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O Mourinho
         Era uma vez um rapazito chamado Mourinho. Ele vivia numa aldeia, no
Norte.
         Essa aldeia onde vivia estava a ficar sem condições para morar, por isso
ele foi “obrigado” a mudar-se com os pais e o cão para uma freguesia chamada
Rio de Mouro.
         No primeiro dia, ele estava muito triste porque tinha deixado os amigos,
a sua casa de sempre e muitas outras coisas mais que ele adorava. Os pais
tentavam animá-lo, mas não era uma tarefa fácil. Embora não o
demonstrassem, também eles estavam tristes pelas mesmas razões do seu
filho.
         Passaram alguns dias tristes, mas o Mourinho achava que esses dias
iam acabar, pois ia para uma escola nova no dia seguinte. Ia ter uma nova
escola, novos professores, novos amigos, material escolar novo, etc.
         Os pais foram pô-lo à escola e, de seguida, foram a uma entrevista de
trabalho.
         O Mourinho chegou atrasado à sua primeira aula, pois não sabia onde
era a sala.
         Quando finalmente encontrou uma funcionária, ele perguntou onde é
que o 5º5ª estava a ter aulas.
         A funcionária disse-lhe que estavam a ter aulas na sala vinte.
         Quando já finalmente sabia a sala, o Mourinho, foi logo a correr.
         Entretanto chegou à sala e estava um pouco tímido, porque era o seu
primeiro dia de aulas.
         A sorte do Mourinho foi mesmo ser o seu primeiro dia, porque a
professora dele desculpou o atraso e disse-lhe que isto tinha de mudar. O
Mouro ainda muito tímido, disse que nunca mais voltaria a chegar atrasado.
         Quando essa aula acabou, ele foi para o recreio mais o resto da turma.
         Mas, nesse intervalo, a única coisa que fez foi comer, porque a fila do
bar era tão grande que ele passou o intervalo todo à espera de comer um
simples bolo de chocolate.
         Quando tocou para a segunda aula, ele já não chegou atrasado, porque
agora estava atento.
A segunda aula ia ser Língua Portuguesa. Aqui, ele já não estava tão
tímido como na aula anterior e nessa aula, o Mourinho já falava com os seus
colegas de turma. Essa aula demorou uma hora e meia. Ele estava já a dar em
louco, porque era muito tempo e uma grande seca. Ele teve de se habituar a
tanto tempo sentado numa cadeira.
       Quando finalmente tocou para sair, o Mourinho foi almoçar com os seus
colegas. Nesse dia a comida era peixe e ele não gostava, por isso foi quase o
último a sair do refeitório.
       Depois do almoço, ele já não tinha mais aulas e foi para casa.
       Às onze da noite, o Mourinho foi deitar-se.
       No dia seguinte, o Mourinho voltou a chegar atrasado à primeira aula.
       Bateu à porta e entrou na sala. Era a aula de História e Geografia de
Portugal. Estavam todos a ler um texto do livro. O Mourinho percebeu logo qual
era o tema: as conquistas de D. Afonso Henriques. A professora de História fez
sinal ao Mourinho para ele não fazer barulho e para se sentar. O Mourinho
sentou-se. Quando o texto acabou, a professora apresentou-se ao Mourinho.
A professora era muito simpática.
       No intervalo, o Mourinho tirou um iogurte da mochila e bebeu-o. O
Mourinho não queria voltar a perder o seu intervalo no bar sem fazer nada.
Como ficou com mais tempo para brincar, foi ter com os seus amigos. Eles
estavam a jogar à lagarta. O Mourinho, um pouco tímido, perguntou se também
podia jogar. Os colegas disseram que sim. Foi muito divertido. O Mouro ficou a
apanhar e como era muito rápido apanhou muita gente. A lagarta estava
enorme.
       Enquanto o Mouro estava e divertir-se, os pais foram a entrevistas de
emprego. O pai foi a Lisboa. Era uma entrevista para ser jornalista que era a
sua área. Quando lá chegou, fizeram-lhe muitas perguntas. Respondeu
delicadamente a todas.
       A mãe foi a uma entrevista para ser enfermeira numa clínica privada.
       O dia do Mourinho continuou muito bem. O almoço era esparguete à
bolonhesa, a sua comida preferida. Despachou-se logo.
       À tarde não tinha aulas, por isso, ficou a jogar com os colegas o resto da
tarde. Jogaram à apanhada, às escondidas, … ao fim da tarde, o Mourinho já
era amigo de toda a turma. A seguir, decidiram ir todos ao bar para descansar.
Estava uma fila enorme. Para o Mourinho o tempo passou depressa. Fartaram-
se de conversar. O amigo Miguel perguntou-lhe como é que era a vida na
aldeia. Mourinho disse-lhe que tinha um grande rebanho e que se divertia
dando nomes às ovelhas. Disse ainda que adorava deitar-se na relva, à noite, a
contar as estrelas e a pensar como seria a vida na grande cidade. Também
disse que adorava andar de burro e fingir que era um cowboy. Pediu um pão
com chouriço, gostava muito! Depois foram sentar-se e continuaram a
conversa. Os amigos estavam muito curiosos. O Mourinho disse que aquilo que
mais prazer lhe dava era descobrir ninhos de rola porque eram difíceis de
encontrar. Também disse que gostava muito dos jogos de futebol entre a sua
aldeia e a aldeia vizinha que eram muito rivais. O tempo passou a correr,
Mourinho viu as horas e já era tarde. Tinha de ir para casa. Despediu-se.
