SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 55
Rede de Drenagem
Éderson Dias de Oliveira
RAMOS, Catarina. Programa de Hidrogeografia, Centro de Estudos Geográficos da
Universidade de Lisboa, Lisboa, 2005
Rede de Drenagem
* É obtida a partir de documentos como: imagem de satélite,
fotografia aérea ou mapa topográfico, variando de acordo
com a escala de análise no levantamento da rede hidrográfica.
* Densidade de drenagem (Dd): é uma boa indicação do grau
de desenvolvimento de um sistema de drenagem. Expressa a
relação entre o comprimento total dos cursos d’água de uma
bacia e a sua área total.
* Nessa Dd = Ct / A (km/km²), em que Ct é o comprimento
total dos cursos de água da bacia (em km) e A é a área da
bacia (em km²).
* A Dd varia de acordo com a precipitação, substrato geológico
e relevo. A Dd fornece uma indicação da eficiência da
drenagem natural das bacias, sendo estas tanto mais bem
drenadas quanto maior for a Dd.
* Bacias com drenagem pobre  Dd  0,5 km/km2
* Bacias com drenagem regular  0,5  Dd  1,5 km/km2
* Bacias com drenagem boa  1,5  Dd  2,5 km/km2
* Bacias com drenagem muito boa  2,5  Dd  3,5 km/km2
* Bacias excepcionalmente bem drenadas  Dd  3,5 km/km2
a. Esparsa. b. Média. c. Densa.
* Em igualdade dos
restantes fatores, as
bacias com maior
densidade de drenagem
tenderão a estar mais
sujeitas a cheias do que
as bacias com menor
densidade de drenagem.
 Densidade de rios (Dr):
a exemplo da Dd,
correlaciona o número de
canais (N), com a bacia
hidrográfica (A) - Dr =
N/A;
Padrões de Drenagem
 A drenagem de uma região depende não só da pluviosidade e
topografia, mas também da cobertura vegetal, do tipo de
solo e do substrato geológico (diferenças de declive,
natureza e disposição das camadas, diferentes graus de
resistência das rochas e a tectônica);
 Terrenos relativamente impermeáveis apresentam densa
rede de drenagem, enquanto que os mais permeáveis
possuem densidade menor.
 Os padrões de drenagem dizem respeito à situação espacial
dos rios, a qual é em grande parte controlada pela estrutura
geológica do terreno.
 Denomina-se padrão de drenagem ao arranjo, em planta, dos
rios e riachos dentro da BH (Allen, 1965).
Os principais padrões de drenagem são:
dendrítica treliça retangular
paralela radial anelar
Os tributários distribuem-se em todas as
direções, e se unem formando ângulos agudos.
Esse padrão é tipicamente desenvolvido sobre
rochas de resistência uniforme, ou em
estruturas sedimentares horizontais.
Dendrítica: também é designada como arborescente, a
corrente principal corresponde ao tronco, os tributários aos
ramos e as correntes de menor categoria as folhas.
Retangular: caracteriza-se pela presença de ângulos retos
tanto no curso principal como nos tributários.
Esse padrão é diretamente condicionado pelas diáclases e
falhas que se cruzam em ângulos retos.
Dessa forma há bruscas alterações de direção
quer dos cursos de água principais, quer dos
seus afluentes.
Treliça - caracteriza-se pela presença de tributários
principais alongados e retos e com certo paralelismo entre si e
ao curso principal, sendo que os tributários secundários
entram nos tributários principais com ângulo reto.
Sugere rochas de resistência desigual dispostas paralelamente
em dobras com estratos dobrados ou basculados e em planície
costeira dissecada;
Radial: caracteriza-se de drenagens que irradiam a partir de
uma área central e nem todos divergem necessariamente
entre si, podendo até haver união de rios quando, em função
de irregularidades do declive inicial, eles correm
obliquamente, um em direção ao outro.
Os cursos de água dispõem-se como os raios de uma roda,
divergindo do centro de uma área mais elevada para a
periferia - Sugere regiões com domos estruturais ou vulcões.
Extraído do livro Para Conhecer a Terra
Radial Centrípeto e Centrífugo: representa uma variação do
padrão radial e é característico de áreas com declives internos
de crateras e caldeiras e onde cristas topográficas bordejam,
circularmente, depressões, como no caso de domos brechados
e bacias estruturais.
A rede de drenagem converge da periferia para um ponto
central comum, localizado numa posição topográfica deprimida.
Anelar: Assemelha-se a anéis, são típicas das áreas dômicas
profundamente entalhadas, em estruturas com camadas duras
e frágeis.
A drenagem acomoda-se aos afloramentos das rochas menos
resistentes, originando cursos subsequentes.
Paralelo: caracteriza-se por uma série de cursos de água que
correm mais ou menos paralelos entre si em uma extensão
relativamente grande.
Sugere a existência de declives unidirecionais extensos e
pronunciados ou cristas lineares alongadas, constituídas por
estratos resistentes uniformemente inclinados.
Padrão de Canal
• A configuração de um rio, em planta dentro de uma visão ampla,
é denominada como padrão de um canal fluvial;
• Padrões de canais são os ajustes do canal à sua seção
transversal (forma do leito do canal). Estão relacionados a uma
série de fatores: descarga, carga de sedimentos, declive,
largura e profundidade, velocidade e rugosidade.
• A configuração de um canal é geralmente descrita como:
Retilínea - Meandrante - Entrelaçada - Anastomosada
Representação de um meandro abandonado
 Meandrante (rio Meandro,
Turquia) – Segundo Petts e
Foster (1985) o rio
meandrante clássico é
definido como aquele em
que há uma seqüência de
curvas sinuosas produzidas
pela acresção lateral de
barras de pontal.
 Os canais meandrantes são
típicos de ambientes de
baixa energia, podendo
formar planícies de
inundação e vários tipos de
depósitos associados.
 A sinuosidade do canal aumenta, em geral, de montante para
jusante, em consonância com a diminuição da declividade e
aumento da freqüência de sedimentos pelíticos na carga
sedimentar.
 Quando visto em seção transversal, o canal meandrante é,
assimétrico e esta característica é mais acentuada em
trechos mais curvos e menos evidente nos segmentos mais
retilíneos.
 Os canais meândricos são aqueles em que os rios descrevem
curvas sinuosas, largas, harmoniosas e semelhantes entre si;
 Esse se forma através de um trabalho contínuo de escavação
na margem côncava (ponto maior da velocidade da corrente)
e de deposição na margem convexa (ponto de menor
velocidade).
 Retilíneos – canal único, bem definido, com
margens estáveis - De acordo com Leopold e
Wolman (1957), os canais retilíneos naturais
são raros.
 Esses canais são relativamente estáveis,
com taxas de migração de canal limitadada
por uma combinação de baixa
disponibilidade de energia e margens
resistentes à erosão (CHARLTON, 2007).
 Este padrão geralmente ocorre em pequenas
distâncias num canal e seu padrão
deposicional se assemelha ao de canais
meandrantes, consistindo em acúmulo de
sedimentos em barras de canal e erosão em
margens com profundidades maiores,
possuindo sinuosidade insignificante
(SANTOS, G., 2008).
• Canais retos são aqueles em que o rio percorre um trajeto
retilíneo, sem se desviar significativamente de sua trajetória
normal em direção à foz.
• Os canais verdadeiramente retos são raros na natureza,
