RS e
UTP/PR. Sua proposição parte da análise das contradições do modelo de
desenvolvimento brasileiro existente no campo e das problemáticas vivenciadas pelas
escolas do campo. No ano de 2011, no núcleo RS, os eixos de ações centrais foram a
constituição da equipe de trabalho do Observatório; a realização da inserção,
diagnóstico, constituição das equipes nas escolas; elaboração dos subprojetos junto com
as escolas, e algumas ações na mesma e comunidade; levantamento e organização dos
dados do IDEB no RS, no programa SPSS; estudos, de textos sobre letramento,
educação do campo e metodologia da investigação - ação, a fim de obter o
embasamento teórico necessário ao desenvolvimento do projeto formação do professor
pesquisador; intervenção na UFPel, com o objetivo de ir firmando a Educação do
Campo como uma área de conhecimento necessária na formação dos professores –
Licenciaturas; trabalho de formação e ou assessoria em atividades realizadas, na região,
pelas escolas e ou secretarias municipais e coordenadorias estaduais de educação;
produção de conhecimento educacional; participação nas atividades interinstitucionais –
PR, SC e RS.
Palavras-chave: educação popular do campo; alfabetização/letramento; processo de ensino
e aprendizagem; formação de professores.
INTRODUÇÃO
A Universidade Federal de Pelotas, através do Departamento de Geografia/ICH,
realizou uma experiência entre os anos de 2003 a 2006 com a 5ª Coordenadoria de
Educação do Estado, através do Projeto de Extensão Formação Continuada do professor
da escola do campo: um desafio à cidadania e o Projeto Educampo (5ª CRE). O referido
projeto foi realizado, porque nas últimas décadas do século XX desencadeou-se a
Educação do Campo (EdoC) em conjunto com a luta pela terra e a questão agrária. Estes
esforços buscaram não só a transformação do meio rural brasileiro, como também novas
reflexões com relação à posse da terra, no contexto da Reforma Agrária, e de um jeito
alternativo de se fazer a escola do campo.
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Em 2009, retoma-se o debate, através da Faculdade de Educação e o Depto. de
Geografia/ICH no sentido de criar condições de realizar um Programa de Formação
Continuada. Este passou a se realizar no ano de 2010, na Secretaria Municipal de
Educação/Pelotas/RS com os professores que atuavam na zona rural. O presente projeto
se situou no âmbito da atualidade das propostas apontadas nas Diretrizes Operacionais
para a Educação Básica nas Escolas do Campo, publicadas em 2002, considerando, de
um lado, o novo contexto que o campo vive e, de outro, a realidade das escolas e o
avanço contido nas Diretrizes com relação à escola necessária ao meio rural.
A partir de 2011 começa a desenvolver-se o Projeto “Realidade das escolas do
campo na Região Sul do Brasil: diagnóstico e intervenção pedagógica com ênfase em
letramento e formação de professores” atendendo a solicitação do Edital 038/2010
Capes - Observatório da Educação - modalidade em rede, para o período de 2011 a
2014, sendo composto pelas instituições UFSC/SC (proponente); UFPel/RS e UTP/PR.
Sua proposição parte da análise das contradições do modelo de desenvolvimento
brasileiro existente no campo e das problemáticas vivenciadas pelas escolas do campo.
O objetivo central é o de, a partir da metodologia da investigação-ação, contribuir para a
qualificação do letramento dos professores e estudantes das escolas; assim como, por
meio da análise dos dados do IDEB/IDH, obter diagnóstico qualificado da situação das
escolas do campo no Sul do Brasil.
O estado do Rio Grande do Sul, segundo dados do INEP (de 2007), possui
3.643 escolas. Destas, no Ensino Fundamental, 1762 são urbanas e 886 são rurais. No
Ensino Médio, 930 escolas são urbanas e 65 rurais. Assim, a zona urbana totaliza
2.692 escolas e a zona rural 951 escolas.
Realizamos dois momentos de estudo para o conjunto do núcleo: um sobre
IDEB e outro sobre os COREDES – Conselhos Regionais de Desenvolvimento, que foi
a regionalização que adotamos para o Estado. Contamos com uma colaboradora que
entendia do programa SPSS. A coleta foi feita coletivamente, sob a orientação dela.
Também a conferência de todos os dados e depois foi organizado, construídas as
sistematizações e tabelas em termos do combinado pelos três Estados. O IDEB
coletado foi o do ano de 2009 e o IDH das cidades do ano de 2010.
As fontes para a coleta de dados foram os dados das escolas municipais e
estaduais da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio Grande do Sul –
EQUIPE EDUCANSENSO- INEP; os dados gerais de cada município e COREDES,
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buscados na Fundação de Economia e Estatística (FEE), que é uma instituição de
pesquisa, vinculada à Secretaria de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã do
Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Foi instituída em 1973 (Lei n.6624 de
13/11/1973), tendo origem no antigo Departamento Estadual de Estatística (DEE); no
Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul, que representa a continuidade de um
processo iniciado em 1998, com o lançamento da primeira edição, ampliando a
iniciativa e incorporando novos indicadores. Seu objetivo principal é fornecer
informações georeferenciadas e espacializadas sobre a realidade gaúcha, estabelecendo
comparações entre os municípios, os demais estados brasileiros e alguns países
selecionados, colaborando desta forma, para a formulação das políticas públicas. Por
último, nossa fonte também foram os dados do IDEB do Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Foi produzido um Power point com a
explicitação do IDEB, de modo que se obteve a totalização das Escolas Rurais –
Municipais: 1859 e Estaduais: 610. IDEB mais alto: 6,1 – Municipal – CERRO
LARGO – Corede Missões e IDEB mais baixo: 1,9 – Estadual – SAO JOSE DO
NORTE – Corede SUL. Escolas Sem IDEB: 1922 e Escolas com IDEB: 547. Escolas
Urbanas – Municipais: 2.954 e Estaduais: 1886 no RS. Também se obteve a
localização dessas escolas com o IDH de cada município; as 10 escolas de mais baixo
IDEB e as de mais alto.
A regionalização dos dados pelos COREDES também permitiu a
organização/sistematização dos mesmos por cada uma das regiões. A inserção dos
mapas possibilitou a localização dos dados/visualização. Uma pequena mostra encontra-
se, em anexo, quadro 1 e quadro 2, referindo-se as escolas com maior e menor IDEB,
do Estado Rio Grande do Sul.
