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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA
INSTITUTO DE CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE GEOGRAFIA
ELDERSON PEREIRA SILVA1
O DESAFIO PARA SER UM PROFESSOR
RESUMO: A classe docente passou por varias transformações até se firmar como
uma profissão propriamente dita, com os vários problemas que a educação brasileira
vem passando, sobretudo na educação básica. O objetivo do presente trabalho é
trazer uma conceituação sobre a formação do profissional docente, até chegar ao
Brasil, de sua origem aos dias atuais, a desvalorização do professor e suas
consequências para o processo ensino aprendizagem, e toda sua contribuição no
processo de ensino de Geografia, passando por uma revisão bibliográfica no
primeiro momento e contemplando na segunda parte, com algumas experiências
vividas como estagiário no processo de Estagio Supervisionado II, visitas ao SINTEP
(Sindicato dos Professores) e como professor substituto. .
Palavras chaves: Brasil; Docente; Geografia; Ensino.
THE CHALLENGE TO BE A TEACHER
ABSTRACT: The teaching profession has undergone several transformations to
establish itself as a profession itself, with the various problems that the Brazilian
education has undergone, especially in basic education. The aim of this work is to
bring a conceptualization of professional education teacher, to get to Brazil, from its
origins to the present day, the devaluation of the teacher and their consequences for
the learning process, and their contribution to the whole process of teaching
geography, through a literature review in the first moment and contemplating in the
second part, with some experiences as an intern in the process of Supervised
internship II visits SINTEP (Teachers Union) and as a substitute teacher.
Keywords: Brazil; teacher; Geography; Education.
1
Graduando do 7º semestre do curso de Geografia da Universidade de Mato Grosso- Campus
Universitário do Araguaia-CUA. E-mail: elder.son@hotmail.com
INTRODUÇÃO
O trabalho a ser apresentado, busca revelar o contexto histórico da formação
da classe docente, e toda sua conjuntura ao longo do tempo e concomitante a isso,
a formação e o ensino de Geografia no Brasil, o trabalho foi desenvolvido em sua
primeira parte em uma revisão bibliográfica, tratando temas relacionados a profissão
docente e sua desvalorização ao longo do tempo, em seguida foram utilizadas
algumas experiências como estagiário e professor substituto com uma abordagem
de observação participante feita no estagio supervisionado II, em uma escola
estadual.
Em seguida trazer alguns questionamentos para o professor de Geografia,
pensando na formação de um ser incumbido de formar seres críticos e cientes para
exercer a cidadania, e alguns comentários sobre a greve dos professores.
BREVE HISTÓRICO DA FORMAÇÃO DOCENTE COMO PROFISSIONAL
O professor como classe profissional veio ganhando corpo ao longo da
historia. Segundo Novoa (1999) por volta do séc. XVIII, já não podia ensinar sem
uma licença ou autorização do Estado, ponto importante para a identificação da
classe docente como profissionais. Durante todos esses anos, á classe de
professores passaram por constantes alterações, no inicio o ensino era de controle
da Igreja, depois a responsabilidade do ensino passa para o Estado. O processo de
estatização do ensino consiste, sobretudo, na substituição de um corpo de
professores religiosos (ou sobre o controlo da Igreja) por um corpo de professores
laicos (ou sobre o controlo do Estado), (NOVOA, 1999, p.15).
Para Penin (2009) o processo de profissionalização docente no Brasil só
ocorreu em 1812, com a vinda da família real em 1809, mesmo assim somente
alguns cursos isolados, sem que seja um padrão de universidade, que só é
institucionalizado em 1931. No Brasil as primeiras instituições de formação docente
surgiram por volta de 1837, somente as grandes cidades da época.