existindo principalmente quando o rio está controlado por
linhas tectônicas, como no caso de cursos de água
acompanhando linhas de falha.
• Sua presença exige também a existência
de um embasamento rochoso homogêneo,
pois são contrário o rio fatalmente se
desviará em sua trajetória.
 Anastomosado – Hugget (2007) afirma que os canais
anastomosados são canais de baixo gradiente, potência de
canal muito baixa e bancos estáveis formados a partir de
sedimentos coesivos ou areia estabilizada pela vegetação
ripária.
 Afirma ainda que em alguns casos, o ambiente de baixa
energia é causado por subsidência tectônica ou um aumento
no nível de base local ou regional.
• São formados em
condições especiais,
altamente
relacionadas com a
carga sedimentar
do leito.
• Quando o rio transporta material grosseiro em grandes
quantidades e não tem potencia suficiente para conduzi-lo até
o seu nível de base final, deposita-o no próprio leito.
• O obstáculo natural que se forma, pela rugosidade e
saliências, faz com que o rio se ramifique em múltiplos canais,
pequenos/rasos, e desordenados devido às constantes
migrações entre ilhotas.
• Os trechos anastomosados sempre se localizam ao longo do
curso fluvial, pois no ponto de início como no ponto terminal
deverá haver um único canal.
 Entrelaçado – são canais essencialmente deposicionais que
ocorrem quando o fluxo é dividido em uma série de canais
pela presença de ilhas ou barras de sedimentos acumulados
(HUGGET, 2007).
 Segundo o autor, apesar do fluxo da água estar dividido por
causa dos obstáculos (ilhas e barras), o canal entrelaçado é
considerado um canal único.
 São canais que possuem grandes
variações na descarga e na
capacidade de transporte.
 Quando a descarga é reduzida, reduz a capacidade de
transporte de sedimentos, proporcionando a formação de
barras e o surgimento de novos canais.
 O canal ramificado surge quando existe um braço de rio que
volta ao leito principal, formando uma ilha. Essa junção pode
se verificar até a dezenas de quilômetros a jusante.
 São excepcionalmente bem
desenvolvidos em planícies de
lavagem, leques aluviais e
deltaicos.
 São caracterizados por
sucessivas divisões e reuniões
de canais, que controlam
barras arenosas de
sedimentos aluviais.
• As barras
formadoras dos
múltiplos canais
podem ficar
expostas durante
as estiagens e
submersas nas
enchentes.
• São típicos de rios com excesso de carga de fundo em relação
à descarga líquida.
• As seções transversais dos seus vales evidenciam canais rasos
e grosseiramente simétricos, enquanto o perfil longitudinal,
ao longo do talvegue, salienta cavidades relativamente
profundas e saliências irregulares.
Uma mesma
BH, assim
como um rio
pode apre-
sentar dife-
rentes
padrões de
drenagem em
diferentes
canais
fluviais, que
variam tanto
espacialmen-
te como tem-
poralmente.
Características do relevo da BH
 O relevo de uma BH tem grande influência sobre os fatores
meteorológicos e hidrológicos, pois a velocidade do
escoamento superficial é determinada pela declividade do
terreno, enquanto que a temperatura, a precipitação e a
evaporação são funções da altitude da BH.
 A altitude incrementa a precipitação e a diminuição da
temperatura, levando à maior entrada de água na bacia e,
eventualmente, à sua retenção sob a forma de neve ou gelo;
 O grau de declividade interfere na velocidade do escoamento
e na infiltração (quanto maior ele for maior será a velocidade
e menor a infiltração).
 Altas declividades podem ser perigosas durante as chuvas
potencializando o aumento da velocidade de progressão das
cheias.
 O relevo de BH pode ser melhor trabalhado a partir da
análise hipsométrica com os seguintes índices:
 Amplitude Altimétrica: esse índice influencia na energia
potencial da água; Aa = Hmáx - Hmín, em que: Aa é a
amplitude altimétrica (m), Hmáx é a altitude máxima e
Hmín é a altitude mínima da bacia.
Amplitude Altimétrica
Aa = Hmáx – Hmín
Aa = 809 – 598
Aa = 211 m
 Relação de relevo - Rr - (m/m): determina a inclinação da BH,
que influencia na velocidade do escoamento (quanto maior, mais
rápida é a chegada das águas à desembocadura da bacia).
 Rr = Aa/C, em que: Aa é a amplitude altimétrica (m) e C é o
comprimento máximo da BH (km), medido paralelamente ao
curso de água principal.
 Ex. Comprimento axial da BH é de 4,72 km – Amplitude
altimétrica é de 211 metros
 Relação de relevo = Aa/C; Rr = 211/4,72; Rr = 44,7 m/km ou
0,044 m/m
 Análise do perfil longitudinal do curso de água: pelo fato da
velocidade de escoamento de um rio depender da declividade
dos canais, conhecer a sua declividade constitui um importante
parâmetro no estudo de escoamento. Nesse podem ser
analisados rupturas de declive, trechos de maior erosão e / ou
assoreamento potencial
Representação do perfil longitudinal e transversal de um
rio
Perfil Longitudinal
•Os rios apresentam equilíbrio dinâmico entre - erosão do
canal e - deposição no canal;
•Os mesmos demarcam o desenho do vale fluvial, com base
numa combinação de fatores:
- topografia
- clima
- fluxo (descarga e velocidade)
- rocha subjacente (resistência ao intemperismo e erosão)
•Perfil – seção longitunal e côncava do rio (comum a todos rios)
•Nível de base – nível (altitude) em que o rio desaparece,
penetrando em corpo d’água (lago ou oceano)
•Rios não podem cortar abaixo do nível de base
•Perfil longitudinal é controlado pelo nível de base regional
Perfil Longitudinal
 Leque aluvial, cone aluvial ou cone de dejeção é um depósito
de material detrítico, mal selecionado e pouco trabalhado,
que se forma no sopé das montanhas onde os talvegues dos
vales encontram uma área plana, quase sempre coincidente
com uma planície aluvionar ou uma área lacustre.
 Estes depósitos recebem esse nome devido à forma que
assumem, com os sedimentos se espraiando a partir da
desembocadura do talvegue.
 Refletem o fato de que as correntes aluviais perdem energia
ao desembocar numa área plana, permitindo que sedimentos
de diversas granulometrias se depositem simultaneamente.
Diferença de escalas - Ex; BH do rio do Paraná 880.000 km² x BH do rio Pirapó 5 mil km²
1) o sistema coletor consiste de um arranjo de vários
afluentes, em uma região de cabeceira (regiões mais altas),
coletando e afunilando água e sedimentos para o rio
principal.
2) No sistema coletor, por conta da alta inclinação do terreno,
predomina a erosão, embora haja também transporte e, em
menor proporção, deposição de sedimentos.
3) Nessas regiões, a deposição de cascalhos predomina,
havendo também deposição, em menor quantidade, de grãos
de areia.
4) Devido a alta
declividade do
terreno, são
originadas muitas
corredeiras e
cachoeiras.
(2) o sistema transportador é constituído pelo rio principal e
alguns afluentes. O rio principal funciona como um canal
através do qual água e sedimento se move. Como o nome
sugere, no sistema transportador predomina o transporte em
relação à deposição e à erosão. A inclinação do terreno é
menor que no sistema coletor. Quando a vazão diminui, a
velocidade da água também diminui, havendo a deposição de
areia e pequenos cascalhos no leito do rio, originando as
