2. Roteiro do Seminário
1. Domínios do pensamento sociomuseológico
2. Oficina de museologia social
a) Objetos biográficos
a) Poética da intersubjetividade
b) Métodos de trabalho com a oralidade
b) Cartografia das memórias
a) Teoria da viagem na museologia
b) Poética do espaço
3. Cinco domínios teóricos da
sociomuseologia
Paradigma
mental
Pensament
o
Sistémico
Objetivos
comuns
Aprendizagem em
grupo
Domínio
pessoal
4. Domínio Pessoal
• Trata-se de aprender a expandir as
capacidades pessoais de cada indivíduo.
• Para isso é necessário criar no espaço museológico
condições para que todos os participantes se sintam
estimulados a participar.
• A motivação de cada um é essencial para se atinjam
os objetivos definidos por todos.
• Para isso é necessário estimular um ambiente de
experimentação e de livre expressão.
5. Domínio do paradigma mental
• O paradigma mental consiste no processo de
produção do pensamento.
• Existe em cada comunidade, em cada unidade social
um modelo geral de produção de pensamento.
• Pensar é um processo de reflexão e esclarecimento
sobre o real. Através do pensamento cada um cria
imagens do mundo e comunicação com ele através
dos seus processos de comunicação.
• A adequação dos papéis ao real confere a validade
dos atos e decisões tomados e adequa a posição de
cada um ao conjunto das solicitações da
comunidade.
6. Criação do Objetivos Comuns
• A partir dos objetivo individuais e dos
processos de produção de pensamento que
adequa os papeis de cada indivíduo, formam-se
os objetivos do grupo.
• Nesta disciplina é necessário motivar e estimular o
compromisso com o grupo.
• Através do compromisso definem-se as utopias.
• Os caminhos a alcançar num ponto de futro.
• É através da criação dos objetivos comuns que se
pode ter uma visão das opções e escolhas de
caminhos.
• É necessário agir no agora
7. Aprendizagem em grupo
• Através do desenvolvimento dos processos de
construção coletiva torna-se possível
desenvolver a comunicação entre os membros
de grupo.
• Através da comunicação entre os membros do
grupos, de experiencias e da prática individual,
supera-se a soma dos talentos individuais.
8. Pensamento sistémico
• Trata-se de analisar e compreender os
problemas como um todo.
• Os sistemas são integrados e interativos.
• O pensamento desagrega os fenómenos para
resolver os problemas,
• torna-se necessário integrá-los para os reanalisar na
sua integralidade.
• E necessário de compreender as interações
presentes
9. Objetivos gerais da
sociomuseologia
• Responder às questões:
• Quem sou?
• Como posso ser feliz?
• Onde quero ir?
• Que caminhos tenho?
• Como vou e com quem vou?
10. Casos práticos a apresentar
• Narrativas biográficas e processos sociais
• poética da intersubjetividade
• Cartografia das memórias
• processos de mediação na construção de projeto museológico
• Poética da viagem e poética do tempo e do espaço
• Aula do riso
• do eu à memória da comunidade
• Poética da memória
• Árvore das memórias
• epistemologias do sul e ecologia dos saberes
• Procedimentos de tradução
• Heranças subalternas em espaços contestados
• fronteiras e gestão de conflitos na poética do espaço
11. Bibliografia
Textos usados para diferentes problemáticas.
A museologia social como campo de complexidade
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19. Objetos Biográficos
Aula de metodologias sobre Investigação Biográfica
Seminário II a)- Doutoramento em Museologia
Pedro Pereira Leite, 2014
20. Roteiro
• O que são as História de Vida e a Investigação
Biográfica (IB)
• Situações de aplicação da IB
• Condições de utilização da IB
• Vantagens e desvantagens para os processos de
investigação-ação IB
21. O que é a metodologia da
Investigação Biográfica
• É uma metodologia qualitativa
• Que um conhecimento a partir das memórias dos
atores sociais;
• Permite
• Colocar as pessoas em situações de contexto
• Favorece
• a emergência do olhar sobre o real a partir de
múltiplos pontos de vista
22. Vantagens no uso da IB
• Facilita a consciência dos fenómenos nos
atores sociais
• Permite aos participantes criar o seu próprio
conhecimento.
23. Inconvenientes da IB
• Pode ser de aplicação morosa
• Fornece uma multiplicidade de materiais
• Cria laços de empatia entre o entrevistador e
o entrevistado.
24. Linha Cronológica da sua
aplicação
• Escola de Chicago.
• Os problemas sociais da industria
• A História Oral
• A história dos movimentos sociais
• As propostas hermenêuticas
• A partir dos anos 90 tem sido usado como base
de processos de participação e
empoderamento das comunidades
• Educação, saúde, imigração, grupos minoritários
• Na museologia social
25. Tipos da Aplicação
• 3 Níveis de informação
• Estórias de vida
• Informação pessoal. Centrado no eu
• Histórias de Vida
• Informação da pessoa no tempo. Centrado do eu em
ação
• Narrativas Biográficas
• Informação da trajectória de vida para construir ação
de mudança.