O Observatório da Educação veio somar no trabalho que já se vinha realizando
com as escolas do campo da região e com a Universidade. Ter bolsistas e condições
matérias para a realização do trabalho revelou-se como um grande motivador para a
continuidade, porque objetivamente gera condições para a realização das atividades e
permite projetar, o que é fundamental para significar o trabalho. Como os principais
impactos destacam-se:
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Livro 1 - p.003131
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RELAÇÃO ESCOLA UNIVERSIDADE
O impacto refere-se ao vínculo entre a Universidade e a Escola, estabelecendo e
firmando compromisso entre ambas. O projeto torna-se singular, uma vez que se realiza em
ações práticas e contínuas, contando com a participação dos professores da escola, bem
como da comunidade, estabelecendo métodos a partir da realidade escolar. Esse impacto
pode ser observado pela quantidade de escolas que solicitam saber os critérios para, “poder
ser uma das escolas do Observatório”. Outro impacto significativo é a presença da escola na
universidade. Essa presença permite a aproximação da universidade com a rede pública de
educação, mais especificamente, com a realidade das escolas do campo. Essa aproximação
abre possibilidades para reconectar o “ fio terra‟, na direção da universidade trabalhar com
a escola real, o sujeito real, enfim com os problemas reais existentes na direção da
qualificação da educação. Por outro lado, a presença da universidade na escola, a partir da
metodologia proposta, permite a atualização do conhecimento pelos professores,
desacomoda, motiva, entusiasma e permite trabalhar a qualificação do processo de ensino e
aprendizagem a partir das fragilidades, de modo concreto, e não a partir de leituras
idealizadas ou pensadas desde a universidade ou dos pré-conceitos dos professores. Essa
troca potencializa e vai impactando ambas: escola e universidade, universidade e escola.
EDUCAÇÃO BÁSICA
Um dos impactos junto à totalidade da Educação Básica refere-se ao trabalho
realizado nas escolas e o que isso representa para o conjunto, na medida em que o
mesmo se desenvolve, acumula e socializa em termos práticos e teóricos. O segundo
impacto já estava em andamento e o Observatório reforça, amplia e propicia condições
objetivas para a sua efetivação: refere-se ao trabalho realizado com diferentes Escolas,
na Região de Pelotas, envolvendo também as Secretarias Municipais e Coordenadorias
de Educação, em cursos de formação continuada e também esporádicos, palestras e
promoção de eventos. É significativo o número de professores atingidos diretamente,
como pode ser observado no relato das atividades. É reconhecido pelos professores e
pelos órgãos gestores da região o trabalho na direção da socialização desse campo de
conhecimento e de suas implicações na forma de compreender o campo, seus sujeitos, a
escola do campo e as relações para o processo de ensino e aprendizagem que
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desenvolve. O terceiro impacto acontece junto as Secretarias Municipais e
Coordenadorias Estaduais, na medida em que a Educação do Campo vai se tornando
conhecida, amplia a procura para a formação continuada de professores. Um novo
patamar de relação entre os órgãos gestores e a universidade vai se constituindo.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
O estudo dos textos de formação geral (desenvolvimento do campo, concepção
de educação do campo) e específica (letramento, métodos de alfabetização, método de
investigação-ação); a qualificação para a elaboração de projetos – iniciação científica –
possibilitada pela elaboração dos subprojetos; o aprendizado da metodologia da
investigação-ação; a possibilidade de convivência com estudantes universitários; a
participação nos eventos promovidos pelo Observatório; iniciativas que as escolas já
vão tomando; produção apresentadas em eventos; a oportunidade de conhecer outros
espaços, lugares, pessoas, práticas e reflexões, tem oportunizado aos professores
bolsistas e aos futuros professores bolsistas um avanço significativo na compreensão da
Educação do Campo. Esse avanço se explicita, principalmente, no que diz respeito a não
urbanização da escola do campo; no estabelecimento, embora ainda insipiente, da
relação entre educação e desenvolvimento sustentável; e na importância da qualificação
teórica e metodológica (interdisciplinaridade, articulação teoria e prática, domínio de
conhecimento específico, planejamento e adequação cotidiana do mesmo, método de
trabalho) do professor no processo de ensino-aprendizagem. Enfim, tem ampliado a
visão social de mundo, tem motivado para experiências práticas diferenciadas na escola,
para a compreensão da importância de pensar o trabalho a ser realizado e para o estudo.
Dois dos seis professores, por exemplo, estão cursando seminários como alunos
especiais no PPGE. Há a solicitação de abertura de maior espaço na Universidade, com
curso específico sobre Educação do Campo e o trabalho pedagógico nas escolas do
campo.
PÓS-GRADUAÇÃO
Na Pós-Graduação, já há o reconhecimento da Educação do Campo enquanto
uma área de conhecimento. Há o aumento de projetos sobre a Educação do Campo nos
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Livro 1 - p.003133
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processos seletivos. Há a participação de estudantes nos seminários promovidos pelo
Observatório. Em especial o espaço de aprofundamento teórico sobre o método de
investigação-ação tem fortalecido, na universidade, outra forma de desenvolvimento da
pesquisa e contribuído no reforço da necessária articulação entre ensino, pesquisa e
extensão. Avança a procura de estudantes nos seminários oferecidos com a
problematização dos fundamentos da Educação Popular: Campo e Cidade. Muitos
desses estudantes são oriundos de cidades vizinhas e de escolas do campo. No âmbito
da produção científica, o impacto é a compreensão da complexidade do trabalho no
campo hoje, abrangendo as dimensões socioeconômicas, políticas e culturais e suas
implicações no cotidiano da escola do campo, além da produção de conhecimento como
resultado da práxis pedagógica realizada pelos membros do Projeto. Observa-se, ainda,
o fortalecimento das experiências com educação do campo, realizadas pela
universidade, através da articulação institucional, colocando-as em evidencia nos
espaços de produção científica. Outra dimensão importante, que se torna também uma
forma de socializar o trabalho é a participação, na UFPel e em outras instituições, em
bancas de qualificação e defesa de dissertações e teses. O trabalho no Observatório
qualifica a formação das mestrandas, que dele participam, na prática investigativa,
apresentando-se como um preparo para o desenvolvimento da pesquisa na esfera
institucional, tanto na apropriação teórica exigida para a compreensão da dinâmica
particular de cada espaço escolar, quanto no desenvolvimento das habilidades
organizativas e pedagógicas frente à dinâmica de realização das atividades promovidas
pelo Observatório.
ESCOLAS PARTICIPANTES
O “trabalho na escola Almirante Raphael Brusque avançou na participação da
escola junto às atividades propostas pelo Observatório, no estudo de textos com
professores e na consolidação do grupo de estudo na escola” (bolsistas que atuam no
núcleo da escola). “O trabalho na escola Wilson Müller avançou em três áreas:
consolidação do grupo de estudos, com inserção no calendário anual da escola; troca de
experiência através da participação em evento - Diálogos de Paulo Freire;
aprofundamento teórico/prático do coletivo responsável pelo trabalho” (bolsistas que
atuam no núcleo da escola).
