SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 8
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
CLIPPING – 04/05/2015
Acesse: www.cncafe.com.br
Adesão ao CAR é estendida até maio de 2016
InforMMA Ministério do Meio Ambiente
04/05/2015
Por: Lucas Tolentino – Edição: Sérgio Maggio
Os donos de terras agrícolas terão mais um ano para aderir à regularização conforme a nova Lei
Florestal. Nesta segunda-feira (04/05), o governo federal estendeu até o início de maio de 2016 o
prazo para inclusão dos imóveis no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O anúncio foi feito em coletiva
com os ministros Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário).
A prorrogação foi motivada por 48 pedidos de órgãos como secretarias estaduais e municipais. Até
agora, 52, 8% da área total de 373 milhões de hectares passíveis de regularização ambiental está
inscrita no sistema informatizado que dará início ao processo. Mais de 1,4 milhão de imóveis rurais de
todo o país se encontram dentro da lei. O número corresponde a 196,7 milhões de hectares de área
cadastrada. “Houve uma expressiva adesão ao CAR e muitos agricultores participaram em caráter
voluntário ao programa de regularização”, avaliou Izabella Teixeira.
Os investimentos para a implantação do Sistema Eletrônico do CAR (SiCAR) somaram R$ 140,5
milhões. Desse total, R$ 100 milhões foram destinados somente para a aquisição das imagens de
satélite usadas no processo – a maior aquisição desse tipo de material em todo o mundo. “Foram
feitos investimentos maciços de recursos nessa ação. O governo vai continuar trabalhando com
parcerias para dar continuidade o cadastro”, garantiu a ministra.
ASSENTAMENTOS
Os assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) também entrarão
na base do CAR. De um total de 6.996 unidades agrícolas em todo o país, 4.425 foram cadastradas.
Essa área equivale a 28,1 milhões de hectares distribuídos em diversos biomas brasileiros.
Nesses casos, a implantação do CAR beneficiará 722 mil famílias moradoras dos assentamentos. O
ministro Patrus Ananias destacou a importância da medida para a subsistência dessa parcela da
população. “É uma forma de promover a agricultura familiar e encontrar um equilíbrio nessas
localidades.”
O CADASTRO
Todas as propriedades rurais do país precisam ser cadastradas no Sistema Eletrônico do CAR
(SiCAR), com imagens georreferenciadas de todo o território nacional. As inscrições são condições
necessárias para que os imóveis façam parte do Programa de Regularização Ambiental (PRA). Isso
dará início ao processo de recuperação ambiental de áreas degradadas dentro dos terrenos,
conforme prevê a Lei 12.651, de 2012, a chamada Lei Florestal.
Caso não faça o cadastro, o responsável pelo imóvel ficará impossibilitado de obter crédito rural, além
de entrar em situação de insegurança jurídica. O CAR, no entanto, não tem relação com questões
fundiárias. Ou seja, é um documento declaratório sobre a situação ambiental de uma área cuja
responsabilidade de manutenção é daquele que declarou e, portanto, não gera direitos sobre a forma
de uso do solo.
Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
A inscrição no CAR é realizada por meio do SiCAR, que emite um recibo, seguindo a mesma lógica
da declaração do Imposto de Renda. É possível fazer retificações caso haja informações conflitantes.
Depois de cadastrados, os proprietários ou posseiros com passivo ambiental relativo às Áreas de
Preservação Permanente (APPs), de Reserva Legal (RL) e de Uso Restrito (UR) poderão aderir aos
PRAs da unidade da federação em que estão localizados.
VERBETES:
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP): Área protegida, coberta ou não por vegetação
nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica, a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o
bem-estar das populações humanas.
RESERVA LEGAL (RL): É uma área localizada no interior de uma propriedade rural, que não seja a
APP, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos
processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora
nativas.
USO RESTRITO (UR): Áreas de inclinação entre 25°e 45°.
Silas Brasileiro comemora prorrogação do Cadastro Ambiental Rural
Ascom Dep. Silas Brasileiro
04/05/2015
Diovana Miziara
Em audiência pública, na manhã de quinta-feira (30), da Comissão de Agricultura, Pecuária,
Abastecimento e de Desenvolvimento Rural, o Ministro Substituto do Meio Ambiente, Francisco
Gaetani anunciou a publicação no Diário Oficial da União do Decreto Presidencial n.º 8.439, de 29 de
abril de 2015, delegando à Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a decisão sobre a
prorrogação do prazo do Cadastro Ambiental Rural.
De acordo com o Francisco é possível que o prazo final para inscrição no Cadastro Ambiental Rural
(CAR), que se encerraria no próximo dia 05 de maio, seja prorrogado por mais um ano.
O deputado federal – e presidente executivo do Conselho Nacional do Café
(CNC) – Silas Brasileiro comemorou a prorrogação do prazo, por considerar
necessário e de fundamental importância para o crescimento econômico do
setor agrícola, o preenchimento do CAR.
“A notícia representa um certo alívio para a maioria dos produtores rurais
brasileiros, que a menos de uma semana para o prazo final, não haviam
preenchido o cadastro, segundo informações do próprio Ministério do Meio
Ambiente”, colocou Silas.
O Decreto de prorrogação deve ser publicado na próxima semana, após
reunião já agendada para segunda-feira (04), entre a Ministra do Meio
Ambiente e os Ministros Katia Abreu (Agricultura) e Patruz Ananias (Desenvolvimento Agrário), que
irão analisar as peculiaridades da dilação do prazo.
Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
O Cadastro Ambiental Rural – CAR foi instituído pelo Código Florestal (Lei 12.651/12) para fazer
levantamento de informações georreferenciadas dos imóveis rurais, com delimitação das áreas de
proteção permanente (APPs), reserva legal, remanescentes de vegetações nativas, área rural
consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública.
O objetivo do CAR é traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para
diagnóstico ambiental. Todas as propriedades rurais do país são obrigadas a fazer o cadastro.
Leilão de café dos estoques oficiais negocia 70% da oferta
Revista Globo Rural
04/05/2015
Por Venilson Ferreira
O leilão de café arábica dos estoques oficiais realizado nesta quinta-feira (30/4) pela Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab) negociou 28.365 sacas, que correspondem a 70,1% das 40.465
sacas ofertadas. Os compradores arremataram a totalidade dos lotes ofertados em Minas Gerais
(23.965 sacas) e em Goiás (1.200 sacas). Das 15.300 sacas ofertadas no Espírito Santo houve
interesse por 3.200 sacas (20,9%).
Os lotes foram arrematados pelos mesmos valores de abertura no Espírito Santo (R$ 304,92/saca) e
em Goiás (R$ 367,03/saca). No caso dos lotes depositados em Minas Gerais houve ágio de 13,9%
sobre o valor de abertura e o preço médio no fechamento ficou em R$ 390,87/saca. O maior preço
(R$ 430,76/saca) foi pago pelo lote 82, depositado em Campos Altos (MG), com ágio de 22,99%.
O governo federal arrecadou R$ 10,788 milhões com a venda dos cafés dos estoques, que foram
adquiridos por meio de leilões de opções de venda realizados nas safras 2002/2003, 2008/2009 e
2009/2010, quando os preços praticados no mercado estavam abaixo dos custos de produção da
cafeicultura.
Por meio de nota, o Conselho Nacional do Café (CNC) informa que o leilão foi realizado desta vez
