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Cultivo de laranja e produção de suco:
indicativos de déficit de trabalho decente
na Citrosuco S/A Agroindústria,
Sucocítrico Cutrale Ltda. e Louis Dreyfus
Commodities Agrodindustrial S/A
Instituto Observatório Social
Instituto Observatório Social (IOS) é um centro de estudos de
geração de conhecimento para o mundo sindical e o mundo do
trabalho, com abrangência nacional e internacional.
Fundado em 1997, o IOS realiza pesquisas e estudos
especializados com metodologias e processos participativos e
que contribuem para a ação sindical, o diálogo social e o
desenvolvimento sustentável.
Metodologia geral
A área de pesquisa é a essência do Observatório Social.
Desde 2011, todas as pesquisas do IOS têm como
referência teórica o conceito de Trabalho Decente da
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Dentro destas diretrizes, os estudos realizados pelo IOS
tratam dos direitos à negociação coletiva, liberdade de
associação, discriminação no local de trabalho, trabalho
infantil e forçado, saúde e segurança no trabalho.
Pesquisa do setor citrícola
Objetivos/abrangência
Pesquisa qualitativa de caráter exploratório; estudo de caso.
Elaborar um Panorama Geral do setor citrícola no Brasil; Perfil
Econômico das três empresas no Brasil.
Identificar, preliminarmente, as unidades e sindicatos que representam
Trabalhadores e trabalhadoras em cada planta fabril e de produção
rural das três empresas.
Levantar indicativos preliminares de déficit de trabalho decente na
cadeia de produção do suco de laranja produzido no Brasil, a partir da
visão de trabalhadores e de representantes sindicais de algumas das
unidades de produção das três empresas.
Pesquisa do setor citrícola
Fontes
Dados secundários públicos das Empresas, órgãos públicos,
sindicatos e imprensa
Instituições envolvidas
● Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação,
Agroindústria, Cooperativas de Cereais e Assalariados Rurais (Contac/CUT)
● CUT Estadual São Paulo, Sub Sede Bauru (CUT Bauru)
● Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp/CUT)
● Gerências Regionais do Ministério do Trabalho e Emprego de Bauru e de Marília
● Grupo Móvel de Fiscalização Rural do MTE no Estado de São Paulo
● Sindicato dos Trabalhadores e Empregados Rurais de Mineiros do Tietê (STER Mineiros
do Tietê/CUT)
● Sindicato dos Empregados Rurais de Duartina (Sinderal Duartina/CUT)
● Sindicato dos Trabalhadores e Empregados Rurais de Piratininga (STER
Piratininga/UGT)
● Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Mogi Mirim e
Região (Stiaamm/CUT)
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Mapeamento nacional das unidades de produção rural e industrial das
três empresas e dos respectivos sindicatos de trabalhadores(as)
Relatório geral: panorama geral do setor e indicativos de déficit de
trabalho decente na visão de sindicalistas e de trabalhadores de
algumas unidades
Contribuições à Audiência Pública Crise e Concentração na Citricultura
Paulista, Assembleia Legislativa de São Paulo, 22/10/2013
Atividade(s) de apresentação dos resultados.
Panorama do setor citrícola no Brasil
● O Brasil é maior produtor mundial de laranja
● Produz metade do suco de laranja consumido no mundo
● Exporta de US$1,5 bilhão a US$2,5 bilhões/ano (70% da
safra nacional)
● 3 em cada 5 copos de suco consumidos no mundo são
produzidos no Brasil
● Forte concentração: produção e envase
Empresa: Citrosuco S/A Agroindustrial
Capacidade produtiva do suco de laranja a ser exportado pelo Brasil

40 a 45% do total

Participação no total de produção do suco consumido no mundo

25%

Propriedade de fazendas

30

Número de fábricas

5

Número de terminais portuários

7 (2 no Brasil e 5 no exterior)

Número de países importadores

80

Número de produtores independentes / fornecedores

2.500

Posse de pomares (em extensão)

158 mil hectares (equivalente a 30% do total
do insumo)

Número de clientes no mundo

> 100

Número de funcionários

6 mil a 6,5 mil
(no período de safra: 10 mil a 15 mil)

Número de escritórios comerciais

6 (Brasil, Alemanha, Bélgica, EUA, Japão e
China)

Receita líquida anual (estimada)

US$ 1,2 bilhões

Fontes: FSB Comunicações, Citrosuco/Citrovita. Maio, 2010. Votorantim Agroindústria (2013).
Votorantim Relatório Único 2011, Anual e de Sustentabilidade, p.20
Empresa: Cutrale
Unidades fabris