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Livro 1 - p.003134
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Na avaliação do núcleo da Escola José Maria da Silveira “A presença direta do
professor da escola facilita uma ação-intervenção mais concreta/coerente e adequada na
realidade da escola, articulada com os demais professores e comunidade escolar”. Em
outro depoimento, a atuação do Observatório, “Oportuniza espaço de reflexão nas
escolas do campo, introduzindo a temática da Educação do Campo, com o histórico da
educação no meio rural e as construções dos sujeitos do campo. Ex: Diretrizes da
Educação do Campo”.
Ainda, “Quanto à formação pessoal, o projeto oportuniza a formação de um
coletivo, vinculado a Universidade que estuda, discute e atua na Educação do Campo,
fortalecendo as comunidades rurais”. Em uma avaliação mais abrangente e inicial, dado
o estágio de construção neste primeiro ano de trabalho do Projeto, é possível dizer que
os impactos nas escolas: a) dimensionam um processo de desnaturalização do/no
cotidiano da mesma, através da explicitação dos problemas da escola como totalidade e
no processo de alfabetização/letramento; b) indicam a ampliação das possibilidades de
trabalho, através da utilização de instrumentos didáticos diferenciados; c) favorecem o
desvelamento do mito entorno da excessiva fragilidade das condições da escola, uma
vez que grande parte dos materiais disponibilizados não são utilizados na prática
educativa do professor; d) favorecem a percepção de outras formas de relacionamento
entre escola/comunidade e do papel da família no processo de ensino/aprendizagem; e)
demonstram a compreensão sobre a importância de qualificação dos espaços
pedagógicos da escola, tais como biblioteca, laboratório de informática e técnicas
agrícolas como introdução do trabalho do campo no contexto da escola; f) incidem na
cultura escolar, desafiando os professores e favorecendo a retomada dos estudos, assim
como o desejo e motivação para a busca da solução dos problemas enfrentados; g)
propiciam uma leitura mais objetiva, não pré-conceituosa e humana dos alunos, na
medida em que articulam o desempenho escolar com o contexto mais amplo e da vida
particular dos estudantes; h) possibilitam a percepção da escola como uma totalidade: há
uma relação estreita entre os diferentes níveis de ensino, as diferentes áreas de
conhecimento e o ambiente da sala de aula com o ambiente da escola como um todo.
A partir da proposta específica do Observatório, do processo de inserção na
escola, da discussão dos problemas para priorizar os subprojetos, das pequenas
iniciativas que já podem ser observadas na escola, e das pequenas intervenções
realizadas pelos bolsistas, há o indicativo de que o desenvolvimento do processo de
investigação-ação, para além da proposta específica, que é a qualificação da
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alfabetização e letramento dos professores e estudantes, como conseqüência, caminha
na direção do aprofundamento do impacto no conjunto da organização do trabalho
pedagógico da escola.
Há um impacto que não pode ser medido e que é conseqüência direta da
participação dos bolsistas de graduação no Observatório. Esse impacto refere-se à
participação em eventos como os “Salões de iniciação científica”, o relato de
experiências que ocorre em sala de aula, o entusiasmo com que comentam com os
amigos as “idas as escolas” e o trabalho que lá realizam. Outro impacto importante foi a
realização do seminário para as Licenciaturas da UFPel, amplamente divulgado, que
pautou o tema da Educação do Campo, contemplando o debate sobre a atualidade do
campo brasileiro, dados da questão agrária no Brasil e no estado do RS. Neste mesmo
seminário foi discutido sobre qual escola devemos construir no campo e qual o papel
dos professores nessa construção. Dessa maneira, oportunizou espaço de análise das
questões emergentes da educação do campo. O seminário para os Professores
ingressantes na cultura acadêmica da UFPel também repercutiu, e propiciou a discussão
da trajetória, processo de construção e atualidade da educação do campo; além de
favorecer a socialização das experiências realizadas pela UFPel. Enfim, realizamos esse
ano seminários dirigidos para a UFPel e conseguimos atingir, diretamente, 440 pessoas:
alunos das Licenciaturas, estudantes de Pós-Graduação e professores. Foi possível,
também, nesse ano, construir uma disciplina optativa para o curso de Pedagogia, que
será oferecida no segundo semestre de 2012. O Observatório, embora nem sempre possa
responder, seguidamente é convidado para estar nas semanas acadêmicas, discutindo o
campo, seus sujeitos, a educação. Também tem sido convidado para relatar a
experiência em cadeiras específicas, principalmente no curso de Pedagogia. Outro
aspecto interessante é a articulação que o Observatório tem realizado na produção de
eventos com as diferentes experiências da UFPel com a Educação do Campo e com a
Educação Popular. Isso repercute para além do que se pode medir. O trabalho junto as
Licenciaturas consiste em reforçar, na universidade, a importância dos estudantes
poderem contar também com essa especificidade no seu processo de formação
profissional.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos o primeiro ano do projeto do Observatório bastante contentes com o
desenvolvimento do trabalho. O que se sistematizou nesse relatório deixa claro o motivo
do contentamento. Mas o que mais motiva é que a atuação do Observatório é uma ação
importante, que se coloca entre outras ações, na perspectiva de contribuir com a região
Sul do RS, na direção da construção da Educação do Campo. O significado estratégico
das ações é o que dá sentido ao trabalho realizado, resgatando sua dimensão criativa e
de formação humana. As relações entre os três núcleos também são boas. Acontecem
em um clima de compromisso, seriedade e de partilha. Isso também favorece o
desenvolvimento das atividades e motiva.
Como perspectivas colocam-se para 2012: a) a divulgação desse primeiro
mapeamento dos dados do IDEB, uma vez que não há no RS, materiais que
sistematizem informações sobre a Educação do Campo. Nesse âmbito se coloca a
necessidade de continuidade da pesquisa com a análise qualitativa dos dados; b) o
desenvolvimento dos subprojetos nas escolas, o que vai requerer um esforço especial de
acompanhamento, uma vez que o avanço da escola, especialmente na proposição do
projeto do Observatório, é fundamental para a renovação das esperanças na
possibilidade da escola se reinventar e contribuir para o avanço na solução dos
problemas de aprendizagem dos estudantes do campo.
Nesse sentido, teremos que aprofundar o projeto de escola do campo como um
todo. Avançar na superação dos problemas da alfabetização e letramento requer o
avanço na cultura escolar e a reorganização do trabalho pedagógico; c) o trabalho na
região deverá continuar no horizonte. É tempo de articular o que está disperso e que é
acúmulo da atuação intencional, na direção da constituição da Educação do Campo, por
diferentes grupos de sujeitos que desenvolvem experiências.
