Muitas mães têm curiosidade no que se trata de desmamamento.
Dúvidas do tipo: quando começar? Quais alimentos pode dar no começo? Como começar o desmamamento?
A Web Fraldas lança este e-book para tirar todas essas dúvidas e mais alguma existente na sua cabeça, mãe.
2. O que é o desmame?
Desmame é o processo pelo qual o bebê deixa de se alimentar
através do aleitamento materno e passa a receber todos os nutrientes de
que precisa através de outras fontes alimentares.
O desmame não signifique o fim da intimidade que você estabeleceu
com seu filho durante o aleitamento. Você só terá que substituí-lo por
outras formas de carinho. Se a hora da mamada servia para confortar o
bebê, procure ler ou cantar para acalmá-lo.
Quando devo começar o desmame?
Se puder, não estabeleça um calendário fixo para deixar de
amamentar. Procure observar se seu filho já dá sinais de que está pronto
para isso. Observe se ele demonstra menos interesse pelo peito, se já
substituiu algumas mamadas por outros tipos de alimentos ou até se
prefere brincar. Você, melhor do que ninguém, saberá julgar.
Os especialistas recomendam que o desmame seja feito por vontade
da criança, a qual, segundo eles, dará sinais de que está pronta (física e
emocionalmente) para deixar de mamar. Quando motivado pela mãe, o
desmame requer muita paciência e pode levar algum tempo. Esse tempo
varia muito de criança para criança, mas pode se estender de algumas
semanas apenas até seis meses.
Como faço para desmamar meu bebê?
Vá devagar. Os especialistas aconselham a não parar de amamentar
de repente, porque a experiência pode ser bastante traumática para a
criança e nada confortável para você. Passar, por exemplo, um fim de
semana longe do seu filho não é uma boa forma de encerrar o aleitamento,
já que poderá deixá-la com seios cheios demais e até levar a uma mastite.
Se o bebê não mostra sinais de que está pronto para parar de mamar,
o desmame possivelmente será enfrentado com resistência. Tente ser
paciente. Lembre-se de que a amamentação não é somente fonte da
nutrição da criança, é também de conforto. Tendo isso em mente, o melhor
3. a fazer é ajudar o bebê a se ajustar à nova rotina. Você pode experimentar
os seguintes métodos:
Só ofereça o peito quando seu filho demonstrar interesse.
Se o bebê estiver distraído na hora da mamada ou se
abocanhar o peito por segundos apenas, pode ser que esteja
indicando que é um bom momento para parar. Pule uma
mamada e veja o que acontece. Dê leite em um copinho ou na
mamadeira. Você pode tirar seu próprio leite ou dar uma fórmula
infantil (no caso de crianças maiores que 1 ano, o leite de vaca
integral também pode ser oferecido). Ao ir perdendo uma
mamada por vez, a criança tem tempo para se adaptar às
mudanças. Sua produção de leite também vai diminuir
gradualmente, sem deixar os seios ingurgitados ou com uma
possível mastite (inflamação mamária).
Atrase as mamadas. Tente adiar as mamadas se estiver
amamentando só de vez em quando. Quando seu filho pedir o
peito, diga que não chegou a hora ainda e procure distraí-lo.
Este método funciona bem com crianças um pouco mais velhas,
com quem é possível tentar argumentar. Em vez de dar de
mamar no começo da noite, espere até a hora de dormir.
Será que meu filho está pronto para outros
alimentos?
Uma criança está apta a experimentar novos alimentos se:
Consegue manter a cabeça erguida - O bebê precisa manter
continuamente a cabeça erguida, para que possa ser alimentado
com a colher. O controle da cabeça apresenta grandes avanços
a partir de 3 ou 4 meses.
Senta-se bem quando está apoiada - No começo, talvez o
bebê ainda necessite de ajuda para se sentar, por isso o próprio
4. carrinho ou a cadeirinha que vai no carro podem ser boas
alternativas. Os cadeirões serão usados um pouco mais tarde,
quando seu filho já puder sentar inteiramente sozinho.
Não tem mais aquele reflexo de colocar a língua para fora -
Esse reflexo impede que os bebês engasguem. Eles põem a
língua para fora sempre que alguma coisa mais dura é colocada
na sua boca. Por volta de 4 a 6 meses, o reflexo desaparece,
indicando que estão prontos para experimentar alimentos
macios e pastosos.
Faz movimentos de mastigar com a boca - Os bebês têm que
aprender a movimentar a comida para o fundo da boca e engolir.
À medida que engolem melhor, você provavelmente vai
perceber que toda aquela babação dos primeiros meses tende a
diminuir.
