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Habilidade 16- Figuras de 
linguagem 
Paulo Monteiro
AS FIGURAS DE LINGUAGEM 
As figuras de linguagem constituem os ornamentos do 
discurso. A figura se opõe à linguagem simples. Ela desvia os 
elementos da linguagem comum do seu uso nomal, criando 
uma linguagem nova, qualificada às vezes de florida. 
[...] 
Pode-se se estabelecer uma classificação ainda mais 
operatória dessas figuras. Assim,distinguem-se: 
As figuras fônicas ou gráficas, que agem sobre a 
sonoridade ou grafia das palavras: aliteração, paronomásia, 
rimas, assonância, trocadilhos, anagramas,escrita fonética 
(escrever como se fala),modificações ortográficas 
propositadas(“prolooongar”).
As figuras sintáticas que agem sobre a sintaxe da frase 
(anacoluto, elipse, enumeração, inversão). 
As figuras semânticas, que agem sobre o sentido das 
palavras,o qual se desloca ou se transforma (metáfora, 
metonímia). 
As figuras lógicas que agem sobre o valor lógico da 
frase, sobre sua ordem habitual ou sobre a estrutura de 
conjunto do enunciado, entendendo-se que este 
normalmene se apresenta seguindo uma ordem ou um 
progressão “lógica” (litotes, hipérboles, repetição, 
pleonasmo). 
(VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicasna 
produção oral e escrita. São Paulo: Martins Fontes, 1987, p. 
49-50)
Questão 01 
EPITÁFIO 
Devia ter complicado menos 
Trabalhado menos 
Ter visto o sol se pôr 
Devia ter me importado menos 
Com problemas pequenos 
Ter morrido de amor... 
Queria ter aceitado 
A vida como ela é 
A cada um cabem alegrias 
E a tristeza que vier... 
BRITTO, Sérgio. Epitáfio. In: A melhor banda de todos os tempos da última 
semana. São Paulo: Abril Music, 2001, 1CD.
Observam-se, nos versos destacados, na letra dessa música, as 
seguintes figuras de linguagem: 
A) Zeugma – hipérbole - antítese. 
B) Prosopopeia – gradação – catacrese. 
C) Gradação – zeugma – eufemismo. 
D) Catacrese – hipérbole – prosopopeia. 
E) Metáfora – antítese – ironia.
Observam-se, nos versos destacados, na letra dessa música, as 
seguintes figuras de linguagem: 
A) Zeugma – hipérbole - antítese. 
B) Prosopopeia – gradação – catacrese. 
C) Gradação – zeugma – eufemismo. 
D) Catacrese – hipérbole – prosopopeia. 
E) Metáfora – antítese – ironia. 
Há, nos versos 2 e 3, a ausência da expressão “Devia”, já 
expressa, implicando zeugma; a ideia de morrer de amor é um 
exagero, uma hipérbole; existe uma oposição de ideias nos 
dois últimos versos: alegria x tristeza.
Questão 02 
O MUNDO É GRANDE 
O mundo é grande e cabe 
Nesta janela sobre o mar. 
O mar é grande e cabe 
Na cama e no colchão de amar. 
O amor é grande e cabe 
No breve espaço do beijar. 
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 1992, p.1043)
Nesse poema, os versos estabelecem entre si relações de sentido, 
alicerçadas em: 
a) Comparações implícitas, implicando o uso de metáfora: associam-se 
o mundo a uma janela sobre o mar; o mar a uma cama; e o amor ao 
beijo. 
b) Sinestesia, uma vez que as ideias de “janela” , de “mar”, de “ 
cama”, de “colchão” e de “grande” traduzem um apelo de 
natureza visual. 
c) Antítese, pois, cada conjunto de dois versos é ligado por meio da 
mesma conjunção – E – , e esta equivale a “porém”, marcando 
oposição de ideias. 
d) Prosopopeia: ness sentido, tanto o amor quanto o mar tornam-se 
seres vivos, capazes da capacidade de escolha em relação ao tempo 
e ao espaço. 
e) Ironia: o eu lírico, a rigor, afirma o contrário do que diz: se o 
“mundo é grande “, evidentemente não poderia caber no espaço 
de uma janela.
Nesse poema, os versos estabelecem entre si relações de sentido, 
alicerçadas em: 
a) Comparações implícitas, implicando o uso de metáfora: associam-se 
o mundo a uma janela sobre o mar; o mar a uma cama; e o amor ao 
beijo. 
b) Sinestesia, uma vez que as ideias de “janela” , de “mar”, de “ 
cama”, de “colchão” e de “grande” traduzem um apelo de 
natureza visual. 
c) Antítese, pois, cada conjunto de dois versos é ligado por meio da 
mesma conjunção – E – , e esta equivale a “porém”, marcando 
oposição de ideias. 
d) Prosopopeia: ness sentido, tanto o amor quanto o mar tornam-se 
seres vivos, capazes da capacidade de escolha em relação ao tempo 
e ao espaço. 
e) Ironia: o eu lírico, a rigor, afirma o contrário do que diz: se o 
“mundo é grande “, evidentemente não poderia caber no espaço 
de uma janela. 
A conjunção E, nos três momentos do poema, tem o valor de “mas”, 
implicando oposição de ideias: o amor é grande, mas cabe no breve 
beijo”
Questão 03 
De raio e chumbo 
E chuva radioativa 
Será a raiva ruba 
Que, radiantes, 
Não veremos? 
O medo muda 
O manto dos mortos 
E move os mitos. 
O medo manterá 
Ou mudará 
O manto do mundo? 