Isso indica a necessidade da continuidade dos esforços realizados na
Universidade e a realização de um seminário amplo que possibilite colocar em contato
os órgãos gestores e as diferentes iniciativas, favorecendo a formulação coletiva, assim
como a visualização de desafios; d) com o aprofundamento do trabalho de investigação-
ação nas escolas, coloca-se como meta e necessidade também da produção e
socialização do conhecimento de forma mais geral; assim como a produção de pequenos
textos e matérias pedagógicos a serem trabalhados com os estudantes. Este último é um
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Livro 1 - p.003137
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desafio interessante, uma vez que abarcamos uma diversidade de públicos: quilombolas,
pescadores, assentados e comunidades; e) a formação de professores bolsistas e não
bolsistas deverá ser intensificada. As exigências na implementação da investigação e
intervenção na escola requerem o aprofundamento teórico. Nessa direção há a intenção
de realizar um seminário com o conjunto dos professores das escolas com as quais o
Observatório trabalha. Além de trocar experiência e aprofundar conteúdos, se aposta
que essa incitativa revigora os ânimos e desafia. O projeto continua na UFPel. Sua
importância foi destacada suficientemente no relato e avaliação realizada.
Finalmente, observa-se a necessidade da continuidade do desenvolvimento do
trabalho com seriedade, compromisso e rigorosidade, num esforço sério de
envolvimento efetivo dos sujeitos da comunidade escolar, dado que mudanças efetivas
no processo ensino-aprendizagem serão mediadas por eles.
REFERÊNCIAS
CALAZANS, M. J. C. Para compreender a educação do Estado no meio rural - traços
de uma trajetória. In: THERRIEN, Jaques; DAMACENO, Maria Nobre (orgs.).
Educação e escola do campo no campo. Campinas, SP: Papirus, 1993.
CALDART, R. S. A escola do campo em movimento. In: Por uma Educação Básica
do Campo, nº. 3. Brasília: Articulação Nacional por uma Educação Básica do Campo,
2000.
CAMPOS, M. M. Ensino Fundamental e os desafios da Lei n. 11.274/2006: Por Uma
Prática Educativa Nos Anos Iniciais Do Ensino Fundamental Que Respeite Os
Direitos Da Criança À Aprendizagem. In: Salto para o Futuro. Brasília: Ministério de
Educação. Ano XIX – nº12 Setembro/2009.
FERREIRO, E. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 2008.
FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre:
Artes Médias, 1991.
FREIRE, P. Cartas à Guiné-Bissau: registros de uma experiência em processo. São
Paulo e Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
________. Quatro cartas aos animadores de Círculos de Cultura de São Tomé e
Príncipe. In: BRANDÃO, Carlos Rodrigues e outros. A questão política da educação
popular. São Paulo: Brasiliense, 1987.
MION, R. A.; SAITO, C. H. (org.). Investigação-ação: mudando o trabalho de
formar professores. Ponta Grossa: Planeta, 2001.
XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012
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Livro 1 - p.003138
22
MONTEIRO S. M.(coord.) & BAPTISTA M. C. O ensino e a aprendizagem da
linguagem escrita em classes do primeiro ano do ensino fundamental. In: Salto para
o Futuro. Brasília: Ministério de Educação. Ano XIX – nº12 Setembro/2009.
NÓVOA, A. Os professores e sua formação. Porto: Porto Editora, 1992.
Relatório do Projeto do Observatório da Educação do Campo. Núcleo/RS, 2011.
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica,
1998.
______. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2010.
TEBEROSKY, A.; CARDOSO, B. Reflexões sobre o ensino da leitura e da escrita.
Campinas, São Paulo: Ed.Universidade Estadual de Campinas, 1991.
VYGOTSKY, L. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
Quadro 1 - Escolas do Rio Grande do Sul com maior IDEB
RANKING
CIDADE ESCOLA REDE
IDEB
2009RS BR
4 55 CERRO LARGO ESC. MUN DE ENS. FUND.
DOM PEDRO II
MUN 6,1
9 111 CRUZEIRO DO
SUL
ESC EST ENS FUND SAO
RAFAEL
EST 5,9
19 193 AJURICABA COL EST COMENDADOR
SOARES DE BARROS
EST 5,7
29 276 CHARRUA ESC MUN DE ENS FUND
CARMELINA BASEGGIO
MUN 5,6
29 276 MONTE BELO
DO SUL
ESC MUN ENS FUN ROMAN
ROSS
MUN 5,6
29 276 TAPEJARA ESC MUN ENS FUN
BENVENUTA SEBBEN
FONTANA
MUN 5,6
60 535 NOVA
PETROPOLIS
ESC EST ENS FUN SAO JOSE EST 5,4
84 705 BENTO
GONCALVES
ESC. EST ENS. FUND.
ÂNGELO SALTON
EST 5,3
84 705 CHAPADA ESC MUN ENS FUN SAO
LUIZ GONZAGA
MUN 5,3
84 705 PORTO VERA
CRUZ
EEEF RONCADOR EST 5,3
Fonte: Observatório da Educação, UFPel, 2012.
XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012
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Livro 1 - p.003139
23
Quadro 2 – Escolas do Rio Grande do Sul com menor IDEB
RANKING CIDADE ESCOLA REDE IDEB
2009RS BR
2487 31305 SÃO JOSE DO
NORTE
ESC EST ENS FUND
CAPITAO LUIZ DA SILVA
FERREIRA
EST 1,8
2481 31127 SINIMBU ESC MUN ENS FUN N. S. DE
FATIMA
MUN 1,9
2474 30912 PELOTAS ESC MUN ENS FUN
ALMIRANTE RAPHAEL
BRUSQUE
MUN 2,0
2439 29876 AMARAL
FERRADOR
ESC MUN ENS FUN PROF
JUREMA CARVALHO DE
OLIV
MUN 2,3
2399 28760 MACAMBARA ESC. EST TECNICA
ENCRUZILHADA
EST 2,5
2399 28760 CAXIAS DO
SUL
ESC MUN ENS FUND
ARMINDO MARIO TURRA
MUN 2,5
2368 28060 SANTANA DO
LIVRAMENTO
ESC EST ENS MED DR
SILVIO RIBEIRO
EST 2,6
2326 27287 VIAMAO ESC EST DE ENS. MEDIO DR
GENESIO PIRES
EST 2,7
2326 27287 SÃO BORJA ESC MUN ENS FUND
LIONCIO SILVIO PEREIRA
AQUINO
MUN 2,7
2326 27287 SANTANA DA
BOA VISTA
ESC EST DE ENS FUN
MARLENE MEDEIROS
EST 2,7
Fonte: Observatório da Educação, UFPel, 2012.
