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Anais XI Semana de Humanidades




XI SEMANA DE HUMANIDADES

            ANAIS
Anais XI Semana de Humanidades



                                   SUMÁRIO

OBJETIVO .......................................................................................3

CERIMÔNIA DE ABERTURA .......................................................4

GRUPOS DE TRABALHOS............................................................5

MINICURSOS & OFICINAS ......................................................255

PAINÉIS .......................................................................................268

MOSTRA DE VÍDEOS ................................................................322

OUTROS EVENTOS ...................................................................326

LANÇAMENTO DE LIVROS, REVISTAS E JORNAIS ............336

ESTATÍSTICAS ...........................................................................339
Anais XI Semana de Humanidades


OBJETIVO:
A XI Semana de Humanidades visa congregar e divulgar o trabalho de pesquisadores
(professores, fucionários e alunos) do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes
(CCHLA) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).




                                                                               3
Anais XI Semana de Humanidades


CERIMÔNIA DE ABERTURA: segunda-feira, 19 de maio, 16h, no Setor de Aulas II.
Com coquetel e apresentações artísticas.

PALESTRA DE ABERTURA
A Sociedade Internacional e a União Européia no Pós-Guerra do Iraque
François D’Arcy
Professor Emérito da Universidade de Grenoble (França). Doutor em Direito Público pela
Universidade de Paris. Foi, até 2000, professor do Instituto de Estudos Políticos de
Grenoble, do qual foi diretor de 1987 a 1995. Lecionou em diversas universidades no
mundo, como a Yale University, a UQAM (Montreal) e a UNESP. Publicou vários livros.
Hoje reside no Brasil e colabora com várias universidades.




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Anais XI Semana de Humanidades




GRUPOS DE
TRABALHO
      (GTs)




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Anais XI Semana de Humanidades


Grupos de Trabalho (GTs): terça e quarta-feira, 20 e 21 de maio, 14:00-18:00h (com
exceção de GTs de Psicologia, que acontecerão pela manhã), nos auditórios do CCHLA e
Setor de Aulas II.
. Os GTs reunirão apresentações de trabalhos sobre um mesmo tema. O Coordenador do
GT presidirá a mesa, estabelecerá o tempo de cada apresentação (a sugestão é de que seja
em torno de 20 minutos), o dia e a ordem das apresentações, e o formato do debate (se
seguido a cada apresentação ou ao final de cada dia). O GT será realizado em dois dias,
num total de 8 horas. O número de trabalhos aceitos pelo Coordenador do GT deverá levar
em consideração esta limitação.
. As propostas de GTs serão feitas por professores dos departamentos que compõem o
CCHLA e deverão ser enviadas para a Coordenação da XI Semana de Humanidades, sala
119 (fone: 2153573), até o dia 7 de abril. As propostas deverão ser entregues em disquete
ou pelo email ( humanidades@cchla.ufrn.br ), com cópia em papel, contendo as seguintes
informações: nome do(a) professor(a) coordenador(a) – máximo de dois por GT –,
endereço eletrônico (email), departamento, título do GT, resumo com no máximo 20 linhas
de 75 toques (ver modelo em anexo). Os GTs poderão ser interdepartamentais. A
Coordenação da XI Semana de Humanidades divulgará a relação de GTs, com seus
respectivos coordenadores e emails de contato, na página do evento (www.cchla.ufrn.br) e
quadros de avisos. Serão aceitas apenas as 22 primeiras propostas de GT dada a limitação
de espaço disponível.
. Os proponentes de trabalho para os GTs deverão, até a quarta-feira 30 de abril, entrar em
contato com os coordenadores dos GTs, através dos emails divulgados, fornecendo as
seguintes informações: nome do proponente, departamento ou instituição, título do
trabalho, resumo (máximo 20 linhas de 75 toques, em Times New Roman, 12)(ver modelo
em anexo). Os proponentes de trabalho para os GTs serão informados pelo Coordenador do
GT da aprovação de sua proposta. Os Coordenadores de GTs fornecerão à Coordenação da
XI Semana de Humanidades a lista completa dos trabalhos a serem apresentados no GT,
por dia de apresentação, na ordem de apresentação, até o dia 5 de maio. A lista incluirá:
título do GT, resumo do GT, nome(s) do(s) coordenador(es), seguidos de cada um dos
trabalhos a serem apresentados, incluindo as seguintes informações: título, nome do(a)
apresentador(a) do trabalho, nome(s) do(s) autor(es) e resumo. A lista será entregue em
disquete ou pelo email ( humanidades@cchla.ufrn.br ), com cópia em papel, na fonte Times
New Roman, 12. (Ver modelo anexo.) Os Coordenadores de GTs devem informar até o dia
5 de maio se necessitarão de cópias-xérox e transparências. Haverá apenas três auditórios
equipados com data-show. Estes serão alocados aos três primeiros proponentes de GTs.
Todos os demais auditórios/salas onde serão realizados os GTs terão retroprojetor. Quem
necessitar de projetor de slides e/ou TV-Vídeo deverá informar à Coordenação até o dia 5
de maio.
. A participação nos GTs é aberta a todos os interessados. Aqueles que desejarem receber
Certificado de Participação deverão assinar a lista de presença, fornecendo o nome
completo.
ATENÇÃO: Os certificados serão entregues aos apresentadores de trabalho pelos próprios
Coordenadores dos GTs, no local da apresentação, ao final do dia de trabalho. Receberão
certificados apenas os apresentadores de trabalho. Co-autores não receberão certificados.
Orientadores de trabalhos apresentados por graduandos e mestrandos não receberão


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Anais XI Semana de Humanidades

certificados. Os Certificados de Participação serão entregues a partir do dia 17 a 31 de
junho na sala 119 do CCHLA.




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Anais XI Semana de Humanidades




RESUMOS DOS
         GTs




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Anais XI Semana de Humanidades


GT-01: COMUNICAÇÃO, CULTURA & MÍDIA
Coordenadores:
            Prof. Dr. Adriano Lopes Gomes (Departamento de Comunicação)
            Profª. Drª. Olga Maria Tavares (Departamento de Comunicação)
            E-mail: comidia@cchla.ufrn.br
            Local/horário: Sala 229-CCHLA, mini-auditório de Comunicação Social, 25
            lugares, terça e quarta, 20 e 21 de maio, 14:00-18:00h.
O GT tem o objetivo de apresentar estudos e reflexões relacionados com
 o fenômeno da comunicação e suas vertentes, privilegiando análises da linguagem
midiática sob a perspectiva das Teorias da Comunicação e da Semiótica.
Serão consideradas propostas de trabalhos que estejam inseridos sob estas áreas de
concentração:
            1. Comunicação e leitura
            2. Comunicação e meio ambiente
            3. Comunicação e linguagem publicitária
            4. Comunicação eletrônica: rádio, tv e mídia digital

                                                                          RESUMOS
1. Da Coca-Cola Ao Absorvente – Desvendando a Alma do Negócio
           Cilene Alves Menezes de Freitas
           François de Oliveira Ferreira
           Joyce de Oliveira Lessa
           Vinícius Nascimento de Albuquerque
Ao longo da sua história, a publicidade procurar se adequar à época em que está inserida.
O produto divulgado é colocado como sendo parte da sociedade, como se ele fosse algo
inerente ao consumidor. O presente trabalho visa comparar as peças publicitárias de alguns
produtos no início da década de 40, anos 70 e final do século XX, início do XXI. O texto
publicitário, qualquer que seja a mensagem implícita, é o testemunho de uma sociedade de
consumo e conduz a uma representação da cultura a que pertence, permitindo estabelecer
uma relação pessoal com a realidade particular. Seu intuito primeiro e explícito é o
estímulo à venda e à compra de um produto, vindo logo a seguir a ênfase colocada em
determinado aspecto de uma cultura, como um projetor poderoso, sem deixar de criar em
torno de si algumas zonas de sombra.

2. Rádio AM em Natal: História e Possibilidades
           João Paulo Azevedo de Araújo
Este trabalho tem por finalidade traçar um perfil da realidade das emissoras de rádio AM
da cidade de Natal. Para tanto, será feito um breve estudo sobre a história das rádios que
atuam hoje na capital potiguar. Contudo, o trabalho não se restringe a descrever a história
dessas emissoras e a fazer uma análise de suas programações como é comum nos poucos
trabalhos publicados sobre o assunto. O objetivo é fazer um estudo sobre a realidade
hodierna desse segmento da radiofonia em Natal, analisando as condições tecnológicas e
comerciais das emissoras, servindo-se para isso de referências a sua história e a sua
programação.




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Anais XI Semana de Humanidades


3. O Ser Humano sob o Olhar dos Fotógrafos Sebastião Salgado e Joel
Peter-Witkin
           Ana Paula Costa da Silva
           Brunno Ralph dos Santos
           Caio Khayam Neves de Souza e Nunes Dias
           Jorge Ricardo Dias Santiago
           Kaline Sampaio de Araújo
           Lianne Pereira da Motta Pires
           Verônica Nogueira Campos
Este trabalho faz uma análise comparativa entre dois fotógrafos contemporâneos: Sebastião
Salgado e Joel Peter-Witkin. O primeiro, natural de Minas Gerais, nasceu em 1944. O
segundo, natural de Nova York, nasceu no ano de 1939. Um dos maiores fotógrafos
brasileiros de todos os tempos, Salgado passou a se dedicar ao ofício somente em 1973,
quando abandonou a Economia. Witkin, conhecido mundialmente por suas fotografias,
iniciou sua carreira aos 17 anos, em um circo de horrores de Coney Island. Sebastião
Salgado realizou inúmeras viagens por países devastados pela fome, pela miséria e pela
guerra, fotografando as vítimas da desigualdade e da exclusão social, podendo ser
considerado, portanto, um adepto da “fotografia engajada”. Joel Peter-Witkin fotografa
temas visualmente chocantes, sendo considerado por alguns como macabro e
sensacionalista. Retrata desde imagens de mutilados e hermafroditas a cadáveres ou seus
pedaços. Fundamentado nos pressupostos teóricos da análise de conteúdo, bem como
levando em consideração as técnicas de fotografia, o contexto da imagem e a história de
vida dos fotógrafos, este trabalho analisa algumas das principais obras dos dois autores,
relacionando-as entre si na forma como retratam o ser humano.

4. O Jogo da Esquerda: O Marketing Eleitoral do Partido dos
Trabalhadores (PT) e as Eleições para o Governo do Estado
           Sandra Pequeno
A análise do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral – HGPE – na campanha para o
Governo do Estado em 2002 apresentou alguns avanços em relação à de 1998, em especial
no que se refere ao nível da argüição dos debates políticos dos programas eleitorais.
Porém, apesar disso, alguns problemas persistiram, principalmente aqueles relativos ao uso
das estratégias de marketing dos programas, em especial, a utilização do marketing
eleitoral promovido pelo PT, tema desta pesquisa. De certo, no ano de 2002, observamos o
crescimento do Partido dos Trabalhadores no âmbito nacional. Neste contexto, coloca-se o
Marketing político e eleitoral como um dos constituintes da vitória do PT na disputa
nacional. Resta saber, se tal contribuição atingiu aos demais pleitos a qual o partido
disputava, em especial no Estado do Rio Grande do Norte, e mais precisamente, a disputa
para o Governo do Estado. O presente estudo empreende uma análise da visão acerca do
marketing político e eleitoral apresentado pelo Partido dos Trabalhadores do Rio Grande
do Norte (PT/RN) nestas eleições, mas especificamente, o estudo do HGPE. Objetiva,
desta forma, analisar as diretrizes que deram vazão ao trabalho articulado pela coordenação
de comunicação do partido, de que forma foi trabalhado o paralelo entre “tecnólogos e
ideólogos” dentro de um projeto de comunicação que necessitava ultrapassar as barreiras
do anonimato e apresentar o seu candidato ao governo do Estado.



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5. Barcelona Virtual: Nunca Foi Tão Acessível a um Pequeno Município
ler Sobre Si Mesmo.
            Adriano Medeiros Costa
A pesquisa é uma revista virtual (www.barcelonarn.hpg.com.br) que tem um enfoque
jornalístico e educacional. Procurando analisar as características artísticas, históricas,
geográficas, econômicas, lingüísticas e sociológicas do município de Barcelona, Rio
Grande do Norte, Brasil. O site é dirigido à população de Barcelona, mas também é útil a
qualquer pessoa interessada em assuntos ligados ao sertão do nordeste brasileiro. No site
destaca-se a aparência tipicamente sertaneja, ela é resultado do compromisso com o
Movimento Armorial. O que difere o site de Barcelona de outros é que ele não é turístico,
nem sua preocupação é a de formar professores, mas orientar comunidades inteiras através
da notícia e da informação. A preocupação não é a de fornecer notícias didaticamente para
uso em sala de aula, embora também tenha essa utilidade, mas possibilitar que pequenas
comunidades se conheçam, tenham consciência de sua própria realidade e sua cultura para
que tenham visão própria (tendo por base sua cultura) da realidade em que vivem. Para que
cientes dos problemas, vantagens e potencialidades, passem a agir pela melhoria de suas
condições de vida. Isto é, usar o Jornalismo como instrumento de mudança e de
consciência.

6. A Ressurreição Anarquista: Breve História Fenomenológica da Noção
de Estado e a Possibilidade de sua Desconstrução Através de uma
Aliança Estratégica da Mídia com o Terceiro Setor.
            Marcelo Bolshaw Gomes
Não se trata de retomar o anarquismo insurrecional de Bakunin ou de Proudhon. Este texto
pretende discutir a situação atual do Estado, investigando sua evolução histórica, teórica e,
principalmente, o desenvolvimento do conflito entre as esferas pública e privada. É
intenção deste demonstrar que o atual impasse entre os modelos de 'Estado da Providência',
de inspiração keynesiana, e de 'Estado Neoliberal' aponta para uma terceira solução, um
'Estado Mínimo Social', em que a esfera pública interferir seletivamente no mercado e na
vida social, uma sociedade democrática em que as instituições gozem do máximo de
autonomia em relação ao estado e em que os indivíduos desfrutem do máximo de
autonomia pessoal em relação às instituições. O anarquismo contemporâneo é ancorado na
teoria da complexidade e na possibilidade de desenvolvimento máximo das liberdades.
Diferentes visões estruturam discutem a crise do Estado nas Ciências Sociais
contemporâneas. Destaco aqui três contribuições: Adam Przeworski (1995), que articula a
questão do Estado ao conflito entre o mercado e a democracia; Peter Evans (1993), discute
se o Estado é um problema ou uma solução para sociedade; e, finalmente, Boaventura de
Souza Santos (1996), que apresenta a hipótese de que o Terceiro Setor possa oferecer uma
solução ao impasse existente entre a esfera estatal e o mercado. No entanto, como veremos,
essas são respostas ainda parciais à questão da crise atual do Estado, mas apontam para
necessidade de uma reforma social (uma desconstrução da esfera pública) e para a aliança
estratégica entre os meios de comunicação e o Terceiro Setor. Para compreender esta
discussão, porém, é preciso antes retroceder no tempo e pensar primeiro na evolução
histórica do Estado e de seus principais pensadores.




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7. Mídia e Imaginário: O Poder das Telenovelas na Cidade de Caicó/RN
           Márcio Roberto de Sousa Brito
Neste início do século XXI, mais do que nunca, a televisão é uma das representações
culturais que mais interfere no cotidiano das pessoas implementando ritmos diferenciados
a funcionalidade citadina. Se na década de 60 espaços públicos como praças, calçadas
desempenhavam a função de aglutinar pessoas, hoje é a televisão, localizada nos espaços
privados das residências detém o poder de seduzir, direcionando as ações dos indivíduos
em termos espaço-temporais. É fato que o desenvolvimento e aperfeiçoamento das
“tecnologias da inteligência” possibilitaram uma ampliação e disseminação da informação
da sociedade. O nosso conhecimento está sendo adquirido cada vez mais através de
imagens transmitidas pela televisão. A telenovela, por exemplo, tem mobilizado
diariamente milhares de pessoas. A novela revela debates, discussões sobre problemas do
nosso cotidiano domina, portanto, a programação nacional. Nesse contexto, a emissora que
mais produz novela é a Rede Globo de televisão. A nossa pretensão é realizar um estudo a
partir de um corpus televisivo, do poder que as imagens, sobretudo as veiculadas pelas
telenovelas e sua interferência no território de Caicó, no imaginário coletivo de seus
habitantes. Partindo do pressuposto que nessa era do espaço virtual, da imagem, o
território, o nosso conhecimento, vêm sendo alimentado e influenciado pela mídia. Com
base no que foi exposto, o trabalho busca compreender como o imaginário social é
trabalhado pela mídia televisiva a partir das telenovelas da Rede Globo, veiculadas no
horário das 20hs, no período de setembro de 1999 a fevereiro de 2003.

8. Memória Social, História, Cultura e Representações Sociais – SIP As
Representações de Manoel Rodrigues de Melo e a Casa Euclides da
Cunha, No Rio Grande Do Norte
           Maria da Salete Queiroz da Cunha
A pesquisa tem por objetivo (re)constituir as representações da Casa Euclides da Cunha,
instituição cultural voltada para estudos regionais, idealizada e fundada pelo escritor
potiguar Manoel Rodrigues de Melo, com a colaboração de intelectuais contemporâneos e
cujo órgão de divulgação foi a revista BANDO, que circulou na década de 1949-1959,
articulando os intelectuais potiguares em torno do movimento que ficou conhecido nos
meios     literários  norte-rio-grandenses     e   nordestinos como          Bandoleirismo.
METODOLOGIA: Através de estudos teórico-metodológicos, ancorados na vertente
interpretativa da Nova História Cultural, estão sendo interpretadas as práticas culturais do
intelectual potiguar Manoel Rodrigues de Melo e a repercussão dessas práticas no âmbito
de um novo pensamento da realidade norte-rio-grandense e nordestina. RESULTADO:
Constata-se no decorrer da pesquisa a contribuição dos estudos do intelectual-bandoleiro,
através de um trabalho de pesquisa das raízes nordestinas brasileiras, sob os aspectos
social, histórico, etnográfico e folclórico. CONCLUSÃO: A Pesquisa, em fase de
conclusão,, deixa entrever claramente os relevantes serviços prestados à cultura brasileira
pela Casa Euclides da Cunha, no que diz respeito à fomentação e divulgação de uma nova
representação da realidade norte-rio-grandense e nordestina, com repercussões diretas no
processo de educação formal e informal do Rio Grande do Norte.




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9. Análise Semiótica do filme “Matrix”
           Olga Maria Tavares
Sob a perspectiva da oposição semântica Real vs Virtual, o filme “Matrix” apresenta
elementos que revelam a produção de sentidos de suas imagens e os efeitos de sentido que
elas evocam. A estratégica fílmica é toda construída em cima de arquétipos míticos do
nosso imaginário, de situações do nosso cotidiano e de visões estéticas metalingüisticas. A
análise que se propõe é desvelar esse percurso narrativo do texto fílmico para que se possa
apreender o seu significado e compreender o universo cinematográfico que os diretores, os
irmãos Larry e Andy Wachowsk, idealizaram na sua completude. Nesta frenética ficção
científica existe uma trajetória narrativa imagética que não prescinde dos fatores que
complementam a condição humana nas suas necessidades mais elementares, como o
sonho, a religião, a dúvida existencial. Há, no texto fílmico, um poder de metamorfosear a
miserável existência do não-saber na possibilidade de poder-ser e, assim, modificar tanto o
indivíduo comum quanto o mundo ilusório que ele próprio criou e não suporta.

10. Weblog– Ferramenta de Comunicação e Tribalização na Sociedade
Pós-Moderna
           Frankjarbe Vitorino
O presente trabalho tem como principal objetivo analisar uma nova modalidade de
comunicação que surgiu há algum tempo na internet, os weblogs, também conhecidos
como diários virtuais. Através desta ferramenta os usuários tem total liberdade para
publicar o que quiser na rede mundial de computadores. Além disso observa-se que este
novo serviço contribui para o desenvolvimento de um fenômeno social já profetizado por
alguns estudiosos da pós modernidade, a tribalização. Os blogs dão a oportunidade de
aproximar as pessoas que compartilham as mesmas idéias, mesmo que estejam separadas
geograficamente. Também são um importante veículo de comunicação que vem ganhando
a adesão de profissionais como os jornalistas que podem transmitir suas próprias opiniões,
isenta da tão aclamada imparcialidade, a exemplo do que aconteceu recentemente no
último conflito iraquiano.

11. Ensaio Foto-Radiográfico – Natureza Oculta
           Eliel de Souza
O autor apresenta um ensaio “foto-radiográfico” que trata de um novo processamento
imagético oriundo da associação da radiografia de alta resolução de uso médico com a
digitalização imagética, tendo como assuntos: pequenos animais, componentes vegetais,
insetos etc. Visa o autor agregar elementos que corroborem os estudos de espécimes nas
áreas da botânica, zoologia, entomologia, agronomia, arqueologia, antropologia e outros
campos do saber, propiciando, inclusive, a aplicação do novo método na produção artística,
tendo por base a fusão de conhecimentos médicos com os recém adquiridos conhecimentos
na disciplina de Fotojornalismo do Curso de Comunicação Social da UFRN.




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Anais XI Semana de Humanidades



12. Moda é Memória
           Sarina de Albuquerque de Sena
Algumas de nossas peças de roupas nos fazem lembrar de momentos especiais de nossas
vidas. Elas possuem o poder de desencadear na gente uma série de lembranças de algum
momento ou ocasião na qual estávamos vestidos com elas. Outras roupas são capazes de
nos fazer lembrar de alguma época ou de uma famosa personalidade. Como é fácil se
lembrar de Marilyn Monroe ao olhar um vestido branco, decotado e esvoaçante, tal qual o
usado pelo mito. Ou então associarmos a minissaia aos anos 60. Entretanto, a moda é capaz
de nos trazer muito mais que mera lembranças. A moda carrega consigo a história de uma
época, a memória daquele momento, refletindo acontecimentos sociais, políticos, culturais
e tecnológicos. Como um breve exemplo dessa afirmação, voltemos à minissaia dos anos
60. Além dela nos remeter àquela época, ela nos informa da busca da liberdade daqueles
anos, do predomínio do jovem na sociedade, da liberação sexual feminina proporcionada
pela invenção da pílula anticoncepcional. Assim, pretende-se com esse estudo evocar a
memória que a Moda suscita.