7

Unidades de produção rural

35 (inclui 3 fornecedores)

Número de trabalhadores

15 mil trabalhadores diretos

Sede

Araraquara (SP)

Sócios

Não existem. A empresa é familiar, sob a responsabilidade de José Cutrale

Participação no mercado

Estimativas de 30% de todo o suco vendido no mundo

Patrimônio

R$ 15 bilhões (estimativa)

Faturmento

R$ 3 bilhões ao ano

Processamento de laranjas

Cerca de 40% das laranjas processadas são de pomares próprios

Lucro recorde

R$ 2,4 bilhões , na década de 1980

Destino da exportação

Mais de 20 países, incluindo EUA, países da União Europeia e China

Diversificação da produção

Em 2012, a empresa entrou também no mercado de grãos (soja e milho)

Fontes: Perfil da empresa e fontes diversas
Empresa: Louis Dreyfus Commodities
LDC no Brasil
Participação do país no total de ativos

70%

Posição no ranking entre as exportadoras

10ª

Número de instalações em Estados brasileiros

12

Número de fábricas processadoras de oleoginosas

5

Número de fábricas processdoras de sucos

4

Unidades de sucos em geral (localidades)

Bebedouro (SP), Engenheiro Coelho (SP), Matão (SP) e
Paranavaí (PR)

Mão-de-obra fixa empregada na produção de sucos

3.200

Mão-de-obra temporária empregada (sucos)

8.000

Unidades de fertilizantes

8

Número de armazéns

30

Número de terminais portuários

5

Número de terminais hidroviários

2

Mão-de-obra total (fixa e temporária)

30.000

Fonte: LDC; Biosev; Louis Dreyfus Commodities. Relatório Anual 2011
Unidades de produção e sindicatos
● 73 unidades de produção (rurais e industriais), sendo:
● 65 no Estado de São Paulo (14 fábricas e 51
fazendas)
● 6 no Estado de Minas Gerais (todas rurais)
● 1 no Paraná e 1 em Santa Catarina
Unidades de produção e sindicatos
Unidades de produção e sindicatos
Unidades de produção e sindicatos
Perfil médio quantitativo das plantas de produção rural e fabril
das principais empresas citricultoras no Brasil
Considerando o número de unidades identificado, a produção de
laranja e de suco concentra-se majoritariamente na região
sudeste do Brasil, em particular no estado de São Paulo.
As unidades de produção são majoritariamente rurais e
pertencem à empresa Cutrale.
Os sindicatos que representam as trabalhadoras e trabalhadores,
em sua maioria, não se declaram filiados a nenhuma central
sindical (rurais) ou se dizem filiados à Força Sindical (fábricas) e
à CUT (fábricas).
Unidades de produção e sindicatos
Entrevistas em profundidade realizadas com sindicalistas e
trabalhadores, por segmento
Segmento

Rural

Indústria

Empresa

Número de
trabalhadores

Número de
sindicatos /
entidade sindical

Número de
trabalhadores

Número de
sindicatos /
entidade sindical

Citrosuco S/A
Agroindústria

2

(Feraesp)
Sem retorno do
sindicato
STER Lençóis
Paulista)

Não localizado

Sindicato sem
agenda, (STIA Matão)

Cutrale

Não localizado

(Feraesp)

2

2 (Contac)
(STIA Mogi Mirim)

LDC

2

2
(Feraesp)
(STER Piratininga)

Trabalhadores não
se dispuseram a dar
entrevista

2
(STIA Mogi Mirim)