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[Artigo original]escolas do campo no estado do rio grande do sul

  • 1. 12 ESCOLAS DO CAMPO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: IMPACTOS A PARTIR DO PROJETO OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO. Conceição Paludo – Universidade Federal de Pelotas Rosa Elane Antoria Lucas – Universidade Federal de Pelotas Resumo O presente trabalho pretende demonstrar como se desenvolveu o Projeto “Realidade das escolas do campo na Região Sul do Brasil: diagnóstico e intervenção pedagógica com ênfase em letramento e formação de professores” atende a solicitação do Edital 038/2010 Capes - Observatório da Educação - modalidade em rede, para o período de 2011 a 2014, sendo composto pelas instituições UFSC/SC (proponente); UFPel/RS e UTP/PR. Sua proposição parte da análise das contradições do modelo de desenvolvimento brasileiro existente no campo e das problemáticas vivenciadas pelas escolas do campo. No ano de 2011, no núcleo RS, os eixos de ações centrais foram a constituição da equipe de trabalho do Observatório; a realização da inserção, diagnóstico, constituição das equipes nas escolas; elaboração dos subprojetos junto com as escolas, e algumas ações na mesma e comunidade; levantamento e organização dos dados do IDEB no RS, no programa SPSS; estudos, de textos sobre letramento, educação do campo e metodologia da investigação - ação, a fim de obter o embasamento teórico necessário ao desenvolvimento do projeto formação do professor pesquisador; intervenção na UFPel, com o objetivo de ir firmando a Educação do Campo como uma área de conhecimento necessária na formação dos professores – Licenciaturas; trabalho de formação e ou assessoria em atividades realizadas, na região, pelas escolas e ou secretarias municipais e coordenadorias estaduais de educação; produção de conhecimento educacional; participação nas atividades interinstitucionais – PR, SC e RS. Palavras-chave: educação popular do campo; alfabetização/letramento; processo de ensino e aprendizagem; formação de professores. INTRODUÇÃO A Universidade Federal de Pelotas, através do Departamento de Geografia/ICH, realizou uma experiência entre os anos de 2003 a 2006 com a 5ª Coordenadoria de Educação do Estado, através do Projeto de Extensão Formação Continuada do professor da escola do campo: um desafio à cidadania e o Projeto Educampo (5ª CRE). O referido projeto foi realizado, porque nas últimas décadas do século XX desencadeou-se a Educação do Campo (EdoC) em conjunto com a luta pela terra e a questão agrária. Estes esforços buscaram não só a transformação do meio rural brasileiro, como também novas reflexões com relação à posse da terra, no contexto da Reforma Agrária, e de um jeito alternativo de se fazer a escola do campo. XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012 Junqueira&Marin Editores Livro 1 - p.003129
  • 2. 13 Em 2009, retoma-se o debate, através da Faculdade de Educação e o Depto. de Geografia/ICH no sentido de criar condições de realizar um Programa de Formação Continuada. Este passou a se realizar no ano de 2010, na Secretaria Municipal de Educação/Pelotas/RS com os professores que atuavam na zona rural. O presente projeto se situou no âmbito da atualidade das propostas apontadas nas Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, publicadas em 2002, considerando, de um lado, o novo contexto que o campo vive e, de outro, a realidade das escolas e o avanço contido nas Diretrizes com relação à escola necessária ao meio rural. A partir de 2011 começa a desenvolver-se o Projeto “Realidade das escolas do campo na Região Sul do Brasil: diagnóstico e intervenção pedagógica com ênfase em letramento e formação de professores” atendendo a solicitação do Edital 038/2010 Capes - Observatório da Educação - modalidade em rede, para o período de 2011 a 2014, sendo composto pelas instituições UFSC/SC (proponente); UFPel/RS e UTP/PR. Sua proposição parte da análise das contradições do modelo de desenvolvimento brasileiro existente no campo e das problemáticas vivenciadas pelas escolas do campo. O objetivo central é o de, a partir da metodologia da investigação-ação, contribuir para a qualificação do letramento dos professores e estudantes das escolas; assim como, por meio da análise dos dados do IDEB/IDH, obter diagnóstico qualificado da situação das escolas do campo no Sul do Brasil. O estado do Rio Grande do Sul, segundo dados do INEP (de 2007), possui 3.643 escolas. Destas, no Ensino Fundamental, 1762 são urbanas e 886 são rurais. No Ensino Médio, 930 escolas são urbanas e 65 rurais. Assim, a zona urbana totaliza 2.692 escolas e a zona rural 951 escolas. Realizamos dois momentos de estudo para o conjunto do núcleo: um sobre IDEB e outro sobre os COREDES – Conselhos Regionais de Desenvolvimento, que foi a regionalização que adotamos para o Estado. Contamos com uma colaboradora que entendia do programa SPSS. A coleta foi feita coletivamente, sob a orientação dela. Também a conferência de todos os dados e depois foi organizado, construídas as sistematizações e tabelas em termos do combinado pelos três Estados. O IDEB coletado foi o do ano de 2009 e o IDH das cidades do ano de 2010. As fontes para a coleta de dados foram os dados das escolas municipais e estaduais da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio Grande do Sul – EQUIPE EDUCANSENSO- INEP; os dados gerais de cada município e COREDES, XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012 Junqueira&Marin Editores Livro 1 - p.003130
  • 3. 14 buscados na Fundação de Economia e Estatística (FEE), que é uma instituição de pesquisa, vinculada à Secretaria de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Foi instituída em 1973 (Lei n.6624 de 13/11/1973), tendo origem no antigo Departamento Estadual de Estatística (DEE); no Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul, que representa a continuidade de um processo iniciado em 1998, com o lançamento da primeira edição, ampliando a iniciativa e incorporando novos indicadores. Seu objetivo principal é fornecer informações georeferenciadas e espacializadas sobre a realidade gaúcha, estabelecendo comparações entre os municípios, os demais estados brasileiros e alguns países selecionados, colaborando desta forma, para a formulação das políticas públicas. Por último, nossa fonte também foram os dados do IDEB do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Foi produzido um Power point com a explicitação do IDEB, de modo que se obteve a totalização das Escolas Rurais – Municipais: 1859 e Estaduais: 610. IDEB mais alto: 6,1 – Municipal – CERRO LARGO – Corede Missões e IDEB mais baixo: 1,9 – Estadual – SAO JOSE DO NORTE – Corede SUL. Escolas Sem IDEB: 1922 e Escolas com IDEB: 547. Escolas Urbanas – Municipais: 2.954 e Estaduais: 1886 no RS. Também se obteve a localização dessas escolas com o IDH de cada município; as 10 escolas de mais baixo IDEB e as de mais alto. A regionalização dos dados pelos COREDES também permitiu a organização/sistematização dos mesmos por cada uma das regiões. A inserção dos mapas possibilitou a localização dos dados/visualização. Uma pequena mostra encontra- se, em anexo, quadro 1 e quadro 2, referindo-se as escolas com maior e menor IDEB, do Estado Rio Grande do Sul. O Observatório da Educação veio somar no trabalho que já se vinha realizando com as escolas do campo da região e com a Universidade. Ter bolsistas e condições matérias para a realização do trabalho revelou-se como um grande motivador para a continuidade, porque objetivamente gera condições para a realização das atividades e permite projetar, o que é fundamental para significar o trabalho. Como os principais impactos destacam-se: XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012 Junqueira&Marin Editores Livro 1 - p.003131
