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DuPont Polímeros de Engenharia

Problemas de Injeção
Os 10 Mais

TeleDuPont
0800-17-17-15
http://www.dupont.com
Problemas de Injeção
Os 10 mais
Por R.Wilkinson, E. A. Poppe, Karl Leidig, Karl Schirmer - Consultores Técnicos da
DuPont de Nemours International (Europa)
Tradução:André Bueno - Coordenador de Serviços Técnicos da DuPont do Brasil S.A.
Os dez problemas listados abaixo ocorrem com grande
frequência quando se molda polímeros de engenharia
semi-cristalinos, como POM, PA, PBT e PET. Na série de
artigos que segue, os autores descrevem meios simples
para identificá-los e evitá-los.

1. Umidade nos grânulos de material
2. Sistema de alimentação muito pequeno
3. Posição inadequada do ponto de injeção
4.Tempo de recalque muito curto
5.Temperatura inadequada do fundido
6.Temperatura inadequada do molde
7.Acabamento superficial ruim
8. Problemas com câmaras quentes
9. Empenamento
10.Acúmulo de resíduos sobre o molde
Capítulo 1

Umidade nos grânulos de material
100

Resistência
ao impacto

80

Nível
máximo
umidade

60

40
0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06
Cont. umidade nos grânulos (%)

Embalagens p/ amostras

A
H
B
C

Muitos plásticos absorvem umidade da
atmosfera e, dependendo do tipo de resina, as
quantidades absorvidas podem ser maiores
ou menores. A presença de umidade nos
grânulos, mesmo que seja apenas vapor
d’água condensado sobre a superfície, pode
causar sérios problemas em peças moldadas
com polímeros de engenharia. Muitos efeitos
indesejáveis podem ocorrer, incluindo
problemas de processamento, defeitos visuais
ou queda nas propriedades mecânicas das
peças injetadas. Em algumas ocasiões, é
possível determinar a presença de umidade
meramente com uma inspeção visual. Os
autores prepararam este artigo para oferecer
aos transformadores que utilizam uma ampla
gama de plásticos um guia prático de
tratamento destes polímeros com tendência a
absorver umidade.
Secagem de Materiais Plásticos

lt von

lt von

Rene Koneb
erg

Rene Koneb
erg

°C

cke
twi
En

°C

cke
twi
En

D

G

F

E
A Medidor de
ponto de orvalho
B Aquecedor
C Válvula controladora
de vazão

D
E
F
G
H

Funil
Termômetro
Peneira molecular
Peneira molecular
Bomba

Secador Típico

Fonte: DuPont

A maioria dos polímeros de engenharia
requerem que o nível de umidade nos
grânulos seja inferior a um determinado nível
para poderem ser processados. A necessidade
de secagem depende principalmente de quão
sensíveis à água são as matérias-primas.
Naturalmente, o conteúdo de umidade do
material quando expedido, o tipo de
embalagem e o período de estocagem são
também importantes critérios. As poliamidas,
por exemplo, geralmente são embaladas em
sacos com uma camada de alumínio, de
modo que possam ser usadas diretamente
da
embalagem.
Entretanto,
muitos
transformadores de PA preferem secá-la antes
da injeção, mesmo que isto não seja

necessário, no caso do material ser utilizado
dentro de uma hora.
Já os poliésteres, PET e PBT são muito mais
críticos quando se trata de umidade e devem
ser sempre desumidificados para assegurar
que a resistência ao impacto das peças
moldadas não seja afetada.
Outro ponto importante - estas resinas
absorvem umidade muito rapidamente
depois de desumidificadas. Por esta razão, os
transformadores devem ter cuidados
especiais no manuseio de embalagens
abertas, no transporte, com sistemas de
alimentação automáticos, assim como, com
relação ao tempo de residência no funil. O
PET, por exemplo, pode, em circunstâncias
climáticas desfavoráveis, absorver umidade
suficiente para ultrapassar o nível máximo
aceitável para moldagem, que é de cerca de
0,02%, em aproximadamente 10 minutos. A
secagem de material moído e de grânulos
saturados (ex., no caso de embalagens que
foram deixadas abertas) requerem tratamento
especial. Nestes casos, os tempos de secagem
normalmente recomendados não são
suficientes. A poliamida completamente
saturada pode requerer um processo de
secagem de mais de 12 horas. Este processo,
entretanto, inevitavelmente provocará
amarelamento da resina. Para minimizar, ou
eliminar este problema, as sugestões abaixo
devem ser seguidas:
•Sempre armazene canais e material moído
em embalagens fechadas.
•Feche embalagens que foram utilizadas
parcialmente.
•Mantenha o funil sempre fechado.

Método Karl-Fischer

Método manométrico

Como realizar a secagem
Se você deseja obter peças de qualidade, é
importante seguir procedimentos de secagem
corretos. Secadores de ar quente de vários
tipos não são adequados para secagem de
poliésteres. Para tanto, é necessário a
utilização de secadores-desumidificadores.
Apenas estes equipamentos podem garantir
uma secagem constante e adequada,
independentemente das condições climáticas.
Além de manter uma temperatura correta de
secagem, é importante assegurar que o ponto
de orvalho do ar permaneça abaixo de –20°
C. Quando operando em instalações com
múltiplos containers, com diferentes níveis de
alimentação e de densidade aparente, é
importante assegurar que haja vazão de ar
suficiente para cada container.

Influência do conteúdo de umidade
nos grânulos sobre a resistência ao
impacto de PET c/ 30% FV
Fonte: DuPont

Sintomas durante
a injeção

POM
TEEE

• manchas prateadas
na direção do fluxo
• formação de rebarbas

• redução da
resistência ao impacto
e da resistência à
tração

• nenhum sintoma
visível

PET
PBT

Influência sobre as
propriedades
mecânicas

• escorrimento pelo bico
• formação de bolhas
no fundido

PA

Sistomas visíveis
na peça injetada

• nenhum sintoma
visível

• formação de bolhas
no fundido
• pequeno acúmulo de
resíduos sobre o molde
• nenhum sintoma
visível

• pode haver pequenas
manchas

• redução significativa
da resistência ao
inpacto
• nenhuma

• tendência de formação
de rebarbas

• redução da
resistência ao impacto
e da resistência à
tração

Como reconhecer o excesso de umidade

Fonte: DuPont

Medindo a Quantidade de Umidade
A umidade nos grânulos pode ser medida
com sistemas disponíveis comercialmente,
como por exemplo, pelo sistema
manométrico ou pelo método de Karl-Fischer.
Para eliminar fontes de erro, a amostra deve
ser pega da parte inferior do funil e
armazenada em uma embalagem apropriada.
Sachês especiais de PE e alumínio seláveis a
quente, assim como embalagens de vidro de
laboratório, que podem ser hermeticamente
seladas, são recomendadas.

Empfehlungen
Entwickelt und erstellt
von
Rene
Koneberg.

PA
PBT
PET
TEEE
POM

0,2 %

80°C

2-4h

0,05 %

120°C

3-4h

0,02 %

130°C

3-4h

0,1 % 80°C - 110°C 2 - 4 h
0,05 %

80°C

1h

Necessário apenas se a resina
ficou exposta ao ambiente
Sempre necessita de secag.
(secador-desumidificador)
Sempre necessita de secag.
(secador-desumidificador)
Temperatura de secagem
depende da dureza
Apenas se há condensação
superficial

Recomendações sobre o nível máximo de umidade
nos grânulos, temperaturas e tempos de secagem

Fonte: DuPont
Capítulo 2

Sistema de alimentação muito pequeno
Entrada direta DuPont
Fonte:
D=t+1
a ≥ 0,5 t

As características que diferenciam as
resinas semi-cristalinas
D

2

1

D

t

øa

Entrada p/ molde de 3 placas
Fonte: DuPont

25 5

a ≈ 0.5 ... 0,7 • t
min

a

máx

10

25

10

5

⊕
1

= 2,5 mm

t + 0,5

Reconhecendo os Resultados
Quando o ponto de injeção é muito pequeno
(ver exemplo), não é possível recalcar a peça
de forma efetiva durante o tempo necessário
(tempo de cristalização). Neste caso, a
contração volumétrica não pode ser
compensada adequadamente, resultando na
formação de vazios e de rechupes
(especialmente no caso de resinas não
reforçadas), assim como aspereza superficial
(no caso de compostos reforçados). Estes
problemas podem ser identificados facilmente
através do uso de microscópio adequado para
tal fim. Além disso, a estabilidade dimensional
das peças obtidas variará consideravelmente,
a contração será excessiva e haverá tendência
de maior empenamento.
Os vazios afetarão as propriedades
mecânicas da peça, reduzindo drasticamente o
alongamento na ruptura e a resistência ao
impacto. No caso de compostos reforçados
com fibras de vidro, o ponto de injeção muito
pequeno provocará a quebra das fibras, o que
resultará em um enfraquecimento ainda maior
da peça.

a

min

= 2,5 mm

Peça delgada,
grande volume,
alta viscosidade

= 0,8 mm

máx

Projeto do sistema
de alimentação
No projeto do sistema de alimentação, o
primeiro ponto a ser considerado é a
espessura da parede (t) da peça injetada (ver
diagrama). O diâmetro do canal de injeção
nunca deve ser menor que a espessura da
parede da peça. Começando do ponto de

Diâm.
entrada

A
B
C
D1
D2

T+2
T+3
T+4

Peça espessa,
pequeno volume,
baixa viscosidade

≥C
>A

resinas não reforçadas

t

4

A

Seções
recomendadas

t

Fonte: DuPont

(até 1,4 s de tempo
de injeção)

(a 80 MPa de pressão
de recalque)

ø 0,5 mm

30,32 g

5,0 s

170 MPa

1,7 %

ø 1,5 mm

31,30 g

7,5 s

70 MPa

1,3 %

32,0
31,5
31,0
30,5
30,0

recalque
efetivo

29,5
29,0

Fonte: DuPont

Entradas submarinas para polímeros cristalinos

Contração

D1

Projeto de canal de injeção

resinas reforçadas

Pressão de inj.
necessária

b:

B

øa

Máx. tempo
de recalque
atingido

a:

D2

T+1
T + 1,5
T+2

C

ø t + 0,5

Peso máximo
atingido

1 mm, para evitar a solidificação prematura
do material.
Resumindo as regras básicas:
•sempre considere maneiras de interceptar os
pontos de material frio;
•faça o diâmetro do canal maior que a
espessura da peça;
•a espessura do ponto de injeção deve ser de,
ao menos, 50 % da espessura da peça.
Estes princípios são válidos apenas para os
materiais semi-cristalinos. Quando se
pretende estimar o comportamento do
preenchimento do molde, podem ser usados
dados típicos de fluxo de cada polímero e,
quando necessário, deve-se lançar mão de
cálculos de fluxo. Há, certas aplicações em
que, por várias razões, o desenho do ponto de
injeção não pode seguir estas recomendações.
Nestes casos deve-se buscar um
balanceamento entre qualidade e custo.

(molde três placas)

10

t

injeção, o diâmetro do canal deve ser
aumentado a cada divisão de fluxo, de modo
a manter o cisalhamento uniforme.
Para prevenir que um ponto de material
frio vindo do bico de injeção chegue até a
peça, os canais devem sempre ser
prolongados em cada mudança de direção, de
modo a formar o que se chama comumente
de poço frio. O poço frio deve ter, no mínimo,
o mesmo diâmetro do bico de injeção, de
modo a garantir que o material frio seja
realmente retido.
Quando se injeta materiais semi-cristalinos
ou polímeros reforçados, a espessura mínima
do ponto de injeção deve ser de 50% da
espessura da peça. No caso de materiais
reforçados, para minimizar o risco de quebra
das fibras e tendo em mente também a maior
viscosidade destes compostos, a espessura do
ponto de injeção deve ser de até 75% da
espessura da peça.
O comprimento do ponto de injeção é,
também, um ponto muito importante a ser
observado. Este deve ser de, no máximo,

Diâmetros recomendados

a ≈ 0.5 ... 0,8 • t

a

= 0,5 mm

a

a

Os materiais termoplásticos semi-cristalinos
sofrem
uma
significativa
contração
volumétrica durante a transição do estado
fundido para o sólido (cristalino). Esta
contração, que pode ser de até 14 %,
dependendo do tipo da resina, tem que ser
compensada com mais material fundido. Isto
só pode ser feito se a seção transversal do
ponto de injeção for suficientemente grande

Necessidade de altas pressões de injeção e
de longos tempos de preenchimento da
cavidade são fortes indicadores de que os
pontos de injeção estão muito pequenos. Isto
pode ser reconhecido, por exemplo, pelo fato
de diferentes velocidades de injeção terem
pouco efeito no tempo real de preenchimento.
Um ponto de injeção muito estreito poderá,
também, causar defeitos superficiais.
Cisalhamento excessivo pode resultar em
separação de aditivos como modificadores de
impacto, pigmentos e retardantes de chama.
Além disto, os pontos de injeção estreitos
podem provocar esguichamento, resultando
em manchas superficiais e efeito mármore (no
caso de materiais com carga mineral), assim
como na formação de um tipo de auréola na
região da entrada. Há também uma tendência
maior de acúmulo de resíduos sobre o molde.

b
a

2

3

4 5
6
7 8
9
Tempo de recalque (s)

b: estrutura com
entrada Ø = 1,5

região altamente cizalhada
região altamente cisalhada

1

para assegurar que o material fundido possa
continuar fluindo durante a fase de recalque.

estrutura normal
estrutura normal

t

Atualmente, peças plásticas são projetadas
com o auxílio de métodos complexos como
CAD, FEA e CAE. Inquestionávelmente, estes
métodos têm auxiliado no aprimoramento da
qualidade de componentes plásticos, porém,
em alguns casos, não se pode dizer o mesmo
quanto ao projeto dos sistemas de alimentação
dos moldes.
Este artigo aborda os pontos básicos de um
projeto adequado do sistema de alimentação
para polímeros semi-cristalinos. Estes
elementos, entretanto, devem ser aplicados em
combinação com uma localização adequada
do ponto de injeção e um correto tempo de
recalque. Estes assuntos serão discutidos ao
longo dos próximos capítulos desta série.

