O documento descreve as principais figuras de linguagem, dividindo-as em quatro categorias: figuras fônicas ou gráficas, figuras sintáticas, figuras semânticas e figuras lógicas. Exemplos de cada categoria são dados, como aliteração, elipse e metáfora.
2. AS FIGURAS DE LINGUAGEM
As figuras de linguagem constituem os ornamentos do
discurso. A figura se opõe à linguagem simples. Ela desvia os
elementos da linguagem comum do seu uso nomal, criando
uma linguagem nova, qualificada às vezes de florida.
[...]
Pode-se se estabelecer uma classificação ainda mais
operatória dessas figuras. Assim,distinguem-se:
As figuras fônicas ou gráficas, que agem sobre a
sonoridade ou grafia das palavras: aliteração, paronomásia,
rimas, assonância, trocadilhos, anagramas,escrita fonética
(escrever como se fala),modificações ortográficas
propositadas(“prolooongar”).
3. As figuras sintáticas que agem sobre a sintaxe da frase
(anacoluto, elipse, enumeração, inversão).
As figuras semânticas, que agem sobre o sentido das
palavras,o qual se desloca ou se transforma (metáfora,
metonímia).
As figuras lógicas que agem sobre o valor lógico da
frase, sobre sua ordem habitual ou sobre a estrutura de
conjunto do enunciado, entendendo-se que este
normalmene se apresenta seguindo uma ordem ou um
progressão “lógica” (litotes, hipérboles, repetição,
pleonasmo).
(VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicasna
produção oral e escrita. São Paulo: Martins Fontes, 1987, p.
49-50)
4. Questão 01
EPITÁFIO
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabem alegrias
E a tristeza que vier...
BRITTO, Sérgio. Epitáfio. In: A melhor banda de todos os tempos da última
semana. São Paulo: Abril Music, 2001, 1CD.
5. Observam-se, nos versos destacados, na letra dessa música, as
seguintes figuras de linguagem:
A) Zeugma – hipérbole - antítese.
B) Prosopopeia – gradação – catacrese.
C) Gradação – zeugma – eufemismo.
D) Catacrese – hipérbole – prosopopeia.
E) Metáfora – antítese – ironia.
6. Observam-se, nos versos destacados, na letra dessa música, as
seguintes figuras de linguagem:
A) Zeugma – hipérbole - antítese.
B) Prosopopeia – gradação – catacrese.
C) Gradação – zeugma – eufemismo.
D) Catacrese – hipérbole – prosopopeia.
E) Metáfora – antítese – ironia.
Há, nos versos 2 e 3, a ausência da expressão “Devia”, já
expressa, implicando zeugma; a ideia de morrer de amor é um
exagero, uma hipérbole; existe uma oposição de ideias nos
dois últimos versos: alegria x tristeza.
7. Questão 02
O MUNDO É GRANDE
O mundo é grande e cabe
Nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
Na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
No breve espaço do beijar.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 1992, p.1043)
8. Nesse poema, os versos estabelecem entre si relações de sentido,
alicerçadas em:
a) Comparações implícitas, implicando o uso de metáfora: associam-se
o mundo a uma janela sobre o mar; o mar a uma cama; e o amor ao
beijo.
b) Sinestesia, uma vez que as ideias de “janela” , de “mar”, de “
cama”, de “colchão” e de “grande” traduzem um apelo de
natureza visual.
c) Antítese, pois, cada conjunto de dois versos é ligado por meio da
mesma conjunção – E – , e esta equivale a “porém”, marcando
oposição de ideias.
d) Prosopopeia: ness sentido, tanto o amor quanto o mar tornam-se
seres vivos, capazes da capacidade de escolha em relação ao tempo
e ao espaço.
e) Ironia: o eu lírico, a rigor, afirma o contrário do que diz: se o
“mundo é grande “, evidentemente não poderia caber no espaço
de uma janela.
9. Nesse poema, os versos estabelecem entre si relações de sentido,
alicerçadas em:
a) Comparações implícitas, implicando o uso de metáfora: associam-se
o mundo a uma janela sobre o mar; o mar a uma cama; e o amor ao
beijo.
b) Sinestesia, uma vez que as ideias de “janela” , de “mar”, de “
cama”, de “colchão” e de “grande” traduzem um apelo de
natureza visual.
c) Antítese, pois, cada conjunto de dois versos é ligado por meio da
mesma conjunção – E – , e esta equivale a “porém”, marcando
oposição de ideias.
d) Prosopopeia: ness sentido, tanto o amor quanto o mar tornam-se
seres vivos, capazes da capacidade de escolha em relação ao tempo
e ao espaço.
e) Ironia: o eu lírico, a rigor, afirma o contrário do que diz: se o
“mundo é grande “, evidentemente não poderia caber no espaço
de uma janela.
