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DISCIPLINA DE CLÍNICA MÉDICA I 
CURSO DE PROPEDÊUTICA CLÍNICA 
3º ANO – F.C.M.S.
ANAMNESE 
Aparelho urinário masculino Aparelho urinário feminino
ANAMNESE
ANAMNESE 
Sintomas podem não guardar relação direta com os 
órgãos do aparelho urinário (dores lombares, poliúria 
do diabetes descompensado, hematúria em discrasias 
sanguíneas). 
Sintomas decorrentes de lesões renais (que ocorrem 
de maneira insidiosa), podem surgir em fases 
avançadas, já com substancial deterioração de suas 
funções. 
Sintomas podem ser bem variáveis e inespecíficos 
(anemia, astenia, náuseas, vômitos, irritabilidade 
neuromuscular). 
Lembrar que um adulto normal: 800 a 2500 ml de 
diurese em 24 hs
ALTERAÇÕES NA MICÇÃO 
(VOLUME E RITMO URINÁRIO) 
 Oligúria: diurese inferior a 400 ml/dia (ou < 20 ml/h). Ocorre 
por redução de fluxo sanguíneo renal (desidratação, 
hemorragia, insuficiência cardíaca) ou por lesão renal direta 
(glomerulonefri- te aguda, necrose tubular aguda). 
 Anúria: quando diurese é inferior a 100 ml/dia. Ocorre na obs-trução 
bilateral das artérias renais ou dos ureteres e na necrose 
cortical bilateral. 
 Poliúria: quando o volume urinário é > 2500 ml/24 hs. Ocorre 
por dois mecanismos básicos, que são, DDIIUURREESSEE OOSSMMÓÓTTIICCAA 
(exemplo é o diabetes mellitus descompensado) e 
IINNCCAAPPAACCIIDDAADDEE DDEE CCOONNCCEENNTTRRAAÇÇÃÃOO UURRIINNÁÁRRIIAA [diabetes 
insipidus, hipopotassemia, SIADH, SCPS (síndrome cerebral 
perdedora de sal)]. 
OBS.: Na I.R.Crônica com comprometimento ainda moderado, ela 
também pode ocorrer, seja por diurese osmótica (uremia) ou 
por incapacidade de concentração urinária (lesões da medula 
renal).
ALTERAÇÕES NA MICÇÃO 
(VOLUME E RITMO URINÁRIO) 
 Disúria: micção associada à sensação de dor, queimor ou 
desconforto (cistite, prostatite, uretrite, trauma geniturinário, 
irritantes uretrais, reação alérgica). 
 Urgência e Polaciúria: a 1ª diz respeito a necessidade súbita e 
imperiosa de urinar [(alterações neurológicas e certas condições 
psicológicas/fisiológicas (frio e ansiedade)]. Quando ocorre 
repetidas vezes (intervalos < 02 hs) sem aumento do volume 
urinário, tem-se a POLACIÚRIA (infecção, cálculo, obstrução). 
 Hesitação: jato urinário custa a parecer, necessitando esforço 
> que o habitual (obstrução do trato de saída da bexiga). 
 Nictúria ou Noctúria: necessidade de esvaziar bexiga durante 
a noite 02 ou mais vezes. Traduz perda da capacidade de 
concen- tração (fase inicial da I.R. Crônica) ou retenção hídrica 
durante o dia (I. Cardíaca ou Hepática).
ALTERAÇÕES NA MICÇÃO 
(VOLUME E RITMO URINÁRIO) 
 Retenção Urinária: incapacidade de esvaziar a bexiga. AGUDA 
ou CRÔNICA: 1ª), paciente antes normal, sente a bexiga 
distendida e dolorosa; 2ª), a dilatação vesical é gradual, podendo 
não haver dor, mas sim polaciúria, hesitação, gotejamento. À 
palpação abdominal, tumoração ssuupprraappúúbbiiccaa ((BBEEXXIIGGOOMMAA)).. PPooddee 
aaiinnddaa sseerr CCOOMMPPLLEETTAA ((nnããoo eelliimmiinnaa nneemm qquuaannttiiddaaddeess mmíínniimmaass ddee 
uurriinnaa)) oouu IINNCCOOMMPPLLEETTAA ((bbeexxiiggaa cc// cceerrttaa qquuaannttiiddaaddee ddee uurriinnaa 
aappóóss ttéérrmmiinnoo ddee aattoo mmiicccciioonnaall)).. CAUSAS PRINCIPAIS: obstrução 
de uretra ou colo vesical (estenose uretral, hipertrofia e neoplasias 
de próstata) e bexiga neurogênica (musculatura vesical não se 
contrai adequada mente por lesões neuronais). 
