O documento discute a indústria petroquímica na América Latina, com foco no Brasil. Apresenta indicadores do setor no Brasil e no mundo, tendências de preços e demanda, principais players, oportunidades e desafios para expansão da capacidade no país.
3. Ciclos da Indústria Petroquímica
• Investimentos aos “saltos” – alternância entre excesso / escassez de
capacidade;
• Variações na demanda ocorrem gradualmente e atreladas ao crescimento
econômico;
• Variações nos preços dos insumos (volatilidade dos preços do petróleo e gás);
• Os ciclos petroquímicos têm ocorrido num período médio de 8 a 9 anos;
3
4. Tendências e Preços do Setor Petroquímico
1800
Preços – US Gulf Coast
1600
1400
1200
current US$/t
1000
800
600
400
200
0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006*
WTI NAFTA ETENO POLIETILENOS
• O preço da nafta (US$/T) tem correlação direta com o preço do petróleo;
• Uma alta nos preços do petróleo (e nafta) pode não ser repassada imediatamente ao
longo da cadeia (menor margem no setor);
• Porém, a retomada econômica recente impulsionou a demanda por petroquímicos e o
baixo nível de capacidade ociosa têm permitido a elevação dos preços finais.
4
*Até outubro Fonte: CMAI
5. Integração
As Empresas de Petróleo tendem a integrar suas atividades petroquímicas
com o refino e normalmente avançam somente até a segunda geração.
Óleo Produtos Petroquímicos
básicos
Commodities Especialidades Química fina
e gás de refino
1. Empresas químicas tradicionais não integradas
• Dow • Unipar • Bayer • DuPont
• Braskem • BASF
• Suzano
2. Novos entrantes “globais” com foco em commodities
• Reliance Chemicals
• Formosa Plastics
• Basell (Chaterjee)
3a. Integrados com o refino e petroquímica
• ExxonMobil • Shell • CNOOC
• BP • SINOPEC • Petronas
• Total • CNPC • SABIC
3b. Buscando maior integração com refino 4. Focadas em especialidades e química fina
• Petrobras • DSM
• Pemex • Degussa
• PDVSA 5
Empresas de Petróleo Estatais
6. Ganhos e Sinergias
Os ganhos e as sinergias que tornam atraente a integração dos ativos
de gás e refino com o setor petroquímico nas grandes empresas
• As decisões de investimento em petroquímica baseiam-se em:
– Balanceamento dos ciclos refino-petroquímica: hedge;
– Diversificação em produtos de maior valor agregado;
– Parcerias com acesso a matéria-prima barata;
– Desenvolver posição de liderança em custos de certos produtos através de
alavancagem de sinergias;
– Competitividade através de escala de produção e redução de custos;
– Verticalização e flexibilidade: uso de correntes de refino como matérias-primas.
• Grandes empresas de petróleo e gás, privadas ou estatais, possuem
posição relevante em petroquímica e continuamente buscam sua
expansão com estratégias diferenciadas;
6
8. Tendências
O cenário petroquímico mundial encontra-se em ciclo
de alta com previsão de se manter até o final de 2007
• Seletividade e escala nos novos investimentos pelos atores do setor;
• Expansão de capacidade instalada na região do Oriente Médio e Ásia
(matéria-prima mais barata e menores custos logísticos);
• Forte demanda chinesa;
• Após ciclo de baixa (96-03), houve retomada das vendas em 2004 e
recuperação das margens;
• Sobre-capacidade em 2010/2011 = vale do ciclo;
• Continuidade da integração da cadeia com forma de otimização de
capacidade e de processos.
8
Fonte: Petrobras
9. Novos Projetos
A América Latina está se tornando um forte foco de
investimentos
• A Petrobras está avaliando diversos projetos, sendo que o de
Brasil maior impacto é a construção do Complexo Petroquímico do Rio
de Janeiro
México • Projeto Phoenix e desengargalamentos
• Projeto Jose (PDVSA e Braskem)
Venezuela
• Planta de 400 kta de polipropileno (PDVSA e Braskem)
Argentina • Não apresentou planos significativos para o setor petroquímico
9
10. Principais Players
PESA, PBBPOLISUR, CUYO,
Argentina PETROKEN, REPSOL YPF,
SOLVAY INDUPA, VORIDIAN
Peru PLUSPETROL
ENAP, PETROQUIM,
Chile METHANEX CHILE
Trinidad
NGC
Tobaco
ECOPETROL,
Colômbia PROPILCO, ENKA
PDVSA/PEQUIVEN,
Venezuela PROPILVEN
PEMEX, INDELPRO,
México IDESA, NOVA, INVISTA
10
11. Indicadores da Indústria Química
• Faturamento líquido (2005): US$ 69,5 bilhões;
• 9º posição no ranking mundial de faturamento de produtos
químicos;
• Participação no PIB (2005): 3,5%
• 10º posição no mundo em 2005 em termos de capacidade instalada
de eteno, produzindo cerca de 3,5 MM t/a (base da indústria
petroquímica);
• O total de novos investimentos até 2012, previstos pela indústria
petroquímica são superiores a US$ 10 bilhões;
– Deste total, os investimentos da Petrobras previstos para o
previsto de 2007 a 2011 correspondem a US$ 3,3 bilhões.
