O documento descreve o Terceiro Setor no Brasil, constituído por organizações sem fins lucrativos que geram bens e serviços públicos para promover o desenvolvimento social. Exemplos são ONGs, associações e fundações. O Terceiro Setor vem crescendo no país, com mais de 250 mil ONGs movimentando R$12 bilhões por ano.
O Terceiro Setor cresce no Brasil com mais de 250 mil ONGs
1. O Terceiro Setor hoje no Brasil O Terceiro Setor é constituído por organizações privadas sem fins lucrativos que geram bens, serviços públicos e privados. Todas elas têm como objetivo o desenvolvimento político, econômico, social e cultural no meio em que atuam. Exemplos de organizações do Terceiro Setor são as organizações não governamentais (ONGs), as associações e fundações. - O Estado é o Primeiro Setor - O Mercado é o Segundo Setor - Entidades da Sociedade Civil formam o Terceiro Setor Crescimento O Terceiro Setor não para de crescer no Brasil. São mais de 250 mil ONGs no país, que movimentam R$ 12 bilhões/ano1, oriundos da prestação de serviços, do comércio de produtos e da arrecadação de doações. O valor corresponde a 1,2% do PIB brasileiro e demonstra enorme potencial de crescimento, pois o setor já movimenta 6% do PIB em países da Europa e nos EUA. Outro dado confirma a expansão: em 1995, entre as pessoas físicas, no Brasil, havia 15 milhões de doadores2, número que em 1998 já havia triplicado, chegando a 44,2 milhões de pessoas, ou 50% da população adulta brasileira
2. Crescimento O Terceiro Setor não para de crescer no Brasil. São mais de 250 mil ONGs no país, que movimentam R$ 12 bilhões/ano1, oriundos da prestação de serviços, do comércio de produtos e da arrecadação de doações. O valor corresponde a 1,2% do PIB brasileiro e demonstra enorme potencial de crescimento, pois o setor já movimenta 6% do PIB em países da Europa e nos EUA. Outro dado confirma a expansão: em 1995, entre as pessoas físicas, no Brasil, havia 15 milhões de doadores2, número que em 1998 já havia triplicado, chegando a 44,2 milhões de pessoas, ou 50% da população adulta brasileira
3. 3 (Três) Tipos de Estruturas Alternativas– para a empresa lidar com ações de responsabilidade social As Organizações de Terceiro Setor (OTS)
4. EMPRESA AÇÕES PARA ATINGIR OBJETIVOS DO NEGÓCIO AÇÕES PARA ATINGIR OBJETIVOS SOCIAIS $$ Opção A . – A empresa internaliza as atividades operacionalizando diretamente os projetos sociais
5. Opção A - Internalização da atividade social, por meio da Operacionalização direta de projetos sociais pela própria estrutura Organizacional da empresa. É o caso em que existiria alta especificidade das ações da empresa, em função do Tipo e do local das ações sociais a serem desenvolvidas. Por exemplo, ações Sociais/ambientais que têm efeito direto e interligado c/ a atv. Central da empresa, Como uma determinada ação corretiva ou preventiva de potenciais efeitos ambientais da empresa na sua área de atuação. Também é o caso de uma ação intrinsecamente relacionada com a atv., Especialmente as ações internas dirigidas aos próprios funcionários, com efeitos no desempenho da empresa. Ou quando se deseja explorar de forma intensa a Especificidade da marca, associando diretamente determinada prática de Responsabilidade social ao negócio da empresa.
