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A Missa – Parte por
       parte
O centro da missa:
               memorial da Páscoa de Cristo

A aclamação memorial que segue à narrativa da
  instituição da eucaristia, também chamada
  aclamação anamnética, (Eis o mistério da fé:
  "Anunciamos, Senhor, a vossa morte..,'),
  juntamente com a anamnese ( ver or. Euc. II)
  que se lhe segue, expressa que na eucaristia se
  realiza o que Cristo ordenou na última ceia: o
  memorial de seu mistério pascal. A eucaristia
  é, em primeiro lugar, memorial da morte e
  ressurreição do Senhor sob o sinal do pão e
  do vinho dados em refeição, em ação de
  graças e súplica.
Nossa preocupação não deve ser somente
 intelectual para que o povo entenda, mas
 levar o povo a experimentar o mistério
 pascal, mostrando a ligação entre a fé e a
 vida ("Páscoa de Cristo na páscoa da
 gente, páscoa da gente na páscoa de
 Cristo”) para que a eucaristia nos impulsione
 a dar a vida pelos irmãos e irmãs, como fez
 Cristo em sua páscoa.
A estrutura da missa
        …repetir…fazer memória do que Ele fez…


                               Na preparação das
Ele tomou o pão                  oferendas o pão e o vinho
                                 são levados ao altar

                                Nós rezamos a oração
Jesus deu graças
                                 eucarística

                               Nós o fazemos também antes
Jesus partiu o pão               da comunhão com o canto
                                 do “Cordeiro de Deüs”

                               Os ministros dão o corpo
Ele deu o pão                    e o sangue de Cristo na
                                 comunhão
Liturgia Eucarística
No centro desses gestos rituais encontra se a
 oração eucarística ou anáfora, a
 grande e solene prece de aliança, na qual
 recordamos celebrativamente a ação
 salvífica de Deus, por Cristo no Espírito
 Santo e, confiados em tais maravilhas do
 Senhor, suplicamos que o Pai envie seu
 Espírito para que transforme o pão e o
 vinho no corpo sacramental de Cristo e
 transforme a nós, comungantes, no corpo
 eclesial do Ressuscitado.
Estrutura da Liturgia Eucarística:
Apresentação das Oferendas
A Liturgia Eucarística inicia-se com a apresentação dos dons ou das oferendas.
   Trata-se de apresentar ao sacerdote presidente da celebração o pão e o vinho,
   justamente aquilo que Jesus usou na última ceia.
O foco agora muda. Se o foco da Liturgia da Palavra era o ambão ou Mesa da
   Palavra, o foco agora é o altar. Ele é “o centro de toda liturgia eucarística”
   (IGMR* 73). Por isso ele deve ser preparado dignamente para este momento.
   Coloca-se agora sobre o altar o corporal, o purificatório ou sanguinho, o missal
   e o cálice. Neste ponto já temos uma distinção: o cálice não deve entrar na
   procissão da apresentação das oferendas. O que deve entrar, quando fazemos a
   procissão de apresentação das oferendas? Deve entrar a patena com o pão e as
   hóstias que serão consagradas e distribuídas aos fiéis e o vinho. Este pode
   entrar nas galhetas ou numa jarra bonita e descente. O cálice fica no altar!


Oração Eucarística
Rito da Comunhão
Estrutura da Oração Eucarística:
Prefácio:Prefácio é aquele texto que antecede o momento da narrativa da instituição da Eucaristia. Ou
    seja, a Oração Eucarística se abre com um grande louvor a Deus pelas maravilhas que Ele operou na história
    da Salvação e continua fazendo ainda hoje entre nós.

Santo:O prefácio termina com a aclamação do Santo. Toda a Igreja, a celeste e a peregrina
    neste mundo, é convidada a um grande louvor e glorificação. O texto do Santo é a junção de
    dois textos bíblicos: Isaías 6,3 e Mateus 21,9. Ele deveria ser sempre cantado por toda a
    assembléia. E não deveriaser qualquer música que traz a palavra “Santo”, mas deve ser o texto
    mesmo que está no missal.

Epíclese:Terminado o canto do Santo, o presidente da celebração continua o louvor,
    dizendo que a santidade está verdadeiramente em Deus e suplica que o Espírito Santo santifique
    as oferendas do povo, pão e vinho, para que estes se tornem Corpo e Sangue de Cristo.