 Incontinência Urinária: eliminação involuntária de urina. Nor-mal 
em crianças até 1 e ½ anos de idade. Pode aparecer na bexiga 
neurogênica, nas cistites, aos esforços (lesões tocoginecológicas). 
Em idosos, a hipertrofia prostática pode provocar iinnccoonnttiinnêênncciiaa 
ppaarraaddooxxaall (o acúmulo de urina aumenta a pressão intravesical, 
vencendo a resistência da uretra prostática).
ALTERAÇÕES DA COR DA URINA 
Normalmente varia do amarelo-claro ao amarelo-escuro 
(dependendo do grau de concentração). 
 Hematúria: presença anormal de eritrócitos na urina (macro 
ou microscópica). Distinguir se é TOTAL, INICIAL ou 
TERMINAL: 
TOTAL: urina com sangue durante toda ato miccional; indica 
sangramento renal ou ureteral ou da bexiga acima do colo 
vesical [Ex.: afecções renais (glomerulonefrite aguda, necrose 
tubular aguda, infarto renal, rim policístico, neoplasias, 
divertículos) ou sistêmicas (anemia falciforme, malaria, 
leptospirose, uso de anticoagulantes, CIVD, cálculos, corpo 
estranho) ; 
INICIAL: início da micção; lesões entre uretra distal e colo 
vesical (prostatite ou hipertrofia prostática, pólipos ou estenose 
de uretra); 
TERMINAL: identificada no final da micção; colo vesical ou 
uretra posterior (neoplasia). 
IMPORTANTE: ocorre de 9 a l8% da população normal. Na 
anamnese verificar sintomas que acompanham (febre, dor), e 
afastar as alterações por corantes ou medicamentos.
CASOS CLÍNICOS COM 
HEMATÚRIA 
Rim policístico 
Litíase renal
CASOS CLÍNICOS COM HEMATÚRIA 
Tumor uretelial
CASOS CLÍNICOS COM HEMATÚRIA 
Tuberculose Renal Tumor Vesical
ALTERAÇÕES DA COR DA URINA 
Hemoglobinúria: presença de hemoglobina livre na 
urina. Acompanha situações onde ocorrem crises de 
hemólise intravascular como por exemplo na malária, 
leptospirose, icterícia hemolítica e transfusões 
incompatíveis. 
Mioglobinúria: surge em decorrência de destruição mus-cular 
maciça (traumas e queimaduras), e após exercícios 
intensos e demorados (maratonas, crises convulsivas). 
Porfirinúria: coloração vermelho-vinhosa da urina, em 
consequência da eliminação de porfirinas ou seus 
precursores (não confundir após a ingestão de beterraba 
ou alguns medicamentos).
ALTERAÇÕES NO ASPECTO DA 
URINA 
Em condições normais, o aspecto da urina é límpido, com 
odor característico. 
URINA TURVA: causas diversas [cristalúria (oxalato de 
cálcio, uratos amorfos, acido úrico, carbonatos e fosfatos 
de cálcio); depósito esbranquiçado com mal odor 
(associado a infecção). 
Piúria: presença de quantidades anormais de leucócitos, 
conferindo aspecto turvo à urina. Causa mais comum é 
infecção urinária. Cilindros leucocitários no sedimento 
sugerem infecção dos rins e vias urinárias altas. 
Quilúria: situação rara, ocasionada por obstrução de ductos 
linfáticos, sendo a linfa drenada para pelve renal.
ALTERAÇÕES NO ASPECTO DA 
URINA 
URINA COM AUMENTO DE ESPUMA: eliminação de 
proteínas, de forma aumentada (ex.: glomerulonefri-tes, 
nefropatia diabética, nefrites intersticiais). 
URINA COM MAU CHEIRO: o odor habitual decorre 
da liberação de amônia. 
- Odor fétido pode indicar infecção; 
- Alguns medicamentos (vitaminas, antibióticos) tam-bém 
podem alterar; 
- FFeeccaallúúrriiaa: situação rara que indica fístula colo 
vesical.
DOR DE ORIGEM NO SISTEMA 
URINÁRIO 
O parênquima renal é insensível, sendo a distensão de sua 
cápsula a responsável pela dor. 