( MELO, Alberto da Cunha. O cão de olhos amarelos. São Paulo: A 
Girafa, 2996, p.166.)
Entre os recursos expressivos empregados nesse texto, destaca-se: 
a) Metonímia: substituição de um termo por outro, quando há entre 
eles uma relação de sentido, como parte pelo todo. 
b) Metáfora: comparação implícita, o sentido natural de uma palavra é 
substituído por outro, numa nova relação. 
c) Aliteração: o ritmo do poema é posto em relevo a partir da 
repetição de fonemas de natureza consonantal. 
d) Prosopopeia: a palavra-chave do poema – Medo – é personificada, 
agindo como um ser vivo, de tons humanos. 
e) Catacrese: há um predomínio de impropriedades linguísiticas – o 
que pode ser constatato em termos como “mito”.
Entre os recursos expressivos empregados nesse texto, destaca-se: 
a) Metonímia: substituição de um termo por outro, quando há entre 
eles uma relação de sentido, como parte pelo todo. 
b) Metáfora: comparação implícita, o sentido natural de uma palavra é 
substituído por outro, numa nova relação. 
c) Aliteração: o ritmo do poema é posto em relevo a partir da 
repetição de fonemas de natureza consonantal. 
d) Prosopopeia: a palavra-chave do poema – Medo – é personificada, 
agindo como um ser vivo, de tons humanos. 
e) Catacrese: há um predomínio de impropriedades linguísiticas – o 
que pode ser constatato em termos como “mito”. 
Há uma sequência de palavras iniciadas por M
Questão 04 
MAPA 
Almas desesperadas, eu vos amo. Almas insatisfeitas, ardentes. 
Destesto os que tapeiam, 
Os que brincam de cobra-cega com a vida, os homens práticos... 
Viva São Francisco e vários suicidas e amantes suicidas, 
E os soldados que perderam a batalha, as mães bem mães, 
As fêmeas bem fêmeas, os doidos bem doidos. 
Vivam os transfigurados, ou porque eram perfeitos ou porque jejuavam 
muito... 
Viva eu, que inauguro no mundo o estado de bagunça transcendente.
Sou a presa do homem que fui há vinte anos passados, 
Dos amores raros que tive, 
Vida de planos ardentes, desertos vibrando sob os dedos do amor, 
Tudo é ritmo no cérebro do poeta. Não me escrevo em nenhuma 
teoria, 
Estou no ar, 
Na alma dos criminosos, dos amantes desesperados, 
No meu quarto modesto da Praia de Botafogo, 
No pensamento dos homens que movem o mundo, 
Nem triste nem alegre, chama com dois olhos andando, 
Sempre em trasformação. 
(MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar, 1994, p.117)
A metonímia implica a substituição entre palavras que 
apresentam relação constante: parte pelo todo, abstrato pelo 
concreto, continente pelo conteúdo etc. Esse recurso de 
construção textual está na opção: 
a) “Nem triste nem alegre...” 
b) “Vida de planos ardentes...” 
c) “Sob os dedos do amor” 
d) “Estou no ar...” 
e) “Almas desesperadas ...”
A metonímia implica a substituição entre palavras que 
apresentam relação constante: parte pelo todo, abstrato pelo 
concreto, continente pelo conteúdo etc. Esse recurso de 
construção textual está na opção: 
a) “Nem triste nem alegre...” 
b) “Vida de planos ardentes...” 
c) “Sob os dedos do amor” 
d) “Estou no ar...” 
e) “Almas desesperadas ...” 
O termo “almas” substitui “ pessoas”
Questão 05 
Levando-se ainda em conta a leitura desse poema, na passagem “vida de 
planos ardentes”, o poeta emprega uma sinestesia, isto é, atribui a um 
elemento abstrato “planos” um sensação tátil: “ardente”. O mesmo 
procedimento ocorre em: 
(HILST, Hilda. Do desejo. São Paulo: Globo, 2001. ) 
a) “Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo, / tomas-me o corpo”. (p.17) 
b) “Costuro o infinito sobre o peito. / E no entanto sou água fugidia...” (p.36) 
c) “Também são cruas e duras as palavras antes de nos sentarmos à mesa” 
(p;100) 
d) “Eu sou Medo. Estertor. / Tu, meu Deus, um cavalo de ferro.” (p.85) 
e) “Vem dos vales a voz. Do poço. / Dos penhascos. Vem funda e fria “ (p.31)
Questão 05 
Levando-se ainda em conta a leitura desse poema, na passagem “vida de 
planos ardentes”, o poeta emprega uma sinestesia, isto é, atribui a um 
elemento abstrato “planos” um sensação tátil: “ardente”. O mesmo 
procedimento ocorre em: 
(HILST, Hilda. Do desejo. São Paulo: Globo, 2001. ) 
a) “Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo, / tomas-me o corpo”. (p.17) 
b) “Costuro o infinito sobre o peito. / E no entanto sou água fugidia...” (p.36) 
c) “Também são cruas e duras as palavras antes de nos sentarmos à mesa” 
(p;100) 
d) “Eu sou Medo. Estertor. / Tu, meu Deus, um cavalo de ferro.” (p.85) 
e) “Vem dos vales a voz. Do poço. / Dos penhascos. Vem funda e fria “ (p.31) 
O termo “palavras”, abstrato, passa a ser percebido pelo tato.
Questão 06 
CERTIDÃO DE INFÂNCIA 
Minha existência rural, 
Tudo é memória 
De borboletas de palha. 
A palmatória, 
Madeira em flor, o arabesco 
Dos claros galos, 
Vermelhos de ostentação. 
