1. Escola Básica 2,3 Guilherme Correia de Carvalho – Seia
Trabalho realizado por:
Ana Catarina Matias Martins
Nº3
9ºB
Trabalho para a professora:
-Dra. Maria de Jesus Dias
Seia, Novembro de 2011
Ciências Físico-Químicas – 9º ano
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A Luz
Os seres vivos necessitam de luz para crescer, viver, ver e comunicar, como
acontece nos seguintes exemplos: fotossíntese, semáforos, anúncios luminosos…
O Sol é uma fonte de luz natural. A luz do Sol chega à Terra através de ondas
electromagnéticas.
A luz é um fenómeno ondulatório.
As ondas luminosas resultam da propagação de vibrações electromagnéticas.
As radiações electromagnéticas são ondas que se auto-propagam pelo espaço,
as quais podem ser percepcionadas pelo olho humano como luz.
A velocidade da luz no vácuo e no ar é, aproximadamente 300.000.000 m/s, ou
seja, 300.000 km/s.
Espectro Electromagnético
O espectro electromagnético é o conjunto de todas as radiações visíveis e não visíveis, como
ilustra a figura 1.
Fig.1 – Espectro electromagnético
Os diferentes corpos podem ser luminosos ou iluminados,
dependendo da sua origem.
Corpos luminosos – são corpos que emitem luz. Exemplos: Sol,
pirilampos, lâmpada, faróis dos carros… (figura 2).
Fig.2 – Sol, pirilampo, lâmpada, farol de um carro.
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Corpos iluminados – não emitem luz, mas reflectem luz proveniente dos corpos luminosos.
Exemplos: Lua (corpo iluminado pelo Sol), livro, caneta… (figura 3).
Fig.3 – Lua, livros, canetas.
Triângulo de visão (figura 4)
O triângulo de visão é o conjunto formado por um corpo luminoso, pelo corpo que ele ilumina
e pelos nossos olhos. Os corpos iluminados reflectem a luz e esta atinge os nossos olhos, o que
permite percepcionar esses corpos.
Fig.4 – Triângulo de visão.
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Feixes Luminosos (figura 5)
Um feixe de luz é um conjunto de raios luminosos. Os feixes podem ser: feixes de raios
divergentes (a); feixes de raios convergentes (b) e feixes de raios paralelos (c).
Fig.5 – (a) – feixe de raios divergentes; (b) – feixe de raios convergentes; (c) – feixe de raios paralelos.
Constituição do olho (figura 6)
Fig.6 – Olho humano.
Os olhos humanos têm uma forma aproximadamente esférica e contêm uma lente biconvexa
(cristalino), do tamanho de uma ervilha, que permite a formação de imagens, invertidas, na
parte posterior do olho (figura 7).
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Fig.7 – Devido a fenómenos ópticos, as imagens formam-se invertidas na retina.
A lente que constitui o olho, ao contrário das outras lentes, tem uma distância focal variável,
ou seja, consegue focar na retina imagens de objectos que se encontram a distâncias
diferentes, devido à mudança da sua curvatura efectuada pelas contracções e distensões de
um músculo – músculo ciliar.
Os sinais visuais chegam ao cérebro através do nervo óptico. O cérebro inverte as imagens, o
que nos possibilita observá-las de forma correcta. Não é por acaso que quando nos sentimos
mal, um dos primeiros sentidos a falhar é o da visão, vendo-se as imagens a “andar à roda”.
Defeitos de visão
Os olhos podem ser afectados por alguns defeitos de visão, decorrentes, na sua maioria, de
alterações na forma do olho.
-Miopia (figura 8)
A focagem de um olho míope é feita antes da retina, provocando apenas dificuldades na visão
ao longe. Isto deve-se ao facto de existir uma grande distância entre a córnea e a retina (maior
do que no olho normal).
Para a correcção da miopia utilizam-se lentes côncavas ou divergentes que fazem aumentar a
distância focal.
Fig.8 – Miopia e a sua
correcção com uma
lente côncava ou
convexa.