Os primeiros cursos de formação de professores para o ensino
primário se estabeleceram em algumas capitais a partir de 1835, em nível
secundário, com duração máxima de dois anos. Apenas no início do século
XX essa formação amplia-se para cidades do interior dos principais estados,
sempre em nível secundário até a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) de 1996, que propugna a formação em nível superior
(PENIN, 2009, p.2)
Nesse sentido, fica evidente a defasagem do Brasil em relação a outros
países, o acesso ao ensino ficava restrito a quem podia pagar por esse ensino. Com
a massificação do ensino, faz-se necessário de um grande numero de profissionais
da educação, até os dias atuais existe essa problemática e somando a crescente
desvalorização que a classe vem sofrendo. A situação dos professores perante a
mudança social é comparável á de um grupo de actores, vestidos com traje de
determinada época, a quem sem prévio aviso se muda o cenário (ESTEVE, 1999,
p.97).
Nessa mesma linha, Penin (2009) observa que a partir da década de 90 com
a ampliação do acesso a educação básica e multiplicação de instituições
formadoras, em especial as particulares, culminaram na contenção dos salários dos
professores de rede pública, que vem ocasionando na desmotivação e uma
desvalorização da classe. Embora não exclusivamente, todas as mudanças
ocorridas na classe docente vieram a contribuir negativamente na qualidade do
ensino de rede publica no Brasil.
O ENSINO DE GEOGRAFIA NO BRASIL
A partir da década de 30 que o ensino de Geografia veio a ser considerada
como ciência, época que são fundadas as primeiras instituições, seguindo uma
corrente da escola francesa com o possibilíssimo2
·, portanto, as primeiras
concepções de Geografia como ciência no Brasil se baseia numa Geografia
descritiva. Pontuschka (2009) observa que á Geografia de caráter científico, só é
estabelecida no Brasil com as primeiras faculdades de Filosofia, o Conselho
Nacional de Geografia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a
Associação dos Geógrafos Brasileiros (1934).
2
[...] Concepção geográfica elaborada por Paul Vidal de La Blache (1845-1918), em que o autor
defende que o homem é um elemento ativo do meio natural (JUNIOR, 2002.p.2).
Para Junior (2002) nesse período a Geografia era calcada apenas no
empirismo e que isso impossibilitava a compreensão e discursão de questões
sociais, conhecida como uma geografia tradicional e decorativa. Uma Geografia que
ficava destinada na mera descrição dos fenômenos naturais.
Apresentar, de uma perspectiva histórica, o ensino de geografia no
Brasil nos remete, entre outras possibilidades, ás relações entre educação,
ciência e politica, em uma sociedade autoritária, cindida entre os que
“pensam” e os que “fazem” (VLACH, 2004 p.187).
O ensino de Geografia não integrava diretamente as escolas de primeiras
letras3
, estava associado á historia do Brasil e da língua nacional, que traziam
alguns textos relacionados ao civismo e território. Assim surgiram os primeiros livros
didáticos em geografia, escritos por Delgado de Carvalho e Aroldo de Azevedo
(JUNIOR, 2002. p. 2). Uma corrente de conhecimentos da escola francesa. Por
conseguinte, isso era repassado para as escolas através dos livros escritos por eles
e com a formação dos primeiros licenciados em Geografia.
No entanto, os livros desses autores não tiveram aceitação, por serem
considerados difíceis por professores e alunos nas décadas de 20 e 30
(PONTUSCHKA, 2009, p. 46). A explicação para tal negação seria que os primeiros
professores não eram geógrafos. Nas décadas seguintes, essa Geografia
tradicional, já não conseguia explicar as mudanças nas relações homem-natureza,
havendo uma necessidade de ruptura na epistemologia da Geografia Tradicional.
Em meados da década de 50, a Geografia tradicional, ou melhor, as
tendências tradicionais da Geografia, que buscavam compreender o espaço
geográfico por meio das relações do homem com a natureza, passaram a
ser questionadas em varias partes do mundo e, nas décadas seguintes
também no Brasil (PONTUSCHKA, 2009, p.45).
Nesse contexto, ocorre varias transformações no cenário nacional e com elas
a reestruturação na educação, a introdução das licenciaturas curtas (2 anos) em
Estudos Sociais. Segundo Junior (2002, p.6), Os Estudos Sociais passam a ser
parte integrante e obrigatória do currículo escolar, congregando numa única
disciplina os conhecimentos de Geografia História e Organização Social e Política
3
Os professores ensinarão a ler, escrever, as quatro operações de aritmética, pratica de quadrados,
decimais e proporções, as noções mais gerais de geometria prática a gramatica da língua nacional
[...] moral cristã e da doutrina da religião católica e apostólica romana (Coleção das leis do império do
Brasil de 1827, apud VLACH, 2004 p.189).