13. No Ar: Um Projeto de Incentivo à Mídia Eletrônica
           Alexandre Ferreira dos Santos
Este trabalho pretende relatar um projeto desenvolvido pelos alunos do curso de
comunicação social nas habilitações de jornalismo e radialismo, vinculado à base de
pesquisa “Comunicação, cultura e mídia”. O projeto toque de rádio tem por objetivo tornar
mais dinâmico o veículo rádio, já que trata-se de uma área pouco explorada e de
potencialidades reconhecidas. e por ser o rádio um veículo pouco procurado pelos
concluintes do curso, havendo mercado profissional e uma real necessidade de estudos e
melhor capacitação dos futuros profissionais, este projeto busca desenvolver atividades
práticas e de pesquisa, propiciando um maior interesse e gosto por essa atividade
profissional. O toque de rádio se propõe a funcionar como uma espécie de laboratório para
os alunos que cursam comunicação social na ufrn. nele será possível , estudar, produzir
programas e aliar teoria á prática. este projeto, sem dúvidas, contribui para promoção deste
meio de comunicação de massa, presente na vida social e subestimado quanto á sua
importância na sociedade.

14. Publicidade em CD-Rom: Um Panorama de sua Evolução e
Linguagem
           Taciana de Lima Burgos
Os meios de comunicação desde os tempos mais remotos sempre imprimiram nas
sociedades características distintas de linguagem, onde cada época apresenta-se marcada
pelo surgimento e evolução de um determinado meio comunicativo, cujas características
incorporam uma maneira particular de representar o universo através da linguagem.
Atualmente encontramo-nos na “era do computador”, aonde a interatividade vem a lume
como palavra de ordem, passando a introduzir novos códigos comunicativos. Neste
contexto surge a Publicidade em CD-ROM, uma nova forma de publicitar conceitos,
produtos e serviços, caracterizada por uma composição lingüística impar, e que a cada dia
ganha mais destaque graças a popularidade e versatilidade da mídia CD-ROM. A inclusão
do CD-ROM na esfera publicitária evoluiu a mídia para novos formatos, tamanhos e
capacidades de armazenamento; características que constituíram maneiras diferenciadas e
inovadoras de comunicar publicitariamente; além de criar uma nova modalidade de



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Anais XI Semana de Humanidades


publicidade digital interativa. Dessa maneira publicitar em CD-ROM marca a aplicação de
uma linguagem diferenciada, a hipermídia, como também a união de elementos
constituintes do design as linhas gráficas da publicidade tradicional. Dentro desse novo
perfil lingüístico e comunicativo o presente trabalho tem como objetivo fomentar um
estudo evolutivo do CD-ROM e dos elementos que compõem a linguagem utilizada na
construção de conteúdos publicitários para essa mídia; como também contribuir
cientificamente para elucidar mais uma modalidade lingüística oriunda da evolução
comunicativa, publicitária e tecnológica.

15. A Leitura da Propaganda de Moda
           Rosangela Moura da Silva
Este trabalho tem por objetivo analisar as propagandas de moda da campanha da marca
Colcci veiculadas na revista da MTV, trataremos a seguir de alguns pontos de fundamental
importância para esse estudo. A propaganda de moda faz uso principalmente dos interesses
inatos aos seres humanos (leitor), despertando seus desejos e "ilusões culturais", para
conseguir atingir seu objetivo que é a venda de seus produtos – venda não só da roupa, do
calçado, mas sim, de significados culturais implícitos no produto, como a beleza, o poder e
o status. Imitar o que os outros fazem é uma tendência inata do ser humano, nossas
crenças, roupas, hábitos, atitudes são em grande parte ditadas pelo que fazem os outros,
pelo que vimos e vivênciamos e a moda é a expressão máxima dessa imitação. Junto com a
imitação a propaganda de moda utiliza-se do desejo (sentimento também inato ao homem)
para persuadir o consumidor. A propaganda tenta despertar esses desejos – principalmente
a aparência pessoal, aprovação social, atração sexual, beleza e conformismo – levando os
leitores a consumir os produtos anunciados. E por último, já que este estudo prioriza o
meio de comunicação impresso, outro artifício de fundamental importância na propaganda
de moda é a fotografia. As publicidades sempre fazem uso de um Decor (fundo/cenário)
tematizando suas peças publicitárias, usando o lúdico, o imaginário para conquistar o
leitor.

16. O Anonimato e o Estrelato no Reality-Show: Um Estudo do Big
Brother 3
           Mírian Moema Pinheiro
O Anonimato e o estrelato no reality-show é a temática que fundamenta o presente projeto
de pesquisa. Neste sentido, buscaremos analisar como a mídia televisiva se apropria da
“intimidade” do indivíduo anônimo e num processo de metamorfose, consegue transformá-
lo numa estrela, inserindo-o no sistema-star, aquele no qual, os personagens midiáticos,
acabam interferindo na realidade a partir de suas performances. Para tanto, estamos nos
propondo, a compreender esse novo gênero televisivo (reality-show), que nos parece, traz
uma nova configuração visual. Esta forma, favorece a construção do espetáculo, que utiliza
a metáfora da “Ação Teatral” para os homens convencerem e dominarem as impressões
que os outros podem ter deles. Daí a indagação: Há uma nova enunciação televisiva?
Como se articulam os elementos constitutivos do formato reality-show/big brother? Tais
indagações são objetos de investigação do nosso projeto de pesquisa ora em andamento,
pelo programa de Pós Graduação em Ciências Sociais.

17. Economia, Meio Ambiente e Mídia, no Rio Grande do Norte: Desafios
e Oportunidades Perante a Sociedade da Informação
           Marígia Mádje Tertuliano dos Santos



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Anais XI Semana de Humanidades


           Josenira Fraga Brasil
A difusão do conhecimento, via práticas de educação ambiental, pela mídia, vai além do
alcance de políticas específicas da área. Acredita-se que esta decisão está amarrada às
definições de um projeto político da sociedade, o qual está sendo traçado de modo
independente, sem uma discussão que conscientize a sociedade através de uma nova
mídia.No conjunto, esta discussão é justificada pela necessidade do Rio Grande do Norte
passar a integrar o movimento global de intensa velocidade de comunicação e troca de
informação, que vêm determinando mudanças exponenciais nas áreas econômica, política,
social e cultural, através do viés ambiental. Logo, com base em pesquisa piloto, pretende-
se explorar a relação entre o desenvolvimento econômico do Estado do Rio Grande do
Norte e a preservação do meio ambiente, vistos através das matérias veiculadas no Diário
de Natal, no período compreendido entre 1992 a 2002 considerando as práticas ambientais
implementadas pelas empresas locais. Em seguida, conhecer o mapeamento e o modo
como está sendo encaminhada a utilização das mídias contemporâneas locais, no estímulo
às práticas cidadã e o desenvolvimento sustentável.

18. A Leitura de Literatura e a Mediação do Contador De Histórias
           Adriano Lopes Gomes
Este trabalho relata os resultados da pesquisa O contador de histórias na perspectiva da
formação do leitor, realizada em uma escola da rede pública do estado, situada
geograficamente na cidade do Natal-RN, com alunos de 5ª série do ensino fundamental,
que demonstravam pouca experiência de leitura. Descreve a pesquisa, de natureza
experimental e qualitativa, adotando-se o professor como mediador do processo,
assumindo a condição de contador de histórias, no sentido de motivar, envolver e
promover o gosto pela leitura literária no âmbito das atividades escolares. Tal estudo
revelou que o professor, quando faz a mediação do texto literário através das práticas de
oralidade, é capaz de catalisar a atenção dos aprendizes, favorecendo a cultura da leitura
literária. A pesquisa resultou na tese de doutorado, pelo programa de pós-graduação em
Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

19. A Imprensa Natalense na Segunda Guerra Mundial: Uma Análise da
Cobertura da Guerra pelos Jornais “A República” e “O Diário”, no
Período de Janeiro de 1942 a Janeiro de 1943.
           Carmem Daniella Spínola H. Avelino
Durante a Segunda Guerra (1939-45), Natal era uma provinciana capital do Nordeste
brasileiro, localizada numa posição geográfica estratégica - o ponto do continente mais
próximo da África, sendo considerada pelos Estados Unidos como sua principal Base
Militar no Atlântico Sul: o “Trampolim da Vitória”. Não obstante a isso, a cidade
transformou-se num centro de notícias, uma vez que daqui partiram fatos que seriam
publicados na imprensa nacional e internacional. A sociedade natalense sofreu fortes
influências norte-americanas nesse período. Muitos autores brasileiros e estrangeiros já
versaram sobre o assunto, mas nenhum deles tratou da imprensa natalense especificamente.
Partindo do exposto, o presente projeto de pesquisa pretende levantar questões como, de
que forma se dava a relação entre a mídia e o poder? Como a imprensa refletiu a
reviravolta na sociedade natalense com a instalação de bases militares norte-americanas na
cidade? Existia uma manipulação de notícias por parte do Comando Militar? Os jornais
natalenses precisaram ser “vigiados” ou espontaneamente assumiram uma postura editorial
que favorecia os interesses dos norte-americanos? A partir dessas questões, a intenção é



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mostrar se a imprensa escrita natalense sofreu influências e manipulações no trato das
notícias sobre a Segunda Guerra. Serão tomadas como base de estudo as notícias
publicadas pelos dois principais jornais daquela época, “A República” e “O Diário”, no
período de janeiro de 1942 a janeiro de 1943, uma vez que nesse espaço de tempo
aconteceram os mais relevantes fatos na história da presença norte-americana em Natal.

20. A Importância do Telejornalismo na Educação em Saúde
           Daniella Fernandes de Medeiros
O presente projeto se propõe a desenvolver uma análise de matérias, que tratam do tema
saúde, veiculadas nos três principais telejornais das emissoras com maior audiência no
Estado do Rio Grande do Norte. A saúde se apresenta como um tema oportuno para a
pesquisa considerando a gama de problemas veiculados pela mídia que estão relacionados
a essa área. Muitas matérias relativas à saúde vão ao ar sem nenhuma intenção ou não se
pensa na conseqüência que aquela notícia pode ocasionar. Por isso, pretendemos
desenvolver uma análise da abordagem do tema saúde em matérias jornalísticas televisivas
veiculadas pelas principais emissoras locais. Essa análise é qualitativa, se baseando em
referências relacionadas à saúde, que englobam livros científicos abrangendo não só o
tema da medicina, mas também da psicologia e da sociologia visto que acreditamos na
interdisciplinaridade da saúde, deixando de ser apenas de cunho biológico. Por isso, em
nossas referências, destacamos também as medicinas alternativas e, principalmente, a
prevenção da doença como uma das soluções mais viáveis.




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GT-02: MODERNIDADE, REPRESENTAÇÃO E CULTURA
Coordenadoras:
            Profª. Drª. Lisabete Coradini (Departamento de Antropologia)
            E-mail: lisabete@digi.com.br
            Profª. Drª. Maria Helena Braga e Vaz da Costa (Departamento de Artes)
            E-mail: mhcosta@ufrnet.br
            Local/horário: Auditório do Consecão, 72 lugares, 2º andar-CCHLA, terça e
            quarta, 20 e 21 de maio, 14:00-18:00h.
Apresentação de trabalhos que têm como temática o uso ou análise da imagem como forma de
representação – pintura, fotografia, teatro, cinema, vídeo, arte digital. Apresentação de
trabalhos, projetos, e/ou pesquisas em andamento tendo como objeto de estudo a cultura e
suas implicações na vida moderna e/ou pós-moderna. O GT consiste de duas sessões com seis
apresentações de 20 minutos cada e tempo de 40 minutos para discussão e debate.

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1. Caio Fernando Abreu: memórias homoafetivas
            Antônio Eduardo de Oliveira (Professor Dr. do Departamento de Letras - UFRN)
No seu aprendizado de falar sobre a AIDS em sua obra, Caio Fernando Abreu(Bessa,2002)
recorre a elementos da cultura popular, notoriamente as citações fílmicas e
musicais,articulando um mapeamento homoafetivo na narrativa.É este aspecto temático
relacionando a epidemia e a escrita homoafetiva o objetivo de nossa análise.

2. Narciso fotografado
            Flávia Batista de Lima (Aluna do Curso de Letras - UFRN)
Pela semiótica o mito de Narciso é abordado no discurso textual e imagético ao abranger a
reprodução narcisista do homem pela fotografia. Walter Benjamim em sua obra Magia e
técnica, arte e política, aponta as relações das artes visuais frente às descobertas da identidade
do homem. Deste modo, o presente trabalho busca integrar o estudo mítico de Narciso as
pesquisas de Walter Benjamim, evidenciando a importância da fotografia como técnica de
divulgação política e social.

3. Fotografando o movimento de Caio Fernando Abreu
            Flávia Batista de Lima (Aluna do Curso de Letras - UFRN)
Caio Fernando de Abreu trouxe para o romance as linguagens do cinema e da fotografia em
uma abordagem homoerótica. Vê-se que esses recursos incitam a percepção do leitor frente à
questões universais da literatura como: a busca da identidade e de um mecanismo de
preservação da memória. Logo, o presente trabalho mostrará o cinema e a literatura numa
viagem do corpo em movimento. Assim, o objeto de estudo será a novela intitulada Pela noite
inserido na obra Triângulo das águas do presente autor. A maneira escolhida à pesquisa é o
método comparativo em uma visão estética do corpo como discurso imagético-literário.

4. Musicalidade e homoafetividade em Caio Fernando Abreu
            Maria da Conceição Marinho (Aluna do Curso de Letras - UFRN)
Na obra de Caio Fernando Abreu temáticas que abordam questões identitárias e de
homoafetividade vinculadas à citações musicais estão sempre presentes. O autor utiliza o
recurso da citação musical como forma de expressão dos sentimentos mais "escondidos" das
personagens, dando-lhes fluência. Dessa forma através da música é construído um espaço na
narrativa no qual os personagens guardam seus "segredos" constituindo o que chamamos de

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metáfora do "armário"( Sedgwick,1990). Com isso detectamos a relevância da presença da
música para compreensão da narrativa, visto que em diversos momentos canções aparecem
como um código a ser decifrado, incrementando a rede de intertextualidade e significação do
texto.

5. Imagens da intimidade de Laura
           Ednara Ferreira de Souza (Aluna do Departamento de Artes - UFRN)
A leitura de imagens: Imagens da intimidade de Laura, foi realizada a partir do conto A
Imitação da Rosa, da autora Clarice Lispector, e de algumas teorias do pensador Gaston
Bachelard. O personagem principal do conto é Laura, uma mulher que depois de um tempo
reclusa em um hospital psiquiátrico, tenta recomeçar sua vida ignorando sua estadia no
hospital. Laura diz preferir manter-se ocupada, pois acredita que só dessa forma não voltaria a
pensar no passado, no fato que a levou para reclusão. Ela acredita que o dever de uma mulher
é fazer feliz seu marido e mantém uma relação de total dependência com ele. A casa em que
vive, é responsável por muitos conflitos vividos pela personagem, ela não admite que a casa
se pareça com ela, alegando não ser correto. Os conceitos bachelardianos utilizados para esta
leitura de imagens foram: anima e animus e o principio de intimidade. Além da leitura de
imagens, a peça Duas Visões, foi escrita partindo da junção: literatura e filosofia, e tem como
temas principais a relação conjugal de Laura e Armando, a loucura, a rotina e as rosas.

6. Axé Oba
           Diogo Moreno
           Leda Feitosa
           Daniele Moura (Alunos da UFRN)
O bairro das Rocas que se localiza na zona leste de Natal no estado do Rio Grande do Norte é
tradicionalmente conhecido por ser um bairro de pescadores, nos últimos anos vem sofrendo
um processo de marginalização por parte da sociedade natalense, assim neste trabalho
mostraremos a realidade dos atuais moradores e através do Grolôlô do Axé Oba que seria
inicialmente um bloco carnavalesco surgido no inicio da década de noventa neste bairro, que
ganhou aceitação a reconhecimento dos moradores, aquele bloco que a principio era uma
forma de revitalizar o carnaval de rua em Natal, se tornou o Axé Oba. Atualmente
funcionando como projeto social e banda show este grupo possui uma ligação e influencia da
cultura afro – brasileira.O grupo trabalha com o Axé Music e temas variados de musica Afro-
brasileira. O objetivo deste trabalho é tentar através de entrevistas, pesquisas buscar
compreender como se deu a influencia negra no Axé Obá alem de desmistificar a imagem
falsamente construída pela mídia local, que mostra uma ``Rocas´´ de marginais.

7. A dança pós-moderna segue se definindo
           Leonardo Rocha da Gama (Professor do Curso de Educação Física - UFRN)
Estamos vivenciando o suscitar e a criação de novos significados e valores acerca de um novo
movimento estético, o Pós-moderno. O corpo que dança na contemporaneidade não é o
mesmo exigido no suntuoso modelo academicista de estética clássica sobrevivente no mundo
mix atual. A Dança polimorfa e polissêmica que é, cria novos sentidos, tanto para aquele que
dança quanto para aquele que aprecia. No pós-modernismo o corpo que dança cria a porta da
recriação. As regras historicamente construídas e que consagram obras de arte, são quebradas
e recriadas a luz de uma nova experiência estética. Na experiência estética pós-modernista
estabelecer o diálogo é algo inevitável. Recorro a Pina Bausch Tanzteater Wuppertal, a Cia.
Deborah Colker, ao Bejart Ballet, e por fim, a Cia. Cena 11, todas expressão da Dança Pós-
moderna, para dialogar sobre as características dessa estética em ebulição, através de uma

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abordagem fenomenológica hermenêutica. Aponto a hibridação das linguagens artísticas, a
democratização dos corpos e as novas exigências técnicas aos bailarinos, como características
comuns às companhias de dança contemporânea que se enquadram nas Artes Pós-Modernas.

8. A publicidade e a transformação de representações sobre a morte
           Milena Freire (Aluna do Mestrado em Ciências Sociais - UFRN)
O presente trabalho se propõe a discutir a publicidade como parte integrante e reflexiva da
cultura urbana, que contribui para a legitimação da sociedade, através da utilização do
simbólico e das representações humanas, figurados a partir da língua e de elementos visuais.
Para o estabelecimento de uma discussão é analisada a campanha publicitária do Cemitério
Parque Morada da Paz, veiculada em Natal/RN, no ano de 2002, cujo resultado de vendas e a
recepção do público surpreenderam o anunciante. Algumas representações tradicionais do
imaginário social vêm sendo transformadas em conseqüência de uma "racionalidade" que a
sociedade, principalmente a urbana, vem entendendo como elemento fundamental para sua
existência. Apesar disso, temas mais polêmicos como é o caso da relação homem x morte são
mantidos como mitos, e, por isso não são questionados – o que torna suas transformações
menos perceptíveis. A publicidade, nestas circunstâncias, se não contribui para a mudança de
valores é, no mínimo, capaz de aguçar o questionamento e influenciar a demonstração destas
transformações. O objetivo desta pesquisa é perceber interferência da publicidade, mais
especificamente da campanha mencionada, nas mudanças de representações relacionadas a
morte nos segmentos médios da sociedade urbana natalense.

9. “Casa de passagem para a vida”: uma nova forma de perceber o
portador de distúrbio mental
           Ana Leda Figueiredo Varela (Aluna do Mestrado em Ciências Sociais - UFRN)
O presente trabalho trata de questões relacionadas ao portador de distúrbio mental e dois
espaços de tratamento na cidade de Natal o hospital psiquiátrico casa de saúde Natal, por ser o
primeiro hospital privado do estado e pelo perfil tradicional, e o NAPS (núcleo de atenção
psicossocial), atendendo aos parâmetros propostos pela reforma psiquiátrica. Atualmente,
uma das principais discussões no âmbito dos direitos humanos está centrada em encontrar
modelos para substituir, de forma progressiva, as internações psiquiátricas tradicionais por
uma forma mais humanizada, que tenha como meta o resgate da cidadania do portador de
distúrbio mental. A Antropologia sempre se posicionou a favor das minorias, Dessa forma,
este estudo etnográfico torna-se importante, por tentar uma aproximação com outros
conhecimentos teóricos, favorecendo à idéias onde busco uma reflexão interdisciplinar,
compreender neste contexto, a diversidade dessa temática que requer um enfoque e sobretudo
um olhar amplo sobre o assunto, como: estigma , doença mental, anti-psiquiatria, instituição
total, comportamento divergente, preconceito, contribuir para essa nova área da antropologia
aberta à novos paradigmas.




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10. “Menino empinando uma estrela”. Ensaio de Semiótica da Cultura II
           Vicente Vitoriano Merques Carvalho (Professor do Departamento de Artes -
                 UFRN)
A comunicação constitui-se da análise de uma imagem elaborada pelo artista visual Newton
Navarro (1928-1992) para um cartão natalino e faz parte de uma série de leituras deste tipo de
imagem em que se apreende uma representação da Cidade do Natal. Usam-se estratégias de
leitura oriundas de diversos partidos teóricos agrupados sob o que se entende por semiótica da
cultura, a partir de Baitello Jr. A interpretação da imagem tomada para esta comunicação faz
que se apreendam, além das relações conotadas e denotadas com a Cidade do Natal, alguns
conceitos subjacentes, tais como o de infância, educação (escolaridade) e liberdade.

11. Considerações sobre “Cidade de Deus”
           Adriana Duarte Pacheco (Aluna do Departamento de Artes - UFRN)
Inserir na análise do filme "Cidade de Deus" os conceitos de Cinema Moderno de Ismail
Xavier. Segundo Xavier, "falar em cinema moderno remete a uma pluralidade de tendências,
primeiro se referindo à formação do estilo moderno no sentido de André Bazin - este que
envolve referência à Renoir, a Welles e ao neo-realismo. E podem ser referidas, em segundo
lugar, a Antonioni, Pasolini e Rossi, a Nouvelle-vague e a Renais, a Cassavetes e Gutierrez
Alea, entre outras características encontradas no filme "Cidade de Deus", como o dinamismo,
como a estrutura ágil, como os avanços e recuos no tempo, remetem a uma linguagem
essencialmente moderna. Contudo, alguns elementos devem ser analisados cuidadosamente
com base em discussões teóricas mais recentes. Este trabalho propõe discutir o filme "Cidade
de Deus"(Fernando Meirelles, 2002)no contexto da discussão teórica sobre o "Cinema
moderno brasileiro" desenvolvida por autores como Ismail Xavier.

