1) O documento discute os estados de emancipação da alma, como sonhos, sonambulismo e êxtase, quando a alma se desprende parcialmente do corpo.
2) Esses estados permitem que a alma entre em comunicação com espíritos e visite outros lugares, como ocorre nos sonhos.
3) Kardec inicialmente negou a possibilidade de possessão física, mas depois admitiu que um espírito desencarnado pode temporariamente substituir o espírito de um encarnado em estado de transe.
3. Emancipação da alma – estado particular
da vida humana durante o qual a alma, des-prendendo-
se de seus laços materiais, recu-pera
algumas das suas faculdades de Espírito
e entra mais facilmente em comunicação
com os seres incorpóreos. Este estado se
manifesta principalmente pelo fenômeno dos
sonhos, da soníloquia, da dupla-vista, do
sonambulismo natural ou magnético e do
êxtase. (KARDEC, Iniciação Espírita, 1986, p. 186).
4. Sonhos – efeito da emancipação da alma
durante o sono. Quando os sentidos ficam
entorpecidos os laços que unem o corpo e a
alma se afrouxam. Esta, tornando-se mais
livre, recupera em parte, suas faculdades de
Espírito e entra mais facilmente em comuni-cação
com os seres do mundo incorpóreo. A
recordação que ela conserva ao despertar,
do que viu em outros lugares e em outros
mun-dos, ou em suas existências passadas,
cons-titui o sonho propriamente dito. Sendo
esta recordação apenas parcial, quase
sempre incompleta e entremeada com
recordações da vigília, resultam daí, na
sequência dos fatos, soluções de
continuidade que ==>
5. lhes rompem a concatenação e produzem
esses conjuntos estranhos que parecem sem
sentido, pouco mais ou menos como seria a
narração à qual se houvessem truncado, aqui
e ali, fragmentos de linhas ou de frases.
(KARDEC, Iniciação Espírita, 1986, p. 211).
6. Soníloquia (do lat. somnus, sono, e loqui,
falar). Estado de emancipação da alma inter-mediário
ao sono e ao sonambulismo
natural. Aqueles que falam sonhando são
soníloquos. (KARDEC, Iniciação Espírita, 1986, p. 211).
7. Segunda-vista. Efeito da emancipação da
alma que se manifesta no estado de vigília.
Faculdade de ver as coisas ausentes como se
estas estivessem presentes. Aqueles que de-la
são dotados não veem pelos olhos, mas
pela alma, que percebe a imagem dos obje-tos
por toda parte onde ela se transporta, e
como por uma espécie de miragem. Esta fa-culdade
não é permanente. Certas pessoas a
possuem sem saber: ela parece-lhes um
efeito natural, e produz o que denominamos
visões. (KARDEC, Iniciação Espírita, 1986, p. 209).
8. Sonambulismo (do lat. somnus, sono, e
ambulare, marchar, passear), estado de
emancipação da alma mais completo do que
no sonho (v. Sonho).
O sonho é um sonambulismo imperfeito. No
sonambulismo a lucidez da alma, isto é, a
faculdade de ver, que é um dos atributos de
sua natureza, é mais desenvolvida. Ela vê as
coisas com mais precisão e nitidez, o corpo
pode agir sob o impulso da vontade da alma.
O esquecimento absoluto no momento do
despertar é um dos sinais característicos do
verdadeiro sonambulismo, visto que a inde-pendência
da alma e do corpo é mais com-pleta
do que no sonho. (KARDEC, Iniciação Espírita,
1986, p. 210).
9. Sonambulismo natural: o que é espontâ-neo
e se produz sem provocação e sem
influência de nenhum agente exterior.
Sonambulismo magnético ou artificial, o
que é provocado pela ação que uma pessoa
exerce sobre outra, por meio do fluido mag-nético
que esta derrama sobre aquela.
(KARDEC, Iniciação Espírita, 1986, p. 210).
10. Êxtase (do gr. ekstasis, arrebatamento, ar-roubo
de espírito; feito de existêmi, tomar de
espanto) – paroxismo da emancipação da al-ma
durante a vida corporal, de que resulta a
suspensão momentânea das faculdades per-ceptivas
e sensitivas dos órgãos. Nesse esta-do
a alma não se prende mais ao corpo se-não
por laços fracos, que ela procura rom-per;
pertence mais ao mundo dos Espíritos,
que ela entrevê, do que ao mundo material.
O êxtase é, algumas vezes, natural e espon-tâneo;
pode também ser provocado pela
ação magnética e, neste caso, é um grau su-perior
de sonambulismo. (KARDEC, Iniciação
Espírita, 1986, p. 189).
11. Em A Gênese, cap. XIV, lemos:
“Ele [Espírito], por conseguinte, se sente fe-liz
em deixar o corpo, como o pássaro em se
encontrar fora da gaiola, pelo que aproveita
todas as ocasiões que se lhe oferecem para
dela se escapar, de todos os instantes em
que a sua presença não é necessária à vida
de relação. Tem-se então o fenômeno a que
se dá o nome de emancipação da alma, fenô-meno
que se produz sempre durante o sono.
De todas as vezes que o corpo repousa, que
os sentidos ficam inativos, o Espírito se
desprende.