Total

4

2

2

4

Elaboração: IOS, maio de 2013
Indicativos de déficit de trabalho decente
Oportunidades de emprego
● Terceirização de atividades-fim no plantio, cultivo e na colheita da
laranja
● Irregularidades na contratação de trabalhadores (as) migrantes e
condições precárias na estadia deles (as) durante a safra
● Há mais mulheres safristas (rural e na indústria) do que como
trabalhadoras fixas
● Não há o cumprimento da cota de contratação de pessoas com
deficiência prevista em Lei por parte da indústria
● Decisão judicial de março de 2013 determinou o fim da terceirização e
multou as principais empresas por dano moral coletivo em
aproximadamente 500 mil reais
Indicativos de déficit de trabalho decente
Trabalho inaceitável
● Denúncia de trabalho infantil em fazenda fornecedora da
Cutrale (2008)
● Sindicalistas e trabalhadores do segmento rural e
industrial desconhecem a existência de medidas adotadas
pelas empresas para coibir as práticas de trabalho
inaceitável na cadeia de fornecedores
Indicativos de déficit de trabalho decente
Salários adequados e trabalho produtivo
● Salários baixos (Cutrale = menor piso salarial da indústria
da alimentação)
● Inexistência de PPR para trabalhadores (as) rurais ou
valores baixos pagos aos da indústria
● Diferenças salariais e de benefícios
Indicativos de déficit de trabalho decente
Salários adequados e trabalho produtivo
● Falta de transparência e irregularidades no cálculo dos salários
dos (as) trabalhadores (as) rurais (“pesagem das laranjas/dia”)
● Inexistência de Plano de Cargos, Carreira e Salários e de
transparência ou inexistência de critérios técnicos na avaliação
de desempenho dos (as) trabalhadores (as)
● Trabalho em ritmo muito intenso e adoção de metas
(individuais ou de turno) que prejudicam a saúde dos (as)
trabalhadores (as).
Indicativos de déficit de trabalho decente
Jornada decente
● A jornada é de 8 horas diárias, mas para cumprir as
metas de produção, muitas vezes o(a) trabalhador(a) rural
sequer almoça
● Número excessivo de horas-extras na indústria
Estabilidade e garantia no trabalho
● Fusão entre Citrovita(Votorantim) e Citrosuco (Fischer)
tem gerado demissões na indústria e a atividade de
colheita também poderá ser afetada.
Indicativos de déficit de trabalho decente
Tratamento justo no emprego
● Há assédio moral nos pomares de laranja e na indústria. As empresas
manteriam uma “lista suja” com trabalhadores(as) que exijam seus
direitos ou procurem o sindicato
● Assédio sexual na indústria
● Relatos de discriminação de trabalhadores por raça, doença e
acidentados (pessoas trabalham doentes por medo de serem
prejudicados) e por participação sindical
● Ambiente caracterizado pelo medo na LDC
● Falta de reconhecimento e de motivação aos trabalhadores da
indústria
Indicativos de déficit de trabalho decente
Proteção social da empresa
● As empresas dão as garantias previstas nos acordos coletivos,
mas terminado o prazo estipulado demitem os trabalhadores
(as) na indústria.
Indicativos de déficit de trabalho decente
Trabalho seguro
● Esforço físico excessivo na colheita de laranja e nas fábricas
● Risco de contaminação por agrotóxicos (EPIs inadequados para
trabalhadores da colheita e tratoristas)
● Ferramentas inadequadas de trabalho e que geram risco aos
trabalhadores (escadas para colheita)
● Ritmo de trabalho muito intenso na colheita e nas fábricas
● Ambiente e condições de trabalho avaliados negativamente, na
colheita e na indústria
Indicativos de déficit de trabalho decente
Trabalho seguro
● Descaso da Cutrale com as medidas preventivas de segurança na
indústria, como falta de medição de gases antes da entrada em
ambientes confinados
● Postura da Cutrale em não assumir sua responsabilidade no caso de
acidentes e mortes com terceirizados
● Acidentes de trabalho fatais na indústria (Cutrale)
● Não envio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ao
sindicato, por parte da indústria
● Dificuldades na aplicação do direito de recusa na colheita da laranja
e na indústria
Indicativos de déficit de trabalho decente
Trabalho seguro
● Falta de programas de formação, readaptação e instruções em
saúde e segurança na colheita e na indústria
● Desconhecimento ou crítica à atuação da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural (CIPATR) por parte
dos trabalhadores rurais.
Indicativos de déficit de trabalho decente
Diálogo social
● Prática antissindical e discriminação de dirigentes sindicais na área
rural e na indústria
● Medo dos trabalhadores rurais e da indústria em falar da situação
vivenciada por eles nos locais de trabalho por medo de represálias por
parte das empresas
● Tentativa de intimidação de trabalhadores (as) pela empresa (nas
assembleias; trabalhadores (as) têm receio de denunciar)
● Negociação por unidade/empresa
● Falta de padronização de benefícios entre as unidades industriais da
mesma empresa.
Indicativos de déficit de trabalho decente
Algumas questões
● Trabalho/Pagamento por produção e metas
● Terceirização
● Concentração do setor/ações ampliadas
Equipe de pesquisa
Adriana L. Lopes (coordenadora)
Juliana Sousa
Leandro Souza
Vicente Gomes Macedo Neto
Cultivo de laranja e déficit de trabalho decente