  • 4. 15 RELAÇÃO ESCOLA UNIVERSIDADE O impacto refere-se ao vínculo entre a Universidade e a Escola, estabelecendo e firmando compromisso entre ambas. O projeto torna-se singular, uma vez que se realiza em ações práticas e contínuas, contando com a participação dos professores da escola, bem como da comunidade, estabelecendo métodos a partir da realidade escolar. Esse impacto pode ser observado pela quantidade de escolas que solicitam saber os critérios para, “poder ser uma das escolas do Observatório”. Outro impacto significativo é a presença da escola na universidade. Essa presença permite a aproximação da universidade com a rede pública de educação, mais especificamente, com a realidade das escolas do campo. Essa aproximação abre possibilidades para reconectar o “ fio terra‟, na direção da universidade trabalhar com a escola real, o sujeito real, enfim com os problemas reais existentes na direção da qualificação da educação. Por outro lado, a presença da universidade na escola, a partir da metodologia proposta, permite a atualização do conhecimento pelos professores, desacomoda, motiva, entusiasma e permite trabalhar a qualificação do processo de ensino e aprendizagem a partir das fragilidades, de modo concreto, e não a partir de leituras idealizadas ou pensadas desde a universidade ou dos pré-conceitos dos professores. Essa troca potencializa e vai impactando ambas: escola e universidade, universidade e escola. EDUCAÇÃO BÁSICA Um dos impactos junto à totalidade da Educação Básica refere-se ao trabalho realizado nas escolas e o que isso representa para o conjunto, na medida em que o mesmo se desenvolve, acumula e socializa em termos práticos e teóricos. O segundo impacto já estava em andamento e o Observatório reforça, amplia e propicia condições objetivas para a sua efetivação: refere-se ao trabalho realizado com diferentes Escolas, na Região de Pelotas, envolvendo também as Secretarias Municipais e Coordenadorias de Educação, em cursos de formação continuada e também esporádicos, palestras e promoção de eventos. É significativo o número de professores atingidos diretamente, como pode ser observado no relato das atividades. É reconhecido pelos professores e pelos órgãos gestores da região o trabalho na direção da socialização desse campo de conhecimento e de suas implicações na forma de compreender o campo, seus sujeitos, a escola do campo e as relações para o processo de ensino e aprendizagem que XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012 Junqueira&Marin Editores Livro 1 - p.003132
  • 5. 16 desenvolve. O terceiro impacto acontece junto as Secretarias Municipais e Coordenadorias Estaduais, na medida em que a Educação do Campo vai se tornando conhecida, amplia a procura para a formação continuada de professores. Um novo patamar de relação entre os órgãos gestores e a universidade vai se constituindo. FORMAÇÃO DE PROFESSORES O estudo dos textos de formação geral (desenvolvimento do campo, concepção de educação do campo) e específica (letramento, métodos de alfabetização, método de investigação-ação); a qualificação para a elaboração de projetos – iniciação científica – possibilitada pela elaboração dos subprojetos; o aprendizado da metodologia da investigação-ação; a possibilidade de convivência com estudantes universitários; a participação nos eventos promovidos pelo Observatório; iniciativas que as escolas já vão tomando; produção apresentadas em eventos; a oportunidade de conhecer outros espaços, lugares, pessoas, práticas e reflexões, tem oportunizado aos professores bolsistas e aos futuros professores bolsistas um avanço significativo na compreensão da Educação do Campo. Esse avanço se explicita, principalmente, no que diz respeito a não urbanização da escola do campo; no estabelecimento, embora ainda insipiente, da relação entre educação e desenvolvimento sustentável; e na importância da qualificação teórica e metodológica (interdisciplinaridade, articulação teoria e prática, domínio de conhecimento específico, planejamento e adequação cotidiana do mesmo, método de trabalho) do professor no processo de ensino-aprendizagem. Enfim, tem ampliado a visão social de mundo, tem motivado para experiências práticas diferenciadas na escola, para a compreensão da importância de pensar o trabalho a ser realizado e para o estudo. Dois dos seis professores, por exemplo, estão cursando seminários como alunos especiais no PPGE. Há a solicitação de abertura de maior espaço na Universidade, com curso específico sobre Educação do Campo e o trabalho pedagógico nas escolas do campo. PÓS-GRADUAÇÃO Na Pós-Graduação, já há o reconhecimento da Educação do Campo enquanto uma área de conhecimento. Há o aumento de projetos sobre a Educação do Campo nos XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012 Junqueira&Marin Editores Livro 1 - p.003133
  • 6. 17 processos seletivos. Há a participação de estudantes nos seminários promovidos pelo Observatório. Em especial o espaço de aprofundamento teórico sobre o método de investigação-ação tem fortalecido, na universidade, outra forma de desenvolvimento da pesquisa e contribuído no reforço da necessária articulação entre ensino, pesquisa e extensão. Avança a procura de estudantes nos seminários oferecidos com a problematização dos fundamentos da Educação Popular: Campo e Cidade. Muitos desses estudantes são oriundos de cidades vizinhas e de escolas do campo. No âmbito da produção científica, o impacto é a compreensão da complexidade do trabalho no campo hoje, abrangendo as dimensões socioeconômicas, políticas e culturais e suas implicações no cotidiano da escola do campo, além da produção de conhecimento como resultado da práxis pedagógica realizada pelos membros do Projeto. Observa-se, ainda, o fortalecimento das experiências com educação do campo, realizadas pela universidade, através da articulação institucional, colocando-as em evidencia nos espaços de produção científica. Outra dimensão importante, que se torna também uma forma de socializar o trabalho é a participação, na UFPel e em outras instituições, em bancas de