Nos intervalos 
Da aula, o pó-de-arroz e a lauda 
Sem cor de outrora. 
Gosto azul de mel na fala 
Da professora. 
O escarlate do sorriso 
Do Bispo, a malha 
De algodão, a naftalina 
Para a mortalha. 
Flor dos meus sapatos em fuga, 
O adeus que dói. 
A morte ronda em vermelho, 
Póstumo boi. 
Minha existência rural, 
Tudo é lembrança 
Duns olhos em correnteza 
Feito criança. 
(CARVALHO, Francisco. Os mortos 
azuis. Fortaleza: Imprensa 
Universitária da UFC , 1971, 
p.41)
Em passagens como “borboletas de palha”, há uma comparação 
implícita; em “a morte em vermelho”, há uma sensação 
sensorial, constituindo, respectivamente, o emprego de 
metáfora e de sinestesia. A mesma sequência dessas figuras de 
linguagem está em: 
a) “Olhos em correnteza”; “O adeus que dói” 
b) “Madeira em flor” ; “Gosto azul de mel na fala” 
c) “O pó de arroz e a lauda”; “Tudo é lembrança” 
d) “Póstumo boi”; “Minha existência rural” 
e) “A naftalina para a mortalha”; “O sorriso escarlate”
Em passagens como “borboletas de palha”, há uma comparação 
implícita; em “a morte em vermelho”, há uma sensação 
sensorial, constituindo, respectivamente, o emprego de 
metáfora e de sinestesia. A mesma sequência dessas figuras de 
linguagem está em: 
a) “Olhos em correnteza”; “O adeus que dói” 
b) “Madeira em flor” ; “Gosto azul de mel na fala” 
c) “O pó de arroz e a lauda”; “Tudo é lembrança” 
d) “Póstumo boi”; “Minha existência rural” 
e) “A naftalina para a mortalha”; “O sorriso escarlate” 
Em “madeira em flor” , há uma associação; em “gosto azul de mel”, 
sensações sensoriais.
Questão 07 
A tropa pegara Pascoal Italiano e fora com ele a um banho de 
facão. O tenente tinha sabido que o mascate fazia serviço de 
espia para o bandido e dá com ele na cadeia do Espírito Santo. 
O tenente estava disposto a pegar o cangaceiro de qualquer 
jeito. Um negro fora preso também para interrogatório. E 
contaram que saíra da cadeia com as mãos inchadas de bolos. 
O mestre José Amaro ia sabendo dessas coisas com ódio 
violento contra a tropa. Enquanto isto, correra a notícia de um 
encontro de Antonio Silvino no Ingá com a força da polícia. 
Aquela notícia aliviara o povo da várzea. 
(REGO, José Lins do. Ficcão completa – vol. II. Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 1987, p.530)
Para a construção desse excerto do romance “Fogo Morto”, José Lins do 
Rego optou pela substituição entre palavras que estabelecem entre si 
relações de sentido – o que caracteriza o recurso da metonímia. 
Marcar a opção em que essa figura de linguagem esteja presente: 
a) “A velha minha sogra meteu a cabeça entre a porta, adelgaçou os 
lábios num sorriso e anunciou alvissareira: - Um menino !” (Moreira 
Campos) 
b) “No corpo, a serpente / de cabeça dourada / expõe o vaso de veneno” 
(Barros Pinho) 
c) “Feito um cão solto / súbito o sol / salta janela / adentro do quarto” 
(Adriano Espínola) 
d) “Não posso viver comigo / não posso fugir de mim” (Sá de Miranda) 
e) “Amor é fogo que arde sem se ver” (Luis Vaz de Camões)
Para a construção desse excerto do romance “Fogo Morto”, José Lins do 
Rego optou pela substituição entre palavras que estabelecem entre si 
relações de sentido – o que caracteriza o recurso da metonímia. 
Marcar a opção em que essa figura de linguagem esteja presente: 
a) “A velha minha sogra meteu a cabeça entre a porta, adelgaçou os 
lábios num sorriso e anunciou alvissareira: - Um menino !” (Moreira 
Campos) 
b) “No corpo, a serpente / de cabeça dourada / expõe o vaso de veneno” 
(Barros Pinho) 
c) “Feito um cão solto / súbito o sol / salta janela / adentro do quarto” 
(Adriano Espínola) 
d) “Não posso viver comigo / não posso fugir de mim” (Sá de Miranda) 
e) “Amor é fogo que arde sem se ver” (Luis Vaz de Camões) 
A expressão “ minha sogra” substitui o nome da mulher.
Questão 08 
Ler o poema a seguir: 
EXPLICAÇÃO DE POESIA SEM NINGUÉM PEDIR 
Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica, 
Mas atravessa a noite, a madrugada, o dia. 
Atravessou minha vida, 
Virou só sentimento. 
(PRADO, Adélia. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 
1991, p.48)
A expressão “trem-de-ferro” passa, nesse poema, de 
denotativa a conotativa; com isso, aponta a presença 
de: 
a) Catacrese 
b) Hipérbole 
c) Metáfora 
d) Prosopopeia 
e) Ironia
A expressão “trem-de-ferro” passa, nesse poema, de 
denotativa a conotativa; com isso, aponta a presença 
de: 
a) Catacrese 
b) Hipérbole 
c) Metáfora 
d) Prosopopeia 
e) Ironia 
O verbo atravessar passa a traduzir a ideia de acompanhar, 
isto é, o trem, como lembrança, é como se atavessasse a 
existência do eu lírico.