A conjunção E, nos três momentos do poema, tem o valor de “mas”,
implicando oposição de ideias: o amor é grande, mas cabe no breve
beijo”
10. Questão 03
De raio e chumbo
E chuva radioativa
Será a raiva ruba
Que, radiantes,
Não veremos?
O medo muda
O manto dos mortos
E move os mitos.
O medo manterá
Ou mudará
O manto do mundo?
( MELO, Alberto da Cunha. O cão de olhos amarelos. São Paulo: A
Girafa, 2996, p.166.)
11. Entre os recursos expressivos empregados nesse texto, destaca-se:
a) Metonímia: substituição de um termo por outro, quando há entre
eles uma relação de sentido, como parte pelo todo.
b) Metáfora: comparação implícita, o sentido natural de uma palavra é
substituído por outro, numa nova relação.
c) Aliteração: o ritmo do poema é posto em relevo a partir da
repetição de fonemas de natureza consonantal.
d) Prosopopeia: a palavra-chave do poema – Medo – é personificada,
agindo como um ser vivo, de tons humanos.
e) Catacrese: há um predomínio de impropriedades linguísiticas – o
que pode ser constatato em termos como “mito”.
12. Entre os recursos expressivos empregados nesse texto, destaca-se:
a) Metonímia: substituição de um termo por outro, quando há entre
eles uma relação de sentido, como parte pelo todo.
b) Metáfora: comparação implícita, o sentido natural de uma palavra é
substituído por outro, numa nova relação.
c) Aliteração: o ritmo do poema é posto em relevo a partir da
repetição de fonemas de natureza consonantal.
d) Prosopopeia: a palavra-chave do poema – Medo – é personificada,
agindo como um ser vivo, de tons humanos.
e) Catacrese: há um predomínio de impropriedades linguísiticas – o
que pode ser constatato em termos como “mito”.
Há uma sequência de palavras iniciadas por M
13. Questão 04
MAPA
Almas desesperadas, eu vos amo. Almas insatisfeitas, ardentes.
Destesto os que tapeiam,
Os que brincam de cobra-cega com a vida, os homens práticos...
Viva São Francisco e vários suicidas e amantes suicidas,
E os soldados que perderam a batalha, as mães bem mães,
As fêmeas bem fêmeas, os doidos bem doidos.
Vivam os transfigurados, ou porque eram perfeitos ou porque jejuavam
muito...
Viva eu, que inauguro no mundo o estado de bagunça transcendente.
14. Sou a presa do homem que fui há vinte anos passados,
Dos amores raros que tive,
Vida de planos ardentes, desertos vibrando sob os dedos do amor,
Tudo é ritmo no cérebro do poeta. Não me escrevo em nenhuma
teoria,
Estou no ar,
Na alma dos criminosos, dos amantes desesperados,
No meu quarto modesto da Praia de Botafogo,
No pensamento dos homens que movem o mundo,
Nem triste nem alegre, chama com dois olhos andando,
Sempre em trasformação.
(MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 1994, p.117)
15. A metonímia implica a substituição entre palavras que
apresentam relação constante: parte pelo todo, abstrato pelo
concreto, continente pelo conteúdo etc. Esse recurso de
construção textual está na opção:
a) “Nem triste nem alegre...”
b) “Vida de planos ardentes...”
c) “Sob os dedos do amor”
d) “Estou no ar...”
e) “Almas desesperadas ...”
16. A metonímia implica a substituição entre palavras que
apresentam relação constante: parte pelo todo, abstrato pelo
concreto, continente pelo conteúdo etc. Esse recurso de
construção textual está na opção:
a) “Nem triste nem alegre...”
b) “Vida de planos ardentes...”
c) “Sob os dedos do amor”
d) “Estou no ar...”
e) “Almas desesperadas ...”
