As politicas públicas para reduzir a morbimortalidade e acidentes de transito baseiam-se em paradigmas tradicionais (engenharia, fiscalização e educação) hoje, insuficientes para solucionar os problemas da complexidade urbana, por isso não têm sido eficazes. Apresenta-se como alternativa o pensamento complexo e a visão sistêmica que são ferramentas mais adequadas e próximas da realidade.
Políticas públicas e violência no trânsito: desafios para Pernambuco
1. Autores: Paul Nobre; Mª Luiza Lima
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2. Inquietudes
Magnitude da violência no trânsito
Alternativas – conhecer, explicar, prevenir?
3. Áreas críticas – PE, motociclistas
crí
Serra Talhada;
Ouricuri; Sta Cruz da Baixa Verde;
Trindade; Triunfo; Brejo;
Ipubi. Calumbi; Tacaimbó;
Betânia. S. Caetano.
Petrolina; Saloá;
Saloá;
Afrânio; Bom Conselho.
Lagoa Grande.
4. Problematizar as políticas públicas em
polí pú
relaç
relação aos AT com foco nos motociclistas,
Percebemos o fenômeno circunscrito a uma
mú (polí
realidade de múltiplas dimensões (política,
econômica, cultural, social.....
Entender relações não são de causa-efeito,
relaç causa-
porque sincrônicas, fundamental proceder
aná
uma análise mais completa.
5. Política Pública
Polí
PROCESSO DINÂMICO
Interação:
Recursos materiais + Conhecimento + Pessoas.
Grupos sociais.
Mudar situação real – melhor desejada.
Ambiente político e socio-econômico e cultural.
6. Política Nacional de Trânsito,
Política Trânsito,
Código de Trânsito Brasileiro (CTB),
Código
Política Nacional para Redução da Morbimortalidade
Política Redução
por Acidentes e Violências (PNRMAV).
7. aná
Modelo para análise
Produto da análise
contexto conteúdo
A compreensão e
explicação das
causas de tantos
fatos violentos de
processo atores trânsito.
Fonte: Walt e Gilson, 1995 apud Araújo Jr. 2000
8. Atores - “Agentes de qualquer política.”
política.
Formuladores;
Formuladores;
Implementadores;
Implementadores;
Apoiadores – opositores;
opositores;
Valores ideológicos e visões políticas;
ideoló políticas;
Determinam o curso do processo político.
político.
posição de cada um na relação com a política;
posiç relaç política;
mobilização segundo suas posições;
mobilização posições;
poder entre eles;
eles;
alianças e coalizões.
alianças coalizões.
9. Dados estatísticos insipientes;
Paradigmas superados;
Inserção de municípios;
Usuários historicamente vulneráveis;
Insuficiência fiscalização;
Impunidade;
Inspeção técnica;
Identificação automática;
Denatran;
Aplicação inadequada da legislação e técnicas de trânsito
“cadeias de mando bastante burocráticas e fragmentadas”;
Falta de tradição de trabalho intersetorial;
Pouca visibilidade do problemas de acidentes de trânsito;
Mudanças frequentes de coordenação;
Interferências políticas nos projetos.
(Minayo e Deslandes, 2007)
10. PARADIGMAS: TEORIAS: MODELOS:
1) Acaso Sequenciais
Perí té
I) Período técnico
Transferência de energia
veículos
Fases
(eng mec biomedicina)
II) Erro humano 2) Desvantagem enviesada Taxonomicos
(erro do condutor+ambiente)
(exposição ao risco)
3 Es
3) Propensão ao acidente
(personalidade, comportamento de risco)
4) Ajuste ao estresse Funcionais
(liberdade-metas-ação) Motivacionais/Cognitivos
Motivaç
5) Motivação inconsciente Sociais
(atos involuntários, análise? fim 60s)
(psicossociais psi+sócio culturais)
6) Limiar de risco
determinantes excitantes/inibidores mudar o comportamento
7) Ação razoada
(intenção, crença controladora/superego)
Homeostá
8) Homeostática do risco
(equilíbrio consigo e o meio)
Ameaça/evita
evitaç
9) Ameaça/evitação
(comportamento-aprendizagem,erros-violações)
10) Multicausalidade Tríade epidemiológica
Trí epidemioló
III) Sócio-técnica
cio-
homem-máquina Cená prototí
Cenários prototípicos
hierá
Funcionais hierárquicos
Automaç
Automação
IV) Cultura da 11) Sistemas
seguranç
segurança STAMP (Systems-Theoretic
Systems-
Accident Model and Processes)
?