Quatro tipos principais de apresentação da dor: 
DOR LOMBAR E NO FLANCO 
- Dor percebida na região lombar e flanco, profunda, 
pesada, de intensidade variável, fixa e persistente, que 
piora com a posição ereta. Geralmente sem náuseas e 
vômitos. 
- Sínd nefrótica, glomerulonefrite aguda, nefrite intersticial, 
pielonefrite aguda, ruptura de cisto com infecção (em rins 
policísticos). 
- Importante diagnóstico diferencial com dor de origem não 
renal (espasmo de musculatura lombar, espondiloartrose)
DOR NO SISTEMA URINÁRIO 
DOR LOMBAR E NO FLANCO
DOR DE ORIGEM NO SISTEMA 
URINÁRIO 
CÓLICA RENAL OU NEFRÉTICA: 
- Dor decorrente de obstrução do trato urinário alto, 
com dilatação súbita da pelve renal ou do ureter, 
acompanhada de contração da musculatura lisa. 
- Dor em cólica, geralmente muito intensa, 
acompanha- da de inquietação, sudorese, náuseas e 
vômitos. 
- Início em ângulo costovertebral, atinge região lombar 
e flanco, irradiando-se para fossa ilíaca e região 
inguinal, até a genitália. 
- Dor pode variar de acordo com local da obstrução.
DOR DE ORIGEM NO SISTEMA 
URINÁRIO 
LOCALIZAÇÃO E TAMANHO DO CÁLCULO INTERFEREM NO TIPO DE 
DOR
DOR DE ORIGEM NO SISTEMA 
URINÁRIO 
DOR HIPOGÁSTRICA OU DOR VESICAL: 
- Dor de origem no corpo da bexiga geralmente é sentida em 
região suprapúbica. Se é originária da região do trígono e 
do colo vesical, irradia-se para uretra e meato externo 
(sensação de queimor). 
Retenção urinária completa aguda (bbeexxiiggoommaa) produz dor 
intensa suprapúbica e intensa vontade de urinar. 
ESTRANGÚRIA OU TENESMO VESICAL: 
- Inflamação vesical intensa provocando emissão lenta e 
dolorosa de urina decorrente de espasmo da musculatura 
do trígono e do colo vesical. 
DOR PERINEAL: 
- Dor perineal intensa causada por infecção aguda de 
próstata, sendo referida no sacro ou no reto.
EXEMPLOS DE BEXIGOMA 
BEXIGOMA POR BEXIGA NEUROGÊNICA BEXIGOMA POR HIP PROST.
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Sinais e sintomas urinários

  • 1. DISCIPLINA DE CLÍNICA MÉDICA I CURSO DE PROPEDÊUTICA CLÍNICA 3º ANO – F.C.M.S.
  • 2. ANAMNESE Aparelho urinário masculino Aparelho urinário feminino
  • 4. ANAMNESE Sintomas podem não guardar relação direta com os órgãos do aparelho urinário (dores lombares, poliúria do diabetes descompensado, hematúria em discrasias sanguíneas). Sintomas decorrentes de lesões renais (que ocorrem de maneira insidiosa), podem surgir em fases avançadas, já com substancial deterioração de suas funções. Sintomas podem ser bem variáveis e inespecíficos (anemia, astenia, náuseas, vômitos, irritabilidade neuromuscular). Lembrar que um adulto normal: 800 a 2500 ml de diurese em 24 hs
  • 5. ALTERAÇÕES NA MICÇÃO (VOLUME E RITMO URINÁRIO)  Oligúria: diurese inferior a 400 ml/dia (ou < 20 ml/h). Ocorre por redução de fluxo sanguíneo renal (desidratação, hemorragia, insuficiência cardíaca) ou por lesão renal direta (glomerulonefri- te aguda, necrose tubular aguda).  Anúria: quando diurese é inferior a 100 ml/dia. Ocorre na obs-trução bilateral das artérias renais ou dos ureteres e na necrose cortical bilateral.  Poliúria: quando o volume urinário é > 2500 ml/24 hs. Ocorre por dois mecanismos básicos, que são, DDIIUURREESSEE OOSSMMÓÓTTIICCAA (exemplo é o diabetes mellitus descompensado) e IINNCCAAPPAACCIIDDAADDEE DDEE CCOONNCCEENNTTRRAAÇÇÃÃOO UURRIINNÁÁRRIIAA [diabetes insipidus, hipopotassemia, SIADH, SCPS (síndrome cerebral perdedora de sal)]. OBS.: Na I.R.Crônica com comprometimento ainda moderado, ela também pode ocorrer, seja por diurese osmótica (uremia) ou por incapacidade de concentração urinária (lesões da medula renal).