barras. Sedimentos mais finos, se depositam nas áreas de
inundação.
(3) o sistema dispersador é constituído de um ou mais canais
na desembocadura do rio. O mesmo pode ser constituído de
canais de estuário ou deltaicos. Os sedimentos e a água
trazidos pelo rio são dispersos nos oceanos, em um lago, ou em
uma bacia seca. Nesse sistema a deposição é predominante,
havendo pouco transporte e quase nenhuma erosão.
Substrato Geológico
 O comportamento hidrológico das BHs é influenciado pela
litologia, fácies e estrutura geológica, o que interfere na
permeabilidade;
 A permeabilidade é a capacidade que as formações
geológicas têm de se deixar atravessar pela água e depende
da dimensão dos espaços vazios nelas existentes.
 O grau de compactação, coesão, textura e número de
descontinuidades das formações geológicas, interferem na
permeabilidade;
 O substrato geológico é constituído por formações
geológicas consolidadas (rochas) e não consolidadas
(cascalho, areia, silte, argila), que influenciam no escoamento;
 Um substrato geológico de elevada permeabilidade, ao
facilitar a infiltração da água, diminui o escoamento
superficial direto e permite o aumento das reservas de água
subterrâneas da BH.
Solos
 Os solos cobrem o substrato geológico, constituindo a
película superficial das bacias.
 São compostos por materias minerais, provenientes da
alteração (química) e erosão (mecânica) das rochas, e por
matérias orgânicas, provenientes da decomposição biológica
de plantas e animais (dependem, por isso, das
características da sua rocha-mãe e do ambiente climático
em que se formaram).
 Os solos ganham importância, no escoamento das BHs,
através da espessura e textura.
 Quanto mais espessos forem maior será a sua capacidade de
absorção da água, chegando a funcionar como reservas de
água importantes e com influência decisiva no escoamento,
nas regiões de clima quente e húmido ou com uma estação
húmida muito extensa.
Vegetação
* A vegetação influencia grandemente na dinâmica hidrológica
das BHs, através do tipo de revestimento (arbóreo,
arbustivo ou herbáceo), do grau de cobertura e do tipo de
utilização pelo homem (florestal, agrícola, incultos).
* As florestas revelam-se de capital importância uma vez que
minimizam o impacto da chuva no solo (splash), reduzindo
desse modo a erosão do mesmo;
* Há também a diminuição na velocidade do escoamento
superficial, favorecendo a infiltração e contribuindo, assim,
para o aumento das reservas hídricas subterrâneas e para a
redução das pontas de cheia.
Os rios e seus regimes: o escoamento fluvial
• O escoamento fluvial resulta da somatório da água que é
imediatamente escoada a seguir à precipitação (ou que
resulta da fusão da H2O sólida) e da que é cedida pelas
reservas subterrâneas.
• Temos com isso os escoamentos direto e o de base.
• O escoamento direto (trata-
se da fração da precipitação
que, depois de satisfeitos os
processos de evaporação,
infiltração e retenção
superficial, chega ao rio)
constitui a componente mais
importante do escoamento
fluvial durante os períodos
chuvosos.
• O escoamento de base resulta da parcela da precipitação
sujeita a processos de infiltração profunda e representa a
contribuição das reservas hídricas subterrâneas da bacia
para o escoamento fluvial.
• A sua importância é diminuta durante os períodos chuvosos,
mas chega a representar a totalidade do escoamento fluvial
quando as outras componentes se esgotam.
Unidades de medição
 O escoamento fluvial pode ser medido através das estações
hidrométricas: seção de um curso de água onde se efetua um
registo periódico de níveis, e onde se definiu uma curva de
vazão para conversão dos respectivos valores em caudais.
 Noção de curva de vazão (relação entre a altura e o caudal
de um curso de água numa estação hidrométrica).
 Métodos de estabelecimento das curvas de vazão:
 Método “estrutural” (que utiliza estruturas hidráulicas como
descarregadores ou comportas, cuja vazão pode ser
estabelecida teoricamente ou por modelo reduzido);
 Método “seção-velocidade” (determinação da vazão através
da medição da velocidade média do fluxo da água num
determinado número de pontos da seção transversal, com a
mesma profundidade e somando os produtos das velocidades
médias pelas áreas elementares resultantes).
Molinete Hidrométrico
Régua Linimétrica
Ultrassônico
Calha de Parshall
Vazão
• A vazão (Q) define-se como o volume de água que passa numa
seção do curso de água por unidade de tempo, sendo expresso
em m³/s ou l/s.
• Dela depende a capacidade erosiva e de transporte de
sedimentos dos cursos de água, o abastecimento de água para as
diversas atividades humanas, a capacidade de diluição dos
produtos contaminantes a que estão sujeitos.
• A vazão permite hierarquizar os cursos de água, quanto à
quantidade de água que, em média, transportam.
• Noção de perímetro molhado (comprimento da linha de contato
entre um curso de água em movimento e o seu canal na seção
transversal;
 Cálculo do caudal: Q = V x A, em que Q é o caudal (em m³/s),
V é a velocidade média na seção considerada (em m/s) e A é a
superfície da seção transversal do curso de água (em m²). As
linhas de igual velocidade numa seção transversal fluvial
chama-se isotáquias .
 As unidades de medição, sua definição, conversões e aplicações
práticas pode ser:
 caudal médio (volume de água que passa numa seção de um
curso de água por unidade de tempo, mede-se, normalmente,
em m³/s).
 caudal específico (caudal por
unidade de superfície, mede-
se em l/s.km²).
 Um curso de água é um fluxo
canalizado, mais ou menos
caudaloso, que se pode manter
ou não ao longo de todo o ano.
 A designação de rio costuma reservar-se para o curso de
água principal de uma BH, no qual converge a água
transportada pela sua rede de afluentes e subafluentes.
 Entretanto, há vários outros termos utilizados para cursos
d'água, vários deles característicos de determinadas
regiões do Brasil ou de Portugal, como:
 Rio, ribeiro, ribeirão, sanga, água, córrego, regato, arroio,
canal, igarapé, paraná, riacho, grota, lajeado, corgo e etc.
 A classificação da UNESCO (1978) definiu os cursos de
água baseada no seu caudal médio anual: grandes rios (>1000
m³/s), rios (150 a 1000 m³/s), ribeiras (5 a 150 m³/s) e
pequenas correntes de água (<5 m³/s).
 Só por curiosidade, o Amazonas transporta 23% da água
drenada por todos os rios do Planeta.
 Das grandes BHs continentais três se destacam pela sua
enorme produtividade (+ de 30 l/s.km²), uma vez que se
situam em regiões muito chuvosas: as do Amazonas e Orenoco,
na região equatorial da América do Sul, e a do Bramaputra, na
região dos Himalaias.
 No extremo oposto (- de 2 l/s.km²) estão as bacias cujos rios
atravessam extensas regiões secas ou mesmo desérticas (Nilo
e Shatt-el-Arab).
 A vazão do Amazonas é cerca de 60 vezes maior do que a do
rio Nilo.
 A maioria das grandes cidades do mundo surgiram no entorno
de um rio, a mais notória exceção é a cidade do Rio de
Janeiro, que apesar de ter “Rio” no nome não é cortada por
nenhum grande rio.
Os 15 maiores rios em vazão (Q > 1000 m³/s),
com BHs de área > 500.000 km³