Narrativa da Instituição ou consagração: Após este
    momento temos o chamado momento da narrativa da Instituição e Consagração. Nela
    recordamos e atualizamos aquilo que Jesus fez (Fazei-o em memória de mim!); trata-se de fazer
    uma “anamnese”, palavra que significa recordação, memória.
Mistério da Fé: Depois das palavras da consagração ou do relato da instituição da eucaristia, o
    padre nos convida para uma das mais importantes aclamações de toda Eucaristia: Eis o mistério da
    fé! Quando o presidente da celebração diz isto, ele não está referindo-se única e exclusivamente
    àquele momento específico do relato da instituição da eucaristia, como podemos achar, mas quer
    referir-se à toda a vida de Cristo na terra e a vida de Cristo em nós e, conseqüentemente, nossa vida
    em Cristo. Tudo isso é o mistério da fé.

Oblação: Na seqüência, vem o que nós chamamos de oblação, isto é, a assembléia reunida, realizando
    esta memória, oferece ao Pai a hóstia imaculada. Não só ela, mas todos os fiéis oferece-se a si
    mesmos e se aperfeiçoam, cada vez mais, pela mediação de Cristo, na união com Deus e com o
    próximo, para que Deus seja tudo em todos.

Segunda epíclese: Houve uma primeira epíclese que foi a invocação do Espírito Santo sobre as
    oferendas de pão e vinho para que se tornassem Corpo e Sangue de Cristo (como vimos no artigo
    passado). Acontece agora uma segunda epíclese na Oração Eucarística. Trata de uma nova
    invocação do Espírito Santo, agora para que todos os participantes daquele ato litúrgico, pela ação
    do Espírito Santo, sejam transformados numa única assembléia, sem divisões, com os mesmos
    sentimentos de Cristo, todos unidos num só coração e numa só alma.

Intercessões: Chegado o momento que chamamos de intercessões. As intercessões exprimem que a
    Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto a celeste como a terrestre, e que a
    oblação é feita também por ela e por todos os membros vivos ou defuntos.

Doxologia — A oração eucarística termina com a doxologia. Esta palavra vem da língua grega, de
    doxa, que significa final. A oração termina com o grande ofertório do Corpo e do Sangue de Cristo
    ao Pai. Exprime a glorificação de Deus e é confirmada e concluída pela aclamação do povo de Deus.
    O amém que respondemos no final deveria ser o amém mais empolgante de toda a liturgia. Por isso
    mesmo ele deveria ser sempre cantando, mesmo que o presidente da celebração não tenha cantando
    o Por Cristo, com Cristo e em Cristo… Como eu disse deve ser alegre e festivo, como é o caráter
    próprio da Oração Eucarística.
Estrutura da Missa


 Liturgia   Liturgia
Da Palavra Eucarística
Liturgia da Palavra

“A parte principal da Palavra de Deus é constituída
  pelas leituras da Sagrada Escritura e pelos
  Cânticos que ocorrem entre elas, sendo
  desenvolvida e concluída pela homilia, a profissão
  de fé e a oração universal ou dos fiéis. Pois nas
  leituras explanadas pela homilia Deus fala ao seu
  povo, revela o mistério da redenção e da salvação,
  e oferece alimento espiritual.; e o próprio Cristo,
  por sua palavra, se acha presente no meio dos fiéis.
  Pelos cânticos, o povo se apropria dessa palavra de
  Deus e a ele adere pela profissão de fé. Alimentado
  por esta palavra, reza na oração universal pelas
  necessidades de toda a Igreja e pela salvação do
  mundo inteiro”(IGMR 33).
Liturgia da Palavra

Primeira Leitura
Salmo Responsorial
Segunda Leitura
Canto de Aclamação
Evangelho
Homilia
Profissão de Fé
Preces da comunidade
Estrutura da Liturgia da Palavra