  • 6. ALTERAÇÕES NA MICÇÃO (VOLUME E RITMO URINÁRIO)  Disúria: micção associada à sensação de dor, queimor ou desconforto (cistite, prostatite, uretrite, trauma geniturinário, irritantes uretrais, reação alérgica).  Urgência e Polaciúria: a 1ª diz respeito a necessidade súbita e imperiosa de urinar [(alterações neurológicas e certas condições psicológicas/fisiológicas (frio e ansiedade)]. Quando ocorre repetidas vezes (intervalos < 02 hs) sem aumento do volume urinário, tem-se a POLACIÚRIA (infecção, cálculo, obstrução).  Hesitação: jato urinário custa a parecer, necessitando esforço > que o habitual (obstrução do trato de saída da bexiga).  Nictúria ou Noctúria: necessidade de esvaziar bexiga durante a noite 02 ou mais vezes. Traduz perda da capacidade de concen- tração (fase inicial da I.R. Crônica) ou retenção hídrica durante o dia (I. Cardíaca ou Hepática).
  • 7. ALTERAÇÕES NA MICÇÃO (VOLUME E RITMO URINÁRIO)  Retenção Urinária: incapacidade de esvaziar a bexiga. AGUDA ou CRÔNICA: 1ª), paciente antes normal, sente a bexiga distendida e dolorosa; 2ª), a dilatação vesical é gradual, podendo não haver dor, mas sim polaciúria, hesitação, gotejamento. À palpação abdominal, tumoração ssuupprraappúúbbiiccaa ((BBEEXXIIGGOOMMAA)).. PPooddee aaiinnddaa sseerr CCOOMMPPLLEETTAA ((nnããoo eelliimmiinnaa nneemm qquuaannttiiddaaddeess mmíínniimmaass ddee uurriinnaa)) oouu IINNCCOOMMPPLLEETTAA ((bbeexxiiggaa cc// cceerrttaa qquuaannttiiddaaddee ddee uurriinnaa aappóóss ttéérrmmiinnoo ddee aattoo mmiicccciioonnaall)).. CAUSAS PRINCIPAIS: obstrução de uretra ou colo vesical (estenose uretral, hipertrofia e neoplasias de próstata) e bexiga neurogênica (musculatura vesical não se contrai adequada mente por lesões neuronais).  Incontinência Urinária: eliminação involuntária de urina. Nor-mal em crianças até 1 e ½ anos de idade. Pode aparecer na bexiga neurogênica, nas cistites, aos esforços (lesões tocoginecológicas). Em idosos, a hipertrofia prostática pode provocar iinnccoonnttiinnêênncciiaa ppaarraaddooxxaall (o acúmulo de urina aumenta a pressão intravesical, vencendo a resistência da uretra prostática).
  • 8. ALTERAÇÕES DA COR DA URINA Normalmente varia do amarelo-claro ao amarelo-escuro (dependendo do grau de concentração).  Hematúria: presença anormal de eritrócitos na urina (macro ou microscópica). Distinguir se é TOTAL, INICIAL ou TERMINAL: TOTAL: urina com sangue durante toda ato miccional; indica sangramento renal ou ureteral ou da bexiga acima do colo vesical [Ex.: afecções renais (glomerulonefrite aguda, necrose tubular aguda, infarto renal, rim policístico, neoplasias, divertículos) ou sistêmicas (anemia falciforme, malaria, leptospirose, uso de anticoagulantes, CIVD, cálculos, corpo estranho) ; INICIAL: início da micção; lesões entre uretra distal e colo vesical (prostatite ou hipertrofia prostática, pólipos ou estenose de uretra); TERMINAL: identificada no final da micção; colo vesical ou uretra posterior (neoplasia). IMPORTANTE: ocorre de 9 a l8% da população normal. Na anamnese verificar sintomas que acompanham (febre, dor), e afastar as alterações por corantes ou medicamentos.