Questão 09 
. Ler o que se segue: 
UMA CARTA 
Em outra carta, de antes, já não contei? Xavinha falou em Delmiro, 
cada vez mais aluado e escondido. E parecia muito doente, magros, 
os pés inchados. O povo dizia que ele acabou mudo, de tanto não 
falar com ninguém. 
Isso, a seu tempo, tinha me deixado numa grande calma. E eu revia 
o velho, na sua meiaágua de telha, botando xerém de milho para os 
passarinhos. E aquele sorriso curto quando me via, e os presentes 
que me dava. E a marreca-viuvinha morta, ainda quente na mão. 
(QUEIROZ, Rachel. Dôra, Doralina.Rio de Janeiro: José Olumpio, 1979, 
p. 110)
Nas passagens “O povo dizia que ele acabou 
mudo...” ; e “E eu revia o velho...”, há o mesmo 
procedimento de construção textual, a partir do uso 
de: 
a) Metáfora 
b) Metonímia 
c) Hipérbole 
d) Ironia 
e) Antonomásia
Nas passagens “O povo dizia que ele acabou 
mudo...” ; e “E eu revia o velho...”, há o mesmo 
procedimento de construção textual, a partir do uso 
de: 
a) Metáfora 
b) Metonímia 
c) Hipérbole 
d) Ironia 
e) Antonomásia 
Os termos “povo” e “velho” substituem “ os 
habitantes do lugar” e “Delmiro”, respectivamente.
Questão 10 
Observar o fragmento de um romance: 
DIAS E DIAS 
Há dias e dias, sinto o meu coração como um sabiá na gaiola com a 
porta aberta, tenho vontade de girar, girar até ficar tonta e cair no 
chão, como eu fazia quando era menina. Trago nas minhas mãos os 
versos que Antonio escreveu para meus olhos, quantos anos, 
mesmo, tínhamos? Eu doze, e ele treze, pois isso se deu em 1836. 
A poesia fala em olhos verdes, e naquele momento, quando a li 
pela primeira vez, acreditei que fossem os meus olhos, mas meus 
olhos não chegam a ser verdes, têm mais a cor da folha quase seca 
da palmeira, ou talvez a cor da água da baía de São Marcos, uma 
água suja de lama e areia dos moventes baixios, revolvida pelas 
dimensões da lua, pelo percorrer incessante dos saveiros de pesca, 
esta água que agora vejo ao sol da manhã. 
(MIRANDA, Ana. Dias e dias. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 
15)
Na construção desse texto, a autora primou pelo recurso 
da substituição entre palavras que apresentam relações 
de sentido, daí o predomínio de: 
a) Metáfora 
b) Sinestesia 
c) Hipérbole 
d) Prosopopeia 
e) Metonímia
Na construção desse texto, a autora primou pelo recurso 
da substituição entre palavras que apresentam relações 
de sentido, daí o predomínio de: 
a) Metáfora 
b) Sinestesia 
c) Hipérbole 
d) Prosopopeia 
e) Metonímia 
Termos como “coração” , “mãos”, “versos” etc são 
exemplos de metonímia, processo de substituição de 
uma palavra por outra – se há entre elas relação de 
sentido.
Questão 11 
A MULHER NUNCA SE CANSA DE SE CANSAR DELA MESMA 
No fundo, são todas iguais, porque o que querem mesmo é ser diferentes 
umas das outras, sem perceber que a única mulher diferente, no duro, é a 
que quer ser igual - mas isso é dificílimo de conseguir, porque nenhuma 
mulher é igual nem a ela mesma, pois muda de cinco em cinco minutos. 
Querem uma prova? Reparem: a mulher acorda, e a primeira coisa que faz, 
antes mesmo de escovar os dentes e tomar banho, é correr para o espelho 
para ver se está com boa aparência. Fica horas experimentando os cabelos 
para cima, para baixo, para a esquerda, para a direita, e finalmente decide 
jogá-los para trás. Escova os dentes, toma banho, volta para o espelho, sente 
tédio de sua fisionomia: afinal de contas, ver aquela mesma cara todo o dia 
enjoa qualquer um. Desmancha novamente os cabelos, inventa um penteado 
diferente, desses que agradam os homens e desagradam as mulheres – que é 
que ela pode querer mais? 
(ELIACHAR, Leon. O homem ao quadrado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977, 
p.143)
Predomina no texto o recurso expressivo de 
jogos: 
A. Eufemísticos 
B. Hiperbólicos 
C. Metafóricos 
D. Antitéticos 
E. Irônicos
Predomina no texto o recurso expressivo de 
jogos: 
A. Eufemísticos 
B. Hiperbólicos 
C. Metafóricos 
D. Antitéticos 
E. Irônicos 
Nos dois parágrafos, o texto se desenvolve a 
partir de oposição de ideias.
Questão 12 
. Ainda acerca do texto anterior, na passagem 
“...desmancha os cabelos...”, há: 
A. Metáfora 
B. Hipérbole 
C. Símile 
D. Catacrese 
E. Eufemismo
Questão 12 
. Ainda acerca do texto anterior, na passagem 
“...desmancha os cabelos...”, há: 
A. Metáfora 
B. Hipérbole 
C. Símile 
D. Catacrese 
E. Eufemismo 
O verbo desmanchar está empregado em sentido 
conotativo.
Questão 13 
Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam 
palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no 
contexto, reforçam a expressão. (Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua 
Portuguesa.) 
Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra 
Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a 
referida figura de retórica é: 
a) “Dos dois contemplo 
rigor e fixidez. 
Passado e sentimento 
me contemplam” (p. 91). 
b) “De sol e lua 
De fogo e vento 
Te enlaço” (p. 101). 
c) “Areia, vou sorvendo 
A água do teu rio” (p. 93). 
d) “Ritualiza a matança 
de quem só te deu vida. 