O termo “almas” substitui “ pessoas”
17. Questão 05
Levando-se ainda em conta a leitura desse poema, na passagem “vida de
planos ardentes”, o poeta emprega uma sinestesia, isto é, atribui a um
elemento abstrato “planos” um sensação tátil: “ardente”. O mesmo
procedimento ocorre em:
(HILST, Hilda. Do desejo. São Paulo: Globo, 2001. )
a) “Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo, / tomas-me o corpo”. (p.17)
b) “Costuro o infinito sobre o peito. / E no entanto sou água fugidia...” (p.36)
c) “Também são cruas e duras as palavras antes de nos sentarmos à mesa”
(p;100)
d) “Eu sou Medo. Estertor. / Tu, meu Deus, um cavalo de ferro.” (p.85)
e) “Vem dos vales a voz. Do poço. / Dos penhascos. Vem funda e fria “ (p.31)
18. Questão 05
Levando-se ainda em conta a leitura desse poema, na passagem “vida de
planos ardentes”, o poeta emprega uma sinestesia, isto é, atribui a um
elemento abstrato “planos” um sensação tátil: “ardente”. O mesmo
procedimento ocorre em:
(HILST, Hilda. Do desejo. São Paulo: Globo, 2001. )
a) “Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo, / tomas-me o corpo”. (p.17)
b) “Costuro o infinito sobre o peito. / E no entanto sou água fugidia...” (p.36)
c) “Também são cruas e duras as palavras antes de nos sentarmos à mesa”
(p;100)
d) “Eu sou Medo. Estertor. / Tu, meu Deus, um cavalo de ferro.” (p.85)
e) “Vem dos vales a voz. Do poço. / Dos penhascos. Vem funda e fria “ (p.31)
O termo “palavras”, abstrato, passa a ser percebido pelo tato.
19. Questão 06
CERTIDÃO DE INFÂNCIA
Minha existência rural,
Tudo é memória
De borboletas de palha.
A palmatória,
Madeira em flor, o arabesco
Dos claros galos,
Vermelhos de ostentação.
Nos intervalos
Da aula, o pó-de-arroz e a lauda
Sem cor de outrora.
Gosto azul de mel na fala
Da professora.
O escarlate do sorriso
Do Bispo, a malha
De algodão, a naftalina
Para a mortalha.
Flor dos meus sapatos em fuga,
O adeus que dói.
A morte ronda em vermelho,
Póstumo boi.
Minha existência rural,
Tudo é lembrança
Duns olhos em correnteza
Feito criança.
(CARVALHO, Francisco. Os mortos
azuis. Fortaleza: Imprensa
Universitária da UFC , 1971,
p.41)
20. Em passagens como “borboletas de palha”, há uma comparação
implícita; em “a morte em vermelho”, há uma sensação
sensorial, constituindo, respectivamente, o emprego de
metáfora e de sinestesia. A mesma sequência dessas figuras de
linguagem está em:
a) “Olhos em correnteza”; “O adeus que dói”
b) “Madeira em flor” ; “Gosto azul de mel na fala”
c) “O pó de arroz e a lauda”; “Tudo é lembrança”
d) “Póstumo boi”; “Minha existência rural”
e) “A naftalina para a mortalha”; “O sorriso escarlate”
21. Em passagens como “borboletas de palha”, há uma comparação
implícita; em “a morte em vermelho”, há uma sensação
sensorial, constituindo, respectivamente, o emprego de
metáfora e de sinestesia. A mesma sequência dessas figuras de
linguagem está em:
a) “Olhos em correnteza”; “O adeus que dói”
b) “Madeira em flor” ; “Gosto azul de mel na fala”
c) “O pó de arroz e a lauda”; “Tudo é lembrança”
d) “Póstumo boi”; “Minha existência rural”
e) “A naftalina para a mortalha”; “O sorriso escarlate”
Em “madeira em flor” , há uma associação; em “gosto azul de mel”,
sensações sensoriais.
22. Questão 07
A tropa pegara Pascoal Italiano e fora com ele a um banho de
facão. O tenente tinha sabido que o mascate fazia serviço de
espia para o bandido e dá com ele na cadeia do Espírito Santo.
O tenente estava disposto a pegar o cangaceiro de qualquer
jeito. Um negro fora preso também para interrogatório. E
contaram que saíra da cadeia com as mãos inchadas de bolos.
O mestre José Amaro ia sabendo dessas coisas com ódio
violento contra a tropa. Enquanto isto, correra a notícia de um
encontro de Antonio Silvino no Ingá com a força da polícia.
Aquela notícia aliviara o povo da várzea.
(REGO, José Lins do. Ficcão completa – vol. II. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 1987, p.530)
23. Para a construção desse excerto do romance “Fogo Morto”, José Lins do
Rego optou pela substituição entre palavras que estabelecem entre si
relações de sentido – o que caracteriza o recurso da metonímia.
