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Relevância do Tempo - artº 11º, Decreto Legislativo Regional nº 26/2008/A (“Bónus César”)
 Do que falamos? Da possibilidade de alguns colegas virem a contar o tempo de serviço entre 1 de Janeiro de
 2004 a 31 de Dezembro de 2008. Na prática mudar para um nível de vencimento superior.
 A quem se aplica? A todos os colegas que tenham exercido nesse período de tempo e que não tenham usado
 esse tempo para efeitos de progressão ou promoção.
 Quando se aplica? De acordo com as regras do próprio diploma, aplicar-se-ia no momento imediatamente a
 seguir ao resultante da integração nas novas carreiras (no nosso caso, 01.01.2011, 21.06.2011, 01.01.2012).
 Porque ainda não se aplicou? Porque existe uma interpretação por parte da Direcção Regional de Saúde que a
 Lei do Orçamente de 2011 impede revalorizações económicas.


 PONTO DE SITUAÇÃO: O sep tem uma interpretação contrária e defende que a lei do orçamento de 2011
 prevê um regime de excepção para situações resultantes das transições decorrentes da Lei 12/A/2008 (ver nº
 12 do artº 24º da Lei 55-A/2010), pelo que interpôs uma acção administrativa no Tribunal Administrativo de
 Ponta Delgada contra o Governo Regional. Aguarda-se decisão do tribunal.
                                                                                                             Francisco Branco
                                                                                                                  SEP Açores

                                                                          % DE ADESÃO GREVE DIA 22 MARÇO 2012

                                                                               NOITE              MANHÃ               TARDE
                                                        INSTIT.
                                                                          ESC ADER      %    ESC ADER   %        ESC ADER   %
 A deterioração das condições económicas
                                                Hosp Horta                 12    1     8     53    30       57   14    0    0
 dos enfermeiros devido ao conjunto de          Hosp Stº Esp AH            24    7     29    124   27       22   36    8    22
                                                Hops Divino Esp Stº PDL    49    30    61    176   87       49   63    24   38
 medidas     prosseguidas   pelo    Governo
                                                C. Saúde Horta                                22   7        32
 associada    à   deterioração     das   suas   C. Saúde AH                                   44   11       25
                                                C. Saúde PV                                   25   9        36    2    0    0
 condições de trabalho inerente ao “corte       Centro Onc. Açores                             3   0        0
                                                C. Saúde PDL                                  97   42       43    4    0    0
 orçamental” de milhões de euros na
                                                C. Saúde Madalena           1    0      0     6     0       0     2    0     0
 receita das Instituições, está a provocar      C. Saúde Lajes              1    1     100    6     0       0     2    0     0
                                                C. Ssaúde S. Roq.           1    1     100    5     0       0     1    0     0
 uma enorme “onda” de insatisfação,             C. Saúde Flores             1    1     100    7     5       71    1    0     0
                                                C. Saúde Graciosa           2    2     100    4     4      100    2    2    100
 desmotivação e frustração no seio da           C. Saúde Calheta            1    1     100    6     3       50    1    0     0
                                                C. Saúde Velas              2    0      0    10     0       0     2    1     50
 Enfermagem, por isso tudo o SEP aderiu à
                                                C. Saúde Rib. Grande        6    2      33   33     9       27    6    0     0
                                                C. Saúde V. F. Campo        3    3     100   21     3       14    3    3    100
 GREVE geral do dia 22 de Março. A tabela
                                                C. Saúde Povoação           1    1     100    6     6      100    2    2    100
 em anexo demonstra a percentagem de            C. Saúde Nordeste           2    2     100    7     2       29    2    2    100
                                                C. Saúde Vila Porto         2    2     100   10     2       20    2    2    100
 adesão à greve do dia 22 ao nível Açores.              TOTAL              108   54     50   665   247      37   145   44    30

                                                                                                                 ESC ADER   %
                                                                                                         M/T/N   918 345    38