12. Imagens da violência
           Keila Fonseca e Silva (Aluna do Departamento de Artes - UFRN)
Ao longo de anos, o cinema mostrou a crueldade da violência, refletindo sobre ela
banalizando-a, reinventando-a através de imagens. Por mais de meio século de história os
cineastas brasileiros vêm se utilizando destas imagens, tanto pela necessidade de documentar
a própria história e interferir de alguma forma sobre ela, quanto por esta fórmula temática ter
se tornado uma constante na história do cinema. Seja em forma de protesto ou buscando o
simples entretenimento, a violência sempre esteve presente na cinematografia brasileira que,
através de imagens de dor, sangue, guerras, assassinatos, lutas de classe e de poderes, pintou
sua própria história a 24 quadros por segundo. Neste trabalho, pretendo tratar de um tipo de
representação fílmica específica da violência no cinema brasileiro: aquela causada pela
miséria e exclusão social. Para isso, serão discutidos filmes como Rio 40 Graus (Nelson
Pereira dos Santos, 1955), Terra em Transe (Glauber Rocha, 1967), Cidade de Deus
(Fernando Meireles, 2002) e Orfeu (Carlos Diegues, 1996).

13. “O sonho inspirador”: Vida como arte na Austrália aboriginal.
           Regina Maria Moreira Guedes (Professora do Departamento de Artes - UFRN)
Apresentação de imagens da arte aborígine nos territórios do norte australiano, grupos de
Melville e Bathrust, das terras nordestinas Arnlem e centro da Austrália. O domínio da
religião na expressão artística assim como o econômico. Trabalhos desenvolvidos nos últimos
30 anos.



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14. As “paisagens” que emanam da obra de Francisco Brennand
           Rosane Felix Ferreira (Aluna do Departamento de Artes - UFRN)
O trabalho visa ressaltar a valorização da paisagem no trabalho escultórico de Francisco
Brennand destacando as possibilidades de interpretação através de enfoques diferentes da
mesma paisagem. Demonstrando através das teorias da Geografia Cultural a influencia mútua
(de causa e conseqüência) entre a história da paisagem e sua modelagem pela cultura,
evidenciaremos o papel das representações como interpretações simbólicas do ambiente. Isto
gera ainda o entendimento das percepções das paisagens em relação as nossas escolhas
estéticas e ideológicas.

15. A imagem como elemento explicativo na habitação familiar do RN
Apresentadores:
           Flávio César Nunes Gurgel (Aluno do Curso de Ciências Sociais-UFRN)
           Luciana de Medeiros Santos (Aluna Especial do Mestrado em Ciências Sociais-
                  UFRN)
           Francisco Sales da Costa Neto (Aluno do Curso de Ciências Sociais-UFRN)
           Marilú Albano da Silva.
Demais autores:
           Sílvio Andrade Costa
           Éliton de Souza Costa
           Maria Adeilza P. da Silva
           Cristina Grimaldi Gregório
Este trabalho procura mostrar o resultado parcial da pesquisa sobre a organização e a
utilização dos espaços das habitações rurais realizada pelo Grupo de Estudos “Itinerários
Antropológicos para Pesquisa Visual”. Um dos objetivos primordiais da antropologia sempre
foi o de contribuir para uma melhor comunicação intercultural, o uso das imagens, muito mais
que o de palavras, contribui para essa meta, ao permitir captar e transmitir o que não é
imediatamente transmissível no plano lingüístico. Certos fenômenos, embora implícitos na
lógica da cultura, só podem explicitar no plano das formas sensíveis o seu significado mais
profundo. O uso da imagem fixa como elemento de análise no estudo de aspectos sócio-
culturais de espaços rurais específicos é de fundamental importância, na medida em que estas
auxiliam e demonstram como as famílias de baixa renda do Rio Grande do Norte criam,
interpretam e vivem as suas habitações. Na pesquisa de campo, além do uso intensivo da
imagem fixa, a metodologia foi complementada por entrevistas, observação e descrições
etnográficas.




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Anais XI Semana de Humanidades



16. Praças natalenses: basta abaixar as persianas e fechar os postigos
           Edivania Duarte Celestino (Aluna Especial do Doutorado em Ciências Sociais -
                 UFRN)
O espaço púbico nos centros urbanos tem mostrado uma capacidade renovada de provocar
questionamentos, reflexões e inquietações. Matéria polêmica, considerada objeto de decisões
subjetivas, políticas e até mesmo emocionais, sua conceituação divide opiniões, além de gerar
conflitos no sentido de permanências e mudanças. A partir do discutido processo de
fragilização e esvaziamento do seu conteúdo simbólico, a questão se complexifica ganhando
uma nova dimensão, quando se percebe uma postura de determinismo degenerativo, exaustão
e conformismo com relação a esse espaço. A aparente perda da importância simbólica desse
objeto, acrescida de outros elementos que permeiam a cidade contemporânea, estimula novas
incursões sobre os espaços públicos. Afinal, alerta alguns pesquisadores (JACOBS, LYNCH),
se deixarmos que os contatos interessantes, úteis e significativos entre os cidadãos se reduzam
a relações privadas, a cidade esclerosar-se-á. Assim sendo, tomando-se em conta um certo
alheamento da população natalense em relação as praças da capital, e por outro lado o próprio
processo de deterioração evidenciado por vários desses espaços, definiu-se determinar como
tema de investigação: Praças Natalenses: basta abaixar as persianas e fechar os postigos,
objetivando investigar o aparente processo de perda simbólica e valorativa desses espaços no
contexto da capital potiguar, empobrecimento.




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Anais XI Semana de Humanidades


GT-03: CIDADE E DESENVOLVIMENTO
Coordenadores:
            Prof. Dr. Ademir Araújo da Costa (Departamento de Geografia)
            Prof. Dr. Márcio Moraes Valença (Departamento de Geografia)
            E-mail: marciovalenca@ufrnet.br
            Local/horário: Setor de aula V, Bloco G, sala 1 e 2, 30 lugares, terça e quarta, 20 e 21 de
            maio, 14:00-18:00h.
De forma geral, a cidade contemporânea tem se apresentado mais permeável aos movimentos do
capital em sua dinâmica globalizante. Tal permeabilidade tem resultado da “necessidade” de
adaptação a novos condicionantes gerais, o que tem induzido transformações tanto na dinâmica de
sua interação com outras cidades e com a região em que se insere como também, e principalmente,
na organização espacial intra-urbana. Guardadas as devidas diferenças entre cidades de variados
portes, localizações, etc., o GT visa discutir questões – tanto teóricas quanto práticas – relativas aos
problemas urbanos e de desenvolvimento do mundo atual e sua construção histórica. Serão
consideradas propostas de trabalhos sobre os diversos aspectos relativos à expansão urbana e ao
desenvolvimento da e na cidade, em particular as que abordarem:
            1. os problemas do crescimento urbano;
            2. os problemas que resultam da desigualdade, da exclusão e da segregação sócio-
            espacial;
            3. o papel que exercem as políticas públicas, o planejamento urbano e o Direito.
            4. o mercado imobiliário;
            5. a organização espacial urbana;
            6. a interação entre global/local na cidade.
O GT não tem foco de área, mas contribuições acerca da cidade e da região metropolitana de Natal
serão muito bem-vindas.

                                                                                      RESUMOS
Presidente da mesa:
            Prof. Dr. Ademir Araújo da Costa

1. A revitalização urbana da Ribeira e o crescimento do Porto de Natal: existe
consenso?
            Heitor Andrade (Arquiteto/Urbanista e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em
                  Arquitetura da UFRN)
            heitor_as@hotmail.com.br
Nos anos 1970, inaugura-se uma nova postura de intervenção, designada revitalização urbana, que,
em relação à renovação urbana, busca referenciais mais humanos para o espaço público, além de
incorporar práticas anteriores superando-as na busca por uma nova vitalidade (econômica, social,
cultural e físico-espacial) para áreas degradadas do centro tradicional. No caso das áreas centrais e
portuárias observa-se – além de um desgaste físico de seu conjunto edilício e declínio econômico
das atividades desenvolvidas –, em alguns casos, a resistência devastadora de atividades portuárias
caducas. Ou seja, enquanto em muitas cidades as antigas áreas centrais portuárias – que por séculos
foram lugar imprescindível de suas metrópoles – vêm se transferindo para áreas mais espaçosas, por
não mais se adequarem ao espaço físico que ocupam, existem cidades em que o porto segue
crescendo, configurando-se uma ameaça ao patrimônio edilício. Natal enquadra-se claramente neste
                                                                                                     24
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antagonismo. A aproximados vinte anos segmentos vinculados ao poder público local
“desenvolvem” ações justificadas em pressupostos de revitalização urbana, ao passo que o porto da
cidade, ainda o mais importante do Estado, amplia suas instalações físicas a fim de aumentar sua
capacidade de embarque e desembarque de cargas. Este fato, embora aparentemente contraditório,
suscita questionamentos. Neste trabalho nos propomos refletir sobre a realidade de Natal no
contexto das práticas e discursos justificados na revitalização urbana diante do crescimento de seu
porto. Pretendemos apresentar resultados que respondam ao seguinte questionamento: em que
medida as concepções formuladas e projetos concebidos para a Ribeira, assim como as ações
implementadas no bairro, contribuem para a sua revitalização urbana e consolidação como centro
histórico? Com base em pesquisa de dissertação, este trabalho analisa o papel do Setor de
Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Arqueológico (SPH) da Prefeitura de Natal e da Companhia
Docas do Rio Grande do Norte (CODERN) no processo de “revitalização urbana” do centro
histórico de Natal.

2. Condições de vida e moradia nas vilas do Alecrim e Nova Descoberta-
Natal/RN
           Daniela Karina Cândido (Bolsista PIBIC-CNPq – Departamento de Geografia)
           danielakarina@ufrnet.br
           Gilene Moura Cavalcante (Bolsista PIBIC-CNPq – Departamento de Geografia)
           gimoca@ufrnet.br
A questão da moradia precária no Brasil é um problema histórico que chega aos nossos dias de
maneira contundente. A população de baixa renda criou no decorrer do tempo, várias formas de
moradia – cortiços, favelas e vilas, por exemplo – que não se enquadram nos padrões de qualidade e
segurança estabelecidos pelo poder público. Nesse sentido, procuramos estudar a dinâmica e a
importância das vilas na cidade de Natal/RN, dado a carência de estudos e o desinteresse oficial pelo
assunto. O reconhecimento oficial da existência do problema em Natal aconteceu apenas em 1992,
como forma de subsidiar o Plano de Ação para Habitação Popular em Natal (1993-1996) e,
posteriormente, em 1994 através do Plano Diretor do Município. Escolhemos o bairro do Alecrim,
localizado na Zona Leste da cidade, e Nova Descoberta, na Zona Sul, onde, segundo a SEMURB
(Secretaria Especial do Meio Ambiente e Urbanismo), existem 270 e 108 vilas, respectivamente. O
trabalho tem como objetivo traçar o perfil sócio-econômico do morador das vilas, assim como
avaliar as condições de moradia e as relações de inquilinato, através de uma pesquisa piloto, em que
serão levantadas informações junto aos moradores de três vilas de cada um dos referidos bairros. O
piloto apresentará os aspectos comparativos iniciais para discussão da temática em questão, que terá
continuidade com uma amostragem maior, a ser levantada posteriormente.




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3. Entre os trilhos e o asfalto: recortes da cidade de Natal-RN
Apresentadoras:
           Jane Roberta de Assis Barbosa (Aluna do Curso de Geografia-UFRN)
           Mariluce dos Santos Souza (Aluna do Curso de Geografia-UFRN)
Outros autores:
           Janaina Maria da Conceição Silveira (Aluna do Curso de Geografia-UFRN)
           Juliana Maria Duarte Ubarana (Aluna do Curso de Geografia-UFRN)
           Francisco Ednardo Gonçalves (Mestrando do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa
                  em Geografia-UFRN)
           Josélia Carvalho de Araújo (Mestranda do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em
                  Geografia-UFRN)
           krammer12@ig.com.br
O padrão de desenvolvimento adotado pelas cidades brasileiras aliado a dinâmica do sistema
econômico vigente, entre outros aspectos, contribuíram significativamente para o aprofundamento
das desigualdades sócio-espaciais. Sendo assim, sinais de exclusão estão presentes na tessitura
urbana da maioria das cidades brasileiras. Entretanto, na busca por novos investimentos econômicos
as cidades têm investido cada vez mais no embelezamento de algumas paisagens urbanas, que são
amplamente divulgadas. Natal, capital do Rio Grande do Norte, através de investimentos públicos e
privados se enquadra nesse contexto, tendo como impulso às atividades ligadas ao setor terciário,
principalmente o turismo. Entretanto, existem várias áreas da cidade que não se beneficiam de tais
investimentos e convivem com sérios problemas de ordem sócio-espaciais expressos na paisagem. A
partir de investigação preliminar realizada durante a disciplina de Geografia Urbana, no semestre
2002.2, este trabalho se propõe a fazer uma análise comparativa entre as paisagens urbanas de dois
eixos viários na cidade do Natal. Um deles, o eixo rodoviário, privilegia um dos trajetos que,
geralmente é feito pelos turistas e vai do Complexo Viário do Quarto Centenário e o início da Rota
do Sol, na sua porção sul, tendo aproximadamente 5 quilômetros de extensão. O outro, com
aproximadamente 10 quilômetros de extensão, compreende o eixo ferroviário realizado pelo trem
urbano de passageiros, no sentido norte e vai da Estação Ferroviária no bairro da Ribeira à Estação
do Conjunto Nova Natal, no bairro Nossa Senhora da Apresentação.




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4. Privatização e privação dos espaços públicos: quem pode ter, quem quer,
quem usufrui?
              Maria Floresia Pessoa de S. e Silva (Mestranda do Programa de Pós-graduação do curso
                   de arquitetura e urbanismo. Professora do Departamento de Arquitetura e
                   urbanismo da Universidade Potiguar. Técnica da Secretaria Especial de Meio
                   Ambiente e Urbanismo)
              Marília Nobre (Estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNP)
              Carla M. B. de Mello (Arquiteta)
Na modernidade as intervenções no espaço público priorizaram o fluxo, os movimentos contínuos
que dominavam os cenários das grandes cidades. Apesar de ainda hoje áreas verdes públicas serem
vistas como pontos estruturadores da malha urbana e importantes elementos no que diz respeito à
mobilidade, a discussão do espaço público na pós-modernidade destaca no seu discurso o resgate
das funções de sociabilidade e estímulo à noção de vizinhança perdidos no racionalismo moderno.
Contudo, distanciando-se do que diz a teoria, na prática verifica-se a multiplicação das formas de
apropriação dos espaços públicos, tanto das áreas comerciais quanto residenciais. O abandono destes
pelo poder público e pela comunidade, que passa a vê-los como espaços de perigo e palco da
violência, abre caminho para que sejam invadidos e ocupados ilegalmente, seja por uns que neles
vêem a única oportunidade de sobrevivência ou pelo oportunismo de outros. Esse processo de
privatização resulta em parte, como defendem alguns, da incapacidade do poder público quanto a
provê-los e mantê-los. Outros discutem se são causa e/ou conseqüência das novas relações sociais e
modos de vida. Em meio a esta discussão maior, projetar novos e reabilitar velhos espaços públicos,
hoje, exige mais que atender aos percentuais ideais de área verde/habitante preconizados pela
Organização Mundial de Saúde. As propostas contemporâneas devem ser capazes de responder a
necessidades e expectativas de seus usuários de idades, níveis de renda e contextos sociais
diferenciados. Também, devem prever e permitir o máximo de atividades possíveis, priorizar o
conforto, induzir práticas sociais, estimular esportes e brincadeiras lúdicas que contribuam para a
formação e educação das crianças e jovens, de forma a colaborar para a redução dos índices de
criminalidade e violência urbana. Este estudo tenta discutir esses aspectos aqui colocados, a partir da
análise de um espaço público alvo de uma proposta para concessão privada, localizado na cidade do
Natal. Busca debater até que ponto soluções de caráter social atendem intenções privatizantes e são
favorecidas pela fragilidade do exercício da cidadania e enfraquecimento ou inexistência de uma
articulação da população como meio possível de reverter processos.

5. A figura do Plano Diretor como instrumento de planejamento urbano
              Maria Eleonora Silva de Macedo (Mestranda do Programa de Pós-Graduação em
                   Arquitetura e Urbanismo-UFRN)
Orientador:
              Ademir Araújo da Costa (Prof. Dr. do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em
                   Geografia-UFRN)
O presente artigo trata da análise atual do papel do plano diretor, como verdadeiro instrumento da
política urbana, colocando a sua forma mais adequada de ser elaborado e a real necessidade da sua

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implementação pelos governos municipais. Trata também da forma de participação da sociedade em
todas as fases do processo, bem como a necessidade dos governantes se adequarem à nova realidade
de condução das cidades, procurando sempre buscar soluções inovadoras mais coerentes e
adequadas as realidades e a capacidade local de gestão.

6. Construção de um Ranking dos bairros de Natal segundo alguns indicadores
de precariedade econômica e social de seus moradores
            José Aldemir Freire (IBGE-RN)
            Maria Alzenira da Silva (IBGE-RN)
            Débora Barbosa Silva França (IBGE-RN)
A elaboração e implementação de políticas sociais num contexto de restrições financeiras exige, da
parte dos gestores destas políticas, a definição de prioridades ancoradas em informações objetivas,
quantificáveis (na medida do possível) e passíveis de acompanhamento temporal, de modo a se
avaliar a eficácia e a eficiência dessas políticas. O presente trabalho procura apresentar um painel de
alguns indicadores econômicos e sociais dos bairros de Natal, como forma de subsidiar a
elaboração, a execução, o acompanhamento e a avaliação de políticas públicas voltadas para o
atendimento de carências sociais e econômicas (sobretudo daquelas direcionadas para crianças e
adolescentes), fornecendo, no final, um Ranking de Precariedade Econômica e Social dos Bairros
de Natal/RN. Na elaboração desse Ranking utilizamos um conjunto de indicadores composto por
sete variáveis: 1) Renda Média Nominal Mensal dos Responsáveis Pelos Domicílios; 2) Renda
Mediana Nominal Mensal dos Responsáveis Pelos Domicílios; 3) Número Médio de Pessoas Por
Domicílios; 4) Taxa de Alfabetização das Pessoas de 5 Anos ou Mais; 5) Percentual de Domicílios
com Abastecimento de Água Pela Rede Geral; 6) Percentual de Domicílios Com Banheiro; 7)
Percentual de Domicílios Com Coleta de Lixo. Os bairros de Guarapes, Salinas, Redinha, Felipe
Camarão e Planalto apresentam os maiores índices de precariedade, necessitando, portanto, de
políticas sociais ativas e concentradas, para reduzir as disparidades sócio-econômicas que os separa
dos demais bairros. Os bairros de menores precariedades são: Capim Macio, Tirol, Barro Vermelho
e Petrópoles.

7. Comunidade África: três contextos de uma segregação
Apresentadores:
            Rafaela Araújo da Silva (Aluna do Curso de Geografia-UFRN)
            lipietzaraujo@bol.com.br
            Salim Kalil Aby Faraj Filho (Aluno do Curso de Geografia-UFRN)
            salimfaraj@ig.com.br
Demais autores:
            Hanyel Pessoa Paiva (Aluno do Curso de Geografia-UFRN)
            James Josino Nascimento (Aluno do Curso de Geografia-UFRN)
            Daniela Karina Cândido (Bolsista PIBIC-CNPq do Departamento de Geografia-UFRN)
Segundo dados da Secretaria Municipal de Trabalho e Ação Social (SEMTAS), Natal/RN possui 70
favelas com cerca de 16.000 barracos distribuídos em 28 bairros, nas quatro zonas administrativas
da capital. Nesse sentido, procuramos analisar a expressão da segregação sócio-espacial imposta na
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cidade de Natal, tendo como recorte espacial à porção Norte, mas precisamente a “Comunidade
África” que é uma favela localizada no bairro da Redinha e está assentada numa área de preservação
ambiental (mangue e dunas) pertencente ao Patrimônio Municipal. É considerada pela SEMTAS
como área subnormal, possuindo 2023 habitantes distribuídos em 550 habitações, onde convivem
743 famílias. Foram feitos levantamentos de dados primários junto a moradores da favela, através de
entrevistas pré-elaboradas aplicadas em 10% das moradias. Com isso traçamos um perfil sócio-
econômico da mesma, o qual observamos a segregação em três contextos. O primeiro, se refere ao
próprio nome da favela – Comunidade África – que foi imputado fazendo referência à miséria do
continente africano; o segundo, pelo fato de estar localizada na Zona Norte, região administrativa
associada à pobreza no imaginário natalense; e terceiro, por estar socialmente excluída da dinâmica
urbana do bairro. Portanto, a Comunidade África, se constitui num espaço com profundas carências
quanto à infra-estrutura e ao acesso a serviços públicos, como escola, transporte, posto de saúde,
entre outros.

8. O desafio da sustentabilidade urbana no município de Natal: uma análise do
projeto de intervenção urbanística na favela Passo da Pátria
           Jennifer dos Santos Borges (Departamento de Arquitetura – UFRN)
           jenniferborges@bol.com.br
           Ângela Lúcia de Araújo Ferreira (Departamento de Arquitetura – UFRN)
           angela@ct.ufrn.br
           Ruth Maria da Costa Ataíde (Departamento de Arquitetura – UFRN)
           rmcataide@ufrnet.br
A intensificação de problemas sócio-ambientais, advindos do crescimento urbano, tem alertado o
mundo para a necessidade do estabelecimento de uma nova consciência em torno do futuro das
cidades evidenciando-se preocupações com a sustentabilidade dos recursos naturais e uma maior
democratização dos serviços urbanos. Assim, a noção de desenvolvimento passou a incorporar à
variável econômica, os aspectos sociais, ambientais, políticos e culturais com vistas ao
estabelecimento do bem-estar comum. No Brasil, a regulamentação do Estatuto da Cidade (2001),
demonstra um importante avanço nas práticas urbanísticas vigentes. Para Natal, o Estatuto
representa um reforço às diretrizes do seu Plano Diretor que, desde 1994, já orientava o poder
público para a gestão democrática da cidade, com ênfase na proteção ambiental e no cumprimento
da função social da propriedade. Para investigar como esse processo se rebate nas políticas públicas
de intervenção urbanística em Natal, analisou-se o projeto de urbanização da favela Passo da Pátria.
Este, configurando-se como uma das primeiras iniciativas de intervenção em favelas no período
recente, explicita em seus objetivos, uma preocupação em viabilizar o modelo de gestão contido no
Plano Diretor para o tratamento de Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS). No entanto, a
fragilidade das soluções apresentadas revela uma inconsistência da proposta no que diz respeito à
sustentabilidade do projeto. Nesse contexto, considerando o significado deste para a consolidação de
um novo modelo de gestão urbana, este trabalho propõe-se a analisar o seu desenvolvimento
(concepção, implantação etc.), com vistas a compreender as dificuldades que se apresentaram no
processo, procurando, também, identificar mecanismos de superação das mesmas com vistas ao
aprimoramento dessas práticas no município de Natal.