qualificação e defesa de dissertações e teses. O trabalho no Observatório qualifica a formação das mestrandas, que dele participam, na prática investigativa, apresentando-se como um preparo para o desenvolvimento da pesquisa na esfera institucional, tanto na apropriação teórica exigida para a compreensão da dinâmica particular de cada espaço escolar, quanto no desenvolvimento das habilidades organizativas e pedagógicas frente à dinâmica de realização das atividades promovidas pelo Observatório. ESCOLAS PARTICIPANTES O “trabalho na escola Almirante Raphael Brusque avançou na participação da escola junto às atividades propostas pelo Observatório, no estudo de textos com professores e na consolidação do grupo de estudo na escola” (bolsistas que atuam no núcleo da escola). “O trabalho na escola Wilson Müller avançou em três áreas: consolidação do grupo de estudos, com inserção no calendário anual da escola; troca de experiência através da participação em evento - Diálogos de Paulo Freire; aprofundamento teórico/prático do coletivo responsável pelo trabalho” (bolsistas que atuam no núcleo da escola). XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012 Junqueira&Marin Editores Livro 1 - p.003134
  • 7. 18 Na avaliação do núcleo da Escola José Maria da Silveira “A presença direta do professor da escola facilita uma ação-intervenção mais concreta/coerente e adequada na realidade da escola, articulada com os demais professores e comunidade escolar”. Em outro depoimento, a atuação do Observatório, “Oportuniza espaço de reflexão nas escolas do campo, introduzindo a temática da Educação do Campo, com o histórico da educação no meio rural e as construções dos sujeitos do campo. Ex: Diretrizes da Educação do Campo”. Ainda, “Quanto à formação pessoal, o projeto oportuniza a formação de um coletivo, vinculado a Universidade que estuda, discute e atua na Educação do Campo, fortalecendo as comunidades rurais”. Em uma avaliação mais abrangente e inicial, dado o estágio de construção neste primeiro ano de trabalho do Projeto, é possível dizer que os impactos nas escolas: a) dimensionam um processo de desnaturalização do/no cotidiano da mesma, através da explicitação dos problemas da escola como totalidade e no processo de alfabetização/letramento; b) indicam a ampliação das possibilidades de trabalho, através da utilização de instrumentos didáticos diferenciados; c) favorecem o desvelamento do mito entorno da excessiva fragilidade das condições da escola, uma vez que grande parte dos materiais disponibilizados não são utilizados na prática educativa do professor; d) favorecem a percepção de outras formas de relacionamento entre escola/comunidade e do papel da família no processo de ensino/aprendizagem; e) demonstram a compreensão sobre a importância de qualificação dos espaços pedagógicos da escola, tais como biblioteca, laboratório de informática e técnicas agrícolas como introdução do trabalho do campo no contexto da escola; f) incidem na cultura escolar, desafiando os professores e favorecendo a retomada dos estudos, assim como o desejo e motivação para a busca da solução dos problemas enfrentados; g) propiciam uma leitura mais objetiva, não pré-conceituosa e humana dos alunos, na medida em que articulam o desempenho escolar com o contexto mais amplo e da vida particular dos estudantes; h) possibilitam a percepção da escola como uma totalidade: há uma relação estreita entre os diferentes níveis de ensino, as diferentes áreas de conhecimento e o ambiente da sala de aula com o ambiente da escola como um todo. A partir da proposta específica do Observatório, do processo de inserção na escola, da discussão dos problemas para priorizar os subprojetos, das pequenas iniciativas que já podem ser observadas na escola, e das pequenas intervenções realizadas pelos bolsistas, há o indicativo de que o desenvolvimento do processo de investigação-ação, para além da proposta específica, que é a qualificação da XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012 Junqueira&Marin Editores Livro 1 - p.003135
  • 8. 19 alfabetização e letramento dos professores e estudantes, como conseqüência, caminha na direção do aprofundamento do impacto no conjunto da organização do trabalho pedagógico da escola. Há um impacto que não pode ser medido e que é conseqüência direta da participação dos bolsistas de graduação no Observatório. Esse impacto refere-se à participação em eventos como os “Salões de iniciação científica”, o relato de experiências que ocorre em sala de aula, o entusiasmo com que comentam com os amigos as “idas as escolas” e o trabalho que lá realizam. Outro impacto importante foi a realização do seminário para as Licenciaturas da UFPel, amplamente divulgado, que pautou o tema da Educação do Campo, contemplando o debate sobre a atualidade do campo brasileiro, dados da questão agrária no Brasil e no estado do RS. Neste mesmo seminário foi discutido sobre qual escola devemos construir no campo e qual o papel dos professores nessa construção. Dessa maneira, oportunizou espaço de análise das questões emergentes da educação do campo. O seminário para os Professores ingressantes na cultura acadêmica da UFPel também repercutiu, e propiciou a discussão da trajetória, processo de construção e atualidade da educação do campo; além de favorecer a socialização das experiências realizadas pela UFPel. Enfim, realizamos esse ano seminários dirigidos para a UFPel e conseguimos atingir, diretamente, 440 pessoas: alunos das Licenciaturas, estudantes de Pós-Graduação e professores. Foi possível, também, nesse ano, construir uma disciplina optativa para o curso de Pedagogia, que será oferecida no segundo semestre de 2012. O Observatório, embora nem sempre possa responder, seguidamente é convidado para estar nas semanas acadêmicas, discutindo o campo, seus sujeitos, a educação. Também tem sido convidado para relatar a experiência em cadeiras específicas, principalmente no curso de Pedagogia. Outro aspecto interessante é a articulação que o Observatório tem realizado na produção de eventos com as diferentes experiências da UFPel com a Educação do Campo e com a Educação Popular. Isso repercute para além do que se pode medir. O trabalho junto as Licenciaturas consiste em reforçar, na universidade, a importância dos estudantes poderem contar também com essa especificidade no seu processo de formação profissional. XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012 Junqueira&Marin Editores Livro 1 - p.003136