E me deixa viver 
nessa que morre” (p. 62). 
e) “O bisturi e o verso. 
Dois instrumentos 
entre as minhas mãos” (p. 95).
Questão 13 
Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam 
palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no 
contexto, reforçam a expressão. (Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua 
Portuguesa.) 
Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra 
Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a 
referida figura de retórica é: 
a) “Dos dois contemplo 
rigor e fixidez. 
Passado e sentimento 
me contemplam” (p. 91). 
b) “De sol e lua 
De fogo e vento 
Te enlaço” (p. 101). 
c) “Areia, vou sorvendo 
A água do teu rio” (p. 93). 
d) “Ritualiza a matança 
de quem só te deu vida. 
E me deixa viver 
nessa que morre” (p. 62). 
e) “O bisturi e o verso. 
Dois instrumentos 
entre as minhas mãos” (p. 95) 
Viver no que morre são termos que semanticamente se excluem

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Figuras de Linguagem e seus Recursos

  • 1. Habilidade 16- Figuras de linguagem Paulo Monteiro
  • 2. AS FIGURAS DE LINGUAGEM As figuras de linguagem constituem os ornamentos do discurso. A figura se opõe à linguagem simples. Ela desvia os elementos da linguagem comum do seu uso nomal, criando uma linguagem nova, qualificada às vezes de florida. [...] Pode-se se estabelecer uma classificação ainda mais operatória dessas figuras. Assim,distinguem-se: As figuras fônicas ou gráficas, que agem sobre a sonoridade ou grafia das palavras: aliteração, paronomásia, rimas, assonância, trocadilhos, anagramas,escrita fonética (escrever como se fala),modificações ortográficas propositadas(“prolooongar”).
  • 3. As figuras sintáticas que agem sobre a sintaxe da frase (anacoluto, elipse, enumeração, inversão). As figuras semânticas, que agem sobre o sentido das palavras,o qual se desloca ou se transforma (metáfora, metonímia). As figuras lógicas que agem sobre o valor lógico da frase, sobre sua ordem habitual ou sobre a estrutura de conjunto do enunciado, entendendo-se que este normalmene se apresenta seguindo uma ordem ou um progressão “lógica” (litotes, hipérboles, repetição, pleonasmo). (VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicasna produção oral e escrita. São Paulo: Martins Fontes, 1987, p. 49-50)
  • 4. Questão 01 EPITÁFIO Devia ter complicado menos Trabalhado menos Ter visto o sol se pôr Devia ter me importado menos Com problemas pequenos Ter morrido de amor... Queria ter aceitado A vida como ela é A cada um cabem alegrias E a tristeza que vier... BRITTO, Sérgio. Epitáfio. In: A melhor banda de todos os tempos da última semana. São Paulo: Abril Music, 2001, 1CD.
  • 5. Observam-se, nos versos destacados, na letra dessa música, as seguintes figuras de linguagem: A) Zeugma – hipérbole - antítese. B) Prosopopeia – gradação – catacrese. C) Gradação – zeugma – eufemismo. D) Catacrese – hipérbole – prosopopeia. E) Metáfora – antítese – ironia.
  • 6. Observam-se, nos versos destacados, na letra dessa música, as seguintes figuras de linguagem: A) Zeugma – hipérbole - antítese. B) Prosopopeia – gradação – catacrese. C) Gradação – zeugma – eufemismo. D) Catacrese – hipérbole – prosopopeia. E) Metáfora – antítese – ironia. Há, nos versos 2 e 3, a ausência da expressão “Devia”, já expressa, implicando zeugma; a ideia de morrer de amor é um exagero, uma hipérbole; existe uma oposição de ideias nos dois últimos versos: alegria x tristeza.
  • 7. Questão 02 O MUNDO É GRANDE O mundo é grande e cabe Nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe Na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe No breve espaço do beijar. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p.1043)
  • 8. Nesse poema, os versos estabelecem entre si relações de sentido, alicerçadas em: a) Comparações implícitas, implicando o uso de metáfora: associam-se o mundo a uma janela sobre o mar; o mar a uma cama; e o amor ao beijo. b) Sinestesia, uma vez que as ideias de “janela” , de “mar”, de “ cama”, de “colchão” e de “grande” traduzem um apelo de natureza visual. c) Antítese, pois, cada conjunto de dois versos é ligado por meio da mesma conjunção – E – , e esta equivale a “porém”, marcando oposição de ideias. d) Prosopopeia: ness sentido, tanto o amor quanto o mar tornam-se seres vivos, capazes da capacidade de escolha em relação ao tempo e ao espaço. e) Ironia: o eu lírico, a rigor, afirma o contrário do que diz: se o “mundo é grande “, evidentemente não poderia caber no espaço de uma janela.
  • 9. Nesse poema, os versos estabelecem entre si relações de sentido, alicerçadas em: a) Comparações implícitas, implicando o uso de metáfora: associam-se o mundo a uma janela sobre o mar; o mar a uma cama; e o amor ao beijo. b) Sinestesia, uma vez que as ideias de “janela” , de “mar”, de “ cama”, de “colchão” e de “grande” traduzem um apelo de natureza visual. c) Antítese, pois, cada conjunto de dois versos é ligado por meio da mesma conjunção – E – , e esta equivale a “porém”, marcando oposição de ideias. d) Prosopopeia: ness sentido, tanto o amor quanto o mar tornam-se seres vivos, capazes da capacidade de escolha em relação ao tempo e ao espaço. e) Ironia: o eu lírico, a rigor, afirma o contrário do que diz: se o “mundo é grande “, evidentemente não poderia caber no espaço de uma janela. A conjunção E, nos três momentos do poema, tem o valor de “mas”, implicando oposição de ideias: o amor é grande, mas cabe no breve beijo”
  • 10. Questão 03 De raio e chumbo E chuva radioativa Será a raiva ruba Que, radiantes, Não veremos? O medo muda O manto dos mortos E move os mitos. O medo manterá Ou mudará O manto do mundo? ( MELO, Alberto da Cunha. O cão de olhos amarelos. São Paulo: A Girafa, 2996, p.166.)