1. I , II Leituras e Salmo
Para compreendermos melhor a liturgia da Palavra é
   necessário distinguir entre a liturgia dominical e a liturgia
   dos dias da semana. A primeira é dividida em três anos
   (A:Mateus; B:Marcos; C:Lucas), nos quais a Igreja
   procura ler toda a Bíblia. Nos dias de domingo e festas o
   esquema das leituras é o seguinte: Primeira leitura, salmo,
   segunda leitura, aclamação ao Evangelho e evangelho.
A primeira leitura e o evangelho tratam geralmente do mesmo
   assunto, para mostrar Jesus como aquele que leva à
   plenitude a antiga aliança; o salmo, é uma meditação da
   leitura, uma espécie de comentário cantado - daí ser
   insubstituível; a segunda leitura é feita de forma semi-
   contínua, sempre extraída da carta do apóstolo. Já a
   liturgia dos dias da semana não apresenta a segunda
   leitura, e toda a Bíblia é lida todos os anos.
2. Evangelho
É o ponto alto da liturgia da Palavra. Cristo
  torna-se presente através de sua Palavra e da
  pessoa do sacerdote. Tal momento é
  revestido de cerimônia, devido sua
  importância. Todos ficam de pé e aclamam
  o Cristo que fala. O diácono ou o padre
  dirigem-se à mesa da palavra para proclamá-
  la.
O que proclama a Palavra do evangelho
  menciona a presença do Cristo vivo entre
  nós. Faz o sinal da cruz na testa, na boca e
  no coração para que todo o ser fique
  impregnado da mensagem do Evangelho: a
  mente a acolha, a boca a proclame e o
  coração a sinta e a viva.
3. Homilia
A homilia faz a transição entre a palavra de Deus e sua resposta. É
   feita exclusivamente por um ministro ordenado, pois este recebeu,
   através da imposição das mãos o dom especial para pregar o
   Evangelho. A função da homilia é confrontar o mistério celebrado
   com a vida da comunidade. Na homilia, o sacerdote anima o povo,
   exorta-o e se for preciso o denuncia, mostrando a distância entre o
   ideal proposto e a vida concreta do povo.

4. Profissão de fé
“O símbolo ou profissão de fé, na celebração da missa, tem por
   objetivo levar o povo a dar seu assentimento e resposta à palavra de
   Deus ouvida nas leituras e homilia, bem como lhe recordar a regra
   da fé antes de iniciar a celebração da eucaristia”(IGMR 43).
A profissão de fé consiste na primeira resposta dada à Palavra de Deus.
   Nela cremos e aderimos, manifestando também nossa fé naquela
   que possui a incumbência de perpetuar esta palavra: a Igreja
   Católica. Possui duas formas, sendo a mais extensa proclamada em
   solenidades especiais, como o Natal, Anunciação...
5. Preces da comunidade
“Na oração dos fiéis ou oração universal, a assembléia dos fiéis,
   iluminada pela graça de Deus, à qual de certo modo responde, pede
   normalmente pelas necessidades da Igreja universal e da
   comunidade local, pela salvação do mundo, pelos que se encontram
   em qualquer necessidade e por grupos determinados de pessoas”
   (IGMR 30).
O povo de Deus ouve a Palavra de Deus, a acolhe e dá a sua resposta.
   Esta pode ser em forma de louvor, de súplica, adoração ou
   intercessão. Pede a Deus a graça de poder realizar a sua vontade;
   porém ele não é egoísta: pede por todos para que também possam
   realizar esta palavra e assim encontrar o sentido para suas vidas.
   Pede pela Igreja, para que esta tenha coragem de continuar
   proclamando esta palavra. Pede por aqueles que sofrem e pelas
   autoridades locais, para que concretizem o Reino de Deus entre nós.
   Finalmente faz seus pedidos pela comunidade local.
Talvez seria de imensa riqueza para a liturgia se as preces fossem feitas
   de modo espontâneo, mas para isso seria necessário ordem e
   instrução por parte da assembléia. Seria necessário lembrar que a
   resposta à Palavra de Deus nunca se dá de modo egoísta.
Estrutura da Missa


 Ritos       Liturgia   Liturgia     Ritos
                                     Finais
Iniciais    Da Palavra Eucarística
Ritos Iniciais
“Os ritos iniciais ou as partes que precedem a
 liturgia da palavra, isto é, cântico de
 entrada, saudação, ato penitencial, Senhor,
 Glória e oração da coleta, têm o caráter de
 exórdio, introdução e preparação. Estes ritos
 têm por finalidade fazer com que os fiéis,
 reunindo-se em assembléia, constituam uma
 comunhão e se disponham para ouvir
 atentamente a Palavra de Deus e celebrar
 dignamente a Eucaristia”.
                   Instrução Geral ao Missal Romano, n.º 24:
1. Comentário Inicial
Este tem por fim introduzir os fiéis ao mistério
   celebrado. Sua posição correta seria após a
   saudação do padre, pois ao nos encontrarmos com
   uma pessoa primeiro a saudamos para depois
   iniciarmos qualquer atividade com ela.