  • 9. 20 CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluímos o primeiro ano do projeto do Observatório bastante contentes com o desenvolvimento do trabalho. O que se sistematizou nesse relatório deixa claro o motivo do contentamento. Mas o que mais motiva é que a atuação do Observatório é uma ação importante, que se coloca entre outras ações, na perspectiva de contribuir com a região Sul do RS, na direção da construção da Educação do Campo. O significado estratégico das ações é o que dá sentido ao trabalho realizado, resgatando sua dimensão criativa e de formação humana. As relações entre os três núcleos também são boas. Acontecem em um clima de compromisso, seriedade e de partilha. Isso também favorece o desenvolvimento das atividades e motiva. Como perspectivas colocam-se para 2012: a) a divulgação desse primeiro mapeamento dos dados do IDEB, uma vez que não há no RS, materiais que sistematizem informações sobre a Educação do Campo. Nesse âmbito se coloca a necessidade de continuidade da pesquisa com a análise qualitativa dos dados; b) o desenvolvimento dos subprojetos nas escolas, o que vai requerer um esforço especial de acompanhamento, uma vez que o avanço da escola, especialmente na proposição do projeto do Observatório, é fundamental para a renovação das esperanças na possibilidade da escola se reinventar e contribuir para o avanço na solução dos problemas de aprendizagem dos estudantes do campo. Nesse sentido, teremos que aprofundar o projeto de escola do campo como um todo. Avançar na superação dos problemas da alfabetização e letramento requer o avanço na cultura escolar e a reorganização do trabalho pedagógico; c) o trabalho na região deverá continuar no horizonte. É tempo de articular o que está disperso e que é acúmulo da atuação intencional, na direção da constituição da Educação do Campo, por diferentes grupos de sujeitos que desenvolvem experiências. Isso indica a necessidade da continuidade dos esforços realizados na Universidade e a realização de um seminário amplo que possibilite colocar em contato os órgãos gestores e as diferentes iniciativas, favorecendo a formulação coletiva, assim como a visualização de desafios; d) com o aprofundamento do trabalho de investigação- ação nas escolas, coloca-se como meta e necessidade também da produção e socialização do conhecimento de forma mais geral; assim como a produção de pequenos textos e matérias pedagógicos a serem trabalhados com os estudantes. Este último é um XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012 Junqueira&Marin Editores Livro 1 - p.003137
  • 10. 21 desafio interessante, uma vez que abarcamos uma diversidade de públicos: quilombolas, pescadores, assentados e comunidades; e) a formação de professores bolsistas e não bolsistas deverá ser intensificada. As exigências na implementação da investigação e intervenção na escola requerem o aprofundamento teórico. Nessa direção há a intenção de realizar um seminário com o conjunto dos professores das escolas com as quais o Observatório trabalha. Além de trocar experiência e aprofundar conteúdos, se aposta que essa incitativa revigora os ânimos e desafia. O projeto continua na UFPel. Sua importância foi destacada suficientemente no relato e avaliação realizada. Finalmente, observa-se a necessidade da continuidade do desenvolvimento do trabalho com seriedade, compromisso e rigorosidade, num esforço sério de envolvimento efetivo dos sujeitos da comunidade escolar, dado que mudanças efetivas no processo ensino-aprendizagem serão mediadas por eles. REFERÊNCIAS CALAZANS, M. J. C. Para compreender a educação do Estado no meio rural - traços de uma trajetória. In: THERRIEN, Jaques; DAMACENO, Maria Nobre (orgs.). Educação e escola do campo no campo. Campinas, SP: Papirus, 1993. CALDART, R. S. A escola do campo em movimento. In: Por uma Educação Básica do Campo, nº. 3. Brasília: Articulação Nacional por uma Educação Básica do Campo, 2000. CAMPOS, M. M. Ensino Fundamental e os desafios da Lei n. 11.274/2006: Por Uma Prática Educativa Nos Anos Iniciais Do Ensino Fundamental Que Respeite Os Direitos Da Criança À Aprendizagem. In: Salto para o Futuro. Brasília: Ministério de Educação. Ano XIX – nº12 Setembro/2009. FERREIRO, E. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 2008. FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médias, 1991. FREIRE, P. Cartas à Guiné-Bissau: registros de uma experiência em processo. São Paulo e Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. ________. Quatro cartas aos animadores de Círculos de Cultura de São Tomé e Príncipe. In: BRANDÃO, Carlos Rodrigues e outros. A questão política da educação popular. São Paulo: Brasiliense, 1987. MION, R. A.; SAITO, C. H. (org.). Investigação-ação: mudando o trabalho de formar professores. Ponta Grossa: Planeta, 2001. XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012 Junqueira&Marin Editores Livro 1 - p.003138
  • 11. 22 MONTEIRO S. M.(coord.) & BAPTISTA M. C. O ensino e a aprendizagem da linguagem escrita em classes do primeiro ano do ensino fundamental. In: Salto para o Futuro. Brasília: Ministério de Educação. Ano XIX – nº12 Setembro/2009. NÓVOA, A. Os professores e sua formação. Porto: Porto Editora, 1992. Relatório do Projeto do Observatório da Educação do Campo. Núcleo/RS, 2011. SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998. ______. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2010. TEBEROSKY, A.; CARDOSO, B. Reflexões sobre o ensino da leitura e da escrita. Campinas, São Paulo: Ed.Universidade Estadual de Campinas, 1991. VYGOTSKY, L. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993. Quadro 1 - Escolas do Rio Grande do Sul com maior IDEB RANKING CIDADE ESCOLA REDE IDEB 2009RS BR 4 55 CERRO LARGO ESC. MUN DE ENS. FUND. DOM PEDRO II MUN 6,1 9 111 CRUZEIRO DO SUL ESC EST ENS FUND SAO RAFAEL EST 5,9 19 193 AJURICABA COL EST COMENDADOR SOARES DE BARROS EST 5,7 29 276 CHARRUA ESC MUN DE ENS FUND CARMELINA BASEGGIO MUN 5,6 29 276 MONTE BELO DO SUL ESC MUN ENS FUN ROMAN ROSS MUN 5,6 29 276 TAPEJARA ESC MUN ENS FUN BENVENUTA SEBBEN FONTANA MUN 5,6 60 535 NOVA PETROPOLIS ESC EST ENS FUN SAO JOSE EST 5,4 84 705 BENTO GONCALVES ESC. EST ENS. FUND. ÂNGELO SALTON EST 5,3 84 705 CHAPADA ESC MUN ENS FUN SAO LUIZ GONZAGA MUN 5,3 84 705 PORTO VERA CRUZ EEEF RONCADOR EST 5,3 Fonte: Observatório da Educação, UFPel, 2012. XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012 Junqueira&Marin Editores Livro 1 - p.003139
  • 12. 23 Quadro 2 – Escolas do Rio Grande do Sul com menor IDEB RANKING CIDADE ESCOLA REDE IDEB 2009RS BR 2487 31305 SÃO JOSE DO NORTE ESC EST ENS FUND CAPITAO LUIZ DA SILVA FERREIRA EST 1,8 2481 31127 SINIMBU ESC MUN ENS FUN N. S. DE FATIMA MUN 1,9 2474 30912 PELOTAS ESC MUN ENS FUN ALMIRANTE RAPHAEL BRUSQUE MUN 2,0 2439 29876 AMARAL FERRADOR ESC MUN ENS FUN PROF JUREMA CARVALHO DE OLIV MUN 2,3 2399 28760 MACAMBARA ESC. EST TECNICA ENCRUZILHADA EST 2,5 2399 28760 CAXIAS DO SUL ESC MUN ENS FUND ARMINDO MARIO TURRA MUN 2,5 2368 28060 SANTANA DO LIVRAMENTO ESC EST ENS MED DR SILVIO RIBEIRO EST 2,6 2326 27287 VIAMAO ESC EST DE ENS. MEDIO DR GENESIO PIRES EST 2,7 2326 27287 SÃO BORJA ESC MUN ENS FUND LIONCIO SILVIO PEREIRA AQUINO MUN 2,7 2326 27287 SANTANA DA BOA VISTA ESC EST DE ENS FUN MARLENE MEDEIROS EST 2,7 Fonte: Observatório da Educação, UFPel, 2012. XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012 Junqueira&Marin Editores Livro 1 - p.003140