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9. Crescimento urbano na Zona Oeste de Natal
           Pedro Celestino Dantas Junior (Aluno do Curso de Geografia-UFRN)
           pedrojunior.geo@zipmail.com.br
           pedojunior.geo@bol.com.br
O crescimento demográfico nesses últimos trinta anos em Natal, por diversos fatores, fez com que o
solo urbano ficasse muito caro e, conseqüentemente, inacessível à população mais carente, vindo de
diversas cidades do interior e de outros lugares a procura de melhores condições de vida. Como
conseqüência, as dunas de Natal, principalmente na Zona Oeste da cidade, foram as mais afetadas
por esse problema. O objetivo deste trabalho é mostrar o crescimento urbano nesta Zona de Natal
em direção as dunas, fazendo uma análise dos aspectos sócio-ambientais, detectando os principais
aspectos que impulsionam esse crescimento, e que faz com que tal paisagem seja, assim, alterada. A
área estudada neste trabalho compreende as dunas localizadas nos bairros de Cidade da Esperança,
Cidade Nova, Felipe Camarão, Nova Cidade e Guarapes, onde foi detectada um número acentuado
de moradias impróprias e irregulares, sem nenhum tipo de saneamento básico, uma vez que se
encontram em Zonas de Proteção Ambiental, ou seja, em dunas, as quais filtram a água das chuvas e
é a maior responsável pelo abastecimento do nosso aqüífero.

10. O parcelamento do solo e a formação de espaços de pobreza na Zona Norte
de Natal-RN: um estudo de caso.
           Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva (Programa de Pós-graduação em Arquitetura e
                 Urbanismo-UFRN)
           alexsandroferreira@hotmail.com
O Brasil apresentou, nos últimos 50 anos, uma vertiginosa urbanização, com quase 82% da sua
população vivendo atualmente em cidades. Tal processo de adensamento trouxe consigo um amplo
leque de desigualdades sociais relacionadas diretamente com a qualidade e estruturação das
habitações nestes espaços urbanos, mormente a questão da dicotomia “legal-ilegal”, referente à
propriedade do solo urbano e das edificações; ressalta-se ainda a segregação sócio-espacial nas
extensas periferias, ocupadas por uma população de baixa renda com graves problemas de infra-
estrutura e serviços públicos. Na cidade de Natal, a produção do espaço seguiu articulações que
evidenciaram a formação de “periferias segregadas” contra “espaços integrados”, ou melhor, uma
diferenciação sócio-espacial através dos diversos agentes produtores do urbano. O presente trabalho
intenta perscrutar este processo, tendo como estudo de caso a periferia norte de Natal-RN, ou Zona
Norte, investigando o tipo de parcelamento do solo (Regular, Irregular e Clandestino), de cunho
privado, ocorrido no período de 1957-1990 e relacioná-lo com dados sociais do período. A hipótese
inicial é a de que a expansão habitacional ocorrida em Natal, e na Zona Norte, nos últimos 30 anos,
seguiu um modelo de urbanização periférica, primordialmente através da segregação da população
mais pobre, em áreas específicas da cidade, com formação de “espaços de pobreza”. Nesse sentido,
a construção de conjuntos habitacionais, pelo estado, e loteamentos privados, a maioria ilegais,
consolidou extensas áreas com características de segregação e exclusão urbanística.




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11. Natal em fevereiro de 1943
           Pablo Gleydson de Sousa (Bolsista PIBIC-CNPq)
           pabluriel@bol.com.br
           Giovana Paiva de Oliveira (Professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo-
                 UFRN)
           giovana@ufrnet.br
O presente trabalho visa observar o cenário da cidade do Natal durante o mês de Fevereiro de 1943,
período em que ocorreu o evento da Segunda Guerra Mundial. A partir de dados coletados no Jornal
A República, foi possível visualizar como a cidade reagia ao impacto a que foi submetida, os
problemas surgidos e como conviveu com as repercussões deste evento, uma vez que viveu um
aumento vertiginoso de sua população em um curto espaço de tempo. Na primeira metade da década
de 40, a cidade passou por rápidas transformações, advindas do grande número de estrangeiros
recebidos com a Guerra, com a migração provocada pela seca (flagelados do interior do RN) e de
pessoas do resto do país, principalmente militares e funcionários públicos federais. Sem
planejamento prévio para receber tamanho fluxo populacional (“alienígenas”), a cidade enfrentou
problemas como: racionamento de alimentos; aumento da procura de moradia, elevação dos preços
dos alugueis, favorecendo o surgimento de hotéis, pousadas e pensões; racionamento de água; e
redução da cota de combustível para a população. Estas transformações atingiram o modo de vida da
população, que perdeu seu ar provinciano e realçou suas características cosmopolitas. A posição
geográfica da cidade lhe conferiu destaque ao servir de importante porto para o escoamento de
aviões das forças norte-americanas através do “aeródromo” de Parnamirim. Esse impacto sobre a
cidade pode ser comprovado através dos relatos das visitas de diversas autoridades americanas e
representantes do Governo Federal ao Interventor Federal, Dr. Rafael Fernandes. Esses pequenos
aspectos permitem vislumbrar a vida na cidade no período, e buscar responder, em partes, alguns
dos pormenores de seu atual cenário urbano e social.

12. Espacialização de serviços de infra-estrutura básica de Natal/RN: saúde,
educação e segurança pública.
Apresentadora:
          Elisabete Ferreira da Silveira (Bolsista PIBIC-CNPq do Departamento de Geografia-
                 UFRN)
Autores:
           Edílson Alves de Carvalho (Prof. Dr. do Departamento de Geografia-UFRN)
           Rita de Cássia da Conceição Gomes (Profa. Dra. do Departamento de Geografia-UFRN)
           Elisabete Ferreira da Silveira (Bolsista PIBIC-CNPq)
Nos últimos 30 anos tem-se percebido um rápido crescimento urbano nas médias cidades brasileiras.
Isto pode ser entendido pela desmetropolização nos grandes centros e concentração de serviços e
outras atividades em determinadas regiões ou cidades do país, proporcionando, assim, maior oferta
de trabalho e acarretando um dos fatores propícios à migração. Políticas de desenvolvimento
implementadas pelo Estado brasileiro, cuja base estava no enfoque de uma “área pólo” no intuito de
a partir desta o desenvolvimento se irradiar por todo o estado, contribuiu para que Natal hoje ostente
a população de 712.317 habitantes (IBGE/2000), apresentando em sua trama urbana disparidades
                                                                                                   31
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sociais que se evidenciam, por exemplo, na espacialização de serviços de infraestrutura básica como
saúde, educação e segurança pública. Tal fato reflete o denominado processo de “exclusão por
inclusão”, na medida em que exclui no acesso a um melhor atendimento e oferta de serviços,
inerentes a reprodução de boas condições de vida, a maioria detentora de uma renda mínima que lhe
garante apenas uma espécie de subsistência; e a inclui no processo de sucateamento e
descredibilidade dos serviços públicos, alimentando, dessa feita, o aumento da comercialização
desses serviços ao mesmo tempo em que “força” a população à não mais reclamar soluções e sim
criá-las através de cooperativas comunitárias, planos de assistência médica e outros, além de
conformar-se ou sentir-se na obrigação cívica de assumir papéis que não lhes dizem respeito, sob o
incentivo de programas como os “amigos da escola”, “adote um idoso” e similares. Sem perceber,
os “amigos” vão assumindo o que, outrora, era exercido por dever da União, Estados e Municípios.

13. Os impactos sócio-ambientais do Complexo Viário Ulisses de Góes na Zona
Norte de Natal-RN
           Josélia Carvalho de Araújo (Mestranda do Programa de Pós-Gradução e Pesquisa em
                 Geografia-UFRN)
           jo.car@zipmail.com.br
           Francisco Ednardo Gonçalves (Mestrando do Programa de Pós-Gradução e Pesquisa em
                 Geografia-UFRN
           ednardo@ufrnet.br
A Zona Norte de Natal tem sido, durante suas três décadas de história, desvalorizada do ponto de
vista imobiliário, face à precariedade das vias de acesso e aos congestionamentos de trânsito
provocados pelo intenso deslocamento da população local para outras áreas da cidade. Essa
condição impõe à sua população desgaste físico e posição segregada em relação ao espaço urbano de
Natal. Visando a amenizar tais problemas, o Estado vem implantando melhorias no seu sistema
viário: duplicação da Estrada da Redinha, melhorias na avenida Tomaz Landim; e, por último, a
construção do Complexo Viário Ulisses de Góes. Este possibilitou maior fluidez ao trânsito,
entretanto, modificou a paisagem local, alterando aspectos históricos do bairro Igapó e provocando
mudanças no comércio local, em que algumas vêm sendo substituídas por empresas de maior porte,
e outras ainda migrando para a Estrada da Redinha, além de residências que também foram
transferidas. De forma mais expressiva, melhorou a qualidade de vida da população, reduzindo o
tempo ocupado em congestionamentos de trânsito; apontando também para uma valorização
imobiliária da área, pois começa a atrair novas empresas no entorno da obra. Por meio de pesquisa
in loco, acompanhando a construção da referida obra, conversando com a população, fazemos uma
análise dos efeitos do Complexo Viário Ulisses de Góes na vida da população da Zona Norte de
Natal.

14. Região Metropolitana de Natal (retrospectiva e perspectivas do crescimento
demográfico: 1970 – 2010)
           José Aldemir Freire (Analista Sócio-Econômico do IBGE-RN)
A compreensão da dinâmica demográfica de um determinado espaço geográfico e a tentativa de se
vislumbrar as perspectivas futuras dessa dinâmica são poderosos instrumentos de planejamento e de
implementação de políticas sociais e econômicas. Tentando contribuir com essa temática, o objetivo
do presente trabalho é fazer uma breve retrospectiva do crescimento demográfico da Região

                                                                                                32
Anais XI Semana de Humanidades


Metropolitana de Natal (constituída pelos municípios de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do
Amarante, Extremoz, Macaíba, São José do Mipibu, Nísia Floresta e Ceará Mirim) desde 1970, bem
como realizar projeções de crescimento demográfico para a região no decorrer do período 2000-
2010. Em termos retrospectivos, a região vem progressivamente ampliando sua participação relativa
na população estadual. Em 1970 25,8% dos norte-rio-grandenses residiam nos municípios
constitutivos da RMN, em 2000 esse percentual estava em 39,5%. Essa tendência permanecerá na
próxima década, quando a região deterá entre 42,2% e 45,2% da população estadual. Todavia,
internamente à RMN a dinâmica demográfica dos municípios foi e será bastante diversa. O
município de Natal apresentou taxas expressivas de crescimento nas décadas de 70 e 80, mas nos
anos 90 e na primeira década do século XXI esse crescimento será bastante baixo. Por outro lado, o
município de Parnamirim provavelmente irá crescer, pela quarta década consecutiva, a taxas
bastante expressivas, aumentando sua participação relativa na população da Região. São Gonçalo do
Amarante é outro município que continuará ampliando sua participação relativa. O crescimento
demográfico da próxima década, portanto, reforçará a tendência demográfica das últimas décadas,
ou seja, o crescimento da RMN ocorrerá em dois eixos principais: 1) Parnamirim; 2) São Gonçalo
do Amarante e Zona Norte de Natal. Essa dinâmica reforça o desafio de que é necessário a
implantação de políticas públicas inter-municipais, e não somente em municípios isolados.

15. A força comercial do Alecrim
Apresentador:
           Ronaldo Borges (Aluno do Curso de Geografia-UFRN)
           ronaldo.borges@zipmail.com.br
Demais autores:
           Marcelo Monte (Aluno do Curso de Geografia-UFRN)
           Liovegildo Rocha (Aluno do Curso de Geografia-UFRN)
           Leila Negrão (Aluna do Curso de Geografia-UFRN)
           Katherine Ribeiro (Aluna do Curso de Geografia-UFRN)
O presente trabalho tem como enfoque principal a análise da trajetória comercial do bairro do
Alecrim. Diante desta proposta, realizamos uma pesquisa histórica sobre surgimento e o crescimento
da cidade do Natal dando ênfase ao bairro. Até o final do século XIX Natal se resumia aos bairros
de Cidade Alta Ribeira. Este, tem suas origens relacionadas, principalmente, ao comercio
desenvolvido em função do porto, da população da Cidade Alta e da atividade pesqueira. Ao longo
do século XIX, Natal passou por mudanças que estão relacionadas com o seu crescimento
populacional e pelo deslocamento da atividade da cultura canavieira pelo litoral oriental ocupando
todas as regiões propícias - vales e solos tipo massapê. Paralelamente à cultura canavieira, no
interior se desenvolvia a cultura algodoeira e a atividade pecuária que fornecia carne, couro e força
de tração para as outras duas atividades. A região do atual bairro do Alecrim, que foi o 4º bairro da
cidade, ganhava importância comercial por dois aspectos: pela instalação de uma fábrica de sabão,
no ano de 1896 e pela ligação com o interior, através da região de Macaíba. Despontavam
estabelecimentos comerciais para atendimento da população operária e das caravanas de tropeiros e
migrantes, vindos do interior, que aí chegavam com seus produtos e buscando abastecimentos para a
viagem de retorno. Queremos assim demonstrar que o espaço do atual bairro do Alecrim, no início
do século XX, já refletia as relações sociais e a segregação social praticadas pela sociedade da época
pois já começava a se firmar como um espaço fornecedor de bens para as camadas mais pobres da
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população. De posse desse víeis, o bairro vem, até nossos dias, se reproduzindo social e
comercialmente e adquirindo maior importância dentro da espacialidade da cidade. Em 1941, com a
instalação da Base Naval no bairro do Alecrim e, a percepção do comando militar americano, de que
não poderiam importar todos os suprimentos exigidos pelas tropas aqui situadas, em tempos de
conflito mundial, o bairro passa a ser chamado a ampliar suas atividades comerciais. Por essas
razões históricas e o seu desenvolvimento, ao longo do século XX, o bairro do Alecrim se firmou
como um bairro comercial voltado para as classes sociais mais pobres da sociedade da cidade.
Acreditamos que, apesar do crescimento de Natal em direção a novas frentes, com a adoção de
novas estratégias comerciais como os “shopping-centers”, pequenos “malls”e comércios de bairro o
Alecrim não irá perder seu vigor comercial em função das razões históricas expostas, do modelo
concentrador de renda existente e do achatamento da massa salarial por que vem passando a
população economicamente ativa.

16. Segregação sócio-espacial: uma breve análise sobre as favelas de Natal.
           Jucicléa Souza Alves (Bolsista PIBIC-CNPq/Base de Pesquisa Unidade Interdisciplinar
                 de estudos sobre a habitação e o espaço construído – DGE/UFRN)
           Ademir Araújo da Costa (Coordenador da Pesquisa e Prof. do Departamento e do
                 Mestrado em Geografia-UFRN)
Este trabalho pretende apresentar elementos impulsionadores do processo de favelização em Natal
nos últimos anos. Para compreendermos as transformações do espaço urbano é imprescindível a
analise da produção do produto-habitação, pois esta se torna mercadoria de alto valor no mercado
capitalista e, portanto, responsável pela distribuição espacial da população urbana, como também
reveladora da segregação sócio-espacial. Este processo inicia-se com a adoção do sistema
capitalista, que, tendo como base um modelo concentrador e excludente, afasta as massas populares
do direito à moradia, através, principalmente, da precarização dos salários. Assim, as populações
pobres não estão “aptas” a pagar pelo preço da habitação na “cidade legal”, encontrando como
alternativa de se reproduzirem no espaço urbano, a construção de barracões em áreas próximas ao
emprego ou em áreas de desvalorização comercial. Seu estado de inércia ocorre pelo poder público e
moradores de bairros nobres, considerarem os moradores das favelas usurpadores do espaço público
ou privado e, por isso, responsáveis pelas más condições de habitação em que se encontram. Em
Natal, percebemos que nos últimos anos, o numero de favelas vem aumentando associado com o
aumento do percentual da população residente nesses espaços de interesses social. Este fato reflete a
inexistência e/ou ineficiência de políticas públicas que minimize ou contenha a ampliação desse
processo na cidade, sem oferecer, assim, melhores condições de vida para seus habitantes.

17. Os objetos imobiliários e a produção do espaço na zona sul de Natal/RN
           Ângelo Magalhães Silva (Mestre em Ciências Sociais-UFRN)
Este trabalho discute a produção do espaço urbano da Zona Sul de Natal/RN, principalmente após os
anos 80, quando este espaço da cidade passa a ser mais intensivamente ocupado. A ocupação teve
por objetivo requalificar a cidade frente às transformações mais gerais determinadas pela
reestruturação produtiva. Nesse contexto, Natal passa a comportar novos atributos urbanos na forma
de objetos imobiliários. Vias de acesso, conjuntos habitacionais e estabelecimentos comerciais
foram construídos. Buscando atender às novas demandas da atividade turística como alternativa para
o crescimento econômico. Espaços da cidade como a Zona Sul foram requalificados e adaptados por
meio dos novos objetos imobiliários. Neste trabalho a produção do espaço na Zona Sul é vista como

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um processo de desenvolvimento urbano desigual e seletivo, que levou um novo contingente
populacional a se estabelecer no local, como também à diversificação de atividades econômicas, ao
estabelecimento de um mercado imobiliário mais dinâmico, ao loteamento de glebas e venda de
terrenos, e ao surgimento de condições de moradia e de trabalho diferenciadas das antes
estabelecidas

18. Pioneirismo teórico e dificuldades práticas do Plano Diretor de Natal
           Maria Floresia Pessoa de Souza e Silva (Mestranda em Arquitetura e Urbanismo do
                 DARQ da UFRN)
           Nelma Sueli Marinho de Bastos (Mestranda em Arquitetura e Urbanismo do DARQ da
                 UFRN).
O Plano Diretor de Natal, Lei Complementar Nº 07 de 05/09/1994, foi elaborado em conformidade
com os princípios norteadores do Movimento de Reforma Urbana. O processo envolveu a
participação popular, através de reuniões nas comunidades, discussões com associações de classes e
entidades civis organizadas, conselhos comunitários etc. As propostas também foram debatidas, em
particular, com os setores privados e amplamente discutidas tanto no Conselho de Planejamento
Urbano e Meio Ambiente (CONPLAM), como na Câmara Municipal do Natal. Este instrumento
preconizava uma nova visão de cidade e assim, muitos avanços se consolidaram a partir das idéias
vanguardistas nele contidas, que se apoiaram em instrumentos jurídicos, fiscais e urbanísticos, que
possibilitariam, em tese, uma gestão mais justa e ambientalmente equilibrada da cidade. Hoje, se
observa que nem todos os instrumentos foram implementados na prática, e que aqueles
“implementados”, sofreram alguns desvios de seus princípios constitutivos, ou seja, de sua filosofia
original. Este estudo se propõe a uma breve avaliação, de alguns desses instrumentos, questionando
os seus alcances teóricos e práticos, as dificuldades de implementação, bem como os resultados.

19. Cooperação intergovernamental: a experiência do Parlamento Comum da
Região Metropolitana de Natal
Autor:
           Juliano Varela de Oliveira (Bolsista PIBIC-CNPq do Departamento de Ciências Sociais-
                 UFRN)
Orientadora:
           Maria do Livramento Miranda Clementino (Profa. Dra. do Departamento de Ciências
                 Sociais-UFRN)
As cidades são espaços que sofrem constantes mudanças diante da globalização. Assoladas por
vários problemas sociais, elas passam por reconfigurações que abalam sobremaneira suas estruturas.
Nesse clima de remodelagem estrutural, as chamadas regiões metropolitanas aglutinam problemas
clássicos e contemporâneos que requerem atenções especiais por parte dos governos. No Brasil, a
partir da Constituição Federal de 1988, a questão metropolitana foi relegada a segundo plano. Na
tentativa de redemocratização da sociedade, a referida Constituição passou a dar mais atenção aos
municípios, e, mesmo valorizando a cooperação intergovernamental, incentiva um municipalismo
autárquico e isolacionista. O presente trabalho objetiva identificar e compreender a construção de
mecanismos de cooperação intergovernamental no âmbito da Região Metropolitana de Natal
(RMN). Análise bibliográfica, levantamento de dados secundários, leitura de documentos e
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realização de entrevista foram os recursos metodológicos empregados na pesquisa. O Trabalho está
estruturado em três capítulos: o primeiro relacionado ao processo de instituição de regiões
metropolitanas no Brasil, aos dilemas da cooperação intergovernamental e à concepção de Pacto
Territorial; o segundo referente à caracterização geral da RMN; e o terceiro sistematiza o processo
de formação do Parlamento Comum, experiência de cooperação intergovernamental tida como
objeto de estudo deste trabalho. Como conclusão, observamos, a partir da atuação do Parlamento
Comum, um potencial de mobilização de atores sociais e políticos importante à concretização de um
Pacto Territorial no âmbito da RMN.

Presidente da mesa:
           Profa. Ms. Edna Maria Furtado

20. O usucapião urbano coletivo e o papel das associações de moradores
           Emanuel Dhayan Bezerra De Almeida (Graduando do Curso de Direito – UFRN)
           edadvocacia@digi.com.br
A Lei n.º 10.257, de 10 de julho de 2001, mais conhecida como Estatuto da Cidade, constituiu, sem
dúvida alguma, num dos maiores avanços legislativos concretizados nos últimos anos. Após um
difícil e demorado processo de tramitação no Congresso Nacional, enfim foi regulamentado o
capítulo de política urbana da Constituição Federal. Importantes instrumentos foram aprovados,
entre eles, o usucapião urbano coletivo. Tal instituto cumpre duas finalidades extremamente
importantes para uma imensa parcela da população brasileira que vivem em favelas, cortiços,
conjuntos habitacionais invadidos e loteamentos irregulares. A primeira finalidade é cumprida com a
regularização fundiária que assegura o direito à moradia a esses brasileiros. A segunda é garantir o
cumprimento da função social da propriedade por meio da promoção de uma política de
regularização fundiária. As partes legítimas para pleitear o reconhecimento da aquisição do domínio,
através do usucapião urbano, são: a) o possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou
superveniente; b) os possuidores, em estado de composse; c) a associação de moradores da
comunidade. Deste modo, a associação de moradores tem importante papel na regularização da
posse dos imóveis ocupados nas milhares de favelas e loteamentos irregulares, produzindo uma
gestão mais democrática do espaço urbano e dando início a verdadeira revolução que pode vir a ser
o Estatuto da Cidade.