artigo de reflexão
Quem cuida de quem cuida?1
                                                                                                           Sandra Martins Pereira
         Este artigo resulta de um convite, que eu entendi
      como um desafio, lançado por um colega –
      Enfermeiro Pedro Rosa2 – nos seguintes termos:                                    Todos sabemos que os enfermeiros são os
      “Estamos a tentar renovar o modo como o SEP se                                profissionais que, na área da saúde, se ocupam de
      dirige e comunica com os enfermeiros; que me dizes                            prestar cuidados à pessoa, saudável ou doente, ao
      de escreveres um artigo para a newsletter do SEP?...”.                        longo de todo o ciclo vital, e aos grupos sociais nos
      Lançado o desafio, feito convite, inúmeras questões e                         quais esta esteja integrada, de forma a que
      ideias foram surgindo e pairando na minha mente,                              mantenham, melhorem e recuperem a saúde,
      entre as quais a maior de todas: estando eu a                                 ajudando-as a atingir a sua máxima capacidade
      trabalhar numa escola, ainda que de enfermagem,                               funcional e independência, tão rapidamente quanto
      que poderei eu ter para dizer que possa interessar                            possível3. Quando esta recuperação da capacidade
      aos meus colegas enfermeiros?... E como fazê-lo sem                           funcional não é possível, o enfermeiro dirige a sua
      que     essa   escrita     se    transforme         num       artigo          actuação no sentido de promover e melhorar, ao
      conceptual, meramente teórico (ainda que alicerçado                           máximo, a qualidade de vida, o bem-estar físico,
      em dados da prática de cuidados)?... Na procura de                            emocional e espiritual da pessoa e família, e a
      resposta a estas e outras questões, fez-me, pois,                             dignidade da pessoa. Assim, a enfermagem é, por
      sentido     que     esta      escrita      fosse      feita     com           excelência, a profissão da proximidade e da
      transparência, simplicidade, proximidade e sem                                intimidade com o Outro, tocando-o no seu âmago e
      quaisquer pretensões de erudição: transparência,                              sendo afectado por ele.
      quanto às intenções – este artigo não é mais do que a                             Muitas vezes apontada como a profissão que
      minha procura de resposta e correspondência a um                              assume o “cuidar” como baluarte, são os enfermeiros
      pedido feito por um colega e amigo e estas questões                           quem, no quotidiano do seu exercício, fazem ao
      acabadas de enunciar não são mais do que a forma                              Outro aquilo que ele faria por si próprio se tivesse as
      que encontrei de tornar clara a dificuldade que tive                          condições, conhecimentos ou capacidades para tal.
      em lhe corresponder; simplicidade – sim, pretendo                             Ora, tal actividade é, em si mesma, potencialmente
      que este artigo seja simples e despretensioso;                                desgastante e só pode (ou deve) ser concretizada
      proximidade – proximidade na escrita e na partilha                            mediante essa atitude ética de “cuidar”. Não me
      que, através dela se vai gerar; sem pretensões de                             deterei aqui a reflectir se o “cuidar” é exclusivo da
      erudição – este artigo será “apenas” uma reflexão                             enfermagem (até porque considero que não o é e
      partilhada acerca do modo como me preocupa a                                  isso, por si só, talvez resultasse num outro artigo…),
      questão que serviu de mote ao artigo e que o intitula.                        mas é indiscutível que esta atitude de “cuidar”,
            A interrogação “Quem cuida de quem cuida?” é, a                         pautada pela atenção, cuidado, desvelo, solicitude, é
      meu ver, premente. E é-o tanto mais quanto mais se                            essencial       para     uma       prática      de    cuidados        de
      refere a profissionais que assumem o cuidar e a                               enfermagem com qualidade e dignificante – da
      prestação de algum tipo de cuidado como o cerne do                            profissão e, sobretudo, da pessoa a quem são
      seu exercício profissional quotidiano.                                        (continua…)

[1] Título de um projecto de investigação do Gabinete de Investigação em Bioética do Instituo de Bioética da Universidade Católica Portuguesa financiado pela
Fundação Grünenthal e pela Fundação Merck, Sharp and Dohme.