==>
12. Nesses momentos ele vive da vida espiritual,
enquanto que o corpo vive apenas da vida
vegetativa; acha-se, em parte, no estado em
que se achará após a morte: percorre o es-paço,
confabula com os amigos e outros Es-píritos,
livres ou encarnados também. (KARDEC,
2007e, p. 330-331).
13. Para efeitos didáticos, classificaremos as ocor
rências dos estados de emancipação da alma
nos seguintes momentos:
1 – Durante a vigília – desdobramento (via-gem
astral, projeção da consciência);
2 – Durante o transe mediúnico – possessão
e incorporação;
3 – Durante o sono natural – sonhos;
4 – Durante o sono provocado – sonambu-lismo;
5 – Durante o fenômeno das premonições –
acesso a eventos futuros;
6 – Durante casos de doenças;
7 – Durante a “quase-morte” – EQM's.
14. Durante a vigília –
desdobramento (viagem astral,
projeção da consciência)
15. A emancipação da alma se verifica às vezes
no estado de vigília e produz o fenômeno
conhecido pelo nome de segunda vista ou
dupla vista, que é a faculdade graças a qual
quem a possui vê, ouve e sente além dos li-mites
dos sentidos humanos. Percebe o que
exista até onde estende a alma a sua ação.
Vê, por assim dizer, através da vista ordiná-ria
e como por uma espécie de miragem.
(KARDEC, LE, 2007a, p. 274).
16. DESDOBRAMENTO. Transe no qual o espíri-to
do percipiente desloca-se e vai até outros
lugares, distantes ou não, fora da dimensão
espaço/tempo, e descreve o que vê e o que
faz. É o processo de exteriorização do peris-pírito,
decorrendo vários outros fenômenos.
A bicorporeidade ou bilocação, por exemplo,
é a materialização do perispírito do médium
desdobrado, emancipado (parcialmente ou
momentaneamente) do corpo. Como qual-quer
tipo de transe, o médium pode estar
consciente ou não. (PALHANO JR., Dicionário de Filosofia
Espírita, 2004, p. 83).
17. Em A Gênese, cap. XIV, encontramos:
37. - Sendo o mesmo o perispírito, assim nos
encarnados, como nos desencarnados, um
Espírito encarnado, por efeito
completamente idêntico, pode, num
momento de liberdade, aparecer em ponto
diverso do em que repou-sa seu corpo, com
os traços que lhe são ha-bituais e com todos
os sinais de sua identida-de. Foi esse
fenômeno, do qual se conhecem muitos
casos autênticos, que deu lugar à crença nos
homens duplos. (KARDEC, 2007e, p. 340).
18. “[...] Isolado do corpo, o Espírito de um vivo
pode, como o de um morto, mostrar-se com
todas as aparências da realidade. Demais, pe
las mesmas causas que hemos exposto,
pode adquirir momentânea tangibilidade.
Este fenô meno, conhecido pelo nome de
bicorporeida-de, foi que deu azo às histórias
de homens duplos, isto é, de indivíduos cuja
presença simultânea em dois lugares
diferentes se che gou a comprovar. […].
Por nós evocado e interrogado, acerca do fa-to
acima, Santo Afonso respondeu do seguin-te
modo:
19. 1ª Poderias explicar-nos esse fenômeno?
'[…] Eis como: o Espírito encarnado, ao sem-tir
que lhe vem o sono, pode pedir a Deus
lhe seja permitido transportar-se a um lugar
qualquer. Seu Espírito, ou sua alma, como
quiseres, abandona então o corpo, acompa-nhado
de uma parte do seu perispírito, e
deixa a matéria imunda num estado próximo
do da morte. Digo próximo do da morte, por-que
no corpo ficou um laço que liga o peris-pírito
e a alma à matéria, laço este que não
pode ser definido. O corpo aparece, então,
no lugar desejado. Creio ser isto o que
queres saber'." (KARDEC, LM, 2007b, p. 163-164).
20. “[…] Querendo-se reportar-se ao que disse-mos
precedentemente, sobre o papel do pe-rispírito
em todos os fatos de aparições, mes
mo de pessoas vivas, compreender-se-á que
lá está ainda a chave do fenômeno da trans-figuração.
Com efeito, uma vez que o peris-pírito
pode se isolar do corpo, que pode tor-nar-
se visível, que pela sua extrema sutilida-de
pode tomar diversas aparências à vontade
do Espírito, conceber-se-á, sem dificuldade,
que ele esteja assim numa pessoa transfigu-rada:
o corpo fica o mesmo, só o perispírito
muda de aspecto. Mas, então, dir-se-á, em
que se torna o corpo?
==>
21. De um lado o corpo real e de outro o peris-pírito
transfigurado? Fatos estranhos, dos
quais iremos falar oportunamente, provam
que, […] o corpo real pode estar, de alguma
sorte, velado pelo perispírito. (RE 1859, p. 65)
23. Eis aí um assunto sobre o qual ainda se cria
muita polêmica no meio espírita, porquanto,
poucos confrades sabem que Kardec, apesar
de afirmar, em O Livro dos Espíritos e O
Livro dos Médiuns, que não há posse física
de um encarnado, ele, declaradamente,
muda de ideia. Veja-se isto na Revista
Espírita 1863, mês dezembro, quando trata
do caso da Senhorita Julie; leiamo-lo:
24. Um caso de possessão
Senhoria Julie
Dissemos que não havia possessos no sentido vulgar
da palavra, mas subjugados; retornamos sobre esta
afirmação muito absoluta, porque nos está demons-trado
agora que pode ali haver possessão verdadeira,
quer dizer, substituição, parcial no entanto, de um
Espírito errante ao Espírito encarnado. Eis um primei-ro
fato que é a prova disto, e que apresenta o fenô-meno
em toda a sua simplicidade. […].
