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PET- HISTÓRIA DA ÁFRICA
   COMUNIDADES NEGRAS/REGIÃO DE ABRANGÊNCIA DA UNIPAMPA




Orientador: Adelmir Fiabani
Acadêmicos: Márcio Costa Corrêa, Otávio Botelho Rosa, Rodrigo da Costa
Segovia, Tiago José Santana jr, Juliete Flores, Karol Bertoletti.
INTRODUÇÃO

   O Grupo PET-História da África teve inicio em
    dezembro de 2010, tendo como finalidade desenvolver o
    ensino, pesquisa e extensão. Uma das atividades é
    desenvolver pesquisas nas Comunidades Negras
    Rurais da metade-sul do Rio Grande do Sul;

   Projeto este que visa analisar a formação,
    organização e principais aspectos sociais e
    culturais de 11 comunidades desta região;
COMUNIDADES NEGRAS QUILOMBOLAS
 Comunidade Negra Bolsa do Candiota (Pedras Altas)
 Comunidade Negra Quilombo Cachoeirinha (Piratini)
 Comunidade Negra Quilombo Candiota ( Candiota)
 Comunidade Negra Quilombo Faxina ( Piratini)
 Comunidade Negra Quilombo Lichiguana ( Cerrito)
 Comunidade Negra Quilombo Madeira (Jaguarão)
 Comunidade Negra Quilombo Rincão do Couro ( Piratini)
 Comunidade Negra Rincão do Quilombo (Piratini)
 Comunidade Negra Quilombo São Manoel ( Piratini)
 Comunidade Negra Quilombo Solidão (Pedras Altas)
 Comunidade Negra Quilombo Várzea dos Baianos ( Pedras Altas)
Trabalho pet história da áfrica
METODOLOGIA


 Foram visitadas 11 comunidades negras situadas na fronteira sul do

    Rio Grande do Sul, onde realizamos entrevistas com os moradores,
    aplicamos questionários e fotografamos o local onde vivem;
   Foram entrevistados os moradores de mais idade, os líderes, mães e
    integrantes das comunidades. As entrevistas e os questionários
    objetivam obter informações sobre a história da comunidade, seus
    saberes, atrações turísticas, práticas medicinais, culturais e quais
    dificuldades e reivindicações;
RESULTADOS

   As comunidades negras pertencentes à fronteira-sul do Rio Grande
    do Sul são pequenas. A menor comunidade é composta de cinco
    famílias e a maior possui 60 unidades familiares;

   Todas estão localizadas no interior dos municípios, em regiões de
    difícil acesso. Não apresentam problemas fundiários graves, como
    conflitos pela posse da terra, mas algumas comunidades tiveram a
    área inicial reduzida;

   As propriedades são pequenas e insuficientes para o sustento de
    todos os membros da família, obrigando alguns integrantes,
    sobretudo os jovens, saírem da comunidade em busca de emprego;
   A renda das comunidades é mínima, as famílias produzem para o consumo e
    vendem o excedente nas cidades;

   Os moradores reclamam dos atravessadores que se dirigem à comunidade e
    exploram os produtores oferecendo valores muito abaixo do que é pago pelos
    comerciantes ou cooperativas;

   A precariedade das estradas e a localização da comunidade em regiões de difícil
    acesso impedem o escoamento da produção a baixo custo. A presença do Estado é
    praticamente inexistente. Não encontramos nenhuma comunidade que se beneficie
    de programas federais como o Programa Brasil Quilombola;
   Os moradores da comunidade se identificam como remanescentes de quilombo ou
    quilombolas. Afirmam que alguma coisa mudou após o reconhecimento oficial. No
    entanto, esperam muito mais do Estado;

   As comunidades guardam saberes, histórias e cultura própria. No entanto
    reclamam que muitos pesquisadores se dirigem às comunidades e não retornam
    mais;
CONCLUSÃO