Brasileira. Isso era o objetivo do regime militar que passou a controlar o Brasil no
pós anos 60, com o intuito de formar “cidadãos” dosséis e acríticos.
A partir da década de 90 a Geografia no seu sentido mais “revolucionário” luta
pela extinção das licenciaturas curtas e plenas em Estudos Sociais, e pedem retorno
das disciplinas de Historia e Geografia. Na atual conjuntura a Geografia tem como
norte os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), desenvolvido na década de 90,
neste documento estão todas diretrizes da disciplina, como se fosse uma manual do
licenciado em Geografia.
O DOCENTE DE GEOGRAFIA
O professor de geografia na atualidade tem vários desafios pela frente, entre
eles, sua desvalorização como um ser social. Enquanto outras profissões ganham
status pela sociedade como médico, engenheiro, advogado etc. Não desmerecendo
essas profissões, mas, o professor que é responsável pela formação dessas
profissões citadas acima, vem perdendo sua importância social, refletindo na sua
desvalorização enquanto profissional. Numa experiência como estagiário de
Geografia na rede pública, em que a classe docente teve que apelar para o recurso
da greve; enquanto o professor de Geografia explicava motivo da greve, foi dito por
um aluno que os “professores são folgados e preguiçosos que ganham muito bem
para não fazer nada”. Pensando neste comentário, como fica a identidade social de
um agente formador de seres críticos?
[...] os professores enfrentam circunstancias de mudança que os
obrigam a fazer mal seu trabalho, tendo que suportar a critica generalizada,
que, sem analisar as circunstâncias os considera como responsáveis
imediatos pelas falhas do sistema de ensino (ESTEVE, 1999, p.97).
Em meio a tantos gastos para eventos esportivos, faz-se necessário
(re)pensar, qual é exatamente nossas prioridades ? E qual a importância da
educação para o Brasil? São esses questionamentos que deve ser abordados em
sala de aula, de preferência nas aulas de geografia para que a criança ou
adolescente tenham sempre um pensamento crítico a respeito do que está posto e o
que realmente é de necessidades de todos.
Noutra oportunidade, substitui um professor de Geografia em uma escola de
rede pública Municipal, tive varias experiências no mesmo dia, algumas boas outras
nem tanto, porém, fica evidente que o “pior” lugar em uma escola não é a sala de
aula, mas sim a sala dos professores. Que de acordo com Esteve (1999) o professor
novato ou substituto fica desarmado ao constatar que a realidade do ensino não é
como imaginava na sua formação, sobretudo os professores mais experientes irão
favorecer com os piores grupos, horários e as piores condições de trabalho.
O momento vivido atualmente pela classe docente do estado de Mato Grosso,
precede de uma longa luta por melhores condições de trabalho que vem se
perdendo dentro do seu processo histórico evolutivo. A greve dos professores
estatuais que não lutam só por melhores salários, mas também por melhores
condições de trabalho, de infraestrutura, como no caso que substitui o professor,
não tinha sequer uma mesa com cadeira para o professor, tive que ficar todo tempo
de pé.
A formação do docente em Geografia é um grande desafio, como destaca
Callai (1999, p.33) o professor que sai habilitado no exercício do magistério em
Geografia, num e noutro tipo de instituição, enfrenta de igual forma problemas muito
sérios referentes à realidade da sala de aula.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
O professor e em especial o licenciado em Geografia precisa está atento às
novas mudanças no cenário global, acima de tudo, ser capaz de formar cidadãos
críticos e conscientes sobre a atual conjuntura do espaço geográfico, que a
mudança faz parte da humanidade, com tantas tecnologias e “coisas” interessantes
hoje é difícil prender a atenção do aluno, então se torna necessário que o docente
sempre se atualize tanto metodologicamente como conceitualmente:
um professor, um engenheiro eletrônico ou um médico formado a três ou
quatro anos já estão desatualizados, desde que não se reciclem, não
participem de congressos, seminários ou cursos de atualização (inclusive
por computadores, via internet), não leiam obras novas, não continuem
enfim a aprender e a se atualizar (VESENTINI, 1995 p.11).