21. Festa na cidade: um estudo sobre o desenvolvimento do mercado informal em
Natal
           Elaine Cristina Alves da Costa Savalli (Mestra em Sociologia - UFRN)
           elainesavalli@hotmail.com
A pesquisa contempla os vendedores ambulantes na cidade do Natal e a sua participação no
Carnatal, maior evento sócio-econômico do Estado do Rio Grande do Norte que ocorre todos os
anos desde 1991 no mês de dezembro, no contorno do Estádio de Futebol Profº João Machado –
Machadão. A análise do trabalho dos ambulantes no Carnatal implica o conhecimento do mercado
informal em Natal, dos participantes e da dinâmica da maior festa da cidade. A partir da pesquisa de
campo e das entrevistas realizadas nos anos de 2000/2001, elaboramos uma tipologia dos
vendedores do Carnatal: os profissionais, os eventuais, e os “estrangeiros”. Constatamos que, de um
modo geral, a atuação dos ambulantes no Carnatal é positiva, já que eles aproveitam o máximo da
festa para melhorar o seu orçamento e ao mesmo tempo, para se divertirem; o lucro determina a
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1 resumo de otavio luiz machado nos anais x semana de humanidades ufrn

  • 1. Anais XI Semana de Humanidades XI SEMANA DE HUMANIDADES ANAIS
  • 2. Anais XI Semana de Humanidades SUMÁRIO OBJETIVO .......................................................................................3 CERIMÔNIA DE ABERTURA .......................................................4 GRUPOS DE TRABALHOS............................................................5 MINICURSOS & OFICINAS ......................................................255 PAINÉIS .......................................................................................268 MOSTRA DE VÍDEOS ................................................................322 OUTROS EVENTOS ...................................................................326 LANÇAMENTO DE LIVROS, REVISTAS E JORNAIS ............336 ESTATÍSTICAS ...........................................................................339
  • 3. Anais XI Semana de Humanidades OBJETIVO: A XI Semana de Humanidades visa congregar e divulgar o trabalho de pesquisadores (professores, fucionários e alunos) do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). 3
  • 4. Anais XI Semana de Humanidades CERIMÔNIA DE ABERTURA: segunda-feira, 19 de maio, 16h, no Setor de Aulas II. Com coquetel e apresentações artísticas. PALESTRA DE ABERTURA A Sociedade Internacional e a União Européia no Pós-Guerra do Iraque François D’Arcy Professor Emérito da Universidade de Grenoble (França). Doutor em Direito Público pela Universidade de Paris. Foi, até 2000, professor do Instituto de Estudos Políticos de Grenoble, do qual foi diretor de 1987 a 1995. Lecionou em diversas universidades no mundo, como a Yale University, a UQAM (Montreal) e a UNESP. Publicou vários livros. Hoje reside no Brasil e colabora com várias universidades. 4
  • 5. Anais XI Semana de Humanidades GRUPOS DE TRABALHO (GTs) 5
  • 6. Anais XI Semana de Humanidades Grupos de Trabalho (GTs): terça e quarta-feira, 20 e 21 de maio, 14:00-18:00h (com exceção de GTs de Psicologia, que acontecerão pela manhã), nos auditórios do CCHLA e Setor de Aulas II. . Os GTs reunirão apresentações de trabalhos sobre um mesmo tema. O Coordenador do GT presidirá a mesa, estabelecerá o tempo de cada apresentação (a sugestão é de que seja em torno de 20 minutos), o dia e a ordem das apresentações, e o formato do debate (se seguido a cada apresentação ou ao final de cada dia). O GT será realizado em dois dias, num total de 8 horas. O número de trabalhos aceitos pelo Coordenador do GT deverá levar em consideração esta limitação. . As propostas de GTs serão feitas por professores dos departamentos que compõem o CCHLA e deverão ser enviadas para a Coordenação da XI Semana de Humanidades, sala 119 (fone: 2153573), até o dia 7 de abril. As propostas deverão ser entregues em disquete ou pelo email ( humanidades@cchla.ufrn.br ), com cópia em papel, contendo as seguintes informações: nome do(a) professor(a) coordenador(a) – máximo de dois por GT –, endereço eletrônico (email), departamento, título do GT, resumo com no máximo 20 linhas de 75 toques (ver modelo em anexo). Os GTs poderão ser interdepartamentais. A Coordenação da XI Semana de Humanidades divulgará a relação de GTs, com seus respectivos coordenadores e emails de contato, na página do evento (www.cchla.ufrn.br) e quadros de avisos. Serão aceitas apenas as 22 primeiras propostas de GT dada a limitação de espaço disponível. . Os proponentes de trabalho para os GTs deverão, até a quarta-feira 30 de abril, entrar em contato com os coordenadores dos GTs, através dos emails divulgados, fornecendo as seguintes informações: nome do proponente, departamento ou instituição, título do trabalho, resumo (máximo 20 linhas de 75 toques, em Times New Roman, 12)(ver modelo em anexo). Os proponentes de trabalho para os GTs serão informados pelo Coordenador do GT da aprovação de sua proposta. Os Coordenadores de GTs fornecerão à Coordenação da XI Semana de Humanidades a lista completa dos trabalhos a serem apresentados no GT, por dia de apresentação, na ordem de apresentação, até o dia 5 de maio. A lista incluirá: título do GT, resumo do GT, nome(s) do(s) coordenador(es), seguidos de cada um dos trabalhos a serem apresentados, incluindo as seguintes informações: título, nome do(a) apresentador(a) do trabalho, nome(s) do(s) autor(es) e resumo. A lista será entregue em disquete ou pelo email ( humanidades@cchla.ufrn.br ), com cópia em papel, na fonte Times New Roman, 12. (Ver modelo anexo.) Os Coordenadores de GTs devem informar até o dia 5 de maio se necessitarão de cópias-xérox e transparências. Haverá apenas três auditórios equipados com data-show. Estes serão alocados aos três primeiros proponentes de GTs. Todos os demais auditórios/salas onde serão realizados os GTs terão retroprojetor. Quem necessitar de projetor de slides e/ou TV-Vídeo deverá informar à Coordenação até o dia 5 de maio. . A participação nos GTs é aberta a todos os interessados. Aqueles que desejarem receber Certificado de Participação deverão assinar a lista de presença, fornecendo o nome completo. ATENÇÃO: Os certificados serão entregues aos apresentadores de trabalho pelos próprios Coordenadores dos GTs, no local da apresentação, ao final do dia de trabalho. Receberão certificados apenas os apresentadores de trabalho. Co-autores não receberão certificados. Orientadores de trabalhos apresentados por graduandos e mestrandos não receberão 6
  • 7. Anais XI Semana de Humanidades certificados. Os Certificados de Participação serão entregues a partir do dia 17 a 31 de junho na sala 119 do CCHLA. 7
  • 8. Anais XI Semana de Humanidades RESUMOS DOS GTs 8
  • 9. Anais XI Semana de Humanidades GT-01: COMUNICAÇÃO, CULTURA & MÍDIA Coordenadores: Prof. Dr. Adriano Lopes Gomes (Departamento de Comunicação) Profª. Drª. Olga Maria Tavares (Departamento de Comunicação) E-mail: comidia@cchla.ufrn.br Local/horário: Sala 229-CCHLA, mini-auditório de Comunicação Social, 25 lugares, terça e quarta, 20 e 21 de maio, 14:00-18:00h. O GT tem o objetivo de apresentar estudos e reflexões relacionados com o fenômeno da comunicação e suas vertentes, privilegiando análises da linguagem midiática sob a perspectiva das Teorias da Comunicação e da Semiótica. Serão consideradas propostas de trabalhos que estejam inseridos sob estas áreas de concentração: 1. Comunicação e leitura 2. Comunicação e meio ambiente 3. Comunicação e linguagem publicitária 4. Comunicação eletrônica: rádio, tv e mídia digital RESUMOS 1. Da Coca-Cola Ao Absorvente – Desvendando a Alma do Negócio Cilene Alves Menezes de Freitas François de Oliveira Ferreira Joyce de Oliveira Lessa Vinícius Nascimento de Albuquerque Ao longo da sua história, a publicidade procurar se adequar à época em que está inserida. O produto divulgado é colocado como sendo parte da sociedade, como se ele fosse algo inerente ao consumidor. O presente trabalho visa comparar as peças publicitárias de alguns produtos no início da década de 40, anos 70 e final do século XX, início do XXI. O texto publicitário, qualquer que seja a mensagem implícita, é o testemunho de uma sociedade de consumo e conduz a uma representação da cultura a que pertence, permitindo estabelecer uma relação pessoal com a realidade particular. Seu intuito primeiro e explícito é o estímulo à venda e à compra de um produto, vindo logo a seguir a ênfase colocada em determinado aspecto de uma cultura, como um projetor poderoso, sem deixar de criar em torno de si algumas zonas de sombra. 2. Rádio AM em Natal: História e Possibilidades João Paulo Azevedo de Araújo Este trabalho tem por finalidade traçar um perfil da realidade das emissoras de rádio AM da cidade de Natal. Para tanto, será feito um breve estudo sobre a história das rádios que atuam hoje na capital potiguar. Contudo, o trabalho não se restringe a descrever a história dessas emissoras e a fazer uma análise de suas programações como é comum nos poucos trabalhos publicados sobre o assunto. O objetivo é fazer um estudo sobre a realidade hodierna desse segmento da radiofonia em Natal, analisando as condições tecnológicas e comerciais das emissoras, servindo-se para isso de referências a sua história e a sua programação. 9
  • 10. Anais XI Semana de Humanidades 3. O Ser Humano sob o Olhar dos Fotógrafos Sebastião Salgado e Joel Peter-Witkin Ana Paula Costa da Silva Brunno Ralph dos Santos Caio Khayam Neves de Souza e Nunes Dias Jorge Ricardo Dias Santiago Kaline Sampaio de Araújo Lianne Pereira da Motta Pires Verônica Nogueira Campos Este trabalho faz uma análise comparativa entre dois fotógrafos contemporâneos: Sebastião Salgado e Joel Peter-Witkin. O primeiro, natural de Minas Gerais, nasceu em 1944. O segundo, natural de Nova York, nasceu no ano de 1939. Um dos maiores fotógrafos brasileiros de todos os tempos, Salgado passou a se dedicar ao ofício somente em 1973, quando abandonou a Economia. Witkin, conhecido mundialmente por suas fotografias, iniciou sua carreira aos 17 anos, em um circo de horrores de Coney Island. Sebastião Salgado realizou inúmeras viagens por países devastados pela fome, pela miséria e pela guerra, fotografando as vítimas da desigualdade e da exclusão social, podendo ser considerado, portanto, um adepto da “fotografia engajada”. Joel Peter-Witkin fotografa temas visualmente chocantes, sendo considerado por alguns como macabro e sensacionalista. Retrata desde imagens de mutilados e hermafroditas a cadáveres ou seus pedaços. Fundamentado nos pressupostos teóricos da análise de conteúdo, bem como levando em consideração as técnicas de fotografia, o contexto da imagem e a história de vida dos fotógrafos, este trabalho analisa algumas das principais obras dos dois autores, relacionando-as entre si na forma como retratam o ser humano. 4. O Jogo da Esquerda: O Marketing Eleitoral do Partido dos Trabalhadores (PT) e as Eleições para o Governo do Estado Sandra Pequeno A análise do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral – HGPE – na campanha para o Governo do Estado em 2002 apresentou alguns avanços em relação à de 1998, em especial no que se refere ao nível da argüição dos debates políticos dos programas eleitorais. Porém, apesar disso, alguns problemas persistiram, principalmente aqueles relativos ao uso das estratégias de marketing dos programas, em especial, a utilização do marketing eleitoral promovido pelo PT, tema desta pesquisa. De certo, no ano de 2002, observamos o crescimento do Partido dos Trabalhadores no âmbito nacional. Neste contexto, coloca-se o Marketing político e eleitoral como um dos constituintes da vitória do PT na disputa nacional. Resta saber, se tal contribuição atingiu aos demais pleitos a qual o partido disputava, em especial no Estado do Rio Grande do Norte, e mais precisamente, a disputa para o Governo do Estado. O presente estudo empreende uma análise da visão acerca do marketing político e eleitoral apresentado pelo Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Norte (PT/RN) nestas eleições, mas especificamente, o estudo do HGPE. Objetiva, desta forma, analisar as diretrizes que deram vazão ao trabalho articulado pela coordenação de comunicação do partido, de que forma foi trabalhado o paralelo entre “tecnólogos e ideólogos” dentro de um projeto de comunicação que necessitava ultrapassar as barreiras do anonimato e apresentar o seu candidato ao governo do Estado. 10
  • 11. Anais XI Semana de Humanidades 5. Barcelona Virtual: Nunca Foi Tão Acessível a um Pequeno Município ler Sobre Si Mesmo. Adriano Medeiros Costa A pesquisa é uma revista virtual (www.barcelonarn.hpg.com.br) que tem um enfoque jornalístico e educacional. Procurando analisar as características artísticas, históricas, geográficas, econômicas, lingüísticas e sociológicas do município de Barcelona, Rio Grande do Norte, Brasil. O site é dirigido à população de Barcelona, mas também é útil a qualquer pessoa interessada em assuntos ligados ao sertão do nordeste brasileiro. No site destaca-se a aparência tipicamente sertaneja, ela é resultado do compromisso com o Movimento Armorial. O que difere o site de Barcelona de outros é que ele não é turístico, nem sua preocupação é a de formar professores, mas orientar comunidades inteiras através da notícia e da informação. A preocupação não é a de fornecer notícias didaticamente para uso em sala de aula, embora também tenha essa utilidade, mas possibilitar que pequenas comunidades se conheçam, tenham consciência de sua própria realidade e sua cultura para que tenham visão própria (tendo por base sua cultura) da realidade em que vivem. Para que cientes dos problemas, vantagens e potencialidades, passem a agir pela melhoria de suas condições de vida. Isto é, usar o Jornalismo como instrumento de mudança e de consciência. 6. A Ressurreição Anarquista: Breve História Fenomenológica da Noção de Estado e a Possibilidade de sua Desconstrução Através de uma Aliança Estratégica da Mídia com o Terceiro Setor. Marcelo Bolshaw Gomes Não se trata de retomar o anarquismo insurrecional de Bakunin ou de Proudhon. Este texto pretende discutir a situação atual do Estado, investigando sua evolução histórica, teórica e, principalmente, o desenvolvimento do conflito entre as esferas pública e privada. É intenção deste demonstrar que o atual impasse entre os modelos de 'Estado da Providência', de inspiração keynesiana, e de 'Estado Neoliberal' aponta para uma terceira solução, um 'Estado Mínimo Social', em que a esfera pública interferir seletivamente no mercado e na vida social, uma sociedade democrática em que as instituições gozem do máximo de autonomia em relação ao estado e em que os indivíduos desfrutem do máximo de autonomia pessoal em relação às instituições. O anarquismo contemporâneo é ancorado na teoria da complexidade e na possibilidade de desenvolvimento máximo das liberdades. Diferentes visões estruturam discutem a crise do Estado nas Ciências Sociais contemporâneas. Destaco aqui três contribuições: Adam Przeworski (1995), que articula a questão do Estado ao conflito entre o mercado e a democracia; Peter Evans (1993), discute se o Estado é um problema ou uma solução para sociedade; e, finalmente, Boaventura de Souza Santos (1996), que apresenta a hipótese de que o Terceiro Setor possa oferecer uma solução ao impasse existente entre a esfera estatal e o mercado. No entanto, como veremos, essas são respostas ainda parciais à questão da crise atual do Estado, mas apontam para necessidade de uma reforma social (uma desconstrução da esfera pública) e para a aliança estratégica entre os meios de comunicação e o Terceiro Setor. Para compreender esta discussão, porém, é preciso antes retroceder no tempo e pensar primeiro na evolução histórica do Estado e de seus principais pensadores. 11
  • 12. Anais XI Semana de Humanidades 7. Mídia e Imaginário: O Poder das Telenovelas na Cidade de Caicó/RN Márcio Roberto de Sousa Brito Neste início do século XXI, mais do que nunca, a televisão é uma das representações culturais que mais interfere no cotidiano das pessoas implementando ritmos diferenciados a funcionalidade citadina. Se na década de 60 espaços públicos como praças, calçadas desempenhavam a função de aglutinar pessoas, hoje é a televisão, localizada nos espaços privados das residências detém o poder de seduzir, direcionando as ações dos indivíduos em termos espaço-temporais. É fato que o desenvolvimento e aperfeiçoamento das “tecnologias da inteligência” possibilitaram uma ampliação e disseminação da informação da sociedade. O nosso conhecimento está sendo adquirido cada vez mais através de imagens transmitidas pela televisão. A telenovela, por exemplo, tem mobilizado diariamente milhares de pessoas. A novela revela debates, discussões sobre problemas do nosso cotidiano domina, portanto, a programação nacional. Nesse contexto, a emissora que mais produz novela é a Rede Globo de televisão. A nossa pretensão é realizar um estudo a partir de um corpus televisivo, do poder que as imagens, sobretudo as veiculadas pelas telenovelas e sua interferência no território de Caicó, no imaginário coletivo de seus habitantes. Partindo do pressuposto que nessa era do espaço virtual, da imagem, o território, o nosso conhecimento, vêm sendo alimentado e influenciado pela mídia. Com base no que foi exposto, o trabalho busca compreender como o imaginário social é trabalhado pela mídia televisiva a partir das telenovelas da Rede Globo, veiculadas no horário das 20hs, no período de setembro de 1999 a fevereiro de 2003. 8. Memória Social, História, Cultura e Representações Sociais – SIP As Representações de Manoel Rodrigues de Melo e a Casa Euclides da Cunha, No Rio Grande Do Norte Maria da Salete Queiroz da Cunha A pesquisa tem por objetivo (re)constituir as representações da Casa Euclides da Cunha, instituição cultural voltada para estudos regionais, idealizada e fundada pelo escritor potiguar Manoel Rodrigues de Melo, com a colaboração de intelectuais contemporâneos e cujo órgão de divulgação foi a revista BANDO, que circulou na década de 1949-1959, articulando os intelectuais potiguares em torno do movimento que ficou conhecido nos meios literários norte-rio-grandenses e nordestinos como Bandoleirismo. METODOLOGIA: Através de estudos teórico-metodológicos, ancorados na vertente interpretativa da Nova História Cultural, estão sendo interpretadas as práticas culturais do intelectual potiguar Manoel Rodrigues de Melo e a repercussão dessas práticas no âmbito de um novo pensamento da realidade norte-rio-grandense e nordestina. RESULTADO: Constata-se no decorrer da pesquisa a contribuição dos estudos do intelectual-bandoleiro, através de um trabalho de pesquisa das raízes nordestinas brasileiras, sob os aspectos social, histórico, etnográfico e folclórico. CONCLUSÃO: A Pesquisa, em fase de conclusão,, deixa entrever claramente os relevantes serviços prestados à cultura brasileira pela Casa Euclides da Cunha, no que diz respeito à fomentação e divulgação de uma nova representação da realidade norte-rio-grandense e nordestina, com repercussões diretas no processo de educação formal e informal do Rio Grande do Norte. 12
  • 13. Anais XI Semana de Humanidades 9. Análise Semiótica do filme “Matrix” Olga Maria Tavares Sob a perspectiva da oposição semântica Real vs Virtual, o filme “Matrix” apresenta elementos que revelam a produção de sentidos de suas imagens e os efeitos de sentido que elas evocam. A estratégica fílmica é toda construída em cima de arquétipos míticos do nosso imaginário, de situações do nosso cotidiano e de visões estéticas metalingüisticas. A análise que se propõe é desvelar esse percurso narrativo do texto fílmico para que se possa apreender o seu significado e compreender o universo cinematográfico que os diretores, os irmãos Larry e Andy Wachowsk, idealizaram na sua completude. Nesta frenética ficção científica existe uma trajetória narrativa imagética que não prescinde dos fatores que complementam a condição humana nas suas necessidades mais elementares, como o sonho, a religião, a dúvida existencial. Há, no texto fílmico, um poder de metamorfosear a miserável existência do não-saber na possibilidade de poder-ser e, assim, modificar tanto o indivíduo comum quanto o mundo ilusório que ele próprio criou e não suporta. 10. Weblog– Ferramenta de Comunicação e Tribalização na Sociedade Pós-Moderna Frankjarbe Vitorino O presente trabalho tem como principal objetivo analisar uma nova modalidade de comunicação que surgiu há algum tempo na internet, os weblogs, também conhecidos como diários virtuais. Através desta ferramenta os usuários tem total liberdade para publicar o que quiser na rede mundial de computadores. Além disso observa-se que este novo serviço contribui para o desenvolvimento de um fenômeno social já profetizado por alguns estudiosos da pós modernidade, a tribalização. Os blogs dão a oportunidade de aproximar as pessoas que compartilham as mesmas idéias, mesmo que estejam separadas geograficamente. Também são um importante veículo de comunicação que vem ganhando a adesão de profissionais como os jornalistas que podem transmitir suas próprias opiniões, isenta da tão aclamada imparcialidade, a exemplo do que aconteceu recentemente no último conflito iraquiano. 11. Ensaio Foto-Radiográfico – Natureza Oculta Eliel de Souza O autor apresenta um ensaio “foto-radiográfico” que trata de um novo processamento imagético oriundo da associação da radiografia de alta resolução de uso médico com a digitalização imagética, tendo como assuntos: pequenos animais, componentes vegetais, insetos etc. Visa o autor agregar elementos que corroborem os estudos de espécimes nas áreas da botânica, zoologia, entomologia, agronomia, arqueologia, antropologia e outros campos do saber, propiciando, inclusive, a aplicação do novo método na produção artística, tendo por base a fusão de conhecimentos médicos com os recém adquiridos conhecimentos na disciplina de Fotojornalismo do Curso de Comunicação Social da UFRN. 13