      Quando chegou a casa estava apenas o pai. Mourinho foi para o quarto
brincar com o seu cão. Atirava a bola e o cão ia atrás dela, correndo para trás e
para a frente, de forma descontrolada.
      A mãe chegou a casa com uma cara muito feliz.
      E tinha razões para isso...
      A mãe do Mourinho não tinha conseguido o trabalho na tal clínica
privada, mas conseguira numa que era mais longe, ainda por isso estava feliz,
valia a pena ter de subirmais duas ruas acima...
      No dia seguinte, Mourinho foi levado à escola pela mãe e esta partiu
para o seu novo posto de trabalho.
      Ao entrar na escola, Mourinho foi directamente ao ginásio, sítio onde iria
ter a sua próxima hora.
Mourinho gostava muito desta aula, porque não ficavam parados como nas
outras. Nesse dia, uma rapariga que ainda não tinha falado muito com ele
tropeçou, enquanto estavam a correr para aquecer. Mourinho que estava na
frente da fila, parou para ajudar a rapariga. Esta tinha longos cabelos cor de
mel, grandes olhos castanhos esverdeados, e usava um aparelho às cores.
Mourinho de imediato se encantou pela rapariga. Ele olhou durante muito
tempo para ela, até que reparou que esta já se curvara para se levantar. Ainda
assim, para não parecer mal, Mourinho ajudou-a a endireitar-se. A bonita
rapariga agradeceu, e assim continuaram os dois a correr no fim da fila.
Entretanto, no intervalo ele não a encontrou, queria conhece-la melhor mas
esta não se encontrava em lado nenhum! Visto isto, Mourinho decidiu ir
procurá-la nas salas mas, estas encontravam-se trancadas. De seguida,
decidiu ir ao bar, mas também não estava lá, procurou-a na biblioteca, nos
m o n t e s ,                              e                      n a d a !
Até que decidiu ir ver se ela se encontrava na casa de banho das raparigas que
ficava nos montes!
      Visto que teria de pedir uma chave à contínua e esta acharia estranho
como também não deixaria, aproveitou a "boleia" de uma rapariga que não se
apercebeu de que tinha companhia.
      A rapariga entrou numa casa de banho. Mourinho reparou que a outra
estava fechada, considerando que a casa de banho apenas tinha duas
portas…
      Mas, também não estava lá, então decidiu ir para a frente do pavilhão à
espera que tocasse para entrar para a aula. O Mourinho ia ter Educação Visual
e Tecnológica, uma das disciplinas que ele tinha jeito.
      No fim da aula, foi ter com a rapariga que queria conhecer melhor e
conversaram o intervalo inteiro, sobre as coisas preferidas deles como a sua
cómoda preferida, a cor preferida, o desporto preferido.
      Quando deram por eles já estava a tocar para entrarem para a aula. No
fim da aula juntaram-se todos para jogar às escondidas.
      A seguir, tiveram de ir para a aula de Matemática. Como a rapariga era
melhor a Matemática do que o Mourinho ele decidiu perguntar se esta não
quereria ficar ao pé dele para o ajudar nos exercícios da aula.
      Depois foi almoçar a casa, e como tinha aulas depois do almoço teve de
voltar para a escola, aproveitou o facto para ir mais cedo, para brincar com os
seus amigos. Iam ter Ciências da Natureza. Quando a professora chegou à
sala disse que iam fazer experiências. Todos ficaram super animados, porque
adoravam estas aulas.
      No fim da aula, foi para casa fazer os trabalhos de casa para o dia
seguinte. Depois foi jantar e contou aos pais como tinha sido o seu dia e que
tinha arranjado uma nova amiga, da qual gostava muito. Logo a seguir foi ver
televisão e às onze horas da noite foi deitar-se.
      No dia seguinte, sexta-feira, quem levou o Mourinho foi o pai. A primeira
aula que o Mourinho teve foi Inglês e ele não era lá muito bom nesta matéria,
pois se ele não gostava de verbos em português muito menos em Inglês. A
professora deu-lhes uma ficha sobre as cores para eles compreenderem
melhor.
       Quando tocou para saírem, o Mourinho e os colegas foram para o
intervalo.
       No intervalo, o Mourinho ensinou-lhes um jogo novo que se chamava
"macaquinho do chinês". E mal o Mourinho acabou de falar já estavam todos
preparados para jogarem.
       Quando tocou para entrarem, o Mourinho foi para ao pé da nova amiga
que se chamava Matilde. Eles iam ter Matemática e então ele sentou-se ao pé
dela. A professora pôs uns exercícios sobre polígonos e o Mourinho, que não
percebia nada desta matéria, perguntou à Matilde se ela compreendia. Como
esta tinha percebido bem explicou-lhe.
       Quando acabou a aula, ele e os colegas foram almoçar. O almoço foi
bacalhau à Brás e ele gostou muito. Á tarde o Mourinho ia ter aulas. Ia ter
Formação Cívica.
       Quando tocou, eles foram para a sala de aula. Nesta aula eles tiveram a
ler um livro que o Mourinho gostou muito. Passado uma hora e meia tocou e o
este foi para casa. Quando chegou foi para o quarto fazer os trabalhos de casa
com a mãe. Ele gostava de fazer os trabalhos de casa com a mãe porque esta
sabia explicar muito bem as matérias. Quando o pai chegou, o Mouro já tinha
acabado de tomar banho e agora ia-se vestir.