   As comunidades negras da fronteira sul apresentam problemas de
    desenvolvimento e inclusão social. A presença do Estado é tímida embora
    não se registram conflitos fundiários, a área atual das comunidades está
    bastante reduzida em relação à área inicial.;

   Faz-se necessário registrar os saberes, a história e manifestações culturais
    das comunidades porque elas tendem a desaparecer gradativamente, as
    famílias dirigem-se aos centros maiores em busca de empregos, assistência
    médica, educação;

   Com o trabalho do grupo PET-História da África buscamos dar visibilidade a
    essas comunidades, fazendo com que eles recuperem o reconhecimento do
    passado histórico e descentralizamos o conhecimento acadêmico;
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
   ABA. Documento do Grupo de Trabalho sobre Comunidades Negras Rurais. RJ, 1994.
    In: SILVA, Dimas Salustiano da. Constituição e Diferença Étnica. In: O’DWYER, Eliane
    Cantarino. [Org.]. Terra de Quilombos. Rio de Janeiro: ABA/UFRJ, 1995.
   ABA. Documento do Grupo de Trabalho sobre Comunidades Negras Rurais. In: Boletim
    Informativo NUER/ Núcleo de Estudos sobre Identidade e Relações Interétnicas/
    Fundação Cultural Palmares – v. 1, n. 1. 2. ed. Florianópolis: UFSC, 1997
. BRASIL. SEPPIR. Programa Brasil Quilombola.
   Maestri, Mário, 1948 - O escravo no Rio Grande do Sul: trabalho, resistência e sociedade/
    Mario Maestri. - 3. ed. rev. atual. - Porto Alegre : Editora da UFRGS, 2006.
   MAESTRI, Mário. A servidão negra. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988
   MOURA, Clóvis. Quilombos: resistência ao escravismo. 3 ed. São Paulo: Ática, 1993.
   Pereira,Amauri Mendes; Silva , Joselina da. Movimento Negro Brasileiro : escritos sobre
    os sentidos de democracia e justiça social no Brasil. Belo Horizonte: Nandyala, 2009.
    240 p.