Essas novas tecnologias têm como característica essencial serem
instrumentos de apoio ao processo ensino-aprendizagem, portanto, não substituem
a presença e a ação do professor (GASPARIN, 2007, p.113). Para Tanto, o
professor necessita de condições básicas ou mesmo de infraestrutura para melhorar
suas dinâmicas em sala e consequentemente o processo de ensino aprendizagem.
A greve vem nesse sentido, em busca do reconhecimento do Estado e até mesmo
da própria sociedade, pelo cumprimento da lei pelo piso salarial4
dos professores
entre outras necessidades.
Segundo o SINTEP:
A história da educação brasileira nos conta a continua construção de desigualdades
na oferta educacional, que remonta séculos, desde a chegada dos “colonizadores”
europeus no Brasil. Tem prevalecido até hoje a distribuição insuficiente e
diferenciada de recursos financeiros e materiais da educação numa visão elitista de
que educação de qualidade é para poucos e para poucos e aos demais restam sobras
(SINTEP, 2013, p.16).
A luta dos professores só terá resultado com o apoio da sociedade e da
própria classe docente, para a mobilização do governo em atribuir direitos que foram
adquiridos em constituição. O professor de Geografia tem a “obrigação” de liderar
esses movimentos para melhorar o processo de ensino aprendizagem no Brasil, em
tese, ele possui uma criticidade e conceitos bem estabelecidos nessa problemática
do ensino da rede pública.
REFERENCIAS
ESTEVE José M. Mundanças Sociais e Função Docente. In: NOVOA, António(org).
Profissão Professor. Ed.2º. Porto: Editora Porto, 1999.p.93-124. Cap.IV.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico – crítica. Ed 4º. rev. e ampl.
Campinas,. SP: Autores Associados, 2007. (Coleção educação Contemporânea).
JUNIOR. F. C.. A produção histórica do ensino da geografia no Brasil. In: II
Congresso Brasileiro de História da educação, 2002, Natal/Rn. Natal/Rn: EDUFRN,
2002. Disponível em:<http://sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe2/pdfs/Tema7/0743.pdf>.
Acesso em: 09/09/2013.
4
Em 16 de julho de 2008 foi sancionada a Lei n° 11.738, que instituiu o piso salarial profissional
nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, regulamentando
disposição constitucional (alínea ‘e’ do inciso III do caput do artigo 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias). Fonte: MEC.
PONTUSCHKA, N. N.; PAGANELLI, T. I. ; CACETE, N.H. Para ensinar e aprender
Geografia. São Paulo: Ed.3º. Cortez. 2009. - (Coleção docência em formação. Série Ensino
Fundamental).
PENIN, T. S. Edição Especial Profissao Docente. São Paulo: Secretaria de
Educação a Distancia 2009, Ano XIX – Nº 14 – Disponível
em:<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012181.pdf>. Acesso em:
10/10/2013.
XV CONGRESSO ESTADUAL DO SINTEP/MT, 2013, Cuiabá-MT. Articular os planos
municipais e estaduais de educação para a implantação do sistema único da educação
básica em MT. Cuiabá-MT: SINTEP-MT, 2013.
NÓVOA, Antonio. Mundanças Sociais e Função Docente. In: __________Profissão
Professor. Ed.2º. Porto: Editora Porto, 1999.p.13-34. Cap.I.
MEC.Ministerio da Educação. Disponivel em
:<http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=382&id=12253&option=com_content> Acesso
em: 10/09/2013.
VLACH, Vania Farias Rubia. O Ensino de Geografia no Brasil uma Perspectiva
Histórica. In: VISENTINI, J. W. O ensino de Geografia no século XXI. Campinas-SP:
Papirus, 2004.