       A mãe dele estava a cozinhar. Quando o Mourinho estava a pôr a mesa
o pai tinha ido lavar as mãos. A mãe pôs a panela na mesa e começaram a
comer. O Mourinho quando acabou de comer foi ver televisão, pois ia começar
a dar o seu programa preferido. Ele gostava de ver televisão às sextas-feiras
porque podia ir para a cama mais tarde. Às onze horas da noite foi deitar-se.
       No dia seguinte, Sábado, o Mourinho levantou-se, vestiu-se e, de
seguida, comeu uns cereais que ele adorava. Esses cereais eram as
“Estrelitas”.
       Às dez horas o Mourinho e os pais foram dar uma volta e pararam num
sítio. Esse sítio era um ringue de patinagem de gelo! Mourinho nunca tinha
experimentado andar num ringue de gelo. Quando foi pedir um par de patins
pediu o número 40 pois era o número que calçava.
Ele, depois de cair algumas vezes, apanhou o jeito dos patins. Ele
desenrascava-se bastante bem para quem nunca tinha andado de patins.
       Perto das onze o Mourinho e os seus pais foram a um Centro Comercial
que se chamava Alegro onde fizeram as compras necessárias como pão, leite,
fruta, etc.
       Já passava da uma da tarde quando o Mouro e os pais foram almoçar
num restaurante chamado Rouxinol. No Rouxinol o Mourinho comeu duas
febras, um prato cheio de batatas fritas e uma Fanta, pois o Mourinho gostava
bastante de comer carne. Só depois da família do Mourinho ter a barriga já
cheia é que foi para casa.
       Em casa, o Mourinho fez os trabalhos para a escola. Depois de os ter
acabado decidiu ir perguntar a algum amigo para ver se ele se tinha esquecido
de apontar algum. No “MSN” só estava online a Matilde, a rapariga de que
gostava muito. Decidiu perguntar-lhe se havia algum TPC que ele se tinha
esquecido de fazer, e para grande felicidade sua este tinha feito todos.
       Como não tinha mais nada para fazer, foi brincar com o seu cão à
apanhada (é claro que é o cão que apanha), mas lembrou-se de que pelo Natal
lhe tinham oferecido um jogo. Esse jogo era os Sims2.Então o Mourinho
decidiu experimentá-lo, e após algum tempo começou a gostar bastante do
jogo. Tornou-se fã dele.
       Mais tarde, perto das cinco da tarde o Mourinho tinha Basquetebol, um
jogo em que era bastante bom pois era alto para a sua idade.
       As regras eram simples e quando o seu treinador acabou de explicá-las,
o Mourinho quis logo começar a jogar. Para os jogadores serem mais
competitivos o treinador disse que a equipa que ganhasse o jogo, ganhava
duas pastilhas, e o Mourinho como era muito guloso ficou encantado. Queria
começar já a ganhar e com uma grande sorte este meteu um cesto de 3
pontos!
       Quando o Mouro chegou a casa estava exausto. Meteu-se na banheira e
tomou um banho de imersão.
       Pouco depois era hora de jantar. Comeu douradinhos com esparguete.
O Mourinho comeu como um raio, pois ia dar no “Disney Channel” o filme
“Feiticeiros de Waverly Place Férias nas Caraíbas”!
O filme demorou duas horas e o Mourinho só se deitou quando já era
meia-noite.
      O Mourinho acordou cheio de sono, pois tinha ficado a ver o filme.
Quando estava a preparar os cereais para comer, viu que a televisão estava
ligada, o que era algo fora do normal.
      - Porque ligaste a televisão, mãe? – Perguntou o Mourinho.
      - Liguei para ver uma reportagem sobre a pobreza. – Respondeu a mãe,
sem desviar os olhos da televisão.
      O Mourinho ficou também a ver a reportagem enquanto comia.
      Enquanto ia para a escola a pé, Mourinho falava com a sua mãe. Todos
os dias o tema era diferente. O daquele dia era sobre a reportagem.
      - Mas por que é que há mendigos? – Questionou o Mourinho confuso.
      - Porque não têm emprego nem dinheiro e não têm sítio onde viver. Por
isso é que vivem na rua. – Esclareceu a mãe.
      - Tenho muita sorte em ter uma casa onde morar e uma família para me
ajudar.
          Mourinho despediu-se da mãe e foi para as aulas. Não prestou atenção
nenhuma às aulas. Só pensava nos coitados dos mendigos que não têm nada
para comer e no tanto frio que apanhavam. Esta última razão fazia-lhe muita
impressão pois ele era muito friorento.
      De volta a casa, perdido nos seus pensamentos, encontrou um mendigo.
Este pediu-lhe uma moedinha para arranjar alguma coisa para vestir, porque
estava cheio de frio. Mourinho não tinha dinheiro, então disse:
      - Desculpa, não tenho dinheiro comigo. Já volto.
      Foi a correr para casa. Entrou no seu quarto e pegou no seu mealheiro.
Abriu-o e tirou de lá muitas moedas. Saiu de casa e encontrou o mendigo no
mesmo sítio.
      - Toma. Compra algo para vestir pois está muito frio. Com o que restar
compra alguma coisa para comer.
      - Obrigado, menino. Muito obrigado. Estou-te muito agradecido. Tu és
um bom menino.
      O Mourinho foi-se embora muito satisfeito com a boa acção que tinha
feito. Mas surgiu-lhe um pensamento: “ como este mendigo haverá muitos
mais”. Então teve uma ideia. Esteve até tarde a fazer cartazes com frases tais
como “Ajude os mendigos, pois eles também têm sentimentos” e “São pessoas
tal como nós”. Os cartazes serviam para as pessoas recolherem cobertores e
roupas que já não usavam para entregarem aos sem-abrigo. Também deviam
trazer comida.
