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Capítulo 15
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                   sem Fonte




1. Imprensa: origem e crise


É necessária uma breve retrospectiva histórica para entender a
organização do mercado de mídia no Brasil.


As condições verificadas em fins do século XIX (quando ocorreu a
passagem da imprensa artesanal à imprensa industrial, ou seja, a
constituição da chamada “grande imprensa”) estão presentes na
realidade desse segmento até o século XXI e marcam suas relações
sociais.


O capital originado na agricultura, cana-de-açúcar principalmente,
buscava outras paragens com o enfraquecimento dessas atividades e
com o fim do trabalho escravo.
Capítulo 15
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No Império, uma certa imprensa independente sobrevivera à custa de
anúncios publicitários, embora ainda com características artesanais e
abrangência limitada.


A “grande imprensa” surge, como sobrevivente de depredações e
empastelamentos de jornais opositores à República. Ela surge a
reboque do novo poder e destinada a lhe dar apoio.


Como diz Sodré, a história da imprensa no Brasil é uma história de
crise – entendendo como crise o momento em que as formas antigas
já não satisfazem, ou não correspondem ao novo conteúdo, e vão
sendo quebradas sem que se tenham definido ainda plenamente as
novas formas.
Capítulo 15
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O advento da internet e da fibra ótica jogou a ousada e antes
visionária tese da “aldeia global” de McLuhan para o campo da
timidez. O mundo surpreendeu a futurologia da ficção científica.


Essa revolução ocorre a partir da segunda metade da década de 1990
com o surgimento de um sistema de comunicação eletrônica formado
da fusão da mídia de massa personalizada com a comunicação
mediada por computadores.


No Brasil, essa revolução tecnológica chega no momento de sucessão
daqueles que iniciaram o processo empresarial na primeira metade do
século XX com apoio da subvenção estatal.
Capítulo 15
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Em 2004, no seminário “Imprensa e Sociedade, o diálogo necessário”,
promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo
(Abraji), representantes do mercado publicitário foram testemunhas
do impacto do crescimento do capital estrangeiro na economia em
função das privatizações da década de 1990.


E também do fenômeno da globalização no setor de mídia brasileiro,
em particular, na “grande imprensa”.


Se, pelo lado político, com a redemocratização e a liberdade de
expressão, ampliou-se consideravelmente o mercado consumidor de
informação, pelo lado econômico a crise impôs restrições
orçamentárias para o consumo de bens como jornais e revistas,
principalmente.
Capítulo 15
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2. A Privatização do Sistema de Telecomunicações e a Nova
Crise


Apesar de os discursos oficiais, nos anos 1990, desenharem uma
geopolítica na qual o Brasil passava a integrar o Primeiro Mundo, a
realidade insistia em revelar a persistência de um relacionamento
entre a “grande imprensa” e a política ainda segundo os parâmetros
estabelecidos no início da República.


As empresas jornalísticas, estrategicamente, entraram no processo de
privatização, que, no setor de telecomunicações, a partir de 1998,
envolveu recursos da ordem de US$ 29 bilhões com transferência de
US$ 2,1 bilhões, totalizando, assim, US$ 31,1 bilhões.
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A Folha de S.Paulo criou o Universo On-Line (UOL), em parceria com a
Editora Abril e com a Portugal Telecom. O Estado de S. Paulo investiu
na BCP, de telefonia celular, assim como a RBS se associou à
Telefónica da Espanha.


Na década seguinte, com a desvalorização do real e a queda da
Nasdaq, a Bolsa de tecnologia, as empresas de comunicação
brasileiras amargaram uma das piores crises de todos os tempos,
ampliando seu montante de endividamento a patamares impossíveis
de serem honrados.


A Editora Abril (incluídos os investimentos em TV por assinatura)
apresentou no balanço de 2002 um dívida de R$ 926 milhões.
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3. Mudanças Institucionais


Ao contrário da expectativa do mercado, a falência dos novos projetos
fez do setor ainda mais dependente das verbas oficiais.


Depois da crise de 2001/2002 e diante da manutenção desse cenário
histórico no mercado publicitário, as demandas do setor de mídia em
relação ao governo passaram a ser maiores.


