Este documento descreve os principais tipos de ciclos de vida dos seres vivos, incluindo ciclos de vida haplonte, haplodiplonte e diplonte. Apresenta exemplos destes ciclos através da espirogira, polipódio e humanos. Discutem-se também as alternâncias entre fases haploides e diploides e os processos de meiose e fecundação. Finalmente, aborda-se a interferência humana nos ciclos de vida através da poluição, destruição de habitats e alterações clim
2. Ciclo de vida:
Sequência de acontecimentos
que se verificam na vida de um
ser vivo, desde que este se
forma até que produz
descendência.
Apresenta dois fenómenos
complementares, a
fecundação e a meiose.
Difere de acordo com o
momento de ocorrência da
meiose
3. Ciclos de vida – conceitos básicos
• alternância das fases nucleares - num ciclo de vida existe
uma fase haploide que alterna com uma fase diploide.
•Fase haploide ou haplofase – constituída por células com
núcleo haploide, ou seja, com n cromossomas. Esta fase resulta
do processo da meiose.
•Fase diploide ou diplofase – constituída por células com
núcleo diploide, ou seja, com 2n cromossomas. Esta fase resulta
do processo de fecundação.
Nota: revejam os processos de mitose, meiose e fecundação
5. O ciclo de vida haplodiplonte (B), inclui estruturas pluricelulares diplontes - esporófito - e
haplontes de vida haplonte (A), a fase haplóide é agerações. A haplofase estando a fase
No ciclo - gametófito -, verificando-se alternância de mais desenvolvida, e a diplofase
No ciclo de vida diplonte (C), a A meiosea é é dominante, ocorre gâmetas àa únicas
alternam, reduzidabem zigoto. fase diplóide pós-zigótica esendo os a seguir as formação do
diplóide estando ao desenvolvidas, e reprodução assexuada alterna com reprodução
células haplóides. A meiose é pré-gamética, ocorrendo durante a produção resultam células
sexuada. A meiosenão se produzindo gâmetas. Daa meiose pós-zigótica dos gâmetas. Da
zigoto diplóide, é pré-espórica e ocorre aquando produção dos esporos haplóides pelo
fecundação resulta Os esporos por que se sucessivas, dando origem pluricelular por
esporófito diplóide.o zigoto diplóide,mitosesdivide e origina um organismoa um organismo
haplóides, que se dividem, sofrem mitoses sucessivas, originando o gametófito que,
diplonte. O ciclo de vida que produz gâmetas. A maioria os gâmetas animais. protistas e
pluricelular haplonte, do tipo diplonte é característico da dos fungos, alguns
mitoses sucessivas, produz gâmetas. Durante a fecundação, maioria dos fundem-se,
algumas algas, como a espirogira, têm um ciclo de vida haplonte.
originando um zigoto diplóide que forma um novo esporófito. Algumas espécies de algas e
plantas apresentam um ciclo de vida haplodiplonte.
6. Tipos de ciclos de vida de
acordo com o momento de
ocorrência da meiose:
Meiose pós zigótica – ocorre após a
formação do zigoto. O organismo (ou
ciclo de vida) é haplonte (ex:
espirogira)
Meiose pré espórica – ocorre na
formação de esporos. O organismo
(ou ciclo de vida) é haplodiplonte (a
maioria das algas e plantas)
Meiose pré gamética – ocorre na
formação dos gâmetas. O organismo
(ou ciclo de vida) é diplonte. (ex.
animais e algumas algas)
7. Ciclo de vida haplonte
Estudo de um caso – a espirogira
8. reprodução sexuada da espirogira
Tubo de conjugação
Gâmeta dador
zigósporo
Gâmeta recetor
10. Ciclo de vida da espirogira:
• Os gâmetas são morfologicamente
semelhantes mas diferenciados
(anisogamia funcional)
• O conteúdo de um filamento (o
gâmeta dador) em direção ao conteúdo
celular de outro filamento (gâmeta
recetor)
• Existe alternância das fases nucleares
– entidades de núcleo haploide
alternam com entidades de núcleo
diplóide
• Organismo haplonte – só o zigoto
pertence à fase diploide
11. Ciclo de vida haplodiplonte
Estudo de um caso - o polipódio
16. Ciclo de vida do polipódio
• A meiose é pré – espórica – acontece antes
da formação dos esporos
• A fecundação é dependente da água
• Existe alternância das fases nucleares –
entidades com núcleo haploide alternam com
entidades de núcleo diploide
• A fase diploide é mais desenvolvida e a ela
pertence a planta adulta
• O organismo é considerado haplodiplonte
17. Ciclo
Haplodiplonte
Neste caso o polipódio
O polipódio é um feto muito comum no nosso país, sobretudo em locais húmidos. Reproduz-se por reprodução assexuada,
por multiplicação vegetativa, através dos rizomas, e também por reprodução sexuada, como se representa na figura. Na
época da reprodução surgem, na página inferior das folhas, formações amareladas, que são grupos de estruturas
pluricelulares, os esporângios, que, quando jovens, contêm células-mães de esporos. Estas dividem-se por meiose,
originando esporos que são libertados quando maduros. Cada esporo origina um protalo quando germina. No protalo
formam-se gametângios masculinos produtores de anterozóides (gâmetas masculinos) e gametângios femininos produtores
de gâmetas femininos. O zigoto resultante da fecundação começa a desenvolver-se sobre o protalo, originando uma planta
adulta.
No diagrama II, as estruturas A, B, C e D são, respetivamente, esporângio, protalo, gametângio masculino e gametângio
feminino. O polipódio é um ser haplodiplonte, e a fase diplóide é mais desenvolvida do que a fase haplóide. A planta
adulta está incluída na fase diplóide.
19. Ciclo de vida diplonte
Estudo de um caso - o humano
• Os gâmetas são morfologicamente
diferenciados e produzidos em ovários e
testículos
• A meiose é pré gamética – leva à formação
dos gâmetas
• Existe alternância das fases nucleares –
entidades com núcleo haploide alternam com
entidades com núcleo diploide
• O organismo é considerado diplonte – apenas
os gâmetas correspondem à fase haploide
22. Ciclo Diplonte
Mamíferos em geral
Neste caso o gato
É a fecundação que dá início à diplofase. Forma-se o zigoto que sofre mitoses
sucessivas originando um ser vivo adulto. As células da linhagem sexual do ser adulto
sofrem meiose (meiose pré-gamética) e originam espermatozoides e óvulos. Os
gâmetas são as únicas células haplóides. A diplofase ocupa quase a totalidade da
duração do ciclo, sendo o mamífero um ser diplonte.
23.
24. Intervenção humana no ciclo de vida dos seres vivos
A atuação humana nos ecossistemas tem vindo a pôr em risco a preservação de algumas
espécies, especialmente aquelas mais sensíveis a mudanças drásticas. Algumas interferências
diretas nos ciclos de vida dos seres vivos são:
- atividades industriais ou agropecuárias, cujas substâncias químicas põem em risco o
desenvolvimento dos ovos de muitas espécies, impedindo até a formação de gâmetas;
- destruição de habitats, e portanto, de locais de reprodução de muitos organismos;
- caça e pesca;
- alterações climáticas a nível global como o aumento do efeito de estufa.
Tudo isto contribui para alterações nos
ritmos de crescimento populacional das
espécies, pondo em causa a sua
sobrevivência.