      No dia seguinte, na aula de Formação Cívica, falou com a professora.
Perguntou-lhe se podia espalhar os cartazes. A professora também se
sensibilizou pela causa e falou com o Conselho Executivo. No dia seguinte, os
cartazes do Mourinho e muitos outros de outras turmas que ajudaram a causa
já estavam pendurados por toda a escola. Havia uma caixa no Conselho
Executivo para as pessoas porem as coisas para darem aos mendigos. Nos
dias seguintes, a caixa ia ficando cada vez mais cheia. Tão cheia que tiveram
de arranjar mais três caixas. Toda a escola estava a entrar naquela causa e
Mourinho sentia-se feliz com isso. Só de pensar nas pessoas que iam ficar
felizes por terem roupa quente e comida. Todos os intervalos a caixa ficava
mais cheia.
      Quando já havia cinco caixas, Mourinho disponibilizou-se para ir
distribuir algumas.
      Na aula de Formação Cívica, falaram sobre o assunto. Mourinho sentia-
se muito feliz. Um menino, chamado António, pôs o dedo no ar.
      - Sim, António. Podes falar. – Permitiu a professora.
      - Eu acho isto tudo errado. Acho que não deviam estar a fazer isto. –
Reclamou o António.
      O Mourinho nem estava a acreditar no que estava a ouvir.
      - Porque achas isso? – Perguntou a professora.
      - Porque as coisas são nossas. Por que havemos de dar as nossas
coisas aos outros? – Respondeu o António.
      - Isso é extremamente egoísta. – Interveio o Mourinho.
      - Isso achas tu. Porque havemos de lhes dar a eles e não me dão a mim,
por exemplo?
      - Porque eles precisam mais do que tu. – Explicou o Mourinho
      - Mas porquê nós e não outras pessoas?
      - Porque todos temos o dever de ajudar. – Disse a Matilde.
      Acabaram a discussão.
      No intervalo, a Matilde foi ter com o Mourinho.
- Queres ajuda para levar as coisas para os necessitados? – Perguntou
ela.
       - Gostava muito. – Disse o Mourinho.
       - Achei que foste uma pessoa muito bondosa ao fazeres isto tudo. O
António é que estava completamente errado. – Contou a Matilde.
       O Mourinho ficou corado e disse:
       - Obrigado. E obrigado por me ajudares a distribuir as roupas.
       - Não tens de quê. Encontramo-nos sábado de manhã às 10h00, à porta
da escola. Depois começamos a distribuir. – Combinou a Matilde.
       - Está combinado! – Disse ele todo contente.
       No sábado, o despertador do Mourinho tocou às 8h00. Aos sábados,
acordava sempre por volta das 10h00 mas aquele dia era especial. Ia ajudar os
sem-abrigo na companhia da Matilde. Acordou muito bem-disposto pois sabia o
que ia fazer. Tomou o pequeno-almoço enquanto via os seus desenhos
animados preferidos. Vestiu-se com muita alegria e depois pôs a sua banda
preferida a tocar no seu rádio. Esteve a ouvir até às 9h45. A essa hora, pegou
na mochila que tinha as roupas e a comida. Foi para a escola com um passo
apressado, pois estava ansioso. Chegou lá 5 minutos antes da hora
combinada, por isso teve de esperar. A Matilde chegou pouco tempo depois.
Partiram por sítios onde a Matilde conhecia e sabia que havia pessoas que
precisavam do que eles tinham.
       Encontraram um senhor na rua.
       - Vai lá tu. Tu é que deves ser o primeiro pois tu é que tiveste esta ideia
maravilhosa. – Disse a Matilde.
       O Mourinho lá foi, envergonhado.
       - Olhe, eu sei que é muito difícil a situação por que está a passar, por
isso, a minha escola recolheu cobertores, roupa e comida para os mais
necessitados.
       O senhor mantinha-se calado a olhar para o Mourinho incrédulo. O rapaz
tirou da mochila um cobertor quentinho, um casaco e uma caixa que tinha bife
e arroz. O senhor não disse nada e limitou-se a agradecer com o olhar.
       - Então tenha um bom dia. – Desejou o Mourinho que já se dirigia para
junto da sua amiga.
- Espere. – Pediu o Senhor. – Muito obrigado. Nem sei como lhe
agradecer.
       - Não se preocupe.
       O Mourinho teve uma sensação incrível. Olhar para aquele senhor que
parecia que lhe tinham dado milhões de euros. Olhar para aqueles olhos
eternamente agradecidos. Olhar para aquela cara marcada por muito que já
tinha passado e que agora se sentia um pouco mais feliz. Mourinho contou
tudo a Matilde. Fizeram isto muitas vezes. Tudo valia a pena. Encontraram
muitas pessoas que agradeciam mil vezes os seus gestos. O Mourinho e a
Matilde já lhe tinham apanhado o jeito. Sentiam-se muita bem ao ajudar
pessoas.
       À hora de almoço, sentaram-se nuns bancos a comer o que cada um
tinha trazido.
       - Tem sido um grande dia. – Notou a Matilde.
       - Pois tem. – Concordou o Mourinho – É bom sentir o agradecimento.
       Continuaram pela tarde fora. Por volta das 19h00, voltaram para casa
conversando sobre este grande dia.
       - Foi muito bom. Adorei! – Exclamou a Matilde.
       - Eu também. – Concordou o Mourinho.
       Quando chegaram a casa do Mourinho, este disse:
       - Então adeus.
       - Adeus. – Despediu-se a Matilde. – Temos de combinar qualquer coisa.