[...] Ele [o espírito] declara que, querendo conversar
com seu antigo amigo, aproveitou de um momento
em que o Espírito da Senhora A..., a sonâmbula, es-tava
afastado de seu corpo, para se colocar em seu
lugar. […].
P. Que fez durante esse tempo o Espírito da senhora
A...? – R. Estava lá, ao lado, me olhava e ria de ver-me
nesse vestuário. (KARDEC, RE 1863, p. 373-374).
25. Em A Gênese, cap. XIV, Os Fluidos, Kardec diz:
“Na possessão, em vez de agir exteriormente, o
Espírito atuante se substitui, por assim dizer, ao
Espírito encarnado; toma-lhe o corpo para domi-cílio,
sem que este, no entanto, seja abandonado
pelo seu dono, pois que isso só se pode dar pela
morte. […] é sempre temporária e intermitente,
porque um Espírito desencarnado não pode tomar
definitivamente o lugar de um encarnado, […].
De posse momentânea do corpo do encarnado, o
Espírito se serve dele como se seu próprio fora:
fa la pela sua boca, vê pelos seus olhos, opera
com seus braços, conforme o faria se estivesse
vivo. […] quem o haja conhecido em vida,
reconhece-lhe a linguagem, a voz, os gestos e até
a expres-são da fisionomia”. (KARDEC, 2007e, p. 349-
350).
26. Léon Denis, em No invisível, cap. XIX - Transe
e incorporações, afirma:
“O estado de transe é esse grau de sono magné
tico que permite ao corpo fluídico exteriorizar-se,
desprender-se do corpo carnal, e à alma
tornar a viver por um instante sua vida livre e
independente. A separação, todavia, nunca é
completa; a separação absoluta seria a morte.
[…]
No corpo do médium, momentaneamente aban-donado,
pode dar-se uma substituição de Espí-rito.
É o fenômeno das incorporações. A alma de
um desencarnado, mesmo a alma de um vivo
adormecido, pode tomar o lugar do médium e
servir-se de seu organismo material, para se
co-municar pela palavra e pelo gesto com as
pes-soas presentes”. (DENIS, 1987b, p. 249).
28. “Enquanto o corpo repousa, o Espírito se des
prende dos laços materiais; fica mais livre e
pode mais facilmente ver os outros Espíritos,
entrando com eles em comunicação. O sonho
não é senão a recordação desse estado.
Quando de nada nos lembramos, diz-se que
não sonhamos, mas, nem por isso a alma
deixou de ver e de gozar da sua liberdade.
[...]”. (KARDEC, LM, 2007b, p. 135-136).
29.
30. Em O que é o Espiritismo, lemos:
136. Qual o estado da alma durante o sono?
No sono é só o corpo que repousa, mas o Espí-rito
não dorme. As observações práticas pro-vam
que, nessas condições, o Espírito goza de
toda a liberdade e da plenitude das suas facul-dades;
aproveita-se do repouso do corpo, dos
momentos em que este lhe dispensa a presen-ça,
para agir separadamente e ir aonde quer.
Durante a vida, qualquer que seja a distância
a que se transporte, o Espírito fica sempre
preso ao corpo por um cordão fluídico, que
serve para chamá-lo, quando a sua presença
se torna necessária. Só a morte rompe esse
laço. (KARDEC, 2001, p. 204).
31. […] Do mesmo modo que alguns médiuns
videntes, os Espíritos reconhecem o Espírito
de uma pessoa viva, por um rastro luminoso,
que termina no corpo, fenômeno que absolu-tamente
não se dá quando este está morto,
porque, então, a separação é completa. Por
meio dessa comunicação, entre o Espírito e o
corpo, é que aquele recebe aviso, qualquer
que seja a distância a que se ache do segun-do,
da necessidade que este possa experi-mentar
de sua presença, caso em que volta
ao seu invólucro com a rapidez do relâmpa-go.
[…] (KARDEC, LM, 2007b, p. 163).
32. “[…] no corpo ficou um
laço que liga o perispírito
e a alma à matéria, laço
este que não pode ser
definido. […]”. (KARDEC, LM,
2007b, p. 164).
O “cordão fluídico”, “fio
de prata” ou “cordão de
luz”, como queiram, é o
laço que liga o espírito ao
corpo físico, por suas
propriedades o perispírito
permite ao espírito ir à
longas distâncias.
33. 401. Durante o sono, a alma repousa como o
corpo?
“Não, o Espírito jamais está inativo. Durante
o sono, afrouxam-se os laços que o prendem
ao corpo e, não precisando este então da sua
presença, ele se lança pelo espaço e entra
em relação mais direta com os outros Espí-ritos”.
(KARDEC, LE, 2007a, p. 249-250).