Fonte: ABIQUIM e Petrobras
11
12. Indicadores da Indústria Química: Potencial de Crescimento
PP consumo per capita (kg/hab. ano) PE consumo per capita (kg/hab. ano)
22,0 37,0
20,4 31,0
5,2 6,0 9,8 10,0
Brasil China Europa EUA Brasil China Europa EUA
Crescimento Demanda Brasil x PIB (1995-2005 (% pa)
Elasticidade = 3,3x 7,3%
Elasticidade = 1,9x 4,1%
2,2%
PIB PE PP
• Alta correlação entre PIB e consumo de PE e PP;
• Oportunidade de crescimento no setor junto à recuperação econômica.
* PE: polietileno e PP: polipropileno Fonte: Suzano Petroquímica e CMAI 12
13. Petroquímica no Brasil
Quatro pólos petroquímicos:
CAMAÇARI - BA
1.200.000 eteno
725.000 PE’s
RIO DE JANEIRO - RJ
520.000 eteno (2005)
540.000 PE’s (2005)
TRIUNFO - RS
1.135.000 eteno SÃO PAULO -
1.130.000 PE’s SP
em toneladas/ano
670.000 eteno
354.000 PE’s
• SP, BA e RS utilizam como insumo a nafta petroquímica:
• Parcela produzida pela Petrobras: cerca de 70%;
• Parcela importada diretamente pelas centrais: cerca de 30%;
• RJ utiliza etano e propano derivados do gás natural, extraídos pela Petrobras na
Bacia de Campos. 13
Fonte: BNDES e Rio Pol
14. Balanço Oferta x Demanda dos Petroquímicos Básicos
300
-200
-700
Mil t
-1200
-1700
-2200
2007 2010 2011 2012 2015 2020
Ano
Eteno Propeno Benzeno p-Xileno Butadieno
14
15. Balanço Oferta x Demanda dos Petroquímicos de Segunda Geração
600
400
200
0
-200
Mil t
-400
-600
-800
-1000
-1200
2007 2010 2011 2012 2015 2020
Ano
Polietilenos Polipropileno Estireno Etilenoglicol PTA PET
15
16. Situação atual do setor petroquímico brasileiro
• Matéria-prima não competitiva (nafta)
• Participação crescente de matéria-prima
importada
• Déficit comercial crescente
• Carência de alternativas para expansão
• Alto endividamento de alguns players
• Capacidade limitada de reinvestimento
Dificuldades para expansões significativas de capacidade
dos pólos existentes. Necessidade de buscar soluções
alternativas para o crescimento da petroquímica brasileira
16
17. Estratégia
O objetivo da Petrobras na
Petroquímica, além de maximizar o
valor agregado dos investimentos
atuais, é induzir novos
investimentos para aumento da
disponibilidade de matérias-primas
utilizadas na indústria petroquímica
17
18. Oportunidades
• Alto potencial de crescimento doméstico;
• Reservas de petróleo e gás no Sudeste (Bacias de
Santos, Campos e Espírito Santo);
• Empresas globais voltadas para o Extremo Oriente e
a Ásia;
• Substituição de importações.
18
19. Premissas
• Coexistência entre os investimentos da Petrobras e os
participantes locais;
• Crescimento visando o mercado doméstico;
• Petrobras com gerenciamento efetivo;
• Avaliação do uso de matérias primas para petroquímicos
e estudo de viabilidade de matérias primas alternativas;
• Venda de participações da PETROQUISA em empresas
fora do escopo estratégico;
• Foco em novos projetos;
• Integração com refino.
