Durante os anos após a morte de Wegener, as ideias da deriva continental e da geodinâmica global caíram em desuso, com cada pesquisador voltando aos seus estudos específicos. Posteriormente, estudos da morfologia oceânica e da idade das rochas levaram à formulação da Teoria da Tectônica de Placas, que explica a deriva dos continentes e a expansão dos fundos oceânicos.
2. A orquestra dispersa (1930-60)
Durante os anos que se seguiram à morte de
Wegener, e apesar dos esforços de
alguns, as ideias da deriva continental e
da geodinâmica global desapareceram
das preocupações dos investigadores das
ciências da Terra.
Cada um voltou aos seus estudos
específicos.
Wegener tinha reunido a orquestra, mas
esta dispersou-se.
Nuno Correia - 09/10
3. Oceanografia
O estudo da morfologia dos fundos
oceânicos permitiu descobrir novas
cadeias montanhosas submersas que
constituem importantes alinhamentos
por todo o globo, como por exemplo a
dorsal médio-oceânica presente no
Oceano Atlântico . www.ceoe.udel.edu
Nuno Correia - 09/10
4. Morfologia dos fundos oceânicos
O Geólogo Harry Hess constatou que as montanhas
de um dos lados do rifte eram um perfeito espelho
das que existiam do outro lado.
Nuno Correia - 09/10
5. Rifte
Fissura por onde ocorre a emissão de elevados
volumes de magma. No geral, os riftes localizam-se
na dorsal médio-oceânica onde ocorre a expansão
dos oceanos.
Nuno Correia - 09/10
6. Com base nestes estudos, Hess defendia a
expansão da crusta oceânica ao nível dos riftes e a
sua destruição nas fossas oceânicas.
Nuno Correia - 09/10
7. A orquestra reúne...
a constatação da existência de dorsais médio-oceânicas;
a diminuta idade das rochas da crusta oceânica, quando
comparadas com as da crusta terrestre;
a descoberta de que a camada de sedimentos que se acumulava
sobre o fundo do oceano Pacífico era muito mais fina do que o
esperado (considerando que esse oceano se teria formado há cerca
de 4000 milhões de anos), tornando-se mais espessa à medida que
aumenta a distância ao rifte;
a hipótese de expansão dos fundos oceânicos,segundo a qual a
crusta oceânica é formada nas zonas de rifte e reciclada nas zonas
de subducção (fossas);
grande incidência da actividade sísmica e vulcânica em
determinados locais.
Nuno Correia - 09/10
13. Nasce uma nova teoria
Robert Palmer e Donald Mackenzie, revisitaram os
achados de Wegener e combinaram-nos com os de
Hess, de modo a formular uma nova teoria, a
Teoria da Tectónica de Placas.
Nuno Correia - 09/10
14. Observações e experiências.. Com um pouco
de sorte... Surgem dados para a formulação de
hipótese.
Hipótese Outras
hipóteses....
Desafios
O teste repetido de uma hipótese por outros Revista
cientistas... Providência suporte ou resulta na Suportada ?
rejeição de hipótese Não
Rejeitada
Sim
Uma ou mais hipóteses podem
obter apoio/confirmação Teoria Outras teorias....
suficiente para se tornarem uma
...
Desafios
Revista
As teorias também são Suportada ?
desafiadas!! Não Rejeitada
.. E um grupo de ideias Modelo Científico
“sobreviventes” assume-se
14 Nuno Correia 09/10
15. Tectónica de Placas
Constituiu um dos
avanços mais
importantes nas
Ciências da Terra do
século XX.
Considera que o planeta
Terra se encontra
dividido em diferentes
camadas, com
propriedades químicas
e físicas distintas.
Nuno Correia - 09/10
17. Litosfera
Inclui todo o material até aos 100
km de profundidade, contendo a
crusta (oceânica e continental) e
parte do manto superior
Todo o material encontra-se no
estado sólido, com as principais
diferenças a existirem entre a
crusta oceânica e a continental.
A crusta continental é mais
espessa, menos densa, composta
por rochas ácidas, enquanto que a
crusta oceânica é pouco espessa,
mais densa e composta
essencialmente por rochas
básicas.
Nuno Correia - 09/10
18. Astenosfera
Localiza-se por debaixo
da litosfera, no manto
superior.