  • 14. Anais XI Semana de Humanidades 12. Moda é Memória Sarina de Albuquerque de Sena Algumas de nossas peças de roupas nos fazem lembrar de momentos especiais de nossas vidas. Elas possuem o poder de desencadear na gente uma série de lembranças de algum momento ou ocasião na qual estávamos vestidos com elas. Outras roupas são capazes de nos fazer lembrar de alguma época ou de uma famosa personalidade. Como é fácil se lembrar de Marilyn Monroe ao olhar um vestido branco, decotado e esvoaçante, tal qual o usado pelo mito. Ou então associarmos a minissaia aos anos 60. Entretanto, a moda é capaz de nos trazer muito mais que mera lembranças. A moda carrega consigo a história de uma época, a memória daquele momento, refletindo acontecimentos sociais, políticos, culturais e tecnológicos. Como um breve exemplo dessa afirmação, voltemos à minissaia dos anos 60. Além dela nos remeter àquela época, ela nos informa da busca da liberdade daqueles anos, do predomínio do jovem na sociedade, da liberação sexual feminina proporcionada pela invenção da pílula anticoncepcional. Assim, pretende-se com esse estudo evocar a memória que a Moda suscita. 13. No Ar: Um Projeto de Incentivo à Mídia Eletrônica Alexandre Ferreira dos Santos Este trabalho pretende relatar um projeto desenvolvido pelos alunos do curso de comunicação social nas habilitações de jornalismo e radialismo, vinculado à base de pesquisa “Comunicação, cultura e mídia”. O projeto toque de rádio tem por objetivo tornar mais dinâmico o veículo rádio, já que trata-se de uma área pouco explorada e de potencialidades reconhecidas. e por ser o rádio um veículo pouco procurado pelos concluintes do curso, havendo mercado profissional e uma real necessidade de estudos e melhor capacitação dos futuros profissionais, este projeto busca desenvolver atividades práticas e de pesquisa, propiciando um maior interesse e gosto por essa atividade profissional. O toque de rádio se propõe a funcionar como uma espécie de laboratório para os alunos que cursam comunicação social na ufrn. nele será possível , estudar, produzir programas e aliar teoria á prática. este projeto, sem dúvidas, contribui para promoção deste meio de comunicação de massa, presente na vida social e subestimado quanto á sua importância na sociedade. 14. Publicidade em CD-Rom: Um Panorama de sua Evolução e Linguagem Taciana de Lima Burgos Os meios de comunicação desde os tempos mais remotos sempre imprimiram nas sociedades características distintas de linguagem, onde cada época apresenta-se marcada pelo surgimento e evolução de um determinado meio comunicativo, cujas características incorporam uma maneira particular de representar o universo através da linguagem. Atualmente encontramo-nos na “era do computador”, aonde a interatividade vem a lume como palavra de ordem, passando a introduzir novos códigos comunicativos. Neste contexto surge a Publicidade em CD-ROM, uma nova forma de publicitar conceitos, produtos e serviços, caracterizada por uma composição lingüística impar, e que a cada dia ganha mais destaque graças a popularidade e versatilidade da mídia CD-ROM. A inclusão do CD-ROM na esfera publicitária evoluiu a mídia para novos formatos, tamanhos e capacidades de armazenamento; características que constituíram maneiras diferenciadas e inovadoras de comunicar publicitariamente; além de criar uma nova modalidade de 14
  • 15. Anais XI Semana de Humanidades publicidade digital interativa. Dessa maneira publicitar em CD-ROM marca a aplicação de uma linguagem diferenciada, a hipermídia, como também a união de elementos constituintes do design as linhas gráficas da publicidade tradicional. Dentro desse novo perfil lingüístico e comunicativo o presente trabalho tem como objetivo fomentar um estudo evolutivo do CD-ROM e dos elementos que compõem a linguagem utilizada na construção de conteúdos publicitários para essa mídia; como também contribuir cientificamente para elucidar mais uma modalidade lingüística oriunda da evolução comunicativa, publicitária e tecnológica. 15. A Leitura da Propaganda de Moda Rosangela Moura da Silva Este trabalho tem por objetivo analisar as propagandas de moda da campanha da marca Colcci veiculadas na revista da MTV, trataremos a seguir de alguns pontos de fundamental importância para esse estudo. A propaganda de moda faz uso principalmente dos interesses inatos aos seres humanos (leitor), despertando seus desejos e "ilusões culturais", para conseguir atingir seu objetivo que é a venda de seus produtos – venda não só da roupa, do calçado, mas sim, de significados culturais implícitos no produto, como a beleza, o poder e o status. Imitar o que os outros fazem é uma tendência inata do ser humano, nossas crenças, roupas, hábitos, atitudes são em grande parte ditadas pelo que fazem os outros, pelo que vimos e vivênciamos e a moda é a expressão máxima dessa imitação. Junto com a imitação a propaganda de moda utiliza-se do desejo (sentimento também inato ao homem) para persuadir o consumidor. A propaganda tenta despertar esses desejos – principalmente a aparência pessoal, aprovação social, atração sexual, beleza e conformismo – levando os leitores a consumir os produtos anunciados. E por último, já que este estudo prioriza o meio de comunicação impresso, outro artifício de fundamental importância na propaganda de moda é a fotografia. As publicidades sempre fazem uso de um Decor (fundo/cenário) tematizando suas peças publicitárias, usando o lúdico, o imaginário para conquistar o leitor. 16. O Anonimato e o Estrelato no Reality-Show: Um Estudo do Big Brother 3 Mírian Moema Pinheiro O Anonimato e o estrelato no reality-show é a temática que fundamenta o presente projeto de pesquisa. Neste sentido, buscaremos analisar como a mídia televisiva se apropria da “intimidade” do indivíduo anônimo e num processo de metamorfose, consegue transformá- lo numa estrela, inserindo-o no sistema-star, aquele no qual, os personagens midiáticos, acabam interferindo na realidade a partir de suas performances. Para tanto, estamos nos propondo, a compreender esse novo gênero televisivo (reality-show), que nos parece, traz uma nova configuração visual. Esta forma, favorece a construção do espetáculo, que utiliza a metáfora da “Ação Teatral” para os homens convencerem e dominarem as impressões que os outros podem ter deles. Daí a indagação: Há uma nova enunciação televisiva? Como se articulam os elementos constitutivos do formato reality-show/big brother? Tais indagações são objetos de investigação do nosso projeto de pesquisa ora em andamento, pelo programa de Pós Graduação em Ciências Sociais. 17. Economia, Meio Ambiente e Mídia, no Rio Grande do Norte: Desafios e Oportunidades Perante a Sociedade da Informação Marígia Mádje Tertuliano dos Santos 15
  • 16. Anais XI Semana de Humanidades Josenira Fraga Brasil A difusão do conhecimento, via práticas de educação ambiental, pela mídia, vai além do alcance de políticas específicas da área. Acredita-se que esta decisão está amarrada às definições de um projeto político da sociedade, o qual está sendo traçado de modo independente, sem uma discussão que conscientize a sociedade através de uma nova mídia.No conjunto, esta discussão é justificada pela necessidade do Rio Grande do Norte passar a integrar o movimento global de intensa velocidade de comunicação e troca de informação, que vêm determinando mudanças exponenciais nas áreas econômica, política, social e cultural, através do viés ambiental. Logo, com base em pesquisa piloto, pretende- se explorar a relação entre o desenvolvimento econômico do Estado do Rio Grande do Norte e a preservação do meio ambiente, vistos através das matérias veiculadas no Diário de Natal, no período compreendido entre 1992 a 2002 considerando as práticas ambientais implementadas pelas empresas locais. Em seguida, conhecer o mapeamento e o modo como está sendo encaminhada a utilização das mídias contemporâneas locais, no estímulo às práticas cidadã e o desenvolvimento sustentável. 18. A Leitura de Literatura e a Mediação do Contador De Histórias Adriano Lopes Gomes Este trabalho relata os resultados da pesquisa O contador de histórias na perspectiva da formação do leitor, realizada em uma escola da rede pública do estado, situada geograficamente na cidade do Natal-RN, com alunos de 5ª série do ensino fundamental, que demonstravam pouca experiência de leitura. Descreve a pesquisa, de natureza experimental e qualitativa, adotando-se o professor como mediador do processo, assumindo a condição de contador de histórias, no sentido de motivar, envolver e promover o gosto pela leitura literária no âmbito das atividades escolares. Tal estudo revelou que o professor, quando faz a mediação do texto literário através das práticas de oralidade, é capaz de catalisar a atenção dos aprendizes, favorecendo a cultura da leitura literária. A pesquisa resultou na tese de doutorado, pelo programa de pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 19. A Imprensa Natalense na Segunda Guerra Mundial: Uma Análise da Cobertura da Guerra pelos Jornais “A República” e “O Diário”, no Período de Janeiro de 1942 a Janeiro de 1943. Carmem Daniella Spínola H. Avelino Durante a Segunda Guerra (1939-45), Natal era uma provinciana capital do Nordeste brasileiro, localizada numa posição geográfica estratégica - o ponto do continente mais próximo da África, sendo considerada pelos Estados Unidos como sua principal Base Militar no Atlântico Sul: o “Trampolim da Vitória”. Não obstante a isso, a cidade transformou-se num centro de notícias, uma vez que daqui partiram fatos que seriam publicados na imprensa nacional e internacional. A sociedade natalense sofreu fortes influências norte-americanas nesse período. Muitos autores brasileiros e estrangeiros já versaram sobre o assunto, mas nenhum deles tratou da imprensa natalense especificamente. Partindo do exposto, o presente projeto de pesquisa pretende levantar questões como, de que forma se dava a relação entre a mídia e o poder? Como a imprensa refletiu a reviravolta na sociedade natalense com a instalação de bases militares norte-americanas na cidade? Existia uma manipulação de notícias por parte do Comando Militar? Os jornais natalenses precisaram ser “vigiados” ou espontaneamente assumiram uma postura editorial que favorecia os interesses dos norte-americanos? A partir dessas questões, a intenção é 16
  • 17. Anais XI Semana de Humanidades mostrar se a imprensa escrita natalense sofreu influências e manipulações no trato das notícias sobre a Segunda Guerra. Serão tomadas como base de estudo as notícias publicadas pelos dois principais jornais daquela época, “A República” e “O Diário”, no período de janeiro de 1942 a janeiro de 1943, uma vez que nesse espaço de tempo aconteceram os mais relevantes fatos na história da presença norte-americana em Natal. 20. A Importância do Telejornalismo na Educação em Saúde Daniella Fernandes de Medeiros O presente projeto se propõe a desenvolver uma análise de matérias, que tratam do tema saúde, veiculadas nos três principais telejornais das emissoras com maior audiência no Estado do Rio Grande do Norte. A saúde se apresenta como um tema oportuno para a pesquisa considerando a gama de problemas veiculados pela mídia que estão relacionados a essa área. Muitas matérias relativas à saúde vão ao ar sem nenhuma intenção ou não se pensa na conseqüência que aquela notícia pode ocasionar. Por isso, pretendemos desenvolver uma análise da abordagem do tema saúde em matérias jornalísticas televisivas veiculadas pelas principais emissoras locais. Essa análise é qualitativa, se baseando em referências relacionadas à saúde, que englobam livros científicos abrangendo não só o tema da medicina, mas também da psicologia e da sociologia visto que acreditamos na interdisciplinaridade da saúde, deixando de ser apenas de cunho biológico. Por isso, em nossas referências, destacamos também as medicinas alternativas e, principalmente, a prevenção da doença como uma das soluções mais viáveis. 17
  • 18. Anais XI Semana de Humanidades GT-02: MODERNIDADE, REPRESENTAÇÃO E CULTURA Coordenadoras: Profª. Drª. Lisabete Coradini (Departamento de Antropologia) E-mail: lisabete@digi.com.br Profª. Drª. Maria Helena Braga e Vaz da Costa (Departamento de Artes) E-mail: mhcosta@ufrnet.br Local/horário: Auditório do Consecão, 72 lugares, 2º andar-CCHLA, terça e quarta, 20 e 21 de maio, 14:00-18:00h. Apresentação de trabalhos que têm como temática o uso ou análise da imagem como forma de representação – pintura, fotografia, teatro, cinema, vídeo, arte digital. Apresentação de trabalhos, projetos, e/ou pesquisas em andamento tendo como objeto de estudo a cultura e suas implicações na vida moderna e/ou pós-moderna. O GT consiste de duas sessões com seis apresentações de 20 minutos cada e tempo de 40 minutos para discussão e debate. RESUMOS 1. Caio Fernando Abreu: memórias homoafetivas Antônio Eduardo de Oliveira (Professor Dr. do Departamento de Letras - UFRN) No seu aprendizado de falar sobre a AIDS em sua obra, Caio Fernando Abreu(Bessa,2002) recorre a elementos da cultura popular, notoriamente as citações fílmicas e musicais,articulando um mapeamento homoafetivo na narrativa.É este aspecto temático relacionando a epidemia e a escrita homoafetiva o objetivo de nossa análise. 2. Narciso fotografado Flávia Batista de Lima (Aluna do Curso de Letras - UFRN) Pela semiótica o mito de Narciso é abordado no discurso textual e imagético ao abranger a reprodução narcisista do homem pela fotografia. Walter Benjamim em sua obra Magia e técnica, arte e política, aponta as relações das artes visuais frente às descobertas da identidade do homem. Deste modo, o presente trabalho busca integrar o estudo mítico de Narciso as pesquisas de Walter Benjamim, evidenciando a importância da fotografia como técnica de divulgação política e social. 3. Fotografando o movimento de Caio Fernando Abreu Flávia Batista de Lima (Aluna do Curso de Letras - UFRN) Caio Fernando de Abreu trouxe para o romance as linguagens do cinema e da fotografia em uma abordagem homoerótica. Vê-se que esses recursos incitam a percepção do leitor frente à questões universais da literatura como: a busca da identidade e de um mecanismo de preservação da memória. Logo, o presente trabalho mostrará o cinema e a literatura numa viagem do corpo em movimento. Assim, o objeto de estudo será a novela intitulada Pela noite inserido na obra Triângulo das águas do presente autor. A maneira escolhida à pesquisa é o método comparativo em uma visão estética do corpo como discurso imagético-literário. 4. Musicalidade e homoafetividade em Caio Fernando Abreu Maria da Conceição Marinho (Aluna do Curso de Letras - UFRN) Na obra de Caio Fernando Abreu temáticas que abordam questões identitárias e de homoafetividade vinculadas à citações musicais estão sempre presentes. O autor utiliza o recurso da citação musical como forma de expressão dos sentimentos mais "escondidos" das personagens, dando-lhes fluência. Dessa forma através da música é construído um espaço na narrativa no qual os personagens guardam seus "segredos" constituindo o que chamamos de 18
  • 19. Anais XI Semana de Humanidades metáfora do "armário"( Sedgwick,1990). Com isso detectamos a relevância da presença da música para compreensão da narrativa, visto que em diversos momentos canções aparecem como um código a ser decifrado, incrementando a rede de intertextualidade e significação do texto. 5. Imagens da intimidade de Laura Ednara Ferreira de Souza (Aluna do Departamento de Artes - UFRN) A leitura de imagens: Imagens da intimidade de Laura, foi realizada a partir do conto A Imitação da Rosa, da autora Clarice Lispector, e de algumas teorias do pensador Gaston Bachelard. O personagem principal do conto é Laura, uma mulher que depois de um tempo reclusa em um hospital psiquiátrico, tenta recomeçar sua vida ignorando sua estadia no hospital. Laura diz preferir manter-se ocupada, pois acredita que só dessa forma não voltaria a pensar no passado, no fato que a levou para reclusão. Ela acredita que o dever de uma mulher é fazer feliz seu marido e mantém uma relação de total dependência com ele. A casa em que vive, é responsável por muitos conflitos vividos pela personagem, ela não admite que a casa se pareça com ela, alegando não ser correto. Os conceitos bachelardianos utilizados para esta leitura de imagens foram: anima e animus e o principio de intimidade. Além da leitura de imagens, a peça Duas Visões, foi escrita partindo da junção: literatura e filosofia, e tem como temas principais a relação conjugal de Laura e Armando, a loucura, a rotina e as rosas. 6. Axé Oba Diogo Moreno Leda Feitosa Daniele Moura (Alunos da UFRN) O bairro das Rocas que se localiza na zona leste de Natal no estado do Rio Grande do Norte é tradicionalmente conhecido por ser um bairro de pescadores, nos últimos anos vem sofrendo um processo de marginalização por parte da sociedade natalense, assim neste trabalho mostraremos a realidade dos atuais moradores e através do Grolôlô do Axé Oba que seria inicialmente um bloco carnavalesco surgido no inicio da década de noventa neste bairro, que ganhou aceitação a reconhecimento dos moradores, aquele bloco que a principio era uma forma de revitalizar o carnaval de rua em Natal, se tornou o Axé Oba. Atualmente funcionando como projeto social e banda show este grupo possui uma ligação e influencia da cultura afro – brasileira.O grupo trabalha com o Axé Music e temas variados de musica Afro- brasileira. O objetivo deste trabalho é tentar através de entrevistas, pesquisas buscar compreender como se deu a influencia negra no Axé Obá alem de desmistificar a imagem falsamente construída pela mídia local, que mostra uma ``Rocas´´ de marginais. 7. A dança pós-moderna segue se definindo Leonardo Rocha da Gama (Professor do Curso de Educação Física - UFRN) Estamos vivenciando o suscitar e a criação de novos significados e valores acerca de um novo movimento estético, o Pós-moderno. O corpo que dança na contemporaneidade não é o mesmo exigido no suntuoso modelo academicista de estética clássica sobrevivente no mundo mix atual. A Dança polimorfa e polissêmica que é, cria novos sentidos, tanto para aquele que dança quanto para aquele que aprecia. No pós-modernismo o corpo que dança cria a porta da recriação. As regras historicamente construídas e que consagram obras de arte, são quebradas e recriadas a luz de uma nova experiência estética. Na experiência estética pós-modernista estabelecer o diálogo é algo inevitável. Recorro a Pina Bausch Tanzteater Wuppertal, a Cia. Deborah Colker, ao Bejart Ballet, e por fim, a Cia. Cena 11, todas expressão da Dança Pós- moderna, para dialogar sobre as características dessa estética em ebulição, através de uma 19
  • 20. Anais XI Semana de Humanidades abordagem fenomenológica hermenêutica. Aponto a hibridação das linguagens artísticas, a democratização dos corpos e as novas exigências técnicas aos bailarinos, como características comuns às companhias de dança contemporânea que se enquadram nas Artes Pós-Modernas. 8. A publicidade e a transformação de representações sobre a morte Milena Freire (Aluna do Mestrado em Ciências Sociais - UFRN) O presente trabalho se propõe a discutir a publicidade como parte integrante e reflexiva da cultura urbana, que contribui para a legitimação da sociedade, através da utilização do simbólico e das representações humanas, figurados a partir da língua e de elementos visuais. Para o estabelecimento de uma discussão é analisada a campanha publicitária do Cemitério Parque Morada da Paz, veiculada em Natal/RN, no ano de 2002, cujo resultado de vendas e a recepção do público surpreenderam o anunciante. Algumas representações tradicionais do imaginário social vêm sendo transformadas em conseqüência de uma "racionalidade" que a sociedade, principalmente a urbana, vem entendendo como elemento fundamental para sua existência. Apesar disso, temas mais polêmicos como é o caso da relação homem x morte são mantidos como mitos, e, por isso não são questionados – o que torna suas transformações menos perceptíveis. A publicidade, nestas circunstâncias, se não contribui para a mudança de valores é, no mínimo, capaz de aguçar o questionamento e influenciar a demonstração destas transformações. O objetivo desta pesquisa é perceber interferência da publicidade, mais especificamente da campanha mencionada, nas mudanças de representações relacionadas a morte nos segmentos médios da sociedade urbana natalense. 9. “Casa de passagem para a vida”: uma nova forma de perceber o portador de distúrbio mental Ana Leda Figueiredo Varela (Aluna do Mestrado em Ciências Sociais - UFRN) O presente trabalho trata de questões relacionadas ao portador de distúrbio mental e dois espaços de tratamento na cidade de Natal o hospital psiquiátrico casa de saúde Natal, por ser o primeiro hospital privado do estado e pelo perfil tradicional, e o NAPS (núcleo de atenção psicossocial), atendendo aos parâmetros propostos pela reforma psiquiátrica. Atualmente, uma das principais discussões no âmbito dos direitos humanos está centrada em encontrar modelos para substituir, de forma progressiva, as internações psiquiátricas tradicionais por uma forma mais humanizada, que tenha como meta o resgate da cidadania do portador de distúrbio mental. A Antropologia sempre se posicionou a favor das minorias, Dessa forma, este estudo etnográfico torna-se importante, por tentar uma aproximação com outros conhecimentos teóricos, favorecendo à idéias onde busco uma reflexão interdisciplinar, compreender neste contexto, a diversidade dessa temática que requer um enfoque e sobretudo um olhar amplo sobre o assunto, como: estigma , doença mental, anti-psiquiatria, instituição total, comportamento divergente, preconceito, contribuir para essa nova área da antropologia aberta à novos paradigmas. 20
  • 21. Anais XI Semana de Humanidades 10. “Menino empinando uma estrela”. Ensaio de Semiótica da Cultura II Vicente Vitoriano Merques Carvalho (Professor do Departamento de Artes - UFRN) A comunicação constitui-se da análise de uma imagem elaborada pelo artista visual Newton Navarro (1928-1992) para um cartão natalino e faz parte de uma série de leituras deste tipo de imagem em que se apreende uma representação da Cidade do Natal. Usam-se estratégias de leitura oriundas de diversos partidos teóricos agrupados sob o que se entende por semiótica da cultura, a partir de Baitello Jr. A interpretação da imagem tomada para esta comunicação faz que se apreendam, além das relações conotadas e denotadas com a Cidade do Natal, alguns conceitos subjacentes, tais como o de infância, educação (escolaridade) e liberdade. 11. Considerações sobre “Cidade de Deus” Adriana Duarte Pacheco (Aluna do Departamento de Artes - UFRN) Inserir na análise do filme "Cidade de Deus" os conceitos de Cinema Moderno de Ismail Xavier. Segundo Xavier, "falar em cinema moderno remete a uma pluralidade de tendências, primeiro se referindo à formação do estilo moderno no sentido de André Bazin - este que envolve referência à Renoir, a Welles e ao neo-realismo. E podem ser referidas, em segundo lugar, a Antonioni, Pasolini e Rossi, a Nouvelle-vague e a Renais, a Cassavetes e Gutierrez Alea, entre outras características encontradas no filme "Cidade de Deus", como o dinamismo, como a estrutura ágil, como os avanços e recuos no tempo, remetem a uma linguagem essencialmente moderna. Contudo, alguns elementos devem ser analisados cuidadosamente com base em discussões teóricas mais recentes. Este trabalho propõe discutir o filme "Cidade de Deus"(Fernando Meirelles, 2002)no contexto da discussão teórica sobre o "Cinema moderno brasileiro" desenvolvida por autores como Ismail Xavier. 12. Imagens da violência Keila Fonseca e Silva (Aluna do Departamento de Artes - UFRN) Ao longo de anos, o cinema mostrou a crueldade da violência, refletindo sobre ela banalizando-a, reinventando-a através de imagens. Por mais de meio século de história os cineastas brasileiros vêm se utilizando destas imagens, tanto pela necessidade de documentar a própria história e interferir de alguma forma sobre ela, quanto por esta fórmula temática ter se tornado uma constante na história do cinema. Seja em forma de protesto ou buscando o simples entretenimento, a violência sempre esteve presente na cinematografia brasileira que, através de imagens de dor, sangue, guerras, assassinatos, lutas de classe e de poderes, pintou sua própria história a 24 quadros por segundo. Neste trabalho, pretendo tratar de um tipo de representação fílmica específica da violência no cinema brasileiro: aquela causada pela miséria e exclusão social. Para isso, serão discutidos filmes como Rio 40 Graus (Nelson Pereira dos Santos, 1955), Terra em Transe (Glauber Rocha, 1967), Cidade de Deus (Fernando Meireles, 2002) e Orfeu (Carlos Diegues, 1996). 13. “O sonho inspirador”: Vida como arte na Austrália aboriginal. Regina Maria Moreira Guedes (Professora do Departamento de Artes - UFRN) Apresentação de imagens da arte aborígine nos territórios do norte australiano, grupos de Melville e Bathrust, das terras nordestinas Arnlem e centro da Austrália. O domínio da religião na expressão artística assim como o econômico. Trabalhos desenvolvidos nos últimos 30 anos. 21