  • 11. Entre os recursos expressivos empregados nesse texto, destaca-se: a) Metonímia: substituição de um termo por outro, quando há entre eles uma relação de sentido, como parte pelo todo. b) Metáfora: comparação implícita, o sentido natural de uma palavra é substituído por outro, numa nova relação. c) Aliteração: o ritmo do poema é posto em relevo a partir da repetição de fonemas de natureza consonantal. d) Prosopopeia: a palavra-chave do poema – Medo – é personificada, agindo como um ser vivo, de tons humanos. e) Catacrese: há um predomínio de impropriedades linguísiticas – o que pode ser constatato em termos como “mito”.
  • 12. Entre os recursos expressivos empregados nesse texto, destaca-se: a) Metonímia: substituição de um termo por outro, quando há entre eles uma relação de sentido, como parte pelo todo. b) Metáfora: comparação implícita, o sentido natural de uma palavra é substituído por outro, numa nova relação. c) Aliteração: o ritmo do poema é posto em relevo a partir da repetição de fonemas de natureza consonantal. d) Prosopopeia: a palavra-chave do poema – Medo – é personificada, agindo como um ser vivo, de tons humanos. e) Catacrese: há um predomínio de impropriedades linguísiticas – o que pode ser constatato em termos como “mito”. Há uma sequência de palavras iniciadas por M
  • 13. Questão 04 MAPA Almas desesperadas, eu vos amo. Almas insatisfeitas, ardentes. Destesto os que tapeiam, Os que brincam de cobra-cega com a vida, os homens práticos... Viva São Francisco e vários suicidas e amantes suicidas, E os soldados que perderam a batalha, as mães bem mães, As fêmeas bem fêmeas, os doidos bem doidos. Vivam os transfigurados, ou porque eram perfeitos ou porque jejuavam muito... Viva eu, que inauguro no mundo o estado de bagunça transcendente.
  • 14. Sou a presa do homem que fui há vinte anos passados, Dos amores raros que tive, Vida de planos ardentes, desertos vibrando sob os dedos do amor, Tudo é ritmo no cérebro do poeta. Não me escrevo em nenhuma teoria, Estou no ar, Na alma dos criminosos, dos amantes desesperados, No meu quarto modesto da Praia de Botafogo, No pensamento dos homens que movem o mundo, Nem triste nem alegre, chama com dois olhos andando, Sempre em trasformação. (MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p.117)
  • 15. A metonímia implica a substituição entre palavras que apresentam relação constante: parte pelo todo, abstrato pelo concreto, continente pelo conteúdo etc. Esse recurso de construção textual está na opção: a) “Nem triste nem alegre...” b) “Vida de planos ardentes...” c) “Sob os dedos do amor” d) “Estou no ar...” e) “Almas desesperadas ...”
  • 16. A metonímia implica a substituição entre palavras que apresentam relação constante: parte pelo todo, abstrato pelo concreto, continente pelo conteúdo etc. Esse recurso de construção textual está na opção: a) “Nem triste nem alegre...” b) “Vida de planos ardentes...” c) “Sob os dedos do amor” d) “Estou no ar...” e) “Almas desesperadas ...” O termo “almas” substitui “ pessoas”
  • 17. Questão 05 Levando-se ainda em conta a leitura desse poema, na passagem “vida de planos ardentes”, o poeta emprega uma sinestesia, isto é, atribui a um elemento abstrato “planos” um sensação tátil: “ardente”. O mesmo procedimento ocorre em: (HILST, Hilda. Do desejo. São Paulo: Globo, 2001. ) a) “Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo, / tomas-me o corpo”. (p.17) b) “Costuro o infinito sobre o peito. / E no entanto sou água fugidia...” (p.36) c) “Também são cruas e duras as palavras antes de nos sentarmos à mesa” (p;100) d) “Eu sou Medo. Estertor. / Tu, meu Deus, um cavalo de ferro.” (p.85) e) “Vem dos vales a voz. Do poço. / Dos penhascos. Vem funda e fria “ (p.31)
  • 18. Questão 05 Levando-se ainda em conta a leitura desse poema, na passagem “vida de planos ardentes”, o poeta emprega uma sinestesia, isto é, atribui a um elemento abstrato “planos” um sensação tátil: “ardente”. O mesmo procedimento ocorre em: (HILST, Hilda. Do desejo. São Paulo: Globo, 2001. ) a) “Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo, / tomas-me o corpo”. (p.17) b) “Costuro o infinito sobre o peito. / E no entanto sou água fugidia...” (p.36) c) “Também são cruas e duras as palavras antes de nos sentarmos à mesa” (p;100) d) “Eu sou Medo. Estertor. / Tu, meu Deus, um cavalo de ferro.” (p.85) e) “Vem dos vales a voz. Do poço. / Dos penhascos. Vem funda e fria “ (p.31) O termo “palavras”, abstrato, passa a ser percebido pelo tato.