após consulta à entidade. Vale lembrar que no final de março deste ano foi realizado o primeiro leilão,
que não despertou interesse comprador por causa dos altos preços. Um segundo leilão, programado
para o começo de abril, foi adiado a pedido do CNC.
Ao destacar os entendimentos com o governo, o CNC diz na nota que “essa sinergia possibilitou o
lançamento de preços de abertura condizentes com a realidade do mercado e, em especial, dos
cafés que se encontram nos armazéns públicos, que, mesmo próprios para o consumo, são de safras
antigas e estão desmerecidos”.
O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), Nathan Herskowicz, elogiou
a atitude do Ministério da Agricultura e da Conab de ter reduzido os preços de abertura do leilão de
cafés dos estoques, que contribui para atender à indústria no cenário atual que sinaliza com oferta
ajustada à demanda.
Com os preços de abertura mais baixos, os lances feitos pelos compradores estabelecem quais
valores refletem à realidade do mercado, diz ele.
Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
Custos de produção do cafeicultor brasileiro sobem 6,37% em um ano
Assessoria de Comunicação CNA
04/05/2015
Os produtores de café tiveram mais custos com a
colheita e a pós-colheita da lavoura, principalmente
nas regiões onde estas duas etapas da produção
são feitas de forma manual, o que aumenta a
necessidade de mão de obra. No período de abril
de 2014 a março deste ano, as despesas subiram,
em média, 6,37%. O produtor que vive em áreas
montanhosas, onde predomina a colheita manual, gastou mais de R$ 200 por saca apenas com
colheita e pós-colheita.
No caso da produção de café arábica em regiões montanhosas, que responde por grande parte da
produção do grão no país, os gastos com colheita e pós-colheita representaram mais de 50% do
Custo Operacional Efetivo (COE) da atividade, que engloba as despesas rotineiras do cafeicultor. Em
relação ao café conilon, estas duas etapas responderam, por quase 40% do COE.
Esta é uma das conclusões da última edição do boletim Ativos do Café, publicação elaborada pela
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Inteligência de Mercado da
Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA). O estudo contém informações consolidadas a partir de
levantamentos dos custos de produção feitos junto aos cafeicultores nas principais regiões produtoras
do grão.
Com a colheita e a pós-colheita impactando mais no custo de produção, o estudo da CNA e da UFLA
recomenda cautela aos produtores. “Sua expressividade nos custos de produção influencia
diretamente as margens de lucro. A fim de gerenciar os custos gerados, o escalonamento da colheita
deve ser minucioso. Além disso, os produtores devem seguir boas práticas de pós-colheita, pois os
diferenciais de preços para cafés melhores estão elevados”, ressalta o boletim.
Manejo – O boletim apontou também que o manejo manual da lavoura trouxe mais custos ao
produtor, na comparação com as regiões onde a atividade é mecanizada. Assim, o Custo Operacional
Total (COT) da cafeicultura, que contempla o COE mais as despesas com a reposição de patrimônio
depreciado, está 34% superior ao custo total observado nos municípios que utilizam o sistema
mecanizado.
Boletim – Acesse a íntegra da análise feita pela CNA/UFLA no boletim:
http://www.canaldoprodutor.com.br/sites/default/files/Ativos-Cafe-20.pdf
Sem equilíbrio no preço do café
Estado de Minas
04/05/2015
Paulo Henrique Lobato
O grosso da colheita do café, principal commodity do agronegócio de Minas Gerais, começa neste
mês com uma péssima notícia para os produtores, sobretudo os donos de lavouras em montanhas,
onde o custo é maior que nas regiões planas: o preço médio da saca de 60 quilos, que atualmente
oscila entre R$ 430 e R$ 440, está abaixo do valor considerado como o ponto de equilíbrio. “Deveria
ser de R$ 500. Ouso dizer que não há margem de lucro. O produtor está perdendo”, calcula Breno
Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
Mesquita (foto: Wenderson Araújo), presidente do Conselho do Café tanto na Confederação Nacional
da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) quanto da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado
de Minas Gerais (Faemg).
Ele reivindica a liberação de financiamento por parte do
governo para a colheita, no que chama de época certa, sob
o risco de o preço da saca ficar ainda menor. “O que
esperamos é justamente a liberação dos recursos para
colheita, para estocagem... Descapitalizado, o que o
produtor faz? Vende o café a preço baixo. O financiamento
tem que chegar na hora certa. Se o cafeicultor começar a
vender (a produção para pagar custo), uma vez que está
sem recurso, o valor abaixa mais ainda”, lamenta.
O preço abaixo do ideal fica mais amargo em razão da quebra das últimas safras, devido à forte
estiagem em todo o país. Para 2015, que deveria ser o ano com colheita maior do que a anterior
(lembrando que a cultura é marcada pela bianualidade – revezando anos de forte produção com os
de colheita fraca), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou a safra abaixo da
registrada em 2014.
A previsão ficou em 42.525.683 de sacas de 60 quilos em todo o país, volume 5,8% inferior ao total
do exercício anterior. Do total previsto para este ano, 31,3 milhões de sacas serão da variedade
arábica, cujo maior produtor é Minas Gerais. “Deveria ser o ano de ciclo alto. As árvores não
cresceram, como deveriam em razão da estiagem. Sou produtor há 33 anos e nunca vi um período
de seca como este. A grande dúvida é se haverá reflexo na colheita de 2016”, alertou Mesquita.
Agricultores do ES estão colhendo as variedades precoces de café conilon
Globo Rural
04/05/2015
Gabriela Fardin
O agricultor Paulo Ribeiro planta café conilon em Colatina, noroeste do Espírito Santo. É a principal
fonte de renda da família, mas nesse ano está mais difícil encher a peneira. Ele prevê uma redução
de 30% no número de sacas.
Em outra propriedade, na lavoura do produtor Nilson Supelli, os funcionários também trabalham sem
parar para tirar logo todos os grãos do pé e a pressa tem explicação: em meio aos grãos maduros, há
frutos amarelados e outros secando por causa do sol. Ele também vai colher de 25% a 30% menos.
O Espírito Santo é o maior produtor de café conilon do país. Segundo o Incaper, o Instituto Capixaba
de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural, a previsão era que fossem colhidas 9 milhões de
sacas de café, mas por causa da estiagem, a produção deve ficar em torno de 7,5 milhões.
Quando se pega o grão direto no pé, dá para perceber que o grão está mole, de baixa qualidade, e
quando a situação é essa, o produtor perde duas vezes: no volume e na qualidade do grão, o que
interfere no preço. Preocupados, os produtores se programam para cortar gastos diminuindo a
quantidade de adubação e deixando de comprar equipamentos.
Assista à reportagem do Globo Rural em:
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2015/05/agricultores-do-es-estao-colhendo-
variedades-precoces-de-cafe-conilon.html.
Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
Café: calor deve reduzir a safra capixaba
Valor Econômico
04/05/2015
Alda do Amaral Rocha
O calor intenso e a falta de chuvas em pleno período de formação de grãos do café – entre dezembro
e fevereiro – afetaram as lavouras de conilon (ou robusta) no norte do Espírito Santo, onde a colheita
está começando. Nesse cenário climático, o desenvolvimento dos cafezais – a maior parte irrigados –
foi prejudicado, e a produção nesta safra 2015 deve ser menor que a do ciclo passado.