34. “O sonho é a lembrança do que o Espírito viu
durante o sono. [...] Muitas vezes, apenas
vos fica a lembrança da perturbação que o
vosso Espírito experimenta à sua partida ou
no seu regresso, acrescida da que resulta do
que fizestes ou do que vos preocupa quando
despertos. A não ser assim, como explicaríeis
os sonhos absurdos, que tanto os sábios,
quando os as mais humildes e simples cria-turas
têm? Acontece também que os maus
Espíritos se aproveitam dos sonhos para
atormentar as almas fracas e pusilânimes.
(KARDEC, LE, 2007a, p. 251-252).
35. 403. Por que não nos lembramos sempre dos
sonhos?
“[…] como é pesada e grosseira a matéria
que o compõe, o corpo dificilmente conserva
as impressões que o Espírito recebeu, porque
a este não chegaram por intermédio dos ór-gãos
corporais”. (KARDEC, LE, 2007a, p. 252-256).
36. 404. Que se deve pensar das significações
atribuídas aos sonhos?
“Os sonhos não são verdadeiros como o en-tendem
os ledores de buena-dicha, pois fora
absurdo crer-se que sonhar com tal coisa
anuncia tal outra. São verdadeiros no sentido
de que apresentam imagens que para o Espí-rito
têm realidade, porém que, frequente-mente,
nenhuma relação guardam com o
que se passa na vida corporal. […]”. (KARDEC,
LE, 2007a, p. 253).
37. Buena-dicha: sorte fausta ou infausta de um indivíduo,
supostamente inferida por algum meio ocultista (p.ex.,
pelas linhas da mão); sina, fortuna (HOUAISS).
38. “[...] É preciso não esquecer que, durante o
sono, a alma está mais ou menos sob a influ-ência
da matéria e que, por conseguinte, nun
ca se liberta completamente de suas ideias
terrenas, donde resulta que as preocupações
do estado de vigília podem dar ao que se vê
a aparência do que se deseja, ou do que se
teme. A isto é que, em verdade, cabe cha-mar-
se efeito da imaginação. […]”. (KARDEC,
LE, 2007a, p. 253-254).
“Temos para nós que faríamos uma injúria
aos nossos leitores, se nos propuséssemos a
demonstrar o que há de absurdo e ridículo
no que vulgarmente se chama a
interpretação dos sonhos. (KARDEC, LM, 2007b, p.
145).
39. Emmanuel, em O Consolador, à pergunta
“Como devemos conceituar o sonho?”,
respondeu:
– Na maioria das vezes, o sonho constitui
atividade reflexa das situações psicológicas
do homem no mecanismo das lutas de cada
dia, quando as forças orgânicas dormitam
em repouso indispensável.
Em determinadas circunstâncias, contudo,
como nos fenômenos premonitórios, ou nos
de sonambulismo, em que a alma encarnada
alcança elevada porcentagem de desprendi-mento
parcial, o sonho representa a liberda-de
relativa do Espírito prisioneiro da ==>
40. Terra, quando, então, se poderá verificar a
comunicação inter vivos e, quanto possível,
as visões proféticas, fatos esses sempre or-ganizados
pelos mentores espirituais de ele-vada
hierarquia, obedecendo a fins superio-res,
e quando o encarnado em temporária
liberdade pode receber a palavra e a influ-ência
diretas de seus amigos e orientadores
do plano invisível. (XAVIER, 1986b, p. 43).
41.
42.
43.
44.
45. Sonhos comuns
“[São] Aqueles em que o nosso Espírito,
desligando-se parcialmente do corpo, se vê
envolvido e dominado pela onda de imagens
e pensamentos, seus e do mundo exterior,
uma vez que vivemos num misterioso turbi-lhão
das mais desencontradas ideias.
O mundo psíquico que nos cerca reflete as
vibrações de bilhões de pessoas encarnadas
e desencarnadas.
Deixando o corpo em repouso, o Espírito
ingressa no plano espiritual com apurada
sensibilidade, facultando ao campo sensório
==>
46. o recolhimento, embarafustado, de desen-contradas
imagens antes não percebidas, em
face das limitações impostas pelo cérebro
físico.
Ao despertarmos, guardaremos imprecisa re-cordação
de tudo, especialmente da ausência
de conexão nos acontecimentos que, em for-ma
de incompreensível sonho, povoaram a
nossa vida mental.
A esses sonhos chamaríamos sonhos co-muns,
por serem eles os mais frequentes”.
(PERALVA, Estudando a mediunidade, 1987, p. 98).
47.
48. Reflexivos
Por reflexivos, categorizamos os sonhos em
que a alma, abandonando o corpo físico, re-gistra
as impressões e imagens arquivadas
no subconsciente e plasmadas na organiza-ção
perispiritual.
Tal registro é possível de ser feito em virtude
da modificação vibratória, que põe o Espírito
em relação com fatos e paisagens remotos,
desta e de outras existências.
Ocorrências de séculos e milênios gravam-se
indelevelmente em nossa memória, estrati-ficando-
se em camadas superpostas.
==>
49. A modificação vibratória, determinada pela
liberdade de que passa a gozar o Espírito, no
sono, fá-lo entrar em relação com aconteci-mentos
e cenas de eras distantes, vindos à
tona em forma de sonho.
A esses sonhos, na esquematização de nosso
singelo estudo, daremos a denominação de
'reflexivos', por refletirem eles, evidente-mente,
situações anteriormente vividas.