Peso da peça moldada (g)

0,5 ... 1,0 • t

a: estrutura com
entrada Ø = 0,5

Efeito do diâmetro da entrada sobre a qualidade da
peça (1,5 mm) em PA 66
Fonte: DuPont
Capítulo 3

Posição inadequada do ponto de injeção
A posição do ponto de injeção é decisiva na
formação do perfil da frente de fluxo e na
eficiência da pressão de recalque e, em função
disso, pela performance mecânica e de outras
propriedades da peça injetada.
Possíveis consequências negativas de uma
posição inadequada do ponto de injeção
As propriedades de uma peça
corretamente projetada em polímero semicristalino podem ser prejudicadas se a
posição do ponto de injeção não for a mais
adequada. Isto se tornará evidente quando da
presença dos seguintes sintomas, válidos para
resinas reforçadas ou não:
• Linhas de emenda visíveis e ar preso,
causados pelo perfil da frente de fluxo.
Podem influenciar o acabamento superficial
da peça e, especialmente no caso de materiais
reforçados com fibras de vidro, as
propriedades mecânicas. Modificações nas
condições de processo não terão influência
sobre estas considerações.
• Rechupes e vazios nas seções mais espessas

da peça - uma vez que o material cristaliza
mais rápido nas seções com menor espessura
(ver diagrama), a seção mais espessa, que
requer um tempo de recalque mais longo, não
pode ser suprida com mais material fundido
durante o tempo necessário (solidificação).
Haverá contração exagerada nesta área, que
poderá provocar empenamento, mesmo no
caso de grades não reforçados.
• Rebarbas - se o número de pontos de injeção
for insuficiente e estes forem posicionados
incorretamente, as distâncias de fluxo podem
ser muito grandes e as pressões de injeção
necessárias muito altas. Se a pressão de
fechamento do molde não for suficiente ou se
o polímero utilizado tiver baixa viscosidade e
cristalizar muito lentamente, poderá ocorrer
formação de rebarbas. Além do mais, a janela
de processo ficará muito limitada,
impossibilitando ajustes finos de processo.
Recomendações para um
posicionamento ótimo do ponto de
injeção
• Sempre tente alimentar a peça na região
com a maior espessura de parede.
• Pontos de injeção não devem ser colocados
próximo às áreas de alta concentração de
tensões.
• Sempre que possível, peças longas devem
ser alimentadas longitudinalmente, ao invés
de transversalmente ou centralmente,
especialmente no caso de moldagem de
compostos reforçados.
• Para moldes de duas ou mais cavidades, as
peças devem ser arranjadas e alimentadas
simetricamente em relação ao canal principal.
•Preferencialmente,
peças
axialmente
simétricas como engrenagens, discos, calotas,
etc., devem ser alimentadas centralmente,
usando um ponto de injeção tipo diafragma,
ou por meio de entradas capilares, com um
molde de três placas, de modo a conseguir
propriedades realmente boas durante sua
utilização.
•Peças que possuem dobradiças devem ser
alimentadas de modo que as linhas de

emenda não fiquem sobre as mesmas.
Interrupções no fluxo próximo às dobradiças
devem ser evitadas a qualquer custo.
•Peças em forma de caixa (ex.: pequenas
carcaças, capas de capacitores, etc.) devem ser
alimentadas na região da base, de modo a
evitar o aprisionamento de ar.
•No caso de peças tubulares, o material
fundido deve, inicialmente, preencher a
circunferência anular em uma extremidade e,
então, preencher a peça ao longo do seu
comprimento. Isto irá evitar um
preenchimento assimétrico.
•Quando se injeta sobre insertos, ao redor de
pinos, insertos fundíveis ou qualquer outro
tipo de inserto metálico, a resina fundida
deve ser capaz de fluir em torno do inserto de
forma circular, de modo a manter o
desalinhamento do inserto ao mínimo.
•Superfícies expostas que não podem
apresentar marcas superficiais, como marca
do ponto de injeção, podem ser alimentadas
pela face inferior, usando um ponto de injeção
tipo túnel, no pino de injeção.
•O ponto de injeção deve ser posicionado de
modo que mesmo pequenas paradas de fluxo
(peças complexas, moldes de múltiplas
cavidades com diferentes formas, etc.)
durante o preenchimento sejam evitados ao
máximo.
Obviamente, estas recomendações não
podem cobrir todo o leque de aplicações
existentes. Compromissos terão que ser
assumidos sempre, dependendo da
complexidade de uma peça em particular. As
recomendações que discutimos devem,
sempre que possível, serem levadas em
consideração durante a fase de planejamento.
Simulações de preenchimento da cavidade
são, inquestionavelmente, de grande ajuda
nestas situações.

Preencha simetricamente
(evita formação de rebarbas)

Preencha peças tubulares
longitudinalmente

Aprisionamento
de ar

Preencha frontalmente
(evita empenamento)

Entrada
próxima à base

Garanta que o material
flua longitudinalmente
em torno dos insertos

use entrada auxiliar

Source: DuPont

Posições de entrada

Posições de entrada

Fonte: DuPont

Fonte: DuPont
Capítulo 4

Material

PA 66 (tenaz)

O que exatamente acontece durante
a fase de recalque
Uma vez que a cavidade do molde foi
preenchida, as moléculas do polímero

Luz refletida

Como descobrir se o tempo de
recalque está muito curto
Peças moldadas com baixo tempo de

Fotografia de uma amostra
obtida por técnica de microtomia

Checagem visual de poros (POM)

Fonte: DuPont

s
mm

3,0 - 4,0

s
mm

PBT

3,5 - 4,5

s
mm

PBT GF 30

Tempo

Tempo de resfriamento

começam a cristalizar, isto é, as cadeias
moleculares ficam alinhadas umas em relação
às outras, resultando em uma maior
densidade. Este processo se inicia na camada
externa e termina no centro da peça (ver
diagrama). A contração volumétrica
provocada por este processo pode ser de até
14 %, como no caso do POM, e tem que ser
compensada com mais material fundido
durante a fase de recalque. Se o tempo de
recalque for muito curto, haverá formação de
vazios (porosidade), que poderão ter um
efeito adverso sobre as propriedades da peça.

2,5 - 3,5

PET GF 30

processados corretamente

Muitos transformadores, trabalhando
baseados em suas experiências de moldagem
de polímeros amorfos, tendem a usar, de
forma generalizada, tempos de recalque
curtos e tempos de resfriamento longos.
Entretando, quando se trata de polímeros
semi-cristalinos como POM (poliacetal), PA
(poliamida), PBT e PET (poliésteres), esta
postura pode gerar efeitos indesejáveis. Este
artigo aborda os pontos mais importantes
para a adoção do tempo de recalque mais
adequado.

3,0 - 4,0

s
mm

PA 66 GF 30

polímeros semi-cristalinos

Tempos de recalque e
resfriamento.

3,5 - 4,5

s
mm

2,5 - 3,5

s
mm

PA 66

processados como pol. amorfos

Tempo de recalque

7,5 - 8,5

s
mm

POM - H

polímeros semi-cristalinos

Fonte: DuPont

recalque apresentam contração excessiva,
empenamento, rechupes, vazios e, em alguns
casos, enormes perdas de propriedades
mecânicas. Adicionalmente, podem ocorrer
consideráveis variações dimensionais.
Geralmente, se tenta compensar estes
problemas através do aumento do tempo de
resfriamento, porém, inutilmente. Com isto se
obtém ciclos desnecessariamente longos.
Um modo de reconhecer os efeitos de
tempos de recalque muito curtos, para
compostos de moldagem não reforçados,
consiste em cortar a peça moldada na região
de maior espessura. A superfície cortada e
polida pode, então, ser inspecionada em busca
de vazios e de porosidade. Geralmente, uma
lente de aumento ou um microscópio de luz
refletida são suficientes para formar uma
primeira opinião. Um método mais elaborado
consiste na preparação e análise microscópica
(com microscópio de luz transmitida) de
seções delgadas obtidas por meio de um
micrótomo. (veja diagrama). Com isto, mesmo
os menores defeitos se tornam visíveis.
No caso de compostos reforçados, defeitos
podem ser facilmente detectados através da
análise da superfície de uma peça rompida na
seção mais espessa. Se o tempo de recalque for
muito curto, será possível observar uma
estrutura espumosa na região da quebra e
uma microfotografia ampliada mostrará fibras
expostas que não estão acopladas ao polímero.
Outro método consiste em tirar uma
microfotografia de uma seção polida, em que

Fase de injeção
(desordenada)

por mm de espessura

Taxa de cristalização
para espessura de 3 mm

Fonte: DuPont

pode ser detectada porosidade.
O tempo efetivo de recalque pode ser
determinado durante a injeção, pesando-se
um certo número de peças (veja a descrição).
Esta é a melhor maneira de determinar o
tempo de recalque para uma certa peça, em
condições práticas.
Uma guia para determinar o tempo ótimo
de recalque pode também ser obtido pela
comparação com situações práticas (veja
tabela). Estas se aplicam apenas para dadas
espessuras de parede e não podem ser
aplicadas para condições diferentes, tais
como temperatura, uso de nucleantes e
pigmentos, tempo de preenchimento do
molde, etc. Para paredes mais finas, os
tempos serão menores, para maiores
espessuras, mais longos.
Procedimento de ajuste correto
Para obter peças moldadas com propriedades
ótimas, o tempo de recalque deve ser
determinado pelo método da pesagem, e o
tempo de resfriamento deve ser reduzido ao
mínimo (normalmente, ligeiramente superior
ao tempo de plastificação). Isto pressupõe
que o ponto de injeção tenha sido projetado e
posicionado corretamente (ver capítulos 2 e 3
desta serie). É importante, também, manter a
pressão constante durante o tempo de
recalque. A pressão correta varia entre 60 e
100 MPa, dependendo do material usado.

Cavidade
do molde
Entrada

Fase de recalque
(ordenada)

50
POM-H, média-viscosidade

40
30
20
10
0

5

10

15

20

25

30

35

Tempo de recalque (s)

Efeito do tempo de recalque
sobre o alongamento na ruptura

Diagrama esquemático da mudança na
estrutura molecular durante a fase de recalque

Fonte: DuPont

25.40
Peso da peça moldada (g)

polímeros amorfos

Tempo cristalização

Alongamento na ruptura (%)

Tempo de Recalque Muito Curto
O peso da peça
não deve exceder
25,35 g com qualquer
pressão de recalque

25.38
25.36
25.34

Neste caso, 14 s são
suficientes para que se
obtenha a melhor
qualidade da peça

25.32

Material: POM-H GF 20
Pressão rec.: 90 MPa
Carcaça de Bomba
Esp. parede: 2.5 mm

25.30
25.28
25.26
9

10

11

12

13

14

15

16

17

Tempo de recalque (s)
É fácil determinar o tempo correto de recalque na prática, durante a injeção.
Vários tempos de recalque diferentes são ajustados com 1-2 s de diferença,
dependendo da resolução desejada, e as peças resultantes são pesadas em um
laboratório, após a remoção do canal. Os pesos são, então, plotados com relação
aos tempos de recalque. O ponto ótimo de recalque estará na região onde não
houver mais nenhuma mudança no peso das peças.

Determinação experimental do tempo adequado de recalque
Fonte: DuPont
Capítulo 5

Temperatura inadequada do fundido
Boa

Ruim
Partículas
não fundidas

Fundido flui
de forma homogênea

Fundido não
está
homogêneo
Formação de bolhas
devido à degradação

O que acontece quando a temperatura
do fundido está incorreta ?

POM - H

Ponto de Fusão

175 °C

Temp. recomendada
do fundido

215 ± 5 °C

PA 66

255 °C

290 ± 10 °C

PA 66 GF 30

255 °C

295 ± 10 °C

PA 6

225 °C

250 ± 10 °C

PA 6 GF 30

225 °C

270 ± 10 °C

PBT

225 °C

250 ± 10 °C

PBT GF 30

225 °C

250 ± 10 °C

PET GF 30

255 °C

285 ± 5 °C

Temperaturas de processo
Fonte: DuPont

Se o tempo de residência for muito longo,
poderá ocorrer decomposição térmica, mesmo
quando o material fundido estiver na
temperatura correta. Se o tempo de residência
for muito curto, não haverá tempo suficiente
para uma homogeneização eficiente do
fundido.
Quais são os sinais de temperatura
incorreta do fundido ?
No caso do POM, o excesso de temperatura
provocará a degradação da resina, gerando
subprodutos que formarão bolhas no
fundido. Isto pode ser observado claramente
no material fundido quando o mesmo é
purgado. Outros sintomas podem ser o
acúmulo de resíduos sobre o molde e a
liberação de odor. As propriedades físicas do
POM homopolímero, entretanto, são pouco
afetadas por estas altas temperaturas.
A Poliamida descolore em condições extremas,
principalmente se o superaquecimento ocorre
100
98
96
94
92
90
88
86
84
82
80
245

em função de bicos de injeção muito quentes.
A decomposição térmica pode ser reconhecida
em todas as poliamidas através da redução nas
propriedades mecânicas. No laboratório, a
decomposição térmica pode ser verificada pela
medição da viscosidade relativa da resina.
PBT e PET reagem muito mais fortemente ao
superaquecimento, com perda significativa de
tenacidade. Falhas são dificilmente percebidas
durante o processamento. Se nenhum método
de controle de qualidade for aplicado durante
a produção, o problema se tornará aparente
apenas no estágio de montagem, ou quando a
peça já estiver em uso. A descoloração em
peças em poliésteres indica um alto, porém
não usual, grau de degradação. Na prática,
aplicam-se testes em amostras aleatórias com
os quais certas propriedades relacionadas com
a tenacidade podem ser medidas. Testes de
viscosidade com material de peças moldadas
consomem tempo e custam caro para serem
feitos rotineiramente.
No caso de PA ou PBT não reforçados, a
presença de partículas não fundidas durante
a purga é um sinal de uma temperatura de
fundido muito baixa, ou utilização de um
percentual muito grande da capacidade de
injeção da máquina.
A temperatura correta do fundido

PA 66 GF 30

230

Medindo a temperatura
Fonte: DuPont

260

275

290

Temperatura da zona de alimentação (°C)

Temperatura da zona de alimentação
Fonte: DuPont

As fichas técnicas dos polímeros indicam a
faixa de temperatura ótima para cada grade.
Em geral, o controle da temperatura desejada
através da leitura dos pirômetros não é
confiável porque, além do aumento de
temperatura promovido pelo calor fornecido
pelas resistências do cilindro de injeção, o

Fonte: DuPont

atrito gerado pelo contato do material com a
rosca em movimento gera calor. A quantidade
de calor que é gerada desta maneira depende
da geometria e da rotação da rosca, assim
como da contrapressão.
As recomendações a seguir podem ajudar
na obtenção de medidas acuradas de
temperatura:
•Use sondas de termômetro com diâmetro
inferior a 1,5 mm (resposta mais rápida);
•Pré-aqueça a sonda;
•Colete o material fundido em um recipiente
isolado termicamente;
•Movimente a sonda enquanto estiver
fazendo a medição.
Quando estiver fazendo as medições iniciais
ou quando não houverem valores conhecidos
sobre os quais guiar-se, deve-se utilizar um
perfil de temperatura de 10 a 15° C acima do
ponto de fusão na zona de alimentação e em
torno de 5 a 10° C abaixo da temperatura
desejada no material na zona de
homogeneização. Ajustes finos na temperatura
podem ser feitos de acordo com a temperatura
medida no fundido. No caso de longos tempos
de residência e de uma utilização de um
pequeno percentual da capacidade de injeção,
um perfil crescente é recomendado. Para
tempos de residência curtos e de uma
utilização de um grande percentual da
capacidade de injeção, um perfil constante é o
que dá melhor resultado. As temperatura das
zonas de aquecimento nunca devem ser
ajustadas abaixo do ponto de fusão do
material.

Temperatura do fundido ( °C)
Utilização da capacidade
de injeção (%)

Avaliação da qualidade do fundido

Ponto de fusão = 255°C

Material

Boa

seção de borra

Resistência ao impacto (%)

A temperatura do material fundido pode
estar muito alta ou muito baixa - ambas são
incorretas. Além disso, a variação de
temperatura dentro da massa fundida
também é um fator a se ter em mente.
Temperaturas muito altas degradam o
polímero, isto é, quebram as cadeias
moleculares. Outra consequência pode ser a
decomposição de aditivos do material, como
de pigmentos, modificadores de impacto, etc.
Isto provocará uma queda na resistência
mecânica da peça (como resultado da redução
das cadeias moleculares), defeitos de
superfície (causados pelos produtos
decompostos) e odores indesejáveis.
Temperaturas muito baixas impossibilitam
que um nível adequado de homogeneidade
seja atingido. Isto provoca redução drástica
da resistência ao impacto da peça moldada e,
na maioria dos casos, consideráveis variações
nas propriedades físicas.
Além da temperatura do material fundido, o
tempo de residência do polímero na unidade
de injeção tem um importante papel. A
experiência tem demonstrado que os tempos
ótimos de residência estão entre 2 e 9 minutos.

POM

270

100

260

250

240

80
60
40
20
50

100

150

200

Tempo de Ciclo (s)

Limites de temperatura do fundido p/ o PBT

Resistência ao impacto (%)

A utilização da temperatura correta do
material fundido é vital para a qualidade das
peças na moldagem de polímeros de
engenharia semi-cristalinos. Como uma regra
geral, a tolerância à variações é menor que a
das resinas amorfas. Neste capítulo, os autores
abordam o tema “tempertura do fundido”
relacionado aos materiais semi-cristalinos.