A Lei n. 10.610, sancionada em 20 de dezembro de 2002, liberou a
entrada de 30% de capital estrangeiro na composição acionária das
empresas de comunicação, no caso de emissoras de TVs abertas,
rádios e jornais, e de 49% no caso das TVs a cabo.
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A mudança da legislação foi cercada, evidentemente, de grande
polêmica.

No entanto, diante da gravidade da crise financeira do setor, a
mudança na legislação, cinco anos depois de entrar em vigor,
demonstrou-se pouco eficiente para atrair investidores – e mesmo
“oportunistas” – e equacionar um problema emergencial da mídia.


4. Consequências da Financeirização

Sem nenhuma das duas saídas para a crise, BNDES e capital
estrangeiro, as empresas de comunicação conseguiram solucionar
parcialmente o endividamento aproveitando-se da queda do dólar
observada no período imediatamente posterior, mas isso não impediria
o fato de o ambiente de negócios no setor ganhar um novo desenho
no início do século XXI.
Capítulo 15
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O único modo de fazer frente à força de tal capital, que passou a
atuar do outro lado, como concorrente, foi reduzir custos com a mão
de obra.


Antes de expor as consequências dessa alteração de relacionamento
trabalhista para o exercício do jornalismo, cabe destacar o conceito do
capital financeiro ou, seguindo a categoria marxista, capital portador
de juros.


A entrada desse “capital apressado”, seja nas empresas de internet,
nas empresas jornalísticas tradicionais ou em pequenas editoras,
exigiu do exercício do jornalismo uma urgência incompatível com a
maturidade ou o prazo de reflexão, investigação e apuração inerentes
à característica artesanal do trabalho intelectual, no qual está inserido
o jornalismo.
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Outra consequência para o exercício da liberdade de imprensa e sua
qualidade na prestação de seu serviço básico (revelar, vigiar, informar)
é o êxodo de profissionais para as áreas de negócios, empresas
próprias e, principalmente, para o mercado de revistas customizadas
(empresariais).


Os baixos salários ou a precarização empurraram os jornalistas a
atividades outras – no caso dos profissionais de televisão, a
apresentação de eventos ou participação em vídeos institucionais
feitos por produtoras independentes, cujos principais clientes são os
bancos.


Na internet, onde o capital financeiro desembarcou em maior volume,
o saber do jornalista já é até substituído por um robô.
Capítulo 15
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Considerações Finais

As tecnologias do século XXI abriram uma nova fase para a imprensa.

Depois de assistir à falência de suas empreitadas para dominar esta
nova era digital, a “grande imprensa” permanece em sua situação
histórica.

Se não em “penúria”, como se verificou no início dos anos 2000, em
desvantagem diante do capital financeiro, porque passou a oferecer,
como demanda esse capital, “mais do que pode dar”.

A “grande imprensa” ou a empresa jornalística, passou a ser
administrada por CEOs selecionados por headhunters. Tais
profissionais  assumiram,     em   quase     todo    o mercado, a
responsabilidade pela gestão – sobretudo financeira.
Capítulo 15
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Depois de mais de 15 anos de treinamento nas redações, os
profissionais, excluídos do meio jornalístico, que passou a absorver
menos mão de obra, são disponibilizados para as empresas não
jornalísticas, como as do setor financeiro.


Esses profissionais passam a oferecer, a quem resistiu nas redações,
informação sob a ótica da empresa, informação que é publicada diante
da precariedade da empresa jornalística.


Segundo Stiglitz (2000), a imprensa está diante de configurar-se
como o único meio de informação do mercado, mas, acredita-se ser
consenso, constitui peça importante para garantir o equilíbrio.