A primeira estimativa da Conab, de janeiro deste ano, indicava uma produção entre 8,521 milhões e
8,958 milhões de sacas no Estado, recuo entre 14,3% e 10% em relação à safra 2014, que somou
9,949 milhões de sacas.
Já as projeções da Cooabriel – Cooperativa dos Cafeicultores de São Gabriel, em São Gabriel da
Palha, indicam que a queda pode superar 30% no Estado, para 7 milhões de sacas ante as quase 10
milhões de sacas de 2014. A cooperativa tem 4.700 associados em 24 municípios capixabas e 21
baianos. Atualmente, a Conab está realizando nova estimativa, que deve ser divulgada em junho.
Em meados de abril, quando o Valor visitou fazendas cafeeiras da região, era possível ver grãos num
mesmo pé de café em diferentes estágios de maturação, reflexo do clima seco. "Foram 40 dias sem
chuva. Os grãos da parte de baixo da planta amadureceram e os de cima não", conta Salomão
Lacerda, que tem propriedade em Águia Branca. Outro efeito do calor e da chuva escassa foi que os
grãos cresceram menos, segundo ele.
O cafeicultor avalia que deve ter uma produtividade de 100 sacas por hectare nesta safra. Ele
esperava mais, já que renovou parte da lavoura em 2014. Contudo o clima frustrou suas expectativas.
No ciclo passado, sem lavouras renovadas, a produtividade foi de 70 sacas.
Valdeir Geraldo de Lazare, também produtor em Águia Branca, diz que geralmente começa a colher o
café em meados de abril, mas confirma que a falta de chuvas atrasou o desenvolvimento das
lavouras. O produtor, que cultiva 30 hectares de café, diz que "o conilon deu porque ele é teimoso". A
resistência da espécie conilon, aliás, explica a denominação robusta.
Além do calor de dezembro a fevereiro, quando foram registradas temperaturas de 40 graus
centígrados, outros problemas já vinham atingindo os cafezais do norte capixaba, segundo o
presidente da Cooabriel, Antônio Joaquim de Souza Neto. Ele observa que houve muito vento e calor
entre o fim de junho e julho do ano passado. "Com isso, em agosto, a florada foi afetada porque as
lavouras tinham perdido folhas", acrescenta.
Então, relata Souza Neto, em novembro e dezembro uma praga chamada cochonilha atacou os
cafezais. Depois de todas essas adversidades, o calor forte em pleno período de formação de grãos
acabou queimando o café em algumas lavouras, diz o presidente da Cooabriel.
Como resultado dos problemas climáticos, a cooperativa espera receber 20% menos café de seus
cooperados nesta temporada. Em 2014, os associados entregaram 1,168 milhão de sacas. A queda
nos recebimentos só não será maior, diz, porque há novos associados entregando o produto e
lavouras que estão produzindo agora e que ainda não estavam em produção na safra passada.
Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
Em Águia Branca, os cafezais de José Carlos Kubit também sofreram com o vento. "De abril a
dezembro do ano passado, o chamado vento sul trouxe ferrugem, queda de folhas e provocou o não
vingamento das flores", afirma. O calor forte depois agravou o problema. Ele espera repetir nesta
safra o mesmo rendimento do ciclo passado, de 80 a 100 sacas por hectare. "Apesar de ter feito
renovação de lavouras, a produtividade média não vai crescer porque as lavouras antigas tiveram
queda de 30% afetadas pelo clima", observa.
Primeiro estudo global sobre mudança climática e arábica prevê "perdas severas"
CaféPoint
04/05/2015
Reportagem: http://dailycoffeenews.com / Tradução: Juliana Santin
Os cafés arábicas terão que ser cultivados em altitudes mais elevadas em quase todas
as regiões mundiais produtoras para sobreviver aos efeitos projetados da mudança
climática até 2025, de acordo com o primeiro estudo global desse tipo, que foi divulgado
pelo Centro Internacional para Agricultura Tropical (CIAT).
Pesquisadores sugerem que perdas severas na produção global de arábica são
iminentes se o cultivo de café não mudar para altitudes mais elevadas em muitos países. Essa
mudança, em virtude da disponibilidade limitada de terra, prejudica muitas das principais regiões
produtoras do mundo, particularmente em partes da Mesoamérica e Ásia. Ao contrário, aumentos na
temperatura e chuvas poderiam adicionar algumas terras adequadas para o cultivo de café em áreas
específicas, particularmente algumas próximas ao equador na América do Sul.
“Os principais produtores – Brasil, Vietnã, Indonésia e Colômbia – que juntos produzem 65% da
participação do mercado global – deverão apresentar perdas severas se medidas de adaptação não
forem tomadas”, disse o CIAT em resposta aos resultados publicados.
O estudo sugere que o Brasil, de longe o maior produtor mundial, poderia enfrentar perdas de até
25% se medidas de adaptação não forem tomadas.
“A produção altamente mecanizada e comercial de café do Brasil não é adequada para ser cultivada
junto com árvores, o que poderia fornecer sombra e trazer redução na temperatura”, disse o co-autor
do estudo, Peter Läderach. “Isso poderia significar uma mudança da produção para o leste – da
América Central ao leste da África e Ásia-Pacífico, se não forem colocadas em prática estratégias
para adaptação”.
A pesquisa foi financiada pelo programa CGIAR do CIAT sobre Mudança Climática, Agricultura e
Segurança Alimentar, apesar de o CIAT dizer que o programa não fez parte do projeto ou análise
desse estudo. O estudo segue vários estudos regionais que fizeram projeções similares para o futuro
do café arábica.
Pesquisadores basearam as projeções de mudança climática para 2050 usando 21 modelos de
circulação global e 62.000 pontos específicos de localização, sugerindo que, em muitos locais, um
aumento de 2oC na temperatura e aumentos nos eventos climáticos, como chuvas, podem ser
esperados. De forma geral, o estudo prevê globalmente reduções na adequação climática em
menores altitudes e maiores latitudes.
Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
Abaixo está parte de uma análise regional e global diretamente do estudo
Todos os países produtores de café da América, África, Ásia e Oceania manteriam alguma
adequação para cultivo de café arábica. Colômbia, Etiópia, Indonésia, México e Guatemala têm áreas
extensas de terra de alta altitude que recebem chuvas suficientes. Um movimento ascendente de
suas áreas de cultivo de café poderiam moderar o impacto geral na mudança climática em suas
indústrias de café. Uma ressalva importante é que as áreas de maiores altitudes estejam disponíveis
para conversão para fazendas de café, sejam acessíveis, tenham condições adequadas do solo e
que seus atuais ou futuros habitantes estejam dispostos a cultivar café arábica ao invés de outras
colheitas. Muito frequentemente, essas condições podem não vir todas juntas, com a consequência
de que a produção de café arábica pode declinar localmente.
As regiões onde o café arábica seria menos afetado pelas maiores temperaturas são o Leste da
África, com exceção de Uganda e Papua Nova Guiné no Pacífico. A Mesoamérica seria a região mais
afetada, especificamente a Nicarágua e El Salvador. Como o café arábica é uma exportação
importante da Mesoamérica, a expectativa é que ocorra severos impactos econômicos nessa região.
Conforme sugerido anteriormente por Zullo, efeitos fortemente negativos da mudança climática são
esperados no Brasil, maior produtor mundial de arábica, bem como na Índia e na Indochina. Regiões
que deverão sofrer impactos intermediários incluem Andes, partes do sul da África e Madagascar, e
Indonésia, com diferenças significativas entre as ilhas.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Safra de grãos 2009/2010
Safra de grãos 2009/2010Safra de grãos 2009/2010
Safra de grãos 2009/2010
paulof10
 