[2] Perdoa-me, Pedro, a inconfidência… mas entendi este artigo como partilha e, como tal, fez-me sentido partilhar como ele surgiu…
[3] Regulamento do Exercício Profissional do Enfermeiro – Decreto-Lei nº 161/96 de 4 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 104/98

de 21 de Abril.
Quem cuida de quem cuida?                       (continuação)


 prestados cuidados. A natureza dos cuidados                    Todos sentimos que, considerando a conjectura
 prestados pelos enfermeiros implica, com efeito, o       actual, extremamente difícil e cada vez mais marcada
 toque e a afectação: o toque do corpo do Outro           por constrangimentos organizacionais, institucionais
 (muitas vezes, na sua nudez, despido de si, despojado    e     económicos, estes         sentimentos       e    emoções
 das “vestes” que todos usamos no dia-a-dia e com as      suscitados pela prática de cuidados são agravados
 quais camuflamos o nosso “eu” físico e interior) e a     pelo facto de os contextos de trabalho estarem cada
 afectação pelo seu sofrimento, pela sua condição de      vez     mais     difíceis,    competitivos,       stressantes,
 vulnerabilidade, pela sua degradação física, mental,     desgastantes, até hostis, e, portanto, pouco saudáveis
 espiritual, social. É, pois, indiscutível que os         e pouco cuidativos e/ou cuidadores... Face a estes
 enfermeiros assumam uma atitude ética de “cuidar”        contextos, surgem, pois, não raras vezes, sentimentos
 na relação de “cuidados” que estabelecem com as          de desagrado, frustração, insatisfação e injustiça…
 pessoas por cujo “cuidado” são responsáveis                    Como enfermeira, faz-me sentido que pensemos
    Conforme já referi, a prestação de cuidados de        no impacto que tal terá (e já está a ter) na nossa
 enfermagem comporta, em si mesma, a afectação            forma de ser e de estar uns com os outros (como
 pelo Outro e esta afectação pode assumir duas            pessoas e como profissionais)… Será que tiramos
 vertentes: a vertente do apelo e que impele à            tempo para pensarmos sobre e como nos sentimos?
 resposta de cuidados; a vertente de o enfermeiro ser     Será que nos interrogamos sobre o modo como
 afectado. Será sobretudo sobre esta segunda              estamos face à e na profissão? Será que tiramos
 vertente que eu gostaria de centrar esta reflexão.       tempo para estarmos uns com os outros e
    Todos conhecemos, certamente, o sentimento de         partilharmos este nosso sentir, não em rol de catarse
 cansaço que resulta de uma noite de trabalho no          emocional, mas sim de forma consciente e activa, em
 hospital, ou após um dia inteiro a prestar cuidados no   prol da nossa auto e entreajuda e, qui ça?, do nosso
 domicílio… todos conhecemos, decerto, o sentimento       “cuidar” – de nós próprios, dos nossos pares, inter-
 de tristeza que advém após a morte de um doente          pares, das instituições?...
 que acompanhámos, ou o sentimento de impotência                Assim, pensar sobre quem cuida de quem cuida
 por não saber como ajudar uma família em luto…           implica     reflectir   sobre     o     papel     que,       como
 Todos conhecemos, também, o sentimento de                enfermeiros, podemos ser chamados a assumir neste
 satisfação que resulta duma recuperação funcional        cuidado,       considerando,      para     tal,       todos    os
 bem conseguida… todos conhecemos, igualmente, o          intervenientes nas diversas vertentes do exercício
 sentimento de reconforto por conseguir satisfazer os     profissional da enfermagem – prestação de cuidados,
 últimos desejos de um doente em fim de vida... ou o      gestão, formação, investigação e assessoria. Como
 sorriso de uma criança recuperada de uma situação        referi no início, este artigo não é mais do que uma
 de doença… ou a alegria assombrosa de uma mulher         partilha…       partilha     de       inquietações       e     de
 que acabou de ser mãe e de um pai que, com ela,          interrogações… Termino-o com a questão de partida:
 partilha a parentalidade… Conforme a área de             Quem cuida de quem cuida? e, na esteira desta, uma
 prestação de cuidados, seguramente, as emoções e         outra questão me surge na mente, feita desafio: Será
 sentimentos suscitados são diversos, mas em todas é      que nós – enfermeiros – , que do Outro cuidamos, de
 inquestionável que somos afectados, como pessoas,        nós próprios cuidamos?
 por todos aqueles a quem prestamos cuidados.