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Aula 32 o capital com pressa e o jornalista sem fonte (economia brasileira)

  • 1. O Brasil sob a Nova Ordem A economia brasileira contemporânea – Uma análise dos governos Collor a Lula Rosa Maria Marques e Mariana Ribeiro Jansen Ferreira Organizadoras 1ª Edição | 2010 |
  • 2. Capítulo 15 O Capital com “Pressa” e o Jornalista sem Fonte Jorge Felix
  • 3. Capítulo 15 O Capital com “Pressa” e o Jornalista sem Fonte 1. Imprensa: origem e crise É necessária uma breve retrospectiva histórica para entender a organização do mercado de mídia no Brasil. As condições verificadas em fins do século XIX (quando ocorreu a passagem da imprensa artesanal à imprensa industrial, ou seja, a constituição da chamada “grande imprensa”) estão presentes na realidade desse segmento até o século XXI e marcam suas relações sociais. O capital originado na agricultura, cana-de-açúcar principalmente, buscava outras paragens com o enfraquecimento dessas atividades e com o fim do trabalho escravo.
  • 4. Capítulo 15 O Capital com “Pressa” e o Jornalista sem Fonte No Império, uma certa imprensa independente sobrevivera à custa de anúncios publicitários, embora ainda com características artesanais e abrangência limitada. A “grande imprensa” surge, como sobrevivente de depredações e empastelamentos de jornais opositores à República. Ela surge a reboque do novo poder e destinada a lhe dar apoio. Como diz Sodré, a história da imprensa no Brasil é uma história de crise – entendendo como crise o momento em que as formas antigas já não satisfazem, ou não correspondem ao novo conteúdo, e vão sendo quebradas sem que se tenham definido ainda plenamente as novas formas.
  • 5. Capítulo 15 O Capital com “Pressa” e o Jornalista sem Fonte O advento da internet e da fibra ótica jogou a ousada e antes visionária tese da “aldeia global” de McLuhan para o campo da timidez. O mundo surpreendeu a futurologia da ficção científica. Essa revolução ocorre a partir da segunda metade da década de 1990 com o surgimento de um sistema de comunicação eletrônica formado da fusão da mídia de massa personalizada com a comunicação mediada por computadores. No Brasil, essa revolução tecnológica chega no momento de sucessão daqueles que iniciaram o processo empresarial na primeira metade do século XX com apoio da subvenção estatal.
  • 6. Capítulo 15 O Capital com “Pressa” e o Jornalista sem Fonte Em 2004, no seminário “Imprensa e Sociedade, o diálogo necessário”, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), representantes do mercado publicitário foram testemunhas do impacto do crescimento do capital estrangeiro na economia em função das privatizações da década de 1990. E também do fenômeno da globalização no setor de mídia brasileiro, em particular, na “grande imprensa”. Se, pelo lado político, com a redemocratização e a liberdade de expressão, ampliou-se consideravelmente o mercado consumidor de informação, pelo lado econômico a crise impôs restrições orçamentárias para o consumo de bens como jornais e revistas, principalmente.
  • 7. Capítulo 15 O Capital com “Pressa” e o Jornalista sem Fonte 2. A Privatização do Sistema de Telecomunicações e a Nova Crise Apesar de os discursos oficiais, nos anos 1990, desenharem uma geopolítica na qual o Brasil passava a integrar o Primeiro Mundo, a realidade insistia em revelar a persistência de um relacionamento entre a “grande imprensa” e a política ainda segundo os parâmetros estabelecidos no início da República. As empresas jornalísticas, estrategicamente, entraram no processo de privatização, que, no setor de telecomunicações, a partir de 1998, envolveu recursos da ordem de US$ 29 bilhões com transferência de US$ 2,1 bilhões, totalizando, assim, US$ 31,1 bilhões.
  • 8. Capítulo 15 O Capital com “Pressa” e o Jornalista sem Fonte A Folha de S.Paulo criou o Universo On-Line (UOL), em parceria com a Editora Abril e com a Portugal Telecom. O Estado de S. Paulo investiu na BCP, de telefonia celular, assim como a RBS se associou à Telefónica da Espanha. Na década seguinte, com a desvalorização do real e a queda da Nasdaq, a Bolsa de tecnologia, as empresas de comunicação brasileiras amargaram uma das piores crises de todos os tempos, ampliando seu montante de endividamento a patamares impossíveis de serem honrados. A Editora Abril (incluídos os investimentos em TV por assinatura) apresentou no balanço de 2002 um dívida de R$ 926 milhões.
