O documento discute a evolução histórica da atividade industrial e sua importância atual. Ele descreve como a industrialização começou com artesanato e manufatura e foi se transformando com as revoluções industriais, levando ao surgimento de fábricas. A atividade industrial dinamiza a economia e está associada à concentração urbana e desigualdades globais resultantes da divisão internacional do trabalho.
2. A atividade industrial faz parte do SETOR SECUNDÁRIO DE PRODUÇÃO.
Ela está ligada à TRANSFORMAÇÃO de matérias primas diversas em
diferentes tipos de produtos.
Sua dinâmica relaciona-se às CONSTANTES
INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS.
A produção do açúcar e sua
cadeia produtiva, no séc.XVI
e hoje
3. Objetos de cerâmica
(argila), alimentos
(farinha), tecidos, armas
e jóias, já eram
produzidos desde as
mais antigas civilizações:
são produtos cujas
técnicas de produção
antecedem a Revolução
Industrial – e são
classificadas como
artesanato e manufatura.
A transformação de produtos sempre existiu e se
relaciona à própria evolução da humanidade.
Tecidos, roupas, alimentos, jóias, armas,
ferramentas de trabalho são encontradas nas
mais diferentes civilizações.
Artesanato, manufatura e maquinofatura foram
as formas de transformação que antecederam a
chamada REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
4. PRODUÇÃO ARTESANAL E
MANUFATUREIRA
•A produção artesanal se caracteriza pelo
trabalho solitário do artesão – no máximo
com ajudante ou aprendiz – que realiza
todas as etapas de produção, apenas com
ferramentas simples. O artesanato,
bastante difundido na Europa e em muitas
colônias até o século XVII, tem sua
produção voltada para mercados restritos
e foi perdendo espaço como atividade
econômica na medida em que as
máquinas foram sendo aperfeiçoadas,
embora não tenha desaparecido
totalmente.
•A produção manufatureira surgiu no
século XVII e pode ser considerada uma
etapa intermediária entre o artesanato e a
indústria, na qual já se utilizavam
máquinas muito simples, mas o trabalho
manual ainda era o fator principal da
produção. Nessa etapa muitos
trabalhadores eram reunidos em grandes
oficinas, o trabalho era dividido e a mão de
obra assalariada
5. As sucessivas INOVAÇÕES
TECNOLÓGICAS geraram inúmeras
transformações e estão na base
de funcionamento do
SISTEMA CAPITALISTA DE
PRODUÇÃO, que desde o século
XVI, tem sido o principal
responsável pelos processos de
organização do espaço.
6. Cada etapa da evolução
humana permitiu o
DESENVOLVIMENTO DE NOVAS
TECNOLOGIAS e de novas
formas de se “domar” a natureza
e transformá-la para criar bens,
mercadorias, produtos e serviços.
Tudo isso só se tornou
possível com o uso de
MATÉRIAS–PRIMAS e ENERGIA...
buscadas em qualquer parte do
planeta para atender as
demandas cada vez maiores das
sociedades humanas.
Mas é com a estruturação
e expansão do SISTEMA
CAPITALISTA MUNDIAL, a partir
do século XVI, que as
transformações e os processos
ligados à PRODUÇÃO e ao
CONSUMO atingiram níveis cada
vez maiores.
7. F
E
U
D
A
L
I
S
M
O
A cada etapa de evolução capitalista ocorrem mudanças nas
relações econômicas, políticas e socioculturais, que se estabelecem
entre os países capitalistas centrais e suas periferias, responsáveis
pela organização dos espaços nacionais e mundial.
8. G
L
O
B
A
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
O mundo em que vivemos e todas as características associadas a ele,
foram estruturadas a partir do final da Segunda Guerra Mundial (1939-
1945). Esse conjunto de transformações desembocam no que é
chamado, hoje, de GLOBALIZAÇÃO.
9. Cada etapa de evolução
capitalista privilegiou
uma determinada
atividade econômica :
O comércio, na fase
MERCANTILISTA criou as
pré-condições de
acumulação primitiva de
capitais e a ascensão de
potências europeias, que
organizam o espaço
mundial à sua imagem e
semelhança.