                                                                                             Sandra Martins Pereira
                                                                                                      (Enfermeira)
                                                                                                   s.m.p.9@hotmail.com
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Quem cuida dos cuidadores

  • 1. Relevância do Tempo - artº 11º, Decreto Legislativo Regional nº 26/2008/A (“Bónus César”) Do que falamos? Da possibilidade de alguns colegas virem a contar o tempo de serviço entre 1 de Janeiro de 2004 a 31 de Dezembro de 2008. Na prática mudar para um nível de vencimento superior. A quem se aplica? A todos os colegas que tenham exercido nesse período de tempo e que não tenham usado esse tempo para efeitos de progressão ou promoção. Quando se aplica? De acordo com as regras do próprio diploma, aplicar-se-ia no momento imediatamente a seguir ao resultante da integração nas novas carreiras (no nosso caso, 01.01.2011, 21.06.2011, 01.01.2012). Porque ainda não se aplicou? Porque existe uma interpretação por parte da Direcção Regional de Saúde que a Lei do Orçamente de 2011 impede revalorizações económicas. PONTO DE SITUAÇÃO: O sep tem uma interpretação contrária e defende que a lei do orçamento de 2011 prevê um regime de excepção para situações resultantes das transições decorrentes da Lei 12/A/2008 (ver nº 12 do artº 24º da Lei 55-A/2010), pelo que interpôs uma acção administrativa no Tribunal Administrativo de Ponta Delgada contra o Governo Regional. Aguarda-se decisão do tribunal. Francisco Branco SEP Açores % DE ADESÃO GREVE DIA 22 MARÇO 2012 NOITE MANHÃ TARDE INSTIT. ESC ADER % ESC ADER % ESC ADER % A deterioração das condições económicas Hosp Horta 12 1 8 53 30 57 14 0 0 dos enfermeiros devido ao conjunto de Hosp Stº Esp AH 24 7 29 124 27 22 36 8 22 Hops Divino Esp Stº PDL 49 30 61 176 87 49 63 24 38 medidas prosseguidas pelo Governo C. Saúde Horta 22 7 32 associada à deterioração das suas C. Saúde AH 44 11 25 C. Saúde PV 25 9 36 2 0 0 condições de trabalho inerente ao “corte Centro Onc. Açores 3 0 0 C. Saúde PDL 97 42 43 4 0 0 orçamental” de milhões de euros na C. Saúde Madalena 1 0 0 6 0 0 2 0 0 receita das Instituições, está a provocar C. Saúde Lajes 1 1 100 6 0 0 2 0 0 C. Ssaúde S. Roq. 1 1 100 5 0 0 1 0 0 uma enorme “onda” de insatisfação, C. Saúde Flores 1 1 100 7 5 71 1 0 0 C. Saúde Graciosa 2 2 100 4 4 100 2 2 100 desmotivação e frustração no seio da C. Saúde Calheta 1 1 100 6 3 50 1 0 0 C. Saúde Velas 2 0 0 10 0 0 2 1 50 Enfermagem, por isso tudo o SEP aderiu à C. Saúde Rib. Grande 6 2 33 33 9 27 6 0 0 C. Saúde V. F. Campo 3 3 100 21 3 14 3 3 100 GREVE geral do dia 22 de Março. A tabela C. Saúde Povoação 1 1 100 6 6 100 2 2 100 em anexo demonstra a percentagem de C. Saúde Nordeste 2 2 100 7 2 29 2 2 100 C. Saúde Vila Porto 2 2 100 10 2 20 2 2 100 adesão à greve do dia 22 ao nível Açores. TOTAL 108 54 50 665 247 37 145 44 30 ESC ADER % M/T/N 918 345 38