  • 19. Questão 06 CERTIDÃO DE INFÂNCIA Minha existência rural, Tudo é memória De borboletas de palha. A palmatória, Madeira em flor, o arabesco Dos claros galos, Vermelhos de ostentação. Nos intervalos Da aula, o pó-de-arroz e a lauda Sem cor de outrora. Gosto azul de mel na fala Da professora. O escarlate do sorriso Do Bispo, a malha De algodão, a naftalina Para a mortalha. Flor dos meus sapatos em fuga, O adeus que dói. A morte ronda em vermelho, Póstumo boi. Minha existência rural, Tudo é lembrança Duns olhos em correnteza Feito criança. (CARVALHO, Francisco. Os mortos azuis. Fortaleza: Imprensa Universitária da UFC , 1971, p.41)
  • 20. Em passagens como “borboletas de palha”, há uma comparação implícita; em “a morte em vermelho”, há uma sensação sensorial, constituindo, respectivamente, o emprego de metáfora e de sinestesia. A mesma sequência dessas figuras de linguagem está em: a) “Olhos em correnteza”; “O adeus que dói” b) “Madeira em flor” ; “Gosto azul de mel na fala” c) “O pó de arroz e a lauda”; “Tudo é lembrança” d) “Póstumo boi”; “Minha existência rural” e) “A naftalina para a mortalha”; “O sorriso escarlate”
  • 21. Em passagens como “borboletas de palha”, há uma comparação implícita; em “a morte em vermelho”, há uma sensação sensorial, constituindo, respectivamente, o emprego de metáfora e de sinestesia. A mesma sequência dessas figuras de linguagem está em: a) “Olhos em correnteza”; “O adeus que dói” b) “Madeira em flor” ; “Gosto azul de mel na fala” c) “O pó de arroz e a lauda”; “Tudo é lembrança” d) “Póstumo boi”; “Minha existência rural” e) “A naftalina para a mortalha”; “O sorriso escarlate” Em “madeira em flor” , há uma associação; em “gosto azul de mel”, sensações sensoriais.
  • 22. Questão 07 A tropa pegara Pascoal Italiano e fora com ele a um banho de facão. O tenente tinha sabido que o mascate fazia serviço de espia para o bandido e dá com ele na cadeia do Espírito Santo. O tenente estava disposto a pegar o cangaceiro de qualquer jeito. Um negro fora preso também para interrogatório. E contaram que saíra da cadeia com as mãos inchadas de bolos. O mestre José Amaro ia sabendo dessas coisas com ódio violento contra a tropa. Enquanto isto, correra a notícia de um encontro de Antonio Silvino no Ingá com a força da polícia. Aquela notícia aliviara o povo da várzea. (REGO, José Lins do. Ficcão completa – vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1987, p.530)
  • 23. Para a construção desse excerto do romance “Fogo Morto”, José Lins do Rego optou pela substituição entre palavras que estabelecem entre si relações de sentido – o que caracteriza o recurso da metonímia. Marcar a opção em que essa figura de linguagem esteja presente: a) “A velha minha sogra meteu a cabeça entre a porta, adelgaçou os lábios num sorriso e anunciou alvissareira: - Um menino !” (Moreira Campos) b) “No corpo, a serpente / de cabeça dourada / expõe o vaso de veneno” (Barros Pinho) c) “Feito um cão solto / súbito o sol / salta janela / adentro do quarto” (Adriano Espínola) d) “Não posso viver comigo / não posso fugir de mim” (Sá de Miranda) e) “Amor é fogo que arde sem se ver” (Luis Vaz de Camões)
  • 24. Para a construção desse excerto do romance “Fogo Morto”, José Lins do Rego optou pela substituição entre palavras que estabelecem entre si relações de sentido – o que caracteriza o recurso da metonímia. Marcar a opção em que essa figura de linguagem esteja presente: a) “A velha minha sogra meteu a cabeça entre a porta, adelgaçou os lábios num sorriso e anunciou alvissareira: - Um menino !” (Moreira Campos) b) “No corpo, a serpente / de cabeça dourada / expõe o vaso de veneno” (Barros Pinho) c) “Feito um cão solto / súbito o sol / salta janela / adentro do quarto” (Adriano Espínola) d) “Não posso viver comigo / não posso fugir de mim” (Sá de Miranda) e) “Amor é fogo que arde sem se ver” (Luis Vaz de Camões) A expressão “ minha sogra” substitui o nome da mulher.
  • 25. Questão 08 Ler o poema a seguir: EXPLICAÇÃO DE POESIA SEM NINGUÉM PEDIR Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica, Mas atravessa a noite, a madrugada, o dia. Atravessou minha vida, Virou só sentimento. (PRADO, Adélia. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991, p.48)
  • 26. A expressão “trem-de-ferro” passa, nesse poema, de denotativa a conotativa; com isso, aponta a presença de: a) Catacrese b) Hipérbole c) Metáfora d) Prosopopeia e) Ironia
  • 27. A expressão “trem-de-ferro” passa, nesse poema, de denotativa a conotativa; com isso, aponta a presença de: a) Catacrese b) Hipérbole c) Metáfora d) Prosopopeia e) Ironia O verbo atravessar passa a traduzir a ideia de acompanhar, isto é, o trem, como lembrança, é como se atavessasse a existência do eu lírico.