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Cultivo de laranja e déficit de trabalho decente

  • 1. Cultivo de laranja e produção de suco: indicativos de déficit de trabalho decente na Citrosuco S/A Agroindústria, Sucocítrico Cutrale Ltda. e Louis Dreyfus Commodities Agrodindustrial S/A
  • 2. Instituto Observatório Social Instituto Observatório Social (IOS) é um centro de estudos de geração de conhecimento para o mundo sindical e o mundo do trabalho, com abrangência nacional e internacional. Fundado em 1997, o IOS realiza pesquisas e estudos especializados com metodologias e processos participativos e que contribuem para a ação sindical, o diálogo social e o desenvolvimento sustentável.
  • 3. Metodologia geral A área de pesquisa é a essência do Observatório Social. Desde 2011, todas as pesquisas do IOS têm como referência teórica o conceito de Trabalho Decente da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Dentro destas diretrizes, os estudos realizados pelo IOS tratam dos direitos à negociação coletiva, liberdade de associação, discriminação no local de trabalho, trabalho infantil e forçado, saúde e segurança no trabalho.
  • 4. Pesquisa do setor citrícola Objetivos/abrangência Pesquisa qualitativa de caráter exploratório; estudo de caso. Elaborar um Panorama Geral do setor citrícola no Brasil; Perfil Econômico das três empresas no Brasil. Identificar, preliminarmente, as unidades e sindicatos que representam Trabalhadores e trabalhadoras em cada planta fabril e de produção rural das três empresas. Levantar indicativos preliminares de déficit de trabalho decente na cadeia de produção do suco de laranja produzido no Brasil, a partir da visão de trabalhadores e de representantes sindicais de algumas das unidades de produção das três empresas.
  • 5. Pesquisa do setor citrícola Fontes Dados secundários públicos das Empresas, órgãos públicos, sindicatos e imprensa Instituições envolvidas ● Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação, Agroindústria, Cooperativas de Cereais e Assalariados Rurais (Contac/CUT) ● CUT Estadual São Paulo, Sub Sede Bauru (CUT Bauru) ● Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp/CUT) ● Gerências Regionais do Ministério do Trabalho e Emprego de Bauru e de Marília ● Grupo Móvel de Fiscalização Rural do MTE no Estado de São Paulo ● Sindicato dos Trabalhadores e Empregados Rurais de Mineiros do Tietê (STER Mineiros do Tietê/CUT) ● Sindicato dos Empregados Rurais de Duartina (Sinderal Duartina/CUT) ● Sindicato dos Trabalhadores e Empregados Rurais de Piratininga (STER Piratininga/UGT) ● Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Mogi Mirim e Região (Stiaamm/CUT)
  • 6. Pesquisa do setor citrícola Produtos obtidos Mapeamento nacional das unidades de produção rural e industrial das três empresas e dos respectivos sindicatos de trabalhadores(as) Relatório geral: panorama geral do setor e indicativos de déficit de trabalho decente na visão de sindicalistas e de trabalhadores de algumas unidades Contribuições à Audiência Pública Crise e Concentração na Citricultura Paulista, Assembleia Legislativa de São Paulo, 22/10/2013 Atividade(s) de apresentação dos resultados.
  • 7. Panorama do setor citrícola no Brasil ● O Brasil é maior produtor mundial de laranja ● Produz metade do suco de laranja consumido no mundo ● Exporta de US$1,5 bilhão a US$2,5 bilhões/ano (70% da safra nacional) ● 3 em cada 5 copos de suco consumidos no mundo são produzidos no Brasil ● Forte concentração: produção e envase
  • 8. Empresa: Citrosuco S/A Agroindustrial Capacidade produtiva do suco de laranja a ser exportado pelo Brasil 40 a 45% do total Participação no total de produção do suco consumido no mundo 25% Propriedade de fazendas 30 Número de fábricas 5 Número de terminais portuários 7 (2 no Brasil e 5 no exterior) Número de países importadores 80 Número de produtores independentes / fornecedores 2.500 Posse de pomares (em extensão) 158 mil hectares (equivalente a 30% do total do insumo) Número de clientes no mundo > 100 Número de funcionários 6 mil a 6,5 mil (no período de safra: 10 mil a 15 mil) Número de escritórios comerciais 6 (Brasil, Alemanha, Bélgica, EUA, Japão e China) Receita líquida anual (estimada) US$ 1,2 bilhões Fontes: FSB Comunicações, Citrosuco/Citrovita. Maio, 2010. Votorantim Agroindústria (2013). Votorantim Relatório Único 2011, Anual e de Sustentabilidade, p.20