6. Opção B . – A empresa desenvolve ações sociais por meio de outra organização sob seu controle EMPRESA AÇÕES PARA ATINGIR OBJETIVOS DO NEGÓCIO ORGANIZAÇÕES ESPECIALIZADAS SOB CONTROLE HIERÁRQUICO DA EMPRESA (ex.: Fundação) $$ AÇÕES PARA ATINGIR OBJETIVOS SOCIAIS
7. Opção B - Criação de uma estrutura própria especializada em Atividades sociais. É o caso das fundações empresariais, criadas especificamente para lidar com as Ações de responsabilidade social dirigidas à comunidade, sob controle da empresa Mantenedora. Esse caso justifica-se quando não existe necessariamente uma ligação intrínseca direta entre a ação de responsabilidade social e a ativ. Central da empresa. Entretanto, a empresa mantenedora deseja ter sob seu controle os objetivo básicos E as estratégias dessa organização e, de alguma forma, explorar a “especificidade da marca”, associando a imagem da empresa às atvs sociais desenvolvidas pela organização sob seu controle hierárquico. As fundações empresariais vêm ganhando destaque como parte integrante do terceiro setor com a ampliação das ações sociais por parte das empresas, que Procuram desenvolver seus projetos sociais por meio de uma estrutura própria especializada. Alguns exemplos são: Fundação Bradesco, Fundação C&A, Fundação Acesita, Fundação Belgo, Fundação Itaú, entre outras, que vêm obtendo projeção por suas atvs.
8. Opção C . – A empresa desenvolve ações sociais por meio de parcerias com outras organizações, sem operacionalizar diretamente as atividades EMPRESA AÇÕES PARA ATINGIR OBJETIVOS DO NEGÓCIO ORGANIZAÇÕES ESPECIALIZADAS ( Sem controle hierárquico da empresa) $$ AÇÕES PARA ATINGIR OBJETIVOS SOCIAIS
9. Opção C - Ações sociais por meio de parcerias com outras organizações Nessa opção, a empresa não opera diretamente as ações sociais, e também não Mantém sob seu controle uma organização externa para lidar com ações sociais. As iniciativas da empresa são spot , ou seja, dão-se por meio de doações, contratos De parceria ou outras formas indiretas de atuação social. O grau de envolvimento E o comprometimento com os resultados e as conseqüências das ações sociais São menores que nos modelos anteriores. De acordo com o enfoque da teoria da agência , deve-se considerar que a estrutura seja capaz de atingir dois requisitos: 1 – A minimização dos custos de agência (conflitos na relação agente-principal). 2 – A efetividade das ações sociais. A partir de uma determinada complexidade ou volume das ações sociais, A opção B seria a mais indicada. Primeiro, porque haveria uma clara separação das funções-objetivo das duas organizações. A empresa poderia financiar a Organização externa – sob seu controle hierárquico – com uma quantidade Especificada de recursos, e os agentes seriam responsáveis pelas ações, Monitorados pelos donatários – em última instância, os acionistas da empresa.
10. Os agentes, por sua vez, estariam concentrados somente nas estratégias e ações Voltadas para os objetivos do negócio. As fundações empresariais se enquadram Nesse universo. A outra razão é baseada no argumento funcional, pois os tipos de ação e o perfil dos agentes que lidam com organizações com e sem fins lucrativos são Diferentes em muitos aspectos. Como conseqüência, o grau de especialização Requerido para o gerenciamento dessas organizações é distinto. As ações tanto Dos agentes da empresa com fins lucrativos como dos agentes da empresa Social se tornam mais transparentes e verificáveis. Em tese, esses argumentos sustentam a separação de funções – objetivos Do negócio e objetivos sociais – entre diferentes entidades. Mas a separação das Atvs. Requer um claro e eficaz sistema de monitoramento e controle. A despeito da emergência das fundações empresariais no Brasil, a maioria das empresas com programas sociais não possui estrutura especializada para o gerenciamento dos investimentos sociais. Essa estrutura contribuiria para se obter mais qualidade e eficiência na aplicação de recursos. No contexto brasileiro, em uma amostra de 379 questionários enviados p/ empresas com atuação social, 78 % desenvolviam ações sociais sem fundações Próprias de apoio, e 22 % desenvolviam ações por meio de fundações.