Informe Rural - 20/02/14
Informe Rural - 20/02/14Informe Rural - 20/02/14
Informe Rural - 20/02/14
Informe Rural
 
Chamada pública + gilberto a falcão
Chamada pública + gilberto a falcãoChamada pública + gilberto a falcão
Chamada pública + gilberto a falcão
Jornal "O Falcão"
 
Novo código ambiental: direitos e obrigações 05_2012
Novo código ambiental: direitos e obrigações 05_2012Novo código ambiental: direitos e obrigações 05_2012
Novo código ambiental: direitos e obrigações 05_2012
sociedaderuralbrasileira
 
Informe rural - 10/04/2013
Informe rural - 10/04/2013Informe rural - 10/04/2013
Informe rural - 10/04/2013
Informe Rural
 

Was ist angesagt? (17)

Jornal da FETAEP edição 163 - Novembro/Dezembro de 2018
Jornal da FETAEP edição 163 - Novembro/Dezembro de 2018Jornal da FETAEP edição 163 - Novembro/Dezembro de 2018
Jornal da FETAEP edição 163 - Novembro/Dezembro de 2018
 
Safra de grãos 2009/2010
Safra de grãos 2009/2010Safra de grãos 2009/2010
Safra de grãos 2009/2010
 
Memória 3º evento apicultura agreste 9.4.15
Memória 3º evento apicultura agreste 9.4.15Memória 3º evento apicultura agreste 9.4.15
Memória 3º evento apicultura agreste 9.4.15
 
Informe Rural - 20/02/14
Informe Rural - 20/02/14Informe Rural - 20/02/14
Informe Rural - 20/02/14
 
Chamada pública + gilberto a falcão
Chamada pública + gilberto a falcãoChamada pública + gilberto a falcão
Chamada pública + gilberto a falcão
 
Novo código ambiental: direitos e obrigações 05_2012
Novo código ambiental: direitos e obrigações 05_2012Novo código ambiental: direitos e obrigações 05_2012
Novo código ambiental: direitos e obrigações 05_2012
 
Chamada
ChamadaChamada
Chamada
 
Aglomeração e especialização da piscilcultura no Estado de São Paulo
Aglomeração e especialização da piscilcultura no Estado de São PauloAglomeração e especialização da piscilcultura no Estado de São Paulo
Aglomeração e especialização da piscilcultura no Estado de São Paulo
 
Portaria em questão
Portaria em questãoPortaria em questão
Portaria em questão
 
Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 2º Levantamento - Maio 2018
Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 2º Levantamento - Maio 2018Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 2º Levantamento - Maio 2018
Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 2º Levantamento - Maio 2018
 
4°Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - Dezembro 2017
4°Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - Dezembro 20174°Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - Dezembro 2017
4°Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - Dezembro 2017
 
Periódico Extensão Rural 2010-2
Periódico Extensão Rural 2010-2Periódico Extensão Rural 2010-2
Periódico Extensão Rural 2010-2
 
Informe rural - 10/04/2013
Informe rural - 10/04/2013Informe rural - 10/04/2013
Informe rural - 10/04/2013
 
Clipping cnc 04082014 versao de impressao
Clipping cnc 04082014   versao de impressaoClipping cnc 04082014   versao de impressao
Clipping cnc 04082014 versao de impressao
 
Artigo caju publicado
Artigo caju   publicadoArtigo caju   publicado
Artigo caju publicado
 
CAR -MÓDULO 3
CAR -MÓDULO 3CAR -MÓDULO 3
CAR -MÓDULO 3
 
Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 1º Levantamento - Janeiro 2018
Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 1º Levantamento - Janeiro 2018Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 1º Levantamento - Janeiro 2018
Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 1º Levantamento - Janeiro 2018
 

Andere mochten auch

Andere mochten auch (20)

Stop
StopStop
Stop
 
Elaboramos su manual de procedimientos
Elaboramos su manual de procedimientosElaboramos su manual de procedimientos
Elaboramos su manual de procedimientos
 
1
11
1
 
02
0202
02
 
Euskararen Eguna: "Hustua ala betea? Hustu ahala betea" - CAF
Euskararen Eguna: "Hustua ala betea? Hustu ahala betea" - CAFEuskararen Eguna: "Hustua ala betea? Hustu ahala betea" - CAF
Euskararen Eguna: "Hustua ala betea? Hustu ahala betea" - CAF
 
Vallès Occidental
Vallès OccidentalVallès Occidental
Vallès Occidental
 
Borse louis vuitton
Borse louis vuittonBorse louis vuitton
Borse louis vuitton
 
Central london hotels
Central london hotelsCentral london hotels
Central london hotels
 
Tic
TicTic
Tic
 
Uilalani marx marian anderson
Uilalani marx marian andersonUilalani marx marian anderson
Uilalani marx marian anderson
 
Cida1
Cida1Cida1
Cida1
 
I want to have a nice pair of shoes
I want to have a nice pair of shoesI want to have a nice pair of shoes
I want to have a nice pair of shoes
 
Mitsubishi 2011 and 2012 Special Year End Sales Event!
Mitsubishi 2011 and 2012 Special Year End Sales Event!Mitsubishi 2011 and 2012 Special Year End Sales Event!
Mitsubishi 2011 and 2012 Special Year End Sales Event!
 