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Hidrologia aula introdutória
Hidrologia   aula introdutóriaHidrologia   aula introdutória
Hidrologia aula introdutóriamarciotecsoma
 
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservaçãoSolos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservaçãoRodrigo Pavesi
 
11 cartografia geologica
11 cartografia geologica11 cartografia geologica
11 cartografia geologicarailano
 
Conceitos fundamentais da geomorfologia
Conceitos fundamentais da geomorfologiaConceitos fundamentais da geomorfologia
Conceitos fundamentais da geomorfologiaGirlene Virginia
 
Cartografia geral
Cartografia geralCartografia geral
Cartografia geralRomualdo SF
 
Geomorfologia litorânea
Geomorfologia litorâneaGeomorfologia litorânea
Geomorfologia litorâneaHenrique Soares
 
Ambiente fluvial i parte
Ambiente fluvial i parteAmbiente fluvial i parte
Ambiente fluvial i parteklebert nazario
 
Abordagem da bacia hidrográfica pela Geografia
Abordagem da bacia hidrográfica pela GeografiaAbordagem da bacia hidrográfica pela Geografia
Abordagem da bacia hidrográfica pela GeografiaPatrícia Éderson Dias
 
Dinâmica das bacias hidrográficas
Dinâmica das bacias hidrográficasDinâmica das bacias hidrográficas
Dinâmica das bacias hidrográficasEmília Cabral
 
Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais
Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais
Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais Hidrologia UFC
 
Vegetação Brasileira
Vegetação BrasileiraVegetação Brasileira
Vegetação BrasileiraCleber Reis
 
Deriva continental e tectónica de placas
Deriva continental e tectónica de placasDeriva continental e tectónica de placas
Deriva continental e tectónica de placasCláudia Moura
 
Agua subterrânea aquíferos
Agua subterrânea   aquíferosAgua subterrânea   aquíferos
Agua subterrânea aquíferosmarciotecsoma
 

Mais procurados (20)

Mapeamento de geossistemas
Mapeamento de geossistemasMapeamento de geossistemas
Mapeamento de geossistemas
 
Hidrologia aula introdutória
Hidrologia   aula introdutóriaHidrologia   aula introdutória
Hidrologia aula introdutória
 
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservaçãoSolos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
 
Aula 01
Aula 01Aula 01
Aula 01
 
Exercicios e respostas
Exercicios e respostasExercicios e respostas
Exercicios e respostas
 
11 cartografia geologica
11 cartografia geologica11 cartografia geologica
11 cartografia geologica
 
Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvial
 
Conceitos fundamentais da geomorfologia
Conceitos fundamentais da geomorfologiaConceitos fundamentais da geomorfologia
Conceitos fundamentais da geomorfologia
 
Projeçoes cartograficas
Projeçoes cartograficasProjeçoes cartograficas
Projeçoes cartograficas
 
Cartografia geral
Cartografia geralCartografia geral
Cartografia geral
 
Geomorfologia litorânea
Geomorfologia litorâneaGeomorfologia litorânea
Geomorfologia litorânea
 
Ambiente fluvial i parte
Ambiente fluvial i parteAmbiente fluvial i parte
Ambiente fluvial i parte
 
Abordagem da bacia hidrográfica pela Geografia
Abordagem da bacia hidrográfica pela GeografiaAbordagem da bacia hidrográfica pela Geografia
Abordagem da bacia hidrográfica pela Geografia
 
Dinâmica das bacias hidrográficas
Dinâmica das bacias hidrográficasDinâmica das bacias hidrográficas
Dinâmica das bacias hidrográficas
 
Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais
Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais
Propagação de Cheias (Parte 1) - Rios e Canais
 
Vegetação Brasileira
Vegetação BrasileiraVegetação Brasileira
Vegetação Brasileira
 
Escalas
EscalasEscalas
Escalas
 
Bacias hidrográficas do Brasil
Bacias hidrográficas do BrasilBacias hidrográficas do Brasil
Bacias hidrográficas do Brasil
 
Deriva continental e tectónica de placas
Deriva continental e tectónica de placasDeriva continental e tectónica de placas
Deriva continental e tectónica de placas
 
Agua subterrânea aquíferos
Agua subterrânea   aquíferosAgua subterrânea   aquíferos
Agua subterrânea aquíferos
 

Semelhante a Rede Drenagem Bacias Hidrográficas

Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialjrcruzoficial
 
Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialAchansen
 
Velocidade das embarcações
Velocidade das embarcaçõesVelocidade das embarcações
Velocidade das embarcaçõesVera Gomes
 
Rios - material unesp
Rios - material unespRios - material unesp
Rios - material unespCamila Brito
 
SISTEMA FLUVIAL E SEUS CONCEITOS BÁSICOS
SISTEMA FLUVIAL E SEUS CONCEITOS BÁSICOSSISTEMA FLUVIAL E SEUS CONCEITOS BÁSICOS
SISTEMA FLUVIAL E SEUS CONCEITOS BÁSICOSIgorRostand
 
Introdução a Geometria hidráulica de canais fluviais
Introdução a Geometria hidráulica de canais fluviaisIntrodução a Geometria hidráulica de canais fluviais
Introdução a Geometria hidráulica de canais fluviaisPatrícia Éderson Dias
 
A NOSSA VIAGEM AO ENCONTRO DO CONHECIMENTO...
A NOSSA VIAGEM AO ENCONTRO DO CONHECIMENTO...A NOSSA VIAGEM AO ENCONTRO DO CONHECIMENTO...
A NOSSA VIAGEM AO ENCONTRO DO CONHECIMENTO...grupoc1
 
Disponibilidades hídricas
Disponibilidades hídricasDisponibilidades hídricas
Disponibilidades hídricasAnabelafernandes
 
Escoamento de superficie (caudais)
Escoamento de superficie (caudais)Escoamento de superficie (caudais)
Escoamento de superficie (caudais)Gilson Adao
 
Ocupação antrópica e problemas de ordenamento
Ocupação antrópica e problemas de ordenamentoOcupação antrópica e problemas de ordenamento
Ocupação antrópica e problemas de ordenamentoDaniela França
 
Dinâmica de Uma Bacia Hidrográfica
Dinâmica de Uma Bacia HidrográficaDinâmica de Uma Bacia Hidrográfica
Dinâmica de Uma Bacia HidrográficaRosária Zamith
 