• Centrada na ação do grupo
26. Resultados da NB
• Realça a interdependência entre os atores
• Permite criar múltiplos pontos de recolha de
informação
• Permite partilhar a informação através de
processos comunicativo
• Permite construir ações,
• Pode ser complementada por outras metodologia de
intervenção na comunidade
• Adequada aos processos de inovação
27. Modos de Recolha da Informação
• Memórias, Cartas epistolares e outros
documentos pessoais
• Entrevistas Individuais
• Para estórias de vida e Histórias de Vida
• Trabalho de grupo
• Para as narrativas biográficas
28. Método das Entrevistas
• Preparação
• Recolha de Informação – Pré-diagnóstico
• Observação do contexto, recolha de dados gerais
• Definir assuntos e construir um guião
• Perguntas abertas (para ampliar o discurso) é mais
natural e fluido
• Perguntas fechadas (para precisar factos e eventos)
• Seleccionar os modos de registo da informação
• Suporte gravado, escrito, etc.
29. Condução da entrevista
• Condições iniciais
• Negociar a entrevista
• Tempo, local, extensão
• Autorização de uso dos dados
• A ter em atenção
• Trata-se duma relação social
• Cumprir as normas sociais
• Estar atento à linguagem não verbal
• Aceitar as palavras do entrevistado
• Recorrer à precisão com parcimónia
30. Estrutura da Entrevista
• Nos primeiros momentos da entrevista fica
determinado a sua extensão
• É necessário criar empatia e à vontade
• Dar informação do assunto a tratar
• Começar por centrar a história individual
• Orientar para as questões
• Procurar criar pontos de confirmação da informação
factual
• Respeitar o ritmo do entrevistado
• O silêncio é útil à rememoração
31. Tratamento da Informação
• Logo após a entrevista
• Fazer um breve sumário
• Anotar assuntos relevantes
• Tratar e trabalhar a informação
• Decidir a audição e/ou transcrição total ou parcial
• Conferir os registos com os objetivos
• Explorar questões complementares atrvés de outras
fontes
32. Estrutura do trabalho
• Criar uma linha cronológica de vida
• Identificar os espaços e agentes envolvidos
• Situar os eventos sobre a linha
• Decidir o processo de redação
33. Advertências
• Nem toda a informação recolhida é pertinente
• Nem todas as memórias são boas
• Há necessidade de respeitar os traumas e os lutos
• Procura não conflituar
• Respeitar o outros
35. As Narrativas Biográfica
• Conhecer e reconhecer as experiências de vida
concretas dos sujeitos em contexto de vida
• Para construir uma consciência sobre os processos
de transformação
• e das dinâmicas sociais em que estão envolvidos
• Resgatar o conhecimento e as memórias das
comunidades como proposta de ação social de
construção dum futuro solidário com base nos
direitos humanos.
36. As oficinas de Narrativas
Biográficas
• Fazer uma cartografia da memória
• Construir uma ação
• Tomar consciência de si
• Tomar consciência do eu em relação com os outros
• Grupo de 8 a 12 participantes
• Duração 3 dias
37. Metodologia (I parte)
• Formação do grupo
• Jogos de interação para conhecimento
• Produção do texto auto-biográfico
• Leitura do textos
• Comentário em grupo
• Síntese: o que é produzido pelo eu e o que é
valorizado pelo outro
38. Metodologia II
• Discussão em Grupo da experiencia pessoal
• Salientar pontos de agregação das linhas e dos
espaços
• Reconhecer as diferenças
• Desafio de construir uma história comum
• O que há de comum nas histórias de cada um
• Desafio de construir uma narrativa de história
do grupo
39. Resultados
• É uma experiencia vivida
• Em grupo, permite atos comunicativos que
reconstroem o sentido das experiências vivida
• Permite ação. O corpo é mobilizado para sentir a
experiencia vivida, no passado e no presente
• de memória, porque apela à rememoração e a
ampliação do presente
• É política porque permita atos de cidadania
• Reflexão sobre a prtica dos direitos humanos
• É uma proposta integrada nas Epistemologias do
Sul
• Produção de saber partilhado (ecologia dos saberes,
construída sobre a sociologia das ausências)
41. Proposta
• Cada membro du grupo apresenta o colega do
lado.
• O colega usa da palavra para acentuar
questões que acham que devem ser precisadas
sobre si
• Objetivo: procurar entender como somos entendidos
pelo outro.
• Na oficina biográfia, cada sessão procura
construir elos com os outros, através do
reconhecimento de si
42. Objetivo das oficinas
• O propósito das oficinas biográfica na
museologia é levar a construção de narrativas
de grupo.