O material encontra-se
parcialmente fundido,
cerca de 2%, o suficiente
para possuir
comportamento plástico.
Nuno Correia - 09/10
22. Limites de Placas
As placas estão
separadas umas das
outras por falhas.
É nessas zonas de
fronteira - limites de
placas - que as
forças tectónicas são
mais evidentes.
Nuno Correia - 09/10
23. Que limites....
convergentes - as placas colidem uma contra a
outra.
divergentes - as placas deslocam-se, afastando-se
uma da outra.
conservativos - as placas deslizam horizontalmente
uma relativamente à outra.
Nuno Correia - 09/10
24. Cada placa pode
simultaneamente ser
divergente, convergente
e conservativa, em
relação às placas que lhe
estão próximas.
Nuno Correia - 09/10
25. Limites Convergentes
Tal como Hess tinha
proposto, a Terra não
aumenta de diâmetro.
Têm de existir locais onde
haja destruição do material.
A destruição e "reciclagem"
do material ocorrem ao longo
dos limites convergentes.
O comportamento das placas
na zona de convergência
depende directamente da
sua densidade e
indirectamente dos materiais
que a constituem.
Nuno Correia - 09/10
26. Oceânico-continental
A placa oceânica mais densa mergulha sob a continental -
subducção.
O atrito gerado origina sismos profundos.
Ocorre fusão do material, formando-se magmas, que podem
solidificar em profundidade ou originar fenómenos vulcânicos.
Nuno Correia - 09/10
27. Oceânico-Oceânico
A placa que sofre subducção ao longo de uma fossa é a
mais antiga, pois apresenta maior espessura de
sedimentos.
Pode formar-se um magma que originará fenómenos
vulcânicos, ao longo de arcos vulcânicos.
Nuno Correia - 09/10
28. Continental - Continental
Nenhuma das placas sofre subducção, pois ambas são pouco
densas.
Do choque resulta a formação de cadeias montanhosas, com
dobramentos e levantamento dos materiais que se
encontravam no fundo oceânico.
Nuno Correia - 09/10
29. Limites divergente
Correspondem a locais onde as
placas se afastam, e nova crosta
é formada por magma que
ascende do manto através de
vulcões submarinos, como no
caso dos Açores.
Ao longo da dorsal médio-
atlântica a taxa de alastramento
do fundo oceânico é em média
de 2,5 cm/ano.
Em África existe um rifte
continental - Rift Leste Africano -
que está a promover a divisão
do continente africano, levando
à formação, nesse local, de um
oceano.
Nuno Correia - 09/10
32. Limites conservativos
As placas deslizam
horizontalmente, uma em
relação à outra. Este
movimento causa grande
atrito, com intensa
actividade sísmica.
Nenhuma placa é
subductada, nem se
abrem fissuras, não existe
fusão de material, não
estando associados a este
tipo de limite fenómenos
vulcânicos.
Nuno Correia - 09/10
36. Um modelo
Em 1994,o professor Uyeda
(Universidade deTóquio)
enfatizou a importância dos
fenómenos de subducção como
principais responsáveis pela
deslocação das placas
tectónicas.
A subducção de uma densa
placa oceânica (determinada
pela força gravítica) poderá
gerar uma força capaz de fazer
deslocar a restante placa. Esta
força tem vindo a ser
considerada vital no processo
da tectónica de placas.
Nuno Correia - 09/10
38. Consequências desta teoria....
Formação de cadeias montanhosas - o choque entre
duas placas está na origem da formação de
montanhas. Exemplo: Himalaias;
Deformação dos materiais - as forças que actuam
sobre as massas rochosas podem causar-lhes
deformações, tais como dobras, falhas e
metamorfismo;
Distribuição dos seres vivos - ao moverem-se e ao
moldarem o relevo, as placas podem aproximar ou
afastar as populações de seres vivos, contribuindo
para o mecanismo da evolução de espécies. se.
Nuno Correia - 09/10
41. Distribuição dos Seres Vivos
Porque é que só
existem marsupiais na
Austrália?
A abertura de um
oceano pode isolar
grupos de seres vivos.
As populações podem
tornar-se mais frágeis
podendo algumas delas
extinguir-se.
Nuno Correia - 09/10
42. A tectónica de placas é um factor de evolução das
espécies.
Nuno Correia - 09/10