Fonte: Macías, 2009 (Adaptação)
11. Resumo da ópera
Sequenciais Comportamentais Estresse acumulativo
Epidemiológicos Tomada de decisão Manipulação materiais
Transferência energia Processamento informação Quedas
Sistêmicos Classificação erros
Modelos gerais Erro humano Mecanismos de lesões
Lehto e Salvendy, 1991 apud Macías, 2009
12. Leis, regulamentos, normas
Leis, regulamentos, normas
Uma visão Macro da gênese do AT
(trânsito, trabalho, mercado,etc
(trânsito, trabalho, mercado,etc
mercado,etc
mercado,etc LEIS E
LEIS E
POLÍ TICAS
POLÍÍTICAS
POLÍ
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ência
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risco
VIZINHANÇ A
VIZINHANÇA
VIZINHANÇ
VIZINHANÇ
processo emergente componentes MUNICIPIO
MUNICIPIO relações intranível
influenciam
> acidente indivíduo determinação
Fonte: Macías, 2009; adaptação condicionamento
13. Complexidade
Dinâmicos –– difícil prever seu comportamento –– mudança, transformação
difícil prever seu comportamento mudança, transformação
Não lineares – ausência da lógica: causa > efeito; estímulos fracos
amplificar efeitos
Atratores estranhos –– ““fricção” de atração de energia, pontos, bacias
fricção” de atração de energia, pontos, bacias
- trajetórias imprevisíveis
- trajetórias imprevisíveis
Fractalidade – o macro representado no micro, cada parte e representação
geométrica do todo
Hierarquia – a totalidade é formada por partes, tudo é parte de alguma coisa
maior, todas as coisas são parte e totalidade simultaneamente
Emergência – surgem novas propriedades radicalmente novas –
realimentação (imprevisível)
Borrosidade – falta de precisão nos limites 1. não pontual; 2. continuidade
entorno 3. sujeito ‹ › objeto
14. Jogo de interações e relações
indivíduo
indivíduo sociedade
sociedade
ética
ética
de
espécie
espécie rida
p li n a
i sci desordem
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tra
interação
ordem
organização
15. Conclusões - discussão
NÃO descartar responsabilidade.
Tríade: Indivíduo + Sociedade + Espécie = ÉTICA
Arqué
Arquétipos >
polí pú
formar opinião, políticas públicas,especialistas,
atravessam toda a sociedade – lógica tradicional,
Distante da realidade ? NÃO eficazes
Realidade é complexa !
Por onde começar ?
Pela educação dos educadores e pela reforma do
pensamento,
Revisão do CTB ?
16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Portaria GM/MS Nº 737 de 16/05/01 Publicada no Dou Nº 96 Seção 1e - de 18/05/01
BRASIL. Lei 9503 de 23 de setembro de 1997, Código de Trânsito Brasileiro, 1997.
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Brasil. Brasília; 2006.
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Federal da Bahia, Instituto de Saúde Coletiva. Salvador, 2009.
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MOTOBOYS - Vida loca. Diretor: Caio Ortiz. Produção: Paramount Pictures DVD (52 min) Brasil, 2003.
RAIA Jr., A.A. e SANTOS, L. Acidente Zero: Utopia ou realidade. Anais do 15º Congresso Brasileiro de Transporte e
Trânsito, Goiânia, 2005.
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