100

Fonte: DuPont

280 °C

80
60
40

Tempo de residência
máximo permitido
a 310 °C
310 °C
a 280 °C

20
0
5

10
15
Tempo de residência (min)

20

Tempos de residência p/ PA 66 c/ mod. impacto

Fonte: DuPont
Temperatura inadequada do molde
Quando moldando polímeros de
engenharia semi-cristalinos como POM
(poliacetal), PA (poliamida), PBT e PET
(poliésteres), é importante garantir que a
temperatura da superfície do molde seja a
mais adequada para o tipo de resina. Os
requerimentos básicos para um ótimo
processamento estão no projeto da
ferramenta. O transformador somente poderá
produzir peças boas com a utilização de
controladores de temperatura se o projeto da
ferramenta for adequado. Isto exige uma
cooperação muito grande na fase de projeto
da ferramenta para evitar problemas de
produção num estágio mais avançado.

Fluxo de calor

Espessura 4 mm

0,3
0°
e8
old

C

m
ra
atu
er
mp
Te

0,2

C
0°
10
lde
mo
ra
atu
er
mp
Te

0,1
0

60

3,6

80
100
Temperaturas (°C)

120

POM homopolímero - Viscosidade Média
(3,2 mm, 80 MPa)

Contração (%)

3,2

Molde a 40 °C
Cristalização inadequada da camada externa

Molde a 90 °C
Estrutura ótima

Faixa de temperatura
recomendada

2,8
2,4

Contração pós-moldagem

2,0
1,6
Contração total

1,2

Contração
de moldagem

Recém injetado

0,8
60

70

80

90 100 110 120

Temperatura do molde ( °C)

Influência da temperatura do molde s/ a estrutura do POM
Fonte: DuPont

Quando as dimensões de peças que
trabalham em alta temperatura diminuem
com o tempo, em geral, a causa é a
temperatura da cavidade muito baixa. Isto
porque, com temperaturas do molde muito
baixas, a contração de moldagem pode ser
muito pequena, porém, a contração pósmoldagem será substancialmente mais alta.
Se um longo tempo de start-up é necessário
até que as dimensões diminuam para os
valores corretos, isto é um sinal de um
controle de temperatura inadequado na
ferramenta.
Uma dissipação inadequada do calor em
algumas regiões da ferramenta pode causar
um substancial aumento do ciclo total,

provocando o aumento do custo da peça.
Temperaturas incorretas podem, algumas
vezes, ser detectadas na peça injetada através
de técnicas laboratoriais como análise
estrutural (por exemplo, com o POM) e DSC
(por exemplo, com o PET).
Recomendações para ajustar a
temperatura da cavidade
corretamente
As ferramentas de injeção estão se
tornando cada vez mais complexas e, como
resultado disto, está se tornando cada vez
mais difícil criar condições apropriadas para
um controle efetivo da temperatura do

Material

Temp. recomendada
do molde

POM - H

Temp. molde 90 °C

90 °C

PA 66

Temp. molde 50 °C

70 °C

PA 66 GF 30

110 °C

PA 6

70 °C

PA 6 GF 30

85 °C

PBT

80 °C

PBT GF 30

Temp. molde 120 °C

80 °C

PET GF 30

110 °C

Picos de transição

PET-GF 45

60

PBT

Espessura 2 mm

Fonte: DuPont

Picos de recristalização (temperatura do molde muito baixa)

Processamento ótimo

0,4

Contração pós-moldagem

Possíveis consequências negativas de
uma temperatura inadequada do
molde
O sintoma mais facilmente identificável é o
acabamento superficial ruim da peça injetada.
A contração de moldagem e a contração
pós-moldagem de polímeros semi-cristalinos
são altamente dependentes da temperatura
da superfície da cavidade do molde e da
espessura de parede da peça. Portanto, uma
dissipação irregular de calor no molde pode
provocar diferentes contrações na mesma
peça. Na prática, isto pode dificultar a
manutenção das tolerâncias da peça. Nas
circunstâncias mais desfavoráveis, a
contração pode estar além do limite do
corrigível, tanto para resinas reforçadas como
para não reforçadas.

Contração pós-moldadgem (%)

Capítulo 6

80 100 110 120 140 160 180 200 220 240 260 280
Temperatura ( °C )

Curvas de DSC para diferentes temperaturas de molde
Fonte: DuPont

Temperaturas de molde
Fonte: DuPont

molde. Exceto no caso de peças simples, o
uso de sistemas de controle de temperatura
do molde é sempre questão de compromissos.
Por esta razão, a lista de recomendações a
seguir deveria ser vista apenas como um guia
de caráter geral.
• O controle da temperatura da cavidade
deve ser levado em consideração na fase de
projeto da ferramenta.
• Quando projetando moldes de grandes
dimensões para fabricar peças pequenas e de
baixo peso, é importante que o mesmo
permita uma boa transferência de calor.
• Seja generoso quando dimensionando os
canais e tubulação para passagem dos fluidos
de controle de temperatura. Não use
acoplamentos que causem grandes restrições
ao fluxo.
• Sempre que possível, use água
pressurizada como o meio de controle.
• Use mangueiras capazes de suportar altas
pressões e temperaturas (até 8 bar e 130° C).
• Especifique a performance do controlador
de temperatura para a ferramenta.
• Use isolação entre as bases do molde e as
placas da máquina.
• Use controladores de temperatura
separados para a parte móvel e para a parte
fixa do molde.
• Use controle de temperatura separado para
partes móveis e machos, de modo que você
possa trabalhar com diferentes temperaturas

para iniciar a injeção.
• Sempre conecte circuitos de controle de
temperatura diferentes em série, nunca em
paralelo. Se os circuitos estão em paralelo,
pequenas diferenças na resistência ao fluxo
podem causar diferenças na vazão do meio
controlador de temperatura, de forma que as
variações de temperatura serão maiores que
no caso de empregar conexões em série
(conexões
em
série
trabalharão
adequadamente apenas se houver menos de
5° C de diferença entre a temperatura de
entrada e a de saída).
• O uso de termômetros no equipamento
para indicar a temperatura de entrada e de
saída do fluido de controle de temperatura do
molde é recomendado.
• Por razões de controle de processo,
recomenda-se utilizar também um sensor de
temperatura na ferramenta, de modo a
permitir a checagem da temperatura durante
a produção.
O equilíbrio térmico é estabelecido na
ferramenta após um certo número de ciclos,
normalmente, um mínimo de 10. A
temperatura real de equilíbrio dependerá de
muitos fatores. A temperatura da superfície
do molde poderá ser medida por termopares
dentro da ferramenta (posicionados a 2 mm
da superfície) ou, mais comumente, por um
termômetro portátil. A superfície da sonda do
termômetro deve ser de leitura rápida. A

Contração Vs. Temp. molde
Fonte: DuPont

temperatura da ferramenta deve ser medida
em várias posições, não apenas uma vez de
cada lado. Uma vez medidas as temperaturas,
deve-se ajustar as unidades de controle para
conseguir a temperatura mais adequada no
molde. As fichas técnicas dos materiais
sempre indicam a temperatura correta da
ferramenta. Estas recomendações sempre
representam o melhor compromisso entre um
bom acabamento superficial, propriedades
mecânicas, contração e ciclo.
Transformadores de peças de precisão e de
peças que devem atingir exatas especificações
óticas ou de segurança, geralmente, tendem a
usar temperaturas de molde mais altas
(menor contração pós-moldagem, superfície
mais
brilhante,
propriedades
mais
uniformes). Tecnicamente, peças menos
críticas, que têm que ser produzidas com o
menor custo possível, podem ser moldadas
com temperaturas menores. Entretanto, os
transformadores devem estar conscientes das
consequências desta opção e devem testar as
peças exaustivamente, até que tenham certeza
de que as peças estão de acordo com as
especificações dos clientes.
Capítulo 7

Acabamento superfici al ruim
Polímeros de engenharia semi-cristalinos
como o POM (poliacetal), PA (poliamida),
PBT e PET (poliésteres) são usados
primariamente devido às suas excelentes
propriedades mecânicas, térmicas, químicas
e elétricas. Em muitos casos, porém,
também se faz necessário um ótimo
acabamento superficial. Este artigo tem a
intenção de ajudar a eliminar eventuais
defeitos superficiais.
Localização e definição dos defeitos
superficiais
Para resolver os problemas de defeitos
superficiais é necessário, primeiro, examinar
a localização precisa do defeito e em que
situação o mesmo se torna evidente. Para
isto, é recomendado observar a superfície
durante o processo de injeção. Os pontos
que devem ser esclarecidos são listados
abaixo:
•O defeito ocorre à cada injeção ou
irregularmente ?
•O defeito ocorre sempre na mesma
cavidade ?
•O defeito ocorre sempre no mesmo lugar
da peça ?
•O defeito pode ser previsto através de um
estudo de preenchimento do molde ?
•O defeito pode ser observado também no
canal de alimentação ?
•O que ocorre quando um novo lote de
material é usado ?
•O defeito ocorre apenas em uma máquina
injetora ou em outras também ?
Análise das possíveis causas de
defeitos superficiais
Defeitos superficiais podem ser causados
por muitos fatores diferentes como:
•Resina: secagem, qualidade do composto,
presença de contaminantes.
•Condições de injeção: temperatura do
material, velocidade de injeção e ponto de
passagem para recalque;
•Condições da unidade de injeção: ex.:
desgaste e pontos mortos;
•Projeto do sistema de câmara quente:
canais, pontos mortos, etc;
•Projeto do molde, posição e dimensões do

ponto de injeção, poço frio, saídas de gases, etc;
•Aditivos;
•A resina base do composto de moldagem.
Conclusões para evitar os defeitos
superficiais
1. Defeitos de localização regular
Se os defeitos de superfície ocorrem no
mesmo lugar, com regularidade, há um
problema no bico de injeção ou no bico da
câmara quente. A forma e o projeto do canal
de injeção, entrada, ou da peça também
podem ser responsáveis, ex.: cantos vivos,
mudanças bruscas na espessura, etc. Outra
causa pode estar relacionada às condições de
injeção, como o perfil de velocidade de
preenchimeto ou o ponto de passagem para
recalque.
2. Defeitos de localização irregular
Quando defeitos de superfície ocorrem
em diferentes lugares, de forma irregular,
deve-se checar o composto (qualidade do
composto, presença de contaminantes).
Fatores como baixa temperatura do fundido,
contrapressão, velocidade da rosca e curso
de dosagem podem, também, contribuir
significativamente.
3. Defeitos cobrindo grandes áreas
Este tipo de defeito normalmente se
estende sobre toda a peça e pode ser
observado também no canal de alimentação.
Aqui deve-se checar se houve degradação do
material. Isto pode ser feito purgando o
material do cilindro e observando se houve,
por exemplo, formação de bolhas. No caso de
câmaras quentes, este método também pode
ser usado, porém, com limitado sucesso. A
decomposição do material pode ser devido a
degradação do polímero ou de aditivos,
causadas por superaquecimento ou excessivo
tempo de residência. No caso de polímeros
higroscópicos, pode ocorrer, também,
degradação hidrolítica, quando o composto é
injetado sem a devida secagem.
Recomendações Gerais
Quando um acabamento superficial de
alto nível for essencial em peças moldadas
com polímeros de engenharia semi-

cristalinos, recomenda-se não utilizar
câmara quente. Entretanto, quando se opta
pela utilização de tal sistema, é aconselhável
fazer uso de um canal frio entre o bico da
câmara quente e a peça de modo a isolar
termicamente o bico da câmara quente.
O material frio vindo do bico de injeção
ou do bico da câmara quente deve ser
interceptado por um poço frio para que o
mesmo não entre na peça.
A tabela a seguir lista vários tipos de
defeitos superficiais e meios de eliminá-los.
Na prática, entretanto, diferentes defeitos
superficiais
podem
aparecer
simultaneamente, o que torna qualquer
investigação das causas do problema e a sua
eliminação muito mais difíceis.

Sintomas

Grades

Manchas na direção do fluxo

Todos

Aparência de mármore

Material Frio

Rechupes

Queima

Partículas não fundidas

Esguichamento

Manchas (faixas irregulares)
na cor marrom

Superfície áspera

Onde e Quando

Possível Causa

Possível Eliminação

• À cada injeção,
em grandes áreas

• Composto úmido (PA)
• Degradação térmica

• Cheque a quantidade
de umidade do composto
• Cheque a secagem
• cheque a temperatura
do fundido (massa)

Reforçados com
carga mineral

• À cada injeção
• Próximo de cantos
vivos
• Próximo à entrada

• Cisalhamento excessivo
• Movimentação de
camadas sólidas
no molde

• Reduza a velocidade de
injeção (use perfil de vel.)
• Quebre os cantos vivos
• Aumente a seção da
entrada

Todos,
especialmente
os reforçados

• Normalmente ocorre
apenas em um lugar
• Percorre toda a superfície
da peça

• Material frio ou não
homogêneo vindo do cilindro
ou da câmara quente

• Intercepte o material frio
(use poço frio)
• Possivelmente, aumente a
temperatura do bico

Todos,
especialmente os
não reforçados

• Em áreas opostas às
nervuras
• Em regiões de
acúmulo de material
(regiões muito espessas)

• Contração maior em
regiões muito espessas
devido a impossibilidade
destas regiões serem
recalcadas
adequadamente

• Otimize o design. Ex:
reduza as espessuras das
nervuras e uniformize as
espessuras da peça
• Mova a entrada para
outro ponto

• Sempre no mesmo lugar
(próximo de linhas de
emenda e no fim do
preenchimento)

• Oxidação por ar
aprisionado na cavidade
e que não pode escapar
(efeito diesel)

• Crie, mova ou melhore as
saídas de gases
• Injete mais lentamente

• Esporadicamente, em
diferentes lugares

• Composto não fundiu e
não foi homogeneizado
adequadamente

• Cheque a temperatura do
fundido (massa)
• Aumente a contra-pressão
• Cheque a velocidade da
rosca
• Possivelmente use um
cilindro maior (maior tempo
de residência)

Todos

• À cada injeção
• Normalmente, começando
na entrada

• Jato de material formado na
entrada da cavidade
• Ausência de resistência
para suportar o fluxo
laminar

• Injete mais lentamente
(possivelmente, use perfil de
vel.) para obter fluxo laminar
• Crie restrição ao fluxo na
direção da entrada
• Possivelmente, mude a
localização da entrada

Todos

• Intermitente - ex. 5
a 15 injeções sem problemas,
seguidas de 1 a 2 injeções com
problemas, etc.

• Ponto morto no bico ou na
câmara quente. Apenas quando
o composto degrada ele se
desprende da superfície em
que está aderido e é carregado
pelo material.O ponto morto é,
então, preenchido por mais
material novo e,
assim, sucessivamente.

• Remova os pontos mortos

• Próximo do fim do
preenchimento
• Próximo à bordas
• Próximo à nervuras

• Parada instantânea da frente
de fluxo durante o
preenchimento
• O polímero cristaliza antes
que seja forçado contra a
parede
• Fibras de vidro próximas
à superfície

• Aumente a velocidade
de injeção
• Cheque a temperatura do
fundido (massa)
• Cheque o ponto de
passagem para recalque

Todos

Todos,
especialmente os
não reforçados

Reforçados

Defeitos superficiais típicos e maneiras de eliminá-los

Fonte: DuPont
Capítulo 8

Problemas com câmaras quentes
degradação do polímero, com todas as
consequências já descritas no capítulo 5
(temperatura inadequada do fundido).