       - Eu estive a pensar… - Começou a dizer o Mourinho. – Podíamos ir um
dia ao cinema.
       - Está combinado. Fica para o próximo domingo.
       - Está bem. Até segunda-feira.
       Mourinho entrou em casa todo contente pois ia ao cinema com a
Matilde.


                                                                 Turma: 7º 3ª
                                 Professora de Língua Portuguesa: Laura Silva
                                 Professor de Área de Projecto: Pedro Ferreira
O Mourinho   Final7º3ª

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O Mourinho Final7º3ª

  • 1. O Mourinho Era uma vez um rapazito chamado Mourinho. Ele vivia numa aldeia, no Norte. Essa aldeia onde vivia estava a ficar sem condições para morar, por isso ele foi “obrigado” a mudar-se com os pais e o cão para uma freguesia chamada Rio de Mouro. No primeiro dia, ele estava muito triste porque tinha deixado os amigos, a sua casa de sempre e muitas outras coisas mais que ele adorava. Os pais tentavam animá-lo, mas não era uma tarefa fácil. Embora não o demonstrassem, também eles estavam tristes pelas mesmas razões do seu filho. Passaram alguns dias tristes, mas o Mourinho achava que esses dias iam acabar, pois ia para uma escola nova no dia seguinte. Ia ter uma nova escola, novos professores, novos amigos, material escolar novo, etc. Os pais foram pô-lo à escola e, de seguida, foram a uma entrevista de trabalho. O Mourinho chegou atrasado à sua primeira aula, pois não sabia onde era a sala. Quando finalmente encontrou uma funcionária, ele perguntou onde é que o 5º5ª estava a ter aulas. A funcionária disse-lhe que estavam a ter aulas na sala vinte. Quando já finalmente sabia a sala, o Mourinho, foi logo a correr. Entretanto chegou à sala e estava um pouco tímido, porque era o seu primeiro dia de aulas. A sorte do Mourinho foi mesmo ser o seu primeiro dia, porque a professora dele desculpou o atraso e disse-lhe que isto tinha de mudar. O Mouro ainda muito tímido, disse que nunca mais voltaria a chegar atrasado. Quando essa aula acabou, ele foi para o recreio mais o resto da turma. Mas, nesse intervalo, a única coisa que fez foi comer, porque a fila do bar era tão grande que ele passou o intervalo todo à espera de comer um simples bolo de chocolate. Quando tocou para a segunda aula, ele já não chegou atrasado, porque agora estava atento.
  • 2. A segunda aula ia ser Língua Portuguesa. Aqui, ele já não estava tão tímido como na aula anterior e nessa aula, o Mourinho já falava com os seus colegas de turma. Essa aula demorou uma hora e meia. Ele estava já a dar em louco, porque era muito tempo e uma grande seca. Ele teve de se habituar a tanto tempo sentado numa cadeira. Quando finalmente tocou para sair, o Mourinho foi almoçar com os seus colegas. Nesse dia a comida era peixe e ele não gostava, por isso foi quase o último a sair do refeitório. Depois do almoço, ele já não tinha mais aulas e foi para casa. Às onze da noite, o Mourinho foi deitar-se. No dia seguinte, o Mourinho voltou a chegar atrasado à primeira aula. Bateu à porta e entrou na sala. Era a aula de História e Geografia de Portugal. Estavam todos a ler um texto do livro. O Mourinho percebeu logo qual era o tema: as conquistas de D. Afonso Henriques. A professora de História fez sinal ao Mourinho para ele não fazer barulho e para se sentar. O Mourinho sentou-se. Quando o texto acabou, a professora apresentou-se ao Mourinho. A professora era muito simpática. No intervalo, o Mourinho tirou um iogurte da mochila e bebeu-o. O Mourinho não queria voltar a perder o seu intervalo no bar sem fazer nada. Como ficou com mais tempo para brincar, foi ter com os seus amigos. Eles estavam a jogar à lagarta. O Mourinho, um pouco tímido, perguntou se também podia jogar. Os colegas disseram que sim. Foi muito divertido. O Mouro ficou a apanhar e como era muito rápido apanhou muita gente. A lagarta estava enorme. Enquanto o Mouro estava e divertir-se, os pais foram a entrevistas de emprego. O pai foi a Lisboa. Era uma entrevista para ser jornalista que era a sua área. Quando lá chegou, fizeram-lhe muitas perguntas. Respondeu delicadamente a todas. A mãe foi a uma entrevista para ser enfermeira numa clínica privada. O dia do Mourinho continuou muito bem. O almoço era esparguete à bolonhesa, a sua comida preferida. Despachou-se logo. À tarde não tinha aulas, por isso, ficou a jogar com os colegas o resto da tarde. Jogaram à apanhada, às escondidas, … ao fim da tarde, o Mourinho já era amigo de toda a turma. A seguir, decidiram ir todos ao bar para descansar.