2. Canto de Entrada
“Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com os
   ministros, começa o canto de entrada. A finalidade
   desse canto é abrir a celebração, promover a união
   da assembléia, introduzir no mistério do tempo
   litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do
   sacerdote e dos ministros”(IGMR n.25)
Durante o canto de entrada percebemos alguns elementos que compõem o início da missa:
a) O canto
Durante a missa, todas as músicas fazem parte de cada momento.
   Através da música participamos da missa cantando. A música não
   é simplesmente acompanhamento ou trilha musical da celebração:
   a música é também nossa forma de louvarmos a Deus. Daí a
   importância da participação de toda assembléia durante os cantos.
b) A procissão
O povo de Deus é um povo peregrino, que caminha rumo ao coração
   do Pai. Todas as procissões têm esse sentido: caminho a se
   percorrer e objetivo a que se quer chegar.
c) O beijo no altar
Durante a missa, o pão e o vinho são consagrados no altar, ou seja, é
   no altar que ocorre o mistério eucarístico. O presidente da
   celebração ao chegar beija o altar em sinal de carinho e reverência
   por tão sublime lugar.
Por incrível que possa parecer, o local mais importante de uma igreja
   é o altar, pois ao contrário do que muita gente pensa, as hóstias
   guardadas no sacrário nunca poderiam estar ali se não houvesse
   um altar para consagrá-las.
3. Saudação
a) Sinal da Cruz
O presidente da celebração e a assembléia recordam-se
   por que estão celebrando a missa. É, sobretudo pela
   graça de Deus, em resposta ao seu amor. Nenhum
   motivo particular deve sobrepor-se à gratuidade. Pelo
   sinal da cruz nos lembramos que pela cruz de Cristo
   nos aproximamos da Santíssima Trindade.

b) Saudação
Retirada na sua maioria dos cumprimentos de Paulo, o
  presidente da celebração e a assembléia se saúdam. O
  encontro eucarístico é movido unicamente pelo amor de
  Deus, mas também é encontro com os irmãos.
4. Ato Penitencial
Após saudar a assembléia presente, o sacerdote convida toda
   assembléia a, em um momento de silêncio, reconhecer-se
   pecadora e necessitada da misericórdia de Deus. Após o
   reconhecimento da necessidade da misericórdia divina, o povo a
   pede em forma de ato de contrição: Confesso a Deus Todo-
   Poderoso... Em forma de diálogo por versículos bíblicos: Tende
   compaixão de nós... Ou em forma de ladainha: Senhor, que
   viestes salvar... Após, segue-se a absolvição do sacerdote. Tal
   ato pode ser substituído pela aspersão da água, que nos convida a
   rememorar-nos o nosso compromisso assumido pelo batismo e
   através do simbolismo da água pedirmos para sermos
   purificados.
Cabe aqui dizer, que o “Senhor, tende piedade” não pertence
   necessariamente ao ato penitencial. Este se dá após a absolvição
   do padre e é um canto que clama pela piedade de Deus. Daí ser
   um erro omiti-lo após o ato penitencial quando este é cantando.
   O “Senhor, tende piedade” poderá fazer parte do ato penitencial,
   com relação ao texto do “Senhor...”, os vocativos presentes em
   cada frase referem-se a Jesus Cristo, aquele que intercede ao Pai
   por nossos pecados.
5. Hino de Louvor

Espécie de salmo composto pela Igreja, o glória é uma mistura
  de louvor e súplica, em que a assembléia congregada no
  Espírito Santo, dirige-se ao Pai e ao Cordeiro. é proclamado
  nos domingos - exceto os do tempo da quaresma e do advento
  - e em celebrações especiais, de caráter mais solene.
Portanto, trata-se de um hino doxológico, ou seja, de louvor e de
  glorificação, que canta a glória de Deus e do Filho (doxa, em
  grego, entre outros sentidos é “louvor”. Então, doxológico:
  relativo à palavra de louvor ou “palavra de glorificação,
  louvação"). O centro dessa glorificação é o Filho Jesus Cristo.
  É a idéia do hino entoado pelos anjos, quando do nascimento
  de Jesus. Foi ouvido pela primeira vez pelos pastores em
  Belém, anunciando a grande alegria do nascimento do
  Salvador (cf. Lucas 2, 4ss).
6. Oração da Coleta
Encerra o rito de entrada e introduz a assembléia na
  celebração do dia.
“Após o convite do celebrante, todos se conservam
  em silêncio por alguns instantes, tomando
  consciência de que estão na presença de Deus e
  formulando interiormente seus pedidos. Depois o
  sacerdote diz a oração que se costuma chamar de
  ‘coleta’, a qual a assembléia dá o seu assentimento
  com o ‘Amém’ final” (IGMR 32).
Dentro da oração da coleta podemos perceber os
  seguintes elementos: invocação, pedido e
  finalidade.
Ritos Finais
“O rito de encerramento da Missa consta fundamentalmente
  de três elementos: a saudação do sacerdote, a bênção, que
  em certos dias e ocasiões é enriquecida e expressa pela
  oração sobre o povo, ou por outra forma mais solene, e a
  própria despedida, em que se despede a assembléia, afim
  de que todos voltem ás suas atividades louvando e
  bendizendo o Senhor com suas boas obras” (IGMR 57).
Sem demais delongas, este momento é o oportuno para dar-se
  avisos à comunidade, bem como para as últimas
  orientações do presidente da celebração. Após, segue-se a
  bênção do sacerdote e a despedida. Para alguns liturgistas,
  esse momento é um momento de envio, pois o sacerdote
  abençoa os fiéis para que estes saiam pelo mundo
  louvando a Deus com palavras e gestos, contribuindo
  assim para sua transformação.