19
20. Portfolio Petroquisa
AL
BA
Craqueamentos Capital Votante (%)
BRASKEM S.A. (BA) 10,02
COPESUL - Cia. Petroquímica do Sul (RS) 15,63 SP RJ
PETROQUÍMICA UNIÃO S.A. (SP) 17,48
RS
Unidades de Downstream Capital Votante (%)
METANOR S.A. - Metanol do Nordeste (BA) 49,53
PETROQUÍMICA TRIUNFO S.A. (RS) 70,45
DETEN QUÍMICA S.A. (BA) 28,56
FCC - FÁBRICA CARIOCA DE CATALISADORES S.A. (RJ) 50,00
PETROCOQUE S.A. Ind e Com. (SP) 35,00
20
21. Plano de Investimentos
Investimentos de US$ 23,1 bilhões na área de Abastecimento, sendo
US$ 3,2 bilhões em Petroquímica
13%
US$ 3,0 12%
Principais Projetos
2,
8 Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
US$ Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III
US$ 3,2 14% Complexo Acrílico/SAP
PTA Pernambuco
US$ 14,2 Fafen BA
61%
Refino Transporte D&T
Transporte Marítimo Petroquímica
21
22. O complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
Unidade de Combustíveis
Marlim Produção de
Central de
150.000 bbl/d Petroquímicos Escoamento de
Petroquímicos
Básicos - Itaboraí básicos Produtos Líquidos
de São Gonçalo
P-Xileno
Eteno Centro de Inteligência
Benzene Propeno
Estireno Etileno Glicol •Indústria de
PTA
Fenol madeira
•Produtos descartáveis
•Fluido de •Fibras (nylon)
•Material escolar (régua, refrigeração
Polietilenos PET Polipropileno
esquadro)
•Matéria-prima
•Linha branca (geladeira, para poliéster •Filme para embalagens
freezer) • Fibras (Poliéster)
•Embalagens de •Tampa de garrafa de
•Lanterna de automóveis alimentos • Garrafas PET refrigerantes
(refrigerantes, água)
•Copo de liquidificador •Tanque de gasolina •Potes de alimentos
(margarina, iogurte)
•Embalagens de
cosméticos
•Sacolas plásticas
A instalação do complexo requer uma área de 20 milhões de metros quadrados em terrenos planos,
regulares e contíguos 22
23. COMPERJ - Localização
Faixa de dutos
Cabiunas - REDUC
Polibrasil RioPol
APA de Guapimirim COMPLEXO
REDUC PETROQUÍMICO
Ilhas d´Água e
CENPES Redonda CENTRAL DE
ESCOAMENTO DE SÃO
GONÇALO
CENTRO DE INTELIGÊNCIA
DO COMPLEXO
PETROQUÍMICO
23
24. Produção do COMPERJ
Produção (kta) Produção (kta)
Produto Produto
1ª Geração 2ª Geração
Diesel 535
Polipropileno 850
Nafta 284
Coque 700 Polietilenos 800
Eteno 1.300
Estireno 500
Propeno 881
Benzeno 608 Etilenoglicol 600
Butadieno 157
PTA 500
p-Xileno 700
Enxofre 45 PET 600
24
25. COMPERJ - Aspectos Estratégicos do Empreendimento
Agregação de Valor
à Cadeia Produtiva
Disponibilidade
de Uso do Petróleo
Infra-estrutura de Marlim
Sinergias com Complexo
Indústrias da Região COMPERJ Integrado
Geração de Próximo ao mercado
Empregos e matérias primas
Melhora da Balança
Comercial
• Empregos (diretos + indiretos + efeito-renda):
•212 mil durante o período de construção da UPB;
• Investimento em torno de US$ 8,3 bilhões, sendo:
•US$ 5,2 bilhões na UPB - Unidade de Petroquímicos Básicos
• US$ 3,1 bilhões na 2ª Geração. 25
26. Projetos:Complexo Acrílico / SAP
• Empreendimento pioneiro na América Latina;
• Local: Minas Gerais;
• Substituição de importações e fornecimento de ácido acrílico e seus derivados para o
mercado nacional;
• Produção de 160 mil toneladas/ano de ácido acrílico bruto.
Metil acrilato
Acrilato emetila
d
Ácido Acrilato eetila
d
Etil acrilato Tintas,
Propileno
Propeno Resinas
Resinas Ceras, Papel,
Acrílico Bruto
bruto Adesivos
Acrilato ebutila
d
Butil acrilato
Acrilato e 2 -
d -etil
2EH Acrilato
Ácido Artigos de
Produtos
SAP
SAP Higiene
glacial
Acrílico Glacial de higiene
26
27. Projetos: Suape, CITEPE e PPSA
• Petroquímica Suape
– Localização: Complexo Industrial de Suape – PE
– Capacidade: 550 kta
– Clientes:
• Pólo têxtil de Pernambuco (Citepe)
• Futuro produtor de PET Resina em Pernambuco
– Joint Venture: 50% Citene – 50% Petroquisa
• Companhia Têxtil de Pernambuco - CITEPE
– Produto: POY
– Capacidade: 185 kta
– Localização: Complexo Industrial de Suape – PE
– Joint Venture: 60% Citene – 40% Petroquisa
• PPSA
– Local: São Paulo
– Capacidade: 300 kta de Polipropileno
– Matéria-prima: propeno grau polímero (REPLAN + REVAP)
– Joint Venture: 60% Braskem – 40% PETROQUISA 27
28. Conclusão
• Mercado de petroquímico nacional cresce acima do PIB;
• Empresa se encontra preparada para disponibilizar
matéria prima para atender ao crescimento da demanda;
• Entrada na produção de petroquímicos de segunda
geração, em parceria com os players nacionais ou
internacionais;
• Alternativa do uso de petróleo Marlim como matéria-prima
abre grande perspectiva;
A Petrobras teve uma atuação decisiva para a implantação e
consolidação da petroquímica nacional e pretende continuar atuando
de forma relevante neste setor importante da economia brasileira.
28