VESENTINI, J, W.A Nova Ordem Mundial. In:__________.o novo papel da escola
e do ensino da geografia no seculo XXI.Sao Paulo,Atica,1995.p 01-24.

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A EVOLUÇÃO DA FORMAÇÃO DOCENTE E O ENSINO DE GEOGRAFIA NO BRASIL

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE GEOGRAFIA ELDERSON PEREIRA SILVA1 O DESAFIO PARA SER UM PROFESSOR RESUMO: A classe docente passou por varias transformações até se firmar como uma profissão propriamente dita, com os vários problemas que a educação brasileira vem passando, sobretudo na educação básica. O objetivo do presente trabalho é trazer uma conceituação sobre a formação do profissional docente, até chegar ao Brasil, de sua origem aos dias atuais, a desvalorização do professor e suas consequências para o processo ensino aprendizagem, e toda sua contribuição no processo de ensino de Geografia, passando por uma revisão bibliográfica no primeiro momento e contemplando na segunda parte, com algumas experiências vividas como estagiário no processo de Estagio Supervisionado II, visitas ao SINTEP (Sindicato dos Professores) e como professor substituto. . Palavras chaves: Brasil; Docente; Geografia; Ensino. THE CHALLENGE TO BE A TEACHER ABSTRACT: The teaching profession has undergone several transformations to establish itself as a profession itself, with the various problems that the Brazilian education has undergone, especially in basic education. The aim of this work is to bring a conceptualization of professional education teacher, to get to Brazil, from its origins to the present day, the devaluation of the teacher and their consequences for the learning process, and their contribution to the whole process of teaching geography, through a literature review in the first moment and contemplating in the second part, with some experiences as an intern in the process of Supervised internship II visits SINTEP (Teachers Union) and as a substitute teacher. Keywords: Brazil; teacher; Geography; Education. 1 Graduando do 7º semestre do curso de Geografia da Universidade de Mato Grosso- Campus Universitário do Araguaia-CUA. E-mail: elder.son@hotmail.com
  • 2. INTRODUÇÃO O trabalho a ser apresentado, busca revelar o contexto histórico da formação da classe docente, e toda sua conjuntura ao longo do tempo e concomitante a isso, a formação e o ensino de Geografia no Brasil, o trabalho foi desenvolvido em sua primeira parte em uma revisão bibliográfica, tratando temas relacionados a profissão docente e sua desvalorização ao longo do tempo, em seguida foram utilizadas algumas experiências como estagiário e professor substituto com uma abordagem de observação participante feita no estagio supervisionado II, em uma escola estadual. Em seguida trazer alguns questionamentos para o professor de Geografia, pensando na formação de um ser incumbido de formar seres críticos e cientes para exercer a cidadania, e alguns comentários sobre a greve dos professores. BREVE HISTÓRICO DA FORMAÇÃO DOCENTE COMO PROFISSIONAL O professor como classe profissional veio ganhando corpo ao longo da historia. Segundo Novoa (1999) por volta do séc. XVIII, já não podia ensinar sem uma licença ou autorização do Estado, ponto importante para a identificação da classe docente como profissionais. Durante todos esses anos, á classe de professores passaram por constantes alterações, no inicio o ensino era de controle da Igreja, depois a responsabilidade do ensino passa para o Estado. O processo de estatização do ensino consiste, sobretudo, na substituição de um corpo de professores religiosos (ou sobre o controlo da Igreja) por um corpo de professores laicos (ou sobre o controlo do Estado), (NOVOA, 1999, p.15). Para Penin (2009) o processo de profissionalização docente no Brasil só ocorreu em 1812, com a vinda da família real em 1809, mesmo assim somente alguns cursos isolados, sem que seja um padrão de universidade, que só é institucionalizado em 1931. No Brasil as primeiras instituições de formação docente surgiram por volta de 1837, somente as grandes cidades da época.