Marcar a opção em que essa figura de linguagem esteja presente:
a) “A velha minha sogra meteu a cabeça entre a porta, adelgaçou os
lábios num sorriso e anunciou alvissareira: - Um menino !” (Moreira
Campos)
b) “No corpo, a serpente / de cabeça dourada / expõe o vaso de veneno”
(Barros Pinho)
c) “Feito um cão solto / súbito o sol / salta janela / adentro do quarto”
(Adriano Espínola)
d) “Não posso viver comigo / não posso fugir de mim” (Sá de Miranda)
e) “Amor é fogo que arde sem se ver” (Luis Vaz de Camões)
24. Para a construção desse excerto do romance “Fogo Morto”, José Lins do
Rego optou pela substituição entre palavras que estabelecem entre si
relações de sentido – o que caracteriza o recurso da metonímia.
Marcar a opção em que essa figura de linguagem esteja presente:
a) “A velha minha sogra meteu a cabeça entre a porta, adelgaçou os
lábios num sorriso e anunciou alvissareira: - Um menino !” (Moreira
Campos)
b) “No corpo, a serpente / de cabeça dourada / expõe o vaso de veneno”
(Barros Pinho)
c) “Feito um cão solto / súbito o sol / salta janela / adentro do quarto”
(Adriano Espínola)
d) “Não posso viver comigo / não posso fugir de mim” (Sá de Miranda)
e) “Amor é fogo que arde sem se ver” (Luis Vaz de Camões)
A expressão “ minha sogra” substitui o nome da mulher.
25. Questão 08
Ler o poema a seguir:
EXPLICAÇÃO DE POESIA SEM NINGUÉM PEDIR
Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,
Mas atravessa a noite, a madrugada, o dia.
Atravessou minha vida,
Virou só sentimento.
(PRADO, Adélia. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano,
1991, p.48)
26. A expressão “trem-de-ferro” passa, nesse poema, de
denotativa a conotativa; com isso, aponta a presença
de:
a) Catacrese
b) Hipérbole
c) Metáfora
d) Prosopopeia
e) Ironia
27. A expressão “trem-de-ferro” passa, nesse poema, de
denotativa a conotativa; com isso, aponta a presença
de:
a) Catacrese
b) Hipérbole
c) Metáfora
d) Prosopopeia
e) Ironia
O verbo atravessar passa a traduzir a ideia de acompanhar,
isto é, o trem, como lembrança, é como se atavessasse a
existência do eu lírico.
28. Questão 09
. Ler o que se segue:
UMA CARTA
Em outra carta, de antes, já não contei? Xavinha falou em Delmiro,
cada vez mais aluado e escondido. E parecia muito doente, magros,
os pés inchados. O povo dizia que ele acabou mudo, de tanto não
falar com ninguém.
Isso, a seu tempo, tinha me deixado numa grande calma. E eu revia
o velho, na sua meiaágua de telha, botando xerém de milho para os
passarinhos. E aquele sorriso curto quando me via, e os presentes
que me dava. E a marreca-viuvinha morta, ainda quente na mão.
(QUEIROZ, Rachel. Dôra, Doralina.Rio de Janeiro: José Olumpio, 1979,
p. 110)
29. Nas passagens “O povo dizia que ele acabou
mudo...” ; e “E eu revia o velho...”, há o mesmo
procedimento de construção textual, a partir do uso
de:
a) Metáfora
b) Metonímia
c) Hipérbole
d) Ironia
e) Antonomásia
30. Nas passagens “O povo dizia que ele acabou
mudo...” ; e “E eu revia o velho...”, há o mesmo
procedimento de construção textual, a partir do uso
de:
a) Metáfora
b) Metonímia
c) Hipérbole
d) Ironia
e) Antonomásia
Os termos “povo” e “velho” substituem “ os
habitantes do lugar” e “Delmiro”, respectivamente.
31. Questão 10
Observar o fragmento de um romance:
DIAS E DIAS
Há dias e dias, sinto o meu coração como um sabiá na gaiola com a
porta aberta, tenho vontade de girar, girar até ficar tonta e cair no
chão, como eu fazia quando era menina. Trago nas minhas mãos os
versos que Antonio escreveu para meus olhos, quantos anos,
mesmo, tínhamos? Eu doze, e ele treze, pois isso se deu em 1836.