  • 9. Empresa: Cutrale Unidades fabris 7 Unidades de produção rural 35 (inclui 3 fornecedores) Número de trabalhadores 15 mil trabalhadores diretos Sede Araraquara (SP) Sócios Não existem. A empresa é familiar, sob a responsabilidade de José Cutrale Participação no mercado Estimativas de 30% de todo o suco vendido no mundo Patrimônio R$ 15 bilhões (estimativa) Faturmento R$ 3 bilhões ao ano Processamento de laranjas Cerca de 40% das laranjas processadas são de pomares próprios Lucro recorde R$ 2,4 bilhões , na década de 1980 Destino da exportação Mais de 20 países, incluindo EUA, países da União Europeia e China Diversificação da produção Em 2012, a empresa entrou também no mercado de grãos (soja e milho) Fontes: Perfil da empresa e fontes diversas
  • 10. Empresa: Louis Dreyfus Commodities LDC no Brasil Participação do país no total de ativos 70% Posição no ranking entre as exportadoras 10ª Número de instalações em Estados brasileiros 12 Número de fábricas processadoras de oleoginosas 5 Número de fábricas processdoras de sucos 4 Unidades de sucos em geral (localidades) Bebedouro (SP), Engenheiro Coelho (SP), Matão (SP) e Paranavaí (PR) Mão-de-obra fixa empregada na produção de sucos 3.200 Mão-de-obra temporária empregada (sucos) 8.000 Unidades de fertilizantes 8 Número de armazéns 30 Número de terminais portuários 5 Número de terminais hidroviários 2 Mão-de-obra total (fixa e temporária) 30.000 Fonte: LDC; Biosev; Louis Dreyfus Commodities. Relatório Anual 2011
  • 11. Unidades de produção e sindicatos ● 73 unidades de produção (rurais e industriais), sendo: ● 65 no Estado de São Paulo (14 fábricas e 51 fazendas) ● 6 no Estado de Minas Gerais (todas rurais) ● 1 no Paraná e 1 em Santa Catarina
  • 12. Unidades de produção e sindicatos
  • 13. Unidades de produção e sindicatos
  • 14. Unidades de produção e sindicatos Perfil médio quantitativo das plantas de produção rural e fabril das principais empresas citricultoras no Brasil Considerando o número de unidades identificado, a produção de laranja e de suco concentra-se majoritariamente na região sudeste do Brasil, em particular no estado de São Paulo. As unidades de produção são majoritariamente rurais e pertencem à empresa Cutrale. Os sindicatos que representam as trabalhadoras e trabalhadores, em sua maioria, não se declaram filiados a nenhuma central sindical (rurais) ou se dizem filiados à Força Sindical (fábricas) e à CUT (fábricas).
  • 15. Unidades de produção e sindicatos Entrevistas em profundidade realizadas com sindicalistas e trabalhadores, por segmento Segmento Rural Indústria Empresa Número de trabalhadores Número de sindicatos / entidade sindical Número de trabalhadores Número de sindicatos / entidade sindical Citrosuco S/A Agroindústria 2 (Feraesp) Sem retorno do sindicato STER Lençóis Paulista) Não localizado Sindicato sem agenda, (STIA Matão) Cutrale Não localizado (Feraesp) 2 2 (Contac) (STIA Mogi Mirim) LDC 2 2 (Feraesp) (STER Piratininga) Trabalhadores não se dispuseram a dar entrevista 2 (STIA Mogi Mirim) Total 4 2 2 4 Elaboração: IOS, maio de 2013
  • 16. Indicativos de déficit de trabalho decente Oportunidades de emprego ● Terceirização de atividades-fim no plantio, cultivo e na colheita da laranja ● Irregularidades na contratação de trabalhadores (as) migrantes e condições precárias na estadia deles (as) durante a safra ● Há mais mulheres safristas (rural e na indústria) do que como trabalhadoras fixas ● Não há o cumprimento da cota de contratação de pessoas com deficiência prevista em Lei por parte da indústria ● Decisão judicial de março de 2013 determinou o fim da terceirização e multou as principais empresas por dano moral coletivo em aproximadamente 500 mil reais
  • 17. Indicativos de déficit de trabalho decente Trabalho inaceitável ● Denúncia de trabalho infantil em fazenda fornecedora da Cutrale (2008) ● Sindicalistas e trabalhadores do segmento rural e industrial desconhecem a existência de medidas adotadas pelas empresas para coibir as práticas de trabalho inaceitável na cadeia de fornecedores