Fan page
Fan pageFan page
Fan page
 
Modulo 1
Modulo 1Modulo 1
Modulo 1
 
A aposta na inovação e tecnologia - José Tribolet
A aposta na inovação e tecnologia - José TriboletA aposta na inovação e tecnologia - José Tribolet
A aposta na inovação e tecnologia - José Tribolet
 
Cuarto viaje de colon
Cuarto viaje de colonCuarto viaje de colon
Cuarto viaje de colon
 
5
55
5
 
Plataforma graduados faud
Plataforma graduados faudPlataforma graduados faud
Plataforma graduados faud
 
La CBS y las Tabacaleras
La CBS y las TabacalerasLa CBS y las Tabacaleras
La CBS y las Tabacaleras
 

Ähnlich wie Clipping cnc 04052015 versão de impressão

Políticas agroambientais e mudancas climáticas - experiencias e desafios no c...
Políticas agroambientais e mudancas climáticas - experiencias e desafios no c...Políticas agroambientais e mudancas climáticas - experiencias e desafios no c...
Políticas agroambientais e mudancas climáticas - experiencias e desafios no c...
FAO
 

Ähnlich wie Clipping cnc 04052015 versão de impressão (20)

Clipping cnc 24022016 versão de impressão
Clipping cnc 24022016   versão de impressãoClipping cnc 24022016   versão de impressão
Clipping cnc 24022016 versão de impressão
 
Buenas Prácticas: Políticas Públicas de Transferencia de Tecnología en la Agr...
Buenas Prácticas: Políticas Públicas de Transferencia de Tecnología en la Agr...Buenas Prácticas: Políticas Públicas de Transferencia de Tecnología en la Agr...
Buenas Prácticas: Políticas Públicas de Transferencia de Tecnología en la Agr...
 
Clipping cnc 31032014 versao de impressao
Clipping cnc 31032014   versao de impressaoClipping cnc 31032014   versao de impressao
Clipping cnc 31032014 versao de impressao
 
Clipping cnc 08052015 versão de impressão
Clipping cnc 08052015   versão de impressãoClipping cnc 08052015   versão de impressão
Clipping cnc 08052015 versão de impressão
 
Clipping cnc 22012018 versão de impressão
Clipping cnc 22012018   versão de impressãoClipping cnc 22012018   versão de impressão
Clipping cnc 22012018 versão de impressão
 
Clipping cnc 26012016 versão de impressão
Clipping cnc 26012016   versão de impressãoClipping cnc 26012016   versão de impressão
Clipping cnc 26012016 versão de impressão
 
Clipping cnc 19052014 versao de impressao
Clipping cnc 19052014   versao de impressaoClipping cnc 19052014   versao de impressao
Clipping cnc 19052014 versao de impressao
 
Clipping cnc 25072014 versao de impressao
Clipping cnc 25072014   versao de impressaoClipping cnc 25072014   versao de impressao
Clipping cnc 25072014 versao de impressao
 
Clipping cnc 23052014 versao de impressao
Clipping cnc 23052014   versao de impressaoClipping cnc 23052014   versao de impressao
Clipping cnc 23052014 versao de impressao
 
Clipping cnc 06062018
Clipping cnc 06062018Clipping cnc 06062018
Clipping cnc 06062018
 
Clipping cnc 26102015 versão de impressão
Clipping cnc 26102015   versão de impressãoClipping cnc 26102015   versão de impressão
Clipping cnc 26102015 versão de impressão
 
Arquivo 294
Arquivo 294Arquivo 294
Arquivo 294
 
Clipping cnc 21032017 versão de impressão
Clipping cnc 21032017   versão de impressãoClipping cnc 21032017   versão de impressão
Clipping cnc 21032017 versão de impressão
 
Clipping cnc 30012015 versão de impressão
Clipping cnc 30012015   versão de impressãoClipping cnc 30012015   versão de impressão
Clipping cnc 30012015 versão de impressão
 
Clipping cnc 09042018
Clipping cnc 09042018Clipping cnc 09042018
Clipping cnc 09042018
 
Clipping cnc 06032017 versão de impressão
Clipping cnc 06032017   versão de impressãoClipping cnc 06032017   versão de impressão
Clipping cnc 06032017 versão de impressão
 
Clipping cnc 05092014 versao de impressao
Clipping cnc 05092014   versao de impressaoClipping cnc 05092014   versao de impressao
Clipping cnc 05092014 versao de impressao
 
Clipping cnc 21092016 versão de impressão
Clipping cnc 21092016   versão de impressãoClipping cnc 21092016   versão de impressão
Clipping cnc 21092016 versão de impressão
 
Políticas agroambientais e mudancas climáticas - experiencias e desafios no c...
Políticas agroambientais e mudancas climáticas - experiencias e desafios no c...Políticas agroambientais e mudancas climáticas - experiencias e desafios no c...
Políticas agroambientais e mudancas climáticas - experiencias e desafios no c...
 
Clipping cnc 15032017 versão de impressão
Clipping cnc 15032017   versão de impressãoClipping cnc 15032017   versão de impressão
Clipping cnc 15032017 versão de impressão
 

Mehr von Paulo André Colucci Kawasaki

Mehr von Paulo André Colucci Kawasaki (20)

Thatiana pimentel diario de pernambuco
Thatiana pimentel   diario de pernambucoThatiana pimentel   diario de pernambuco
Thatiana pimentel diario de pernambuco
 
Abics fechamento outubro
Abics   fechamento outubroAbics   fechamento outubro
Abics fechamento outubro
 
Cecafe relatorio-mensal-outubro-2018
Cecafe relatorio-mensal-outubro-2018Cecafe relatorio-mensal-outubro-2018
Cecafe relatorio-mensal-outubro-2018
 
Clipping cnc 19062018
Clipping cnc 19062018Clipping cnc 19062018
Clipping cnc 19062018
 
Clipping cnc 18062018
Clipping cnc 18062018Clipping cnc 18062018
Clipping cnc 18062018
 
Relatorio anual de gestao 2017
Relatorio anual de gestao   2017Relatorio anual de gestao   2017
Relatorio anual de gestao 2017
 
Clipping cnc 14062018
Clipping cnc 14062018Clipping cnc 14062018
Clipping cnc 14062018
 
Clipping cnc 12e13062018
Clipping cnc 12e13062018Clipping cnc 12e13062018
Clipping cnc 12e13062018
 
Cecafe relatorio-mensal-maio-2018
Cecafe relatorio-mensal-maio-2018Cecafe relatorio-mensal-maio-2018
Cecafe relatorio-mensal-maio-2018
 
Clipping cnc 11062018
Clipping cnc 11062018Clipping cnc 11062018
Clipping cnc 11062018
 
Clipping cnc 07062018
Clipping cnc 07062018Clipping cnc 07062018
Clipping cnc 07062018
 
Clipping cnc 05062018
Clipping cnc 05062018Clipping cnc 05062018
Clipping cnc 05062018
 
Clipping cnc 04062018
Clipping cnc 04062018Clipping cnc 04062018
Clipping cnc 04062018
 
Clipping cnc 28052018
Clipping cnc 28052018Clipping cnc 28052018
Clipping cnc 28052018
 
Clipping cnc 22e23052018
Clipping cnc 22e23052018Clipping cnc 22e23052018
Clipping cnc 22e23052018
 
Clipping cnc 21052018
Clipping cnc 21052018Clipping cnc 21052018
Clipping cnc 21052018
 
Clipping cnc 15e16052018
Clipping cnc   15e16052018Clipping cnc   15e16052018
Clipping cnc 15e16052018
 
Clipping cnc 14052018
Clipping cnc 14052018Clipping cnc 14052018
Clipping cnc 14052018
 
Clipping cnc 09052018
Clipping cnc 09052018Clipping cnc 09052018
Clipping cnc 09052018
 
Clipping cnc 18042018
Clipping cnc 18042018Clipping cnc 18042018
Clipping cnc 18042018
 