  • 22. Anais XI Semana de Humanidades 14. As “paisagens” que emanam da obra de Francisco Brennand Rosane Felix Ferreira (Aluna do Departamento de Artes - UFRN) O trabalho visa ressaltar a valorização da paisagem no trabalho escultórico de Francisco Brennand destacando as possibilidades de interpretação através de enfoques diferentes da mesma paisagem. Demonstrando através das teorias da Geografia Cultural a influencia mútua (de causa e conseqüência) entre a história da paisagem e sua modelagem pela cultura, evidenciaremos o papel das representações como interpretações simbólicas do ambiente. Isto gera ainda o entendimento das percepções das paisagens em relação as nossas escolhas estéticas e ideológicas. 15. A imagem como elemento explicativo na habitação familiar do RN Apresentadores: Flávio César Nunes Gurgel (Aluno do Curso de Ciências Sociais-UFRN) Luciana de Medeiros Santos (Aluna Especial do Mestrado em Ciências Sociais- UFRN) Francisco Sales da Costa Neto (Aluno do Curso de Ciências Sociais-UFRN) Marilú Albano da Silva. Demais autores: Sílvio Andrade Costa Éliton de Souza Costa Maria Adeilza P. da Silva Cristina Grimaldi Gregório Este trabalho procura mostrar o resultado parcial da pesquisa sobre a organização e a utilização dos espaços das habitações rurais realizada pelo Grupo de Estudos “Itinerários Antropológicos para Pesquisa Visual”. Um dos objetivos primordiais da antropologia sempre foi o de contribuir para uma melhor comunicação intercultural, o uso das imagens, muito mais que o de palavras, contribui para essa meta, ao permitir captar e transmitir o que não é imediatamente transmissível no plano lingüístico. Certos fenômenos, embora implícitos na lógica da cultura, só podem explicitar no plano das formas sensíveis o seu significado mais profundo. O uso da imagem fixa como elemento de análise no estudo de aspectos sócio- culturais de espaços rurais específicos é de fundamental importância, na medida em que estas auxiliam e demonstram como as famílias de baixa renda do Rio Grande do Norte criam, interpretam e vivem as suas habitações. Na pesquisa de campo, além do uso intensivo da imagem fixa, a metodologia foi complementada por entrevistas, observação e descrições etnográficas. 22
  • 23. Anais XI Semana de Humanidades 16. Praças natalenses: basta abaixar as persianas e fechar os postigos Edivania Duarte Celestino (Aluna Especial do Doutorado em Ciências Sociais - UFRN) O espaço púbico nos centros urbanos tem mostrado uma capacidade renovada de provocar questionamentos, reflexões e inquietações. Matéria polêmica, considerada objeto de decisões subjetivas, políticas e até mesmo emocionais, sua conceituação divide opiniões, além de gerar conflitos no sentido de permanências e mudanças. A partir do discutido processo de fragilização e esvaziamento do seu conteúdo simbólico, a questão se complexifica ganhando uma nova dimensão, quando se percebe uma postura de determinismo degenerativo, exaustão e conformismo com relação a esse espaço. A aparente perda da importância simbólica desse objeto, acrescida de outros elementos que permeiam a cidade contemporânea, estimula novas incursões sobre os espaços públicos. Afinal, alerta alguns pesquisadores (JACOBS, LYNCH), se deixarmos que os contatos interessantes, úteis e significativos entre os cidadãos se reduzam a relações privadas, a cidade esclerosar-se-á. Assim sendo, tomando-se em conta um certo alheamento da população natalense em relação as praças da capital, e por outro lado o próprio processo de deterioração evidenciado por vários desses espaços, definiu-se determinar como tema de investigação: Praças Natalenses: basta abaixar as persianas e fechar os postigos, objetivando investigar o aparente processo de perda simbólica e valorativa desses espaços no contexto da capital potiguar, empobrecimento. 23
  • 24. Anais XI Semana de Humanidades GT-03: CIDADE E DESENVOLVIMENTO Coordenadores: Prof. Dr. Ademir Araújo da Costa (Departamento de Geografia) Prof. Dr. Márcio Moraes Valença (Departamento de Geografia) E-mail: marciovalenca@ufrnet.br Local/horário: Setor de aula V, Bloco G, sala 1 e 2, 30 lugares, terça e quarta, 20 e 21 de maio, 14:00-18:00h. De forma geral, a cidade contemporânea tem se apresentado mais permeável aos movimentos do capital em sua dinâmica globalizante. Tal permeabilidade tem resultado da “necessidade” de adaptação a novos condicionantes gerais, o que tem induzido transformações tanto na dinâmica de sua interação com outras cidades e com a região em que se insere como também, e principalmente, na organização espacial intra-urbana. Guardadas as devidas diferenças entre cidades de variados portes, localizações, etc., o GT visa discutir questões – tanto teóricas quanto práticas – relativas aos problemas urbanos e de desenvolvimento do mundo atual e sua construção histórica. Serão consideradas propostas de trabalhos sobre os diversos aspectos relativos à expansão urbana e ao desenvolvimento da e na cidade, em particular as que abordarem: 1. os problemas do crescimento urbano; 2. os problemas que resultam da desigualdade, da exclusão e da segregação sócio- espacial; 3. o papel que exercem as políticas públicas, o planejamento urbano e o Direito. 4. o mercado imobiliário; 5. a organização espacial urbana; 6. a interação entre global/local na cidade. O GT não tem foco de área, mas contribuições acerca da cidade e da região metropolitana de Natal serão muito bem-vindas. RESUMOS Presidente da mesa: Prof. Dr. Ademir Araújo da Costa 1. A revitalização urbana da Ribeira e o crescimento do Porto de Natal: existe consenso? Heitor Andrade (Arquiteto/Urbanista e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura da UFRN) heitor_as@hotmail.com.br Nos anos 1970, inaugura-se uma nova postura de intervenção, designada revitalização urbana, que, em relação à renovação urbana, busca referenciais mais humanos para o espaço público, além de incorporar práticas anteriores superando-as na busca por uma nova vitalidade (econômica, social, cultural e físico-espacial) para áreas degradadas do centro tradicional. No caso das áreas centrais e portuárias observa-se – além de um desgaste físico de seu conjunto edilício e declínio econômico das atividades desenvolvidas –, em alguns casos, a resistência devastadora de atividades portuárias caducas. Ou seja, enquanto em muitas cidades as antigas áreas centrais portuárias – que por séculos foram lugar imprescindível de suas metrópoles – vêm se transferindo para áreas mais espaçosas, por não mais se adequarem ao espaço físico que ocupam, existem cidades em que o porto segue crescendo, configurando-se uma ameaça ao patrimônio edilício. Natal enquadra-se claramente neste 24
  • 25. Anais XI Semana de Humanidades antagonismo. A aproximados vinte anos segmentos vinculados ao poder público local “desenvolvem” ações justificadas em pressupostos de revitalização urbana, ao passo que o porto da cidade, ainda o mais importante do Estado, amplia suas instalações físicas a fim de aumentar sua capacidade de embarque e desembarque de cargas. Este fato, embora aparentemente contraditório, suscita questionamentos. Neste trabalho nos propomos refletir sobre a realidade de Natal no contexto das práticas e discursos justificados na revitalização urbana diante do crescimento de seu porto. Pretendemos apresentar resultados que respondam ao seguinte questionamento: em que medida as concepções formuladas e projetos concebidos para a Ribeira, assim como as ações implementadas no bairro, contribuem para a sua revitalização urbana e consolidação como centro histórico? Com base em pesquisa de dissertação, este trabalho analisa o papel do Setor de Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Arqueológico (SPH) da Prefeitura de Natal e da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN) no processo de “revitalização urbana” do centro histórico de Natal. 2. Condições de vida e moradia nas vilas do Alecrim e Nova Descoberta- Natal/RN Daniela Karina Cândido (Bolsista PIBIC-CNPq – Departamento de Geografia) danielakarina@ufrnet.br Gilene Moura Cavalcante (Bolsista PIBIC-CNPq – Departamento de Geografia) gimoca@ufrnet.br A questão da moradia precária no Brasil é um problema histórico que chega aos nossos dias de maneira contundente. A população de baixa renda criou no decorrer do tempo, várias formas de moradia – cortiços, favelas e vilas, por exemplo – que não se enquadram nos padrões de qualidade e segurança estabelecidos pelo poder público. Nesse sentido, procuramos estudar a dinâmica e a importância das vilas na cidade de Natal/RN, dado a carência de estudos e o desinteresse oficial pelo assunto. O reconhecimento oficial da existência do problema em Natal aconteceu apenas em 1992, como forma de subsidiar o Plano de Ação para Habitação Popular em Natal (1993-1996) e, posteriormente, em 1994 através do Plano Diretor do Município. Escolhemos o bairro do Alecrim, localizado na Zona Leste da cidade, e Nova Descoberta, na Zona Sul, onde, segundo a SEMURB (Secretaria Especial do Meio Ambiente e Urbanismo), existem 270 e 108 vilas, respectivamente. O trabalho tem como objetivo traçar o perfil sócio-econômico do morador das vilas, assim como avaliar as condições de moradia e as relações de inquilinato, através de uma pesquisa piloto, em que serão levantadas informações junto aos moradores de três vilas de cada um dos referidos bairros. O piloto apresentará os aspectos comparativos iniciais para discussão da temática em questão, que terá continuidade com uma amostragem maior, a ser levantada posteriormente. 25
  • 26. Anais XI Semana de Humanidades 3. Entre os trilhos e o asfalto: recortes da cidade de Natal-RN Apresentadoras: Jane Roberta de Assis Barbosa (Aluna do Curso de Geografia-UFRN) Mariluce dos Santos Souza (Aluna do Curso de Geografia-UFRN) Outros autores: Janaina Maria da Conceição Silveira (Aluna do Curso de Geografia-UFRN) Juliana Maria Duarte Ubarana (Aluna do Curso de Geografia-UFRN) Francisco Ednardo Gonçalves (Mestrando do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia-UFRN) Josélia Carvalho de Araújo (Mestranda do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia-UFRN) krammer12@ig.com.br O padrão de desenvolvimento adotado pelas cidades brasileiras aliado a dinâmica do sistema econômico vigente, entre outros aspectos, contribuíram significativamente para o aprofundamento das desigualdades sócio-espaciais. Sendo assim, sinais de exclusão estão presentes na tessitura urbana da maioria das cidades brasileiras. Entretanto, na busca por novos investimentos econômicos as cidades têm investido cada vez mais no embelezamento de algumas paisagens urbanas, que são amplamente divulgadas. Natal, capital do Rio Grande do Norte, através de investimentos públicos e privados se enquadra nesse contexto, tendo como impulso às atividades ligadas ao setor terciário, principalmente o turismo. Entretanto, existem várias áreas da cidade que não se beneficiam de tais investimentos e convivem com sérios problemas de ordem sócio-espaciais expressos na paisagem. A partir de investigação preliminar realizada durante a disciplina de Geografia Urbana, no semestre 2002.2, este trabalho se propõe a fazer uma análise comparativa entre as paisagens urbanas de dois eixos viários na cidade do Natal. Um deles, o eixo rodoviário, privilegia um dos trajetos que, geralmente é feito pelos turistas e vai do Complexo Viário do Quarto Centenário e o início da Rota do Sol, na sua porção sul, tendo aproximadamente 5 quilômetros de extensão. O outro, com aproximadamente 10 quilômetros de extensão, compreende o eixo ferroviário realizado pelo trem urbano de passageiros, no sentido norte e vai da Estação Ferroviária no bairro da Ribeira à Estação do Conjunto Nova Natal, no bairro Nossa Senhora da Apresentação. 26
  • 27. Anais XI Semana de Humanidades 4. Privatização e privação dos espaços públicos: quem pode ter, quem quer, quem usufrui? Maria Floresia Pessoa de S. e Silva (Mestranda do Programa de Pós-graduação do curso de arquitetura e urbanismo. Professora do Departamento de Arquitetura e urbanismo da Universidade Potiguar. Técnica da Secretaria Especial de Meio Ambiente e Urbanismo) Marília Nobre (Estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNP) Carla M. B. de Mello (Arquiteta) Na modernidade as intervenções no espaço público priorizaram o fluxo, os movimentos contínuos que dominavam os cenários das grandes cidades. Apesar de ainda hoje áreas verdes públicas serem vistas como pontos estruturadores da malha urbana e importantes elementos no que diz respeito à mobilidade, a discussão do espaço público na pós-modernidade destaca no seu discurso o resgate das funções de sociabilidade e estímulo à noção de vizinhança perdidos no racionalismo moderno. Contudo, distanciando-se do que diz a teoria, na prática verifica-se a multiplicação das formas de apropriação dos espaços públicos, tanto das áreas comerciais quanto residenciais. O abandono destes pelo poder público e pela comunidade, que passa a vê-los como espaços de perigo e palco da violência, abre caminho para que sejam invadidos e ocupados ilegalmente, seja por uns que neles vêem a única oportunidade de sobrevivência ou pelo oportunismo de outros. Esse processo de privatização resulta em parte, como defendem alguns, da incapacidade do poder público quanto a provê-los e mantê-los. Outros discutem se são causa e/ou conseqüência das novas relações sociais e modos de vida. Em meio a esta discussão maior, projetar novos e reabilitar velhos espaços públicos, hoje, exige mais que atender aos percentuais ideais de área verde/habitante preconizados pela Organização Mundial de Saúde. As propostas contemporâneas devem ser capazes de responder a necessidades e expectativas de seus usuários de idades, níveis de renda e contextos sociais diferenciados. Também, devem prever e permitir o máximo de atividades possíveis, priorizar o conforto, induzir práticas sociais, estimular esportes e brincadeiras lúdicas que contribuam para a formação e educação das crianças e jovens, de forma a colaborar para a redução dos índices de criminalidade e violência urbana. Este estudo tenta discutir esses aspectos aqui colocados, a partir da análise de um espaço público alvo de uma proposta para concessão privada, localizado na cidade do Natal. Busca debater até que ponto soluções de caráter social atendem intenções privatizantes e são favorecidas pela fragilidade do exercício da cidadania e enfraquecimento ou inexistência de uma articulação da população como meio possível de reverter processos. 5. A figura do Plano Diretor como instrumento de planejamento urbano Maria Eleonora Silva de Macedo (Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo-UFRN) Orientador: Ademir Araújo da Costa (Prof. Dr. do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia-UFRN) O presente artigo trata da análise atual do papel do plano diretor, como verdadeiro instrumento da política urbana, colocando a sua forma mais adequada de ser elaborado e a real necessidade da sua 27
  • 28. Anais XI Semana de Humanidades implementação pelos governos municipais. Trata também da forma de participação da sociedade em todas as fases do processo, bem como a necessidade dos governantes se adequarem à nova realidade de condução das cidades, procurando sempre buscar soluções inovadoras mais coerentes e adequadas as realidades e a capacidade local de gestão. 6. Construção de um Ranking dos bairros de Natal segundo alguns indicadores de precariedade econômica e social de seus moradores José Aldemir Freire (IBGE-RN) Maria Alzenira da Silva (IBGE-RN) Débora Barbosa Silva França (IBGE-RN) A elaboração e implementação de políticas sociais num contexto de restrições financeiras exige, da parte dos gestores destas políticas, a definição de prioridades ancoradas em informações objetivas, quantificáveis (na medida do possível) e passíveis de acompanhamento temporal, de modo a se avaliar a eficácia e a eficiência dessas políticas. O presente trabalho procura apresentar um painel de alguns indicadores econômicos e sociais dos bairros de Natal, como forma de subsidiar a elaboração, a execução, o acompanhamento e a avaliação de políticas públicas voltadas para o atendimento de carências sociais e econômicas (sobretudo daquelas direcionadas para crianças e adolescentes), fornecendo, no final, um Ranking de Precariedade Econômica e Social dos Bairros de Natal/RN. Na elaboração desse Ranking utilizamos um conjunto de indicadores composto por sete variáveis: 1) Renda Média Nominal Mensal dos Responsáveis Pelos Domicílios; 2) Renda Mediana Nominal Mensal dos Responsáveis Pelos Domicílios; 3) Número Médio de Pessoas Por Domicílios; 4) Taxa de Alfabetização das Pessoas de 5 Anos ou Mais; 5) Percentual de Domicílios com Abastecimento de Água Pela Rede Geral; 6) Percentual de Domicílios Com Banheiro; 7) Percentual de Domicílios Com Coleta de Lixo. Os bairros de Guarapes, Salinas, Redinha, Felipe Camarão e Planalto apresentam os maiores índices de precariedade, necessitando, portanto, de políticas sociais ativas e concentradas, para reduzir as disparidades sócio-econômicas que os separa dos demais bairros. Os bairros de menores precariedades são: Capim Macio, Tirol, Barro Vermelho e Petrópoles. 7. Comunidade África: três contextos de uma segregação Apresentadores: Rafaela Araújo da Silva (Aluna do Curso de Geografia-UFRN) lipietzaraujo@bol.com.br Salim Kalil Aby Faraj Filho (Aluno do Curso de Geografia-UFRN) salimfaraj@ig.com.br Demais autores: Hanyel Pessoa Paiva (Aluno do Curso de Geografia-UFRN) James Josino Nascimento (Aluno do Curso de Geografia-UFRN) Daniela Karina Cândido (Bolsista PIBIC-CNPq do Departamento de Geografia-UFRN) Segundo dados da Secretaria Municipal de Trabalho e Ação Social (SEMTAS), Natal/RN possui 70 favelas com cerca de 16.000 barracos distribuídos em 28 bairros, nas quatro zonas administrativas da capital. Nesse sentido, procuramos analisar a expressão da segregação sócio-espacial imposta na 28
  • 29. Anais XI Semana de Humanidades cidade de Natal, tendo como recorte espacial à porção Norte, mas precisamente a “Comunidade África” que é uma favela localizada no bairro da Redinha e está assentada numa área de preservação ambiental (mangue e dunas) pertencente ao Patrimônio Municipal. É considerada pela SEMTAS como área subnormal, possuindo 2023 habitantes distribuídos em 550 habitações, onde convivem 743 famílias. Foram feitos levantamentos de dados primários junto a moradores da favela, através de entrevistas pré-elaboradas aplicadas em 10% das moradias. Com isso traçamos um perfil sócio- econômico da mesma, o qual observamos a segregação em três contextos. O primeiro, se refere ao próprio nome da favela – Comunidade África – que foi imputado fazendo referência à miséria do continente africano; o segundo, pelo fato de estar localizada na Zona Norte, região administrativa associada à pobreza no imaginário natalense; e terceiro, por estar socialmente excluída da dinâmica urbana do bairro. Portanto, a Comunidade África, se constitui num espaço com profundas carências quanto à infra-estrutura e ao acesso a serviços públicos, como escola, transporte, posto de saúde, entre outros. 8. O desafio da sustentabilidade urbana no município de Natal: uma análise do projeto de intervenção urbanística na favela Passo da Pátria Jennifer dos Santos Borges (Departamento de Arquitetura – UFRN) jenniferborges@bol.com.br Ângela Lúcia de Araújo Ferreira (Departamento de Arquitetura – UFRN) angela@ct.ufrn.br Ruth Maria da Costa Ataíde (Departamento de Arquitetura – UFRN) rmcataide@ufrnet.br A intensificação de problemas sócio-ambientais, advindos do crescimento urbano, tem alertado o mundo para a necessidade do estabelecimento de uma nova consciência em torno do futuro das cidades evidenciando-se preocupações com a sustentabilidade dos recursos naturais e uma maior democratização dos serviços urbanos. Assim, a noção de desenvolvimento passou a incorporar à variável econômica, os aspectos sociais, ambientais, políticos e culturais com vistas ao estabelecimento do bem-estar comum. No Brasil, a regulamentação do Estatuto da Cidade (2001), demonstra um importante avanço nas práticas urbanísticas vigentes. Para Natal, o Estatuto representa um reforço às diretrizes do seu Plano Diretor que, desde 1994, já orientava o poder público para a gestão democrática da cidade, com ênfase na proteção ambiental e no cumprimento da função social da propriedade. Para investigar como esse processo se rebate nas políticas públicas de intervenção urbanística em Natal, analisou-se o projeto de urbanização da favela Passo da Pátria. Este, configurando-se como uma das primeiras iniciativas de intervenção em favelas no período recente, explicita em seus objetivos, uma preocupação em viabilizar o modelo de gestão contido no Plano Diretor para o tratamento de Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS). No entanto, a fragilidade das soluções apresentadas revela uma inconsistência da proposta no que diz respeito à sustentabilidade do projeto. Nesse contexto, considerando o significado deste para a consolidação de um novo modelo de gestão urbana, este trabalho propõe-se a analisar o seu desenvolvimento (concepção, implantação etc.), com vistas a compreender as dificuldades que se apresentaram no processo, procurando, também, identificar mecanismos de superação das mesmas com vistas ao aprimoramento dessas práticas no município de Natal. 29