• A partir das histórias de cada um, procuram-se elos
comuns
• A partir dos elos comuns, discutes-se uma proposta
de narrativa.
• A oficina tem que concretizar uma ação
• Em contexto de museus, as oficinas podem produzir
objetos que contam histórias de vida
43.
44. Cartografias da
memória
Doutoramento em Museologia
Seminário II b -Pedro Pereira Leite
Fevereiro 2014
45. Roteiro
• Poética da Viagem
• A viagem na museologia
• Metodologia da viagem
• Poética do Espaço
• Desconstruir
• Cartografar
• Corporizar
• Construir
46. Poética da Viagem
• A experiencia da viagem permite
• revelar desejos,
• motivações,
• redescobrir emoções.
• Descobrimos o que trazemos connosco.
• Partilha de espaços e tempos comuns.
• construção se sociabilidades.
• a construção de visões do eu e do outro
• a partilha de emoções.
• produz complementaridades.
• a embriaguez, o desregramento dos sentidos
que permite fixar vertigens.
• A fixação na rememoração.
47. Metodologia da Viagem
• O procedimento metodológico para domesticar a
memória de fragmentos
• o registo dos momentos singulares.
• A fixação de emoções parte das evocações das
singularidades.
• Evitar os excessos e captar a essência
• Procura o estado de inocência primordial
• Olhar para a fratura.
• Esperar pelo emergir da emoção.
• olhar para o presente como essência
• olhar para a diversidade como uma riqueza.
• Olhar para a paisagem como um lugar com atores em
processo.
• Procurar entender os ritmos do mundo
• sentir o tempo na sua diversidade
48. A experiencia da Viagem
• Toda a viagem é iniciática
• permite-nos descobri a poética do eu.
• O mundo visto pelo eu atribuiu textura, densidade e cor.
• A experiencia do lugar faz emergir a intensidade
• A viagem como deslocamento acaba por ser a aproximação ao eu.
• O eu que se liberta com a experiencia e recria expressões de si.
• Experiência de si que cria fragmentos do eu.
• Depois da viagem criam-se os reencontros.
• A viagem é um movimento de partida e de chegada.
• uma fuga ao espaço de rotina.
• A rotina é viver na segurança do núcleo existencial. Estar no espaço de conforto.
• A viagem desloca o eu para o imprevisto, para a insegurança do acaso.
• Uma estranheza que permite o reconhecimento.
• O regresso ao ponto de referência é um reencontro com a rotina.
• O reencontro permite pensar sobre as experiências de si na forma como se é e
como se está
49. Resultados
• Reconstruir a história da viagem.
• Cristalizar o processo.
• A arquitetura implica a construção dos ângulos retos.
Esquina e volumes como espaço de passagem da
informação.
• A memória como exercício é relativo à lembrança.
Implica ordenar os vestígios e criar uma narração com
sentido.
• Recuperar os trajetos por diferentes ângulos da
abordagem
• procurar diferentes formas de essências.
50. Poética do Espaço
• Cartografias da viagem como experiencias
coletiva
• Desconstruir
• Cartografar
• Corporizar
• Reconstruir
53. Experiencia da viagem como
Metodologia
• Olhar e sentir o espaço.
• Sentir o movimento
• Olhar para os silêncios (o que está para além do visível)
• Procurar as dinâmicas relacionais.
• Capturar os seus elementos essenciais.
• O que esta a mudar
• Onde está a tensão (procurar a cicatriz)
• Construir ação
• O presente é um conjunto de possibilidades de futuro.
• Por quê andamos ?
• O que queremos fazer
• Para onde damos o primeiro passo ?
• Com quem caminhamos
• Busca dos compromissos
60. Proposta
• Procurar uma imagem que seja relevante para
cada um.
• Trazer a imagem para o grupo e explicar a sua
importância
• Abrir a discussão ao grupo.
• Procurar perceber o efeito da apresentação ao
grupo e de que forma a perceção se foi alterou
61.
62. Resultados
• Procurar entender o que é que cada imagem
transporta do olhar de quem a tirou
• O que é que a imagem tem de relevante para
mim
• Na sequencia da discussão o grupo deverá
encontrar uma conceito gerador duma
exposição a desenvolver.
63. Bibliografia
• Bruno, Maria Cristina (2004). “As expedições no
Cenário Museal”, in Expedição são Paulo 450 anos,
São Paulo, Museu da Cidade de São Paulo, pp 36
• Onfray, Michel (2009). Teoria da Viagem: Uma
poética da Viagem, Lisboa, quetzal
• Botton, Alian (2004). A Arte de Viajar, Lisbos,
Publicações Dom quixote
• Leite, Pedro Pereira Leite (2013). Lisbon Saraswati:
A expereiencia da viagem pelas heranças de
Lisboa, Lisboa Marca D’Água
• https://www.academia.edu/2922058/Lisbon_Saraswati
_As_Experiencias_de_Viagem_sobre_as_herancas_de_L
isboa