Mas, as principais
transformações foram
desencadeadas pela
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
e o rápido
desenvolvimento dos
sistemas de transportes e
comunicações, que
“encolheu” os espaços e
acelerou o tempo
10. A INDÚSTRIA
É O SETOR MAIS DINÂMICO DA ECONOMIA. ELA
AFETA TODOS OS DEMAIS SETORES DE
PRODUÇÃO E É CONSIDERADA COMO FATOR DE SETORES
DESENVOLVIMENTO QUATERNÁRIO E
QUINÁRIO
SETOR
PRIMÁRIO CAPITAIS
MATÉRIAS-PRIMAS (FINANCEIRO
ALIMENTOS
RECURSOS MINERAIS TECNOLÓGICO
IMOBILIZADO)
SETOR
TERCIÁRIO INDÚSTRIA
INFRAESTRUTURA
TRANSPORTE
ENERGIA RELAÇÕES DE
COMÉRCIO E SEVIÇOS PRODUÇÃO
MÃO-DE-OBRA
&CONSUMO
MERCADO CONSUMIDOR
11. A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL que se inicia no final do
século XVIII é responsável por um conjunto de
transformações entre o homem e a natureza; entre o
homem e as relações de trabalho. As máquinas mudaram
as formas de trabalho e os processos produtivos. As
fábricas passam a se concentrar em regiões próximas às
fontes de matérias-primas e grandes portos, ocasionando as
grandes concentrações urbano-industriais. Muitos
operários vinham das áreas rurais e cumpriam jornadas
de 12 a 14 horas em condições adversas. A legislação só
surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a
diminuição da jornada só se concretiza no início do século
XX.
12. CADA ETAPA DE
EVOLUÇÃO
CAPITALISTA MARCA
AS RELAÇÕES
POLÍTICAS E
ECONÔMICAS ENTRE
OS PAÍSES
CAPITALISTAS
CENTRAIS E OS
PAÍSES
PERIFÉRICOS. É A
CHAMADA DIVISÃO
INTERNACIONAL DO
TRABALHO (DIT).
NO MUNDO ATUAL A
DIT É ESTABELECIDA
EM FUNÇÃO DOS
FLUXOS DE
CAPITAIS.
14. FATORES LOCACIONAIS
Disponibilidade de capitais (financeiro e
tecnológico)
Infraestrutura de transportes e
comunicações
Fontes de energia
Incentivos governamentais
Infraestrutura de transportes e
comunicações
Disponibilidade de água e matérias
primas
Mercado consumidor
15. ETAPAS DE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE INDUSTRIAL
PRINCIPAIS DIT
MATÉRIAS- TIPO DE
ÁREAS (divisão
PERÍODO MATRIZ ENERGÉTICA PRIMAS MAIS INDÚSTRIA
VALORIZADAS PREDOMINANTE URBANO- internacional do
INDUSTRIAIS trabalho)
CARVÃO, SIDERURGIA, PAÍSES CLÁSSICA
FERRO, METALÚRGICA CENTRAIS PAÍSES
1ª MANGANÊS , MECÂNICA, Grã-Bretanha, INDUSTRIALI
CARVÃO MINERAL
Revolução , MATERIAL DE França, ZADOS X
(MÁQUINAS A
Industrial FIBRAS TRANSPORTES Alemanha, PAÍSES
VAPOR)
séc XVIII TÊXTEIS (FERROVIAS, Estados PRODUTORES
(ALGODÃO IND. NAVAL), Unidos, DE MATÉRIAS-
) TÊXTEIS Rússia. PRIMAS
principalment
e nos PAÍSES CLÁSSICA
PETRÓLEO QUÍMICA CENTRAIS iniciam-se
2ª HIDROELETRICIDA PETROQUÍMIC inicia-se transformaçõe
PETRÓLEO
Revolução DE A o PROCESSO s em função
MATÉRIAS-
Industrial MATERIAL DE da expansão
PRIMAS
final do DE SUBSTITUIÇÃ de
diversas
séc XIX TRANSPORTES O DAS investimentos
que
até 2ª (VEÍCULOS IMPORTAÇÕE dos países
atendem às
Guerra AUTOMOTORE S em centrais para
indústrias
Mundial S, MATERIAL determinados os NIC’s, e
de bens de
ELÉTRICO, países novas formas
produção e
INDÚSTRIAS periféricos de relações de
de
DE BENS de (custo de trocas
consumo
PRODUÇÃO E produção e internacionais