(PERALVA, Estudando a mediunidade, p. 98).
50.
51. Sonhos Espíritas
Nos sonhos espíritas a alma, desprendida do
corpo, exerce atividade real e afetiva, facultan-do
meios de encontrarmo-nos com parentes,
amigos, instrutores e, também, com os nossos
inimigos, desta e de outras vidas.
Quando os olhos se fecham, com a visitação do
sono, o nosso Espírito parte em disparada, por
influxo magnético, para os locais de sua prefe-rência.
O viciado procurará os outros.
O religioso buscará um templo.
O sacerdote do Bem irá ao encontro do sofri-mento
e da lágrima, para assisti-los fraternal-mente.
==>
52. Enquanto despertos, os imperativos da vida con
tingente nos conservam no trabalho, na execu-ção
dos deveres que nos são peculiares.
Adormecendo, a coisa muda de figura.
Desaparecem, como por encanto, as conveniên-cias.
A atividade extracorpórea passará a refletir,
sem dissimulações ou constrangimentos, as
nossas reais e efetivas inclinações, superiores
ou infe-riores. (PERALVA, Estudando a mediunidade, p.
99).
53.
54. Na obra Entre o céu e a terra, encontramos
esta interessante fala do ministro Clarêncio:
“[…] O contacto com o reino espiritual, enquan
to nos demoramos no envoltório terrestre, não
pode ser dilatado em toda a extensão, para
que nossa alma não afrouxe o interesse de
lutar dignamente até o fim do corpo. Antonina
lembrar-se-á de nossa excursão mas de modo
vago, como quem traz no campo vivo da alma
um belo quadro de esbatidos contornos. Recor
dar-se-á porém, do filhinho mais vivamente, o
bastante para sentir-se reconfortada e convi-cta
de que Marcos a espera na vida maior.
Semelhante certeza ser-lhe-á doce alimento
ao coração.” (XAVIER, 1986a, p. 77).
55. Ainda em Entre a terra e o céu, vemos Mário
Silva relatando o seu sonho à Minervina, sua
mãe, ao que ela aduziu:
– Cá por mim, estou certa de que, à noite,
reencontramos as pessoas que amamos ou
detestamos. Nosso espírito, no sono, procura
os afetos ou os desafetos do caminho para
acertar as próprias contas. Disso, não tenho
qualquer dúvida. (XAVIER, 1986a, p. 96-97).
56. Interessante é a informação que se encontra
em Libertação, num dos momentos em que o
instrutor Gúbio, orienta André Luiz:
“– Não mediste, ainda – respondeu, presti-moso,
a extensão do intercâmbio entre en-carnados
e desencarnados. A determinadas
horas da noite, três quartas partes da popu-lação
de cada um dos hemisférios da Crosta
Terrestre se acham nas zonas de contacto
conosco e a maior percentagem desses semi-libertos
do corpo, pela influência natural do
sono, permanecem detidos nos círculos de
baixa vibração qual este em que nos movi-mentamos
provisoriamente. ==>
57. Por aqui, muitas vezes se forjam dolorosos
dramas que se desenrolam nos campos da
carne. Grandes crimes têm nestes sítios as
respectivas nascentes e, não fosse o trabalho
ativo e constante dos Espíritos protetores
que se desvelam pelos homens no labor as-crificial
da caridade oculta e da educação per
severante, sob a égide do Cristo, aconteci-mentos
mais trágicos estarreceriam as cria-turas.”
(XAVIER, 1987, p. 80).
59. 425. O sonambulismo natural tem alguma
relação com os sonhos? Como explicá-lo?
“É um estado de independência do Espírito,
mais completo do que no sonho, estado em
que maior amplitude adquirem suas faculda-des.
A alma tem então percepções de que
não dispõe no sonho, que é um estado de
sonambulismo imperfeito.
==>
60. Comenta Kardec:
“No sonambulismo, o Espírito está na posse
plena de si mesmo. Os órgãos materiais,
achando-se de certa forma em estado de
catalepsia, deixam de receber as impressões
exteriores. Esse estado se apresenta princi-palmente
durante o sono, ocasião em que o
Espírito pode abandonar provisoriamente
corpo, por se encontrar este gozando do re-pouso
indispensável à matéria. Quando se
produzem os fatos do sonambulismo, é que o
Espírito, preocupado com uma coisa ou ou-tra,
se aplica a uma ação qualquer, para cuja
prática necessita de utilizar-se do corpo.
==>
61. Serve-se então deste, como se serve de uma
mesa ou de outro objeto material no fenô-meno
das manifestações físicas, ou mesmo
como se utiliza da mão do médium nas co-municações
escritas. Nos sonhos de que se
tem consciência, os órgãos, inclusive os da
memória, começam a despertar. Recebem
imperfeitamente as impressões produzidas
por objetos ou causas externas e as comuni-cam
ao Espírito, que, então, também em re-pouso,
só experimenta, do que lhe é trans-mitido,
sensações confusas e, amiúde,
desor-denadas, sem nenhuma aparente
razão de ser, mescladas que se apresentam
de vagas recordações, quer da existência
atual, quer de anteriores.