  • 3. Estava uma fila enorme. Para o Mourinho o tempo passou depressa. Fartaram- se de conversar. O amigo Miguel perguntou-lhe como é que era a vida na aldeia. Mourinho disse-lhe que tinha um grande rebanho e que se divertia dando nomes às ovelhas. Disse ainda que adorava deitar-se na relva, à noite, a contar as estrelas e a pensar como seria a vida na grande cidade. Também disse que adorava andar de burro e fingir que era um cowboy. Pediu um pão com chouriço, gostava muito! Depois foram sentar-se e continuaram a conversa. Os amigos estavam muito curiosos. O Mourinho disse que aquilo que mais prazer lhe dava era descobrir ninhos de rola porque eram difíceis de encontrar. Também disse que gostava muito dos jogos de futebol entre a sua aldeia e a aldeia vizinha que eram muito rivais. O tempo passou a correr, Mourinho viu as horas e já era tarde. Tinha de ir para casa. Despediu-se. Quando chegou a casa estava apenas o pai. Mourinho foi para o quarto brincar com o seu cão. Atirava a bola e o cão ia atrás dela, correndo para trás e para a frente, de forma descontrolada. A mãe chegou a casa com uma cara muito feliz. E tinha razões para isso... A mãe do Mourinho não tinha conseguido o trabalho na tal clínica privada, mas conseguira numa que era mais longe, ainda por isso estava feliz, valia a pena ter de subirmais duas ruas acima... No dia seguinte, Mourinho foi levado à escola pela mãe e esta partiu para o seu novo posto de trabalho. Ao entrar na escola, Mourinho foi directamente ao ginásio, sítio onde iria ter a sua próxima hora. Mourinho gostava muito desta aula, porque não ficavam parados como nas outras. Nesse dia, uma rapariga que ainda não tinha falado muito com ele tropeçou, enquanto estavam a correr para aquecer. Mourinho que estava na frente da fila, parou para ajudar a rapariga. Esta tinha longos cabelos cor de mel, grandes olhos castanhos esverdeados, e usava um aparelho às cores. Mourinho de imediato se encantou pela rapariga. Ele olhou durante muito tempo para ela, até que reparou que esta já se curvara para se levantar. Ainda assim, para não parecer mal, Mourinho ajudou-a a endireitar-se. A bonita rapariga agradeceu, e assim continuaram os dois a correr no fim da fila. Entretanto, no intervalo ele não a encontrou, queria conhece-la melhor mas
  • 4. esta não se encontrava em lado nenhum! Visto isto, Mourinho decidiu ir procurá-la nas salas mas, estas encontravam-se trancadas. De seguida, decidiu ir ao bar, mas também não estava lá, procurou-a na biblioteca, nos m o n t e s , e n a d a ! Até que decidiu ir ver se ela se encontrava na casa de banho das raparigas que ficava nos montes! Visto que teria de pedir uma chave à contínua e esta acharia estranho como também não deixaria, aproveitou a "boleia" de uma rapariga que não se apercebeu de que tinha companhia. A rapariga entrou numa casa de banho. Mourinho reparou que a outra estava fechada, considerando que a casa de banho apenas tinha duas portas… Mas, também não estava lá, então decidiu ir para a frente do pavilhão à espera que tocasse para entrar para a aula. O Mourinho ia ter Educação Visual e Tecnológica, uma das disciplinas que ele tinha jeito. No fim da aula, foi ter com a rapariga que queria conhecer melhor e conversaram o intervalo inteiro, sobre as coisas preferidas deles como a sua cómoda preferida, a cor preferida, o desporto preferido. Quando deram por eles já estava a tocar para entrarem para a aula. No fim da aula juntaram-se todos para jogar às escondidas. A seguir, tiveram de ir para a aula de Matemática. Como a rapariga era melhor a Matemática do que o Mourinho ele decidiu perguntar se esta não quereria ficar ao pé dele para o ajudar nos exercícios da aula. Depois foi almoçar a casa, e como tinha aulas depois do almoço teve de voltar para a escola, aproveitou o facto para ir mais cedo, para brincar com os seus amigos. Iam ter Ciências da Natureza. Quando a professora chegou à sala disse que iam fazer experiências. Todos ficaram super animados, porque adoravam estas aulas. No fim da aula, foi para casa fazer os trabalhos de casa para o dia seguinte. Depois foi jantar e contou aos pais como tinha sido o seu dia e que tinha arranjado uma nova amiga, da qual gostava muito. Logo a seguir foi ver televisão e às onze horas da noite foi deitar-se. No dia seguinte, sexta-feira, quem levou o Mourinho foi o pai. A primeira aula que o Mourinho teve foi Inglês e ele não era lá muito bom nesta matéria,
  • 5. pois se ele não gostava de verbos em português muito menos em Inglês. A professora deu-lhes uma ficha sobre as cores para eles compreenderem melhor. Quando tocou para saírem, o Mourinho e os colegas foram para o intervalo. No intervalo, o Mourinho ensinou-lhes um jogo novo que se chamava "macaquinho do chinês". E mal o Mourinho acabou de falar já estavam todos preparados para jogarem. Quando tocou para entrarem, o Mourinho foi para ao pé da nova amiga que se chamava Matilde. Eles iam ter Matemática e então ele sentou-se ao pé dela. A professora pôs uns exercícios sobre polígonos e o Mourinho, que não percebia nada desta matéria, perguntou à Matilde se ela compreendia. Como esta tinha percebido bem explicou-lhe. Quando acabou a aula, ele e os colegas foram almoçar. O almoço foi bacalhau à Brás e ele gostou muito. Á tarde o Mourinho ia ter aulas. Ia ter Formação Cívica. Quando tocou, eles foram para a sala de aula. Nesta aula eles tiveram a ler um livro que o Mourinho gostou muito. Passado uma hora e meia tocou e o este foi para casa. Quando chegou foi para o quarto fazer os trabalhos de casa com a mãe. Ele gostava de fazer os trabalhos de casa com a mãe porque esta sabia explicar muito bem as matérias. Quando o pai chegou, o Mouro já tinha acabado de tomar banho e agora ia-se vestir. A mãe dele estava a cozinhar. Quando o Mourinho estava a pôr a mesa o pai tinha ido lavar as mãos. A mãe pôs a panela na mesa e começaram a comer. O Mourinho quando acabou de comer foi ver televisão, pois ia começar a dar o seu programa preferido. Ele gostava de ver televisão às sextas-feiras porque podia ir para a cama mais tarde. Às onze horas da noite foi deitar-se. No dia seguinte, Sábado, o Mourinho levantou-se, vestiu-se e, de seguida, comeu uns cereais que ele adorava. Esses cereais eram as “Estrelitas”. Às dez horas o Mourinho e os pais foram dar uma volta e pararam num sítio. Esse sítio era um ringue de patinagem de gelo! Mourinho nunca tinha experimentado andar num ringue de gelo. Quando foi pedir um par de patins pediu o número 40 pois era o número que calçava.