CONSUMO crises nas (capitais X
(duráveis e economias empréstimos,
não-duráveis), centrais) juros)
16. ETAPAS DE EVOLUÇÂO DA ATIVIDADE INDUSTRIAL (continuação)
MATÉRIAS-
PRIMAS TIPO DE PRINCIPAIS
PERÍODO MATRIZ ENERGÉTICA MAIS INDÚSTRIA ÁREAS URBANO- DIT
VALORIZAD PREDOMINANTE INDUSTRIAIS
AS
transferência Nova divisão
mantêm-se o uso BÉLICA das unidades internacional
do carvão, AEROESPACIA de produção do trabalho:
petróleo e L para os PAÍSES
3ª hidroelétricas INFORMÁTICA PAÍSES CENTRAIS são
Revolução ENERGIA ROBÓTICA PERIFÉRICOS fornecedores
Industrial NUCLEAR amplia-se TELECOMUNIC os de capitais e
a partir da FONTES o leque de AÇÕES PAÍSES tecnologias
2ª Guerra ALTERNATIVAS DE opções: BIOTECNOLOG CENTRAIS PAÍSES
Mundial ENERGIA novos IA permanecem PERIFÉRICOS
(Biocombustíveis) materiais (ligadas à como centros (NIC’s)
com chamada de receptores de
destaque revolução investimento, investimentos
para o uso técnico- gestão, e empresas,
do silício científica controle e exportam,
novas informacional) planejamento além de
ligas das atividades produtos,
metálicas econômicas. também
Atuam em capitais.
todo o planeta
através de
empresas
multi e
transnacionais
17. A atividade
industrial cria
diferentes FLUXOS
e PROCESSOS que
dinamizam os
setores de
produção,
integram os
espaços
geográficos e
explicam as
relações
socioeconômicas,
políticas e culturais
dos diferentes
países.
18. COMO SE REALIZA A PRODUÇÃO
FINANCEIRO
CAPITAIS
TECNOLÓGICO
MÃO DE OBRA TRABALHO
CONSUMO LUCRO
TODA E QUALQUER MERCADORIA, BEM OU
SERVIÇO É FRUTO DA RELAÇÃO ENTRE
NATUREZA E INVESTIMENTOS DE CAPITAL
MEDIADAS PELO TRABALHO E A PARTIR DELAS
FORMAM-SE CADEIAS PRODUTIVAS CADA VEZ
MAIS COMPLEXAS
19. CADEIA PRODUTIVA
A PRODUÇÃO INDUSTRIAL DINAMIZA TODOS OS
SETORES DE PRODUÇÃO .
20. Em função do volume de
capitais necessários. da
quantidade de mão de obra
utilizada, e do tipo de
mercado consumidor a que
se destina, as indústrias são
classificadas em três tipos
principais:
BENS DE
EQUIPAMENTO E PRODUÇÃO
(também chamadas de
indústrias de base)
BENS DE CAPITAL E
INTERMEDIÁRIAS
BENS DE CONSUMO
(DURÁVEIS E NÃO-DURÁVEIS)
21. O caráter
concentrador
da atividade
industrial explica
as desigualdades
socioeconomicas
mundias e
caracteriza as
relações CENTRO
PERIFERIA ,
baseadas na
DIVISÃO
INTERNACIONAL
DO TRABALHO.
22. BERÇO DA PRIMEIRA
REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL, OS PAÍSES
EUROPEUS – GRÃ
BRETANHA (Inglaterra),
FRANÇA, ALEMANHA E
ITÁLIA APRESENTAM
ÁREAS DE GRANDE
DESENVOLVIMENTO
URBANO INDUSTRIAL.
Junto com os Estados
Unidos - Canadá e
Japão, compõem o
conjunto das principais
economias mundiais e
dominam as relações de
produção e consumo
que se disseminam por
todo o planeta.
23. Os Estados Unidos
apresentam as Líder do G7, grupo dos países mais ricos e
principais áreas desenvolvidos do mundo, os EUA são
URBANO considerados como a maior potência mundial.
INDUSTRIAIS do
planeta.
Lá se encontram
mais da metade das
200 maiores
empresas do
planeta, que
possuem filiais em
outros países, entre
eles o Brasil.
Suas principais
concentrações
formam o
MANUFACTORING
BELT e o SUN
BELT.