  • 2. artigo de reflexão Quem cuida de quem cuida?1 Sandra Martins Pereira Este artigo resulta de um convite, que eu entendi como um desafio, lançado por um colega – Enfermeiro Pedro Rosa2 – nos seguintes termos: Todos sabemos que os enfermeiros são os “Estamos a tentar renovar o modo como o SEP se profissionais que, na área da saúde, se ocupam de dirige e comunica com os enfermeiros; que me dizes prestar cuidados à pessoa, saudável ou doente, ao de escreveres um artigo para a newsletter do SEP?...”. longo de todo o ciclo vital, e aos grupos sociais nos Lançado o desafio, feito convite, inúmeras questões e quais esta esteja integrada, de forma a que ideias foram surgindo e pairando na minha mente, mantenham, melhorem e recuperem a saúde, entre as quais a maior de todas: estando eu a ajudando-as a atingir a sua máxima capacidade trabalhar numa escola, ainda que de enfermagem, funcional e independência, tão rapidamente quanto que poderei eu ter para dizer que possa interessar possível3. Quando esta recuperação da capacidade aos meus colegas enfermeiros?... E como fazê-lo sem funcional não é possível, o enfermeiro dirige a sua que essa escrita se transforme num artigo actuação no sentido de promover e melhorar, ao conceptual, meramente teórico (ainda que alicerçado máximo, a qualidade de vida, o bem-estar físico, em dados da prática de cuidados)?... Na procura de emocional e espiritual da pessoa e família, e a resposta a estas e outras questões, fez-me, pois, dignidade da pessoa. Assim, a enfermagem é, por sentido que esta escrita fosse feita com excelência, a profissão da proximidade e da transparência, simplicidade, proximidade e sem intimidade com o Outro, tocando-o no seu âmago e quaisquer pretensões de erudição: transparência, sendo afectado por ele. quanto às intenções – este artigo não é mais do que a Muitas vezes apontada como a profissão que minha procura de resposta e correspondência a um assume o “cuidar” como baluarte, são os enfermeiros pedido feito por um colega e amigo e estas questões quem, no quotidiano do seu exercício, fazem ao acabadas de enunciar não são mais do que a forma Outro aquilo que ele faria por si próprio se tivesse as que encontrei de tornar clara a dificuldade que tive condições, conhecimentos ou capacidades para tal. em lhe corresponder; simplicidade – sim, pretendo Ora, tal actividade é, em si mesma, potencialmente que este artigo seja simples e despretensioso; desgastante e só pode (ou deve) ser concretizada proximidade – proximidade na escrita e na partilha mediante essa atitude ética de “cuidar”. Não me que, através dela se vai gerar; sem pretensões de deterei aqui a reflectir se o “cuidar” é exclusivo da erudição – este artigo será “apenas” uma reflexão enfermagem (até porque considero que não o é e partilhada acerca do modo como me preocupa a isso, por si só, talvez resultasse num outro artigo…), questão que serviu de mote ao artigo e que o intitula. mas é indiscutível que esta atitude de “cuidar”, A interrogação “Quem cuida de quem cuida?” é, a pautada pela atenção, cuidado, desvelo, solicitude, é meu ver, premente. E é-o tanto mais quanto mais se essencial para uma prática de cuidados de refere a profissionais que assumem o cuidar e a enfermagem com qualidade e dignificante – da prestação de algum tipo de cuidado como o cerne do profissão e, sobretudo, da pessoa a quem são seu exercício profissional quotidiano. (continua…) [1] Título de um projecto de investigação do Gabinete de Investigação em Bioética do Instituo de Bioética da Universidade Católica Portuguesa financiado pela Fundação Grünenthal e pela Fundação Merck, Sharp and Dohme. [2] Perdoa-me, Pedro, a inconfidência… mas entendi este artigo como partilha e, como tal, fez-me sentido partilhar como ele surgiu… [3] Regulamento do Exercício Profissional do Enfermeiro – Decreto-Lei nº 161/96 de 4 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 104/98 de 21 de Abril.