  • 6. Ele, depois de cair algumas vezes, apanhou o jeito dos patins. Ele desenrascava-se bastante bem para quem nunca tinha andado de patins. Perto das onze o Mourinho e os seus pais foram a um Centro Comercial que se chamava Alegro onde fizeram as compras necessárias como pão, leite, fruta, etc. Já passava da uma da tarde quando o Mouro e os pais foram almoçar num restaurante chamado Rouxinol. No Rouxinol o Mourinho comeu duas febras, um prato cheio de batatas fritas e uma Fanta, pois o Mourinho gostava bastante de comer carne. Só depois da família do Mourinho ter a barriga já cheia é que foi para casa. Em casa, o Mourinho fez os trabalhos para a escola. Depois de os ter acabado decidiu ir perguntar a algum amigo para ver se ele se tinha esquecido de apontar algum. No “MSN” só estava online a Matilde, a rapariga de que gostava muito. Decidiu perguntar-lhe se havia algum TPC que ele se tinha esquecido de fazer, e para grande felicidade sua este tinha feito todos. Como não tinha mais nada para fazer, foi brincar com o seu cão à apanhada (é claro que é o cão que apanha), mas lembrou-se de que pelo Natal lhe tinham oferecido um jogo. Esse jogo era os Sims2.Então o Mourinho decidiu experimentá-lo, e após algum tempo começou a gostar bastante do jogo. Tornou-se fã dele. Mais tarde, perto das cinco da tarde o Mourinho tinha Basquetebol, um jogo em que era bastante bom pois era alto para a sua idade. As regras eram simples e quando o seu treinador acabou de explicá-las, o Mourinho quis logo começar a jogar. Para os jogadores serem mais competitivos o treinador disse que a equipa que ganhasse o jogo, ganhava duas pastilhas, e o Mourinho como era muito guloso ficou encantado. Queria começar já a ganhar e com uma grande sorte este meteu um cesto de 3 pontos! Quando o Mouro chegou a casa estava exausto. Meteu-se na banheira e tomou um banho de imersão. Pouco depois era hora de jantar. Comeu douradinhos com esparguete. O Mourinho comeu como um raio, pois ia dar no “Disney Channel” o filme “Feiticeiros de Waverly Place Férias nas Caraíbas”!
  • 7. O filme demorou duas horas e o Mourinho só se deitou quando já era meia-noite. O Mourinho acordou cheio de sono, pois tinha ficado a ver o filme. Quando estava a preparar os cereais para comer, viu que a televisão estava ligada, o que era algo fora do normal. - Porque ligaste a televisão, mãe? – Perguntou o Mourinho. - Liguei para ver uma reportagem sobre a pobreza. – Respondeu a mãe, sem desviar os olhos da televisão. O Mourinho ficou também a ver a reportagem enquanto comia. Enquanto ia para a escola a pé, Mourinho falava com a sua mãe. Todos os dias o tema era diferente. O daquele dia era sobre a reportagem. - Mas por que é que há mendigos? – Questionou o Mourinho confuso. - Porque não têm emprego nem dinheiro e não têm sítio onde viver. Por isso é que vivem na rua. – Esclareceu a mãe. - Tenho muita sorte em ter uma casa onde morar e uma família para me ajudar. Mourinho despediu-se da mãe e foi para as aulas. Não prestou atenção nenhuma às aulas. Só pensava nos coitados dos mendigos que não têm nada para comer e no tanto frio que apanhavam. Esta última razão fazia-lhe muita impressão pois ele era muito friorento. De volta a casa, perdido nos seus pensamentos, encontrou um mendigo. Este pediu-lhe uma moedinha para arranjar alguma coisa para vestir, porque estava cheio de frio. Mourinho não tinha dinheiro, então disse: - Desculpa, não tenho dinheiro comigo. Já volto. Foi a correr para casa. Entrou no seu quarto e pegou no seu mealheiro. Abriu-o e tirou de lá muitas moedas. Saiu de casa e encontrou o mendigo no mesmo sítio. - Toma. Compra algo para vestir pois está muito frio. Com o que restar compra alguma coisa para comer. - Obrigado, menino. Muito obrigado. Estou-te muito agradecido. Tu és um bom menino. O Mourinho foi-se embora muito satisfeito com a boa acção que tinha feito. Mas surgiu-lhe um pensamento: “ como este mendigo haverá muitos mais”. Então teve uma ideia. Esteve até tarde a fazer cartazes com frases tais