Disponibilidades Hídricas
Disponibilidades HídricasDisponibilidades Hídricas
Disponibilidades Hídricasacbaptista
 
Caminho das Águas - .pdf
Caminho das Águas - .pdfCaminho das Águas - .pdf
Caminho das Águas - .pdfpotiragomes27
 
Baciashidrogrficas 110525150221-phpapp02
Baciashidrogrficas 110525150221-phpapp02Baciashidrogrficas 110525150221-phpapp02
Baciashidrogrficas 110525150221-phpapp02Tiago Lobao
 

Semelhante a Rede Drenagem Bacias Hidrográficas (20)

Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvial
 
Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvial
 
Bacias hidrogáficas
Bacias hidrogáficasBacias hidrogáficas
Bacias hidrogáficas
 
Velocidade das embarcações
Velocidade das embarcaçõesVelocidade das embarcações
Velocidade das embarcações
 
Rios - material unesp
Rios - material unespRios - material unesp
Rios - material unesp
 
SISTEMA FLUVIAL E SEUS CONCEITOS BÁSICOS
SISTEMA FLUVIAL E SEUS CONCEITOS BÁSICOSSISTEMA FLUVIAL E SEUS CONCEITOS BÁSICOS
SISTEMA FLUVIAL E SEUS CONCEITOS BÁSICOS
 
Introdução a Geometria hidráulica de canais fluviais
Introdução a Geometria hidráulica de canais fluviaisIntrodução a Geometria hidráulica de canais fluviais
Introdução a Geometria hidráulica de canais fluviais
 
A NOSSA VIAGEM AO ENCONTRO DO CONHECIMENTO...
A NOSSA VIAGEM AO ENCONTRO DO CONHECIMENTO...A NOSSA VIAGEM AO ENCONTRO DO CONHECIMENTO...
A NOSSA VIAGEM AO ENCONTRO DO CONHECIMENTO...
 
Disponibilidades hídricas
Disponibilidades hídricasDisponibilidades hídricas
Disponibilidades hídricas
 
Escoamento de superficie (caudais)
Escoamento de superficie (caudais)Escoamento de superficie (caudais)
Escoamento de superficie (caudais)
 
Estuário dominado por maré
Estuário dominado por maréEstuário dominado por maré
Estuário dominado por maré
 
Ocupação antrópica e problemas de ordenamento
Ocupação antrópica e problemas de ordenamentoOcupação antrópica e problemas de ordenamento
Ocupação antrópica e problemas de ordenamento
 
Dinâmica de Uma Bacia Hidrográfica
Dinâmica de Uma Bacia HidrográficaDinâmica de Uma Bacia Hidrográfica
Dinâmica de Uma Bacia Hidrográfica
 
A rede hidrográfica
A rede hidrográficaA rede hidrográfica
A rede hidrográfica
 
Os rios
Os riosOs rios
Os rios
 
REDE E BACIAS
REDE E BACIASREDE E BACIAS
REDE E BACIAS
 
Hidrosfera: as Águas Continentais
Hidrosfera: as Águas ContinentaisHidrosfera: as Águas Continentais
Hidrosfera: as Águas Continentais
 
Disponibilidades Hídricas
Disponibilidades HídricasDisponibilidades Hídricas
Disponibilidades Hídricas
 
Caminho das Águas - .pdf
Caminho das Águas - .pdfCaminho das Águas - .pdf
Caminho das Águas - .pdf
 
Baciashidrogrficas 110525150221-phpapp02
Baciashidrogrficas 110525150221-phpapp02Baciashidrogrficas 110525150221-phpapp02
Baciashidrogrficas 110525150221-phpapp02
 

Mais de Patrícia Éderson Dias

Processos Migratórios e a Crise dos Refugiados
Processos Migratórios e a Crise dos RefugiadosProcessos Migratórios e a Crise dos Refugiados
Processos Migratórios e a Crise dos RefugiadosPatrícia Éderson Dias
 
Psicologia e educação interlocuções e possibilidades
Psicologia e educação  interlocuções e possibilidadesPsicologia e educação  interlocuções e possibilidades
Psicologia e educação interlocuções e possibilidadesPatrícia Éderson Dias
 
Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação Patrícia Éderson Dias
 
Livro Fundamentos da Educação Infantil
Livro Fundamentos da Educação InfantilLivro Fundamentos da Educação Infantil
Livro Fundamentos da Educação InfantilPatrícia Éderson Dias
 
Tendencias e perspectivas do ensino de história
Tendencias e perspectivas do ensino de históriaTendencias e perspectivas do ensino de história
Tendencias e perspectivas do ensino de históriaPatrícia Éderson Dias
 

Mais de Patrícia Éderson Dias (20)

Processos Migratórios e a Crise dos Refugiados
Processos Migratórios e a Crise dos RefugiadosProcessos Migratórios e a Crise dos Refugiados
Processos Migratórios e a Crise dos Refugiados
 
Geografia economica i
Geografia economica iGeografia economica i
Geografia economica i
 
Conhecimento geografico i
Conhecimento geografico iConhecimento geografico i
Conhecimento geografico i
 
Climatologia ii
Climatologia iiClimatologia ii
Climatologia ii
 
Climatologia i
Climatologia iClimatologia i
Climatologia i
 
Cartografia ii
Cartografia iiCartografia ii
Cartografia ii
 
Cartografia i
Cartografia iCartografia i
Cartografia i
 
Psicologia e educação interlocuções e possibilidades
Psicologia e educação  interlocuções e possibilidadesPsicologia e educação  interlocuções e possibilidades
Psicologia e educação interlocuções e possibilidades
 
Política educacional
Política educacional Política educacional
Política educacional
 
Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação
 
Literatura infantil
Literatura infantilLiteratura infantil
Literatura infantil
 
Linguagem e alfabetização
Linguagem e alfabetizaçãoLinguagem e alfabetização
Linguagem e alfabetização
 
Leitura e produção de texto
Leitura e produção de texto Leitura e produção de texto
Leitura e produção de texto
 
Historia da Educação Brasileira
Historia da Educação BrasileiraHistoria da Educação Brasileira
Historia da Educação Brasileira
 
Livro Fundamentos da Educação Infantil
Livro Fundamentos da Educação InfantilLivro Fundamentos da Educação Infantil
Livro Fundamentos da Educação Infantil
 
Fosolofia na Educação
Fosolofia na EducaçãoFosolofia na Educação
Fosolofia na Educação
 
Livro de Didatica
Livro de DidaticaLivro de Didatica
Livro de Didatica
 
Divisão dos períodos da História
Divisão dos períodos da HistóriaDivisão dos períodos da História
Divisão dos períodos da História
 
Tendencias e perspectivas do ensino de história
Tendencias e perspectivas do ensino de históriaTendencias e perspectivas do ensino de história
Tendencias e perspectivas do ensino de história
 
Introdução ao estudo da história
Introdução ao estudo da históriaIntrodução ao estudo da história
Introdução ao estudo da história
 

Último

Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 

Último (20)

Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 

Rede Drenagem Bacias Hidrográficas

  • 1. Rede de Drenagem Éderson Dias de Oliveira RAMOS, Catarina. Programa de Hidrogeografia, Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, Lisboa, 2005
  • 2. Rede de Drenagem * É obtida a partir de documentos como: imagem de satélite, fotografia aérea ou mapa topográfico, variando de acordo com a escala de análise no levantamento da rede hidrográfica. * Densidade de drenagem (Dd): é uma boa indicação do grau de desenvolvimento de um sistema de drenagem. Expressa a relação entre o comprimento total dos cursos d’água de uma bacia e a sua área total. * Nessa Dd = Ct / A (km/km²), em que Ct é o comprimento total dos cursos de água da bacia (em km) e A é a área da bacia (em km²). * A Dd varia de acordo com a precipitação, substrato geológico e relevo. A Dd fornece uma indicação da eficiência da drenagem natural das bacias, sendo estas tanto mais bem drenadas quanto maior for a Dd.
  • 3. * Bacias com drenagem pobre  Dd  0,5 km/km2 * Bacias com drenagem regular  0,5  Dd  1,5 km/km2 * Bacias com drenagem boa  1,5  Dd  2,5 km/km2 * Bacias com drenagem muito boa  2,5  Dd  3,5 km/km2 * Bacias excepcionalmente bem drenadas  Dd  3,5 km/km2 a. Esparsa. b. Média. c. Densa.
  • 4. * Em igualdade dos restantes fatores, as bacias com maior densidade de drenagem tenderão a estar mais sujeitas a cheias do que as bacias com menor densidade de drenagem.  Densidade de rios (Dr): a exemplo da Dd, correlaciona o número de canais (N), com a bacia hidrográfica (A) - Dr = N/A;
  • 5. Padrões de Drenagem  A drenagem de uma região depende não só da pluviosidade e topografia, mas também da cobertura vegetal, do tipo de solo e do substrato geológico (diferenças de declive, natureza e disposição das camadas, diferentes graus de resistência das rochas e a tectônica);  Terrenos relativamente impermeáveis apresentam densa rede de drenagem, enquanto que os mais permeáveis possuem densidade menor.  Os padrões de drenagem dizem respeito à situação espacial dos rios, a qual é em grande parte controlada pela estrutura geológica do terreno.  Denomina-se padrão de drenagem ao arranjo, em planta, dos rios e riachos dentro da BH (Allen, 1965).
  • 6. Os principais padrões de drenagem são: dendrítica treliça retangular paralela radial anelar
  • 7. Os tributários distribuem-se em todas as direções, e se unem formando ângulos agudos. Esse padrão é tipicamente desenvolvido sobre rochas de resistência uniforme, ou em estruturas sedimentares horizontais. Dendrítica: também é designada como arborescente, a corrente principal corresponde ao tronco, os tributários aos ramos e as correntes de menor categoria as folhas.
  • 8. Retangular: caracteriza-se pela presença de ângulos retos tanto no curso principal como nos tributários. Esse padrão é diretamente condicionado pelas diáclases e falhas que se cruzam em ângulos retos. Dessa forma há bruscas alterações de direção quer dos cursos de água principais, quer dos seus afluentes.
  • 9. Treliça - caracteriza-se pela presença de tributários principais alongados e retos e com certo paralelismo entre si e ao curso principal, sendo que os tributários secundários entram nos tributários principais com ângulo reto. Sugere rochas de resistência desigual dispostas paralelamente em dobras com estratos dobrados ou basculados e em planície costeira dissecada;
  • 10. Radial: caracteriza-se de drenagens que irradiam a partir de uma área central e nem todos divergem necessariamente entre si, podendo até haver união de rios quando, em função de irregularidades do declive inicial, eles correm obliquamente, um em direção ao outro. Os cursos de água dispõem-se como os raios de uma roda, divergindo do centro de uma área mais elevada para a periferia - Sugere regiões com domos estruturais ou vulcões. Extraído do livro Para Conhecer a Terra
  • 11. Radial Centrípeto e Centrífugo: representa uma variação do padrão radial e é característico de áreas com declives internos de crateras e caldeiras e onde cristas topográficas bordejam, circularmente, depressões, como no caso de domos brechados e bacias estruturais. A rede de drenagem converge da periferia para um ponto central comum, localizado numa posição topográfica deprimida.
  • 12. Anelar: Assemelha-se a anéis, são típicas das áreas dômicas profundamente entalhadas, em estruturas com camadas duras e frágeis. A drenagem acomoda-se aos afloramentos das rochas menos resistentes, originando cursos subsequentes.
  • 13. Paralelo: caracteriza-se por uma série de cursos de água que correm mais ou menos paralelos entre si em uma extensão relativamente grande. Sugere a existência de declives unidirecionais extensos e pronunciados ou cristas lineares alongadas, constituídas por estratos resistentes uniformemente inclinados.
  • 14.
  • 15.
  • 16. Padrão de Canal • A configuração de um rio, em planta dentro de uma visão ampla, é denominada como padrão de um canal fluvial; • Padrões de canais são os ajustes do canal à sua seção transversal (forma do leito do canal). Estão relacionados a uma série de fatores: descarga, carga de sedimentos, declive, largura e profundidade, velocidade e rugosidade. • A configuração de um canal é geralmente descrita como: Retilínea - Meandrante - Entrelaçada - Anastomosada
  • 17.
  • 18. Representação de um meandro abandonado
  • 19.  Meandrante (rio Meandro, Turquia) – Segundo Petts e Foster (1985) o rio meandrante clássico é definido como aquele em que há uma seqüência de curvas sinuosas produzidas pela acresção lateral de barras de pontal.  Os canais meandrantes são típicos de ambientes de baixa energia, podendo formar planícies de inundação e vários tipos de depósitos associados.
  • 20.  A sinuosidade do canal aumenta, em geral, de montante para jusante, em consonância com a diminuição da declividade e aumento da freqüência de sedimentos pelíticos na carga sedimentar.  Quando visto em seção transversal, o canal meandrante é, assimétrico e esta característica é mais acentuada em trechos mais curvos e menos evidente nos segmentos mais retilíneos.  Os canais meândricos são aqueles em que os rios descrevem curvas sinuosas, largas, harmoniosas e semelhantes entre si;  Esse se forma através de um trabalho contínuo de escavação na margem côncava (ponto maior da velocidade da corrente) e de deposição na margem convexa (ponto de menor velocidade).
  • 21.  Retilíneos – canal único, bem definido, com margens estáveis - De acordo com Leopold e Wolman (1957), os canais retilíneos naturais são raros.  Esses canais são relativamente estáveis, com taxas de migração de canal limitadada por uma combinação de baixa disponibilidade de energia e margens resistentes à erosão (CHARLTON, 2007).  Este padrão geralmente ocorre em pequenas distâncias num canal e seu padrão deposicional se assemelha ao de canais meandrantes, consistindo em acúmulo de sedimentos em barras de canal e erosão em margens com profundidades maiores, possuindo sinuosidade insignificante (SANTOS, G., 2008).