  • 9. Capítulo 15 O Capital com “Pressa” e o Jornalista sem Fonte 3. Mudanças Institucionais Ao contrário da expectativa do mercado, a falência dos novos projetos fez do setor ainda mais dependente das verbas oficiais. Depois da crise de 2001/2002 e diante da manutenção desse cenário histórico no mercado publicitário, as demandas do setor de mídia em relação ao governo passaram a ser maiores. A Lei n. 10.610, sancionada em 20 de dezembro de 2002, liberou a entrada de 30% de capital estrangeiro na composição acionária das empresas de comunicação, no caso de emissoras de TVs abertas, rádios e jornais, e de 49% no caso das TVs a cabo.
  • 10. Capítulo 15 O Capital com “Pressa” e o Jornalista sem Fonte A mudança da legislação foi cercada, evidentemente, de grande polêmica. No entanto, diante da gravidade da crise financeira do setor, a mudança na legislação, cinco anos depois de entrar em vigor, demonstrou-se pouco eficiente para atrair investidores – e mesmo “oportunistas” – e equacionar um problema emergencial da mídia. 4. Consequências da Financeirização Sem nenhuma das duas saídas para a crise, BNDES e capital estrangeiro, as empresas de comunicação conseguiram solucionar parcialmente o endividamento aproveitando-se da queda do dólar observada no período imediatamente posterior, mas isso não impediria o fato de o ambiente de negócios no setor ganhar um novo desenho no início do século XXI.
  • 11. Capítulo 15 O Capital com “Pressa” e o Jornalista sem Fonte O único modo de fazer frente à força de tal capital, que passou a atuar do outro lado, como concorrente, foi reduzir custos com a mão de obra. Antes de expor as consequências dessa alteração de relacionamento trabalhista para o exercício do jornalismo, cabe destacar o conceito do capital financeiro ou, seguindo a categoria marxista, capital portador de juros. A entrada desse “capital apressado”, seja nas empresas de internet, nas empresas jornalísticas tradicionais ou em pequenas editoras, exigiu do exercício do jornalismo uma urgência incompatível com a maturidade ou o prazo de reflexão, investigação e apuração inerentes à característica artesanal do trabalho intelectual, no qual está inserido o jornalismo.
  • 12. Capítulo 15 O Capital com “Pressa” e o Jornalista sem Fonte Outra consequência para o exercício da liberdade de imprensa e sua qualidade na prestação de seu serviço básico (revelar, vigiar, informar) é o êxodo de profissionais para as áreas de negócios, empresas próprias e, principalmente, para o mercado de revistas customizadas (empresariais). Os baixos salários ou a precarização empurraram os jornalistas a atividades outras – no caso dos profissionais de televisão, a apresentação de eventos ou participação em vídeos institucionais feitos por produtoras independentes, cujos principais clientes são os bancos. Na internet, onde o capital financeiro desembarcou em maior volume, o saber do jornalista já é até substituído por um robô.
  • 13. Capítulo 15 O Capital com “Pressa” e o Jornalista sem Fonte Considerações Finais As tecnologias do século XXI abriram uma nova fase para a imprensa. Depois de assistir à falência de suas empreitadas para dominar esta nova era digital, a “grande imprensa” permanece em sua situação histórica. Se não em “penúria”, como se verificou no início dos anos 2000, em desvantagem diante do capital financeiro, porque passou a oferecer, como demanda esse capital, “mais do que pode dar”. A “grande imprensa” ou a empresa jornalística, passou a ser administrada por CEOs selecionados por headhunters. Tais profissionais assumiram, em quase todo o mercado, a responsabilidade pela gestão – sobretudo financeira.
  • 14. Capítulo 15 O Capital com “Pressa” e o Jornalista sem Fonte Depois de mais de 15 anos de treinamento nas redações, os profissionais, excluídos do meio jornalístico, que passou a absorver menos mão de obra, são disponibilizados para as empresas não jornalísticas, como as do setor financeiro. Esses profissionais passam a oferecer, a quem resistiu nas redações, informação sob a ótica da empresa, informação que é publicada diante da precariedade da empresa jornalística. Segundo Stiglitz (2000), a imprensa está diante de configurar-se como o único meio de informação do mercado, mas, acredita-se ser consenso, constitui peça importante para garantir o equilíbrio.