  • 3. Os primeiros cursos de formação de professores para o ensino primário se estabeleceram em algumas capitais a partir de 1835, em nível secundário, com duração máxima de dois anos. Apenas no início do século XX essa formação amplia-se para cidades do interior dos principais estados, sempre em nível secundário até a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, que propugna a formação em nível superior (PENIN, 2009, p.2) Nesse sentido, fica evidente a defasagem do Brasil em relação a outros países, o acesso ao ensino ficava restrito a quem podia pagar por esse ensino. Com a massificação do ensino, faz-se necessário de um grande numero de profissionais da educação, até os dias atuais existe essa problemática e somando a crescente desvalorização que a classe vem sofrendo. A situação dos professores perante a mudança social é comparável á de um grupo de actores, vestidos com traje de determinada época, a quem sem prévio aviso se muda o cenário (ESTEVE, 1999, p.97). Nessa mesma linha, Penin (2009) observa que a partir da década de 90 com a ampliação do acesso a educação básica e multiplicação de instituições formadoras, em especial as particulares, culminaram na contenção dos salários dos professores de rede pública, que vem ocasionando na desmotivação e uma desvalorização da classe. Embora não exclusivamente, todas as mudanças ocorridas na classe docente vieram a contribuir negativamente na qualidade do ensino de rede publica no Brasil. O ENSINO DE GEOGRAFIA NO BRASIL A partir da década de 30 que o ensino de Geografia veio a ser considerada como ciência, época que são fundadas as primeiras instituições, seguindo uma corrente da escola francesa com o possibilíssimo2 ·, portanto, as primeiras concepções de Geografia como ciência no Brasil se baseia numa Geografia descritiva. Pontuschka (2009) observa que á Geografia de caráter científico, só é estabelecida no Brasil com as primeiras faculdades de Filosofia, o Conselho Nacional de Geografia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Associação dos Geógrafos Brasileiros (1934). 2 [...] Concepção geográfica elaborada por Paul Vidal de La Blache (1845-1918), em que o autor defende que o homem é um elemento ativo do meio natural (JUNIOR, 2002.p.2).
  • 4. Para Junior (2002) nesse período a Geografia era calcada apenas no empirismo e que isso impossibilitava a compreensão e discursão de questões sociais, conhecida como uma geografia tradicional e decorativa. Uma Geografia que ficava destinada na mera descrição dos fenômenos naturais. Apresentar, de uma perspectiva histórica, o ensino de geografia no Brasil nos remete, entre outras possibilidades, ás relações entre educação, ciência e politica, em uma sociedade autoritária, cindida entre os que “pensam” e os que “fazem” (VLACH, 2004 p.187). O ensino de Geografia não integrava diretamente as escolas de primeiras letras3 , estava associado á historia do Brasil e da língua nacional, que traziam alguns textos relacionados ao civismo e território. Assim surgiram os primeiros livros didáticos em geografia, escritos por Delgado de Carvalho e Aroldo de Azevedo (JUNIOR, 2002. p. 2). Uma corrente de conhecimentos da escola francesa. Por conseguinte, isso era repassado para as escolas através dos livros escritos por eles e com a formação dos primeiros licenciados em Geografia. No entanto, os livros desses autores não tiveram aceitação, por serem considerados difíceis por professores e alunos nas décadas de 20 e 30 (PONTUSCHKA, 2009, p. 46). A explicação para tal negação seria que os primeiros professores não eram geógrafos. Nas décadas seguintes, essa Geografia tradicional, já não conseguia explicar as mudanças nas relações homem-natureza, havendo uma necessidade de ruptura na epistemologia da Geografia Tradicional. Em meados da década de 50, a Geografia tradicional, ou melhor, as tendências tradicionais da Geografia, que buscavam compreender o espaço geográfico por meio das relações do homem com a natureza, passaram a ser questionadas em varias partes do mundo e, nas décadas seguintes também no Brasil (PONTUSCHKA, 2009, p.45). Nesse contexto, ocorre varias transformações no cenário nacional e com elas a reestruturação na educação, a introdução das licenciaturas curtas (2 anos) em Estudos Sociais. Segundo Junior (2002, p.6), Os Estudos Sociais passam a ser parte integrante e obrigatória do currículo escolar, congregando numa única disciplina os conhecimentos de Geografia História e Organização Social e Política 3 Os professores ensinarão a ler, escrever, as quatro operações de aritmética, pratica de quadrados, decimais e proporções, as noções mais gerais de geometria prática a gramatica da língua nacional [...] moral cristã e da doutrina da religião católica e apostólica romana (Coleção das leis do império do Brasil de 1827, apud VLACH, 2004 p.189).