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  • 1. A Missa – Parte por parte
  • 2. O centro da missa: memorial da Páscoa de Cristo A aclamação memorial que segue à narrativa da instituição da eucaristia, também chamada aclamação anamnética, (Eis o mistério da fé: "Anunciamos, Senhor, a vossa morte..,'), juntamente com a anamnese ( ver or. Euc. II) que se lhe segue, expressa que na eucaristia se realiza o que Cristo ordenou na última ceia: o memorial de seu mistério pascal. A eucaristia é, em primeiro lugar, memorial da morte e ressurreição do Senhor sob o sinal do pão e do vinho dados em refeição, em ação de graças e súplica.
  • 3. Nossa preocupação não deve ser somente intelectual para que o povo entenda, mas levar o povo a experimentar o mistério pascal, mostrando a ligação entre a fé e a vida ("Páscoa de Cristo na páscoa da gente, páscoa da gente na páscoa de Cristo”) para que a eucaristia nos impulsione a dar a vida pelos irmãos e irmãs, como fez Cristo em sua páscoa.
  • 4. A estrutura da missa …repetir…fazer memória do que Ele fez… Na preparação das Ele tomou o pão oferendas o pão e o vinho são levados ao altar Nós rezamos a oração Jesus deu graças eucarística Nós o fazemos também antes Jesus partiu o pão da comunhão com o canto do “Cordeiro de Deüs” Os ministros dão o corpo Ele deu o pão e o sangue de Cristo na comunhão
  • 6. No centro desses gestos rituais encontra se a oração eucarística ou anáfora, a grande e solene prece de aliança, na qual recordamos celebrativamente a ação salvífica de Deus, por Cristo no Espírito Santo e, confiados em tais maravilhas do Senhor, suplicamos que o Pai envie seu Espírito para que transforme o pão e o vinho no corpo sacramental de Cristo e transforme a nós, comungantes, no corpo eclesial do Ressuscitado.
  • 7. Estrutura da Liturgia Eucarística: Apresentação das Oferendas A Liturgia Eucarística inicia-se com a apresentação dos dons ou das oferendas. Trata-se de apresentar ao sacerdote presidente da celebração o pão e o vinho, justamente aquilo que Jesus usou na última ceia. O foco agora muda. Se o foco da Liturgia da Palavra era o ambão ou Mesa da Palavra, o foco agora é o altar. Ele é “o centro de toda liturgia eucarística” (IGMR* 73). Por isso ele deve ser preparado dignamente para este momento. Coloca-se agora sobre o altar o corporal, o purificatório ou sanguinho, o missal e o cálice. Neste ponto já temos uma distinção: o cálice não deve entrar na procissão da apresentação das oferendas. O que deve entrar, quando fazemos a procissão de apresentação das oferendas? Deve entrar a patena com o pão e as hóstias que serão consagradas e distribuídas aos fiéis e o vinho. Este pode entrar nas galhetas ou numa jarra bonita e descente. O cálice fica no altar! Oração Eucarística Rito da Comunhão
  • 8. Estrutura da Oração Eucarística: Prefácio:Prefácio é aquele texto que antecede o momento da narrativa da instituição da Eucaristia. Ou seja, a Oração Eucarística se abre com um grande louvor a Deus pelas maravilhas que Ele operou na história da Salvação e continua fazendo ainda hoje entre nós. Santo:O prefácio termina com a aclamação do Santo. Toda a Igreja, a celeste e a peregrina neste mundo, é convidada a um grande louvor e glorificação. O texto do Santo é a junção de dois textos bíblicos: Isaías 6,3 e Mateus 21,9. Ele deveria ser sempre cantado por toda a assembléia. E não deveriaser qualquer música que traz a palavra “Santo”, mas deve ser o texto mesmo que está no missal. Epíclese:Terminado o canto do Santo, o presidente da celebração continua o louvor, dizendo que a santidade está verdadeiramente em Deus e suplica que o Espírito Santo santifique as oferendas do povo, pão e vinho, para que estes se tornem Corpo e Sangue de Cristo. Narrativa da Instituição ou consagração: Após este momento temos o chamado momento da narrativa da Instituição e Consagração. Nela recordamos e atualizamos aquilo que Jesus fez (Fazei-o em memória de mim!); trata-se de fazer uma “anamnese”, palavra que significa recordação, memória.