  • 30. Anais XI Semana de Humanidades 9. Crescimento urbano na Zona Oeste de Natal Pedro Celestino Dantas Junior (Aluno do Curso de Geografia-UFRN) pedrojunior.geo@zipmail.com.br pedojunior.geo@bol.com.br O crescimento demográfico nesses últimos trinta anos em Natal, por diversos fatores, fez com que o solo urbano ficasse muito caro e, conseqüentemente, inacessível à população mais carente, vindo de diversas cidades do interior e de outros lugares a procura de melhores condições de vida. Como conseqüência, as dunas de Natal, principalmente na Zona Oeste da cidade, foram as mais afetadas por esse problema. O objetivo deste trabalho é mostrar o crescimento urbano nesta Zona de Natal em direção as dunas, fazendo uma análise dos aspectos sócio-ambientais, detectando os principais aspectos que impulsionam esse crescimento, e que faz com que tal paisagem seja, assim, alterada. A área estudada neste trabalho compreende as dunas localizadas nos bairros de Cidade da Esperança, Cidade Nova, Felipe Camarão, Nova Cidade e Guarapes, onde foi detectada um número acentuado de moradias impróprias e irregulares, sem nenhum tipo de saneamento básico, uma vez que se encontram em Zonas de Proteção Ambiental, ou seja, em dunas, as quais filtram a água das chuvas e é a maior responsável pelo abastecimento do nosso aqüífero. 10. O parcelamento do solo e a formação de espaços de pobreza na Zona Norte de Natal-RN: um estudo de caso. Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva (Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo-UFRN) alexsandroferreira@hotmail.com O Brasil apresentou, nos últimos 50 anos, uma vertiginosa urbanização, com quase 82% da sua população vivendo atualmente em cidades. Tal processo de adensamento trouxe consigo um amplo leque de desigualdades sociais relacionadas diretamente com a qualidade e estruturação das habitações nestes espaços urbanos, mormente a questão da dicotomia “legal-ilegal”, referente à propriedade do solo urbano e das edificações; ressalta-se ainda a segregação sócio-espacial nas extensas periferias, ocupadas por uma população de baixa renda com graves problemas de infra- estrutura e serviços públicos. Na cidade de Natal, a produção do espaço seguiu articulações que evidenciaram a formação de “periferias segregadas” contra “espaços integrados”, ou melhor, uma diferenciação sócio-espacial através dos diversos agentes produtores do urbano. O presente trabalho intenta perscrutar este processo, tendo como estudo de caso a periferia norte de Natal-RN, ou Zona Norte, investigando o tipo de parcelamento do solo (Regular, Irregular e Clandestino), de cunho privado, ocorrido no período de 1957-1990 e relacioná-lo com dados sociais do período. A hipótese inicial é a de que a expansão habitacional ocorrida em Natal, e na Zona Norte, nos últimos 30 anos, seguiu um modelo de urbanização periférica, primordialmente através da segregação da população mais pobre, em áreas específicas da cidade, com formação de “espaços de pobreza”. Nesse sentido, a construção de conjuntos habitacionais, pelo estado, e loteamentos privados, a maioria ilegais, consolidou extensas áreas com características de segregação e exclusão urbanística. 30
  • 31. Anais XI Semana de Humanidades 11. Natal em fevereiro de 1943 Pablo Gleydson de Sousa (Bolsista PIBIC-CNPq) pabluriel@bol.com.br Giovana Paiva de Oliveira (Professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo- UFRN) giovana@ufrnet.br O presente trabalho visa observar o cenário da cidade do Natal durante o mês de Fevereiro de 1943, período em que ocorreu o evento da Segunda Guerra Mundial. A partir de dados coletados no Jornal A República, foi possível visualizar como a cidade reagia ao impacto a que foi submetida, os problemas surgidos e como conviveu com as repercussões deste evento, uma vez que viveu um aumento vertiginoso de sua população em um curto espaço de tempo. Na primeira metade da década de 40, a cidade passou por rápidas transformações, advindas do grande número de estrangeiros recebidos com a Guerra, com a migração provocada pela seca (flagelados do interior do RN) e de pessoas do resto do país, principalmente militares e funcionários públicos federais. Sem planejamento prévio para receber tamanho fluxo populacional (“alienígenas”), a cidade enfrentou problemas como: racionamento de alimentos; aumento da procura de moradia, elevação dos preços dos alugueis, favorecendo o surgimento de hotéis, pousadas e pensões; racionamento de água; e redução da cota de combustível para a população. Estas transformações atingiram o modo de vida da população, que perdeu seu ar provinciano e realçou suas características cosmopolitas. A posição geográfica da cidade lhe conferiu destaque ao servir de importante porto para o escoamento de aviões das forças norte-americanas através do “aeródromo” de Parnamirim. Esse impacto sobre a cidade pode ser comprovado através dos relatos das visitas de diversas autoridades americanas e representantes do Governo Federal ao Interventor Federal, Dr. Rafael Fernandes. Esses pequenos aspectos permitem vislumbrar a vida na cidade no período, e buscar responder, em partes, alguns dos pormenores de seu atual cenário urbano e social. 12. Espacialização de serviços de infra-estrutura básica de Natal/RN: saúde, educação e segurança pública. Apresentadora: Elisabete Ferreira da Silveira (Bolsista PIBIC-CNPq do Departamento de Geografia- UFRN) Autores: Edílson Alves de Carvalho (Prof. Dr. do Departamento de Geografia-UFRN) Rita de Cássia da Conceição Gomes (Profa. Dra. do Departamento de Geografia-UFRN) Elisabete Ferreira da Silveira (Bolsista PIBIC-CNPq) Nos últimos 30 anos tem-se percebido um rápido crescimento urbano nas médias cidades brasileiras. Isto pode ser entendido pela desmetropolização nos grandes centros e concentração de serviços e outras atividades em determinadas regiões ou cidades do país, proporcionando, assim, maior oferta de trabalho e acarretando um dos fatores propícios à migração. Políticas de desenvolvimento implementadas pelo Estado brasileiro, cuja base estava no enfoque de uma “área pólo” no intuito de a partir desta o desenvolvimento se irradiar por todo o estado, contribuiu para que Natal hoje ostente a população de 712.317 habitantes (IBGE/2000), apresentando em sua trama urbana disparidades 31
  • 32. Anais XI Semana de Humanidades sociais que se evidenciam, por exemplo, na espacialização de serviços de infraestrutura básica como saúde, educação e segurança pública. Tal fato reflete o denominado processo de “exclusão por inclusão”, na medida em que exclui no acesso a um melhor atendimento e oferta de serviços, inerentes a reprodução de boas condições de vida, a maioria detentora de uma renda mínima que lhe garante apenas uma espécie de subsistência; e a inclui no processo de sucateamento e descredibilidade dos serviços públicos, alimentando, dessa feita, o aumento da comercialização desses serviços ao mesmo tempo em que “força” a população à não mais reclamar soluções e sim criá-las através de cooperativas comunitárias, planos de assistência médica e outros, além de conformar-se ou sentir-se na obrigação cívica de assumir papéis que não lhes dizem respeito, sob o incentivo de programas como os “amigos da escola”, “adote um idoso” e similares. Sem perceber, os “amigos” vão assumindo o que, outrora, era exercido por dever da União, Estados e Municípios. 13. Os impactos sócio-ambientais do Complexo Viário Ulisses de Góes na Zona Norte de Natal-RN Josélia Carvalho de Araújo (Mestranda do Programa de Pós-Gradução e Pesquisa em Geografia-UFRN) jo.car@zipmail.com.br Francisco Ednardo Gonçalves (Mestrando do Programa de Pós-Gradução e Pesquisa em Geografia-UFRN ednardo@ufrnet.br A Zona Norte de Natal tem sido, durante suas três décadas de história, desvalorizada do ponto de vista imobiliário, face à precariedade das vias de acesso e aos congestionamentos de trânsito provocados pelo intenso deslocamento da população local para outras áreas da cidade. Essa condição impõe à sua população desgaste físico e posição segregada em relação ao espaço urbano de Natal. Visando a amenizar tais problemas, o Estado vem implantando melhorias no seu sistema viário: duplicação da Estrada da Redinha, melhorias na avenida Tomaz Landim; e, por último, a construção do Complexo Viário Ulisses de Góes. Este possibilitou maior fluidez ao trânsito, entretanto, modificou a paisagem local, alterando aspectos históricos do bairro Igapó e provocando mudanças no comércio local, em que algumas vêm sendo substituídas por empresas de maior porte, e outras ainda migrando para a Estrada da Redinha, além de residências que também foram transferidas. De forma mais expressiva, melhorou a qualidade de vida da população, reduzindo o tempo ocupado em congestionamentos de trânsito; apontando também para uma valorização imobiliária da área, pois começa a atrair novas empresas no entorno da obra. Por meio de pesquisa in loco, acompanhando a construção da referida obra, conversando com a população, fazemos uma análise dos efeitos do Complexo Viário Ulisses de Góes na vida da população da Zona Norte de Natal. 14. Região Metropolitana de Natal (retrospectiva e perspectivas do crescimento demográfico: 1970 – 2010) José Aldemir Freire (Analista Sócio-Econômico do IBGE-RN) A compreensão da dinâmica demográfica de um determinado espaço geográfico e a tentativa de se vislumbrar as perspectivas futuras dessa dinâmica são poderosos instrumentos de planejamento e de implementação de políticas sociais e econômicas. Tentando contribuir com essa temática, o objetivo do presente trabalho é fazer uma breve retrospectiva do crescimento demográfico da Região 32
  • 33. Anais XI Semana de Humanidades Metropolitana de Natal (constituída pelos municípios de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Extremoz, Macaíba, São José do Mipibu, Nísia Floresta e Ceará Mirim) desde 1970, bem como realizar projeções de crescimento demográfico para a região no decorrer do período 2000- 2010. Em termos retrospectivos, a região vem progressivamente ampliando sua participação relativa na população estadual. Em 1970 25,8% dos norte-rio-grandenses residiam nos municípios constitutivos da RMN, em 2000 esse percentual estava em 39,5%. Essa tendência permanecerá na próxima década, quando a região deterá entre 42,2% e 45,2% da população estadual. Todavia, internamente à RMN a dinâmica demográfica dos municípios foi e será bastante diversa. O município de Natal apresentou taxas expressivas de crescimento nas décadas de 70 e 80, mas nos anos 90 e na primeira década do século XXI esse crescimento será bastante baixo. Por outro lado, o município de Parnamirim provavelmente irá crescer, pela quarta década consecutiva, a taxas bastante expressivas, aumentando sua participação relativa na população da Região. São Gonçalo do Amarante é outro município que continuará ampliando sua participação relativa. O crescimento demográfico da próxima década, portanto, reforçará a tendência demográfica das últimas décadas, ou seja, o crescimento da RMN ocorrerá em dois eixos principais: 1) Parnamirim; 2) São Gonçalo do Amarante e Zona Norte de Natal. Essa dinâmica reforça o desafio de que é necessário a implantação de políticas públicas inter-municipais, e não somente em municípios isolados. 15. A força comercial do Alecrim Apresentador: Ronaldo Borges (Aluno do Curso de Geografia-UFRN) ronaldo.borges@zipmail.com.br Demais autores: Marcelo Monte (Aluno do Curso de Geografia-UFRN) Liovegildo Rocha (Aluno do Curso de Geografia-UFRN) Leila Negrão (Aluna do Curso de Geografia-UFRN) Katherine Ribeiro (Aluna do Curso de Geografia-UFRN) O presente trabalho tem como enfoque principal a análise da trajetória comercial do bairro do Alecrim. Diante desta proposta, realizamos uma pesquisa histórica sobre surgimento e o crescimento da cidade do Natal dando ênfase ao bairro. Até o final do século XIX Natal se resumia aos bairros de Cidade Alta Ribeira. Este, tem suas origens relacionadas, principalmente, ao comercio desenvolvido em função do porto, da população da Cidade Alta e da atividade pesqueira. Ao longo do século XIX, Natal passou por mudanças que estão relacionadas com o seu crescimento populacional e pelo deslocamento da atividade da cultura canavieira pelo litoral oriental ocupando todas as regiões propícias - vales e solos tipo massapê. Paralelamente à cultura canavieira, no interior se desenvolvia a cultura algodoeira e a atividade pecuária que fornecia carne, couro e força de tração para as outras duas atividades. A região do atual bairro do Alecrim, que foi o 4º bairro da cidade, ganhava importância comercial por dois aspectos: pela instalação de uma fábrica de sabão, no ano de 1896 e pela ligação com o interior, através da região de Macaíba. Despontavam estabelecimentos comerciais para atendimento da população operária e das caravanas de tropeiros e migrantes, vindos do interior, que aí chegavam com seus produtos e buscando abastecimentos para a viagem de retorno. Queremos assim demonstrar que o espaço do atual bairro do Alecrim, no início do século XX, já refletia as relações sociais e a segregação social praticadas pela sociedade da época pois já começava a se firmar como um espaço fornecedor de bens para as camadas mais pobres da 33
  • 34. Anais XI Semana de Humanidades população. De posse desse víeis, o bairro vem, até nossos dias, se reproduzindo social e comercialmente e adquirindo maior importância dentro da espacialidade da cidade. Em 1941, com a instalação da Base Naval no bairro do Alecrim e, a percepção do comando militar americano, de que não poderiam importar todos os suprimentos exigidos pelas tropas aqui situadas, em tempos de conflito mundial, o bairro passa a ser chamado a ampliar suas atividades comerciais. Por essas razões históricas e o seu desenvolvimento, ao longo do século XX, o bairro do Alecrim se firmou como um bairro comercial voltado para as classes sociais mais pobres da sociedade da cidade. Acreditamos que, apesar do crescimento de Natal em direção a novas frentes, com a adoção de novas estratégias comerciais como os “shopping-centers”, pequenos “malls”e comércios de bairro o Alecrim não irá perder seu vigor comercial em função das razões históricas expostas, do modelo concentrador de renda existente e do achatamento da massa salarial por que vem passando a população economicamente ativa. 16. Segregação sócio-espacial: uma breve análise sobre as favelas de Natal. Jucicléa Souza Alves (Bolsista PIBIC-CNPq/Base de Pesquisa Unidade Interdisciplinar de estudos sobre a habitação e o espaço construído – DGE/UFRN) Ademir Araújo da Costa (Coordenador da Pesquisa e Prof. do Departamento e do Mestrado em Geografia-UFRN) Este trabalho pretende apresentar elementos impulsionadores do processo de favelização em Natal nos últimos anos. Para compreendermos as transformações do espaço urbano é imprescindível a analise da produção do produto-habitação, pois esta se torna mercadoria de alto valor no mercado capitalista e, portanto, responsável pela distribuição espacial da população urbana, como também reveladora da segregação sócio-espacial. Este processo inicia-se com a adoção do sistema capitalista, que, tendo como base um modelo concentrador e excludente, afasta as massas populares do direito à moradia, através, principalmente, da precarização dos salários. Assim, as populações pobres não estão “aptas” a pagar pelo preço da habitação na “cidade legal”, encontrando como alternativa de se reproduzirem no espaço urbano, a construção de barracões em áreas próximas ao emprego ou em áreas de desvalorização comercial. Seu estado de inércia ocorre pelo poder público e moradores de bairros nobres, considerarem os moradores das favelas usurpadores do espaço público ou privado e, por isso, responsáveis pelas más condições de habitação em que se encontram. Em Natal, percebemos que nos últimos anos, o numero de favelas vem aumentando associado com o aumento do percentual da população residente nesses espaços de interesses social. Este fato reflete a inexistência e/ou ineficiência de políticas públicas que minimize ou contenha a ampliação desse processo na cidade, sem oferecer, assim, melhores condições de vida para seus habitantes. 17. Os objetos imobiliários e a produção do espaço na zona sul de Natal/RN Ângelo Magalhães Silva (Mestre em Ciências Sociais-UFRN) Este trabalho discute a produção do espaço urbano da Zona Sul de Natal/RN, principalmente após os anos 80, quando este espaço da cidade passa a ser mais intensivamente ocupado. A ocupação teve por objetivo requalificar a cidade frente às transformações mais gerais determinadas pela reestruturação produtiva. Nesse contexto, Natal passa a comportar novos atributos urbanos na forma de objetos imobiliários. Vias de acesso, conjuntos habitacionais e estabelecimentos comerciais foram construídos. Buscando atender às novas demandas da atividade turística como alternativa para o crescimento econômico. Espaços da cidade como a Zona Sul foram requalificados e adaptados por meio dos novos objetos imobiliários. Neste trabalho a produção do espaço na Zona Sul é vista como 34
  • 35. Anais XI Semana de Humanidades um processo de desenvolvimento urbano desigual e seletivo, que levou um novo contingente populacional a se estabelecer no local, como também à diversificação de atividades econômicas, ao estabelecimento de um mercado imobiliário mais dinâmico, ao loteamento de glebas e venda de terrenos, e ao surgimento de condições de moradia e de trabalho diferenciadas das antes estabelecidas 18. Pioneirismo teórico e dificuldades práticas do Plano Diretor de Natal Maria Floresia Pessoa de Souza e Silva (Mestranda em Arquitetura e Urbanismo do DARQ da UFRN) Nelma Sueli Marinho de Bastos (Mestranda em Arquitetura e Urbanismo do DARQ da UFRN). O Plano Diretor de Natal, Lei Complementar Nº 07 de 05/09/1994, foi elaborado em conformidade com os princípios norteadores do Movimento de Reforma Urbana. O processo envolveu a participação popular, através de reuniões nas comunidades, discussões com associações de classes e entidades civis organizadas, conselhos comunitários etc. As propostas também foram debatidas, em particular, com os setores privados e amplamente discutidas tanto no Conselho de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (CONPLAM), como na Câmara Municipal do Natal. Este instrumento preconizava uma nova visão de cidade e assim, muitos avanços se consolidaram a partir das idéias vanguardistas nele contidas, que se apoiaram em instrumentos jurídicos, fiscais e urbanísticos, que possibilitariam, em tese, uma gestão mais justa e ambientalmente equilibrada da cidade. Hoje, se observa que nem todos os instrumentos foram implementados na prática, e que aqueles “implementados”, sofreram alguns desvios de seus princípios constitutivos, ou seja, de sua filosofia original. Este estudo se propõe a uma breve avaliação, de alguns desses instrumentos, questionando os seus alcances teóricos e práticos, as dificuldades de implementação, bem como os resultados. 19. Cooperação intergovernamental: a experiência do Parlamento Comum da Região Metropolitana de Natal Autor: Juliano Varela de Oliveira (Bolsista PIBIC-CNPq do Departamento de Ciências Sociais- UFRN) Orientadora: Maria do Livramento Miranda Clementino (Profa. Dra. do Departamento de Ciências Sociais-UFRN) As cidades são espaços que sofrem constantes mudanças diante da globalização. Assoladas por vários problemas sociais, elas passam por reconfigurações que abalam sobremaneira suas estruturas. Nesse clima de remodelagem estrutural, as chamadas regiões metropolitanas aglutinam problemas clássicos e contemporâneos que requerem atenções especiais por parte dos governos. No Brasil, a partir da Constituição Federal de 1988, a questão metropolitana foi relegada a segundo plano. Na tentativa de redemocratização da sociedade, a referida Constituição passou a dar mais atenção aos municípios, e, mesmo valorizando a cooperação intergovernamental, incentiva um municipalismo autárquico e isolacionista. O presente trabalho objetiva identificar e compreender a construção de mecanismos de cooperação intergovernamental no âmbito da Região Metropolitana de Natal (RMN). Análise bibliográfica, levantamento de dados secundários, leitura de documentos e 35
  • 36. Anais XI Semana de Humanidades realização de entrevista foram os recursos metodológicos empregados na pesquisa. O Trabalho está estruturado em três capítulos: o primeiro relacionado ao processo de instituição de regiões metropolitanas no Brasil, aos dilemas da cooperação intergovernamental e à concepção de Pacto Territorial; o segundo referente à caracterização geral da RMN; e o terceiro sistematiza o processo de formação do Parlamento Comum, experiência de cooperação intergovernamental tida como objeto de estudo deste trabalho. Como conclusão, observamos, a partir da atuação do Parlamento Comum, um potencial de mobilização de atores sociais e políticos importante à concretização de um Pacto Territorial no âmbito da RMN. Presidente da mesa: Profa. Ms. Edna Maria Furtado 20. O usucapião urbano coletivo e o papel das associações de moradores Emanuel Dhayan Bezerra De Almeida (Graduando do Curso de Direito – UFRN) edadvocacia@digi.com.br A Lei n.º 10.257, de 10 de julho de 2001, mais conhecida como Estatuto da Cidade, constituiu, sem dúvida alguma, num dos maiores avanços legislativos concretizados nos últimos anos. Após um difícil e demorado processo de tramitação no Congresso Nacional, enfim foi regulamentado o capítulo de política urbana da Constituição Federal. Importantes instrumentos foram aprovados, entre eles, o usucapião urbano coletivo. Tal instituto cumpre duas finalidades extremamente importantes para uma imensa parcela da população brasileira que vivem em favelas, cortiços, conjuntos habitacionais invadidos e loteamentos irregulares. A primeira finalidade é cumprida com a regularização fundiária que assegura o direito à moradia a esses brasileiros. A segunda é garantir o cumprimento da função social da propriedade por meio da promoção de uma política de regularização fundiária. As partes legítimas para pleitear o reconhecimento da aquisição do domínio, através do usucapião urbano, são: a) o possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou superveniente; b) os possuidores, em estado de composse; c) a associação de moradores da comunidade. Deste modo, a associação de moradores tem importante papel na regularização da posse dos imóveis ocupados nas milhares de favelas e loteamentos irregulares, produzindo uma gestão mais democrática do espaço urbano e dando início a verdadeira revolução que pode vir a ser o Estatuto da Cidade. 21. Festa na cidade: um estudo sobre o desenvolvimento do mercado informal em Natal Elaine Cristina Alves da Costa Savalli (Mestra em Sociologia - UFRN) elainesavalli@hotmail.com A pesquisa contempla os vendedores ambulantes na cidade do Natal e a sua participação no Carnatal, maior evento sócio-econômico do Estado do Rio Grande do Norte que ocorre todos os anos desde 1991 no mês de dezembro, no contorno do Estádio de Futebol Profº João Machado – Machadão. A análise do trabalho dos ambulantes no Carnatal implica o conhecimento do mercado informal em Natal, dos participantes e da dinâmica da maior festa da cidade. A partir da pesquisa de campo e das entrevistas realizadas nos anos de 2000/2001, elaboramos uma tipologia dos vendedores do Carnatal: os profissionais, os eventuais, e os “estrangeiros”. Constatamos que, de um modo geral, a atuação dos ambulantes no Carnatal é positiva, já que eles aproveitam o máximo da festa para melhorar o seu orçamento e ao mesmo tempo, para se divertirem; o lucro determina a 36