Quando se injeta polímeros de engenharia
semi-cristalinos em moldes de câmara quente,
o sistema utilizado tem grande impacto sobre
a funcionalidade do molde e sobre a
qualidade da peça.
Com estes materiais, o controle da
temperatura deve ser mais estreito que com
os materiais amorfos.
Este artigo aborda os pontos mais
importantes que devem ser considerados na
escolha da câmara quente mais adequada

para POM (poliacetal), PA (poliamida), PBT e
PET (poliésteres).
O que acontece quando é utilizado
um sistema inadequado de câmara
quente ?
Geralmente, um sistema inadequado de
câmara quente causa grandes perdas de
pressão. Para ser utilizado nestas condições,
este
sistema
necessitará
de
altas
temperaturas, o que poderá provocar a

Quais os pontos mais importantes a
serem considerados ?
Todos os polímeros mencionados
anteriormente, demonstram uma certa
diferença
entre
a
temperatura
recomendada do fundido e a sua
temperatura de solidificação. Portanto, é
necessário isolar termicamente a câmara
quente dos canais e dos bicos.
O lay-out dos bicos deve ser feito de
modo que canais de injeção naturalmente
balanceados possam ser usados. Esta é a
única maneira de garantir perdas de
pressão uniformes e tempos de residência
similares em todas as cavidades.
No caso de peças pequenas, recomendase a utilização de entradas indiretas,
especialmente quando se utiliza materiais
reforçados com fibras de vidro. A
quantidade de material que passa por cada
bico aumenta, facilitando o controle da
quantidade de calor transmitida ao
composto. As dimensões dos bicos podem
ser maiores, permanecendo pequenos os
pontos de injeção. Poços frios devem, de
qualquer forma, ser arranjados faceando o

bico de injeção da câmara quente. Este é o
único modo de prevenir que entre material
frio na peça.
Controles separados devem ser providos
para a entrada da câmara quente, para os
canais quentes e para cada bico. Deste
modo, se torna possível equilibrar a
temperatura
de
cada
cavidade
independentemente, no caso da utilização
de materiais sensíveis termicamente. Devese, sempre, utilizar equipamentos de
controle que garantam uma temperatura
constante (ex.: PID).
Os sistemas de câmara quente devem ser
suportados mecanicamente, assim como é
feito com o sistema de extração. O molde se
torna menos resistente próximo aos canais
e, portanto, deve ser reforçado ao máximo.
Circuitos de aquecimento separados,
dispostos em torno dos bicos da câmara
quente permitem um controle mais preciso
das temperaturas das cavidades.
Critério de seleção de câmaras
quentes e bicos
Canais com uma seção transversal

aquecido externamente
(recomendado)

incorreto

Ponto morto

aceitável

espaço livre
temperaturas para PA 66

completa e com elementos de aquecimento
simetricamente incorporados são a melhor
solução.
Sistemas aquecidos internamente, que
permitem a circulação do polímero apenas
por uma seção anular, causam uma excessiva
perda de pressão e devem ser evitados
sempre que possível.
No caso de materiais sensíveis
termicamente como o POM, e de compostos
com retardantes de chama, deve-se evitar ao
máximo quaisquer restrições ao fluxo.
Os bicos devem ser abertos, aquecidos
externamente e, assim como os canais, com
uma seção transversal completa. A divisão do
material fundido em várias frentes de fluxo
deve ser evitada na região do ponto de injeção.
No caso do processamento de materiais
abrasivos, tem se provado vantajoso utilizar
pontas de bico intercambiáveis. Além disto,
poderão ser alcançados resultados razoáveis
com o uso de pequenos torpedos.
Geralmente, é desaconselhada a utilização
de bicos valvulados para o processamento de
poliacetal. Se o uso de outros tipos de
compostos torna necessária a utilização de

Bico recomendado
Fonte: DuPont

bicos valvulados, devem ser usadas
combinações com sistemas de agulha que
garantam as menores perdas de pressão
possíveis.
No mercado podem ser encontrados
muitos sistemas de câmara quente que
observam as recomendações aqui expostas e
oferecem excelentes resultados.

correto

incorreto
(desbalanceado)

polímero
resistências

bloco
290 - 310 °C

circuitos
separados

espaço
livre

correto
pequenas
áreas
de contato

molde
80 °C

Bico máx.
310 °C

aquecido internamente
(inadequado)

entrada
mín. 260 °C

Isolação Térmica DuPont
Fonte:

correto

Entradas indiretas

Fonte: DuPont

Circuitos separados
Fonte: DuPont

Seção do fluxo dentro do bloco
Fonte: DuPont

Projeto de canais quentes
Fonte: DuPont

Lay out dos bicos

Fonte: DuPont
Capítulo 9

Empenamento

Assimetria e empenamento
Fonte: DuPont

contração (%)

1,2

ação da FV

à orient
rsalmente

não reforçado

transve

0,8
0,6
0,4

lelam

para

ente

Como evitar o empenamento ?
Peças injetadas com materiais não
reforçados devem ter espessuras uniformes.
Acúmulos de material devem ser evitados
sempre que possível. Entradas múltiplas
podem ser usadas para conseguir minimizar
a perda de pressão e, desta forma, reduzir as
diferenças de contração ao mínimo. O sistema
de aquecimento do molde deve ser projetado
de modo que o calor seja dissipado com a

V

da F

à or

0,2

reforçado c/ FV

maior uniformidade possível (ver capítulo 6 ).
Com materiais reforçados com fibras de
vidro, a simetria da peça moldada é tão
importante quanto a uniformidade das
espessuras. Peças assimétricas alteram o fluxo
e a orientação do material, causando
empenamento. No caso de peças assimétricas,
portanto, é necessário balancear o fluxo
mediante a incorporação de uniformizadores
de fluxo (ver diagrama).
A posição do ponto de injeção também é de
grande importância – todas bifurcações e
todas linhas de união são potenciais
causadoras de empenamento.

e o molde foram corretamente projetados, o
transformador
pode
controlar
o
empenamento, até um certo ponto, através da
pressão de recalque e da temperatura do
molde. O uso de vários circuitos de
aquecimento para otimizar a dissipação de
calor é uma prática normal.
No caso de materiais reforçados, mudanças
na velocidade de injeção e/ou na temperatura
do molde podem promover pequenas melhoras.
Entretanto, se a possibilidade de empenamento
não foi prevista na fase de projeto do molde e da
peça, este não pode ser corrigido por
modificações nas condições de moldagem.

Que possibilidades estão abertas para
o transformador?
Assumindo que a peça, o ponto de injeção

O que pode ser feito quando o
empenamento ocorreu?
O passo mais importante, especialmente no

1,2

tendência de empenamento
sem restrições ao fluxo

0,46 %
o

60

1,0
ção
ienta

fluxo, assim como da rigidez inerente da peça
injetada.
Estas diferentes causas de empenamento,
independentemente do material ser reforçado
com fibra de vidro ou não, frequentemente
provocam um efeito de empenamento
contrário na mesma peça.

empenamento reduzido
com restrições ao fluxo

2,2

0,32 %
o
40

contração transversal (%)

1,4

Quais são as principais causas do
empenamento ?
A contração é relativamente alta em
materiais semi-cristalinos e é influenciada
por um grande número de fatores. No caso de
materiais não reforçados, o empenamento é
grandemente influenciado pela espessura de
parede da peça e pela temperatura da
cavidade.
Grandes diferenças em espessuras de
parede e temperaturas do molde
inadequadas provocarão o empenamento da
peça. Características totalmente diferentes de
contração irão se tornar evidentes no caso de
materiais reforçados com fibra de vidro,
devido a orientação das fibras. O efeito das
diferenças de espessura sobre a contração é
relativamente pequeno. Neste caso, a
principal causa do empenamento é a
diferença entre a orientação longitudinal e
transversal da fibra.
Essencialmente, o empenamento ocorre
devido à distribuição da espessura de parede,
localização do ponto de injeção, restrições ao

contração (%)

te
n

dê
n

ci

a

de

em

pe

na

m

en

to

Posição da entrada e
orientação Fonte: DuPont

0,6

6%

correta

0

32

%

0,

1
2
3
4
espessura da peça (mm)

Contração do PBT c/ 30%DuPont
FV
Fonte:

caso de materiais reforçados com fibras de
vidro, é conduzir um estudo de
preenchimento do molde, (preenchendo o
molde parcialmente, em vários estágios). Pelo
estudo do perfil da frente de fluxo, a
orientação das fibras pode ser reconstruída.
Referindo-se às curvas de contração de
materiais reforçados, pode-se tomar medidas
para reduzir o empenamento, como por
exemplo, pela incorporação de diretores de
fluxo ou restrições ao fluxo.
Este método requer muita habilidade e
experiência prática e, ao mesmo tempo,
permite aos envolvidos aprimorarem seus
conhecimentos, que podem auxiliar na
tomada de decisões futuras. Entretanto, os
resultados ficam limitados em função das
características dos materiais. No caso dos
polímeros cristalinos, por exemplo, não é
possível obter a mesma planicidade que com
os polímeros amorfos. Para compensar esta
diferença, pode-se usar as formulações de
baixo empenamento.
Estes materiais apresentam um bom
balanço entre as propriedades e o
empenamento, devido a modificações
químicas ou a combinação de diferentes
reforços. O último método, e também o mais
caro, consiste em alterar o molde. Se já há
experiência com peças similares, insertos
corrigíveis são a melhor solução para peças
críticas.

Materiais semi-cristalinos como POM
(poliacetal), PA (poliamida), PBT e PET
(poliésteres) tendem a empenar muito mais
que os materiais amorfos. Este ponto tem que
ser levado em consideração já no início do
projeto de novos moldes e de novos
produtos. Se isto não é feito, fica quase
impossível corrigir o problema num estágio
mais avançado. Este artigo trata sobre as
causas do empenamento e passos que podem
ser tomados para prevenir e evitar este problema.

0,4

incorreta

0
0
0,25
contração longitudinal (%)

Empenamento próx. às nervuras
Fonte: DuPont

Perfil da frente de fluxo e empe
enamento para PBT c/ 30% FV

Fonte: DuPont

2,2

2,0

2,0

1,8

1,8

1,6

1,6

1,4

1,4

1,2
40

1,2
60

80

100

temperatura do molde (°C)

120

1

2

3

4

espessura da peça (mm)

Contração do PBT não reforçado

Fonte: DuPont
Capítulo 10

Acúmulo de resíduos sobre o molde
Resíduos que aparecem
repentinamente
Normalmente, resíduos que aparecem
repentinamente, são provocados por
alterações nas condições de moldagem e
mudanças de lote de matérias-primas. Os
comentários a seguir podem ajudar a evitar
este problema.
Antes de mais nada, a temperatura do
fundido deve ser medida e a aparência do
fundido checada, na tentativa de encontrar
sinais de decomposição, isto é, presença de
material queimado. Também deve-se checar se
o composto de moldagem está contaminado
por substâncias estranhas e se nenhum
composto de purga incompatível foi usado.
Além disso, é muito importante que as saídas
de gases sejam checadas. O próximo passo
deve ser operar a máquina com resina natural
ou de cor clara. Após aproximadamente
20min de produção, deve-se desligar a
máquina e desmontar o cilindro de
injeção (bico, adaptador e rosca). A
inspeção do material na tentativa de
encontrar partículas queimadas e
comparação da cor atual com a cor original
indicarão, rapidamente, a fonte de problemas.
Esta técnica tem, em muitas situações,
revelado fraquezas surpreendentes, mas é
realmente aplicável apenas às máquinas
pequenas (com rosca de até 40 mm de
diâmetro). A eliminação destes problemas
contribuirá para melhorias de qualidade
também quando forem processados
outros materiais termoplásticos.Um
procedimento similar pode ser
adotado para câmaras quentes.

Recomendações para evitar o
acúmulo de resíduos
Quando resinas sensíveis térmicamente são
injetadas em moldes de câmara quente, deve-se
lembrar que o tempo de residência passa a ser
mais longo, de modo que o risco de acúmulo de
resíduos de produtos degradados aumenta.
Materiais sensíveis ao cisalhamento devem,
sempre, ser processados usando canais e
entradas generosamente dimensionados.
Entradas múltiplas, que reduzem os
caminhos percorridos pelo material e também
permitem a utilização de menores pressões de
injeção, geralmente dão bons resultados.
Em termos gerais, a exaustão eficiente dos
gases da cavidade reduz a tendência de
acúmulo de resíduos sobre o molde. Portanto,
saídas de gases adequadas devem ser
previstas na fase de projeto do molde.
Saídas de gases auto-limpantes, ou que
permitam a fácil remoção de resíduos, são
preferíveis. Melhorias no sistema de exaustão
dos gases tem sempre promovido a redução
de acúmulo de resíduos sobre o molde.
Em alguns casos, é possível aplicar uma
cobertura anti-aderente sobre a superfície da
cavidade, que contribui para a redução do
acúmulo de resíduos. Testes devem ser
conduzidos para avaliar a eficiência de tais
coberturas.

Possível Eliminação

Possíveis Causas
Temperatura do fundido muito alta, tempo
de residência muito alto

Decomposição
térmica

Cuidado com os moldes
Se o acúmulo de resíduos não pode ser
evitado por nenhuma das medidas descritas
anteriormente, terão que ser dados cuidado e
atenção especial aos moldes.
Foi constatado na prática que os resíduos na
superfície do molde podem ser removidos mais
facilmente na fase inicial do seu aparecimento.
Cavidades e saídas de gases devem, portanto,
ser limpas em intervalos específicos de tempo,
como por exemplo, ao fim de cada turno. Uma
vez que o resíduo forma uma camada grossa,
fica extremamente difícil removê-lo.
Devido ao fato de que os resíduos variam
muito em sua composição química, deve-se
tentar encontrar, experimentalmente, o
solvente mais adequado para retirá-los. Além
dos solventes clássicos, têm se observado que
produtos não convencionais podem resolver o
problema, como sprays para limpeza de forno
ou limonadas contendo cafeína. Outro truque
consiste em usar borrachas para limpeza,
como as usadas em linhas de trem.

• Meça a temperatura do fundido e reduza-a para o nível recomendado
• Observe se há sinais de decomposição na massa: ex.: formação de bolhas ou
gás
• Adeque a temperatura do cilindro ao tempo de residência
• Assegure-se de que a câmara quente possui boa isolação térmica; cheque o
controlador de temperatura; reduza a temperatura

Pontos mortos no bico, próximo ao anel
de bloqueio, desgaste no cilindro, pontos
mortos na câmara quente

• Confirme a presença de pontos mortos através da mudança de cores. Longos
ciclos de limpeza significam uma purga deficiente.
• Examine componentes duvidosos (bico, adaptador, rosca, câmara quente) e
repare ou substitua-os.

Polímero ou aditivos com estabilidade
térmica insuficiente

• Reduza o tempo de residência por meio da utilização de um cilindro de injeção
menor. Opere com retardo de dosagem. Assegure-se que a almofada
seja a menor possível. Mantenha mínima a descompressão para prevenir
oxidação pelo contato com o ar.
• Use produtos standard (sem reforços ou pigmentos, etc.) experimentalmente
• Pré-seque a resina para eliminar componentes voláteis

Paredes muito delgadas ou fluxo muito
longo, resultando em alto cisalhamento

• Aumente as espessuras das paredes ou use auxiliadores de fluxo
• Aumente o número de entradas para reduzir as distâncias de fluxo
• altere o sistema de alimentação das cavidades; possivelmente use câmara
quente
• Aumente a temperatura da massa, observando os limites de tempo de
residência/temperatura

Alto cisalhamento devido ao tamanho
reduzido da entrada

• Aumente a seção transversal da entrada
• Redesenhe a entrada
• Aumente o número de entradas

Alto cisalhamento devido à alta
velocidade de injeção

• Reduza ou perfile a velocidade de injeção
• Aumente a temperatura da massa, observando os limites de tempo de
residência/temperatura

Exaustão dos gases ineficiente

• Faça novas saídas de gases ou melhore as existentes
• Use saídas de gases auto-limpantes para assegurar a remoção consistente do
ar

Temperatura da cavidade muito alta

• Meça a temperatura do molde após a fase de start-up e reduza-a para o nível
desejado
• Ajuste a temperatura dos machos através do controlador de temperatura

Possíveis causas e soluções para acúmulo de resíduos sobre o molde
Fonte: DuPont

Na linha de fechamento molde

Nos pinos extratores

Saídas de gases

Material

t*

POM
PA
PET
PBT
TEEE

t

t

Tipos de resíduos
Cada grupo de aditivos produz um tipo
específico de resíduo. Retardantes de chama
podem se decompor quando expostos à altas
temperaturas, formando subprodutos que
podem se acumular sobre o molde.
Modificadores de impacto são afetados não
apenas por temperatura excessiva mas
também por cisalhamento excessivo. Estes
modificadores podem, sob condições
desfavoráveis, separar-se do
polímero,

deixando resíduos na superfície da cavidade.
Alguns pigmentos utilizados nos polímeros
de engenharia, usualmente processados à altas
temperaturas, podem reduzir a estabilidade
térmica do composto de moldagem,
resultando em resíduos que consistem de
polímero degradado e pigmento decomposto.
Em partes do molde em que há
superaquecimento (como em machos),
modificadores, estabilizantes e outros aditivos
podem, também, aderir à parede do molde,
deixando resíduos. Nestes casos, deve-se buscar
melhorar o controle da temperatura do molde
ou usar estabilizantes especiais. A tabela ao lado
lista as possíveis causas de acúmulo de resíduos
sobre o molde e maneiras de eliminá-las.