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  • 1. PET- HISTÓRIA DA ÁFRICA COMUNIDADES NEGRAS/REGIÃO DE ABRANGÊNCIA DA UNIPAMPA Orientador: Adelmir Fiabani Acadêmicos: Márcio Costa Corrêa, Otávio Botelho Rosa, Rodrigo da Costa Segovia, Tiago José Santana jr, Juliete Flores, Karol Bertoletti.
  • 2. INTRODUÇÃO  O Grupo PET-História da África teve inicio em dezembro de 2010, tendo como finalidade desenvolver o ensino, pesquisa e extensão. Uma das atividades é desenvolver pesquisas nas Comunidades Negras Rurais da metade-sul do Rio Grande do Sul;  Projeto este que visa analisar a formação, organização e principais aspectos sociais e culturais de 11 comunidades desta região;
  • 3. COMUNIDADES NEGRAS QUILOMBOLAS  Comunidade Negra Bolsa do Candiota (Pedras Altas)  Comunidade Negra Quilombo Cachoeirinha (Piratini)  Comunidade Negra Quilombo Candiota ( Candiota)  Comunidade Negra Quilombo Faxina ( Piratini)  Comunidade Negra Quilombo Lichiguana ( Cerrito)  Comunidade Negra Quilombo Madeira (Jaguarão)  Comunidade Negra Quilombo Rincão do Couro ( Piratini)  Comunidade Negra Rincão do Quilombo (Piratini)  Comunidade Negra Quilombo São Manoel ( Piratini)  Comunidade Negra Quilombo Solidão (Pedras Altas)  Comunidade Negra Quilombo Várzea dos Baianos ( Pedras Altas)
  • 5. METODOLOGIA  Foram visitadas 11 comunidades negras situadas na fronteira sul do Rio Grande do Sul, onde realizamos entrevistas com os moradores, aplicamos questionários e fotografamos o local onde vivem;  Foram entrevistados os moradores de mais idade, os líderes, mães e integrantes das comunidades. As entrevistas e os questionários objetivam obter informações sobre a história da comunidade, seus saberes, atrações turísticas, práticas medicinais, culturais e quais dificuldades e reivindicações;
  • 6. RESULTADOS  As comunidades negras pertencentes à fronteira-sul do Rio Grande do Sul são pequenas. A menor comunidade é composta de cinco famílias e a maior possui 60 unidades familiares;  Todas estão localizadas no interior dos municípios, em regiões de difícil acesso. Não apresentam problemas fundiários graves, como conflitos pela posse da terra, mas algumas comunidades tiveram a área inicial reduzida;  As propriedades são pequenas e insuficientes para o sustento de todos os membros da família, obrigando alguns integrantes, sobretudo os jovens, saírem da comunidade em busca de emprego;
  • 7. A renda das comunidades é mínima, as famílias produzem para o consumo e vendem o excedente nas cidades;  Os moradores reclamam dos atravessadores que se dirigem à comunidade e exploram os produtores oferecendo valores muito abaixo do que é pago pelos comerciantes ou cooperativas;  A precariedade das estradas e a localização da comunidade em regiões de difícil acesso impedem o escoamento da produção a baixo custo. A presença do Estado é praticamente inexistente. Não encontramos nenhuma comunidade que se beneficie de programas federais como o Programa Brasil Quilombola;  Os moradores da comunidade se identificam como remanescentes de quilombo ou quilombolas. Afirmam que alguma coisa mudou após o reconhecimento oficial. No entanto, esperam muito mais do Estado;  As comunidades guardam saberes, histórias e cultura própria. No entanto reclamam que muitos pesquisadores se dirigem às comunidades e não retornam mais;
  • 8. CONCLUSÃO  As comunidades negras da fronteira sul apresentam problemas de desenvolvimento e inclusão social. A presença do Estado é tímida embora não se registram conflitos fundiários, a área atual das comunidades está bastante reduzida em relação à área inicial.;  Faz-se necessário registrar os saberes, a história e manifestações culturais das comunidades porque elas tendem a desaparecer gradativamente, as famílias dirigem-se aos centros maiores em busca de empregos, assistência médica, educação;  Com o trabalho do grupo PET-História da África buscamos dar visibilidade a essas comunidades, fazendo com que eles recuperem o reconhecimento do passado histórico e descentralizamos o conhecimento acadêmico;
  • 9. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA  ABA. Documento do Grupo de Trabalho sobre Comunidades Negras Rurais. RJ, 1994. In: SILVA, Dimas Salustiano da. Constituição e Diferença Étnica. In: O’DWYER, Eliane Cantarino. [Org.]. Terra de Quilombos. Rio de Janeiro: ABA/UFRJ, 1995.  ABA. Documento do Grupo de Trabalho sobre Comunidades Negras Rurais. In: Boletim Informativo NUER/ Núcleo de Estudos sobre Identidade e Relações Interétnicas/ Fundação Cultural Palmares – v. 1, n. 1. 2. ed. Florianópolis: UFSC, 1997 . BRASIL. SEPPIR. Programa Brasil Quilombola.  Maestri, Mário, 1948 - O escravo no Rio Grande do Sul: trabalho, resistência e sociedade/ Mario Maestri. - 3. ed. rev. atual. - Porto Alegre : Editora da UFRGS, 2006.  MAESTRI, Mário. A servidão negra. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988  MOURA, Clóvis. Quilombos: resistência ao escravismo. 3 ed. São Paulo: Ática, 1993.  Pereira,Amauri Mendes; Silva , Joselina da. Movimento Negro Brasileiro : escritos sobre os sentidos de democracia e justiça social no Brasil. Belo Horizonte: Nandyala, 2009. 240 p.