Clipping cnc 04052015 versão de impressão

  • 1. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck CLIPPING – 04/05/2015 Acesse: www.cncafe.com.br Adesão ao CAR é estendida até maio de 2016 InforMMA Ministério do Meio Ambiente 04/05/2015 Por: Lucas Tolentino – Edição: Sérgio Maggio Os donos de terras agrícolas terão mais um ano para aderir à regularização conforme a nova Lei Florestal. Nesta segunda-feira (04/05), o governo federal estendeu até o início de maio de 2016 o prazo para inclusão dos imóveis no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O anúncio foi feito em coletiva com os ministros Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário). A prorrogação foi motivada por 48 pedidos de órgãos como secretarias estaduais e municipais. Até agora, 52, 8% da área total de 373 milhões de hectares passíveis de regularização ambiental está inscrita no sistema informatizado que dará início ao processo. Mais de 1,4 milhão de imóveis rurais de todo o país se encontram dentro da lei. O número corresponde a 196,7 milhões de hectares de área cadastrada. “Houve uma expressiva adesão ao CAR e muitos agricultores participaram em caráter voluntário ao programa de regularização”, avaliou Izabella Teixeira. Os investimentos para a implantação do Sistema Eletrônico do CAR (SiCAR) somaram R$ 140,5 milhões. Desse total, R$ 100 milhões foram destinados somente para a aquisição das imagens de satélite usadas no processo – a maior aquisição desse tipo de material em todo o mundo. “Foram feitos investimentos maciços de recursos nessa ação. O governo vai continuar trabalhando com parcerias para dar continuidade o cadastro”, garantiu a ministra. ASSENTAMENTOS Os assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) também entrarão na base do CAR. De um total de 6.996 unidades agrícolas em todo o país, 4.425 foram cadastradas. Essa área equivale a 28,1 milhões de hectares distribuídos em diversos biomas brasileiros. Nesses casos, a implantação do CAR beneficiará 722 mil famílias moradoras dos assentamentos. O ministro Patrus Ananias destacou a importância da medida para a subsistência dessa parcela da população. “É uma forma de promover a agricultura familiar e encontrar um equilíbrio nessas localidades.” O CADASTRO Todas as propriedades rurais do país precisam ser cadastradas no Sistema Eletrônico do CAR (SiCAR), com imagens georreferenciadas de todo o território nacional. As inscrições são condições necessárias para que os imóveis façam parte do Programa de Regularização Ambiental (PRA). Isso dará início ao processo de recuperação ambiental de áreas degradadas dentro dos terrenos, conforme prevê a Lei 12.651, de 2012, a chamada Lei Florestal. Caso não faça o cadastro, o responsável pelo imóvel ficará impossibilitado de obter crédito rural, além de entrar em situação de insegurança jurídica. O CAR, no entanto, não tem relação com questões fundiárias. Ou seja, é um documento declaratório sobre a situação ambiental de uma área cuja responsabilidade de manutenção é daquele que declarou e, portanto, não gera direitos sobre a forma de uso do solo.
  • 2. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck A inscrição no CAR é realizada por meio do SiCAR, que emite um recibo, seguindo a mesma lógica da declaração do Imposto de Renda. É possível fazer retificações caso haja informações conflitantes. Depois de cadastrados, os proprietários ou posseiros com passivo ambiental relativo às Áreas de Preservação Permanente (APPs), de Reserva Legal (RL) e de Uso Restrito (UR) poderão aderir aos PRAs da unidade da federação em que estão localizados. VERBETES: ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP): Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. RESERVA LEGAL (RL): É uma área localizada no interior de uma propriedade rural, que não seja a APP, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. USO RESTRITO (UR): Áreas de inclinação entre 25°e 45°. Silas Brasileiro comemora prorrogação do Cadastro Ambiental Rural Ascom Dep. Silas Brasileiro 04/05/2015 Diovana Miziara Em audiência pública, na manhã de quinta-feira (30), da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e de Desenvolvimento Rural, o Ministro Substituto do Meio Ambiente, Francisco Gaetani anunciou a publicação no Diário Oficial da União do Decreto Presidencial n.º 8.439, de 29 de abril de 2015, delegando à Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a decisão sobre a prorrogação do prazo do Cadastro Ambiental Rural. De acordo com o Francisco é possível que o prazo final para inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), que se encerraria no próximo dia 05 de maio, seja prorrogado por mais um ano. O deputado federal – e presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC) – Silas Brasileiro comemorou a prorrogação do prazo, por considerar necessário e de fundamental importância para o crescimento econômico do setor agrícola, o preenchimento do CAR. “A notícia representa um certo alívio para a maioria dos produtores rurais brasileiros, que a menos de uma semana para o prazo final, não haviam preenchido o cadastro, segundo informações do próprio Ministério do Meio Ambiente”, colocou Silas. O Decreto de prorrogação deve ser publicado na próxima semana, após reunião já agendada para segunda-feira (04), entre a Ministra do Meio Ambiente e os Ministros Katia Abreu (Agricultura) e Patruz Ananias (Desenvolvimento Agrário), que irão analisar as peculiaridades da dilação do prazo.
  • 3. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck O Cadastro Ambiental Rural – CAR foi instituído pelo Código Florestal (Lei 12.651/12) para fazer levantamento de informações georreferenciadas dos imóveis rurais, com delimitação das áreas de proteção permanente (APPs), reserva legal, remanescentes de vegetações nativas, área rural consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública. O objetivo do CAR é traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para diagnóstico ambiental. Todas as propriedades rurais do país são obrigadas a fazer o cadastro. Leilão de café dos estoques oficiais negocia 70% da oferta Revista Globo Rural 04/05/2015 Por Venilson Ferreira O leilão de café arábica dos estoques oficiais realizado nesta quinta-feira (30/4) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) negociou 28.365 sacas, que correspondem a 70,1% das 40.465 sacas ofertadas. Os compradores arremataram a totalidade dos lotes ofertados em Minas Gerais (23.965 sacas) e em Goiás (1.200 sacas). Das 15.300 sacas ofertadas no Espírito Santo houve interesse por 3.200 sacas (20,9%). Os lotes foram arrematados pelos mesmos valores de abertura no Espírito Santo (R$ 304,92/saca) e em Goiás (R$ 367,03/saca). No caso dos lotes depositados em Minas Gerais houve ágio de 13,9% sobre o valor de abertura e o preço médio no fechamento ficou em R$ 390,87/saca. O maior preço (R$ 430,76/saca) foi pago pelo lote 82, depositado em Campos Altos (MG), com ágio de 22,99%. O governo federal arrecadou R$ 10,788 milhões com a venda dos cafés dos estoques, que foram adquiridos por meio de leilões de opções de venda realizados nas safras 2002/2003, 2008/2009 e 2009/2010, quando os preços praticados no mercado estavam abaixo dos custos de produção da cafeicultura. Por meio de nota, o Conselho Nacional do Café (CNC) informa que o leilão foi realizado desta vez após consulta à entidade. Vale lembrar que no final de março deste ano foi realizado o primeiro leilão, que não despertou interesse comprador por causa dos altos preços. Um segundo leilão, programado para o começo de abril, foi adiado a pedido do CNC. Ao destacar os entendimentos com o governo, o CNC diz na nota que “essa sinergia possibilitou o lançamento de preços de abertura condizentes com a realidade do mercado e, em especial, dos cafés que se encontram nos armazéns públicos, que, mesmo próprios para o consumo, são de safras antigas e estão desmerecidos”. O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), Nathan Herskowicz, elogiou a atitude do Ministério da Agricultura e da Conab de ter reduzido os preços de abertura do leilão de cafés dos estoques, que contribui para atender à indústria no cenário atual que sinaliza com oferta ajustada à demanda. Com os preços de abertura mais baixos, os lances feitos pelos compradores estabelecem quais valores refletem à realidade do mercado, diz ele.