  • 9. Mistério da Fé: Depois das palavras da consagração ou do relato da instituição da eucaristia, o padre nos convida para uma das mais importantes aclamações de toda Eucaristia: Eis o mistério da fé! Quando o presidente da celebração diz isto, ele não está referindo-se única e exclusivamente àquele momento específico do relato da instituição da eucaristia, como podemos achar, mas quer referir-se à toda a vida de Cristo na terra e a vida de Cristo em nós e, conseqüentemente, nossa vida em Cristo. Tudo isso é o mistério da fé. Oblação: Na seqüência, vem o que nós chamamos de oblação, isto é, a assembléia reunida, realizando esta memória, oferece ao Pai a hóstia imaculada. Não só ela, mas todos os fiéis oferece-se a si mesmos e se aperfeiçoam, cada vez mais, pela mediação de Cristo, na união com Deus e com o próximo, para que Deus seja tudo em todos. Segunda epíclese: Houve uma primeira epíclese que foi a invocação do Espírito Santo sobre as oferendas de pão e vinho para que se tornassem Corpo e Sangue de Cristo (como vimos no artigo passado). Acontece agora uma segunda epíclese na Oração Eucarística. Trata de uma nova invocação do Espírito Santo, agora para que todos os participantes daquele ato litúrgico, pela ação do Espírito Santo, sejam transformados numa única assembléia, sem divisões, com os mesmos sentimentos de Cristo, todos unidos num só coração e numa só alma. Intercessões: Chegado o momento que chamamos de intercessões. As intercessões exprimem que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto a celeste como a terrestre, e que a oblação é feita também por ela e por todos os membros vivos ou defuntos. Doxologia — A oração eucarística termina com a doxologia. Esta palavra vem da língua grega, de doxa, que significa final. A oração termina com o grande ofertório do Corpo e do Sangue de Cristo ao Pai. Exprime a glorificação de Deus e é confirmada e concluída pela aclamação do povo de Deus. O amém que respondemos no final deveria ser o amém mais empolgante de toda a liturgia. Por isso mesmo ele deveria ser sempre cantando, mesmo que o presidente da celebração não tenha cantando o Por Cristo, com Cristo e em Cristo… Como eu disse deve ser alegre e festivo, como é o caráter próprio da Oração Eucarística.
  • 10. Estrutura da Missa Liturgia Liturgia Da Palavra Eucarística
  • 11. Liturgia da Palavra “A parte principal da Palavra de Deus é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura e pelos Cânticos que ocorrem entre elas, sendo desenvolvida e concluída pela homilia, a profissão de fé e a oração universal ou dos fiéis. Pois nas leituras explanadas pela homilia Deus fala ao seu povo, revela o mistério da redenção e da salvação, e oferece alimento espiritual.; e o próprio Cristo, por sua palavra, se acha presente no meio dos fiéis. Pelos cânticos, o povo se apropria dessa palavra de Deus e a ele adere pela profissão de fé. Alimentado por esta palavra, reza na oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro”(IGMR 33).
  • 12. Liturgia da Palavra Primeira Leitura Salmo Responsorial Segunda Leitura Canto de Aclamação Evangelho Homilia Profissão de Fé Preces da comunidade
  • 13. Estrutura da Liturgia da Palavra 1. I , II Leituras e Salmo Para compreendermos melhor a liturgia da Palavra é necessário distinguir entre a liturgia dominical e a liturgia dos dias da semana. A primeira é dividida em três anos (A:Mateus; B:Marcos; C:Lucas), nos quais a Igreja procura ler toda a Bíblia. Nos dias de domingo e festas o esquema das leituras é o seguinte: Primeira leitura, salmo, segunda leitura, aclamação ao Evangelho e evangelho. A primeira leitura e o evangelho tratam geralmente do mesmo assunto, para mostrar Jesus como aquele que leva à plenitude a antiga aliança; o salmo, é uma meditação da leitura, uma espécie de comentário cantado - daí ser insubstituível; a segunda leitura é feita de forma semi- contínua, sempre extraída da carta do apóstolo. Já a liturgia dos dias da semana não apresenta a segunda leitura, e toda a Bíblia é lida todos os anos.
  • 14. 2. Evangelho É o ponto alto da liturgia da Palavra. Cristo torna-se presente através de sua Palavra e da pessoa do sacerdote. Tal momento é revestido de cerimônia, devido sua importância. Todos ficam de pé e aclamam o Cristo que fala. O diácono ou o padre dirigem-se à mesa da palavra para proclamá- la. O que proclama a Palavra do evangelho menciona a presença do Cristo vivo entre nós. Faz o sinal da cruz na testa, na boca e no coração para que todo o ser fique impregnado da mensagem do Evangelho: a mente a acolha, a boca a proclame e o coração a sinta e a viva.