Cisalhamento
excessivo

O acúmulo de resíduos sobre o molde pode
ocorrer com praticamente todos os
termoplásticos. Com o aumento da demanda
por produtos cada vez mais elaborados,
também aumenta a quantidade de aditivos que
têm que ser incorporados, como por exemplo,
modificadores, retardantes de chama, etc. Estes
aditivos podem, com certa frequência, se
acumular sobre a cavidade do molde.
Há muitas razões associadas ao acúmulo de
resíduos sobre o molde. As mais comuns são:
• Decomposição térmica;
• Cisalhamento excessivo;
• Saídas de gases ineficientes;
Na prática, estes resíduos se acumulam
devido a uma combinação de mais de um dos
fatores mencionados acima, o que torna
complexa a localização e a solução do
problema. Além disto, há ainda mais um
agravante – normalmente, os resíduos, se
tornam visíveis somente depois de um longo
tempo de trabalho.

0,03 mm
0,02 mm
0,02 mm
0,02 mm
0,03 mm

Profundidades recomendadas
Fonte: DuPont

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Os 10 problemas mais comuns na injeção de polímeros

  • 1. DuPont Polímeros de Engenharia Problemas de Injeção Os 10 Mais TeleDuPont 0800-17-17-15 http://www.dupont.com
  • 2. Problemas de Injeção Os 10 mais Por R.Wilkinson, E. A. Poppe, Karl Leidig, Karl Schirmer - Consultores Técnicos da DuPont de Nemours International (Europa) Tradução:André Bueno - Coordenador de Serviços Técnicos da DuPont do Brasil S.A. Os dez problemas listados abaixo ocorrem com grande frequência quando se molda polímeros de engenharia semi-cristalinos, como POM, PA, PBT e PET. Na série de artigos que segue, os autores descrevem meios simples para identificá-los e evitá-los. 1. Umidade nos grânulos de material 2. Sistema de alimentação muito pequeno 3. Posição inadequada do ponto de injeção 4.Tempo de recalque muito curto 5.Temperatura inadequada do fundido 6.Temperatura inadequada do molde 7.Acabamento superficial ruim 8. Problemas com câmaras quentes 9. Empenamento 10.Acúmulo de resíduos sobre o molde
  • 3. Capítulo 1 Umidade nos grânulos de material 100 Resistência ao impacto 80 Nível máximo umidade 60 40 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 Cont. umidade nos grânulos (%) Embalagens p/ amostras A H B C Muitos plásticos absorvem umidade da atmosfera e, dependendo do tipo de resina, as quantidades absorvidas podem ser maiores ou menores. A presença de umidade nos grânulos, mesmo que seja apenas vapor d’água condensado sobre a superfície, pode causar sérios problemas em peças moldadas com polímeros de engenharia. Muitos efeitos indesejáveis podem ocorrer, incluindo problemas de processamento, defeitos visuais ou queda nas propriedades mecânicas das peças injetadas. Em algumas ocasiões, é possível determinar a presença de umidade meramente com uma inspeção visual. Os autores prepararam este artigo para oferecer aos transformadores que utilizam uma ampla gama de plásticos um guia prático de tratamento destes polímeros com tendência a absorver umidade. Secagem de Materiais Plásticos lt von lt von Rene Koneb erg Rene Koneb erg °C cke twi En °C cke twi En D G F E A Medidor de ponto de orvalho B Aquecedor C Válvula controladora de vazão D E F G H Funil Termômetro Peneira molecular Peneira molecular Bomba Secador Típico Fonte: DuPont A maioria dos polímeros de engenharia requerem que o nível de umidade nos grânulos seja inferior a um determinado nível para poderem ser processados. A necessidade de secagem depende principalmente de quão sensíveis à água são as matérias-primas. Naturalmente, o conteúdo de umidade do material quando expedido, o tipo de embalagem e o período de estocagem são também importantes critérios. As poliamidas, por exemplo, geralmente são embaladas em sacos com uma camada de alumínio, de modo que possam ser usadas diretamente da embalagem. Entretanto, muitos transformadores de PA preferem secá-la antes da injeção, mesmo que isto não seja necessário, no caso do material ser utilizado dentro de uma hora. Já os poliésteres, PET e PBT são muito mais críticos quando se trata de umidade e devem ser sempre desumidificados para assegurar que a resistência ao impacto das peças moldadas não seja afetada. Outro ponto importante - estas resinas absorvem umidade muito rapidamente depois de desumidificadas. Por esta razão, os transformadores devem ter cuidados especiais no manuseio de embalagens abertas, no transporte, com sistemas de alimentação automáticos, assim como, com relação ao tempo de residência no funil. O PET, por exemplo, pode, em circunstâncias climáticas desfavoráveis, absorver umidade suficiente para ultrapassar o nível máximo aceitável para moldagem, que é de cerca de 0,02%, em aproximadamente 10 minutos. A secagem de material moído e de grânulos saturados (ex., no caso de embalagens que foram deixadas abertas) requerem tratamento especial. Nestes casos, os tempos de secagem normalmente recomendados não são suficientes. A poliamida completamente saturada pode requerer um processo de secagem de mais de 12 horas. Este processo, entretanto, inevitavelmente provocará amarelamento da resina. Para minimizar, ou eliminar este problema, as sugestões abaixo devem ser seguidas: •Sempre armazene canais e material moído em embalagens fechadas. •Feche embalagens que foram utilizadas parcialmente. •Mantenha o funil sempre fechado. Método Karl-Fischer Método manométrico Como realizar a secagem Se você deseja obter peças de qualidade, é importante seguir procedimentos de secagem corretos. Secadores de ar quente de vários tipos não são adequados para secagem de poliésteres. Para tanto, é necessário a utilização de secadores-desumidificadores. Apenas estes equipamentos podem garantir uma secagem constante e adequada, independentemente das condições climáticas. Além de manter uma temperatura correta de secagem, é importante assegurar que o ponto de orvalho do ar permaneça abaixo de –20° C. Quando operando em instalações com múltiplos containers, com diferentes níveis de alimentação e de densidade aparente, é importante assegurar que haja vazão de ar suficiente para cada container. Influência do conteúdo de umidade nos grânulos sobre a resistência ao impacto de PET c/ 30% FV Fonte: DuPont Sintomas durante a injeção POM TEEE • manchas prateadas na direção do fluxo • formação de rebarbas • redução da resistência ao impacto e da resistência à tração • nenhum sintoma visível PET PBT Influência sobre as propriedades mecânicas • escorrimento pelo bico • formação de bolhas no fundido PA Sistomas visíveis na peça injetada • nenhum sintoma visível • formação de bolhas no fundido • pequeno acúmulo de resíduos sobre o molde • nenhum sintoma visível • pode haver pequenas manchas • redução significativa da resistência ao inpacto • nenhuma • tendência de formação de rebarbas • redução da resistência ao impacto e da resistência à tração Como reconhecer o excesso de umidade Fonte: DuPont Medindo a Quantidade de Umidade A umidade nos grânulos pode ser medida com sistemas disponíveis comercialmente, como por exemplo, pelo sistema manométrico ou pelo método de Karl-Fischer. Para eliminar fontes de erro, a amostra deve ser pega da parte inferior do funil e armazenada em uma embalagem apropriada. Sachês especiais de PE e alumínio seláveis a quente, assim como embalagens de vidro de laboratório, que podem ser hermeticamente seladas, são recomendadas. Empfehlungen Entwickelt und erstellt von Rene Koneberg. PA PBT PET TEEE POM 0,2 % 80°C 2-4h 0,05 % 120°C 3-4h 0,02 % 130°C 3-4h 0,1 % 80°C - 110°C 2 - 4 h 0,05 % 80°C 1h Necessário apenas se a resina ficou exposta ao ambiente Sempre necessita de secag. (secador-desumidificador) Sempre necessita de secag. (secador-desumidificador) Temperatura de secagem depende da dureza Apenas se há condensação superficial Recomendações sobre o nível máximo de umidade nos grânulos, temperaturas e tempos de secagem Fonte: DuPont
  • 4. Capítulo 2 Sistema de alimentação muito pequeno Entrada direta DuPont Fonte: D=t+1 a ≥ 0,5 t As características que diferenciam as resinas semi-cristalinas D 2 1 D t øa Entrada p/ molde de 3 placas Fonte: DuPont 25 5 a ≈ 0.5 ... 0,7 • t min a máx 10 25 10 5 ⊕ 1 = 2,5 mm t + 0,5 Reconhecendo os Resultados Quando o ponto de injeção é muito pequeno (ver exemplo), não é possível recalcar a peça de forma efetiva durante o tempo necessário (tempo de cristalização). Neste caso, a contração volumétrica não pode ser compensada adequadamente, resultando na formação de vazios e de rechupes (especialmente no caso de resinas não reforçadas), assim como aspereza superficial (no caso de compostos reforçados). Estes problemas podem ser identificados facilmente através do uso de microscópio adequado para tal fim. Além disso, a estabilidade dimensional das peças obtidas variará consideravelmente, a contração será excessiva e haverá tendência de maior empenamento. Os vazios afetarão as propriedades mecânicas da peça, reduzindo drasticamente o alongamento na ruptura e a resistência ao impacto. No caso de compostos reforçados com fibras de vidro, o ponto de injeção muito pequeno provocará a quebra das fibras, o que resultará em um enfraquecimento ainda maior da peça. a min = 2,5 mm Peça delgada, grande volume, alta viscosidade = 0,8 mm máx Projeto do sistema de alimentação No projeto do sistema de alimentação, o primeiro ponto a ser considerado é a espessura da parede (t) da peça injetada (ver diagrama). O diâmetro do canal de injeção nunca deve ser menor que a espessura da parede da peça. Começando do ponto de Diâm. entrada A B C D1 D2 T+2 T+3 T+4 Peça espessa, pequeno volume, baixa viscosidade ≥C >A resinas não reforçadas t 4 A Seções recomendadas t Fonte: DuPont (até 1,4 s de tempo de injeção) (a 80 MPa de pressão de recalque) ø 0,5 mm 30,32 g 5,0 s 170 MPa 1,7 % ø 1,5 mm 31,30 g 7,5 s 70 MPa 1,3 % 32,0 31,5 31,0 30,5 30,0 recalque efetivo 29,5 29,0 Fonte: DuPont Entradas submarinas para polímeros cristalinos Contração D1 Projeto de canal de injeção resinas reforçadas Pressão de inj. necessária b: B øa Máx. tempo de recalque atingido a: D2 T+1 T + 1,5 T+2 C ø t + 0,5 Peso máximo atingido 1 mm, para evitar a solidificação prematura do material. Resumindo as regras básicas: •sempre considere maneiras de interceptar os pontos de material frio; •faça o diâmetro do canal maior que a espessura da peça; •a espessura do ponto de injeção deve ser de, ao menos, 50 % da espessura da peça. Estes princípios são válidos apenas para os materiais semi-cristalinos. Quando se pretende estimar o comportamento do preenchimento do molde, podem ser usados dados típicos de fluxo de cada polímero e, quando necessário, deve-se lançar mão de cálculos de fluxo. Há, certas aplicações em que, por várias razões, o desenho do ponto de injeção não pode seguir estas recomendações. Nestes casos deve-se buscar um balanceamento entre qualidade e custo. (molde três placas) 10 t injeção, o diâmetro do canal deve ser aumentado a cada divisão de fluxo, de modo a manter o cisalhamento uniforme. Para prevenir que um ponto de material frio vindo do bico de injeção chegue até a peça, os canais devem sempre ser prolongados em cada mudança de direção, de modo a formar o que se chama comumente de poço frio. O poço frio deve ter, no mínimo, o mesmo diâmetro do bico de injeção, de modo a garantir que o material frio seja realmente retido. Quando se injeta materiais semi-cristalinos ou polímeros reforçados, a espessura mínima do ponto de injeção deve ser de 50% da espessura da peça. No caso de materiais reforçados, para minimizar o risco de quebra das fibras e tendo em mente também a maior viscosidade destes compostos, a espessura do ponto de injeção deve ser de até 75% da espessura da peça. O comprimento do ponto de injeção é, também, um ponto muito importante a ser observado. Este deve ser de, no máximo, Diâmetros recomendados a ≈ 0.5 ... 0,8 • t a = 0,5 mm a a Os materiais termoplásticos semi-cristalinos sofrem uma significativa contração volumétrica durante a transição do estado fundido para o sólido (cristalino). Esta contração, que pode ser de até 14 %, dependendo do tipo da resina, tem que ser compensada com mais material fundido. Isto só pode ser feito se a seção transversal do ponto de injeção for suficientemente grande Necessidade de altas pressões de injeção e de longos tempos de preenchimento da cavidade são fortes indicadores de que os pontos de injeção estão muito pequenos. Isto pode ser reconhecido, por exemplo, pelo fato de diferentes velocidades de injeção terem pouco efeito no tempo real de preenchimento. Um ponto de injeção muito estreito poderá, também, causar defeitos superficiais. Cisalhamento excessivo pode resultar em separação de aditivos como modificadores de impacto, pigmentos e retardantes de chama. Além disto, os pontos de injeção estreitos podem provocar esguichamento, resultando em manchas superficiais e efeito mármore (no caso de materiais com carga mineral), assim como na formação de um tipo de auréola na região da entrada. Há também uma tendência maior de acúmulo de resíduos sobre o molde. b a 2 3 4 5 6 7 8 9 Tempo de recalque (s) b: estrutura com entrada Ø = 1,5 região altamente cizalhada região altamente cisalhada 1 para assegurar que o material fundido possa continuar fluindo durante a fase de recalque. estrutura normal estrutura normal t Atualmente, peças plásticas são projetadas com o auxílio de métodos complexos como CAD, FEA e CAE. Inquestionávelmente, estes métodos têm auxiliado no aprimoramento da qualidade de componentes plásticos, porém, em alguns casos, não se pode dizer o mesmo quanto ao projeto dos sistemas de alimentação dos moldes. Este artigo aborda os pontos básicos de um projeto adequado do sistema de alimentação para polímeros semi-cristalinos. Estes elementos, entretanto, devem ser aplicados em combinação com uma localização adequada do ponto de injeção e um correto tempo de recalque. Estes assuntos serão discutidos ao longo dos próximos capítulos desta série. Peso da peça moldada (g) 0,5 ... 1,0 • t a: estrutura com entrada Ø = 0,5 Efeito do diâmetro da entrada sobre a qualidade da peça (1,5 mm) em PA 66 Fonte: DuPont