  • 4. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Custos de produção do cafeicultor brasileiro sobem 6,37% em um ano Assessoria de Comunicação CNA 04/05/2015 Os produtores de café tiveram mais custos com a colheita e a pós-colheita da lavoura, principalmente nas regiões onde estas duas etapas da produção são feitas de forma manual, o que aumenta a necessidade de mão de obra. No período de abril de 2014 a março deste ano, as despesas subiram, em média, 6,37%. O produtor que vive em áreas montanhosas, onde predomina a colheita manual, gastou mais de R$ 200 por saca apenas com colheita e pós-colheita. No caso da produção de café arábica em regiões montanhosas, que responde por grande parte da produção do grão no país, os gastos com colheita e pós-colheita representaram mais de 50% do Custo Operacional Efetivo (COE) da atividade, que engloba as despesas rotineiras do cafeicultor. Em relação ao café conilon, estas duas etapas responderam, por quase 40% do COE. Esta é uma das conclusões da última edição do boletim Ativos do Café, publicação elaborada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Inteligência de Mercado da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA). O estudo contém informações consolidadas a partir de levantamentos dos custos de produção feitos junto aos cafeicultores nas principais regiões produtoras do grão. Com a colheita e a pós-colheita impactando mais no custo de produção, o estudo da CNA e da UFLA recomenda cautela aos produtores. “Sua expressividade nos custos de produção influencia diretamente as margens de lucro. A fim de gerenciar os custos gerados, o escalonamento da colheita deve ser minucioso. Além disso, os produtores devem seguir boas práticas de pós-colheita, pois os diferenciais de preços para cafés melhores estão elevados”, ressalta o boletim. Manejo – O boletim apontou também que o manejo manual da lavoura trouxe mais custos ao produtor, na comparação com as regiões onde a atividade é mecanizada. Assim, o Custo Operacional Total (COT) da cafeicultura, que contempla o COE mais as despesas com a reposição de patrimônio depreciado, está 34% superior ao custo total observado nos municípios que utilizam o sistema mecanizado. Boletim – Acesse a íntegra da análise feita pela CNA/UFLA no boletim: http://www.canaldoprodutor.com.br/sites/default/files/Ativos-Cafe-20.pdf Sem equilíbrio no preço do café Estado de Minas 04/05/2015 Paulo Henrique Lobato O grosso da colheita do café, principal commodity do agronegócio de Minas Gerais, começa neste mês com uma péssima notícia para os produtores, sobretudo os donos de lavouras em montanhas, onde o custo é maior que nas regiões planas: o preço médio da saca de 60 quilos, que atualmente oscila entre R$ 430 e R$ 440, está abaixo do valor considerado como o ponto de equilíbrio. “Deveria ser de R$ 500. Ouso dizer que não há margem de lucro. O produtor está perdendo”, calcula Breno
  • 5. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Mesquita (foto: Wenderson Araújo), presidente do Conselho do Café tanto na Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) quanto da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). Ele reivindica a liberação de financiamento por parte do governo para a colheita, no que chama de época certa, sob o risco de o preço da saca ficar ainda menor. “O que esperamos é justamente a liberação dos recursos para colheita, para estocagem... Descapitalizado, o que o produtor faz? Vende o café a preço baixo. O financiamento tem que chegar na hora certa. Se o cafeicultor começar a vender (a produção para pagar custo), uma vez que está sem recurso, o valor abaixa mais ainda”, lamenta. O preço abaixo do ideal fica mais amargo em razão da quebra das últimas safras, devido à forte estiagem em todo o país. Para 2015, que deveria ser o ano com colheita maior do que a anterior (lembrando que a cultura é marcada pela bianualidade – revezando anos de forte produção com os de colheita fraca), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou a safra abaixo da registrada em 2014. A previsão ficou em 42.525.683 de sacas de 60 quilos em todo o país, volume 5,8% inferior ao total do exercício anterior. Do total previsto para este ano, 31,3 milhões de sacas serão da variedade arábica, cujo maior produtor é Minas Gerais. “Deveria ser o ano de ciclo alto. As árvores não cresceram, como deveriam em razão da estiagem. Sou produtor há 33 anos e nunca vi um período de seca como este. A grande dúvida é se haverá reflexo na colheita de 2016”, alertou Mesquita. Agricultores do ES estão colhendo as variedades precoces de café conilon Globo Rural 04/05/2015 Gabriela Fardin O agricultor Paulo Ribeiro planta café conilon em Colatina, noroeste do Espírito Santo. É a principal fonte de renda da família, mas nesse ano está mais difícil encher a peneira. Ele prevê uma redução de 30% no número de sacas. Em outra propriedade, na lavoura do produtor Nilson Supelli, os funcionários também trabalham sem parar para tirar logo todos os grãos do pé e a pressa tem explicação: em meio aos grãos maduros, há frutos amarelados e outros secando por causa do sol. Ele também vai colher de 25% a 30% menos. O Espírito Santo é o maior produtor de café conilon do país. Segundo o Incaper, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural, a previsão era que fossem colhidas 9 milhões de sacas de café, mas por causa da estiagem, a produção deve ficar em torno de 7,5 milhões. Quando se pega o grão direto no pé, dá para perceber que o grão está mole, de baixa qualidade, e quando a situação é essa, o produtor perde duas vezes: no volume e na qualidade do grão, o que interfere no preço. Preocupados, os produtores se programam para cortar gastos diminuindo a quantidade de adubação e deixando de comprar equipamentos. Assista à reportagem do Globo Rural em: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2015/05/agricultores-do-es-estao-colhendo- variedades-precoces-de-cafe-conilon.html.