  • 22. • Canais retos são aqueles em que o rio percorre um trajeto retilíneo, sem se desviar significativamente de sua trajetória normal em direção à foz. • Os canais verdadeiramente retos são raros na natureza, existindo principalmente quando o rio está controlado por linhas tectônicas, como no caso de cursos de água acompanhando linhas de falha. • Sua presença exige também a existência de um embasamento rochoso homogêneo, pois são contrário o rio fatalmente se desviará em sua trajetória.
  • 23.  Anastomosado – Hugget (2007) afirma que os canais anastomosados são canais de baixo gradiente, potência de canal muito baixa e bancos estáveis formados a partir de sedimentos coesivos ou areia estabilizada pela vegetação ripária.  Afirma ainda que em alguns casos, o ambiente de baixa energia é causado por subsidência tectônica ou um aumento no nível de base local ou regional.
  • 24. • São formados em condições especiais, altamente relacionadas com a carga sedimentar do leito. • Quando o rio transporta material grosseiro em grandes quantidades e não tem potencia suficiente para conduzi-lo até o seu nível de base final, deposita-o no próprio leito. • O obstáculo natural que se forma, pela rugosidade e saliências, faz com que o rio se ramifique em múltiplos canais, pequenos/rasos, e desordenados devido às constantes migrações entre ilhotas. • Os trechos anastomosados sempre se localizam ao longo do curso fluvial, pois no ponto de início como no ponto terminal deverá haver um único canal.
  • 25.  Entrelaçado – são canais essencialmente deposicionais que ocorrem quando o fluxo é dividido em uma série de canais pela presença de ilhas ou barras de sedimentos acumulados (HUGGET, 2007).  Segundo o autor, apesar do fluxo da água estar dividido por causa dos obstáculos (ilhas e barras), o canal entrelaçado é considerado um canal único.  São canais que possuem grandes variações na descarga e na capacidade de transporte.
  • 26.  Quando a descarga é reduzida, reduz a capacidade de transporte de sedimentos, proporcionando a formação de barras e o surgimento de novos canais.  O canal ramificado surge quando existe um braço de rio que volta ao leito principal, formando uma ilha. Essa junção pode se verificar até a dezenas de quilômetros a jusante.  São excepcionalmente bem desenvolvidos em planícies de lavagem, leques aluviais e deltaicos.  São caracterizados por sucessivas divisões e reuniões de canais, que controlam barras arenosas de sedimentos aluviais.
  • 27. • As barras formadoras dos múltiplos canais podem ficar expostas durante as estiagens e submersas nas enchentes. • São típicos de rios com excesso de carga de fundo em relação à descarga líquida. • As seções transversais dos seus vales evidenciam canais rasos e grosseiramente simétricos, enquanto o perfil longitudinal, ao longo do talvegue, salienta cavidades relativamente profundas e saliências irregulares.
  • 28. Uma mesma BH, assim como um rio pode apre- sentar dife- rentes padrões de drenagem em diferentes canais fluviais, que variam tanto espacialmen- te como tem- poralmente.
  • 29. Características do relevo da BH  O relevo de uma BH tem grande influência sobre os fatores meteorológicos e hidrológicos, pois a velocidade do escoamento superficial é determinada pela declividade do terreno, enquanto que a temperatura, a precipitação e a evaporação são funções da altitude da BH.  A altitude incrementa a precipitação e a diminuição da temperatura, levando à maior entrada de água na bacia e, eventualmente, à sua retenção sob a forma de neve ou gelo;  O grau de declividade interfere na velocidade do escoamento e na infiltração (quanto maior ele for maior será a velocidade e menor a infiltração).  Altas declividades podem ser perigosas durante as chuvas potencializando o aumento da velocidade de progressão das cheias.
  • 30.  O relevo de BH pode ser melhor trabalhado a partir da análise hipsométrica com os seguintes índices:  Amplitude Altimétrica: esse índice influencia na energia potencial da água; Aa = Hmáx - Hmín, em que: Aa é a amplitude altimétrica (m), Hmáx é a altitude máxima e Hmín é a altitude mínima da bacia.
  • 31. Amplitude Altimétrica Aa = Hmáx – Hmín Aa = 809 – 598 Aa = 211 m
  • 32.  Relação de relevo - Rr - (m/m): determina a inclinação da BH, que influencia na velocidade do escoamento (quanto maior, mais rápida é a chegada das águas à desembocadura da bacia).  Rr = Aa/C, em que: Aa é a amplitude altimétrica (m) e C é o comprimento máximo da BH (km), medido paralelamente ao curso de água principal.  Ex. Comprimento axial da BH é de 4,72 km – Amplitude altimétrica é de 211 metros  Relação de relevo = Aa/C; Rr = 211/4,72; Rr = 44,7 m/km ou 0,044 m/m  Análise do perfil longitudinal do curso de água: pelo fato da velocidade de escoamento de um rio depender da declividade dos canais, conhecer a sua declividade constitui um importante parâmetro no estudo de escoamento. Nesse podem ser analisados rupturas de declive, trechos de maior erosão e / ou assoreamento potencial
  • 33. Representação do perfil longitudinal e transversal de um rio
  • 34. Perfil Longitudinal •Os rios apresentam equilíbrio dinâmico entre - erosão do canal e - deposição no canal; •Os mesmos demarcam o desenho do vale fluvial, com base numa combinação de fatores: - topografia - clima - fluxo (descarga e velocidade) - rocha subjacente (resistência ao intemperismo e erosão) •Perfil – seção longitunal e côncava do rio (comum a todos rios) •Nível de base – nível (altitude) em que o rio desaparece, penetrando em corpo d’água (lago ou oceano) •Rios não podem cortar abaixo do nível de base •Perfil longitudinal é controlado pelo nível de base regional
  • 36.  Leque aluvial, cone aluvial ou cone de dejeção é um depósito de material detrítico, mal selecionado e pouco trabalhado, que se forma no sopé das montanhas onde os talvegues dos vales encontram uma área plana, quase sempre coincidente com uma planície aluvionar ou uma área lacustre.  Estes depósitos recebem esse nome devido à forma que assumem, com os sedimentos se espraiando a partir da desembocadura do talvegue.  Refletem o fato de que as correntes aluviais perdem energia ao desembocar numa área plana, permitindo que sedimentos de diversas granulometrias se depositem simultaneamente.
  • 37. Diferença de escalas - Ex; BH do rio do Paraná 880.000 km² x BH do rio Pirapó 5 mil km²
  • 38. 1) o sistema coletor consiste de um arranjo de vários afluentes, em uma região de cabeceira (regiões mais altas), coletando e afunilando água e sedimentos para o rio principal. 2) No sistema coletor, por conta da alta inclinação do terreno, predomina a erosão, embora haja também transporte e, em menor proporção, deposição de sedimentos. 3) Nessas regiões, a deposição de cascalhos predomina, havendo também deposição, em menor quantidade, de grãos de areia. 4) Devido a alta declividade do terreno, são originadas muitas corredeiras e cachoeiras.