==>
62. Facilmente, portanto, se compreende por
que os sonâmbulos nenhuma lembrança
guardam do que se passou enquanto
estiveram no es-tado sonambúlico e por que
os sonhos não têm sentido. Digo - as mais
das vezes, por-que também sucede serem a
consequência de lembrança exata de
acontecimentos de uma vida anterior e até,
não raro, uma espé-cie de intuição do
futuro.” (KARDEC, LE, 2007a, p. 260-261).
63. 426. O chamado sonambulismo magnético
tem alguma relação com o sonambulismo
natural?
“É a mesma coisa, com a só diferença de ser
provocado.”
428. Qual a causa da clarividência sonam-búlica?
“Já o dissemos: É a alma que vê.”
Clarividência: propriedade inerente à alma e que dá a
certas pessoas a faculdade de ver sem o auxílio dos órgãos
da visão. (v. Lucidez) (KARDEC, Iniciação Espírita, 1986, p. 184).
64. Lucidez, clarividência – faculdade de ver
sem o auxílio dos órgãos da visão. É uma fa-culdade
inerente à própria natureza da alma
ou do Espírito, e que reside em todo o seu
ser; eis por que em todos os casos em que
há emancipação da alma, o homem tem per-cepções
independentes dos sentidos. No es-tado
corporal normal, a faculdade de ver é
limitada pelos órgãos materiais; desprendida
desse obstáculo, ela não é mais circunscrita,
estende-se por toda parte onde a alma exer-ce
sua ação; tal é a causa da visão à distân-cia
de que gozam certos sonâmbulos.
==>
65. Eles se veem no próprio local que observam
e descrevem, ainda que este se situe mil lé-guas
à distância, visto que, se o corpo não se
acha acolá, a alma, em realidade, ali se en-contra.
Pode-se, pois, dizer que o sonâmbulo
vê pelos olhos da alma.
A palavra clarividência é mais geral; lucidez
diz-se mais particularmente da clarividência
sonambúlica. Um sonâmbulo é mais ou me-nos
lúcido, conforme a emancipação da alma
é mais ou menos completa. (KARDEC, Iniciação
Espírita, 1986, P. 194).
66. 429. Como pode o sonâmbulo ver através dos
corpos opacos?
“Não há corpos opacos senão para os vossos
grosseiros órgãos. Já precedentemente não dis-semos
que a matéria nenhum obstáculo oferece
ao Espírito, que livremente a atravessa? Fre-quentemente
ouvis o sonâmbulo dizer que vê
pela fronte, pelo punho, etc., porque, achando-vos
inteiramente presos à matéria, não compre-endeis
lhe seja possível ver sem o auxílio dos
órgãos. Ele próprio, pelo desejo que manifes-tais,
julga precisar dos órgãos. Se, porém, o
deixásseis livre, compreenderia que vê por to-das
as partes do seu corpo, ou, melhor falando,
que vê de fora do seu corpo.” (KARDEC, LE, 2007a,
p. 262).
68. Em O Livro dos Espíritos, na explicação sobre
a liberdade da alma durante o sono, lemos:
“[…] Quando o corpo repousa, acredita-o,
tem o Espírito mais faculdades do que no
estado de vigília. Lembra-se do passado e
algumas vezes prevê o futuro”. (KARDEC, 2007a,
p. 250),
69. A Gênese, Cap. XVI – Teoria da presciência:
“[…] Se for um Espírito adiantado, se, sobre-tudo,
houver recebido, como os profetas,
uma missão especial para esse efeito, goza-rá,
nos momentos de emancipação da alma,
da faculdade de abarcar, por si mesmo, um
período mais ou menos extenso, e verá, co-mo
presente, os sucessos desse período. Po-de
então revelá-los no mesmo instante, ou
conservar lembrança deles ao despertar. Se
os sucessos hajam de permanecer secretos,
ele os esquecerá, ou apenas guardará uma
vaga intuição do que lhe foi revelado, bas-tante
para o guiar instintivamente”. (KARDEC,
2007e, p. 410).
70. “Muitas vezes, as pessoas dotadas da faculdade
de prever, seja no estado de êxtase, seja no de
sonambulismo, veem os acontecimentos como
que desenhados num quadro, […].
Atravessando o pensamento o espaço, como os
sons atraves-sam o ar, um sucesso que esteja
no dos Espíri-tos que trabalham para que ele se
dê, ou no dos homens cujos atos devam
provocá-lo, pode for-mar uma imagem para o
vidente; mas, como a sua realização pode ser
apressada ou retardada por um concurso de
circunstâncias, este último vê o fato, sem
poder, todavia, determinar o mo-mento em que
se dará. Não raro acontece que aquele
pensamento não passa de um projeto, de um
desejo, que se não concretizem em reali-dade,
donde os frequentes erros de fato e de data nas
previsões”. (KARDEC, 2007e, p. 411).
73. 16ª Por que razão certas visões ocorrem com
mais frequência quando se está doente?
“Elas ocorrem do mesmo modo quando es-tais
de perfeita saúde. Simplesmente, no es-tado
de doença, os laços materiais se afrou-xam;
a fraqueza do corpo permite maior li-berdade
ao Espírito, que, então, se põe mais
facilmente em comunicação com os outros
Espíritos”. (LM, cap. VI, item p, 140).