  • 6. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Café: calor deve reduzir a safra capixaba Valor Econômico 04/05/2015 Alda do Amaral Rocha O calor intenso e a falta de chuvas em pleno período de formação de grãos do café – entre dezembro e fevereiro – afetaram as lavouras de conilon (ou robusta) no norte do Espírito Santo, onde a colheita está começando. Nesse cenário climático, o desenvolvimento dos cafezais – a maior parte irrigados – foi prejudicado, e a produção nesta safra 2015 deve ser menor que a do ciclo passado. A primeira estimativa da Conab, de janeiro deste ano, indicava uma produção entre 8,521 milhões e 8,958 milhões de sacas no Estado, recuo entre 14,3% e 10% em relação à safra 2014, que somou 9,949 milhões de sacas. Já as projeções da Cooabriel – Cooperativa dos Cafeicultores de São Gabriel, em São Gabriel da Palha, indicam que a queda pode superar 30% no Estado, para 7 milhões de sacas ante as quase 10 milhões de sacas de 2014. A cooperativa tem 4.700 associados em 24 municípios capixabas e 21 baianos. Atualmente, a Conab está realizando nova estimativa, que deve ser divulgada em junho. Em meados de abril, quando o Valor visitou fazendas cafeeiras da região, era possível ver grãos num mesmo pé de café em diferentes estágios de maturação, reflexo do clima seco. "Foram 40 dias sem chuva. Os grãos da parte de baixo da planta amadureceram e os de cima não", conta Salomão Lacerda, que tem propriedade em Águia Branca. Outro efeito do calor e da chuva escassa foi que os grãos cresceram menos, segundo ele. O cafeicultor avalia que deve ter uma produtividade de 100 sacas por hectare nesta safra. Ele esperava mais, já que renovou parte da lavoura em 2014. Contudo o clima frustrou suas expectativas. No ciclo passado, sem lavouras renovadas, a produtividade foi de 70 sacas. Valdeir Geraldo de Lazare, também produtor em Águia Branca, diz que geralmente começa a colher o café em meados de abril, mas confirma que a falta de chuvas atrasou o desenvolvimento das lavouras. O produtor, que cultiva 30 hectares de café, diz que "o conilon deu porque ele é teimoso". A resistência da espécie conilon, aliás, explica a denominação robusta. Além do calor de dezembro a fevereiro, quando foram registradas temperaturas de 40 graus centígrados, outros problemas já vinham atingindo os cafezais do norte capixaba, segundo o presidente da Cooabriel, Antônio Joaquim de Souza Neto. Ele observa que houve muito vento e calor entre o fim de junho e julho do ano passado. "Com isso, em agosto, a florada foi afetada porque as lavouras tinham perdido folhas", acrescenta. Então, relata Souza Neto, em novembro e dezembro uma praga chamada cochonilha atacou os cafezais. Depois de todas essas adversidades, o calor forte em pleno período de formação de grãos acabou queimando o café em algumas lavouras, diz o presidente da Cooabriel. Como resultado dos problemas climáticos, a cooperativa espera receber 20% menos café de seus cooperados nesta temporada. Em 2014, os associados entregaram 1,168 milhão de sacas. A queda nos recebimentos só não será maior, diz, porque há novos associados entregando o produto e lavouras que estão produzindo agora e que ainda não estavam em produção na safra passada.
  • 7. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Em Águia Branca, os cafezais de José Carlos Kubit também sofreram com o vento. "De abril a dezembro do ano passado, o chamado vento sul trouxe ferrugem, queda de folhas e provocou o não vingamento das flores", afirma. O calor forte depois agravou o problema. Ele espera repetir nesta safra o mesmo rendimento do ciclo passado, de 80 a 100 sacas por hectare. "Apesar de ter feito renovação de lavouras, a produtividade média não vai crescer porque as lavouras antigas tiveram queda de 30% afetadas pelo clima", observa. Primeiro estudo global sobre mudança climática e arábica prevê "perdas severas" CaféPoint 04/05/2015 Reportagem: http://dailycoffeenews.com / Tradução: Juliana Santin Os cafés arábicas terão que ser cultivados em altitudes mais elevadas em quase todas as regiões mundiais produtoras para sobreviver aos efeitos projetados da mudança climática até 2025, de acordo com o primeiro estudo global desse tipo, que foi divulgado pelo Centro Internacional para Agricultura Tropical (CIAT). Pesquisadores sugerem que perdas severas na produção global de arábica são iminentes se o cultivo de café não mudar para altitudes mais elevadas em muitos países. Essa mudança, em virtude da disponibilidade limitada de terra, prejudica muitas das principais regiões produtoras do mundo, particularmente em partes da Mesoamérica e Ásia. Ao contrário, aumentos na temperatura e chuvas poderiam adicionar algumas terras adequadas para o cultivo de café em áreas específicas, particularmente algumas próximas ao equador na América do Sul. “Os principais produtores – Brasil, Vietnã, Indonésia e Colômbia – que juntos produzem 65% da participação do mercado global – deverão apresentar perdas severas se medidas de adaptação não forem tomadas”, disse o CIAT em resposta aos resultados publicados. O estudo sugere que o Brasil, de longe o maior produtor mundial, poderia enfrentar perdas de até 25% se medidas de adaptação não forem tomadas. “A produção altamente mecanizada e comercial de café do Brasil não é adequada para ser cultivada junto com árvores, o que poderia fornecer sombra e trazer redução na temperatura”, disse o co-autor do estudo, Peter Läderach. “Isso poderia significar uma mudança da produção para o leste – da América Central ao leste da África e Ásia-Pacífico, se não forem colocadas em prática estratégias para adaptação”. A pesquisa foi financiada pelo programa CGIAR do CIAT sobre Mudança Climática, Agricultura e Segurança Alimentar, apesar de o CIAT dizer que o programa não fez parte do projeto ou análise desse estudo. O estudo segue vários estudos regionais que fizeram projeções similares para o futuro do café arábica. Pesquisadores basearam as projeções de mudança climática para 2050 usando 21 modelos de circulação global e 62.000 pontos específicos de localização, sugerindo que, em muitos locais, um aumento de 2oC na temperatura e aumentos nos eventos climáticos, como chuvas, podem ser esperados. De forma geral, o estudo prevê globalmente reduções na adequação climática em menores altitudes e maiores latitudes.
  • 8. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Abaixo está parte de uma análise regional e global diretamente do estudo Todos os países produtores de café da América, África, Ásia e Oceania manteriam alguma adequação para cultivo de café arábica. Colômbia, Etiópia, Indonésia, México e Guatemala têm áreas extensas de terra de alta altitude que recebem chuvas suficientes. Um movimento ascendente de suas áreas de cultivo de café poderiam moderar o impacto geral na mudança climática em suas indústrias de café. Uma ressalva importante é que as áreas de maiores altitudes estejam disponíveis para conversão para fazendas de café, sejam acessíveis, tenham condições adequadas do solo e que seus atuais ou futuros habitantes estejam dispostos a cultivar café arábica ao invés de outras colheitas. Muito frequentemente, essas condições podem não vir todas juntas, com a consequência de que a produção de café arábica pode declinar localmente. As regiões onde o café arábica seria menos afetado pelas maiores temperaturas são o Leste da África, com exceção de Uganda e Papua Nova Guiné no Pacífico. A Mesoamérica seria a região mais afetada, especificamente a Nicarágua e El Salvador. Como o café arábica é uma exportação importante da Mesoamérica, a expectativa é que ocorra severos impactos econômicos nessa região. Conforme sugerido anteriormente por Zullo, efeitos fortemente negativos da mudança climática são esperados no Brasil, maior produtor mundial de arábica, bem como na Índia e na Indochina. Regiões que deverão sofrer impactos intermediários incluem Andes, partes do sul da África e Madagascar, e Indonésia, com diferenças significativas entre as ilhas.