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-Hipermetropia (figura 9)
A focagem de um olho hipermetrope é feita após a retina, pelo que uma pessoa com
hipermetropia vê mal ao perto e razoavelmente ao longe. Isto deve-se ao facto de a distância
entre a córnea e retina ser muito pequena (menor do que no olho normal).
Para a correcção da hipermetropia utilizam-se lentes convexas ou convergentes que fazem
diminuir a distância focal.
Fig.9 – Hipermetropia e sua correcção com lente convexa ou convergente.
-Astigmatismo (figura 11)
A focagem de um olho com astigmatismo é imperfeita, tanto ao perto como ao longe: não tem
a percepção nítida dos contrastes entre linhas horizontais, verticais e oblíquas, já que o foco
horizontal do cristalino não coincide com o foco vertical. É devido, essencialmente, à forma da
córnea que não é esférica por comparação com a do olho considerado normal. O astigmatismo
pode estar associado a outros defeitos de visão, nomeadamente a miopia, a hipermetropia e a
prebiopia.
A correcção do astigmatismo faz-se com
lentes de superfície não esférica que
compensam as curvaturas da córnea.
Fig.10 – Astigmatismo.
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-Presbiopia ou Presbitia (figura 11)
Com o avançar da idade, os músculos responsáveis pela curvatura do olho, perdem a eficácia.
A focagem de objectos que se encontram perto fica dificultada.
A correcção da presbiopia faz-se através de lentes bifocais ou lentes progressivas (lentes
convergentes) que utilizam partes diferentes de uma mesma lente para a observação de
objectos a curta e a longa distância.
Fig.11 – Presbiopia ou presbitia.
-Daltonismo (figura 12)
Impossibilidade de distinção entre diferentes cores. O daltonismo mais vulgar consiste na
impotência de detectar a cor vermelha. Em situações muito graves pode levar ao impedimento
de, por exemplo, tirar a carta de condução.
Não existe nenhum método para a sua correcção.
A dificuldade em detectar um dos números inscritos nas imagens (25,6,29,45) poderá ser
indício de daltonismo.
Fig.12 – Teste de daltonismo
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Tipos de lentes para a correcção dos
defeitos de visão
As lentes são meios ópticos transparentes limitados por duas superfícies curvas ou por uma
superfície curva e outra plana.
As lentes esféricas são as mais usadas. Estas podem ser:
-Lentes convexas ou de bordos delgados ou convergentes (figura 13).
Os raios luminosos que incidem paralelamente ao eixo principal mudam de direcção,
convergindo num ponto – o foco principal F, que é um foco real. A distância entre o foco e a
lente designa-se por distância focal. Estas lentes tornam os objectos maiores.
Fig.13 – Estas lentes são mais grossas na parte média do que nos bordos. Os raios luminosos convergem
no foco principal.
-Lentes côncavas ou de bordos espessos ou divergentes (figura 14).
Os raios luminosos que incidem paralelamente ao eixo principal mudam de direcção
divergindo, mas os seus prolongamentos encontram-se num ponto – o foco principal F – que,
nestas lentes, é um foco virtual. Estas lentes tornam os objectos mais pequenos.
Fig.14 – Estas lentes são mais grossas nos bordos do que na parte média.
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Potência de uma lente
Todas as lentes convexas são convergentes; no entanto, há lentes mais convergentes do que
outras.
O mesmo acontece com as lentes côncavas ou divergentes; há lentes mais divergentes do que
outras.
Verifica-se que:
- Quanto maior for a distância focal de uma lente convergente, menor será o seu poder
convergente ou potência focal da lente.
- Quanto maior for a distância focal de um lente divergente, menor será o seu poder
divergente ou potência focal da lente.
O valor da potência focal ou a vergência, V, de uma lente é igual ao inverso da distância focal
da lente.
A unidade de potência focal é a dioptria, D. Uma dioptria é a potência de uma lente cuja
distância focal é de 1 metro.
Quanto menor é a distância focal, mais convergente é a lente.
No caso de uma lente divergente a sua distância focal é negativa (foco virtual), pelo que a sua
potência focal também é negativa.
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Fim
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