  • 5. Capítulo 3 Posição inadequada do ponto de injeção A posição do ponto de injeção é decisiva na formação do perfil da frente de fluxo e na eficiência da pressão de recalque e, em função disso, pela performance mecânica e de outras propriedades da peça injetada. Possíveis consequências negativas de uma posição inadequada do ponto de injeção As propriedades de uma peça corretamente projetada em polímero semicristalino podem ser prejudicadas se a posição do ponto de injeção não for a mais adequada. Isto se tornará evidente quando da presença dos seguintes sintomas, válidos para resinas reforçadas ou não: • Linhas de emenda visíveis e ar preso, causados pelo perfil da frente de fluxo. Podem influenciar o acabamento superficial da peça e, especialmente no caso de materiais reforçados com fibras de vidro, as propriedades mecânicas. Modificações nas condições de processo não terão influência sobre estas considerações. • Rechupes e vazios nas seções mais espessas da peça - uma vez que o material cristaliza mais rápido nas seções com menor espessura (ver diagrama), a seção mais espessa, que requer um tempo de recalque mais longo, não pode ser suprida com mais material fundido durante o tempo necessário (solidificação). Haverá contração exagerada nesta área, que poderá provocar empenamento, mesmo no caso de grades não reforçados. • Rebarbas - se o número de pontos de injeção for insuficiente e estes forem posicionados incorretamente, as distâncias de fluxo podem ser muito grandes e as pressões de injeção necessárias muito altas. Se a pressão de fechamento do molde não for suficiente ou se o polímero utilizado tiver baixa viscosidade e cristalizar muito lentamente, poderá ocorrer formação de rebarbas. Além do mais, a janela de processo ficará muito limitada, impossibilitando ajustes finos de processo. Recomendações para um posicionamento ótimo do ponto de injeção • Sempre tente alimentar a peça na região com a maior espessura de parede. • Pontos de injeção não devem ser colocados próximo às áreas de alta concentração de tensões. • Sempre que possível, peças longas devem ser alimentadas longitudinalmente, ao invés de transversalmente ou centralmente, especialmente no caso de moldagem de compostos reforçados. • Para moldes de duas ou mais cavidades, as peças devem ser arranjadas e alimentadas simetricamente em relação ao canal principal. •Preferencialmente, peças axialmente simétricas como engrenagens, discos, calotas, etc., devem ser alimentadas centralmente, usando um ponto de injeção tipo diafragma, ou por meio de entradas capilares, com um molde de três placas, de modo a conseguir propriedades realmente boas durante sua utilização. •Peças que possuem dobradiças devem ser alimentadas de modo que as linhas de emenda não fiquem sobre as mesmas. Interrupções no fluxo próximo às dobradiças devem ser evitadas a qualquer custo. •Peças em forma de caixa (ex.: pequenas carcaças, capas de capacitores, etc.) devem ser alimentadas na região da base, de modo a evitar o aprisionamento de ar. •No caso de peças tubulares, o material fundido deve, inicialmente, preencher a circunferência anular em uma extremidade e, então, preencher a peça ao longo do seu comprimento. Isto irá evitar um preenchimento assimétrico. •Quando se injeta sobre insertos, ao redor de pinos, insertos fundíveis ou qualquer outro tipo de inserto metálico, a resina fundida deve ser capaz de fluir em torno do inserto de forma circular, de modo a manter o desalinhamento do inserto ao mínimo. •Superfícies expostas que não podem apresentar marcas superficiais, como marca do ponto de injeção, podem ser alimentadas pela face inferior, usando um ponto de injeção tipo túnel, no pino de injeção. •O ponto de injeção deve ser posicionado de modo que mesmo pequenas paradas de fluxo (peças complexas, moldes de múltiplas cavidades com diferentes formas, etc.) durante o preenchimento sejam evitados ao máximo. Obviamente, estas recomendações não podem cobrir todo o leque de aplicações existentes. Compromissos terão que ser assumidos sempre, dependendo da complexidade de uma peça em particular. As recomendações que discutimos devem, sempre que possível, serem levadas em consideração durante a fase de planejamento. Simulações de preenchimento da cavidade são, inquestionavelmente, de grande ajuda nestas situações. Preencha simetricamente (evita formação de rebarbas) Preencha peças tubulares longitudinalmente Aprisionamento de ar Preencha frontalmente (evita empenamento) Entrada próxima à base Garanta que o material flua longitudinalmente em torno dos insertos use entrada auxiliar Source: DuPont Posições de entrada Posições de entrada Fonte: DuPont Fonte: DuPont
  • 6. Capítulo 4 Material PA 66 (tenaz) O que exatamente acontece durante a fase de recalque Uma vez que a cavidade do molde foi preenchida, as moléculas do polímero Luz refletida Como descobrir se o tempo de recalque está muito curto Peças moldadas com baixo tempo de Fotografia de uma amostra obtida por técnica de microtomia Checagem visual de poros (POM) Fonte: DuPont s mm 3,0 - 4,0 s mm PBT 3,5 - 4,5 s mm PBT GF 30 Tempo Tempo de resfriamento começam a cristalizar, isto é, as cadeias moleculares ficam alinhadas umas em relação às outras, resultando em uma maior densidade. Este processo se inicia na camada externa e termina no centro da peça (ver diagrama). A contração volumétrica provocada por este processo pode ser de até 14 %, como no caso do POM, e tem que ser compensada com mais material fundido durante a fase de recalque. Se o tempo de recalque for muito curto, haverá formação de vazios (porosidade), que poderão ter um efeito adverso sobre as propriedades da peça. 2,5 - 3,5 PET GF 30 processados corretamente Muitos transformadores, trabalhando baseados em suas experiências de moldagem de polímeros amorfos, tendem a usar, de forma generalizada, tempos de recalque curtos e tempos de resfriamento longos. Entretando, quando se trata de polímeros semi-cristalinos como POM (poliacetal), PA (poliamida), PBT e PET (poliésteres), esta postura pode gerar efeitos indesejáveis. Este artigo aborda os pontos mais importantes para a adoção do tempo de recalque mais adequado. 3,0 - 4,0 s mm PA 66 GF 30 polímeros semi-cristalinos Tempos de recalque e resfriamento. 3,5 - 4,5 s mm 2,5 - 3,5 s mm PA 66 processados como pol. amorfos Tempo de recalque 7,5 - 8,5 s mm POM - H polímeros semi-cristalinos Fonte: DuPont recalque apresentam contração excessiva, empenamento, rechupes, vazios e, em alguns casos, enormes perdas de propriedades mecânicas. Adicionalmente, podem ocorrer consideráveis variações dimensionais. Geralmente, se tenta compensar estes problemas através do aumento do tempo de resfriamento, porém, inutilmente. Com isto se obtém ciclos desnecessariamente longos. Um modo de reconhecer os efeitos de tempos de recalque muito curtos, para compostos de moldagem não reforçados, consiste em cortar a peça moldada na região de maior espessura. A superfície cortada e polida pode, então, ser inspecionada em busca de vazios e de porosidade. Geralmente, uma lente de aumento ou um microscópio de luz refletida são suficientes para formar uma primeira opinião. Um método mais elaborado consiste na preparação e análise microscópica (com microscópio de luz transmitida) de seções delgadas obtidas por meio de um micrótomo. (veja diagrama). Com isto, mesmo os menores defeitos se tornam visíveis. No caso de compostos reforçados, defeitos podem ser facilmente detectados através da análise da superfície de uma peça rompida na seção mais espessa. Se o tempo de recalque for muito curto, será possível observar uma estrutura espumosa na região da quebra e uma microfotografia ampliada mostrará fibras expostas que não estão acopladas ao polímero. Outro método consiste em tirar uma microfotografia de uma seção polida, em que Fase de injeção (desordenada) por mm de espessura Taxa de cristalização para espessura de 3 mm Fonte: DuPont pode ser detectada porosidade. O tempo efetivo de recalque pode ser determinado durante a injeção, pesando-se um certo número de peças (veja a descrição). Esta é a melhor maneira de determinar o tempo de recalque para uma certa peça, em condições práticas. Uma guia para determinar o tempo ótimo de recalque pode também ser obtido pela comparação com situações práticas (veja tabela). Estas se aplicam apenas para dadas espessuras de parede e não podem ser aplicadas para condições diferentes, tais como temperatura, uso de nucleantes e pigmentos, tempo de preenchimento do molde, etc. Para paredes mais finas, os tempos serão menores, para maiores espessuras, mais longos. Procedimento de ajuste correto Para obter peças moldadas com propriedades ótimas, o tempo de recalque deve ser determinado pelo método da pesagem, e o tempo de resfriamento deve ser reduzido ao mínimo (normalmente, ligeiramente superior ao tempo de plastificação). Isto pressupõe que o ponto de injeção tenha sido projetado e posicionado corretamente (ver capítulos 2 e 3 desta serie). É importante, também, manter a pressão constante durante o tempo de recalque. A pressão correta varia entre 60 e 100 MPa, dependendo do material usado. Cavidade do molde Entrada Fase de recalque (ordenada) 50 POM-H, média-viscosidade 40 30 20 10 0 5 10 15 20 25 30 35 Tempo de recalque (s) Efeito do tempo de recalque sobre o alongamento na ruptura Diagrama esquemático da mudança na estrutura molecular durante a fase de recalque Fonte: DuPont 25.40 Peso da peça moldada (g) polímeros amorfos Tempo cristalização Alongamento na ruptura (%) Tempo de Recalque Muito Curto O peso da peça não deve exceder 25,35 g com qualquer pressão de recalque 25.38 25.36 25.34 Neste caso, 14 s são suficientes para que se obtenha a melhor qualidade da peça 25.32 Material: POM-H GF 20 Pressão rec.: 90 MPa Carcaça de Bomba Esp. parede: 2.5 mm 25.30 25.28 25.26 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Tempo de recalque (s) É fácil determinar o tempo correto de recalque na prática, durante a injeção. Vários tempos de recalque diferentes são ajustados com 1-2 s de diferença, dependendo da resolução desejada, e as peças resultantes são pesadas em um laboratório, após a remoção do canal. Os pesos são, então, plotados com relação aos tempos de recalque. O ponto ótimo de recalque estará na região onde não houver mais nenhuma mudança no peso das peças. Determinação experimental do tempo adequado de recalque Fonte: DuPont
  • 7. Capítulo 5 Temperatura inadequada do fundido Boa Ruim Partículas não fundidas Fundido flui de forma homogênea Fundido não está homogêneo Formação de bolhas devido à degradação O que acontece quando a temperatura do fundido está incorreta ? POM - H Ponto de Fusão 175 °C Temp. recomendada do fundido 215 ± 5 °C PA 66 255 °C 290 ± 10 °C PA 66 GF 30 255 °C 295 ± 10 °C PA 6 225 °C 250 ± 10 °C PA 6 GF 30 225 °C 270 ± 10 °C PBT 225 °C 250 ± 10 °C PBT GF 30 225 °C 250 ± 10 °C PET GF 30 255 °C 285 ± 5 °C Temperaturas de processo Fonte: DuPont Se o tempo de residência for muito longo, poderá ocorrer decomposição térmica, mesmo quando o material fundido estiver na temperatura correta. Se o tempo de residência for muito curto, não haverá tempo suficiente para uma homogeneização eficiente do fundido. Quais são os sinais de temperatura incorreta do fundido ? No caso do POM, o excesso de temperatura provocará a degradação da resina, gerando subprodutos que formarão bolhas no fundido. Isto pode ser observado claramente no material fundido quando o mesmo é purgado. Outros sintomas podem ser o acúmulo de resíduos sobre o molde e a liberação de odor. As propriedades físicas do POM homopolímero, entretanto, são pouco afetadas por estas altas temperaturas. A Poliamida descolore em condições extremas, principalmente se o superaquecimento ocorre 100 98 96 94 92 90 88 86 84 82 80 245 em função de bicos de injeção muito quentes. A decomposição térmica pode ser reconhecida em todas as poliamidas através da redução nas propriedades mecânicas. No laboratório, a decomposição térmica pode ser verificada pela medição da viscosidade relativa da resina. PBT e PET reagem muito mais fortemente ao superaquecimento, com perda significativa de tenacidade. Falhas são dificilmente percebidas durante o processamento. Se nenhum método de controle de qualidade for aplicado durante a produção, o problema se tornará aparente apenas no estágio de montagem, ou quando a peça já estiver em uso. A descoloração em peças em poliésteres indica um alto, porém não usual, grau de degradação. Na prática, aplicam-se testes em amostras aleatórias com os quais certas propriedades relacionadas com a tenacidade podem ser medidas. Testes de viscosidade com material de peças moldadas consomem tempo e custam caro para serem feitos rotineiramente. No caso de PA ou PBT não reforçados, a presença de partículas não fundidas durante a purga é um sinal de uma temperatura de fundido muito baixa, ou utilização de um percentual muito grande da capacidade de injeção da máquina. A temperatura correta do fundido PA 66 GF 30 230 Medindo a temperatura Fonte: DuPont 260 275 290 Temperatura da zona de alimentação (°C) Temperatura da zona de alimentação Fonte: DuPont As fichas técnicas dos polímeros indicam a faixa de temperatura ótima para cada grade. Em geral, o controle da temperatura desejada através da leitura dos pirômetros não é confiável porque, além do aumento de temperatura promovido pelo calor fornecido pelas resistências do cilindro de injeção, o Fonte: DuPont atrito gerado pelo contato do material com a rosca em movimento gera calor. A quantidade de calor que é gerada desta maneira depende da geometria e da rotação da rosca, assim como da contrapressão. As recomendações a seguir podem ajudar na obtenção de medidas acuradas de temperatura: •Use sondas de termômetro com diâmetro inferior a 1,5 mm (resposta mais rápida); •Pré-aqueça a sonda; •Colete o material fundido em um recipiente isolado termicamente; •Movimente a sonda enquanto estiver fazendo a medição. Quando estiver fazendo as medições iniciais ou quando não houverem valores conhecidos sobre os quais guiar-se, deve-se utilizar um perfil de temperatura de 10 a 15° C acima do ponto de fusão na zona de alimentação e em torno de 5 a 10° C abaixo da temperatura desejada no material na zona de homogeneização. Ajustes finos na temperatura podem ser feitos de acordo com a temperatura medida no fundido. No caso de longos tempos de residência e de uma utilização de um pequeno percentual da capacidade de injeção, um perfil crescente é recomendado. Para tempos de residência curtos e de uma utilização de um grande percentual da capacidade de injeção, um perfil constante é o que dá melhor resultado. As temperatura das zonas de aquecimento nunca devem ser ajustadas abaixo do ponto de fusão do material. Temperatura do fundido ( °C) Utilização da capacidade de injeção (%) Avaliação da qualidade do fundido Ponto de fusão = 255°C Material Boa seção de borra Resistência ao impacto (%) A temperatura do material fundido pode estar muito alta ou muito baixa - ambas são incorretas. Além disso, a variação de temperatura dentro da massa fundida também é um fator a se ter em mente. Temperaturas muito altas degradam o polímero, isto é, quebram as cadeias moleculares. Outra consequência pode ser a decomposição de aditivos do material, como de pigmentos, modificadores de impacto, etc. Isto provocará uma queda na resistência mecânica da peça (como resultado da redução das cadeias moleculares), defeitos de superfície (causados pelos produtos decompostos) e odores indesejáveis. Temperaturas muito baixas impossibilitam que um nível adequado de homogeneidade seja atingido. Isto provoca redução drástica da resistência ao impacto da peça moldada e, na maioria dos casos, consideráveis variações nas propriedades físicas. Além da temperatura do material fundido, o tempo de residência do polímero na unidade de injeção tem um importante papel. A experiência tem demonstrado que os tempos ótimos de residência estão entre 2 e 9 minutos. POM 270 100 260 250 240 80 60 40 20 50 100 150 200 Tempo de Ciclo (s) Limites de temperatura do fundido p/ o PBT Resistência ao impacto (%) A utilização da temperatura correta do material fundido é vital para a qualidade das peças na moldagem de polímeros de engenharia semi-cristalinos. Como uma regra geral, a tolerância à variações é menor que a das resinas amorfas. Neste capítulo, os autores abordam o tema “tempertura do fundido” relacionado aos materiais semi-cristalinos. 100 Fonte: DuPont 280 °C 80 60 40 Tempo de residência máximo permitido a 310 °C 310 °C a 280 °C 20 0 5 10 15 Tempo de residência (min) 20 Tempos de residência p/ PA 66 c/ mod. impacto Fonte: DuPont