Já tem o dobro do peso com que nasceu - A maioria das
crianças está pronta para ingerir alimentos pastosos quando já
dobrou de peso em relação ao nascimento, o que pode
acontecer por volta dos 4 aos 6 meses.
Mostra curiosidade sobre o que você come - De repente, seu
filho começa a ficar de olho no seu prato, e estende a mãozinha
para tentar pegar a comida. Depois dos 6 meses, o paladar do
bebê também já está mais apto a descobrir novos sabores. Isso
não quer dizer que você deva dar a ele tudo o que ele pede. Vá
com calma, seguindo as orientações do pediatra.
5. Meu filho começou as papinhas. Ainda preciso
amamentar?
Não dá para responder ao certo de quanto leite seu bebê vai precisar
(depende da idade da criança, do peso e do quão bem ela está comendo
os outros alimentos). Mas dá para esclarecer que a maioria dos bebês
continua com seis ou até mais mamadas por dia, depois que começa a
comer papinha e frutas.
Algumas dessas mamadas no peito valem por uma refeição, mas
outras são mais pelo chamego ou só um lanchinho. Siga o ritmo dele, e
tente perceber quando ele está precisando mamar.
ATENÇÃO! É importante não começar a dar frutas e sopinhas antes
da hora. A orientação mais recente dos especialistas tem sido só começar
a dar esses alimentos a partir dos 6 meses.
O leite materno até os 6 meses ajuda a minimizar o risco de seu filho
desenvolver reações adversas a certos alimentos, assim como alergias.
Essa questão torna-se ainda mais importante no caso de haver um
histórico familiar de alergias.
Mesmo que seu filho só tome fórmula (leite artificial), e não leite
materno, os especialistas recomendam esperar até os 6 meses para dar
outros alimentos.
Entre 6 meses e 1 ano, o leite materno ainda é parte muito importante
da alimentação da criança, podendo responder por até mais da metade da
ingestão de calorias. Por isso continue oferecendo o seio ao bebê.
IMPORTANTE! Caso você precise voltar ao trabalho e tenha que
introduzir novos alimentos antes dos 6 meses, converse com o pediatra
primeiro -- especialmente se o bebê tiver nascido prematuro. Na prática,
muitos médicos acabam orientando a introdução de alimentos por volta
dos 4 meses.
Se a criança não estiver ganhando peso como deveria, o melhor é
reforçar a alimentação, mas manter o leite materno, e não desmamá-la.
6. Conforme o bebê vai crescendo, é natural que ele mame menos. Em
alguns dias vai mamar mais, outros vai pedir menos o seio. Não há regra.
Procure lembrar que o leite materno é insubstituível, pois é fonte de
nutrientes, vitaminas e defesas, e que quanto mais você conseguir manter
a amamentação, desde que esteja funcionando bem para os dois, melhor.
Como dar novos alimentos ao bebê?
Os pediatras costumam sugerir que as frutas, em forma de suco e
papinhas, sejam a primeira novidade na dieta do bebê. Na parte da
manhã, depois da primeira mamada do dia, você pode oferecer uma dose
bem pequena de suco (por volta de 30 ml) com uma colherinha de plástico
ou silicone.
Não acrescente açúcar ou água e prefira frutas naturalmente mais
doces e menos ácidas (como a laranja lima).
De início, pode ser que ele não aprecie muito o gosto, mas vale a
pena insistir para, aos poucos, ir educando o paladar da criança. Pode
demorar até dez tentativas para ela aceitar a novidade. É importante
lembrar também de introduzir um alimento por vez e aguardar alguns dias
para oferecer outro ou misturar (assim você poderá avaliar se houve
alguma reação). Algumas boas opções para acrescentar ao suco de
laranja são acerola e mamão papaia.
Para um lanchinho da tarde, experimente raspar ou amassar banana
(prata, maçã ou nanica), pêra ou maçã (crua ou cozida) e também dar com
uma colher pequena, aumentando a quantidade à medida que o bebê
demonstrar mais interesse.
O apetite do bebê vai mudar a cada refeição, por isso é melhor prestar
atenção aos sinais que ele dá. Quando a criança se recusa a abrir a boca
para a próxima colher, vira o rosto ou começa a brincar com a comida, é
porque provavelmente está satisfeita. Se seu filho a surpreendeu se
revelou um comilão, pode atender à vontade o apetite dele, mas pare de
alimentá-lo quando ele mostrar que não quer mais.
Caso o bebê demonstre não ter gostado da experiência, tente
oferecer o mesmo alimento alguns dias depois. Pode ser que a reação
7. seja a mesma, mas não desista, porque muitas vezes as crianças acabam
se acostumando aos novos sabores.