  • 28. Questão 09 . Ler o que se segue: UMA CARTA Em outra carta, de antes, já não contei? Xavinha falou em Delmiro, cada vez mais aluado e escondido. E parecia muito doente, magros, os pés inchados. O povo dizia que ele acabou mudo, de tanto não falar com ninguém. Isso, a seu tempo, tinha me deixado numa grande calma. E eu revia o velho, na sua meiaágua de telha, botando xerém de milho para os passarinhos. E aquele sorriso curto quando me via, e os presentes que me dava. E a marreca-viuvinha morta, ainda quente na mão. (QUEIROZ, Rachel. Dôra, Doralina.Rio de Janeiro: José Olumpio, 1979, p. 110)
  • 29. Nas passagens “O povo dizia que ele acabou mudo...” ; e “E eu revia o velho...”, há o mesmo procedimento de construção textual, a partir do uso de: a) Metáfora b) Metonímia c) Hipérbole d) Ironia e) Antonomásia
  • 30. Nas passagens “O povo dizia que ele acabou mudo...” ; e “E eu revia o velho...”, há o mesmo procedimento de construção textual, a partir do uso de: a) Metáfora b) Metonímia c) Hipérbole d) Ironia e) Antonomásia Os termos “povo” e “velho” substituem “ os habitantes do lugar” e “Delmiro”, respectivamente.
  • 31. Questão 10 Observar o fragmento de um romance: DIAS E DIAS Há dias e dias, sinto o meu coração como um sabiá na gaiola com a porta aberta, tenho vontade de girar, girar até ficar tonta e cair no chão, como eu fazia quando era menina. Trago nas minhas mãos os versos que Antonio escreveu para meus olhos, quantos anos, mesmo, tínhamos? Eu doze, e ele treze, pois isso se deu em 1836. A poesia fala em olhos verdes, e naquele momento, quando a li pela primeira vez, acreditei que fossem os meus olhos, mas meus olhos não chegam a ser verdes, têm mais a cor da folha quase seca da palmeira, ou talvez a cor da água da baía de São Marcos, uma água suja de lama e areia dos moventes baixios, revolvida pelas dimensões da lua, pelo percorrer incessante dos saveiros de pesca, esta água que agora vejo ao sol da manhã. (MIRANDA, Ana. Dias e dias. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 15)
  • 32. Na construção desse texto, a autora primou pelo recurso da substituição entre palavras que apresentam relações de sentido, daí o predomínio de: a) Metáfora b) Sinestesia c) Hipérbole d) Prosopopeia e) Metonímia
  • 33. Na construção desse texto, a autora primou pelo recurso da substituição entre palavras que apresentam relações de sentido, daí o predomínio de: a) Metáfora b) Sinestesia c) Hipérbole d) Prosopopeia e) Metonímia Termos como “coração” , “mãos”, “versos” etc são exemplos de metonímia, processo de substituição de uma palavra por outra – se há entre elas relação de sentido.
  • 34. Questão 11 A MULHER NUNCA SE CANSA DE SE CANSAR DELA MESMA No fundo, são todas iguais, porque o que querem mesmo é ser diferentes umas das outras, sem perceber que a única mulher diferente, no duro, é a que quer ser igual - mas isso é dificílimo de conseguir, porque nenhuma mulher é igual nem a ela mesma, pois muda de cinco em cinco minutos. Querem uma prova? Reparem: a mulher acorda, e a primeira coisa que faz, antes mesmo de escovar os dentes e tomar banho, é correr para o espelho para ver se está com boa aparência. Fica horas experimentando os cabelos para cima, para baixo, para a esquerda, para a direita, e finalmente decide jogá-los para trás. Escova os dentes, toma banho, volta para o espelho, sente tédio de sua fisionomia: afinal de contas, ver aquela mesma cara todo o dia enjoa qualquer um. Desmancha novamente os cabelos, inventa um penteado diferente, desses que agradam os homens e desagradam as mulheres – que é que ela pode querer mais? (ELIACHAR, Leon. O homem ao quadrado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977, p.143)
  • 35. Predomina no texto o recurso expressivo de jogos: A. Eufemísticos B. Hiperbólicos C. Metafóricos D. Antitéticos E. Irônicos
  • 36. Predomina no texto o recurso expressivo de jogos: A. Eufemísticos B. Hiperbólicos C. Metafóricos D. Antitéticos E. Irônicos Nos dois parágrafos, o texto se desenvolve a partir de oposição de ideias.
  • 37. Questão 12 . Ainda acerca do texto anterior, na passagem “...desmancha os cabelos...”, há: A. Metáfora B. Hipérbole C. Símile D. Catacrese E. Eufemismo
  • 38. Questão 12 . Ainda acerca do texto anterior, na passagem “...desmancha os cabelos...”, há: A. Metáfora B. Hipérbole C. Símile D. Catacrese E. Eufemismo O verbo desmanchar está empregado em sentido conotativo.
  • 39. Questão 13 Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão. (Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.) Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é: a) “Dos dois contemplo rigor e fixidez. Passado e sentimento me contemplam” (p. 91). b) “De sol e lua De fogo e vento Te enlaço” (p. 101). c) “Areia, vou sorvendo A água do teu rio” (p. 93). d) “Ritualiza a matança de quem só te deu vida. E me deixa viver nessa que morre” (p. 62). e) “O bisturi e o verso. Dois instrumentos entre as minhas mãos” (p. 95).
  • 40. Questão 13 Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão. (Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.) Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é: a) “Dos dois contemplo rigor e fixidez. Passado e sentimento me contemplam” (p. 91). b) “De sol e lua De fogo e vento Te enlaço” (p. 101). c) “Areia, vou sorvendo A água do teu rio” (p. 93). d) “Ritualiza a matança de quem só te deu vida. E me deixa viver nessa que morre” (p. 62). e) “O bisturi e o verso. Dois instrumentos entre as minhas mãos” (p. 95) Viver no que morre são termos que semanticamente se excluem