  • 39. (2) o sistema transportador é constituído pelo rio principal e alguns afluentes. O rio principal funciona como um canal através do qual água e sedimento se move. Como o nome sugere, no sistema transportador predomina o transporte em relação à deposição e à erosão. A inclinação do terreno é menor que no sistema coletor. Quando a vazão diminui, a velocidade da água também diminui, havendo a deposição de areia e pequenos cascalhos no leito do rio, originando as barras. Sedimentos mais finos, se depositam nas áreas de inundação. (3) o sistema dispersador é constituído de um ou mais canais na desembocadura do rio. O mesmo pode ser constituído de canais de estuário ou deltaicos. Os sedimentos e a água trazidos pelo rio são dispersos nos oceanos, em um lago, ou em uma bacia seca. Nesse sistema a deposição é predominante, havendo pouco transporte e quase nenhuma erosão.
  • 40.
  • 41. Substrato Geológico  O comportamento hidrológico das BHs é influenciado pela litologia, fácies e estrutura geológica, o que interfere na permeabilidade;  A permeabilidade é a capacidade que as formações geológicas têm de se deixar atravessar pela água e depende da dimensão dos espaços vazios nelas existentes.  O grau de compactação, coesão, textura e número de descontinuidades das formações geológicas, interferem na permeabilidade;  O substrato geológico é constituído por formações geológicas consolidadas (rochas) e não consolidadas (cascalho, areia, silte, argila), que influenciam no escoamento;  Um substrato geológico de elevada permeabilidade, ao facilitar a infiltração da água, diminui o escoamento superficial direto e permite o aumento das reservas de água subterrâneas da BH.
  • 42. Solos  Os solos cobrem o substrato geológico, constituindo a película superficial das bacias.  São compostos por materias minerais, provenientes da alteração (química) e erosão (mecânica) das rochas, e por matérias orgânicas, provenientes da decomposição biológica de plantas e animais (dependem, por isso, das características da sua rocha-mãe e do ambiente climático em que se formaram).  Os solos ganham importância, no escoamento das BHs, através da espessura e textura.  Quanto mais espessos forem maior será a sua capacidade de absorção da água, chegando a funcionar como reservas de água importantes e com influência decisiva no escoamento, nas regiões de clima quente e húmido ou com uma estação húmida muito extensa.
  • 43. Vegetação * A vegetação influencia grandemente na dinâmica hidrológica das BHs, através do tipo de revestimento (arbóreo, arbustivo ou herbáceo), do grau de cobertura e do tipo de utilização pelo homem (florestal, agrícola, incultos). * As florestas revelam-se de capital importância uma vez que minimizam o impacto da chuva no solo (splash), reduzindo desse modo a erosão do mesmo; * Há também a diminuição na velocidade do escoamento superficial, favorecendo a infiltração e contribuindo, assim, para o aumento das reservas hídricas subterrâneas e para a redução das pontas de cheia.
  • 44. Os rios e seus regimes: o escoamento fluvial • O escoamento fluvial resulta da somatório da água que é imediatamente escoada a seguir à precipitação (ou que resulta da fusão da H2O sólida) e da que é cedida pelas reservas subterrâneas. • Temos com isso os escoamentos direto e o de base. • O escoamento direto (trata- se da fração da precipitação que, depois de satisfeitos os processos de evaporação, infiltração e retenção superficial, chega ao rio) constitui a componente mais importante do escoamento fluvial durante os períodos chuvosos.
  • 45. • O escoamento de base resulta da parcela da precipitação sujeita a processos de infiltração profunda e representa a contribuição das reservas hídricas subterrâneas da bacia para o escoamento fluvial. • A sua importância é diminuta durante os períodos chuvosos, mas chega a representar a totalidade do escoamento fluvial quando as outras componentes se esgotam.
  • 46. Unidades de medição  O escoamento fluvial pode ser medido através das estações hidrométricas: seção de um curso de água onde se efetua um registo periódico de níveis, e onde se definiu uma curva de vazão para conversão dos respectivos valores em caudais.  Noção de curva de vazão (relação entre a altura e o caudal de um curso de água numa estação hidrométrica).  Métodos de estabelecimento das curvas de vazão:  Método “estrutural” (que utiliza estruturas hidráulicas como descarregadores ou comportas, cuja vazão pode ser estabelecida teoricamente ou por modelo reduzido);  Método “seção-velocidade” (determinação da vazão através da medição da velocidade média do fluxo da água num determinado número de pontos da seção transversal, com a mesma profundidade e somando os produtos das velocidades médias pelas áreas elementares resultantes).
  • 47.
  • 51. Vazão • A vazão (Q) define-se como o volume de água que passa numa seção do curso de água por unidade de tempo, sendo expresso em m³/s ou l/s. • Dela depende a capacidade erosiva e de transporte de sedimentos dos cursos de água, o abastecimento de água para as diversas atividades humanas, a capacidade de diluição dos produtos contaminantes a que estão sujeitos. • A vazão permite hierarquizar os cursos de água, quanto à quantidade de água que, em média, transportam. • Noção de perímetro molhado (comprimento da linha de contato entre um curso de água em movimento e o seu canal na seção transversal;
  • 52.  Cálculo do caudal: Q = V x A, em que Q é o caudal (em m³/s), V é a velocidade média na seção considerada (em m/s) e A é a superfície da seção transversal do curso de água (em m²). As linhas de igual velocidade numa seção transversal fluvial chama-se isotáquias .  As unidades de medição, sua definição, conversões e aplicações práticas pode ser:  caudal médio (volume de água que passa numa seção de um curso de água por unidade de tempo, mede-se, normalmente, em m³/s).  caudal específico (caudal por unidade de superfície, mede- se em l/s.km²).  Um curso de água é um fluxo canalizado, mais ou menos caudaloso, que se pode manter ou não ao longo de todo o ano.
  • 53.  A designação de rio costuma reservar-se para o curso de água principal de uma BH, no qual converge a água transportada pela sua rede de afluentes e subafluentes.  Entretanto, há vários outros termos utilizados para cursos d'água, vários deles característicos de determinadas regiões do Brasil ou de Portugal, como:  Rio, ribeiro, ribeirão, sanga, água, córrego, regato, arroio, canal, igarapé, paraná, riacho, grota, lajeado, corgo e etc.  A classificação da UNESCO (1978) definiu os cursos de água baseada no seu caudal médio anual: grandes rios (>1000 m³/s), rios (150 a 1000 m³/s), ribeiras (5 a 150 m³/s) e pequenas correntes de água (<5 m³/s).  Só por curiosidade, o Amazonas transporta 23% da água drenada por todos os rios do Planeta.
  • 54.  Das grandes BHs continentais três se destacam pela sua enorme produtividade (+ de 30 l/s.km²), uma vez que se situam em regiões muito chuvosas: as do Amazonas e Orenoco, na região equatorial da América do Sul, e a do Bramaputra, na região dos Himalaias.  No extremo oposto (- de 2 l/s.km²) estão as bacias cujos rios atravessam extensas regiões secas ou mesmo desérticas (Nilo e Shatt-el-Arab).  A vazão do Amazonas é cerca de 60 vezes maior do que a do rio Nilo.  A maioria das grandes cidades do mundo surgiram no entorno de um rio, a mais notória exceção é a cidade do Rio de Janeiro, que apesar de ter “Rio” no nome não é cortada por nenhum grande rio.
  • 55. Os 15 maiores rios em vazão (Q > 1000 m³/s), com BHs de área > 500.000 km³