75. EQMs são experiências vividas pelo Espírito
no momento em que seu corpo físico não dá
nenhum sinal de vida, ou seja, ocorreu a mor
te clínica. Após o retorno ao corpo, a pessoa
conta o que lhe aconteceu nesse período, a
isso convencionou-se chamar de Experiência
quase-morte, ou abreviadamente, EQM.
Esse termo foi criado pelo norte-americano
Raymond Moody Jr, psiquiatra, psicólogo e
professor de Filosofia. Em 1975, ao publicar
o livro Vida depois da Vida, se torna o pri-meiro
pesquisador dessa ocorrência.
(WIKIPÉDIA).
76. Para o cardiologista Dr. Pim Van Lommel:
“A EQM pode ser definida como a memória que
é relatada de todas as impressões que ocorre-ram
durante um estado especial de consciência,
tais como uma experiência fora-do-corpo, sen-timentos
agradáveis, visão de um túnel, de uma
luz, de familiares falecidos ou de uma retrospe-ctiva
da vida. São descritas muitas circunstân-cias
durante as quais ocorre as EQM, tais como
paragem cardíaca (morte clínica), choque após
perda de sangue, lesão cerebral traumática ou
hemorragia intracerebral, quase-afogamento ou
asfixia, mas também doenças graves cujo peri-go
de vida não é imediato. [...]”. (DOMINGOS;
DIAS; LOUÇÃO, Relatos verídicos. Experiências de quase-morte2011,
p. 201-202).
77. Pesquisadores e investigadores da EQM:
- Raymund Moody Jr (prof. Filosofia e iniciador)
- Melvin Morse (Pediatra, EQM em crianças)
- Manuel Domingos (neuropsicologista)
- Atwatter (investigadora e escritora)
- Pim vam Lommel (cardiologista)
- Kenneth Ring (psicólogo)
- Peter Fenwick (neuropsiquiatra)
- Bruce Greyson (psiquiatra)
- Michael Sobom (cardiologista)
- Stevenson (psicólogo)
- Mário Simões (psiquiatra)
- Víctor Rodrigues (psicólogo)
(DOMINGOS; DIAS; LOUÇÃO,
2011, p. 165, 167 e 180)
78. O Dr. Sam Parnia é um dos
maiores especialistas mun-diais
em estudos científicos
sobre a morte, o estado da
mente humana e experiên-cias
de quase-morte. Divide a
sua actividade académica en-tre
as pesquisas nos hospitais
do reino Unido e a Cornell
University, em Nova Iorque.
Fundou o Consciousness
Research Group, na Universi-dade
de Southampton.
(http://www.wook.pt/authors/detai
l/id/48372).
79. É certo que Kardec não tratou desta questão
da forma como hoje a tratamos, entretanto,
ele se envolveu com situação bem semelhan-te
que é o caso das mortes aparentes –
catalepsia e letargia, ocorrências que, bem
provavelmente, podem levar o indivíduo a
ter uma EQM.
80. Em A Gênese, cap. XIV – Os fluidos, no tópi-co
II – Explicação de alguns fenômenos con-siderados
sobrenaturais. Do item
“Catalepsia. Ressurreições”, transcrevemos:
30. - Em certos estados patológicos, quando
o Espírito há deixado o corpo e o perispírito
só por alguns pontos se lhe acha aderido,
apresenta ele, o corpo, todas as aparências
da morte e enuncia-se uma verdade absolu-ta,
dizendo que a vida aí está por um fio. Se-melhante
estado pode durar mais ou menos
tempo; podem mesmo algumas partes do
corpo entrar em decomposição, sem que, no
entanto, a vida se ache definitivamente ex-tinta.
==>
81. Enquanto não se haja rompido o último fio,
pode o Espírito, quer por uma ação enérgica,
da sua própria vontade, quer por um influxo
fluídico estranho, igualmente forte, ser cha-mado
a volver ao corpo. É como se explicam
certos fatos de prolongamento da vida contra
todas as probabilidades e algumas supostas
ressurreições. […] Quando, porém, as últi-mas
moléculas do corpo fluídico se têm des-tacado
do corpo carnal, ou quando este últi-mo
há chegado a um estado irreparável de
degradação, impossível se torna todo regres-so
à vida. (KARDEC, A Gênese, p. 335-336).
82. 422. Os letárgicos e os catalépticos, em ge-ral,
veem e ouvem o que em derredor se diz
e faz, sem que possam exprimir que estão
vendo e ouvindo. É pelos olhos e pelos ouvi-dos
que têm essas percepções?
“Não; pelo Espírito. O Espírito tem consciên-cia
de si, mas não pode comunicar-se.”
a) - Por quê?
“Porque a isso se opõe o estado do corpo. E
esse estado especial dos órgãos vos prova
que no homem há alguma coisa mais do que
o corpo, pois que, então, o corpo já não fun-ciona
e, no entanto, o Espírito se mostra ati-vo.”
83. 423. Na letargia, pode o Espírito separar-se
inteiramente do corpo, de modo a imprimir-lhe
todas as aparências da morte e voltar depois a
habitá-lo?
“Na letargia, o corpo não está morto, porquan-to
há funções que continuam a executar-se.