  • 15. 3. Homilia A homilia faz a transição entre a palavra de Deus e sua resposta. É feita exclusivamente por um ministro ordenado, pois este recebeu, através da imposição das mãos o dom especial para pregar o Evangelho. A função da homilia é confrontar o mistério celebrado com a vida da comunidade. Na homilia, o sacerdote anima o povo, exorta-o e se for preciso o denuncia, mostrando a distância entre o ideal proposto e a vida concreta do povo. 4. Profissão de fé “O símbolo ou profissão de fé, na celebração da missa, tem por objetivo levar o povo a dar seu assentimento e resposta à palavra de Deus ouvida nas leituras e homilia, bem como lhe recordar a regra da fé antes de iniciar a celebração da eucaristia”(IGMR 43). A profissão de fé consiste na primeira resposta dada à Palavra de Deus. Nela cremos e aderimos, manifestando também nossa fé naquela que possui a incumbência de perpetuar esta palavra: a Igreja Católica. Possui duas formas, sendo a mais extensa proclamada em solenidades especiais, como o Natal, Anunciação...
  • 16. 5. Preces da comunidade “Na oração dos fiéis ou oração universal, a assembléia dos fiéis, iluminada pela graça de Deus, à qual de certo modo responde, pede normalmente pelas necessidades da Igreja universal e da comunidade local, pela salvação do mundo, pelos que se encontram em qualquer necessidade e por grupos determinados de pessoas” (IGMR 30). O povo de Deus ouve a Palavra de Deus, a acolhe e dá a sua resposta. Esta pode ser em forma de louvor, de súplica, adoração ou intercessão. Pede a Deus a graça de poder realizar a sua vontade; porém ele não é egoísta: pede por todos para que também possam realizar esta palavra e assim encontrar o sentido para suas vidas. Pede pela Igreja, para que esta tenha coragem de continuar proclamando esta palavra. Pede por aqueles que sofrem e pelas autoridades locais, para que concretizem o Reino de Deus entre nós. Finalmente faz seus pedidos pela comunidade local. Talvez seria de imensa riqueza para a liturgia se as preces fossem feitas de modo espontâneo, mas para isso seria necessário ordem e instrução por parte da assembléia. Seria necessário lembrar que a resposta à Palavra de Deus nunca se dá de modo egoísta.
  • 17. Estrutura da Missa Ritos Liturgia Liturgia Ritos Finais Iniciais Da Palavra Eucarística
  • 18. Ritos Iniciais “Os ritos iniciais ou as partes que precedem a liturgia da palavra, isto é, cântico de entrada, saudação, ato penitencial, Senhor, Glória e oração da coleta, têm o caráter de exórdio, introdução e preparação. Estes ritos têm por finalidade fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembléia, constituam uma comunhão e se disponham para ouvir atentamente a Palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia”. Instrução Geral ao Missal Romano, n.º 24:
  • 19. 1. Comentário Inicial Este tem por fim introduzir os fiéis ao mistério celebrado. Sua posição correta seria após a saudação do padre, pois ao nos encontrarmos com uma pessoa primeiro a saudamos para depois iniciarmos qualquer atividade com ela. 2. Canto de Entrada “Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com os ministros, começa o canto de entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros”(IGMR n.25)
  • 20. Durante o canto de entrada percebemos alguns elementos que compõem o início da missa: a) O canto Durante a missa, todas as músicas fazem parte de cada momento. Através da música participamos da missa cantando. A música não é simplesmente acompanhamento ou trilha musical da celebração: a música é também nossa forma de louvarmos a Deus. Daí a importância da participação de toda assembléia durante os cantos. b) A procissão O povo de Deus é um povo peregrino, que caminha rumo ao coração do Pai. Todas as procissões têm esse sentido: caminho a se percorrer e objetivo a que se quer chegar. c) O beijo no altar Durante a missa, o pão e o vinho são consagrados no altar, ou seja, é no altar que ocorre o mistério eucarístico. O presidente da celebração ao chegar beija o altar em sinal de carinho e reverência por tão sublime lugar. Por incrível que possa parecer, o local mais importante de uma igreja é o altar, pois ao contrário do que muita gente pensa, as hóstias guardadas no sacrário nunca poderiam estar ali se não houvesse um altar para consagrá-las.