  • 8. Temperatura inadequada do molde Quando moldando polímeros de engenharia semi-cristalinos como POM (poliacetal), PA (poliamida), PBT e PET (poliésteres), é importante garantir que a temperatura da superfície do molde seja a mais adequada para o tipo de resina. Os requerimentos básicos para um ótimo processamento estão no projeto da ferramenta. O transformador somente poderá produzir peças boas com a utilização de controladores de temperatura se o projeto da ferramenta for adequado. Isto exige uma cooperação muito grande na fase de projeto da ferramenta para evitar problemas de produção num estágio mais avançado. Fluxo de calor Espessura 4 mm 0,3 0° e8 old C m ra atu er mp Te 0,2 C 0° 10 lde mo ra atu er mp Te 0,1 0 60 3,6 80 100 Temperaturas (°C) 120 POM homopolímero - Viscosidade Média (3,2 mm, 80 MPa) Contração (%) 3,2 Molde a 40 °C Cristalização inadequada da camada externa Molde a 90 °C Estrutura ótima Faixa de temperatura recomendada 2,8 2,4 Contração pós-moldagem 2,0 1,6 Contração total 1,2 Contração de moldagem Recém injetado 0,8 60 70 80 90 100 110 120 Temperatura do molde ( °C) Influência da temperatura do molde s/ a estrutura do POM Fonte: DuPont Quando as dimensões de peças que trabalham em alta temperatura diminuem com o tempo, em geral, a causa é a temperatura da cavidade muito baixa. Isto porque, com temperaturas do molde muito baixas, a contração de moldagem pode ser muito pequena, porém, a contração pósmoldagem será substancialmente mais alta. Se um longo tempo de start-up é necessário até que as dimensões diminuam para os valores corretos, isto é um sinal de um controle de temperatura inadequado na ferramenta. Uma dissipação inadequada do calor em algumas regiões da ferramenta pode causar um substancial aumento do ciclo total, provocando o aumento do custo da peça. Temperaturas incorretas podem, algumas vezes, ser detectadas na peça injetada através de técnicas laboratoriais como análise estrutural (por exemplo, com o POM) e DSC (por exemplo, com o PET). Recomendações para ajustar a temperatura da cavidade corretamente As ferramentas de injeção estão se tornando cada vez mais complexas e, como resultado disto, está se tornando cada vez mais difícil criar condições apropriadas para um controle efetivo da temperatura do Material Temp. recomendada do molde POM - H Temp. molde 90 °C 90 °C PA 66 Temp. molde 50 °C 70 °C PA 66 GF 30 110 °C PA 6 70 °C PA 6 GF 30 85 °C PBT 80 °C PBT GF 30 Temp. molde 120 °C 80 °C PET GF 30 110 °C Picos de transição PET-GF 45 60 PBT Espessura 2 mm Fonte: DuPont Picos de recristalização (temperatura do molde muito baixa) Processamento ótimo 0,4 Contração pós-moldagem Possíveis consequências negativas de uma temperatura inadequada do molde O sintoma mais facilmente identificável é o acabamento superficial ruim da peça injetada. A contração de moldagem e a contração pós-moldagem de polímeros semi-cristalinos são altamente dependentes da temperatura da superfície da cavidade do molde e da espessura de parede da peça. Portanto, uma dissipação irregular de calor no molde pode provocar diferentes contrações na mesma peça. Na prática, isto pode dificultar a manutenção das tolerâncias da peça. Nas circunstâncias mais desfavoráveis, a contração pode estar além do limite do corrigível, tanto para resinas reforçadas como para não reforçadas. Contração pós-moldadgem (%) Capítulo 6 80 100 110 120 140 160 180 200 220 240 260 280 Temperatura ( °C ) Curvas de DSC para diferentes temperaturas de molde Fonte: DuPont Temperaturas de molde Fonte: DuPont molde. Exceto no caso de peças simples, o uso de sistemas de controle de temperatura do molde é sempre questão de compromissos. Por esta razão, a lista de recomendações a seguir deveria ser vista apenas como um guia de caráter geral. • O controle da temperatura da cavidade deve ser levado em consideração na fase de projeto da ferramenta. • Quando projetando moldes de grandes dimensões para fabricar peças pequenas e de baixo peso, é importante que o mesmo permita uma boa transferência de calor. • Seja generoso quando dimensionando os canais e tubulação para passagem dos fluidos de controle de temperatura. Não use acoplamentos que causem grandes restrições ao fluxo. • Sempre que possível, use água pressurizada como o meio de controle. • Use mangueiras capazes de suportar altas pressões e temperaturas (até 8 bar e 130° C). • Especifique a performance do controlador de temperatura para a ferramenta. • Use isolação entre as bases do molde e as placas da máquina. • Use controladores de temperatura separados para a parte móvel e para a parte fixa do molde. • Use controle de temperatura separado para partes móveis e machos, de modo que você possa trabalhar com diferentes temperaturas para iniciar a injeção. • Sempre conecte circuitos de controle de temperatura diferentes em série, nunca em paralelo. Se os circuitos estão em paralelo, pequenas diferenças na resistência ao fluxo podem causar diferenças na vazão do meio controlador de temperatura, de forma que as variações de temperatura serão maiores que no caso de empregar conexões em série (conexões em série trabalharão adequadamente apenas se houver menos de 5° C de diferença entre a temperatura de entrada e a de saída). • O uso de termômetros no equipamento para indicar a temperatura de entrada e de saída do fluido de controle de temperatura do molde é recomendado. • Por razões de controle de processo, recomenda-se utilizar também um sensor de temperatura na ferramenta, de modo a permitir a checagem da temperatura durante a produção. O equilíbrio térmico é estabelecido na ferramenta após um certo número de ciclos, normalmente, um mínimo de 10. A temperatura real de equilíbrio dependerá de muitos fatores. A temperatura da superfície do molde poderá ser medida por termopares dentro da ferramenta (posicionados a 2 mm da superfície) ou, mais comumente, por um termômetro portátil. A superfície da sonda do termômetro deve ser de leitura rápida. A Contração Vs. Temp. molde Fonte: DuPont temperatura da ferramenta deve ser medida em várias posições, não apenas uma vez de cada lado. Uma vez medidas as temperaturas, deve-se ajustar as unidades de controle para conseguir a temperatura mais adequada no molde. As fichas técnicas dos materiais sempre indicam a temperatura correta da ferramenta. Estas recomendações sempre representam o melhor compromisso entre um bom acabamento superficial, propriedades mecânicas, contração e ciclo. Transformadores de peças de precisão e de peças que devem atingir exatas especificações óticas ou de segurança, geralmente, tendem a usar temperaturas de molde mais altas (menor contração pós-moldagem, superfície mais brilhante, propriedades mais uniformes). Tecnicamente, peças menos críticas, que têm que ser produzidas com o menor custo possível, podem ser moldadas com temperaturas menores. Entretanto, os transformadores devem estar conscientes das consequências desta opção e devem testar as peças exaustivamente, até que tenham certeza de que as peças estão de acordo com as especificações dos clientes.
  • 9. Capítulo 7 Acabamento superfici al ruim Polímeros de engenharia semi-cristalinos como o POM (poliacetal), PA (poliamida), PBT e PET (poliésteres) são usados primariamente devido às suas excelentes propriedades mecânicas, térmicas, químicas e elétricas. Em muitos casos, porém, também se faz necessário um ótimo acabamento superficial. Este artigo tem a intenção de ajudar a eliminar eventuais defeitos superficiais. Localização e definição dos defeitos superficiais Para resolver os problemas de defeitos superficiais é necessário, primeiro, examinar a localização precisa do defeito e em que situação o mesmo se torna evidente. Para isto, é recomendado observar a superfície durante o processo de injeção. Os pontos que devem ser esclarecidos são listados abaixo: •O defeito ocorre à cada injeção ou irregularmente ? •O defeito ocorre sempre na mesma cavidade ? •O defeito ocorre sempre no mesmo lugar da peça ? •O defeito pode ser previsto através de um estudo de preenchimento do molde ? •O defeito pode ser observado também no canal de alimentação ? •O que ocorre quando um novo lote de material é usado ? •O defeito ocorre apenas em uma máquina injetora ou em outras também ? Análise das possíveis causas de defeitos superficiais Defeitos superficiais podem ser causados por muitos fatores diferentes como: •Resina: secagem, qualidade do composto, presença de contaminantes. •Condições de injeção: temperatura do material, velocidade de injeção e ponto de passagem para recalque; •Condições da unidade de injeção: ex.: desgaste e pontos mortos; •Projeto do sistema de câmara quente: canais, pontos mortos, etc; •Projeto do molde, posição e dimensões do ponto de injeção, poço frio, saídas de gases, etc; •Aditivos; •A resina base do composto de moldagem. Conclusões para evitar os defeitos superficiais 1. Defeitos de localização regular Se os defeitos de superfície ocorrem no mesmo lugar, com regularidade, há um problema no bico de injeção ou no bico da câmara quente. A forma e o projeto do canal de injeção, entrada, ou da peça também podem ser responsáveis, ex.: cantos vivos, mudanças bruscas na espessura, etc. Outra causa pode estar relacionada às condições de injeção, como o perfil de velocidade de preenchimeto ou o ponto de passagem para recalque. 2. Defeitos de localização irregular Quando defeitos de superfície ocorrem em diferentes lugares, de forma irregular, deve-se checar o composto (qualidade do composto, presença de contaminantes). Fatores como baixa temperatura do fundido, contrapressão, velocidade da rosca e curso de dosagem podem, também, contribuir significativamente. 3. Defeitos cobrindo grandes áreas Este tipo de defeito normalmente se estende sobre toda a peça e pode ser observado também no canal de alimentação. Aqui deve-se checar se houve degradação do material. Isto pode ser feito purgando o material do cilindro e observando se houve, por exemplo, formação de bolhas. No caso de câmaras quentes, este método também pode ser usado, porém, com limitado sucesso. A decomposição do material pode ser devido a degradação do polímero ou de aditivos, causadas por superaquecimento ou excessivo tempo de residência. No caso de polímeros higroscópicos, pode ocorrer, também, degradação hidrolítica, quando o composto é injetado sem a devida secagem. Recomendações Gerais Quando um acabamento superficial de alto nível for essencial em peças moldadas com polímeros de engenharia semi- cristalinos, recomenda-se não utilizar câmara quente. Entretanto, quando se opta pela utilização de tal sistema, é aconselhável fazer uso de um canal frio entre o bico da câmara quente e a peça de modo a isolar termicamente o bico da câmara quente. O material frio vindo do bico de injeção ou do bico da câmara quente deve ser interceptado por um poço frio para que o mesmo não entre na peça. A tabela a seguir lista vários tipos de defeitos superficiais e meios de eliminá-los. Na prática, entretanto, diferentes defeitos superficiais podem aparecer simultaneamente, o que torna qualquer investigação das causas do problema e a sua eliminação muito mais difíceis. Sintomas Grades Manchas na direção do fluxo Todos Aparência de mármore Material Frio Rechupes Queima Partículas não fundidas Esguichamento Manchas (faixas irregulares) na cor marrom Superfície áspera Onde e Quando Possível Causa Possível Eliminação • À cada injeção, em grandes áreas • Composto úmido (PA) • Degradação térmica • Cheque a quantidade de umidade do composto • Cheque a secagem • cheque a temperatura do fundido (massa) Reforçados com carga mineral • À cada injeção • Próximo de cantos vivos • Próximo à entrada • Cisalhamento excessivo • Movimentação de camadas sólidas no molde • Reduza a velocidade de injeção (use perfil de vel.) • Quebre os cantos vivos • Aumente a seção da entrada Todos, especialmente os reforçados • Normalmente ocorre apenas em um lugar • Percorre toda a superfície da peça • Material frio ou não homogêneo vindo do cilindro ou da câmara quente • Intercepte o material frio (use poço frio) • Possivelmente, aumente a temperatura do bico Todos, especialmente os não reforçados • Em áreas opostas às nervuras • Em regiões de acúmulo de material (regiões muito espessas) • Contração maior em regiões muito espessas devido a impossibilidade destas regiões serem recalcadas adequadamente • Otimize o design. Ex: reduza as espessuras das nervuras e uniformize as espessuras da peça • Mova a entrada para outro ponto • Sempre no mesmo lugar (próximo de linhas de emenda e no fim do preenchimento) • Oxidação por ar aprisionado na cavidade e que não pode escapar (efeito diesel) • Crie, mova ou melhore as saídas de gases • Injete mais lentamente • Esporadicamente, em diferentes lugares • Composto não fundiu e não foi homogeneizado adequadamente • Cheque a temperatura do fundido (massa) • Aumente a contra-pressão • Cheque a velocidade da rosca • Possivelmente use um cilindro maior (maior tempo de residência) Todos • À cada injeção • Normalmente, começando na entrada • Jato de material formado na entrada da cavidade • Ausência de resistência para suportar o fluxo laminar • Injete mais lentamente (possivelmente, use perfil de vel.) para obter fluxo laminar • Crie restrição ao fluxo na direção da entrada • Possivelmente, mude a localização da entrada Todos • Intermitente - ex. 5 a 15 injeções sem problemas, seguidas de 1 a 2 injeções com problemas, etc. • Ponto morto no bico ou na câmara quente. Apenas quando o composto degrada ele se desprende da superfície em que está aderido e é carregado pelo material.O ponto morto é, então, preenchido por mais material novo e, assim, sucessivamente. • Remova os pontos mortos • Próximo do fim do preenchimento • Próximo à bordas • Próximo à nervuras • Parada instantânea da frente de fluxo durante o preenchimento • O polímero cristaliza antes que seja forçado contra a parede • Fibras de vidro próximas à superfície • Aumente a velocidade de injeção • Cheque a temperatura do fundido (massa) • Cheque o ponto de passagem para recalque Todos Todos, especialmente os não reforçados Reforçados Defeitos superficiais típicos e maneiras de eliminá-los Fonte: DuPont
  • 10. Capítulo 8 Problemas com câmaras quentes degradação do polímero, com todas as consequências já descritas no capítulo 5 (temperatura inadequada do fundido). Quando se injeta polímeros de engenharia semi-cristalinos em moldes de câmara quente, o sistema utilizado tem grande impacto sobre a funcionalidade do molde e sobre a qualidade da peça. Com estes materiais, o controle da temperatura deve ser mais estreito que com os materiais amorfos. Este artigo aborda os pontos mais importantes que devem ser considerados na escolha da câmara quente mais adequada para POM (poliacetal), PA (poliamida), PBT e PET (poliésteres). O que acontece quando é utilizado um sistema inadequado de câmara quente ? Geralmente, um sistema inadequado de câmara quente causa grandes perdas de pressão. Para ser utilizado nestas condições, este sistema necessitará de altas temperaturas, o que poderá provocar a Quais os pontos mais importantes a serem considerados ? Todos os polímeros mencionados anteriormente, demonstram uma certa diferença entre a temperatura recomendada do fundido e a sua temperatura de solidificação. Portanto, é necessário isolar termicamente a câmara quente dos canais e dos bicos. O lay-out dos bicos deve ser feito de modo que canais de injeção naturalmente balanceados possam ser usados. Esta é a única maneira de garantir perdas de pressão uniformes e tempos de residência similares em todas as cavidades. No caso de peças pequenas, recomendase a utilização de entradas indiretas, especialmente quando se utiliza materiais reforçados com fibras de vidro. A quantidade de material que passa por cada bico aumenta, facilitando o controle da quantidade de calor transmitida ao composto. As dimensões dos bicos podem ser maiores, permanecendo pequenos os pontos de injeção. Poços frios devem, de qualquer forma, ser arranjados faceando o bico de injeção da câmara quente. Este é o único modo de prevenir que entre material frio na peça. Controles separados devem ser providos para a entrada da câmara quente, para os canais quentes e para cada bico. Deste modo, se torna possível equilibrar a temperatura de cada cavidade independentemente, no caso da utilização de materiais sensíveis termicamente. Devese, sempre, utilizar equipamentos de controle que garantam uma temperatura constante (ex.: PID). Os sistemas de câmara quente devem ser suportados mecanicamente, assim como é feito com o sistema de extração. O molde se torna menos resistente próximo aos canais e, portanto, deve ser reforçado ao máximo. Circuitos de aquecimento separados, dispostos em torno dos bicos da câmara quente permitem um controle mais preciso das temperaturas das cavidades. Critério de seleção de câmaras quentes e bicos Canais com uma seção transversal aquecido externamente (recomendado) incorreto Ponto morto aceitável espaço livre temperaturas para PA 66 completa e com elementos de aquecimento simetricamente incorporados são a melhor solução. Sistemas aquecidos internamente, que permitem a circulação do polímero apenas por uma seção anular, causam uma excessiva perda de pressão e devem ser evitados sempre que possível. No caso de materiais sensíveis termicamente como o POM, e de compostos com retardantes de chama, deve-se evitar ao máximo quaisquer restrições ao fluxo. Os bicos devem ser abertos, aquecidos externamente e, assim como os canais, com uma seção transversal completa. A divisão do material fundido em várias frentes de fluxo deve ser evitada na região do ponto de injeção. No caso do processamento de materiais abrasivos, tem se provado vantajoso utilizar pontas de bico intercambiáveis. Além disto, poderão ser alcançados resultados razoáveis com o uso de pequenos torpedos. Geralmente, é desaconselhada a utilização de bicos valvulados para o processamento de poliacetal. Se o uso de outros tipos de compostos torna necessária a utilização de Bico recomendado Fonte: DuPont bicos valvulados, devem ser usadas combinações com sistemas de agulha que garantam as menores perdas de pressão possíveis. No mercado podem ser encontrados muitos sistemas de câmara quente que observam as recomendações aqui expostas e oferecem excelentes resultados. correto incorreto (desbalanceado) polímero resistências bloco 290 - 310 °C circuitos separados espaço livre correto pequenas áreas de contato molde 80 °C Bico máx. 310 °C aquecido internamente (inadequado) entrada mín. 260 °C Isolação Térmica DuPont Fonte: correto Entradas indiretas Fonte: DuPont Circuitos separados Fonte: DuPont Seção do fluxo dentro do bloco Fonte: DuPont Projeto de canais quentes Fonte: DuPont Lay out dos bicos Fonte: DuPont