  • 9. CASOS CLÍNICOS COM HEMATÚRIA Rim policístico Litíase renal
  • 10. CASOS CLÍNICOS COM HEMATÚRIA Tumor uretelial
  • 11. CASOS CLÍNICOS COM HEMATÚRIA Tuberculose Renal Tumor Vesical
  • 12. ALTERAÇÕES DA COR DA URINA Hemoglobinúria: presença de hemoglobina livre na urina. Acompanha situações onde ocorrem crises de hemólise intravascular como por exemplo na malária, leptospirose, icterícia hemolítica e transfusões incompatíveis. Mioglobinúria: surge em decorrência de destruição mus-cular maciça (traumas e queimaduras), e após exercícios intensos e demorados (maratonas, crises convulsivas). Porfirinúria: coloração vermelho-vinhosa da urina, em consequência da eliminação de porfirinas ou seus precursores (não confundir após a ingestão de beterraba ou alguns medicamentos).
  • 13. ALTERAÇÕES NO ASPECTO DA URINA Em condições normais, o aspecto da urina é límpido, com odor característico. URINA TURVA: causas diversas [cristalúria (oxalato de cálcio, uratos amorfos, acido úrico, carbonatos e fosfatos de cálcio); depósito esbranquiçado com mal odor (associado a infecção). Piúria: presença de quantidades anormais de leucócitos, conferindo aspecto turvo à urina. Causa mais comum é infecção urinária. Cilindros leucocitários no sedimento sugerem infecção dos rins e vias urinárias altas. Quilúria: situação rara, ocasionada por obstrução de ductos linfáticos, sendo a linfa drenada para pelve renal.
  • 14. ALTERAÇÕES NO ASPECTO DA URINA URINA COM AUMENTO DE ESPUMA: eliminação de proteínas, de forma aumentada (ex.: glomerulonefri-tes, nefropatia diabética, nefrites intersticiais). URINA COM MAU CHEIRO: o odor habitual decorre da liberação de amônia. - Odor fétido pode indicar infecção; - Alguns medicamentos (vitaminas, antibióticos) tam-bém podem alterar; - FFeeccaallúúrriiaa: situação rara que indica fístula colo vesical.
  • 15. DOR DE ORIGEM NO SISTEMA URINÁRIO O parênquima renal é insensível, sendo a distensão de sua cápsula a responsável pela dor. Quatro tipos principais de apresentação da dor: DOR LOMBAR E NO FLANCO - Dor percebida na região lombar e flanco, profunda, pesada, de intensidade variável, fixa e persistente, que piora com a posição ereta. Geralmente sem náuseas e vômitos. - Sínd nefrótica, glomerulonefrite aguda, nefrite intersticial, pielonefrite aguda, ruptura de cisto com infecção (em rins policísticos). - Importante diagnóstico diferencial com dor de origem não renal (espasmo de musculatura lombar, espondiloartrose)
  • 16. DOR NO SISTEMA URINÁRIO DOR LOMBAR E NO FLANCO
  • 17. DOR DE ORIGEM NO SISTEMA URINÁRIO CÓLICA RENAL OU NEFRÉTICA: - Dor decorrente de obstrução do trato urinário alto, com dilatação súbita da pelve renal ou do ureter, acompanhada de contração da musculatura lisa. - Dor em cólica, geralmente muito intensa, acompanha- da de inquietação, sudorese, náuseas e vômitos. - Início em ângulo costovertebral, atinge região lombar e flanco, irradiando-se para fossa ilíaca e região inguinal, até a genitália. - Dor pode variar de acordo com local da obstrução.
  • 18. DOR DE ORIGEM NO SISTEMA URINÁRIO LOCALIZAÇÃO E TAMANHO DO CÁLCULO INTERFEREM NO TIPO DE DOR
  • 19. DOR DE ORIGEM NO SISTEMA URINÁRIO DOR HIPOGÁSTRICA OU DOR VESICAL: - Dor de origem no corpo da bexiga geralmente é sentida em região suprapúbica. Se é originária da região do trígono e do colo vesical, irradia-se para uretra e meato externo (sensação de queimor). Retenção urinária completa aguda (bbeexxiiggoommaa) produz dor intensa suprapúbica e intensa vontade de urinar. ESTRANGÚRIA OU TENESMO VESICAL: - Inflamação vesical intensa provocando emissão lenta e dolorosa de urina decorrente de espasmo da musculatura do trígono e do colo vesical. DOR PERINEAL: - Dor perineal intensa causada por infecção aguda de próstata, sendo referida no sacro ou no reto.
  • 20. EXEMPLOS DE BEXIGOMA BEXIGOMA POR BEXIGA NEUROGÊNICA BEXIGOMA POR HIP PROST.