  • 21. 3. Saudação a) Sinal da Cruz O presidente da celebração e a assembléia recordam-se por que estão celebrando a missa. É, sobretudo pela graça de Deus, em resposta ao seu amor. Nenhum motivo particular deve sobrepor-se à gratuidade. Pelo sinal da cruz nos lembramos que pela cruz de Cristo nos aproximamos da Santíssima Trindade. b) Saudação Retirada na sua maioria dos cumprimentos de Paulo, o presidente da celebração e a assembléia se saúdam. O encontro eucarístico é movido unicamente pelo amor de Deus, mas também é encontro com os irmãos.
  • 22. 4. Ato Penitencial Após saudar a assembléia presente, o sacerdote convida toda assembléia a, em um momento de silêncio, reconhecer-se pecadora e necessitada da misericórdia de Deus. Após o reconhecimento da necessidade da misericórdia divina, o povo a pede em forma de ato de contrição: Confesso a Deus Todo- Poderoso... Em forma de diálogo por versículos bíblicos: Tende compaixão de nós... Ou em forma de ladainha: Senhor, que viestes salvar... Após, segue-se a absolvição do sacerdote. Tal ato pode ser substituído pela aspersão da água, que nos convida a rememorar-nos o nosso compromisso assumido pelo batismo e através do simbolismo da água pedirmos para sermos purificados. Cabe aqui dizer, que o “Senhor, tende piedade” não pertence necessariamente ao ato penitencial. Este se dá após a absolvição do padre e é um canto que clama pela piedade de Deus. Daí ser um erro omiti-lo após o ato penitencial quando este é cantando. O “Senhor, tende piedade” poderá fazer parte do ato penitencial, com relação ao texto do “Senhor...”, os vocativos presentes em cada frase referem-se a Jesus Cristo, aquele que intercede ao Pai por nossos pecados.
  • 23. 5. Hino de Louvor Espécie de salmo composto pela Igreja, o glória é uma mistura de louvor e súplica, em que a assembléia congregada no Espírito Santo, dirige-se ao Pai e ao Cordeiro. é proclamado nos domingos - exceto os do tempo da quaresma e do advento - e em celebrações especiais, de caráter mais solene. Portanto, trata-se de um hino doxológico, ou seja, de louvor e de glorificação, que canta a glória de Deus e do Filho (doxa, em grego, entre outros sentidos é “louvor”. Então, doxológico: relativo à palavra de louvor ou “palavra de glorificação, louvação"). O centro dessa glorificação é o Filho Jesus Cristo. É a idéia do hino entoado pelos anjos, quando do nascimento de Jesus. Foi ouvido pela primeira vez pelos pastores em Belém, anunciando a grande alegria do nascimento do Salvador (cf. Lucas 2, 4ss).
  • 24. 6. Oração da Coleta Encerra o rito de entrada e introduz a assembléia na celebração do dia. “Após o convite do celebrante, todos se conservam em silêncio por alguns instantes, tomando consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente seus pedidos. Depois o sacerdote diz a oração que se costuma chamar de ‘coleta’, a qual a assembléia dá o seu assentimento com o ‘Amém’ final” (IGMR 32). Dentro da oração da coleta podemos perceber os seguintes elementos: invocação, pedido e finalidade.
  • 25. Ritos Finais “O rito de encerramento da Missa consta fundamentalmente de três elementos: a saudação do sacerdote, a bênção, que em certos dias e ocasiões é enriquecida e expressa pela oração sobre o povo, ou por outra forma mais solene, e a própria despedida, em que se despede a assembléia, afim de que todos voltem ás suas atividades louvando e bendizendo o Senhor com suas boas obras” (IGMR 57). Sem demais delongas, este momento é o oportuno para dar-se avisos à comunidade, bem como para as últimas orientações do presidente da celebração. Após, segue-se a bênção do sacerdote e a despedida. Para alguns liturgistas, esse momento é um momento de envio, pois o sacerdote abençoa os fiéis para que estes saiam pelo mundo louvando a Deus com palavras e gestos, contribuindo assim para sua transformação.