  • 11. Capítulo 9 Empenamento Assimetria e empenamento Fonte: DuPont contração (%) 1,2 ação da FV à orient rsalmente não reforçado transve 0,8 0,6 0,4 lelam para ente Como evitar o empenamento ? Peças injetadas com materiais não reforçados devem ter espessuras uniformes. Acúmulos de material devem ser evitados sempre que possível. Entradas múltiplas podem ser usadas para conseguir minimizar a perda de pressão e, desta forma, reduzir as diferenças de contração ao mínimo. O sistema de aquecimento do molde deve ser projetado de modo que o calor seja dissipado com a V da F à or 0,2 reforçado c/ FV maior uniformidade possível (ver capítulo 6 ). Com materiais reforçados com fibras de vidro, a simetria da peça moldada é tão importante quanto a uniformidade das espessuras. Peças assimétricas alteram o fluxo e a orientação do material, causando empenamento. No caso de peças assimétricas, portanto, é necessário balancear o fluxo mediante a incorporação de uniformizadores de fluxo (ver diagrama). A posição do ponto de injeção também é de grande importância – todas bifurcações e todas linhas de união são potenciais causadoras de empenamento. e o molde foram corretamente projetados, o transformador pode controlar o empenamento, até um certo ponto, através da pressão de recalque e da temperatura do molde. O uso de vários circuitos de aquecimento para otimizar a dissipação de calor é uma prática normal. No caso de materiais reforçados, mudanças na velocidade de injeção e/ou na temperatura do molde podem promover pequenas melhoras. Entretanto, se a possibilidade de empenamento não foi prevista na fase de projeto do molde e da peça, este não pode ser corrigido por modificações nas condições de moldagem. Que possibilidades estão abertas para o transformador? Assumindo que a peça, o ponto de injeção O que pode ser feito quando o empenamento ocorreu? O passo mais importante, especialmente no 1,2 tendência de empenamento sem restrições ao fluxo 0,46 % o 60 1,0 ção ienta fluxo, assim como da rigidez inerente da peça injetada. Estas diferentes causas de empenamento, independentemente do material ser reforçado com fibra de vidro ou não, frequentemente provocam um efeito de empenamento contrário na mesma peça. empenamento reduzido com restrições ao fluxo 2,2 0,32 % o 40 contração transversal (%) 1,4 Quais são as principais causas do empenamento ? A contração é relativamente alta em materiais semi-cristalinos e é influenciada por um grande número de fatores. No caso de materiais não reforçados, o empenamento é grandemente influenciado pela espessura de parede da peça e pela temperatura da cavidade. Grandes diferenças em espessuras de parede e temperaturas do molde inadequadas provocarão o empenamento da peça. Características totalmente diferentes de contração irão se tornar evidentes no caso de materiais reforçados com fibra de vidro, devido a orientação das fibras. O efeito das diferenças de espessura sobre a contração é relativamente pequeno. Neste caso, a principal causa do empenamento é a diferença entre a orientação longitudinal e transversal da fibra. Essencialmente, o empenamento ocorre devido à distribuição da espessura de parede, localização do ponto de injeção, restrições ao contração (%) te n dê n ci a de em pe na m en to Posição da entrada e orientação Fonte: DuPont 0,6 6% correta 0 32 % 0, 1 2 3 4 espessura da peça (mm) Contração do PBT c/ 30%DuPont FV Fonte: caso de materiais reforçados com fibras de vidro, é conduzir um estudo de preenchimento do molde, (preenchendo o molde parcialmente, em vários estágios). Pelo estudo do perfil da frente de fluxo, a orientação das fibras pode ser reconstruída. Referindo-se às curvas de contração de materiais reforçados, pode-se tomar medidas para reduzir o empenamento, como por exemplo, pela incorporação de diretores de fluxo ou restrições ao fluxo. Este método requer muita habilidade e experiência prática e, ao mesmo tempo, permite aos envolvidos aprimorarem seus conhecimentos, que podem auxiliar na tomada de decisões futuras. Entretanto, os resultados ficam limitados em função das características dos materiais. No caso dos polímeros cristalinos, por exemplo, não é possível obter a mesma planicidade que com os polímeros amorfos. Para compensar esta diferença, pode-se usar as formulações de baixo empenamento. Estes materiais apresentam um bom balanço entre as propriedades e o empenamento, devido a modificações químicas ou a combinação de diferentes reforços. O último método, e também o mais caro, consiste em alterar o molde. Se já há experiência com peças similares, insertos corrigíveis são a melhor solução para peças críticas. Materiais semi-cristalinos como POM (poliacetal), PA (poliamida), PBT e PET (poliésteres) tendem a empenar muito mais que os materiais amorfos. Este ponto tem que ser levado em consideração já no início do projeto de novos moldes e de novos produtos. Se isto não é feito, fica quase impossível corrigir o problema num estágio mais avançado. Este artigo trata sobre as causas do empenamento e passos que podem ser tomados para prevenir e evitar este problema. 0,4 incorreta 0 0 0,25 contração longitudinal (%) Empenamento próx. às nervuras Fonte: DuPont Perfil da frente de fluxo e empe enamento para PBT c/ 30% FV Fonte: DuPont 2,2 2,0 2,0 1,8 1,8 1,6 1,6 1,4 1,4 1,2 40 1,2 60 80 100 temperatura do molde (°C) 120 1 2 3 4 espessura da peça (mm) Contração do PBT não reforçado Fonte: DuPont
  • 12. Capítulo 10 Acúmulo de resíduos sobre o molde Resíduos que aparecem repentinamente Normalmente, resíduos que aparecem repentinamente, são provocados por alterações nas condições de moldagem e mudanças de lote de matérias-primas. Os comentários a seguir podem ajudar a evitar este problema. Antes de mais nada, a temperatura do fundido deve ser medida e a aparência do fundido checada, na tentativa de encontrar sinais de decomposição, isto é, presença de material queimado. Também deve-se checar se o composto de moldagem está contaminado por substâncias estranhas e se nenhum composto de purga incompatível foi usado. Além disso, é muito importante que as saídas de gases sejam checadas. O próximo passo deve ser operar a máquina com resina natural ou de cor clara. Após aproximadamente 20min de produção, deve-se desligar a máquina e desmontar o cilindro de injeção (bico, adaptador e rosca). A inspeção do material na tentativa de encontrar partículas queimadas e comparação da cor atual com a cor original indicarão, rapidamente, a fonte de problemas. Esta técnica tem, em muitas situações, revelado fraquezas surpreendentes, mas é realmente aplicável apenas às máquinas pequenas (com rosca de até 40 mm de diâmetro). A eliminação destes problemas contribuirá para melhorias de qualidade também quando forem processados outros materiais termoplásticos.Um procedimento similar pode ser adotado para câmaras quentes. Recomendações para evitar o acúmulo de resíduos Quando resinas sensíveis térmicamente são injetadas em moldes de câmara quente, deve-se lembrar que o tempo de residência passa a ser mais longo, de modo que o risco de acúmulo de resíduos de produtos degradados aumenta. Materiais sensíveis ao cisalhamento devem, sempre, ser processados usando canais e entradas generosamente dimensionados. Entradas múltiplas, que reduzem os caminhos percorridos pelo material e também permitem a utilização de menores pressões de injeção, geralmente dão bons resultados. Em termos gerais, a exaustão eficiente dos gases da cavidade reduz a tendência de acúmulo de resíduos sobre o molde. Portanto, saídas de gases adequadas devem ser previstas na fase de projeto do molde. Saídas de gases auto-limpantes, ou que permitam a fácil remoção de resíduos, são preferíveis. Melhorias no sistema de exaustão dos gases tem sempre promovido a redução de acúmulo de resíduos sobre o molde. Em alguns casos, é possível aplicar uma cobertura anti-aderente sobre a superfície da cavidade, que contribui para a redução do acúmulo de resíduos. Testes devem ser conduzidos para avaliar a eficiência de tais coberturas. Possível Eliminação Possíveis Causas Temperatura do fundido muito alta, tempo de residência muito alto Decomposição térmica Cuidado com os moldes Se o acúmulo de resíduos não pode ser evitado por nenhuma das medidas descritas anteriormente, terão que ser dados cuidado e atenção especial aos moldes. Foi constatado na prática que os resíduos na superfície do molde podem ser removidos mais facilmente na fase inicial do seu aparecimento. Cavidades e saídas de gases devem, portanto, ser limpas em intervalos específicos de tempo, como por exemplo, ao fim de cada turno. Uma vez que o resíduo forma uma camada grossa, fica extremamente difícil removê-lo. Devido ao fato de que os resíduos variam muito em sua composição química, deve-se tentar encontrar, experimentalmente, o solvente mais adequado para retirá-los. Além dos solventes clássicos, têm se observado que produtos não convencionais podem resolver o problema, como sprays para limpeza de forno ou limonadas contendo cafeína. Outro truque consiste em usar borrachas para limpeza, como as usadas em linhas de trem. • Meça a temperatura do fundido e reduza-a para o nível recomendado • Observe se há sinais de decomposição na massa: ex.: formação de bolhas ou gás • Adeque a temperatura do cilindro ao tempo de residência • Assegure-se de que a câmara quente possui boa isolação térmica; cheque o controlador de temperatura; reduza a temperatura Pontos mortos no bico, próximo ao anel de bloqueio, desgaste no cilindro, pontos mortos na câmara quente • Confirme a presença de pontos mortos através da mudança de cores. Longos ciclos de limpeza significam uma purga deficiente. • Examine componentes duvidosos (bico, adaptador, rosca, câmara quente) e repare ou substitua-os. Polímero ou aditivos com estabilidade térmica insuficiente • Reduza o tempo de residência por meio da utilização de um cilindro de injeção menor. Opere com retardo de dosagem. Assegure-se que a almofada seja a menor possível. Mantenha mínima a descompressão para prevenir oxidação pelo contato com o ar. • Use produtos standard (sem reforços ou pigmentos, etc.) experimentalmente • Pré-seque a resina para eliminar componentes voláteis Paredes muito delgadas ou fluxo muito longo, resultando em alto cisalhamento • Aumente as espessuras das paredes ou use auxiliadores de fluxo • Aumente o número de entradas para reduzir as distâncias de fluxo • altere o sistema de alimentação das cavidades; possivelmente use câmara quente • Aumente a temperatura da massa, observando os limites de tempo de residência/temperatura Alto cisalhamento devido ao tamanho reduzido da entrada • Aumente a seção transversal da entrada • Redesenhe a entrada • Aumente o número de entradas Alto cisalhamento devido à alta velocidade de injeção • Reduza ou perfile a velocidade de injeção • Aumente a temperatura da massa, observando os limites de tempo de residência/temperatura Exaustão dos gases ineficiente • Faça novas saídas de gases ou melhore as existentes • Use saídas de gases auto-limpantes para assegurar a remoção consistente do ar Temperatura da cavidade muito alta • Meça a temperatura do molde após a fase de start-up e reduza-a para o nível desejado • Ajuste a temperatura dos machos através do controlador de temperatura Possíveis causas e soluções para acúmulo de resíduos sobre o molde Fonte: DuPont Na linha de fechamento molde Nos pinos extratores Saídas de gases Material t* POM PA PET PBT TEEE t t Tipos de resíduos Cada grupo de aditivos produz um tipo específico de resíduo. Retardantes de chama podem se decompor quando expostos à altas temperaturas, formando subprodutos que podem se acumular sobre o molde. Modificadores de impacto são afetados não apenas por temperatura excessiva mas também por cisalhamento excessivo. Estes modificadores podem, sob condições desfavoráveis, separar-se do polímero, deixando resíduos na superfície da cavidade. Alguns pigmentos utilizados nos polímeros de engenharia, usualmente processados à altas temperaturas, podem reduzir a estabilidade térmica do composto de moldagem, resultando em resíduos que consistem de polímero degradado e pigmento decomposto. Em partes do molde em que há superaquecimento (como em machos), modificadores, estabilizantes e outros aditivos podem, também, aderir à parede do molde, deixando resíduos. Nestes casos, deve-se buscar melhorar o controle da temperatura do molde ou usar estabilizantes especiais. A tabela ao lado lista as possíveis causas de acúmulo de resíduos sobre o molde e maneiras de eliminá-las. Cisalhamento excessivo O acúmulo de resíduos sobre o molde pode ocorrer com praticamente todos os termoplásticos. Com o aumento da demanda por produtos cada vez mais elaborados, também aumenta a quantidade de aditivos que têm que ser incorporados, como por exemplo, modificadores, retardantes de chama, etc. Estes aditivos podem, com certa frequência, se acumular sobre a cavidade do molde. Há muitas razões associadas ao acúmulo de resíduos sobre o molde. As mais comuns são: • Decomposição térmica; • Cisalhamento excessivo; • Saídas de gases ineficientes; Na prática, estes resíduos se acumulam devido a uma combinação de mais de um dos fatores mencionados acima, o que torna complexa a localização e a solução do problema. Além disto, há ainda mais um agravante – normalmente, os resíduos, se tornam visíveis somente depois de um longo tempo de trabalho. 0,03 mm 0,02 mm 0,02 mm 0,02 mm 0,03 mm Profundidades recomendadas Fonte: DuPont