A poesia fala em olhos verdes, e naquele momento, quando a li
pela primeira vez, acreditei que fossem os meus olhos, mas meus
olhos não chegam a ser verdes, têm mais a cor da folha quase seca
da palmeira, ou talvez a cor da água da baía de São Marcos, uma
água suja de lama e areia dos moventes baixios, revolvida pelas
dimensões da lua, pelo percorrer incessante dos saveiros de pesca,
esta água que agora vejo ao sol da manhã.
(MIRANDA, Ana. Dias e dias. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p.
15)
32. Na construção desse texto, a autora primou pelo recurso
da substituição entre palavras que apresentam relações
de sentido, daí o predomínio de:
a) Metáfora
b) Sinestesia
c) Hipérbole
d) Prosopopeia
e) Metonímia
33. Na construção desse texto, a autora primou pelo recurso
da substituição entre palavras que apresentam relações
de sentido, daí o predomínio de:
a) Metáfora
b) Sinestesia
c) Hipérbole
d) Prosopopeia
e) Metonímia
Termos como “coração” , “mãos”, “versos” etc são
exemplos de metonímia, processo de substituição de
uma palavra por outra – se há entre elas relação de
sentido.
34. Questão 11
A MULHER NUNCA SE CANSA DE SE CANSAR DELA MESMA
No fundo, são todas iguais, porque o que querem mesmo é ser diferentes
umas das outras, sem perceber que a única mulher diferente, no duro, é a
que quer ser igual - mas isso é dificílimo de conseguir, porque nenhuma
mulher é igual nem a ela mesma, pois muda de cinco em cinco minutos.
Querem uma prova? Reparem: a mulher acorda, e a primeira coisa que faz,
antes mesmo de escovar os dentes e tomar banho, é correr para o espelho
para ver se está com boa aparência. Fica horas experimentando os cabelos
para cima, para baixo, para a esquerda, para a direita, e finalmente decide
jogá-los para trás. Escova os dentes, toma banho, volta para o espelho, sente
tédio de sua fisionomia: afinal de contas, ver aquela mesma cara todo o dia
enjoa qualquer um. Desmancha novamente os cabelos, inventa um penteado
diferente, desses que agradam os homens e desagradam as mulheres – que é
que ela pode querer mais?
(ELIACHAR, Leon. O homem ao quadrado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977,
p.143)
35. Predomina no texto o recurso expressivo de
jogos:
A. Eufemísticos
B. Hiperbólicos
C. Metafóricos
D. Antitéticos
E. Irônicos
36. Predomina no texto o recurso expressivo de
jogos:
A. Eufemísticos
B. Hiperbólicos
C. Metafóricos
D. Antitéticos
E. Irônicos
Nos dois parágrafos, o texto se desenvolve a
partir de oposição de ideias.
37. Questão 12
. Ainda acerca do texto anterior, na passagem
“...desmancha os cabelos...”, há:
A. Metáfora
B. Hipérbole
C. Símile
D. Catacrese
E. Eufemismo
38. Questão 12
. Ainda acerca do texto anterior, na passagem
“...desmancha os cabelos...”, há:
A. Metáfora
B. Hipérbole
C. Símile
D. Catacrese
E. Eufemismo
O verbo desmanchar está empregado em sentido
conotativo.
39. Questão 13
Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam
palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no
contexto, reforçam a expressão. (Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua
Portuguesa.)
Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra
Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a
referida figura de retórica é:
a) “Dos dois contemplo
rigor e fixidez.
Passado e sentimento
me contemplam” (p. 91).
b) “De sol e lua
De fogo e vento
Te enlaço” (p. 101).
c) “Areia, vou sorvendo
A água do teu rio” (p. 93).
d) “Ritualiza a matança
de quem só te deu vida.
E me deixa viver
nessa que morre” (p. 62).
e) “O bisturi e o verso.
Dois instrumentos
entre as minhas mãos” (p. 95).
40. Questão 13
Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam
palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no
contexto, reforçam a expressão. (Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua
Portuguesa.)
Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra
Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a
referida figura de retórica é:
a) “Dos dois contemplo
rigor e fixidez.
Passado e sentimento
me contemplam” (p. 91).
b) “De sol e lua
De fogo e vento
Te enlaço” (p. 101).
c) “Areia, vou sorvendo
A água do teu rio” (p. 93).
d) “Ritualiza a matança
de quem só te deu vida.
E me deixa viver
nessa que morre” (p. 62).
e) “O bisturi e o verso.
Dois instrumentos
entre as minhas mãos” (p. 95)
Viver no que morre são termos que semanticamente se excluem