  • 18. Indicativos de déficit de trabalho decente Salários adequados e trabalho produtivo ● Salários baixos (Cutrale = menor piso salarial da indústria da alimentação) ● Inexistência de PPR para trabalhadores (as) rurais ou valores baixos pagos aos da indústria ● Diferenças salariais e de benefícios
  • 19. Indicativos de déficit de trabalho decente Salários adequados e trabalho produtivo ● Falta de transparência e irregularidades no cálculo dos salários dos (as) trabalhadores (as) rurais (“pesagem das laranjas/dia”) ● Inexistência de Plano de Cargos, Carreira e Salários e de transparência ou inexistência de critérios técnicos na avaliação de desempenho dos (as) trabalhadores (as) ● Trabalho em ritmo muito intenso e adoção de metas (individuais ou de turno) que prejudicam a saúde dos (as) trabalhadores (as).
  • 20. Indicativos de déficit de trabalho decente Jornada decente ● A jornada é de 8 horas diárias, mas para cumprir as metas de produção, muitas vezes o(a) trabalhador(a) rural sequer almoça ● Número excessivo de horas-extras na indústria Estabilidade e garantia no trabalho ● Fusão entre Citrovita(Votorantim) e Citrosuco (Fischer) tem gerado demissões na indústria e a atividade de colheita também poderá ser afetada.
  • 21. Indicativos de déficit de trabalho decente Tratamento justo no emprego ● Há assédio moral nos pomares de laranja e na indústria. As empresas manteriam uma “lista suja” com trabalhadores(as) que exijam seus direitos ou procurem o sindicato ● Assédio sexual na indústria ● Relatos de discriminação de trabalhadores por raça, doença e acidentados (pessoas trabalham doentes por medo de serem prejudicados) e por participação sindical ● Ambiente caracterizado pelo medo na LDC ● Falta de reconhecimento e de motivação aos trabalhadores da indústria
  • 22. Indicativos de déficit de trabalho decente Proteção social da empresa ● As empresas dão as garantias previstas nos acordos coletivos, mas terminado o prazo estipulado demitem os trabalhadores (as) na indústria.
  • 23. Indicativos de déficit de trabalho decente Trabalho seguro ● Esforço físico excessivo na colheita de laranja e nas fábricas ● Risco de contaminação por agrotóxicos (EPIs inadequados para trabalhadores da colheita e tratoristas) ● Ferramentas inadequadas de trabalho e que geram risco aos trabalhadores (escadas para colheita) ● Ritmo de trabalho muito intenso na colheita e nas fábricas ● Ambiente e condições de trabalho avaliados negativamente, na colheita e na indústria
  • 24. Indicativos de déficit de trabalho decente Trabalho seguro ● Descaso da Cutrale com as medidas preventivas de segurança na indústria, como falta de medição de gases antes da entrada em ambientes confinados ● Postura da Cutrale em não assumir sua responsabilidade no caso de acidentes e mortes com terceirizados ● Acidentes de trabalho fatais na indústria (Cutrale) ● Não envio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ao sindicato, por parte da indústria ● Dificuldades na aplicação do direito de recusa na colheita da laranja e na indústria
  • 25. Indicativos de déficit de trabalho decente Trabalho seguro ● Falta de programas de formação, readaptação e instruções em saúde e segurança na colheita e na indústria ● Desconhecimento ou crítica à atuação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural (CIPATR) por parte dos trabalhadores rurais.
  • 26. Indicativos de déficit de trabalho decente Diálogo social ● Prática antissindical e discriminação de dirigentes sindicais na área rural e na indústria ● Medo dos trabalhadores rurais e da indústria em falar da situação vivenciada por eles nos locais de trabalho por medo de represálias por parte das empresas ● Tentativa de intimidação de trabalhadores (as) pela empresa (nas assembleias; trabalhadores (as) têm receio de denunciar) ● Negociação por unidade/empresa ● Falta de padronização de benefícios entre as unidades industriais da mesma empresa.
  • 27. Indicativos de déficit de trabalho decente Algumas questões ● Trabalho/Pagamento por produção e metas ● Terceirização ● Concentração do setor/ações ampliadas
  • 28. Equipe de pesquisa Adriana L. Lopes (coordenadora) Juliana Sousa Leandro Souza Vicente Gomes Macedo Neto