  • 8. como “Ajude os mendigos, pois eles também têm sentimentos” e “São pessoas tal como nós”. Os cartazes serviam para as pessoas recolherem cobertores e roupas que já não usavam para entregarem aos sem-abrigo. Também deviam trazer comida. No dia seguinte, na aula de Formação Cívica, falou com a professora. Perguntou-lhe se podia espalhar os cartazes. A professora também se sensibilizou pela causa e falou com o Conselho Executivo. No dia seguinte, os cartazes do Mourinho e muitos outros de outras turmas que ajudaram a causa já estavam pendurados por toda a escola. Havia uma caixa no Conselho Executivo para as pessoas porem as coisas para darem aos mendigos. Nos dias seguintes, a caixa ia ficando cada vez mais cheia. Tão cheia que tiveram de arranjar mais três caixas. Toda a escola estava a entrar naquela causa e Mourinho sentia-se feliz com isso. Só de pensar nas pessoas que iam ficar felizes por terem roupa quente e comida. Todos os intervalos a caixa ficava mais cheia. Quando já havia cinco caixas, Mourinho disponibilizou-se para ir distribuir algumas. Na aula de Formação Cívica, falaram sobre o assunto. Mourinho sentia- se muito feliz. Um menino, chamado António, pôs o dedo no ar. - Sim, António. Podes falar. – Permitiu a professora. - Eu acho isto tudo errado. Acho que não deviam estar a fazer isto. – Reclamou o António. O Mourinho nem estava a acreditar no que estava a ouvir. - Porque achas isso? – Perguntou a professora. - Porque as coisas são nossas. Por que havemos de dar as nossas coisas aos outros? – Respondeu o António. - Isso é extremamente egoísta. – Interveio o Mourinho. - Isso achas tu. Porque havemos de lhes dar a eles e não me dão a mim, por exemplo? - Porque eles precisam mais do que tu. – Explicou o Mourinho - Mas porquê nós e não outras pessoas? - Porque todos temos o dever de ajudar. – Disse a Matilde. Acabaram a discussão. No intervalo, a Matilde foi ter com o Mourinho.
  • 9. - Queres ajuda para levar as coisas para os necessitados? – Perguntou ela. - Gostava muito. – Disse o Mourinho. - Achei que foste uma pessoa muito bondosa ao fazeres isto tudo. O António é que estava completamente errado. – Contou a Matilde. O Mourinho ficou corado e disse: - Obrigado. E obrigado por me ajudares a distribuir as roupas. - Não tens de quê. Encontramo-nos sábado de manhã às 10h00, à porta da escola. Depois começamos a distribuir. – Combinou a Matilde. - Está combinado! – Disse ele todo contente. No sábado, o despertador do Mourinho tocou às 8h00. Aos sábados, acordava sempre por volta das 10h00 mas aquele dia era especial. Ia ajudar os sem-abrigo na companhia da Matilde. Acordou muito bem-disposto pois sabia o que ia fazer. Tomou o pequeno-almoço enquanto via os seus desenhos animados preferidos. Vestiu-se com muita alegria e depois pôs a sua banda preferida a tocar no seu rádio. Esteve a ouvir até às 9h45. A essa hora, pegou na mochila que tinha as roupas e a comida. Foi para a escola com um passo apressado, pois estava ansioso. Chegou lá 5 minutos antes da hora combinada, por isso teve de esperar. A Matilde chegou pouco tempo depois. Partiram por sítios onde a Matilde conhecia e sabia que havia pessoas que precisavam do que eles tinham. Encontraram um senhor na rua. - Vai lá tu. Tu é que deves ser o primeiro pois tu é que tiveste esta ideia maravilhosa. – Disse a Matilde. O Mourinho lá foi, envergonhado. - Olhe, eu sei que é muito difícil a situação por que está a passar, por isso, a minha escola recolheu cobertores, roupa e comida para os mais necessitados. O senhor mantinha-se calado a olhar para o Mourinho incrédulo. O rapaz tirou da mochila um cobertor quentinho, um casaco e uma caixa que tinha bife e arroz. O senhor não disse nada e limitou-se a agradecer com o olhar. - Então tenha um bom dia. – Desejou o Mourinho que já se dirigia para junto da sua amiga.
  • 10. - Espere. – Pediu o Senhor. – Muito obrigado. Nem sei como lhe agradecer. - Não se preocupe. O Mourinho teve uma sensação incrível. Olhar para aquele senhor que parecia que lhe tinham dado milhões de euros. Olhar para aqueles olhos eternamente agradecidos. Olhar para aquela cara marcada por muito que já tinha passado e que agora se sentia um pouco mais feliz. Mourinho contou tudo a Matilde. Fizeram isto muitas vezes. Tudo valia a pena. Encontraram muitas pessoas que agradeciam mil vezes os seus gestos. O Mourinho e a Matilde já lhe tinham apanhado o jeito. Sentiam-se muita bem ao ajudar pessoas. À hora de almoço, sentaram-se nuns bancos a comer o que cada um tinha trazido. - Tem sido um grande dia. – Notou a Matilde. - Pois tem. – Concordou o Mourinho – É bom sentir o agradecimento. Continuaram pela tarde fora. Por volta das 19h00, voltaram para casa conversando sobre este grande dia. - Foi muito bom. Adorei! – Exclamou a Matilde. - Eu também. – Concordou o Mourinho. Quando chegaram a casa do Mourinho, este disse: - Então adeus. - Adeus. – Despediu-se a Matilde. – Temos de combinar qualquer coisa. - Eu estive a pensar… - Começou a dizer o Mourinho. – Podíamos ir um dia ao cinema. - Está combinado. Fica para o próximo domingo. - Está bem. Até segunda-feira. Mourinho entrou em casa todo contente pois ia ao cinema com a Matilde. Turma: 7º 3ª Professora de Língua Portuguesa: Laura Silva Professor de Área de Projecto: Pedro Ferreira