  • 3. Quem cuida de quem cuida? (continuação) prestados cuidados. A natureza dos cuidados Todos sentimos que, considerando a conjectura prestados pelos enfermeiros implica, com efeito, o actual, extremamente difícil e cada vez mais marcada toque e a afectação: o toque do corpo do Outro por constrangimentos organizacionais, institucionais (muitas vezes, na sua nudez, despido de si, despojado e económicos, estes sentimentos e emoções das “vestes” que todos usamos no dia-a-dia e com as suscitados pela prática de cuidados são agravados quais camuflamos o nosso “eu” físico e interior) e a pelo facto de os contextos de trabalho estarem cada afectação pelo seu sofrimento, pela sua condição de vez mais difíceis, competitivos, stressantes, vulnerabilidade, pela sua degradação física, mental, desgastantes, até hostis, e, portanto, pouco saudáveis espiritual, social. É, pois, indiscutível que os e pouco cuidativos e/ou cuidadores... Face a estes enfermeiros assumam uma atitude ética de “cuidar” contextos, surgem, pois, não raras vezes, sentimentos na relação de “cuidados” que estabelecem com as de desagrado, frustração, insatisfação e injustiça… pessoas por cujo “cuidado” são responsáveis Como enfermeira, faz-me sentido que pensemos Conforme já referi, a prestação de cuidados de no impacto que tal terá (e já está a ter) na nossa enfermagem comporta, em si mesma, a afectação forma de ser e de estar uns com os outros (como pelo Outro e esta afectação pode assumir duas pessoas e como profissionais)… Será que tiramos vertentes: a vertente do apelo e que impele à tempo para pensarmos sobre e como nos sentimos? resposta de cuidados; a vertente de o enfermeiro ser Será que nos interrogamos sobre o modo como afectado. Será sobretudo sobre esta segunda estamos face à e na profissão? Será que tiramos vertente que eu gostaria de centrar esta reflexão. tempo para estarmos uns com os outros e Todos conhecemos, certamente, o sentimento de partilharmos este nosso sentir, não em rol de catarse cansaço que resulta de uma noite de trabalho no emocional, mas sim de forma consciente e activa, em hospital, ou após um dia inteiro a prestar cuidados no prol da nossa auto e entreajuda e, qui ça?, do nosso domicílio… todos conhecemos, decerto, o sentimento “cuidar” – de nós próprios, dos nossos pares, inter- de tristeza que advém após a morte de um doente pares, das instituições?... que acompanhámos, ou o sentimento de impotência Assim, pensar sobre quem cuida de quem cuida por não saber como ajudar uma família em luto… implica reflectir sobre o papel que, como Todos conhecemos, também, o sentimento de enfermeiros, podemos ser chamados a assumir neste satisfação que resulta duma recuperação funcional cuidado, considerando, para tal, todos os bem conseguida… todos conhecemos, igualmente, o intervenientes nas diversas vertentes do exercício sentimento de reconforto por conseguir satisfazer os profissional da enfermagem – prestação de cuidados, últimos desejos de um doente em fim de vida... ou o gestão, formação, investigação e assessoria. Como sorriso de uma criança recuperada de uma situação referi no início, este artigo não é mais do que uma de doença… ou a alegria assombrosa de uma mulher partilha… partilha de inquietações e de que acabou de ser mãe e de um pai que, com ela, interrogações… Termino-o com a questão de partida: partilha a parentalidade… Conforme a área de Quem cuida de quem cuida? e, na esteira desta, uma prestação de cuidados, seguramente, as emoções e outra questão me surge na mente, feita desafio: Será sentimentos suscitados são diversos, mas em todas é que nós – enfermeiros – , que do Outro cuidamos, de inquestionável que somos afectados, como pessoas, nós próprios cuidamos? por todos aqueles a quem prestamos cuidados. Sandra Martins Pereira (Enfermeira) s.m.p.9@hotmail.com
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