  • 5. Brasileira. Isso era o objetivo do regime militar que passou a controlar o Brasil no pós anos 60, com o intuito de formar “cidadãos” dosséis e acríticos. A partir da década de 90 a Geografia no seu sentido mais “revolucionário” luta pela extinção das licenciaturas curtas e plenas em Estudos Sociais, e pedem retorno das disciplinas de Historia e Geografia. Na atual conjuntura a Geografia tem como norte os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), desenvolvido na década de 90, neste documento estão todas diretrizes da disciplina, como se fosse uma manual do licenciado em Geografia. O DOCENTE DE GEOGRAFIA O professor de geografia na atualidade tem vários desafios pela frente, entre eles, sua desvalorização como um ser social. Enquanto outras profissões ganham status pela sociedade como médico, engenheiro, advogado etc. Não desmerecendo essas profissões, mas, o professor que é responsável pela formação dessas profissões citadas acima, vem perdendo sua importância social, refletindo na sua desvalorização enquanto profissional. Numa experiência como estagiário de Geografia na rede pública, em que a classe docente teve que apelar para o recurso da greve; enquanto o professor de Geografia explicava motivo da greve, foi dito por um aluno que os “professores são folgados e preguiçosos que ganham muito bem para não fazer nada”. Pensando neste comentário, como fica a identidade social de um agente formador de seres críticos? [...] os professores enfrentam circunstancias de mudança que os obrigam a fazer mal seu trabalho, tendo que suportar a critica generalizada, que, sem analisar as circunstâncias os considera como responsáveis imediatos pelas falhas do sistema de ensino (ESTEVE, 1999, p.97). Em meio a tantos gastos para eventos esportivos, faz-se necessário (re)pensar, qual é exatamente nossas prioridades ? E qual a importância da educação para o Brasil? São esses questionamentos que deve ser abordados em sala de aula, de preferência nas aulas de geografia para que a criança ou adolescente tenham sempre um pensamento crítico a respeito do que está posto e o que realmente é de necessidades de todos.
  • 6. Noutra oportunidade, substitui um professor de Geografia em uma escola de rede pública Municipal, tive varias experiências no mesmo dia, algumas boas outras nem tanto, porém, fica evidente que o “pior” lugar em uma escola não é a sala de aula, mas sim a sala dos professores. Que de acordo com Esteve (1999) o professor novato ou substituto fica desarmado ao constatar que a realidade do ensino não é como imaginava na sua formação, sobretudo os professores mais experientes irão favorecer com os piores grupos, horários e as piores condições de trabalho. O momento vivido atualmente pela classe docente do estado de Mato Grosso, precede de uma longa luta por melhores condições de trabalho que vem se perdendo dentro do seu processo histórico evolutivo. A greve dos professores estatuais que não lutam só por melhores salários, mas também por melhores condições de trabalho, de infraestrutura, como no caso que substitui o professor, não tinha sequer uma mesa com cadeira para o professor, tive que ficar todo tempo de pé. A formação do docente em Geografia é um grande desafio, como destaca Callai (1999, p.33) o professor que sai habilitado no exercício do magistério em Geografia, num e noutro tipo de instituição, enfrenta de igual forma problemas muito sérios referentes à realidade da sala de aula. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES O professor e em especial o licenciado em Geografia precisa está atento às novas mudanças no cenário global, acima de tudo, ser capaz de formar cidadãos críticos e conscientes sobre a atual conjuntura do espaço geográfico, que a mudança faz parte da humanidade, com tantas tecnologias e “coisas” interessantes hoje é difícil prender a atenção do aluno, então se torna necessário que o docente sempre se atualize tanto metodologicamente como conceitualmente: um professor, um engenheiro eletrônico ou um médico formado a três ou quatro anos já estão desatualizados, desde que não se reciclem, não participem de congressos, seminários ou cursos de atualização (inclusive por computadores, via internet), não leiam obras novas, não continuem enfim a aprender e a se atualizar (VESENTINI, 1995 p.11). Essas novas tecnologias têm como característica essencial serem instrumentos de apoio ao processo ensino-aprendizagem, portanto, não substituem a presença e a ação do professor (GASPARIN, 2007, p.113). Para Tanto, o
  • 7. professor necessita de condições básicas ou mesmo de infraestrutura para melhorar suas dinâmicas em sala e consequentemente o processo de ensino aprendizagem. A greve vem nesse sentido, em busca do reconhecimento do Estado e até mesmo da própria sociedade, pelo cumprimento da lei pelo piso salarial4 dos professores entre outras necessidades. Segundo o SINTEP: A história da educação brasileira nos conta a continua construção de desigualdades na oferta educacional, que remonta séculos, desde a chegada dos “colonizadores” europeus no Brasil. Tem prevalecido até hoje a distribuição insuficiente e diferenciada de recursos financeiros e materiais da educação numa visão elitista de que educação de qualidade é para poucos e para poucos e aos demais restam sobras (SINTEP, 2013, p.16). A luta dos professores só terá resultado com o apoio da sociedade e da própria classe docente, para a mobilização do governo em atribuir direitos que foram adquiridos em constituição. O professor de Geografia tem a “obrigação” de liderar esses movimentos para melhorar o processo de ensino aprendizagem no Brasil, em tese, ele possui uma criticidade e conceitos bem estabelecidos nessa problemática do ensino da rede pública. REFERENCIAS ESTEVE José M. Mundanças Sociais e Função Docente. In: NOVOA, António(org). Profissão Professor. Ed.2º. Porto: Editora Porto, 1999.p.93-124. Cap.IV. GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico – crítica. Ed 4º. rev. e ampl. Campinas,. SP: Autores Associados, 2007. (Coleção educação Contemporânea). JUNIOR. F. C.. A produção histórica do ensino da geografia no Brasil. In: II Congresso Brasileiro de História da educação, 2002, Natal/Rn. Natal/Rn: EDUFRN, 2002. Disponível em:<http://sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe2/pdfs/Tema7/0743.pdf>. Acesso em: 09/09/2013. 4 Em 16 de julho de 2008 foi sancionada a Lei n° 11.738, que instituiu o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, regulamentando disposição constitucional (alínea ‘e’ do inciso III do caput do artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). Fonte: MEC.
  • 8. PONTUSCHKA, N. N.; PAGANELLI, T. I. ; CACETE, N.H. Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Ed.3º. Cortez. 2009. - (Coleção docência em formação. Série Ensino Fundamental). PENIN, T. S. Edição Especial Profissao Docente. São Paulo: Secretaria de Educação a Distancia 2009, Ano XIX – Nº 14 – Disponível em:<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012181.pdf>. Acesso em: 10/10/2013. XV CONGRESSO ESTADUAL DO SINTEP/MT, 2013, Cuiabá-MT. Articular os planos municipais e estaduais de educação para a implantação do sistema único da educação básica em MT. Cuiabá-MT: SINTEP-MT, 2013. NÓVOA, Antonio. Mundanças Sociais e Função Docente. In: __________Profissão Professor. Ed.2º. Porto: Editora Porto, 1999.p.13-34. Cap.I. MEC.Ministerio da Educação. Disponivel em :<http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=382&id=12253&option=com_content> Acesso em: 10/09/2013. VLACH, Vania Farias Rubia. O Ensino de Geografia no Brasil uma Perspectiva Histórica. In: VISENTINI, J. W. O ensino de Geografia no século XXI. Campinas-SP: Papirus, 2004. VESENTINI, J, W.A Nova Ordem Mundial. In:__________.o novo papel da escola e do ensino da geografia no seculo XXI.Sao Paulo,Atica,1995.p 01-24.