Sua vitalidade se encontra em estado latente,
como na crisálida, porém não aniquilada. Ora,
enquanto o corpo vive, o Espírito se lhe acha
ligado. Em se rompendo, por efeito da morte
real e pela desagregação dos órgãos, os laços
que prendem um ao outro, integral se torna a
separação e o Espírito não volta mais ao seu
envoltório. Desde que um homem, aparente-mente
morto, volve à vida, é que não era
completa a morte.”
85. Avisos em sonhos
Joel 3,1: “Depois disso, derramarei o meu espí-rito
sobre todos os viventes, e os filhos e filhas
de vocês se tornarão profetas; entre vocês, os
velhos terão sonhos e os jovens terão visões!”
Mateus 1,20: “Enquanto José pensava nisso, o
Anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, e dis-se:
"José, filho de Davi, não tenha medo de re-ceber
Maria como esposa, porque ela concebeu
pela ação do Espírito Santo”.
Mateus 2,13: “Depois que os magos partiram, o
Anjo do Senhor apareceu em sonho a José, e
lhe disse: "Levante-se, pegue o menino e a mãe
dele, e fuja para o Egito! Fique lá até que eu
avise. Porque Herodes vai procurar o menino
para matá-lo."
86. A “visão” de Paulo:
Atos 16,9-19: “Durante a noite, Paulo teve
uma visão: na sua frente estava de pé um
macedônio que lhe suplicava: 'Venha à Ma-cedônia
e ajude-nos!' Depois dessa visão,
procuramos imediatamente partir para a Ma-cedônia,
pois estávamos convencidos de que
Deus acabava de nos chamar para anunciar
aí a Boa Notícia”.
87. Arrebatamentos:
Ezequiel 3,14: “O espírito me ergueu e me
arrebatou. Eu fui amargurado e irritado, pois
a mão de Javé pesava sobre mim.”
Ezequiel 43,5: “Então o espírito me arre-batou
e levou para o pátio interno: [...]”.
Atos 8,39: “[…] o Espírito arrebatou Filipe, e
o eunuco não o viu mais... foi parar em
Azoto; [...]”.
88. 2Coríntios 12,2-4: “Conheço um homem em
Cristo, que há catorze anos foi arrebatado ao
terceiro céu. Se estava em seu corpo, não
sei; se fora do corpo, não sei; Deus o sabe.
Sei apenas que esse homem - se no corpo ou
fora do corpo não sei; Deus o sabe! foi arre-batado
até o paraíso e ouviu palavras inefá-veis,
que não são permitidas ao homem re-petir”.
89. O fio de prata:
Eclesiastes 12,6-7: “Antes que o fio de prata
se rompa e a taça de ouro se parta, antes
que o jarro se quebre na fonte e a roldana
rebente no poço. Então o pó volta para a
terra de onde veio, e o sopro vital retorna
para Deus que o concedeu”.
90. Ressurreição, porta da EQM:
“Um tal de Lázaro tinha caído de cama. Ele era
natural de Betânia, o povoado de Maria e de
sua irmã Marta. […] as irmãs mandaram a
Jesus um recado […] Ouvindo o recado, Jesus
disse: 'Essa doença não é para a morte, […]'.
Quando Jesus chegou, já fazia quatro dias que
Lázaro estava no túmulo. […] Jesus, contendo-se
de novo, chegou ao túmulo. Era uma gruta,
fechada […] tiraram a pedra. Jesus levantou
os olhos para o alto e […], gritou bem forte:
'Lázaro, saia para fora!' O morto saiu. Tinha os
braços e as pernas amarrados com panos e o
rosto coberto com um sudário. Jesus disse aos
presentes: 'Desamarrem e deixem que ele
ande'”. (João 11,1-44).
91. Referências bibliográficas:
DENIS, L. No invisível. Rio de Janeiro: FEB, 1987b.
DOMINGOS, M.; DIAS, P. C; LOUÇÃO, P. Relatos verídicos.
Experiências de quase-morte. Lisboa, Portugal: Ésquilo,
2011.
KARDEC, A. A Gênese. Rio de Janeiro: FEB, 2007e.
KARDEC, A. Iniciação Espírita. São Paulo: Edicel, 1986.
KARDEC, A. O Livro dos Médiuns. Rio de Janeiro: FEB,
2007b.
KARDEC, A. Revista Espírita 1859. Araras, SP: IDE, 1993e.
KARDEC, A. Revista Espírita 1863. Araras, SP: IDE, 2000b.
PALHANO JR., L. Dicionário Filosofia Espírita. Rio de Janeiro:
CELD, 2004.
PERALVA, M. Estudando a mediunidade. Rio de Janeiro: FEB,
1987.
XAVIER, F. C. Entre o céu e a terra. Rio de Janeiro: FEB,
1986a.
XAVIER, F. C. Libertação. Rio de Janeiro: FEB, 1987.
XAVIER, F. C. O Consolador. Rio de Janeiro: FEB, 1986b.
92. Internet:
Dr. Sam Parnia:
http://www.wook.pt/authors/detail/id/48372, acesso em
19.04.2013, às 16:00hs.
Raymond Moody Jr:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Raymond_Moody, acesso em
19.04.2013, às 18:32hs
SADALLA, A. M. F. A. Autoscopia: um procedimento de
pesquisa e de formação. Campinas, SP:
http://www.scielo.br/pdf/ep/v30n3/a03v30n3.pdf, acesso
em 19.04.2013, às 19:20hs.
93. Imagens:
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