24. O Vale do
Silício é a
principal área
de
concentração
de indústrias
de alta
tecnologia que
se
desenvolveram
a partir da
Guerra Fria e
são as
principais
representantes
da 3ª
Revolução
Industrial
25. O Japão é, HOJE, a
terceira maior potência
industrial do planeta.
(perdeu a posição de 2ª
potência para a China)
Seu desenvolvimento se
acelerou no pós Segunda
Guerra Mundial,
principalmente graças às
inovações tecnológicas,
entre elas a
miniaturização e a
robótica.
Investimentos maciços
em TECNOLOGIA DE
PONTA que permitiram
“driblar” sua carência em
matérias primas e a falta
de combustíveis fósseis.
26. A rússia, como país líder da antiga urss, era considerada
como a 2ª grande potência mundial, durante o período da
guerra fria.
a crise do socialismo (1991) fez com que país despencasse
para a 70ª posição. Sua recuperação o coloca, hoje, como
país emergente, que é considerado parte dos brics.
27. A partir dos anos de 1950 o processo industrial se dissemina
em direção aos países periféricos. É a chamada
SUBSTITUIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES
Graças à abundância de matérias primas, mão de obra mais
barata e incentivos governamentais formam-se áreas urbano
industriais, onde se instalam FILIAIS de grandes empresas,
diretamente vinculadas aos países capitalistas centrais.
É a DESCONCENTRAÇÃO CONCENTRADA, que irá
reproduzir nos países periféricos as etapas que marcaram a
industrialização dos países centrais, caracterizando sua
INDUSTRIALIZAÇÃO TARDIA.
É em função desse processo que surgem os PAÍSES
EMERGENTES: China, Índia, Brasil (junto com a Rússia) e a
República Sul Africana, que formam os BRIC, que são os
principais NOVOS PAÍSES INDUSTRIALIZADOS (ou NIC’s, a
sigla em inglês que os identifica)
Além deles, há cerca de 20 outros países emergentes, cuja
industrialização recente os coloca no grupo de países de
desenvolvimento intermediário, que formam o G20.
29. ESTADOS UNIDOS, JAPÃO,
FRANÇA, ITÁLIA E ALEMANHA
SÃO OS PRINCIPAIS PAÍSES
INDUSTRIAIS DO MUNDO.
Suas empresas tem filiais por todo
o mundo : são as MULTI e
TRANSNACIONAIS.
30. OS NICs - Novos Países
Industrializados - são áreas de
expansão urbano - industriais que se
desenvolveram no pós Segunda
Guerra Mundial, através da
descentralização industrial
empreendida pelos países
capitalistas centrais. Entre eles
destacam-se a china e os tigres
asiáticos
31. A partir do final do
século XIX, o Brasil
inicia seu processo
de industrialização.
Ele é considerado
como um típico
PROCESSO DE
SUBSTITUIÇÃO
DAS
IMPORTAÇÕES,
que ganha força a
partir da Segunda
Guerra Mundial.
32. A atividade industrial é um
fenômeno tipicamente urbano.
Ela se apresenta altamente
concentrada em função do
conjunto de FATORES
LOCACIONAIS (capitais, mão
de obra, mercado consumidor
e infraestrutura).
No Brasil, a concentração
ocorre especialmente no
CENTRO SUL onde se
destacam as duas metrópoles
nacionais: São Paulo e Rio de
Janeiro, responsáveis pela
organização e pela produção
do espaço nacional e que
funcionam como elos de
ligação com os centros
capitalistas mundiais.
34. Os modernos
sistemas de
comunicação e
transportes
permitem
“fragmentar” a
produção em
várias unidades de
produção
“especializadas”,
distribuídas por
diferentes países.
As grandes
empresas, cujas
sedes se mantêm
nos países
capitalistas
centrais planejam
e gerenciam todo
esse processo.
35. As inovações tecnológicas e a
necessidade de estimular o
consumo geram novos produtos
que tornam rapidamente
obsoletos e ultrapassados
produtos pré existentes.
É a OBSOLESCÊNCIA
PLANEJADA.
Como tudo o que é produzido
contêm
INVESTIMENTO
TRABALHO
E
NATUREZA
a sociedade contemporânea
caracteriza-se por provocar
grandes impactos ambientais e
ser grande produtora de lixo.
36. Países de
industrialização
recente
As relações de produção consumo integram todas as
áreas do planeta sob o controle dos países capitalistas
centrais, caracterizando a chamada GLOBALIZAÇÃO